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Entrevista O JORNALISTA E ESCRITOR ALEXANDRE TEIXEIRA FALA SOBRE COMO A FELICIDADE IMPACTA NA PRODUTIVIDADE PLANEJAMENTO Como o empresário pode preparar a sua aposentadoria EQUIPES Ações simples que ajudam no engajamento dos funcionários AS EMPRESAS QUE ACHARAM ROTAS PRÓPRIAS PARA ESCAPAR DA CRISE DEZ PASSOS A importância da gestão de marcas e dicas para a sua implementação & 135 Julho Revista da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul BENS SERVIÇOS GESTÃO

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Entrevista o jornalista e escritor alexandre teixeira fala sobre como a felicidade impacta na produtividade

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onfira as lições de quem está conseguindo ver uma luz no

fim do túnel, em meio ao clima de instabilidade e turbulência

instaurado no país pelas crises econômica e política,

transformando as dificuldades em resultados positivosCdesaquecer o comércio e os ser-

viços em diversos segmentos –, há quem aposte em medidas criativas driblar as dificuldades instauradas no Brasil, devi-do às crises econômica e política. Exemplos gaúchos revelam histórias de coragem, empreendedorismo e sucesso de quem decidiu ingressar em algo novo, investiu na retomada ou na própria ampliação do negócio. Especialistas na área mostram também algumas dicas e estratégias de quem está crescendo, reflexo das oportunidades e soluções inovadoras.

Quando Juliana Nators resolveu abrir o próprio negócio, em dezembro de 2015, o cenário já era de incertezas. Con-forme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços do Consumidor Amplo (IPCA) fechava o ano em 10,67% - a maior desde 2002 (12,53%). Já o Produto Interno Bruto (PIB) era de R$ 5,9 trilhões, atingindo uma taxa de -3,8 no ano passado,

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ProsPerando na crise

texto Cláudia Boff

imagem de abertura ©istock.com/Creativeye99

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sendo a menor desde 1990, segundo o IBGE. “Nossa estratégia coincidiu com o atual momento econômico. Fizemos um es-tudo de mercado, pensando em um produto que se adequasse à necessidade das pessoas, tendo preço justo”, conta Juliana, uma das proprietárias da Love Pasta. O fast-food, localizado no Centro de Porto Alegre, oferece um cardápio variado de massas na caixinha, com valor acessível e receitas caseiras, inspiradas no charme europeu. A ideia surgiu em uma visita de Juliana e seu marido, Daniel Nators, ao casal de familiares Andrea Nators e Rodrigo Lucas, que morava fora do país e já tinha experiência na área. “Os visitamos durante uma viagem que fiz com o Daniel para o exterior, em 2012. Eles voltaram para o Brasil no ano passado e resolvemos colocar o negócio em prática”, relata. Foram alguns meses de planejamento até a execução do projeto, entre a compra dos equipamentos e a identificação dos concorrentes. “Buscamos um fornecedor

de baixo custo para a matéria-prima, ficando com a margem apertada”, descreve.

A divulgação do novo comércio foi feita ativamente na internet. “Viralizou bastante em mídias sociais, de forma gratuita. Também investimos em um site”, conta. Em pou-cos meses, os sócios quase dobraram sua projeção de ven-das. “Em abril, superamos em 80% a carteira de clientes que tínhamos em janeiro”, comemora. Os dois casais de sócios atuam na operação do empreendimento, reduzindo custos. “Começamos fazendo 80 refeições por dia e a meta é atender em breve 200 clientes diários. Colocamos dois funcionários freelancers para ajudar nas entregas”, completa. Entre os planos, estão a inclusão de telentrega também à noite e a abertura da franquia da marca em até um ano. “As pessoas conhecem os ingredientes, pagam preço baixo e falam do bom atendimento”, ressalta.

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Volta às origens

Após 16 anos de atuação no mercado de utilidades do-mésticas, a família Zanella sentiu a crise bater à sua porta. “No final de 2014, notamos que a Casa do Inox estava ten-do um movimento ruim. A decisão de agregar ao mix, que antes era essencialmente de panelas e acessórios, também itens de bazar, como potes plásticos, não aumentou nosso faturamento e esses produtos tinham pouco giro”, conta o gerente administrativo José da Fonseca Júnior. Na metade do ano passado, foi implantado um projeto para o resgate da antiga loja de Caxias do Sul. “Estávamos fadados a que-brar, já que o espaço da rua Pinheiro Machado era muito popular e de baixo preço. Em um momento como esse, as pessoas priorizam outras coisas”, explica.

O investimento de R$ 80 mil resultou na reforma e na ampliação de 25 m2 para 45 m2 de loja. Houve ainda mudan-ças no layout e na logomarca, além da alteração de nome para Mundo da Cozinha. Nessa nova fase, os sócios passa-ram a ser Roberto Luiz Zanella, Fatima Zanella e Maria Zelia de Melo. O mix de produtos também foi reformulado e itens básicos de cozinha, como frigideiras e panelas de pressão, voltaram a ser o carro-chefe. Reinaugurado em fevereiro, o negócio busca agora o retorno do investimento. “O dinhei-

ro que entra reinvestimos em outras marcas, passando de seis para até 15 fornecedores”, descreve Júnior. Para atrair e fidelizar novos clientes, ele conta que são realizadas ações focadas no preço. “A promoção das frigideiras, que está terminando, durou seis meses. Na próxima, buscare-mos parceria com outro fabricante.”

Neste primeiro semestre, o gestor contabiliza um au-mento de mais de 30% nas vendas, em relação ao mes-mo período de 2015. “Considerando que no ano passado o mercado estava melhor, estamos contentes com o re-sultado. Tivemos também sorte de as pessoas, nesta cri-se, estarem comendo mais em casa e cozinhando para os amigos.” A expectativa dele é de fechar 2016 com cresci-mento de 50% em relação a todo o ano anterior.

Mercados eM expansão

Também na contramão da recessão, o setor vitivinícola cresceu em média 20% nos últimos cinco anos, principalmen-te puxado pela venda de sucos de uva e espumantes. Com 85 anos de tradição no mercado, a Vinícola Garibaldi aproveita a boa fase para investir em sua expansão. Desde 2015, já foram injetados mais de R$ 6 milhões em ampliação, principalmen-

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Love Pasta, de Porto alegre, oferece

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mesmo com safra menor, Vinícola garibaldi

prevê crescimento de 15%

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te da estocagem. Para este ano, estão previstos ainda mais de R$ 3 milhões, destinados ao aumento da produção de espu-mantes, com tanques e autoclaves. A cooperativa conta atual-mente com mais de 20 mil m2 de área construída e capacidade de armazenamento que ultrapassa 20 milhões de litros. “Inves-timos para continuar crescendo não somente em volume, mas migrando para produtos de maior valor agregado, principal-mente os espumantes”, afirma o presidente Oscar Ló.

Apesar de a safra de 2015 ter sido menor, devido a fato-res climáticos, o viticultor espera fechar o ano com cresci-mento de 15% em relação ao ano passado. “Foram 250 mil toneladas de uvas, recebidas das 350 famílias associadas, de 14 municípios da Serra gaúcha, transformadas em vinhos, sucos e espumantes. Como entre 10 e 20% das vendas de-pendem de estoque, o faturamento deve crescer cerca de 20%, podendo chegar a 130 milhões”, projeta. Por questões ligadas à saudabilidade, ele acredita que muitas pessoas es-tão abrindo mão de outras coisas para que tenham na mesa, mesmo em épocas mais difíceis, o suco de uva natural inte-gral e o vinho tinto.

Outro segmento que parece ir de vento em popa é o pet. Conforme o IBGE, o Brasil é o quarto país em população de animais de estimação, abrigando 132,4 milhões do 1,56 bi-lhão existente no mundo. Só em 2015, segundo a Associa-ção Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), esse mercado faturou R$ 18 bilhões, contabilizando um crescimento de 2,6%, em relação a 2014. A ascensão de negócios desse tipo tem atraído muitos em-preendedores, como a veterinária Cláudia Bauer. No ramo há mais de 20 anos, ela abriu a Pet Dreams em uma casa na Rua Anita Garibaldi, bairro Mont’Serrat, na capital gaúcha, em 2005. “Eu já trabalhava com produtos da área, fiz quali-ficações em marketing e negociação e fui morar fora do país. Quando voltei, os amigos disseram que eu tinha espírito empreendedor. Busquei em São Paulo algumas inovações, como o ofurô, a acupuntura e o espaço para recreações de animais”, descreve a empresária.

Além do amplo espaço para loja, clínica e creche, em julho de 2015 ela abriu o Pet Center na rua Barão de Ubá, bairro Bela Vista. No mês seguinte, inaugurou um spa e resort na estrada da Varzinha, em Itapuã, Viamão, com 224 quartos individuais com ar-condicionado para cães e gatos, um dos maiores em-preendimentos do ramo no país. “ Em outubro do ano passado,

na época das enchentes, tive 20% de aumento no faturamento, em relação ao mesmo mês do ano anterior. Por causa das fé-rias e do décimo terceiro salário, houve um recorde de procura por vagas de hospedagem também em dezembro”, afirma ela, citando que a crise está na cabeça das pessoas. Investimentos em divulgação, como a colocação de anúncios em outdoors e

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Toda a crise é uma oportunidade. As empresas

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luiz Malta

especialista em gestão da Fundação nacional da qualidade (Fnq)

Pet dreams Spa e resort, em Viamão, oferece

diversas atividades para cães e gatos

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cata-cacas nos parques, principais ruas e praças, segundo ela, são fundamentais, inclusive em época de crise. “Muitos clien-tes estão reduzindo a frequência de serviços, buscando uma tosa mais curta, por exemplo. Passamos a dar orientações para quem dá banho no seu animal em casa.” Outras ações para dri-blar o momento econômico, segundo ela, foram a introdução de produtos mais em conta e a ampliação do parcelamento de duas para até quatro vezes na forma de pagamento. “Se o meu cliente não está bem eu também não fico. Deve-se buscar também uma negociação com os fornecedores, comprando até mesmo um pouco mais para conseguir um desconto maior.” Segundo ela, é preciso tirar o “s” da palavra crise (crie): “Incen-tivar a medicina preventiva, por exemplo, fazendo a aplicação de vacinas, sai mais barato para o cliente do que o tratamen-to completo. Deve-se buscar a conscientização, no sentido de ajudá-lo. Isso irá fidelizá-lo, assim como tratá-lo bem, ter um local sempre cheiroso e agradável”.

longe da crise

Contrariando a trajetória decrescente do varejo, as lojas Renner se preparam para inaugurar sua primeira loja no Uruguai em 2017. Ao todo, a marca detém 388 unidades da grife e das marcas Camicado e Youcom no Brasil. Em 2021, a rede pretende atingir 880 pontos de venda. De acordo com

o CEO da rede, José Galló, a empresa hoje está avaliada em US$ 4 bilhões. A companhia é citada pelo especialista em va-rejo da Falconi Consultores de Resultados, Alexandre Ribas, como um grande exemplo de foco em produtividade, simpli-cidade e redução de gastos excessivos no Rio Grande do Sul.

Outro nicho no ramo de vestuário que tem tido um bom desempenho, principalmente nos últimos meses, é o de roupas seminovas. A proprietária do brechó Garagem Da Vasco, Gra-ciele Soltau Pedroso, possui loja no centro de Alegrete desde 2011. “Em um único dia, cheguei a vender R$ 900 em roupas, o que corresponde a umas 20 peças”, comemora. A maior procu-ra, segundo ela, é por roupas de adulto da estação. “O pessoal chega a levar casaco de pele para trocar por mais peças em conta”, observa ela, contando que todos os dias entram e saem peças diversas. A microempresária possui uma página no Face-book, onde divulga fotos das novidades à venda. “Às vezes, faço promoções de duas peças a R$ 10 ou três por R$ 15. Fala-se mui-to em crise, mas no meu negócio não chegou. As pessoas estão com menos poder aquisitivo e isso tem feito com que busquem mais roupas de segunda mão”, analisa.

O mestre em economia aplicada enxerga um cenário muito complicado para o segmento, que demorou um pouco mais para sentir os impactos do desemprego e a redução da massa salarial. “Há menos dinheiro para comprar e isso traz reflexos também em serviços, que é muito amplo”, afirma Ribas. Só no ano passado, ele afirma que foram 130 mil lo-jas fechadas no Brasil. Para driblar a crise, ele diz que as empresas devem buscar reduzir as perdas, quebras e furtos, que podem tirar quase a metade da operação. Outro ponto é começar a pensar um pouco nas estruturas, focando na produtividade e na operação de loja. “Reduzir ineficiências, tornando as operações mais enxutas e adequadas ao negó-cio, pode ser o oxigênio para a manutenção no mercado”, ensina. Para vender mais, ele aconselha aos empresários buscarem entender mais os seus clientes, sabendo quais as categorias que maximizam os seus resultados, com estoques menores e fluxos de caixas mais saudáveis.

Boas perspectiVas

O coordenador de projetos e capacitação da Fundação Na-cional da Qualidade (FNQ), Luiz Malta, conta que o setor ali-mentício, com esteios na agricultura, ainda é um carro-chefe

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mundo da Cozinha, em Caxias do Sul, aposta

em ações de preço para ganhar clientes

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que puxa a economia no Rio Grande do Sul. “A opção por pro-dutos mais baratos traz reflexos na inflação. Devido a questões climáticas, planta-se menos, mas se come sempre”, pontua. Por influência da alimentação, movimentam-se outros setores, como o de embalagens, papel (celulose), plásticos (petróleo) e estruturas metálicas (siderurgia). “Isso mexe com a indústria, gerando empregos, inclusive para o comércio, que é o gran-de empregador do país. Os serviços entram de forma indireta, porque tendo dinheiro nas mãos, investe-se em manutenção e beleza, entre outros.” Ele lembra que a economia é toda inter-ligada. “Puxando o fio certo, desfaz-se o nó. Fazer com que o Brasil volte a produzir gera um efeito cascata positivo.”

Para Malta, toda crise é uma oportunidade. “As empre-sas precisam se reinventar para ter sucesso.” Segundo ele, há uma expectativa de mudanças e aquecimento da econo-mia, mas isso não se muda de uma hora para a outra. “O Rio Grande do Sul também vive uma crise econômica. Tem que sentar, planejar, estudar os seus custos e começar a traba-lhar com aquilo que faz sangrar a sua empresa”, ensina. Ele aconselha fazer uma lista dos custos fixos (aluguel e conta-dor, por exemplo) e variáveis (contratos com fornecedores, entre outros). “O pulo do gato é a união, podendo-se aceitar receber um pouco menos, mas continuar como cliente. De-ve-se abrir o jogo, honestidade é tudo.” A demissão, segun-do ele, deve ser o último recurso, pois o bom funcionário é

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alexandre riBas

especialista em varejo da Falconi Consultores de resultados

a sua alma, história e quem conhece. “Pode-se fazer banco de horas, uma redução temporária de trabalho e salário, en-volvendo o sindicato nas negociações”, sugere. A palavra da vez, segundo ele, é negociar. “Conversando com o fornece-dor, pode-se trocar um produto parado por outro item que vai girar e vender mais. Dentro da dificuldade, deve-se fazer do limão uma limonada.”

Ele diz ainda que é preciso ouvir a clientela para fazer uma readequação do modelo de consumo. “O cliente pode trocar de produto, mas continuará comprando. Quem tem a loja física, além da eletrônica, está muito bem, porque tem estoque para atender quem não quer sair de casa. “As mí-dias sociais ajudam muito na divulgação do microempresá-rio, mas devem ser feitas com qualidade.”

As perspectivas para 2017, conforme Ribas, são de rea-quecimento. “A economia deve melhorar a partir do Natal, que é uma data muito importante para o comércio. Gerando mais empregos, espera-se um maior movimento da econo-mia, mas depende muito do governo, do empresário e do fabricante, entre outros. Enfim, pessoas físicas e jurídicas, cada um fazendo a sua parte.”

Para driblar a recessão O especialista em gestão da Fundação Nacional da Quali-dade (FNQ), Luiz Malta, dá dicas para driblar a crise: Faça uma lista de despesas, apontando situações que gerem

economia (como desligar o LeD dos equipamentos e evitar que

as luzes fiquem acesas de forma desnecessária, entre outras).

renegocie com os fornecedores, se necessário.

abra o jogo com a equipe, mostrando que é preciso vender

mais e gastar menos.

aposte em uma publicidade mais focada na internet, com

o uso de mídias sociais de qualidade.

seja criativo. Com funcionários que conhecem a empresa e

estejam motivados, as soluções aparecem.

em vez de deixar os colaboradores parados, ponha-os para

estudar. Crie um grupo de trabalho de inovação.