Bioética

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC DENISE BRENDA SILVA OLIVEIRA BIOÉTICA

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Esclarecimento do termo "bioética" e seus princípios enfatizando valores e contra valores.

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CENTRO UNIVERSITRIO CESMACDENISE BRENDA SILVA OLIVEIRA

BIOTICA

MACEI AL2014/4 PERODOSUMRIO1 INTRODUO A BIOTICA .. 31.1 CONCEITO DE BIOTICA2 PRINCPIOS DA BIOTICA .......... 52.1 O PRINCPIO DA BENEFICNCIA/NO MALEFICNCIA2.2 O PRINCPIO DA AUTONOMIA2.3 O PRINCPIO DA JUSTIA3 VALORES E CONTRAVALORES ........ 74 CONCLUSO 8REFERNCIAS .... 9

1 INTRODUOA biotica surgiu na dcada de 70 como um novo campo de conhecimento, onde o interesse era de resgatar as cincias humanas, na rea das cincias duras: matemtica, fsica, qumica, principalmente nas cincias biolgicas e na medicina. Isso se deu aps um perodo de pensamento crtico em relao ao do capitalismo inconsequente, que gerou grandes males civilizao, no sentido de fortalecimento de valores individualistas, no sentimento de posse e poder.Aps um perodo de obscuridade, durante a idade mdia, houve o surgimento do desejo de explicao racional do mundo. At ento, no havia distino entre cincia, filosofia e arte, pode-se dizer que eram praticamente sinnimos, englobados pela filosofia. Por volta do sculo XIX, a nova cincia emprica que nascera dentro da filosofia, adquiriu maioridade e buscou sua independncia das cincias humanas. Um movimento filosfico, chamado positivismo, tomou fora e fortaleceu a supremacia das cincias empricas sobre as metafsicas, das quais faziam parte principalmente as cincias que hoje conhecemos como cincias humanas ou humanidades.Nesse perodo criou-se uma dicotomia entre cincia e as cincias humanas, que posteriormente viria a solidificar-se em cincia verdadeira. As nicas disciplinas que poderiam ostentar o ttulo de cincia seriam aquelas que partilhassem do mtodo cientfico, ou seja, passveis de comprovao emprica, pensamento esse que representa o cerne do positivismo.Em 1970 o oncologista americano Van Rensselaer Potter cunhou o neologismo Biotica para expressar uma nova cincia que deveria ser o elo de re-ligao entre as cincias empricas e as cincias humanas, mais especificamente a tica. Essa unio teria como finalidade a preservao da vida no planeta, visto que o desenvolvimento cientfico sem sabedoria poderia por em risco a prpria vida na terra.

1.1 CONCEITONos anos de 1960 o estopim que contribuiu para o desenvolvimento da biotica, foram reportagens de jornalistas a respeito de experincias em seres humanos, com crianas, prisioneiros e doentes mentais. Pode-se conceituar biotica como um mecanismo de coordenao e instrumento de reflexo para orientar o saber biomdico e tecnolgico, em funo de uma proteo cada vez mais responsvel da vida humana. A biotica, por ser um ramo da cincia que procura estar a servio da vida, engloba em suas reflexes os aspectos sociais, polticos, psicolgicos, legais e espirituais. De certa forma biotica se torna uma reflexo sobre o resgate da pessoa humana frente aos progressos tcnico-cientficos na rea da sade.

2 PRINCPIOS DA BIOTICAO Principialismo um conjunto de postulados bsicos que, mesmo no possuindo um carter de princpios absolutos, serve para ordenar as discusses bioticas.2.1 PRINCPIO DA BENEFICNCIA/NO MALEFICNCIAO primeiro princpio que devemos considerar na nossa prtica profissional o de beneficncia/no maleficncia (tambm conhecido como benefcio/no malefcio). O benefcio (e o no malefcio) do paciente (e da sociedade) sempre foi a principal razo do exerccio das profisses que envolvem a sade das pessoas (fsica ou psicolgica).Beneficncia significa fazer o bem, e no maleficncia significa evitar o mal. Desse modo, sempre que o profissional propuser um tratamento a um paciente, ele dever reconhecer a dignidade do paciente e consider-lo em sua totalidade (todas as dimenses do ser humano devem ser consideradas: fsica, psicolgica, social, espiritual), visando oferecer o melhor tratamento ao seu paciente, tanto no que diz respeito tcnica quanto no que se refere ao reconhecimento das necessidades fsicas, psicolgicas ou sociais do paciente. Um profissional deve, acima de tudo, desejar o melhor para o seu paciente, para restabelecer sua sade, para prevenir um agravo, ou para promover sua sade.2.2 O PRINCPIO DA AUTONOMIAO segundo princpio que devemos utilizar como ferramenta para o enfrentamento de questes ticas o princpio da autonomia.De acordo com esse princpio, as pessoas tm liberdade de deciso sobre sua vida. A autonomia a capacidade de autodeterminao de uma pessoa, ou seja, o quanto ela pode gerenciar sua prpria vontade, livre da influncia de outras pessoas.Para que o respeito pela autonomia das pessoas seja possvel, duas condies so fundamentais: a liberdade e a informao. Isso significa que, em um primeiro momento, a pessoa deve ser livre para decidir. Para isso, ela deve estar livre de presses externas, pois qualquer tipo de presso ou subordinao dificulta a expresso da autonomia.Em alguns momentos, as pessoas tm dificuldade de expressar sua liberdade. Nesses casos, dizemos que ela tem sua autonomia limitada.Existem situaes em que percebemos a limitao de autonomia de uma pessoa. Os pacientes atendidos em clnicas de Instituies de Ensino podem manifestar essa limitao de seu poder de deciso, principalmente quando existe fila de espera para o atendimento. Afinal, ele poder pensar que perder a vaga (que ele demorou tanto para conseguir) se ele reclamar de alguma coisa.2.3 PRINCPIO DA JUSTIAO terceiro princpio a ser considerado o princpio de justia. Este se refere igualdade de tratamento e justa distribuio das verbas do Estado para a sade, a pesquisa etc. Costumamos acrescentar outro conceito ao de justia: o conceito de equidade que representa dar a cada pessoa o que lhe devido segundo suas necessidades, ou seja, incorpora-se a ideia de que as pessoas so diferentes e que, portanto, tambm so diferentes as suas necessidades.De acordo com o princpio da justia, preciso respeitar com imparcialidade o direito de cada um. No seria tica uma deciso que levasse um dos personagens envolvidos (profissional ou paciente) a se prejudicar. tambm a partir desse princpio que se fundamenta a chamada objeo de conscincia, que representa o direito de um profissional de se recusar a realizar um procedimento, aceito pelo paciente ou mesmo legalizado.Todos esses princpios (insistimos que eles devem ser nossas ferramentas de trabalho) devem ser considerados na ordem em que foram apresentados, pois existe uma hierarquia entre eles. Isso significa que, diante de um processo de deciso, devemos primeiro nos lembrar do nosso fundamento (o reconhecimento do valor da pessoa); em seguida, devemos buscar fazer o bem para aquela pessoa (e evitar um mal!); depois devemos respeitar suas escolhas (autonomia); e, por fim, devemos ser justos.

3 VALORES E CONTRAVALORES Valores determinam a forma como as pessoas ou organizaes se comportam e interagem com os outros indivduos e com o meio ambiente. A palavra valor pode significar merecimento, talento, reputao, coragem e valentia. Esses valores morais tambm podem ser considerados valores sociais e ticos, e constituem um conjunto de regras estabelecidas para uma convivncia saudvel dentro de uma sociedade. Alguns autores afirmam que nos dias de hoje a maior crise que o ser humanos pode enfrentar (e que estamos enfrentando) uma crise de valores, pois essa crise vai afetar a humanidade que passa a viver de forma mais egosta, cruel e violenta. Assim necessrio enfatizar a importncia dos bons exemplos na sociedade pois a transmisso de valores humanos consistem na base de um futuro mais pacifico e sustentvel.

4 CONCLUSOA biotica portanto, coloca-se na contnua busca da sabedoria, da crtica, do uso da informao e do conhecimento para melhorar as condies de vida e preservao da mesma. Biotica poder combinar humildade, responsabilidade e racionalidade, voltados tanto para o bem estar do indivduo, quanto da coletividade. Ampliar nosso conhecimento nesse sentido buscar evoluir num posicionamento crtico, isto , preocupar-se com o modo de ser: pensamento-julgamento-ao, em relao aos seres humanos entre si e com a natureza.

REFERNCIAS1. Barchifontaine, Christian de Paul de, 1946 Biotica e incio da vida: alguns desafios/ Christian de Paul de Barchifontaine. aparecida, SP: Ideias & Letras; So Paulo: Centro Universitrio So Camilo, 2004.

2. Pesquisa em Biotica no Brasil de hoje/ Volnei Garrafa, Jorge Crdon (organizadores). So Paulo: Gaia 2006.

3. Biotica no Brasil: Tendncias e perspectivas/ Mrcio Fabri dos anjos, Jos Eduardo de Siqueira (organizadores). Aparecida, SP: Ideias & Letras; So Paulo: Sociedade Brasileira de Biotica, 2007.

4. tica e Biotica: desafios para a enfermagem e a sade/ organizadores: Taka Oguisso, Elma Lourdes Campos Pavone Zoboli. Barueri, SP: Monole, 2006.

5. Fontinele Jnior, Klinger, tica e Biotica em enfermagem/ Klinger Fontinele Jnior. 2. Ed. Ver., atual. e ampl. Goinia: AB, 2002.

6. Malagutti, Willian (org), Biotica e Enfermagem: controvrsias, desafios e conquistas. Rio de Janeiro: Editora Rubio, 2007.

7. Christian de Paul de Bachifontaine, Leo Pessini (orgs.), Biotica: Alguns Desafios, 2. Ed. SP: Edies Loyola, 2001.

8. Biotica/ Marco Segre, Claudio Cohen (orgs.). 3. Ed. rev. e ampl., 1. Reimpr. So Paulo: Editora da Universidade de So Paulo, 2008. (Coleo Fac. Med. USP;2)

9. Biotica: meio ambiente, sade e pesquisa/ Jos Vitor da Silva, (org.) 1. Ed. So Paulo: Ltria, 2009.

10. http://www.ufrgs.br/bioetica/princip.htm

11. http://www.bioetica.ufrgs.br/

12. http://www.sibi.org/

13. http://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/1/modulo_bioetica/Aula01.pdf

14. https://sites.google.com/site/filosofiapopular/etica/valores---axiologia-ou-teoria-dos-valores

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