Avaliação Modular Complementar

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AVALIAO MODULAR COMPLEMENTARTEOLOGIA PASTORAL ; ALUNO WAGNER FERRAZ DE ARAUJOQUESTES DE 01 A 05 ;1. No ministrio pastoral, as duas figuras se contrape e so distintamente identificadas na ao e conduta do pastor, tanto o que ama as ovelhas, e o que exerce sua funo meramente por obrigao, o sagrado cumprimento do dever. A imagem bem definida em Lucas 15.4-7 a prefigurao do Senhor Jesus e a sua tarefa de restaurao e busca do que se perdeu (Mateus 10.6; 15.24; 18.12). Notadamente esta metfora viabiliza um pensamento de cuidado amoroso, relativo ao aprisco e um cuidado despretencioso, quase beirando a displicncia, relativo ao curral. O ministrio no aprisco exercido por quem tem uma chamada divina e submisso a quem o chamou, devota Ele sua sublime misso de apascentar as ovelhas . Sempre com resignao e no medindo esforos para trazer nos ombros as desgarradas e valorizar tanto a do rebanho, como tambm aquela que se perdeu.J no ministrio do curral, a sublimao do pastor que alimenta um rebanho sem amor, a comida est posta nos coxos, pode comer o que tem; no tem uma devida entrega ao que se faz. a ovelha que tem que comer fartar-se, abrigar-se, conviver com as dificuldades que lhe esto impostas, de maneira tal que no ser sentida sua falta quando se desgarrar.

1. As caractersticas do cuidado pastoral esto bem definidas nos textos de Isaas 40.1; Lucas 15.4. Em primeiro lugar existe uma importncia muito grande concernente a vida da ovelha; sem ela o pastor no completo, existe entre ambos uma relao bilateral, uma entrega, uma doao, tem que se cuidar e cuidar bem. Isso gera afetividade, complacncia, trazer nos braos e sentir o cheiro. Jesus exemplificou a respeito da voz e sua reciprocidade, dado que a ovelha no segue ao estranho: isto aprisco, lugar de aconchego e amor; proteo e confiana (pode-se desenvolver com vigor: ovelha saudvel). Agora as caractersticas de um cuidado no curral denota uma vida de deficincias e precariedades. O sal e a rao, podem at nutrir, mas no garantem a permanncia, no outro dia cada ovelha tem que sair em busca de algo que faltou (pastagem, gua, etc.) e faltar quem lhes guie; estaro sem acompanhamento pastoral e sero entregues prpria sorte. Aqui est o exemplo daquele que cuida dos seus prprios negcios e nunca est disponvel.

1. No relacionamento com os demais lderes da igreja, a base para reflexo usada em I Pedro 1.2 deixa claro que ao pastorear lderes, antes de tudo voc deve ser respeitado. O que me chama ateno a atualidade deste assunto e a pertinente conduta dos pastores de grandes ministrios, hoje difundidos pela mdia. A maior parte deles passa por dificuldades por causa do modelo curral que adotaram, ao invs de exercerem o modelo aprisco. O pastoreio na perspectiva do aprisco aponta o pastor na figura de cooperador, servente dos demais, mesmo que este seja experiente, precisa ouvir a todos que trabalham com ele, sempre procurando aproximar-se para o dilogo e mais intimamente tratar cada um com apreo; exercendo esta funo de conselheiro e no de magistrado, mas um cuidador de pastores que efetivamente sabe o que est fazendo na dependncia de Deus; sem constranger ou envergonhar, sem aviltar, sempre de boa vontade; sabendo que o lcito louvvel e no se lucra com as coisas de Deus, assim a igreja ganha em comunho e espiritualidade. Agora na perspectiva do curral, o pastor nortear suas atribuies no dever, na obrigao, na prontido, tudo para ontem, ou seja, seu trabalho objetivo e no subjetivo; est lidando com corpos e no com almas. o campo das metas e do destaque do ms; uma forma de pastorear sem alegria, quase coagido, sem compromisso com a verdade (rebanho), uma obrigao bem acadmica, um desafio pessoal. Brilhantemente recompensado por um salrio a que ele faz jus (ganncia), querendo mostrar nmeros e tabelas de crescimento; um negcio prprio, buscando recompensa neste mundo, fazendo conforme aprendeu e mais nada; uma carreira bem sucedida e por fim uma digna penso.

1. O aspecto apresentado no texto relacionado s aes do Deus-Pastor servem de exemplo para o exerccio do ministrio pastoral hoje; no paradigma de Moiss como figura do Grande Pastor, de cajado e vara nas mos, muito propriamente ele assume uma conotao de Cristo, o guia que leva o povo em direo vida eterna. bom afirmar que, guiar, prover, guardar e permanecer faz parte das aes prevista no Salmo 23 e corroborada em Hebreus 13; isto , uma veracidade de figuras. Transcende para o modelo que nos dado na figura de Jesus, pois Ele se coloca como pastor que conduz s suas ovelhas pelos caminhos seguros e onde se encontra pastagens; no obstante isso tudo, Ele conhecido por elas (ovelhas). Hoje, certamente este exemplo serve para ns para revelar a dignidade deste trabalho e sua relevncia mediante a atuao e dependncia de Deus, e o tratamento com afeto, para exercer uma atividade no mbito dos homens, mas fazendo para Deus.

1. Reflexo: Na atualidade, um ministrio de modelo aprisco, o desejo da totalidade dos cristos; hoje as grandes e mirabolantes tentativas de gerenciamento de lideranas engessam o pastor que deseja aproximar-se das ovelhas. notrio este distanciamento e falta de dilogo e isso afeta a confiana e preciso reverter este quadro. As ovelhas sabem o que quer e o que esperam de quem as lideram; isto est se tornando regra para as futuras geraes de pastores. Na outra ponta do iceberg esto queles que praticam o modelo curral, empedernidos na sua ostentao de uma suposta cultura e intelectualidade; adjetivando-se e displicentemente solapando o leite, a l e a carne das ovelhas. No meio do caminho ainda podem retratar-se, mas a grande maioria vive consternado pelo ter regaladamente e no se do conta da situao que esto. Tenho convivido com uma comunidade de f que j viveu as duas situaes em pequeno espao de tempo; para uma igreja atuante e vigorosa, sua dependncia pastoral meramente subjetiva, pois o pastor de tempo participa das necessidades das ovelhas e afeito aos seus dilemas. O modelo aprisco, muito embora vivamos ele agora, nos causou dificuldades na sua implantao, por incrvel que parea, ainda existem resistncias por pretensos amigos do pastor, que nunca abriram mo de certos privilgios. O modelo curral vigorou at certo tempo sobre alguns lderes de nossa comunidade de f, com uma viso mercantilista e destituda de amor as pessoas, mas valeu a transigncia em confront-los.

REFERNCIASBOSETTI, Elena. Deus-Pastor na Bblia solidariedade de Deus com seu povo. So Paulo, SP: Edies Paulinas, 1986, p. 112.KELLER, Phillip. Meditaes de um leigo sobre o Bom Pastor e suas ovelhas da perspectiva de um verdadeiro pastor de ovelhas. So Paulo, SP: Editora Vida, 1981, p. 58HENDERS, Helmut. Vocao Pastoral em Debate. So Bernardo do Campo, SP: Editeo, 2005. In: Desafios no Ministrio Pastoral no Brasil de Hoje (p.15 -33). Jorge Schtz