Blog Da Janice_ BYOD - Você Sabe o Que é Isso

24/7/2014 Blog da Janice: BYOD - Voc sabe o que isso?

http://janiceascari.blogspot.com.br/2013/07/byod-voce-sabe-o-que-e-isso.html 1/8

Ministrio Pblico, Justia, Mulher, Famlia, Msica, Vida Real.

Blog da Janice

sbado, 20 de julho de 2013

CONSUMERIZAO E BYOD (Bring your own device)

Estamos todos conectados, mesmo que involuntariamente - e o tempo

todo. O telefone fixo foi substitudo pelo celular; o desktop, pelos laptops, tablets e

smartphones; os fios, por conexes wireless cada vez mais rpidas e de grande alcance.

A mobilidade tem o condo de tornar ininterrupto o contato entre

as pessoas e sem a barreira da distncia. A vida pessoal foi amalgamada com toda a fora

vida profissional, tendo em vista que os limites entre ambas so cada vez mais tnues.

Empresas e rgos pblicos passaram a fornecer a seus empregados/servidores

equipamentos mveis, em especial celulares/smartphones e laptops/tablets, como forma

de assegurar contato a qualquer hora do dia ou da noite.

Os empregados e servidores pblicos, por sua vez, aceitaram

prontamente e de bom grado a ideia. Se, por um lado, a mobilidade s expensas do patro

possibilitava que a jornada de trabalho pudesse ser redimensionada e cumprida

parcialmente fora dos escritrios, tambm fazia com que milhares de 'excludos digitais'

pudessem ter acesso quelas tecnologias. No final da dcada de 90 e incio dos anos 2000

havia pouca oferta de dispositivos mveis, os equipamentos eram carssimos e nem todos

podiam te-los.

Todavia, com a exploso da tecnologia e a consequente

popularizao dos celulares e tablets, a situao se inverteu. Se no passado a vetusta

mquina de escrever atravessava dcadas, na atualidade empresas e rgos pblicos no

conseguem atender demanda de renovar seus dispositivos com a mesma velocidade do

surgimento de novos modelos e tecnologias. Os devices das empresas ficam rapidamente

ultrapassados e, em poucos anos, alguns se tornam praticamente obsoletos.

Em decorrncia disso, em todo o mundo verificou-se a tendncia

de as pessoas passarem a utilizar, profissionalmente, seus dispositivos particulares, no

conceito designado BYOD (Bring Your Own Device), muitas vezes tomado como sinnimo

de consumerizao, embora sejam fenmenos diferentes.

Consumerizao a tendncia de os consumidores de

dispositivos procurarem estar up-to-date com os lanamentos de mercado e sempre

atualizados com os novos modelos e tecnologias. o que explica, por exemplo, o

comportamento de pessoas formando longas filas porta das lojas Apple na vspera do

lanamento de um novo modelo de iPhone.

BYOD - Voc sabe o que isso?

Fonte: http://sellorelse.ogilvy.com/2012/12/10/byod-movement-spurs-smart-mobility/

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O BYOD (Bring Your Own Device) a preferncia pela utilizao

de dispositivos pessoais para fins profissionais.

Estima-se, atualmente, que 90% dos empregados e

colaboradores utilizem seus prprios dispositivos a servio da empresa. Experincias de

BYOD em escolas norteamericanas demonstram que o aprendizado pode ser muito

facilitado e melhor aproveitado quando as crianas estudam em seus prprios dispositivos.1

Pesquisa realizada em 2012 pela CISCO Internet Business

Solutions Group (IBSG) para auxiliar a tomada de deciso sobre o BYOD em grandes e

mdias empresas apurou que:2

O BYOD um fenmeno global: forte evidncia de funcionrios

em toda parte usando seus prprios dispositivos no trabalho; 89

por cento dos departamentos de TI permitem o BYOD de alguma

forma;

Os principais benefcios do BYOD para a empresa so maior

produtividade, satisfao do funcionrio, menores custos; 69 por

cento dos lderes de TI so positivos em relao ao BYOD;

Os funcionrios querem o BYOD para poder escolher seus

dispositivos e aplicativos e terem a capacidade de combinar

suas vidas pessoal e profissional;

O benefcio transformador do BYOD a inovao impulsionada

pelos funcionrios ao permitir que os funcionrios decidam

como, quando e com quais ferramentas o trabalho realizado,

as empresas podero abrir caminho para a prxima onda de

valor;

O BYOD, no entanto, implica em novos desafios de segurana

e suporte de TI;

As empresas devem responder de forma proativa ao BYOD

com melhores polticas mveis e estratgias de reduo de

custos; a virtualizao da rea de trabalho pode ajudar.

Algumas questes de ordem administrativa, funcional e jurdica

permeiam essas novas tendncias e se colocam como possibilidades de futuro conflito. O

BYOD envolve aspectos inditos relativos segurana da informao, integrao da rede,

aos reflexos trabalhistas e penais, aos custos e, ainda, ao suporte tcnico dos

dispositivos.

As informaes aqui reunidas esto atualizadas at 05 de julho

de 2013.

Construindo a histria

"Tornou-se chocantemente bvio que a nossa tecnologia

excedeu a nossa humanidade."

Albert Einstein

Em todos os momentos de nossas vidas fazemos escolhas e

so centenas ao dia. Necessitamos decidir a cada segundo, sem mesmo perceber, o que

vestir, o que comer, o que dizer, o que calar, qual caminho percorrer, como usar o tempo.

Esse confrontamento sistemtico entre duas ou mais opes se d em todos os minutos

da vida: escolher, escolher, escolher. Com nossos dispositivos pessoais no diferente.

Android ou iPhone? PC, Laptop ou Tablet? Galaxy ou iPad? Touchscreen ou teclado?

Windows, Linux ou iOS? Papel ou Kindle? Vinil ou udio digital?

Cada um de ns um consumidor que faz escolhas. Esse

fenmeno a consumerizao.

Escolhe-se um determinado dispositivo para uso prprio

observando-se a convenincia particular, a melhor adaptao, o preo e a relao custo

Janice Agostinho Barreto Ascari

So Paulo, So Paulo, Brazil

Me, filha, mulher e membro do

Ministrio Pblico Federal.

Procuradora Regional da Repblica em

So Paulo.

www.twitter.com/janiceascari

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benefcio, a preferncia pessoal ou mesmo o sentimento de superioridade e de

empoderamento pessoal por adquirir o modelo tecnolgico mais moderno. Ao device vo se

agregando aplicativos, softwares, procede-se a sincronizao com outras mquinas e h

interface com outros ambientes. A vida de uma pessoa no mais individualmente

considerada: o conceito atual de 'homem', 'mulher' ou 'ser humano' abrange a pessoa e os

seus avatares.

Parece bastante natural, pois, que nessa realidade aumentada a

cultura do BYOD seja adotada com muita facilidade. O ambiente de trabalho mudou e a

legislao pode ainda no ter cobertura suficiente para todas as situaes.

As empresas, atualmente, lidam com outra questo que j se

apresenta: o BYOA Bring Your Own App (Traga seu prprio aplicativo). Se a opo por

trabalhar com dispositivos pessoais uma realidade, nada mais natural que os usurios

queiram ou exijam, tambm, poder utilizar aplicativos de sua livre escolha, sem prvia

homologao ou aprovao pelo empregador.

BYOD, propriedade e custos

O modelo tradicional de estrutura tecnolgica organizacional

importa em que os equipamentos adquiridos para o desenvolvimento da atividade

empresarial tenham sua propriedade registrada no nome da empresa e que os custos da

utilizao tambm sejam por ela suportados. O usurio/empregado recebe os dispositivos

como uma espcie de benesse ou facilidade para o trabalho, mantendo-se contatvel o

tempo todo. Raramente o usurio/empregado chamado a opinar previamente acerca da

preferncia por algum modelo ou sobre a adequao deste ou daquele sistema operacional.

Nessa conjuntura, no tem contornos de relevncia se o

dispositivo fornecido fixo ou mvel. O usurio ir receb-lo preformatado, predefinido, com

especificaes tcnicas rgidas e pouca ou nenhuma flexibilidade para customiz-lo.

comum que o sistema fixo ou mvel estabelea padres de consumo e filtros de contedo,

por palavras-chave ou pela proibio expressa de acesso a determinados sites e/ou redes

sociais, ou ainda por barreiras tcnicas propositais que impeam acessos no desejados

pelas diretrizes empresariais.

Os custos de manuteno, suporte tcnico e de segurana da

informao, assim como os relativos energia eltrica utilizada e s despesas com a

banda de conexo, so de responsabilidade da empresa.

Na outra ponta, nas empresas que permitem a prtica do BYOD,

a propriedade do dispositivo do usurio/empregado, que o escolhe livremente devido

consumerizao. O empregado, na qualidade de dono do device, quem arca com os

custos de manuteno, suporte tcnico, energia, conexo e reposio em caso de furto,

roubo ou perda, alm da corresponsabilidade pela segurana da informao.

BYOD e a segurana da informao

Muitas organizaes tm observado o cuidado de elaborar um

regulamento predefinido e uma poltica de utilizao rgida e abrangente, devendo o

empregado aderir expressamente a um termo de uso ou, ao menos, demonstrar ter

inequvoco conhecimento das polticas adotadas. Esses normativos internos devem

caminhar no sentido de fazer observar recomendaes tcnicas e boas prticas na

utilizao do sistema, tais como manter senhas pessoais fortes e intransferveis, antivirus

atualizados, cuidar do sigilo da informao, aqui podendo haver a adoo de contratos

especiais de trabalho e clusulas de confidencialidade (non disclosure agreement) e outras

diretivas. Nesse modelo de negcio, tendo em vista o uso profissional do dispositivo

pessoal, algumas empresas pagam uma espcie de ajuda de custo ao empregado,

traduzida na valorao de uma cota mensal de utilizao.

Ao admitir a prtica do BYOD, a organizao dever concentrar

uma forte poltica de Data Loss Protection e certificar-se de que seus dados e aplicativos,

pulverizados em grande escala nos dispositivos de seus funcionrios e colaboradores,

tenham adequada soluo tcnica que os coloquem a salvo de vazamentos, furtos, ataques

ou de tentativas de espionagem. Nesse contexto, a criptografia assume relevncia como

um dos mais importantes aspectos a ser observados, muito especialmente quando o



armazenamento dos dados feito na nuvem (cloud computing).

Alm da encriptao, a arquitetura de controle poder ser feita,

tambm, por meio de hardware e/ou software na origem, como por exemplo a adoo de

mecanismos como log in/senha diferentes e de acordo com o nvel de acesso permitido

externamente, autenticao por desafio, biometria, firewall, VPN (virtual private network),

bloqueio geogrfico, filtros de conexo e outros, tudo a permitir a AAA (autenticao,

autorizao e contabilidade/accounting).

De qualquer modo, permitindo-se o BYOD, sempre

recomendvel que a poltica de segurana da informao esteja inequivocamente exposta

no site da empresa, que seja distribuda aos empregados ou afixada em reas comuns.

Uma outra boa prtica fazer com que o usurio assine um termo de adeso s polticas

de segurana da informao, com clusula de confidencialidade, previso de no-

expectativa de privacidade nos assuntos corporativos e outras providncias legais que

possam resguardar a responsabilidade da empresa e e prevenir vazamentos de dados e

incidentes de segurana.

BYOD e Privacidade

A cada log in, a internet registra e arquiva todos os cliques, pginas

visitadas, caracteres digitados, termos usados nos programas de buscas e at o caminho

do passeio do mouse na tela (traffic shaping). Os softwares e aplicativos adotados pela

empresa como ferramentas de tecnologia e arquitetura de rede, usados adequadamente,

tambm tm potencial para isso.

Uma questo que se coloca a da privacidade dos dados do

usurio no sistema BYOD, no qual o dispositivo usado indistinta e alternadamente para

fins profissionais e pessoais. Se o equipamento do empregado mas o uso servio, a

empresa pode ter acesso remoto ao equipamento? E o contedo pessoal, pode ser (ainda

que inadvertidamente) acessado? Como segmentar o contedo e segregar o que de uso

profissional e o que de uso pessoal?

A tendncia da jurisprudncia de responder afirmativamente

primeira pergunta. A empresa pode ter pleno acesso a contedos que digam respeito aos

assuntos corporativos. O contedo e monitoramento dos e-mails profissionais pode ser

acessado direta ou remotamente pelo empregador, como rotina de segurana, assim como

os arquivos de texto, udio e imagem localizados no ambiente corporativo.

A jurisprudncia das cortes trabalhistas h muito firmou-se no

sentido de que o monitoramento e acesso ao contedo de mensagens eletrnicas enviadas

e recebidas a partir de e-mail corporativo, por SMS (mensagens telefnicas, conhecidas

como 'torpedos') ou qualquer outro tipo de comunicao eletrnica instantnea (por

exemplo, WhatsApp, Viber, Kakao e outros) encontram-se inseridos no poder de direo

do empregador.3 Todavia, a obteno de ordem judicial recomendvel, para prevenir futura

e eventual declarao de nulidade na colheita da prova (teoria dos frutos da rvore

envenenada fruits of the poisonous tree).

Se, eventualmente, algum arquivo de ordem pessoal, pertencente

esfera de intimidade e/ou privacidade do empregado, estiver erroneamente alocado na

rea corporativa e for acessado, o contedo dever ser desconsiderado e descartado.

O e-mail corporativo ferramenta de trabalho fornecida pela

empresa e seu monitoramento no viola a intimidade ou a privacidade do empregado, ainda

que o acesso seja feito a partir de um dispositivo pessoal a partir do qual adentra-se ao

ambiente corporativo. Tenha-se em mente, tambm, a responsabilidade civil objetiva do

empregador em relao a seus empregados, serviais e prepostos (Constituio Federal,

art. 5, XII; Cdigo Civil, arts. 932, III e 933, CLT, art. 2).4

O trabalho na sede do empregador e o realizado distncia tm

idntico tratamento legal, desde a alterao da Consolidao das Leis do Trabalho havida

em 2011.5 Pode haver reflexos no que concerne ao pagamento de sobrejornada, apenas

quando se caracterizar o estado de sobreaviso. Vale dizer, o s fato de o empregado usar

celular ou acessar e-mails fora do horrio de expediente no gera pagamento de horas

extraordinrias, observado o disposto no artigo 62 da CLT.6



BYOD e a proteo dos dados

Do ponto de vista do usurio, a chave de proteo contra a

violao aos dados e informaes pessoais, pertencentes esfera da privacidade e da

intimidade, pode ser a organizao de documentos, fotos e outros arquivos em subpastas,

com utilizao de uma criptografia diferente da utilizada pela empresa para proteger os

dados e informaes profissionais, que, por bvio, poder ser quebrada pela empresa num

clique.

Adotar criptografia independente significa no permitir a

exposio de dados pessoais vigilncia e impedir o monitoramento do empregador,

implantando uma arquitetura prpria de controle. Talvez essa seja a medida mais simples e

mais eficaz de segregar os dados pessoais dos profissionais e proteger a privacidade.

Em caso de suspeita de crime cometido a partir do device,

importante destacar que a Lei n 9.296/96, que regulamenta a interceptao telefnica e a

de dados, s se aplica a crimes apenados com recluso (art. 2, inciso III). No pode ser

deferida a interceptao telemtica, por exemplo, em relao a condutas que configurem,

em tese, crimes contra a honra (CP, arts. 138, 139 e 140 - calnia, injria simples e

difamao, exceto injria real), violao de segredo profissional (CP, art. 154), violao de

sigilo funcional (art. 325) ou assdio sexual (art. 216-A).

Quanto proteo dos dados contidos nos dispositivos, ainda h

que se destacar o entendimento no sentido de que a empresa pode adotar certas prticas,

recomendando-se sempre que estejam previamente registradas na poltica de segurana da

informao, nos regulamentos da empresa ou em contrato especial de trabalho. A

propriedade dos dados e da informao da empresa.

A organizao pode, por exemplo, ter acesso ao contedo

corporativo armazenado no dispositivo, sendo legtimo apagar dados remotamente (wipe) no

caso de perda ou roubo do dispositivo, ou demisso/desligamento do usurio. Considere-se

que, a cada ano, 70 milhes de celulares so perdidos ou roubados - e s 7% so

recuperados.7

Pode, tambm, fazer com que o empregado se comprometa a

submeter o dispositivo a tcnicas de apagamento de dados por ocasio da troca de

aparelho, para que no haja possibilidade de um terceiro de m f recuperar dados que so

de propriedade da empresa. perfeitamente possvel, ainda, que sejam especificados os

aplicativos que podem (devem), ou no, ser usados e eleger nveis de autorizao para

acesso.

Tais procedimentos, desde que ajustados entre as partes, tm

ampla sustentao e fundamento na doctrine of inevitable disclosure, pelo qual as pessoas

ficam obrigadas ao sigilo das informaes sigilosas ou confidenciais que obtiverem por

fora do contrato de trabalho.8

Concluses

Cada um de ns um consumidor que faz escolhas. Esse

fenmeno a consumerizao, que a a tendncia de os consumidores de dispositivos

procurarem estar up-to-date com os lanamentos de mercado e sempre atualizados com

os novos modelos e tecnologias.

O BYOD (Bring Your Own Device) a preferncia pela utilizao

de dispositivos pessoais para fins profissionais. Estima-se, atualmente, que 90% dos

empregados e colaboradores utilizem seus prprios dispositivos a servio da empresa.

O modelo tradicional de estrutura tecnolgica organizacional

importa em que os equipamentos adquiridos para o desenvolvimento da atividade

empresarial tenham sua propriedade registrada no nome da empresa e que os custos da

utilizao tambm sejam por ela suportados.

No BYOD, a propriedade do dispositivo do usurio/empregado,

que o escolhe livremente. Na qualidade de dono do device, ele quem arca com os custos



de manuteno, suporte tcnico, energia, conexo e reposio em caso de furto, roubo ou

perda, alm da corresponsabilidade pela segurana da informao.

Muitas organizaes tm observado o cuidado de elaborar um

regulamento predefinido e uma poltica de utilizao rgida e abrangente, devendo o

empregado aderir expressamente a um termo de uso ou, ao menos, demonstrar ter

inequvoco conhecimento das polticas adotadas.

Ao admitir a prtica do BYOD, a organizao dever concentrar

uma forte poltica de Data Loss Protection. Nesse contexto, a criptografia assume

relevncia como um dos mais importantes aspectos a ser observados, muito

especialmente quando o armazenamento dos dados feito na nuvem (cloud computing).

Outros elementos de arquitetura de rede podero ser adotados.

A empresa pode ter pleno acesso a contedos que digam

respeito aos assuntos corporativos. O contedo e monitoramento dos e-mails profissionais

e mensagens eletrnicas (SMS, MSN) pode ser acessado direta ou remotamente pelo

empregador, como rotina de segurana, assim como os arquivos de texto, udio e imagem

localizados no ambiente corporativo.

No h diferena entre o trabalho na sede do empregador e o

realizado distncia, podendo haver reflexos no pagamento de sobrejornada apenas

quando se caracterizar o estado de sobreaviso. O fato de o empregado usar celular ou

acessar e-mails fora do horrio de expediente no gera pagamento de horas

extraordinrias.

Do ponto de vista do usurio, a chave de proteo contra a

violao aos dados e informaes pessoais, pertencentes esfera da privacidade e da

intimidade, pode ser a organizao de documentos, fotos e outros arquivos em subpastas,

com utilizao de uma criptografia diferente da utilizada pela empresa, implantando uma

arquitetura prpria de controle.

Para a proteo dos dados contidos nos dispositivos, a empresa

pode adotar certas prticas, recomendando-se sempre que estejam previamente

registradas na poltica de segurana da informao, nos regulamentos da empresa ou em

contrato especial de trabalho. A propriedade dos dados e da informao da empresa e

esses procedimentos de segurana, desde que ajustados entre as partes, tm ampla

sustentao e fundamento na doctrine of inevitable disclosure.

Notas:

1 Pastoral Ideas for a BYOD School. Rubens, Linda. Orewa College, 2013. E-book

disponvel em https://itunes.apple.com/nz/book/pastoral-ideas-for-byod-

school/id594414038?mt=11

2 BYOD: uma perspectiva global aproveitando a inovao liderada pelo funcionrio. ntegra

da pesquisa disponvel

emhttp://www.cisco.com/web/about/ac79/docs/re/byod/BYOD_Horizons_Global_PTBR.pdf

3 TST, 1 Turma, RR-613/2000-013-10-00, Rel. Min. Joo Oreste Dalazen, DJ de 10/06/05.

4 TST: 3 Turma, RR 269-80.2010.5.09.0594, julgamento 10/04/2013, Rel. Min. Alberto Luiz

Bresciani de Fontan Pereira, publ. DEJT 12/04/2013; RR 1088-17.2010.5.09.0594,

julgamento 12/06/2013, Rel. Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, publ. DEJT

14/06/2013.

5 CLT, art. 6: No se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do

empregador, o executado no domiclio do empregado e o realizado a distncia, desde que

estejam caracterizados os pressupostos da relao de emprego. (Redao dada pela Lei

n 12.551, de 2011)

Pargrafo nico. Os meios telemticos e informatizados de comando, controle e superviso

se equiparam, para fins de subordinao jurdica, aos meios pessoais e diretos de

comando, controle e superviso do trabalho alheio. (Includo pela Lei n 12.551, de 2011)

6 Estudo da iPass em 2012 estimou que empregados adeptos do BYOD trabalhavam cerca

de 5 a 20 horas extraordinrias por semana. Veja



emhttp://www.automationworld.com/byod-really-hot-topic#sthash.l7Tje1sh.dpuf

7 http://www.druva.com/blog/the-rise-and-risk-of-byod/ - acesso em 30/6/2013.

8 TRT da 2 Regio (So Paulo), 12 Turma, RO 1533200708002000 SP 01533-2007-080-

02-00-0, Rel VANIA PARANHOS, julg. 19/03/2009, publ. 27/03/2009.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

Material de consulta e Sites acessados:

Pastoral Ideas for a BYOD School. Rubens, Linda. Orewa College, 2013. E-book

https://itunes.apple.com/nz/book/pastoral-ideas-for-byod-school/id594414038?mt=11

Securing the mobile forcework - e-book

BYOD-fierce_mobile_eBook.pdf

BYOD and Beyond: implementing a unified access solution - e-book

BYOD_021413_BOOKMARKED FINAL.pdf

BYOD: uma perspectiva global aproveitando a inovao liderada pelo funcionrio.

http://www.cisco.com/web/about/ac79/docs/re/byod/BYOD_Horizons_Global_PTBR.pdf

O BYOD e a legislao trabalhista brasileira, por Renato Opice Blum

http://www.fecomercio.com.br/?option=com_eventos&view=interna&Itemid=21&id=6307

The Security, Privacy and Legal Implications of BYOD (Bring Your Own Device), por David Navetta

Parte 1: http://www.infolawgroup.com/2012/03/articles/byod/the-security-privacy-and-legal-implications-of-byod-

bring-your-own-device/

Parte 2: http://www.infolawgroup.com/2012/06/articles/byod/the-legal-implications-of-byod-part-i i-preparing-

personal-device-use-policies/

Guia realista para o BYOD: Entenda por que o conceito de trazer o seu prprio dispositivo continuar uma

tendncia crescente nos prximos anos - Bob Lewis

http://cio.uol.com.br/tecnologia/2013/01/18/guia-realista-para-o-byod/

BYOD na prtica, Czar Taurion

http://www.ibm.com/midmarket/br/pt/articles_byod_como_comecar.html

The Tem Commandments of BYOD

http://content.maas360.com/www/content/wp/wp_maas360_mdm_tenCommandments.pdf

http://www.civilserviceworld.com/byod-the-key-questions-answered/ - acesso em 3/7/2013

http://www.govinfosecurity.com/va-mulls-byod-legal-issues-a-5637

http://www.nascio.org/events/sponsors/vrc/BYOD%20Best%20Practices.pdf

http://www.automationworld.com/byod-question

http://www.automationworld.com/byod-really-hot-topic

http://www.druva.com/blog/the-rise-and-risk-of-byod/

http://www.ipass.com/wp-content/uploads/2013/03/ipass_mobile-workforce-report_q1_2013.pdf

http://www.ribbit.net/frogtalk/id/102/bring-your-own-device-byod-to-work-14-questions-to-ask-about-benefits-and-

risks

http://letstalk.globalservices.bt.com/pt/2013/06/byod-no-brasil/



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http://www.correiobrazil iense.com.br/app/noticia/tecnologia/2013/03/26/interna_tecnologia,356845/empresas-

entram-na-onda-do-byod-e-mercado-lanca-aparelhos-para-esse-publico.shtml

https://www.privacyassociation.org/publications/brazil_byod_trend_on_the_rise_rules_should_be_clarified

http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=29769&sid=17#.UdRMhDvVBi8

Postado por Janice Agostinho Barreto Ascari s 23:33

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2 comentrios:

Annimo 3 de agosto de 2013 00:53

Parabns pelo Post, ficou muito bom mesmo.

Responder

Annimo 20 de setembro de 2013 10:12

Parabns, muito bom e explicativo este Post !!

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