AVALIANDO OS PORTAIS CORPORATIVOS DE CONHECIMENTO DAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS BRASILEIRAS

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AVALIANDO OS PORTAIS CORPORATIVOS DE CONHECIMENTO DAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS BRASILEIRAS Victor Diogho Heuer de Carvalho 1 Olival de Gusmão Freitas Júnior 1 André Luiz Pereira Domarques de Menezes 1 Adolfo Bruno Moura Cavalcante 1 RESUMO A capacidade de criar, gerenciar, distribuir e compartilhar ativos de informação e conhecimento é fundamental para que uma universidade se posicione em vanguarda, criando diferenciais competitivos. Os ativos de informação e conhecimento disponibilizados nos portais corporativos das Universidades Públicas Brasileiras UPB's são fundamentais para otimizar os seus processos de trabalho e a geração de novas informações e conhecimentos. Observa-se também a necessidade nas UPB's de remodelar seus canais de relacionamento social, promovendo compartilhamento e disseminação de seu capital intelectual, aplicando-o na busca de soluções e construção de estratégias para o desenvolvimento regional. O presente estudo teve por objetivo investigar os aspectos conceituais e tecnológicos empregados nos portais corporativos das UPB's. Esta pesquisa teve um caráter exploratório e descritivo com uma abordagem qualitativa na qual se analisou uma amostra de 19 (dezenove) UPB's que adotam o conceito de portais corporativos. Palavras-Chave: Gestão do Conhecimento. Tecnologia da Informação. Portais Corporativos de Conhecimento. ABSTRACT The capacity to create, manage, distribute and share assets of information and knowledge is fundamental for that a university position itself at the forefront, creating competitive advantages. The assets of information and knowledge available in the corporate portals of the Brazilian Public Universities BPUs - are essential to optimize their work processes and generation of new information and knowledge. Also there is a need in the BPUs to reshape their channels of social relationship, promoting sharing and dissemination of their intellectual capital and applying it in the search of solutions and building strategies for regional development. This study aimed to investigate the conceptual and technological aspects used in corporate portals of BPUs. The research had exploratory and descriptive nature with a qualitative approach in which a sample of 19 (nineteen) BPUs that adopt the concept of corporate portals was analyzed. Keywords: Knowledge Management. Information Technology. Corporate Knowledge Portals. 1 Universidade Federal de Alagoas, Maceió/Alagoas. E-mail: [email protected]

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CARVALHO, V. D. H. ; FREITAS JUNIOR, O. G. ; DOMARQUES M, A. L. P. ; CAVALCANTE, A. B. M. . Avaliando os Portais Corporativos de Conhecimento das Universidades Públicas Brasileiras. In: 9º Congresso Brasileiro de Gestão do Conhecimento - KM Brasil, 2010, Gramado. Anais do 9º Congresso Brasileiro de Gestão do Conhecimento. Gramado : MoBdesign, 2010.

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AVALIANDO OS PORTAIS CORPORATIVOS DE CONHECIMENTO DAS

UNIVERSIDADES PÚBLICAS BRASILEIRAS

Victor Diogho Heuer de Carvalho1

Olival de Gusmão Freitas Júnior1

André Luiz Pereira Domarques de Menezes1

Adolfo Bruno Moura Cavalcante1

RESUMO

A capacidade de criar, gerenciar, distribuir e compartilhar ativos de informação e

conhecimento é fundamental para que uma universidade se posicione em vanguarda, criando

diferenciais competitivos. Os ativos de informação e conhecimento disponibilizados nos

portais corporativos das Universidades Públicas Brasileiras – UPB's – são fundamentais para

otimizar os seus processos de trabalho e a geração de novas informações e conhecimentos.

Observa-se também a necessidade nas UPB's de remodelar seus canais de relacionamento

social, promovendo compartilhamento e disseminação de seu capital intelectual, aplicando-o

na busca de soluções e construção de estratégias para o desenvolvimento regional. O presente

estudo teve por objetivo investigar os aspectos conceituais e tecnológicos empregados nos

portais corporativos das UPB's. Esta pesquisa teve um caráter exploratório e descritivo com

uma abordagem qualitativa na qual se analisou uma amostra de 19 (dezenove) UPB's que

adotam o conceito de portais corporativos.

Palavras-Chave: Gestão do Conhecimento. Tecnologia da Informação. Portais Corporativos

de Conhecimento.

ABSTRACT

The capacity to create, manage, distribute and share assets of information and knowledge is

fundamental for that a university position itself at the forefront, creating competitive

advantages. The assets of information and knowledge available in the corporate portals of the

Brazilian Public Universities – BPUs - are essential to optimize their work processes and

generation of new information and knowledge. Also there is a need in the BPUs to reshape

their channels of social relationship, promoting sharing and dissemination of their intellectual

capital and applying it in the search of solutions and building strategies for regional

development. This study aimed to investigate the conceptual and technological aspects used in

corporate portals of BPUs. The research had exploratory and descriptive nature with a

qualitative approach in which a sample of 19 (nineteen) BPUs that adopt the concept of

corporate portals was analyzed.

Keywords: Knowledge Management. Information Technology. Corporate Knowledge Portals.

1 Universidade Federal de Alagoas, Maceió/Alagoas. E-mail: [email protected]

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1. INTRODUÇÃO

No século XXI, o Brasil encontra-se numa nova fase que o governo federal instiga as

Universidades Públicas, para uma acirrada competição por recursos, na corrida pela

qualidade, expansão e pela excelência. As decisões do Estado agora se expressam por meio de

políticas nacionais, apenas por meio das quais, se podem obter os recursos para custeio e

investimento e que, por sua vez, submetem as instituições não somente ao monitoramento do

Estado, mas ao controle social exercido pela sociedade civil organizada.

Em 2004, O Governo Federal lançou o Programa de Extensão da Educação Superior

Pública, elaborado pelo Ministério da Educação, cujo objetivo visava a interiorização do

ensino superior, público e gratuito. Esse programa disponibilizou consideráveis recursos para

as Instituições Federais de Ensino Superior construírem e implantarem novos campi pelo

interior dos Estados de suas sedes, bem como para contratarem novos técnico-administrativos

e também novos docentes. Todavia, o cenário atual traz novas exigências e desafios relativos à

definição da missão social das universidades e às formas de seu relacionamento com a

sociedade.

Em abril de 2007, o governo federal lançou o Programa de Apoio aos Planos de

Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI –, cujas orientações estão

contidas no PNE e no Decreto no 6.096/97 de 24 de abril de 2007, trata-se, de fato, de um

Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI –, que reconhece as possibilidades e

potencialidades no atual estágio de desenvolvimento das IFES’s – Instituições Federais de

Ensino Superior –, bem como as oportunidades que se abrem, propondo as linhas de

desenvolvimento necessárias às reestruturações e expansões. A interlocução do Ministério da

Educação, representado pela sua Secretaria de Educação Superior (SESu), com a Associação

Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES) e com o

conjunto das IFES’s, contribuíram, substancialmente, para o delineamento do programa

apresentado pelo MEC.

Nesse cenário, as UPB’s têm sido questionadas sobre seus objetivos, estrutura

organizacional e sua gestão, assim como sobre a eficiência e qualidade dos seus serviços e a

forma como elas utilizam os recursos provenientes da sociedade (BRYSON, 2004;

ESTRADA, 2000).

O advento do governo eletrônico (e-gov), do comércio eletrônico (e-business) e ainda

o relacionamento eletrônico (e-relationship) vêm impondo um novo ritmo aos

relacionamentos existentes na sociedade organizada. Conceitos como a transparência, serviços

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eletrônicos, otimização do tempo e dos processos de trabalho e ainda sobre o aumento da

confiança nos relacionamentos digitais – com base na segurança da informação – estão

norteando esse novo modelo, e, inevitavelmente, as UPB’s precisam se adequar a esse

cenário.

Avila (2007) define que, no contexto brasileiro, o governo eletrônico tem início com a

implantação da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) em 1989 e com a utilização dos

primeiros sistemas de informação para serviços públicos na década de 90. O Plano Diretor de

Reforma, as Modernizações na Estrutura Estatal e a Evolução das Tecnologias da Informação

contribuíram para a criação, em 1999, do Programa Sociedade da Informação, elaborado pelo

Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia sob supervisão do Ministério da Ciência e

Tecnologia.

No âmbito das UPB’s, visualizadas pela sociedade como amplas geradoras e

disseminadoras de ativos de informação e conhecimento, bem como principais formadoras de

recursos humanos especializados, as novas tecnologias estão redesenhando significativamente

os seus canais de relacionamento com a sociedade.

Com tudo isso, a estruturação de um portal corporativo de conhecimento permitirá que

essas universidades estejam em constante processo de relacionamento com a sociedade,

baseando-se significativamente nos recursos digitais para promover o compartilhamento dos

seus conhecimentos acadêmicos e científicos, aplicando-os na busca de soluções e construção

de estratégias para o desenvolvimento da sociedade.

O presente estudo teve como objetivo investigar os aspectos conceituais e tecnológicos

empregados nos portais corporativos mediante a aplicação de um questionário com 20 (vinte)

questões. O artigo estrutura-se em cinco seções posteriores: a primeira expõe a metodologia

empregada na pesquisa; a segunda seção delineia o referencial teórico utilizado na pesquisa de

campo; na terceira seção, encontram-se a análise e discussão dos resultados auferidos na

pesquisa de campo; e, enfim, a última seção apresenta as principais conclusões do estudo,

além de sugestões para estudos futuros.

2. METODOLOGIA

O presente estudo é caracterizado como de natureza exploratória e descritiva, trazendo

uma abordagem qualitativa (YIN, 2005) sobre como as UPB’s utilizam o conceito de portais

corporativos de conhecimento.

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Na primeira etapa, foi realizada uma revisão bibliográfica da literatura sobre a

temática de portais corporativos de conhecimento, com o intuito de construir um referencial

teórico de apoio para o levantamento de dados realizado nos sítios das UPB’s.

A segunda etapa consistiu em definir uma escala evolutiva para os portais das UPB’s,

levando em consideração aspectos conceituais e tecnológicos.

A terceira etapa consistiu na exposição dos resultados obtidos por meio da análise de

cada um destes sítios das UPB’s, apresentando, através de uma tabela, a caracterização geral

dos portais dessas universidades bem como os conceitos empregados.

Na última etapa da pesquisa foi aplicado um questionário naquelas UPB´s que utilizam

o conceito de portais, visando aprofundar as informações quanto ao seu estágio evolutivo nos

aspectos conceituais e tecnológicos. O questionário foi submetido para as 19 UPB´s que

utilizam o conceito de portal, nas diversas regiões do País, distribuídas segundo a Tabela 1.

Região do País Quantidade de Universidades

Centro-oeste 2

Nordeste 5

Norte 3

Sudeste 4

Sul 5

Tabela 1 – A Distribuição Geográfica das UPB´s Avaliadas. (Fonte: dos autores)

3. ASPECTOS TEÓRICOS DA PESQUISA

3.1 O ambiente das universidades

O ambiente é uma fonte de recursos (humanos, materiais, informacionais e

financeiros) e oportunidades em que as UPB’s podem extrair os insumos necessários ao seu

funcionamento. O ambiente funciona também como um campo dinâmico de forças que

interagem entre si, provocando mudanças que influenciam as UPB’s.

As UPB’s, apesar de terem finalidades específicas e objetivos diferentes, possuem

semelhanças: têm estruturas similares, podendo ser administradas, conforme seus princípios e

modelos propostos, pelas teorias da administração (DOMENICO, 2001).

Do ponto de vista administrativo, essas instituições são organizáveis e planejáveis sob

influências do ambiente em que estão inseridas. Ambiente, neste contexto, é entendido como

o conjunto de elementos que não pertencem à organização, conforme exemplificado na

Figura 1.

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Figura 1 – A UPB e o ambiente externo.

(Fonte: adaptada de TACHIZAWA E ANDRADE, 1999)

De acordo com Magalhães (2001), a gestão na UPB está voltada para gerência dos

seguintes elementos:

Comunidade Interna – representados pelos funcionários (docentes e técnicos) e discentes;

Mercado – o mercado são os clientes externos finais (empresas públicas e privadas) e

organizações governamentais, que absorverão os egressos;

Fornecedores – fornecedores são os agentes (ou entidades) que fornecem bens, serviços,

capital, materiais, equipamentos ou demais recursos necessários às atividades internas da

instituição; e

Produto – os produtos são os resultados das atividades internas da instituição, o profissional

formado, preparado para atuar no mercado, além dos produtos (bens e serviços) educacionais,

resultados de atividades de pesquisa e de extensão.

Diante do exposto, pode-se identificar os principais atores de uma UPB: o discente, o

servidor, o gestor, o empreendedor e o cidadão. O discente é o maior cliente de uma UPB, que

tem como objetivo prepará-lo para atuar no mercado de trabalho e o tornar um profissional

altamente qualificado.

O servidor é representado pelo docente ou pelo técnico. Este primeiro tem o papel

maior de formar os discentes e atua como mestres. O segundo atuaria como apoio técnico

necessário à realização das atividades da instituição.

O gestor é representado pelas organizações governamentais, pelos fornecedores

(parceiros) e pelos gestores internos. Os fornecedores são os agentes (ou entidades) que

fornecem recursos necessários às atividades internas da instituição. Os gestores internos são

os diretores de unidades, coordenadores e pró-reitores que fazem uso dos recursos da

instituição. Além disso, os gestores podem acompanhar o desempenho operacional das suas

unidades por meio de indicadores.

O empreendedor é representado, sobretudo, pelo setor produtivo que necessita da mão-

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de-obra qualificada (discentes) e dos resultados das atividades de pesquisa e de extensão

desenvolvidas pela comunidade acadêmica para inovar em suas linhas de produtos e serviços.

O cidadão é representado pela sociedade ou pela comunidade externa que utiliza os serviços

da IES.

3.2. Portais Corporativos

Os portais corporativos de conhecimento surgiram no contexto do processo de

integração aos sítios de funcionalidades: chats em tempo real, listas de discussão,

comunidades virtuais, fóruns, conteúdos personalizados, de acordo com o interesse do

usuário, e acesso aos conteúdos especializados. Dessa forma, as organizações acabaram

percebendo o sucesso desses ambientes virtuais, em termos gerais de aceitação pelo público, e

começaram a trabalhar no desenvolvimento de sistemas de informação que pudessem ser

acessados via Web. Os portais corporativos de conhecimento possibilitam às organizações

uma infraestrutura tecnológica capacitadora para apoiar e sustentar fluxos otimizados de

informação e conhecimento (TERRA E GORDON, 2002).

Os portais corporativos disponibilizam informações estruturadas em dois espaços de

acesso, sendo um público disponível para todos os usuários da Internet e outro restrito

(ambiente da Intranet), permitindo acesso apenas para alguns atores, como, por exemplo, a

comunidade universitária (alunos, professores e técnicos). No entanto, o acesso ao ambiente

restrito obedece às regras de personalização para cada ator, ou seja, cada ator possui acesso

diferenciado às determinadas informações e aplicativos. No espaço destinado para acesso

restrito, normalmente são disponibilizados acesso aos determinados aplicativos e sistemas

legados bem como ferramentas de e-mail e fóruns de discussão. Já no ambiente externo

voltado para a sociedade, são fornecidos informações gerais sobre a instituição, links externos

e conteúdos variados. Com isso, os diversos serviços disponibilizados nos portais

corporativos de conhecimento permitem dinamizar o fluxo de informação e conhecimento,

possibilitando maior interação e integração entre os atores (mesmo os dispersos

geograficamente). Menezes (2009, p. 12) destaca:

Os portais corporativos oferecerem uma solução baseada na Web (web-based) para a

distribuição de informações corporativas e consolidação de objetos (relatórios,

documentos, planilhas, formulários, etc) da inteligência corporativa (business intelligence), tornando essas informações disponíveis em um único ponto de acesso e

podendo ser acessadas, através de um browser, em qualquer ponto do planeta com

uma rígida política de controle de acesso e segurança.

Existe uma série de benefícios na implantação do conceito de portais, entre eles estão:

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Aumento da eficiência. O portal não só disponibiliza novas informações para os usuários,

como também fornece informações de modo integrado e personalizado;

Redução do custo da informação. O benefício é uma consequência tanto do reduzido custo

da publicação na Web como da automação oferecido pelo próprio portal;

Aumento da colaboração. Este benefício se traduz na busca e implantação dos objetivos da

instituição, aumentando a integração social dos seus diversos ambientes por meio da

integração das unidades acadêmicas e administrativas;

Aumento da produtividade dos servidores. Este argumento relaciona-se à redução do

tempo gasto para localizar informações e serviços necessárias à realização das

tarefas/atividades dos setores;

Visão única das informações corporativas. A visão unificada das informações tem forte

impacto na qualidade das informações, evitando inconsistências e redundâncias. Essa

característica também é atraente no que se refere à dispersão dos servidores pelas diversas

unidades da instituição, pois cria uma visão holística da mesma.

Os portais corporativos contribuem para o início do processo de criação do

conhecimento organizacional mediante o modelo de conversão proposto por Nonaka e

Takeuchi (1997). Com base nesse modelo, podem se contextualizar os portais corporativos da

seguinte maneira:

a utilização dos portais corporativos como plataformas integradoras de sistemas

relacionadas à área de atuação da organização, uma vez que o conhecimento é compartilhado

e disseminado por meio do intercâmbio de experiências, informações e conhecimentos

individuais entre os demais atores, ocorrendo a socialização do conhecimento;

como ocorre o processo de organização do conhecimento tácito em conhecimento explícito

por meio da plataforma, os portais promovem a externalização do conhecimento;

a plataforma disponibiliza uma série de informações: os canais da informação são os

documentos, manuais, relatórios ou cursos on-line, a organização realiza a combinação do

conhecimento que servirá de base para a criação de novos conhecimentos;

o conhecimento gerado pela combinação é transformado em tácito por meio da

internalização. Esse processo ocorre quando os colaboradores da organização, por

intermédio de um processo interativo, acessam e internalizam o conhecimento explícito

gerado, conforme suas próprias necessidades, voltando a assumir um contexto abstrato e

subjetivo para cada indivíduo na organização.

Em função da complexidade existente no processo de gerência das UPB’s, constata-se

a necessidade de eficientes sistemas de gestão do conhecimento que tratem os ativos de

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informação e conhecimento como recursos estratégicos, visando atingir a excelência

acadêmica e científica, bem como melhorar e ampliar os canais de relacionamento com a

sociedade organizada.

4. AVALIANDO OS PORTAIS CORPORATIVOS NAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS

As universidades são organizações com uma grande multiplicidade de processos

internos, vários usuários e diversas unidades organizacionais, sendo facilmente perceptível

sua natural aderência à utilização do portal corporativo (GASPAR; DONAIRE; SANTOS;

SILVA, 2009).

Visando facilitar o estudo dos portais corporativos das UPB’s, houve a necessidade de

definir uma escala que retratasse os avanços conceituais e tecnológicos dos portais. Diante

disso, definiram-se três escalas evolutivas:

Fase Inicial. Nesta fase, as instituições utilizam apenas o conceito de portal corporativo.

Verifica-se que o portal corporativo apresenta algumas características comuns: áreas para

notícias e informes, eventos, menus e submenus (interativos ou não) – com links para diversas

informações relativas à estrutura e organização universitária; unidades acadêmicas, centros

e/ou departamentos; cursos de graduação e pós-graduação; acesso ao sistema acadêmico,

acesso à biblioteca virtual etc.

Fase Intermediária. Nesta fase, as instituições utilizam, além de um portal corporativo,

alguns portais temáticos, tais como: portal do aluno e portal do servidor. O portal do

aluno permite acesso ao sistema acadêmico, identificado como portal acadêmico, através de

login e senha cadastrada, mas pode-se visualizar algumas informações e acessar um “menu”

com horários de aulas dos cursos de graduação e pós-graduação. Contém ainda informações,

desde notícias da instituição e informações sobre as unidades acadêmicas, informações sobre

reitoria e pró-reitorias, grupos de pesquisa, processos seletivos, formação acadêmica e link

para biblioteca virtual. O portal do servidor é um espaço de cooperação e acesso às

informações e serviços de interesse de todos os servidores da instituição.

Fase Avançada. Nesta fase, as instituições utilizam, além de um portal corporativo, cinco

portais temáticos: portal do aluno, portal do servidor, portal da comunidade, portal do

empreendedor e portal do gestor. O conceito adotado nesta fase para portal corporativo

consiste em um sistema centrado nos diversos serviços, sistemas de informação e processos

da instituição, integrando e divulgando informações do banco de dados único, ampliando

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significativamente as redes de relacionamento com os diversos atores (aluno, servidor,

cidadão, empreendedor e gestor). O portal do cidadão é um espaço de cooperação e troca de

saberes, buscando a construção e produção de conhecimento, visando à transformação da

sociedade em que está inserida. Este portal terá como conteúdo as seguintes informações e

serviços por área temática: projetos, cursos, eventos, publicações, links, fórum de discussão,

um banco de dados dos parceiros e membros de cada área. O portal do gestor enfatiza a

gestão por resultados como sendo a mais adequada para responder com agilidade às demandas

da sociedade, mantendo a competitividade e a efetividade. Esse portal conterá as informações

e serviços: execução orçamentário-financeira, licitações, contratos, convênios, despesas com

passagens e diárias, além de outros conteúdos de interesse institucional (relatório de gestão,

plano de desenvolvimento institucional, planejamento das unidades etc). O portal do

empreendedor tem como objetivo ser um espaço de cooperação entre empresas e a

comunidade científico-tecnológica. Além disso, a interação é dinamizada por um sistema de

busca por oportunidades nas empresas e por competência científico-tecnológica. Este portal

terá como conteúdo as seguintes informações e serviços: incubadoras, propriedade intelectual,

mapa de competência dos pesquisadores, grupos de pesquisa, patentes, convênios/contratos

com empresas, ofertas de estágios etc.

A Figura 2 retrata a fase avançada da escala evolutiva dos Portais Corporativos para

as UPB’s, que consiste em um sistema centrado nos diversos serviços, sistemas de

informação e processos da instituição, integrando e divulgando informações do banco de

dados único, ampliando significativamente as redes de relacionamento com os diversos atores.

Figura 2 – Fase Avançada do Conceito de Portais para as UPB's. (Fonte: dos autores)

Para que as UPB’s obtenham êxito na implantação desses portais, é necessário que

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haja consenso sobre a importância da informação e definição da arquitetura de informação

dentro da instituição, sobre quem deve ser responsável por seu gerenciamento e sua

disseminação, bem como uma mudança na cultura dos servidores para trabalhar com o

conceito de gestão por resultados, cujo foco engloba desde a estrutura funcional (gestão de

processos) aos pormenores (sistema integrado de informações e portal corporativo do

conhecimento) do corpo funcional (gestão de processos), de quem se presume uma postura

eficaz e eficiente.

Dessa forma, a estruturação dos portais em categorias (aluno, servidor, gestor,

empreendedor e cidadão) permitirá que a IES pública esteja em constante processo de

relacionamento com a sociedade, baseando-se significativamente nos recursos digitais,

aplicando-o na busca de soluções e na construção de estratégias para o desenvolvimento do

País.

Partindo da conceituação apresentada, pôde-se avaliar o nível de desenvolvimento do

conceito de portais nas 56 Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). Pelo Quadro 1, é

perceptível que neste total, apenas 19 (33,9%) encontram-se na fase Intermediária, possuindo

além do portal corporativo, entre um a quatro outros portais com foco nos atores descritos; a

fase Inicial se enquadra o restante das instituições, que adotam apenas a designação de portal

para seu sítio principal. Nenhuma instituição, atualmente, está enquadrada na fase avançada

por não possuir ainda os cinco portais descritos além de completa integração entre sistemas de

informação, processos e serviços.

Fase IFES (siglas)

Fase Inicial UNIR, UFBA, UFGD, UFPB, UNIFAL, UFCG, UFJF, UFLA, UFMS,

UFMG, UFOP, UFPEL, UFPE, UFRR, UFSCAR, UFSJ, UNIFESP, UFS,

UFV, UFAC, UFC, UFMA, UFPA, UFPR, UFPI, UFRJ, FURG, UFMT, UFF, UNIVASF, UFRRJ, UFRA, UFVJM, UFCSPA, UNB, UFABC, UFFS

Fase Intermediária (com as

designações dos portais adotados

pelas IFE´s)

UFG – Portal do Aluno e do Servidor

UNIFEI – Portal do Aluno/Acadêmico

UFMT – Portal Acadêmico

UFSC – Portal da Reitoria

UFU – Portal do Estudante, do Docente e do Servidor

UNIFAP – Portal Acadêmico/Ambiente Acadêmico e Portal dos Professores

UFAM – Portal do Aluno e do Professor

UFES – Portal do Aluno e do Professor

UNIRIO – Portal do Aluno e do Servidor UNIPAMPA – Portal do Aluno

UFRB – Portal Acadêmico

UFRN – Portal do Aluno, do Servidor, Administrativo e de Serviços

UFRGS – Portal do Aluno e do Servidor

UFT – Portal do Aluno, do Servidor e para Concursos, Vestibular e Seleções

UFRPE – Portal do Aluno e do Servidor

UTFPR – Portal do Aluno

UFERSA – Portal do Aluno, do Professor, do Servidor e de Serviços

UFAL – Portal do Gestor, da Extensão e do Servidor

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UFSM – Portal do Aluno e do Servidor

Fase Avançada Ainda não existem IFES`s que estejam enquadradas nesta fase

Quadro 1 – Categorização das IFES de acordo com as Fases idealizadas.

(Fonte: dos autores)

Completando o quadro de IFES, a Universidade Federal de Integração da Amazônia

(UNIAM), a Universidade Federal da Integração Latino–Americana (UNILA) e a

Universidade Federal da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB)

ainda estão em fase de criação, não possuindo sítios definitivos a serem analisados.

5. RESULTADOS

Após a identificação das universidades públicas brasileiras que utilizam o conceito de

portas corporativos, foi aplicado um questionário para verificar os diversos aspectos

conceituais e tecnológicos empregados. O questionário foi submetido a 19 universidades

públicas, por meio da ferramenta Google Docs, estando dividido em três partes: a primeira

para levantar informações sobre a instituição, a segunda para definir o perfil do respondente

do questionário e a terceira para identificar as principais características conceituais e

tecnológicas dos portais. Das 19 universidades, 17 responderam à pesquisa.

Pela pesquisa realizada, 76,47% das instituições possuem mais de 30 anos de

existência. São, portanto, instituições maduras e com mais de 10.000 alunos matriculados.

Com relação ao perfil dos respondentes, 52,94% dos respondentes ocupam o cargo de diretor

do Núcleo de Tecnologia da Informação, sendo que a maioria tem mais de três anos no cargo.

No que diz respeito à quais públicos o portal está voltado para o atendimento das

necessidades informacionais, 100% das universidades responderam que os portais atendem ao

público alunos e docentes; 88,24% atendem aos servidores e a comunidade em geral e 64,71%

atendem aos gestores da instituição.

Sobre as categorias de portais, 76,47% das universidades responderam que possuem o

portal do aluno, 64,75% possuem o portal do servidor, 58,82% possuem o portal do docente e

29,45% possuem o portal da gestão.

Para os serviços e informações que são disponibilizados pelo portal corporativo da

instituição, 94,12% responderam que disponibilizam notícias gerais e da instituição, enquanto

que 88,24% disponibilizam informações sobre as unidades (acadêmicas e administrativas) e

os vestibulares e concursos da instituição, 82,35% disponibilizam informações sobre os

cursos ofertados, 76,47% disponibilizam informações sobre a Educação a Distância e 64,71%

disponibilizam o acesso a biblioteca virtual.

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Quando perguntado quais serviços e informações estão disponíveis no portal do aluno,

76,47% responderam que disponibilizam a grade curricular dos cursos, a grade de disciplinas

e acesso a matrícula on-line; 70,59% emitem comprovantes e declarações para os alunos;

58,82% disponibilizam boletim on-line; 41,18% realizam avaliação institucional pelo aluno

por meio do portal. Foram mencionados como outros serviços no portal do aluno a “avaliação

do docente pelo discente” e a “solicitação de inscrição em disciplinas” (Figura 3).

Figura 3 – Serviços disponíveis no Portal do Aluno. (Fonte: dos autores)

Referente aos serviços e informações disponíveis no portal do docente: 76,47%

disponibilizam o acesso ao sistema acadêmico; 70,59% disponibilizam acesso às atividades de

ensino; 52,94% disponibilizam o e-mail institucional; 41,18% disponibilizam acesso à

biblioteca virtual; 41,18% ao perfil do docente. Nos outros serviços, uma instituição destacou

o “lançamento de notas” (Figura 4).

Figura 4 – Serviços disponíveis no Portal do Docente. (Fonte: dos autores)

Em relação aos serviços e informações, estão disponíveis no portal do servidor;

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58,82% disponibilizam o e-mail institucional; 52,94%, as atividades administrativas; 47,06%

fazem uso do acesso ao sistema acadêmico e a outros sistemas do Governo Federal (Figura

5).

Figura 5 – Serviços disponíveis no Portal do Servidor. (Fonte: dos autores)

Em relação aos serviços e informações disponíveis no portal do gestor, 35,29%

apontou que disponibiliza o planejamento estratégico da instituição e das unidades, atividades

administrativas e legislação; 29,41% destacou a disponibilização de boletins e anuários

estatísticos, relatórios de gestão, e-mail institucional, acesso a sistema acadêmico e sistemas

administrativos; 23,53% garantem acesso a outros sistemas pertencentes ao Governo Federal

(SIAFI, SIMEC, SIDOR, SIAPENET, etc). Nenhuma instituição utiliza um painel de controle

(dashboard) no portal do gestor, através do qual poderia obter-se uma visualização dos

indicadores referentes a seu uso (Figura 6).

Figura 6 – Serviços disponíveis no Portal do Gestor.

(Fonte: dos autores)

Quanto a disponibilização dos portais em outros idiomas, apenas 23,53% possuem este

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recurso. Quando perguntado se a universidade possuía algum sistema integrado de gestão que

utilizava o conceito de banco de dados único, apenas 29,41% responderam que possuem tal

sistema. A grande maioria das UPB´s (70,59%) ainda não possui um sistema integrado de

gestão.

Quando perguntado se o seu portal estava vinculado a algum sistema de gestão apenas

41,18% das universidades responderam que sim. Atualizações do portal são realizadas

diariamente por 88,24% das instituições, semanalmente por 5,88% e como outras formas de

atualizações, também 5,88% indicaram que são realizadas de forma dinâmica.

Quanto à tecnologia empregada na construção dos portais 23,53% utilizam o sistema

de gestão de conteúdo (SGC) Joomla, 11,76% utilizam o SGC Plone e 11,76% utilizam o

SGC Drupal.

A maioria das universidades, ou seja, 47,06% utilizaram outras tecnologias, tais como:

HTML, .NET, ASP, PHP, frameworks próprios etc. Isso mostra que menos da metade utiliza

uma arquitetura propícia para o desenvolvimento desses portais, em termos de usabilidade,

disponibilidade, segurança e suporte.

5. CONCLUSÃO

Os portais corporativos de conhecimento são vistos como ambientes propícios para a

busca contínua de melhoria dos serviços e do atendimento à sociedade. Todavia, no presente

estudo, apenas 33% das UPB’s investigadas empregam o conceito de portais.

Como resultado desta pesquisa, pode-se verificar a existência de importantes

diferenças tanto nos aspectos conceituais como tecnológicos. As principais distinções dizem

respeito ao tipo de serviços disponibilizados e a destinação dos ativos de informação

encontrados, que têm como foco o atendimento aos diferentes atores.

Pelo levantamento realizado, constata-se a necessidade da adoção de uma arquitetura

orientada a serviços para as UPB’s, visando disponibilizar seus serviços à sociedade de

maneira padronizada e sincronizada por meio de portais corporativos de conhecimento,

possibilitando maior interação e integração entre os seus diversos atores (gestores, servidores,

alunos, cidadão e empreendedores). Pode-se também concluir que as UPB’s necessitam

ampliar os seus canais de comunicação para os diversos públicos-alvos, entre eles o setor

produtivo e os egressos.

Page 15: AVALIANDO OS PORTAIS CORPORATIVOS DE CONHECIMENTO DAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS BRASILEIRAS

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6. REFERÊNCIAS

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