Aulas de Cultura Comunicação e Mídia

21
Cultura Cultura significa cultivar1 e vem do latim colere. De modo geral, a definição mais usada para cultura, foi formulada e apresentada pelo antropólogo inglês, Edward Burnett Tylor, segundo o qual, cultura é tudo que inclui o conhecimento, tais como as artes, as crenças, as leis, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões que são adquiridos não apenas em família, mas também em sociedade. Diversos estudiosos das ciências sociais apresentaram definições para CULTURA. Durante muito tempo, as definições de cultura foram confundidas com o mesmo conceito de civilização, Agricultura - Durante o império romano, cultura tinha o sentido de agricultura, se referia ao cultivo da terra para a produção, e ainda hoje é usado desta forma quando é nos referimos a produção agrícola ou de alimentos de origem animal. Ciências Sociais – Cultura é definido como um conjunto de ideias, símbolos, comportamentos, símbolos e práticas sociais (não naturais), que é transmitida de geração em geração principalmente através da vida social. Seria a herança social da humanidade. A cultura, nas ciências socias, é composta de um monte de culturas, cada uma com características próprias pertencentes a cada grupo social. Filosofia - cultura é o conjunto de manifestações humanas que contrastam com a natureza ou comportamento natural. Em especial, na civilização ocidental, cultura está associada à aquisição de conhecimentos e práticas de vida reconhecidas como melhores. Essa visão que permitiu que alguns estudiosos identificassem cultura como o ideal da elite, surgindo a expressão “Cultura Erudita” que a separava da “Cultura Popular”. A cultura popular é algo criado por um determinado povo, sendo que todos os individuos tenham parte ativa nessa criação. Pode ser literatura, música, arte etc. A cultura popular é influenciada pelas crenças de um povo em questão e é formada graças ao contato entre indivíduos de certas regiões. Para a filosofia, cultura é o resultado dos modos como os diversos grupos humanos foram resolvendo os seus problemas ao longo da história. Cultura é criação. Biologia - Cultura é normalmente uma criação especial de organismos (em geral microscópicos) para fins determinados (por exemplo: estudo de modos de vida bacterianos, estudos microecológicos, etc.). Antropologia – cultura são todos dos padrões aprendidos e desenvolvidos pelo seres humanos e tem como objetivo representar o saber de uma comunidade, saber obtido graças à sua organização social, no seu tempo, e na manutenção e defesa das suas formas de relação humana. Estas manifestações são denominados como a sua alma cultural, todos os seus ideais estéticos e suas diferentes formas de apresentação. 1 Definições de cultivar, (como verbo transitivo): Preparar e cuidar a terra para que produza; Aplicar-se ao desenvolvimento de algo; Dedicar-se a. (como verbo pronominal): Desenvolver- se; aperfeiçoar-se.

description

aulas de cultura

Transcript of Aulas de Cultura Comunicação e Mídia

Page 1: Aulas de Cultura Comunicação e Mídia

Cultura

Cultura significa cultivar1 e vem do latim colere.

De modo geral, a definição mais usada para cultura, foi formulada e apresentada pelo

antropólogo inglês, Edward Burnett Tylor, segundo o qual, cultura é tudo que inclui o

conhecimento, tais como as artes, as crenças, as leis, a moral, os costumes e todos os hábitos e

aptidões que são adquiridos não apenas em família, mas também em sociedade.

Diversos estudiosos das ciências sociais apresentaram definições para CULTURA.

Durante muito tempo, as definições de cultura foram confundidas com o mesmo conceito de

civilização,

Agricultura - Durante o império romano, cultura tinha o sentido de agricultura, se referia ao

cultivo da terra para a produção, e ainda hoje é usado desta forma quando é nos referimos a

produção agrícola ou de alimentos de origem animal.

Ciências Sociais – Cultura é definido como um conjunto de ideias, símbolos, comportamentos,

símbolos e práticas sociais (não naturais), que é transmitida de geração em geração

principalmente através da vida social. Seria a herança social da humanidade. A cultura, nas

ciências socias, é composta de um monte de culturas, cada uma com características próprias

pertencentes a cada grupo social.

Filosofia - cultura é o conjunto de manifestações humanas que contrastam com a natureza ou

comportamento natural. Em especial, na civilização ocidental, cultura está associada à

aquisição de conhecimentos e práticas de vida reconhecidas como melhores. Essa visão que

permitiu que alguns estudiosos identificassem cultura como o ideal da elite, surgindo a

expressão “Cultura Erudita” que a separava da “Cultura Popular”. A cultura popular é algo

criado por um determinado povo, sendo que todos os individuos tenham parte ativa nessa

criação. Pode ser literatura, música, arte etc. A cultura popular é influenciada pelas crenças de

um povo em questão e é formada graças ao contato entre indivíduos de certas regiões. Para a

filosofia, cultura é o resultado dos modos como os diversos grupos humanos foram resolvendo

os seus problemas ao longo da história. Cultura é criação.

Biologia - Cultura é normalmente uma criação especial de organismos (em geral

microscópicos) para fins determinados (por exemplo: estudo de modos de vida bacterianos,

estudos microecológicos, etc.).

Antropologia – cultura são todos dos padrões aprendidos e desenvolvidos pelo seres humanos

e tem como objetivo representar o saber de uma comunidade, saber obtido graças à sua

organização social, no seu tempo, e na manutenção e defesa das suas formas de relação

humana. Estas manifestações são denominados como a sua alma cultural, todos os seus ideais

estéticos e suas diferentes formas de apresentação.

1 Definições de cultivar, (como verbo transitivo): Preparar e cuidar a terra para que produza;

Aplicar-se ao desenvolvimento de algo; Dedicar-se a. (como verbo pronominal): Desenvolver-

se; aperfeiçoar-se.

Page 2: Aulas de Cultura Comunicação e Mídia

Etnocentrismo

Etnocentrismo, palavra formada pela justaposição da palavra de origem grega "ethnos" que

significa "nação, tribo ou pessoas que vivem juntas" e centro. É a visão demonstrada por

alguém que considera o seu grupo étnico ou sua cultura o centro de tudo, estando acima, ou

sendo mais importante que as outras culturas e sociedades. Isso quer dizer que uma pessoa,

ou pessoas do mesmo grupo, com os mesmos hábitos, costumes, discrimina outros grupos,

julgando-se melhor,ou pior, seja por causa de sua condição social, ou diferentes costumes.

Dessa maneira, etnocentrismo, é por definição preconceito.

Uma visão etnocêntrica demonstra, por vezes, desconhecimento dos diferentes hábitos

culturais, levando ao desrespeito, depreciação e intolerância por quem é diferente, originando

em seus casos mais extremos, atitudes preconceituosas, radicais e xenófobas.

O ser humano vê o mundo através de sua cultura, assim tem como consequência a propensão

em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural. Tal tendência,

denominada etnocentrismo, é responsável em seus casos extremos pela ocorrência de

numerosos conflitos sociais.

Então, sob um ponto de vista mais amplo, mais intelectual, podemos dizer que etnocentrismo

é a dificuldade de pensar a diferença, de ver o mundo com os olhos dos outros.

Alguns exemplos de etnocentrismo estão relacionados ao vestuário. Um deles é o hábito

indígena de vestir pouca ou nenhuma roupa; outro caso é o uso do kilt (uma típica saia) pelos

escoceses. São duas situações que podem ser tratadas com alguma hostilidade ou estranheza

por quem não pertence àquelas culturas.

“O etnocentrismo, dessa forma, trata-se de uma visão que toma a cultura do outro (alheia ao

observador) como algo menor, sem valor, errado, primitivo. Ou seja, a visão etnocêntrica

desconsidera a lógica de funcionamento de outra cultura, limitando-se à visão que possui

como referência cultural. A herança cultural que recebemos de nossos pais e antepassados

contribui para isso, pois nos condiciona ao mesmo tempo em que nos educa. “ (Paulo Silvino

Ribeiro).

Dicas de texto: http://www.brasilescola.com/sociologia/etnocentrismo.htm

Relativismo Cultural

o relativismo cultural é um conceito antropológico que defende que os valores, princípios

morais, o certo e o errado, o bem e o mal, são convenções sociais pertinentes a cada cultura.

Ou seja, um ato considerado errado em uma cultura não significa que o seja também quando

praticado por povos de diferente cultura.

Por exemplo, a circuncisão, rito religioso de muçulmanos e judeus, é certa ou errada?

Um relativista cultural responderá que é certa nas sociedades em que constitui uma tradição e

é aprovada pela maioria das pessoas e errada nas sociedades em que a maioria das pessoas a

reprova.

Os costumes, normas e valores de uma sociedade não são melhores nem piores do que os de

outra sociedade, são apenas diferentes.

Page 3: Aulas de Cultura Comunicação e Mídia

De acordo com o relativismo cultural não se pode julgar algo a partir de um ponto de vista

externo, ou seja, os padrões e valores culturais (moralidade, práticas, crenças) de uma

determinada cultura com base em outra.

Essa perspectiva entende que existe uma incompatibilidade fundamental entre os sistemas de

valores de diferentes culturas, logo, não há critérios objetivos que permitam classificar as

culturas entre superiores e inferiores, pois todas as culturas, segundo o relativismo cultural,

devem ser vistas como igualmente aptas a preencher as necessidades de seus integrantes.

Comunicação

Conceito Etmológico1

Do latim Communis, do qual surge o termo Comum em português, e Communis quer dizer o que pertence a todos. Da palavra Communis, surge a palavra Communicare, que quer dizer Comungar e Comunicar. De Communicare, temos um novo desdobramento e chegamos a palavra, Comunicationis, que significa tornar comum. A comunicação é então, um processo de interação social, no qual, através de códigos, os seres

humanos e os animais partilham diferentes informações entre si, tornando o ato de comunicar

uma atividade essencial para a vida em sociedade. Vale lembrar que comunicação, comunhão,

comunidade, comunismo, são palavras que têm a mesma origem, que é de tornar comum algo.

A comunicação que é realizada por meio de uma linguagem falada ou escrita, é chamada de

comunicação verbal. É uma forma de comunicação exclusiva dos seres humanos e é a mais

importante nas sociedades humanas.

Há outras formas de comunicação, os códigos não verbais, que usam sistemas de sinais não-

linguísticos, tais como os gestos, expressões faciais, imagens.

Entre os animais (não racionais), a comunicação se dá exclusivamente atráves de sinais, pode

ser por sons, ou gestuais corporeos. O som da baleia, o uivo dos lobos, o coaxar dos sapos, o

piar dos pássaros, a dança agitada das abelhas ou o abanar de rabo dos cachorros, estão entre

as diversas formas pelas quais os animais trocam informações entre si Os animais podem não

ser capazes de falar ou dominar técnicas de linguagens avançadas, mas eles certamente

possuem outros meios de se comunicar.

Os Elementos da Comunicação:

Os elementos básicos, como já falado são: emissor – meio/mensagem- receptor. Mas há também

os sinais que são usados para transmitir as mensagens aos receptores. No Brasil, o principal

sinal é a Lingua Portuguesa. Porém, além da língua, há outros, como por exemplo, gestos,

desenhos, cores como no farol de transito.

Então, o esquema fica assim:

ruído

Emissor Mensagem Receptor

Código

CANAL DE COMUNICAÇÃO

Page 4: Aulas de Cultura Comunicação e Mídia

Sobre o código:

Podemos entender o código da comunicação a maneira a qual a mensagem é organizada. Todo código é formado por um conjunto de signos (sinais) que se organizam conforme regras pré-estabelecidas, onde cada elemento tem um significado específico que se relaciona (ou interage) com os demais dando sentido a comunicação. Pode ser a língua, oral ou escrita, gestos, código Morse, sons etc. O código deve ser de conhecimento de ambos os envolvidos: emissor e destinatário.

O que é o ruído na comunicação?

Podemos entender o ruído, como qualquer perturbação na comunicação. Não é sempre que acontece, mas quando acontece pode mudar o entendimento da mensagem. Os ruídos podem acontecer, muitas vezes por faltas, falhas ou excesso de informação.

Exemplo de ruídos na comunicação:

“Do presidente para o Diretor: Na próxima segunda feira, aproximadamente às 20h, o cometa Halley passará por aqui. Trata-se de um

fenômeno que ocorre a cada 76 anos. Assim, peço que os funcionários estejam reunidos no pátio da fábrica, todos usando capacete de

segurança, para que eu possa explicar o fenômeno a eles. Se estiver chovendo, não poderemos ver o espetáculo a olho nu, e todos

deverão se dirigir ao refeitório onde será exibido um filme documentário sobre o cometa Halley.

Do Diretor para os Gerentes: Por ordem do presidente, na sexta-feira às 20h, o cometa Halley vai aparecer sobre a fábrica. Se chover os

funcionários deverão ser reunidos, todos com capacete de segurança e encaminhados ao refeitório, onde o raro fenômeno aparecerá, o

que acontece a cada 76 anos a olho nu.

Dos gerentes para os Chefes de Produção: A convite do nosso querido diretor, o cientista Halley de 76 anos vai aparecer nu no refeitório

da fábrica, usando capacete, pois vai ser apresentado um filme sobre segurança na chuva. O diretor levará a demonstração para o pátio

da fábrica.

Dos Chefes de produção para os Supervisores de Turnos: Na sexta-feira, o diretor, pela 1ª vez em 76 anos, vai aparecer nu no refeitório

da fábrica, para filmar o Halley, o cientista famoso e sua equipe. Todo mundo deverá estar de capacete, pois vai ser apresentado um

show sobre segurança na chuva. O diretor levará sua banda para o pátio da fábrica.

Dos Supervisores de turnos para os Funcionários: Todo mundo nu, sem exceções, deve estar no pátio da fabrica, na próxima sexta-feira,

ás 20h, pois o manda chuva (Presidente) e o Sr. Halley, guitarrista famoso, estarão lá para mostrar o raro filme ‘Dançando na chuva’.

Todo mundo no refeitório de capacete, o show será lá, o que ocorre a cada 76 anos.

Aviso para todos os funcionários: na sexta-feira, o chefe da diretoria vai fazer 76 anos e liberou geral para a festa, às 20h no refeitório.

Vão estar lá, pagos pelo manda chuva, ‘Bill Halley e seus Cometas’. Todo mundo nu e de capacete, pois a banda é muito louca e o rock

vai rolar solto, mesmo com chuva”.

Fonte: http://www.revide.com.br/blog/murilo/data/2012/7/

Mídia

A palavra mídia é derivada do latim "media", plural de "medium" e que tem como significado as

palavras "meio" ou "forma". No Brasil, adotamos o uso da pronúncia inglesa para a palavra latina

"media”

Podemos dizer que a mídia faz parte do nosso dia a dia. Desde a pré-história, o homem se

preocupa em encontrar meios (formas) que o ajudem a propagar idéias ou informações.

Podemos definir mídia, imediatamente como o canal ou ferramenta de comunicação, isto é, o

conjunto dos meios de comunicação para alcançar as pessoas com o objetivo de transmitir uma

Page 5: Aulas de Cultura Comunicação e Mídia

mensagem, mas pode se referir a um único meio utilizado para comunicar os dados para

qualquer finalidade.

A mídia deve compreender todos os elementos da comunicação, como emissor, mensagem e o

receptor.

O emissor escolhe a mídia que irá conter a mensagem, a mídia “traz” a mensagem em um código

(linguagem) que será compreendida pelo receptor.

Podemos distinguir os tipos de mídia, capturados (vídeo, áudio, fotografia) e sintetizados (texto,

gráfico, animação).

TIPOS DE MÍDIA:

Há a mídia impressa, é palpável e de visual estático, como por exemplo, jornais, revistas,

outdoor. A compreendem

A mídia eletrônica, que alia o som, a imagem e a transmissão de informações num equipamento

alimentado por energia elétrica, (independente da fonte), como por exemplo, a televisão,

o cinema, o rádio (somente o som) e a internet.

Comunicação de Massa

Os meios de comunicação de massa são os meios usados na transmissão de mensagens a um

grande número de receptores. Na sociedade, os meios de comunicação de massa mais comum

são os jornais/as revistas, o rádio, a televisão e, o mais recente, a Internet. O cinema, e em

menor proporção o teatro, apesar de estarem intrinsicamente ligados a arte, também se tornaram

meios de comunicação de massa, apesar de terem um caráter mais propagandista.

O jornal é considerado o primeiro meio de comunicação de massa criado pelo homem: Tem

suas origens associadas aos documentos informativos das atividades comercias do século XVI.

Impresso, tomou a forma que conhecemos hoje em 1836, na França; o jornal, hoje, também é

apresentados em outros modelos atualmente, na forma de áudio, (rádio), e na forma televisiva

(Telejornal). A base do jornalismo é a notícia. Sua objetivo principal é ser referencial de

informação.

O rádio é ainda hoje, o meio de comunicação de massa mais popular uma vez que o receptor

não precisa ser alfabetizado.

Os primeiros inventos que possibilitaram a concretização do rádio como meio de comunicação

de massa também datam do século XIX. As primeiras emissoras de rádio norte-americanas

datam de 1920 e as do Brasil, entre 1922-25, tendo seu clímax nos anos 30. Muito dos processos

e programas utilizados pela televisão posteriormente tiveram suas origens nos programas de

rádio, como as novelas (então radionovelas) os programas de auditório, até mesmo os modelos

de comerciais publicitários serão absorvidos pela televisão.

A televisão é um verdadeiro “liquidificador cultural”, pois através de seus programas é possível

associar elementos do cinema, de teatro, da música, da dança, da literatura, etc, numa só

apresentação. Surgiu nos anos 40 nos Estados Unidos e, nos anos 50, no Brasil.

Para Muniz Sodré, (jornalista, sociólogo e tradutor brasileiro, professor da Universidade Federal

do Rio de Janeiro) a televisão é o meio de comunicação mais poderoso e mais persuasivo que

existe, por ser aquele que mais influencia o receptor, sendo responsável por uma relação social

abstrata, passiva e modeladora dos acontecimentos: o receptor recebe a mensagem pronta

através de imagens que consome imediatamente, sem que haja tempo de refletir sobre elas. Tais

imagens atingem o inconsciente do receptor, que passa a ter suas idéias condicionadas àquelas

recebidas através da TV. É um veículo de comunicação que nada exige do receptor em termos

de esforços e de conhecimentos: não é preciso saber ler e escrever, para se ter acesso à sua

Page 6: Aulas de Cultura Comunicação e Mídia

programação, que também não é da escolha do receptor, mas sim uma programação imposta a

ele pelas emissoras.

Fonte : Mirian Chaves Carneiro e Sulamita Nagem Dias Lima

Cinema No ano de 1895, final do século XIX, na França, dois irmãos, Louis e Auguste Lumière , ambos engenheiros, Que trabalhavam na fábrica fundada por seu pai, Antoine Lumière, fotógrafo e fabricante de películas fotográficas, proprietário da Usine Lumière, instalada na cidade francesa de Lyon inventaram o cinematógrafo (cinématographe), são sempre referidos como os pais do cinema.. Na primeira metade do século XIX, a fotografia havia sido inventada por Louis-Jacques Daguerre e Joseph Nicéphore Niepce, possibilitando esta criação que revolucionária o mundo das artes e posteriormente a indústria cultural: o cinema. Louis e Auguste dedicaram-se a produção de documentários enquanto o francês, Georges Méliès, e conhecido como o pai do cinema de ficção, sendo também considerado o “pai dos efeitos especiais”. Os Lumière apresentaram o cinematógrafo para um público pela primeira vez em dezembro de 1985, na primeira sala de cinema do mundo, o Eden, ainda existente e localizado no sudoeste da França. A partir daí, conseguiram uma boa publicidade para o invento e foi inaugurada uma sessão no Grand Café, em Paris, com entradas pagas e tudo. O filme exibido foi “La Sortie de l’usine Lumière à Lyon” (“A Saída da Fábrica Lumière em Lyon”). Entre os espectadores encontrava-se Meliès, que logo se interessou pelo aparelho. Considerado o “pai dos efeitos especiais”, Meliès fez mais de 500 filmes, sendo “Le Voyage dans La Lune” (ou “Viagem à Lua“), de 1902, um dos mais conhecidos. No projeto em questão, foram utilizadas técnicas de dupla exposição, o que garantiu efeitos especiais inovadores para a época. Meliès também foi o responsável pela criação do primeiro estúdio cinematográfico da Europa. Nos EUA, o responsável pela impulsão cinematográfica foi D. W. Griffith, considerado o criador

da linguagem cinematográfica. Tendo iniciado sua carreira no cinema em 1908, realizando

curtas-metragens, Griffith foi autor do até hoje controverso “O Nascimento de uma Nação”, de

1915, primeiro longa-metragem estadunidense, considerado também a base da criação da

indústria cinematográfica de Hollywood. É também creditado a ele o pioneirismo na utilização

de recursos como o close, montagem paralela e movimentos mais trabalhados de câmera, em

obras dramáticas. Referencias: http://cinesplendor.com.br/como-tudo-comecou/

Etnografia

Ramo das ciências humanas que tem por objeto o estudo da cultura de uma comunidade ou

alguns de seus aspectos fundamentais.

A etnografia (do grego ethno - povo e graphein - escrever) é o método utilizado pela

antropologia na coleta de dados. Baseia-se no contato direto entre o antropólogo

(pesquisador) e o seu objeto de estudo, seja ele uma comunidade, tribo ou qualquer

outro grupo social sob o qual a análise se deseja, fazendo assim, a descrição dos

significados pertencente ao grupo estudado, seja crenças, valores, desejos e

comportamentos dos sujeitos por meio de uma experiência vivida, sem a interferência ou

referencias de outros pesquisadores.

Os estudos etnográficos, é uma técnica, proveniente da antropologia social, que

consiste no estudo de um objeto pela vivência direta onde o objeto de estudo (grupo

Page 7: Aulas de Cultura Comunicação e Mídia

social) está inserido. São esses estudos que comprovam que as atividades das pessoas

são normalmente mais ricas e complexas do que é descrito por definições, processos e

modelos sistemáticos.

A pesquisa etnográfica é realizada a partir de trabalhos de campo, da observação direta

e do recolhimento de dados de fato. Não seguindo assim, padrões rígidos de estudos e

as técnicas de coleta são “criadas” de acordo com a realidade encontrada pelo

pesquisador.

Concluída a fase etnográfica, o pesquisador fará o trabalho etnológico, que é organizar

todas as informações recolhidas, analisa-las e estabelecer as diferenças e as

semelhanças existentes no material e fazer então seu trabalho etnográfico e compará-

lo a outros já existentes (se houver) e apresentar suas conclusões.

O ponto comum entre a ETNOGRÁFIA e a ETNOLOGIA, é o interesse comparativo e a

conexão histórica que possuem as informações adquiridas.

Dois exemplos de pesquisas etnográficas:

1 – O trabalho realizado pela antropóloga, Ondina Fachel Leal - “A leitura social da

novela das oito” (1983)

2 – O trabalho do antropólogo, Everardo Rocha; “Magia e Capitalismo: um estudo

antropológico da publicidade” (1985).

No estudo realizado por Ondina Leal, para entender o papel da televisão,

especialmente o da novela das oito, na sociedade brasileira, a autora selecionou 2

grupos de famílias para junto com elas, acompanhar a novela. O primeiro grupo,

constituído de pessoas de classes populares e o segundo grupo por pessoas de classe

média, de certa forma, mais intelectualizadas. Ambos os grupos eram residentes na

cidade de Porto Alegre – RS

Ao ir a “campo” a pesquisadora deparou-se com uma certa dificuldade ao ter que

selecionar o grupo de classe média, pois esses não apenas desdenhavam a televisão

mas em especial a novela, logo foi difícil encontrar quem assumisse assistir a novela

das oito.

Logo ela identifica que o significado simbólico da TV era distinto as duas classes sociais.

Enquanto os primeiros, a classe popular, identificava a TV como elemento da

modernidade, onde ver a novela era um ritual e a sociabilidade com a vizinhança

passava por temas discutidos no programa (a novela).

No grupo da classe média, a novela, era associada a um repertório popular,

folhetinesco, sem qualquer valor cultural.

Outra observação feita pela antropóloga, era a posição da TV na casas. Nas casas

populares, menores, a TV tinha espaço de destaque chamando a atenção de todos

quando ligada. Já nas casas do grupo de renda mais alta, casas maiores, com mais

espaço, ao contrário, a TV nunca estava na sala, ou quando isso acontecia, nunca

estava exposta a quem por ali passasse.

No estudo realizado por Everardo Rocha, o antropólogo ao estudar os publicitários,

percebeu, entre alguns aspectos, que esse grupo de profissionais cria uma distinção

entre a sua profissão e a profissão de vendedor. Para eles, há uma hierarquia e mesmo

não se desvinculando do papel de vendas, buscam sempre associar seu trabalho a

Page 8: Aulas de Cultura Comunicação e Mídia

conceitos de sofisticação e riqueza, associando a sua prática profissional a de uma

artista ou mesmo a de um cientista.

Outro aspecto importante levantado pelo estudo, foi a percepção do desenvolvimento

de termos específicos, isso é, uma linguagem própria entre esses profissionais. Mídia,

deadline, house-agencies são alguns exemplos.

Semiótica Também chamada de semiologia, é, de forma geral, é o estudo de todas as linguagens logo, de todos os sistemas de signos. Não trata somente do verbal linguístico, mas do extra linguístico, como a música, o teatro, a poesia, o cinema, e ainda, as propagandas e publicidades das revistas, os jornais e tantos textos que o homem produz. Devido aos desenvolvimentos das últimas décadas na linguística, filosofia da língua, a semiótica, ou estudo dos signos, ganhou uma grande importância no âmbito da teoria da comunicação. Então, podemos dizer que a semiótica nos revela as formas como as pessoas, ou indivíduos, dão significado a tudo que os cerca. A semiótica não reduz suas pesquisas ao campo verbal, expandindo-o para qualquer sistema de signos – Artes visuais, Música, Fotografia, Cinema, Moda, Gestos, Religião, entre outros.

Signos Signos são instrumentos de representação e de comunicação, através do quais, seja pelo sons ou representações gráficas, configuramos a realidade e ou distinguimos e identificamos o mundo material. São usados para referir-se ou mesmo tomar o lugar de outra coisa. Ou seja, é tudo aquilo que dá um sentido à algo. Signos podem ser visuais ou linguísticos.

Signos visuais: Signos também são chamados de índices (sintomas) para indicar algo, como por

exemplo, nuvens carregadas no céu é sintoma de chuva, marcas de pneus no chão, é sintoma de uma freada brusca. Acontecem pela frequência constante de experiências idênticas que indicam algo, adquirindo assim um significado.

Signos também são chamados de ícones (substitutos), como por exemplo, uma foto

de uma pessoa, um mapa de uma cidade. Representam uma imitação de um objeto, de uma forma, de um espaço ou mesmo de uma situação. Os ícones são característicos das artes, da propaganda ou da comunicação de massa.

Signos também são chamados de símbolos (designação livre), age para designar

algo, sem qualquer dependência de semelhança ou qualquer ligação com o que representa. O significado é estabelecido através de normas e convenções. Ou seja, para serem entendidos necessitam de uma prévia explicação. Por exemplo: periquito verde, símbolo do Palmeiras, o mosqueteiro, símbolo do Corinthians, Suástica, símbolo do nazismo, a bandeira de um país.

Page 9: Aulas de Cultura Comunicação e Mídia

Signo linguístico: O signo linguístico é uma informação entre um conceito (uma ideia) e uma imagem sonora. É artificial uma vez que estabelece uma relação arbitrária entre um SIGNIFICADO e um SIGNIFICANTE. Tanto um conceito como uma imagem sonora, são entidades mentais. A imagem de um som, “nunca será material”, física, mas sim a impressão mental que o som evoca. Os signos linguísticos são os responsáveis pela representação das ideias, usando a

língua, (no nosso caso, a língua portuguesa) como elemento codificador, os signos

linguísticos são as palavras (escrita ou falada) que associamos a determinadas ideias.

Esses dois elementos, SIGNIFICANTE (imagem sonora), e SIGNIFICADO (o conceito),

podem assim ser definidos:

Significante: parte física da palavra (grafia + som).

Significado: conceito transmitido pelo significante. .

Então qualquer elemento que seja utilizado para exprimir uma dada realidade física ou

mental; nesta relação, o primeiro funciona como significante em relação à segunda, que

é o significado (ou referente); O significante e o significado sempre devem ocorrer

conjuntamente, e nunca poderão ocorrer separadamente.

Vale lembrar que podemos ter um significante com mais de um significado. Nesse caso,

temos polissemia da linguagem (poli= vários; semia = significado).

Exemplos:

Manga: fruto da mangueira.

Manga: parte de uma peça de roupa.

Salsa: tipo de tempero

Salsa: tipo de dança

As relações entre significantes e significados podem ser de 2 tipos: denotação e conotação. Para entender esses conceitos, devemos ter sempre claro que as palavras não apresentam apenas um significado objetivo e literal, mas sim uma variedade de significados, mediante o contexto em que ocorrem e as vivências e conhecimentos das pessoas que as utilizam. Exemplos:

Os domadores enjaularam a fera (sentido literal)

Ele ficou uma fera quando soube o que falaram (sentido figurado)

A menina está com a cara toda pintada (sentido literal)

João quebrou a cara (sentido figurado)

As variações nos significados das palavras ocasionam o sentido denotativo (denotação) e o sentido conotativo (conotação) das palavras. O sentido denotativo é usado quando seu significado é original, independente de como aparece. Quando o significado mais objetivo, mais comum, é imediatamente

Page 10: Aulas de Cultura Comunicação e Mídia

reconhecido, ou seja, o significado literal da palavra. A denotação tem como finalidade informar o receptor da mensagem de forma clara e objetiva, de caráter prático e utilitário. É utilizada em textos informativos, como jornais, regulamentos, manuais de instrução, bulas de medicamentos, textos científicos, entre outros.

Exemplos:

O jacaré é um réptil.

Já li esse livro.

A louça foi lavada pela emprega. Nos exemplos acima as palavras apresentam seu sentido original, impessoal, sem considerar o contexto, tal como aparece no dicionário. Nesse caso, prevalece o sentido denotativo - ou denotação - do signo linguístico. O sentido conotativo é usada quando queremos dar diferentes significados, diferentes interpretações, dependendo sempre de como irá aparecer na frase. Se refere sempre a sentidos, associações ou ideias que vão além do seu sentido literal, sua significação é aumenta de acordo com o modo ou situação em que é usada, tendo um sentido figurado e simbólico.

Exemplos:

Você é a luz da minha vida.

Ela é dura como pedra

Aquele cara parece suspeito Nos exemplos acima, as palavras aparecem com outro significado, podendo apresentar diferentes interpretações, dependendo do contexto em que forem empregadas. Nesse caso, prevalece o sentido conotativo - ou conotação do signo linguístico.

Cultura da Mídia Toda nova tecnologia da comunicação costuma despertar a possibilidade de uma maior democratização das comunicações. A mídia produz saber e se apresenta como autorizada e credenciada a comunicá-lo ao seu público. Ela contribui para a formação de um indivíduo com identidade mercadológica e consumidora dentro de uma sociedade do espetáculo.

Temos que considerar mídia e a cultura por ela produzida como uma das

instâncias sociais centralmente implicadas na produção de identidades sociais e

subjetividades em nosso tempo.

As representações midiáticas estabelecem significados, valores e gostos que atuam na constituição da identidade do indivíduo porque ensinam maneiras de ser, de pensar, de se ver e de agir em sociedade.

Na cultura contemporânea, em um panorama marcado pela onipresença da mídia, estaríamos presenciando um processo permanente de regulação de significados, valores e gostos. A mídia

Page 11: Aulas de Cultura Comunicação e Mídia

produz imagens que preenchem a vida das pessoas, especialmente de crianças e jovens, de forma a condicionar suas percepções e também, por que não, seus desejos. A mídia procura identificar os grupos sociais para, então, produzir e destinar produtos que atendam seus interesses, ou não. Nesse “espaço de interpretação do social”, a mídia faz “leituras apropriações” para, então, expor ao seu público aquilo que ela considera como “atos sociais” próprios do grupo a que se destina. "A geopolítica de amanhã será fundada pela conquista dos espaços multimídia e hipermídia". (Bernard Striegler)

O que isso significa? Vivemos em uma época, onde o principal produto do planeta são as informações. São as informações que irão impulsionar cada vez mais o capitalismo, principalmente em um mundo globalizado. Podemos destacar 3 principais características para isso:

Financeirização do mundo, com base do capital nos EUA e países de economia hegemônica, também chamadas de economias parcelares (nacionais e relevantes, como Japão, Alemanha, França).

Concentração de capital, que aprofunda as desigualdades sociais (nunca o mundo foi tão desigual quanto agora).

Base material na mudança tecnológica, que propiciam um novo modus operandi, com o auxílio de novíssimas tecnologias integradoras, com ênfase nas tecnologias da engenharia microeletrônica, Computação, Biotecnologia e Física.

O cientista político, O cientista político René Armand Dreifuss, criou a expressão "Tecnobergs", que nada mais é que um acróstico (formas textuais em que a primeira letra de cada frase forma uma palavra ou frase), com as tecnologias que impactam o processo.

Teleinfocomputrônica satelital

Engenharia de novas concepções

Cognição

Nanotecnologia

Optoeletrônica

Biotecnologia

Energias alternativas

Robótica

Genética

Serviços inteligentes No processo de produção do conhecimento e de sua aplicação, estas diversas capacitações avançadas constituíram, da década de 1980 em diante, as “montanhas tecnológicas", uma topografia social, econômica e comunicacional dos países ricos. O autor explica que como os icebergs, possuem uma massa maior sob a "superfície econômica", isto é, se nutrem da base cultural e civilizatória dos países pobres.

Page 12: Aulas de Cultura Comunicação e Mídia

Uma das características dos tecnobergs é que eles permitem experimentar novas vivências, de alcance e expressão através das fronteiras nacionais, modificando radicalmente as possibilidades e perspectivas de horizontes e sentidos de vida, além de questionar valores existenciais e noções costumeiras de tempo e distância. É, sobretudo, por meio do sistema de consumo e da narrativa midiática que se dá o compartilhamento de valores que caracteriza o processo de mundialização ou planetarização da cultura. Vamos a um exemplo? Pense no caso do cigarro Malboro, cujo símbolo principal foi o cowboy Clarence Hailey Long. O slogan da campanha publicitária, que percorreu o mundo, é "Venha para o mundo de Malboro!". Mas onde é é o mundo de Malboro? No Texas? nos pampas argentino e brasileiro? Talvez no cerrado do Centro-Oeste? Veja as imagens a seguir, de campanhas do cigarro Malboro nos Estados Unidos, na China (tendo ao fundo a muralha da China) e na África. Afinal, onde é o mundo de Malboro?

O Malboro é a marca número 1 no mundo, estando presente em 180 países, tendo vendido em 2013 mais de 300 bilhões de unidades de cigarros. Tem sua marca presente em lugares de entretenimento (como bares e restaurantes) além de patrocinar atividades culturais e esportivas. Busca sempre, através da mídia, estabelecer uma conexão com a juventude.

Esse é apenas um exemplo do processo de globalização, que transforma a realidade em imaginário. A lógica é a dinâmica do consumo, não apenas de bens, mas de imagens e ideias. Essa lógica estabelece padrões de vivência, que acabam determinando qualidade de vida, metas de vida e sentidos de vida. Apesar de 95% do planeta falarem cerca de 100 línguas, apenas o inglês é o idioma intercomunicante global, usado por cerca de 3 bilhões de pessoas que o utilizam corriqueiramente nas ações de administração global, das tecnologias emergentes, nas normas e procedimentos jurídicos e na comunicação de massa. Isso significa que apesar do sistema de produção estar concentrado na Europa e na Ásia, o sistema de difusão é anglo-estadunidense, gerando uma difusão de estilos de vida, produtos de uso, modus operandi, percepções e modelos de prosperidade.

Crossmedia

O Conceito:

O conceito de Crossmedia nasceu no inícios dos anos 90, com a evolução nos meios

de comunicação e mídias existentes no mercado e o grande “bum” das tecnologias

portáteis, que veio trazer a superfície uma nova forma de apresentar ideias, conceitos,

valores, formas, onde elas não se direcionam só para um meio de informação mas para

vários, onde se interligam e relacionam umas com as outras de forma dinâmica e única.

O aparecimento deste tipo de forma de expressão cria um conjunto variados de

conceitos novos. Como por exemplo o Transmedia que é basicamente contar uma

historia através de múltiplas interfaces onde cada umas delas possui um nível diferente

e exclusivo de informação, fazendo com que o utilizador possa interagir e criar a sua

própria historia, e obrigando-o de transferir-se de meio para meio, abordando um

conceito menos passivo de espectador.

Page 13: Aulas de Cultura Comunicação e Mídia

Exemplo:

Dentro deste conceito podemos dizer que encontramos quase todo tipo de serviços e

propaganda disponível visto que é um conceito abrangidos por quase todas as áreas

desde a publicidade e marketing (Nike, Lexus, Coca Cola), paginas pessoais (Jenaro

Diaz), series televisivas (Heroes), Filmes (Batman: Dark Knigth) e instituições

(Greenpeace), tudo é possível, todas as formas possíveis e imaginarias se tornam reais

para tornar os produtos únicos, e imemoráveis, distingui-los e faze-los chegar ao publico

alvo de forma interactiva e fresca.

Sugestões para assistir no youtube

Coca Cola - "Heist" Super Bowl commercial Nike - Write the Future Lexus - CT Dark Ride

Conceito 360º

Este conceito apresenta-nos a ideia de que tudo é transferível de plataforma a plataforma, criando uma Rede onde os utilizadores interagem com o objecto em questão. Neste caso a serie Game of Thrones que se desenvolve em livros, em uma serie televisiva mas ainda se desdobra para outros meios de forma a os leittores e telespectadores explorarem o universo

Livros Série TV

Quadrinhos Games

Apesar de ser uma serie ter sido desenvolvida para a literatura fantástica, foi na

televisão que sua projeção foi além de uma simples serie baseada em um romance.

Page 14: Aulas de Cultura Comunicação e Mídia

O telespectador não precisa ficar sentado esperando o próximo episódio, pois em outras

plataformas, ele pode conhecer mais profundamente a saga. A saga, foi criada, tanto

na literatura como em outras plataformas de modo a audiência perceber detalhes que

indicam existir algo alem. Assim, ela se propaga além dos livros, da televisão, ou de

qualquer outra plataforma para a nossa realidade criando a ideia de uma realidade

alternativa onde é possível existir esse mundo tão fantastico no mundo real.

Hoje em dia, o conceito de crossmedia encontra-se em todos os segmentos midiáticos

que podemos imaginar. O grande aumento de plataformas midiáticase e,

consequentemente a quantidade de informação disponibilizada permite explorar os

anseios e comportamentos (principalmente o de consumo). mais profundamente,

fazendo a audiência/publico/ consumidores, querendo tornar-se parte dessa ou daquela

historia.

A Crossmedia de ser vista então como um recurso que permite transcender de uma a

várias plataformas. Mas bem explorada, não apenas para fins mercadológicos, a

Crossmedia pode contribuir, profundamente na disciminação do conhecimento.

TRASMEDIA STORYTELLING

“A narrativa transmidiática refere-se a um novo modelo que surgiu em resposta à

convergência de mídias, captando as exigências dos consumidores e

dependendo da participação ativa das comunidades de conhecimento. A narrativa

transmidiática é a arte da criação de um universo”. Henry Jenkins, 2009

Henry Jenkins é considerado “um dos pesquisadores da mídia mais influentes da atualidade”

Durante os anos de 1993 e 2009 ele esteve a frente do programa de Estudos de Mídia

Comparada do MIT ( Massachusetts Institute of Technology/Instituto de Tecnologia de Massachusetts)

O QUE É STORYTELLING?

Storytelling pode ser definido de várias maneiras, mas a que importa nesse caso é que se trata de uma poderosa ferramenta para compartilhar conhecimento, utilizada pelo homem muito antes do que qualquer mídia social. Para ser mais exato, há algo em torno de 30 a 100 mil anos, quando acredita-se que o Homo Sapiens Sapiens desenvolveu a linguagem.

Para entender essa ferramenta é preciso saber a diferença entre duas palavras da língua inglesa: “history” e “story”. A primeira está relacionado com fatos reais, como a queda do Império Romano ou alguma coisa que aconteceu na sua vida, rotina ou não. A segunda é uma estrutura narrativa, geralmente ligada à ficção, mas não necessariamente. Na língua portuguesa o correto é escrever “história” para ambos os casos, por isso, a partir de agora, entendam que sempre estarei me referindo à “story” ok?

Page 15: Aulas de Cultura Comunicação e Mídia

Contar uma história é encadear eventos de maneira lógica, dentro de uma estrutura com certos padrões que, de forma muito resumida, são:

- Uma quebra de rotina. Histórias são sempre sobre eventos extraordinários. A não ser em “filmes de arte”, não há motivo para contar uma história sobre o cotidiano.

- Pelo menos um protagonista, que é o personagem com o qual as pessoas devem se identificar. Ele sempre deve estar buscando algo.

- Pelo menos um antagonista, que pode ser desde um supervisão estereotipado até uma sociedade inteira, uma doença, o tempo etc. O importante é criar obstáculos para o protagonista.

- Conflito, ou seja, a tensão desse embate entre os elementos opostos. É isso que segura a atenção do público.

- Uma sequência de eventos com começo, meio e fim, passando por pelo menos um clímax. O famoso “plot “, essencial para que a história faça sentido para as pessoas.

Por incrível que pareça essa estrutura narrativa é utilizada desde quando nossos ancestrais se sentavam em torno das fogueiras e contavam sobre caçadas. Dessa forma, além de entreter a tribo, eles conseguiam “viralizar” e perpetuar suas aventuras, onde estavam contidos conhecimentos necessários para sua sobrevivência, desde coisas práticas até expectativas da conduta dentro daquele grupo, passando por tentativas de explicar os mistérios da vida e do universo.

No melhor espírito “quem conta um conto aumenta um ponto”, essas histórias vão se modificando e daí nascem as mitologias, dando forma às culturas locais. Depois temos a invenção da literatura, teatro, cinema, quadrinhos, videogames e uma infinidade de meios e estilos cujos objetivos do ponto de vista da sociedade são exatamente os mesmo desde sempre.

POR QUE UTILIZAR STORYTELLING?

Guardamos uma informação mais facilmente quando ela está envelopada nesse tipo de estrutura. O segredo está em atribuir significados emocionais à elementos técnicos por meio de um contexto. Se você assistiu O Náufrago, sua percepção sobre uma bola de vôlei da Wilson é completamente diferente da percepção de uma pessoa que não viu o filme, ou então em relação à uma bola tecnicamente idêntica, só que de outra marca.

Se você gosta de dados, o renomado psicólogo Jerome Bruner descobriu que um fato tem 20 vezes mais chance de ser lembrado se estiver ancorado em uma história. Em outras palavras, tendemos a achar que nossa memória funciona como um álbum de fotos, mas na verdade ela está mais para uma

Page 16: Aulas de Cultura Comunicação e Mídia

coleção de filmes. Se você gosta de neurociência, dá uma olhada nos neurônios espelhos.

COMO POSSO UTILIZAR STORYTELLING?

Há uma infinidade de formas, com maiores ou menores graus de dificuldade e eficiência. A mais básica seria pegar a história real da sua marca, ou seja lá o que estiver querendo vender, e reorganizar os fatos de forma que estejam dispostos em uma estrutura de história. Mais ou menos como um filme “baseado em histórias reais“. O problema é que nem sempre dá para garantir que a marca tenha uma “history” legal o bastante para render uma boa “story”. Teoricamente você pode fazer um filme baseado em qualquer coisa, mas daí para ser um sucesso de bilheteria é um gap enorme. Um filme sobre o Steve Jobs e a Apple provavelmente seria bom, mas no mundo corporativo isso é exceção.

Na outra ponta tem a ficção, que permite um controle muito maior dos personagens e do plot, aumentando as possibilidades de engajamento e também de desdobramentos. Dois exemplos de como isso pode ser feito:

- Popeye, o herói marinheiro criado em 1929, originalmente não precisava comer espinafre para ganhar força. Esse elemento da história só foi introduzido algum tempo depois, quando houve as primeiras adaptações dos quadrinhos para o cinema. Dizem que isso teria sido um product placement de uma empresa de espinafre. Verdade ou não, o fato é que o desenho aumentou o consumo de espinafre nos EUA em 30% nos anos subsequentes, salvando esse segmento de uma crise.

- Coca-Cola Happiness Factory, famoso case da W+K, é um exemplo mais moderno de como um universo ficcional pode ser criado para uma marca. Trata-se um mundo que se passa dentro da vending machine, com personagens e regras próprias. Teria sido melhor ainda se o universo e personagens funcionassem suficientemente bem fora do ambiente de comunicação da Coca-Cola, por exemplo, sustentando um longa metragem ou uma série de quadrinhos. Não chegou lá, mas quase.

- No meio do caminho entre esses dois extremos, dá para, por exemplo, pegar carona com product placement em uma outra história.

- Nessa apresentação você pode encontrar outros exemplos.

O QUE É TRANSMÍDIA?

Não compre uma coisa antiga pelo preço de uma novidade, transmídia, no contexto do mercado publicitário, é só um termo repaginado para os antigos “comunicação 360º” ou “comunicação integrada”.

Page 17: Aulas de Cultura Comunicação e Mídia

Já transmídia storytelling é contar uma história (“story”) por meio de diferentes mídias, tendo consciência de que cada uma exige uma narrativa específica e atinge públicos diferentes. O primeiro universo ficcional criado desde o início com esse propósito provavelmente foi o de Matrix, tendo a trilogia de filmes como o núcleo desse universo, e depois uma série de produtos que aprofundavam a história em outros meios, para uma parte mais engajada do público: animação, quadrinhos, videogame etc. Em cada um desses casos era contada uma outra parte da história, ligada ao núcleo, porém diferente dele.

É possível dizer que Star Wars foi a franquia que deu o pontapé inicial desse movimento, comercialmente falando, embora originalmente esse universo não tenha sido concebido para esse propósito.

No âmbito da comunicação de marcas, as técnicas de transmídia storytelling podem ser utilizadas para fazer uma amarração contextual mais elaborada e potencialmente mais engajadora entre as diferentes mídias de uma campanha. A própria Coca-Cola Happiness Factory é um exemplo disso. O problema é que se presta muita atenção nas mídias e novas tecnologias, mas esquecem que sem uma boa história o resto não funciona.

Texto: Bruno Scartozzoni

Fonte: http://www.updateordie.com/

Novas Tecnologias em Comunicação e Mídia.

O que são as novas mídias?

A definição de “novas mídias” é a de mídia fora dos meios tradicionais: rádio, jornal, televisão, revista, mídia exterior (ou OOH Out Of Home), ou seja, um novo meio de comunicação;

• No Media x Novas Mídias; • No Medias não utiliza mídias é uma comunicação direta com o cliente sem

intermediários;

A internet passou de nova mídia para o meio com maior crescimento em investimentos no mundo;

“O maior impacto da internet não foi por ter surgido como uma nova mídia e sim por ter mudado o comportamento do consumidor e essa mudança se deu principalmente pelo surgimento das comunidades virtuais e intensificação da atuação do internauta como ator principal.” (Sandra Turchi)

Page 18: Aulas de Cultura Comunicação e Mídia

A evolução da internet:

Mapa de percentual da população do planeta com acesso à internet:

Usuários de Internet Por Língua:

Por que a Internet é importante

ContinentePopulação

(Estimada em 2010)

Usuários da

Internet em 2000

Usuários da

Internet em 2010

Porcentagem que

usa internet

Crescimento

entre 2000-2010

Proporção no

mundo

África 1.013.779.050 4.514.400 110.931.700 10.9 % 2,357.3 % 5.6 %

América do Norte 344.124.450 108.096.800 266.224.500 77.4 % 146.3 % 13.5 %

América Latina/Caribe 592.556.972 18.068.919 204.689.836 34.5 % 1,032.8 % 10.4 %

Ásia 3.834.792.852 114.304.000 825.094.396 21.5 % 621.8 % 42.0 %

Oriente Médio 212.336.924 3.284.800 63.240.946 29.8 % 1,825.3 % 3.2 %

Europa 813.319.511 105.096.093 475.069.448 58.4 % 352.0 % 24.2 %

Oceania 34.700.201 7.620.480 21.263.990 61.3 % 179.0 % 1.1 %

Total no mundo 6.845.609.960 360.985.492 1.966.514.816 28.7 % 444.8 % 100.0 %

Fonte: Internet World Staats - www.internetworldstaats.com

Page 19: Aulas de Cultura Comunicação e Mídia

A Internet é considerada por muitos como a última (até aqui) revolução nas

comunicações na história da humanidade. Desde a popularização da internet, no

mundo inteiro, um cidadão comum ou uma pequena empresa pode, a um custo

muito baixo ter acesso a informações em qualquer ponto do planeta além de

criar, gerenciar e distribuir informações em larga escala. Isso só era possível

para grandes organizações com recursos ($$ e Tecnologia de Ponta) para usar

os meios de comunicação convencionais. A internet, vem afetando todo o

processo de disseminação e acesso a informações existente no mundo, que

anteriormente era de “domínio de grandes corporações e governos.

Ou seja, se anteriormente, era necessário recursos para realização de

transferências de informações, hoje, com um microcomputador, e acesso a uma

rede, qualquer um pode prestar serviços de geração de informações. O que é

uma perspectiva enorme no mercado para profissionais e empresas

interessados em oferecer serviços de informação específicos.

Então quais são as novas Mídias?

• Social Media (Mídias Sociais); • Mobile (celulares), Dispositivos Móveis, IPad; • Novas Tecnologias;

Internet Móvel

• Atualmente existes mais de 258 milhões de linhas ativas no Brasil (aproximadamente 1,3 linhas por habitante)

• 20% dos usuário utilizam smartphones, este número pode chegar a 40%

até 2015

• A penetração por faixa etária, já atinge mais de 50% entre os usuários entre 18 e 44 anos

Singapura 54%

Canada 39%

Hong Kong 35%

Suécia 35%

Espanha 35%

EUA 35%

Austrália 33%

Noruega 33%

Nova Zelandia 32%

Dinamarca 31%

Os 10 países que mais usam Smartphones

Page 20: Aulas de Cultura Comunicação e Mídia

Mídias Sociais

• O conceito de Mídias Sociais (social media) precede a Internet e as

ferramentas tecnológicas - ainda que o termo não fosse utilizado. (Conjunto de relações entre pessoas ou organizações que partilham interesses, conhecimentos

e valores comuns)

• Hoje, Redes Sociais são estruturas sociais virtuais compostas por

pessoas e/ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de

relações, que partilham valores e objetivos comuns na internet.

• As redes sociais fazem parte das mídias sociais, que é a produção de

conteúdo de forma não centralizada, onde não há o controle editorial de

grandes grupos. A chamada produção de muitos para muitos.

• As redes sociais têm transformado a forma de comunicar das pessoas,

tamanha a capacidade do seu alcance mundial, influenciando opiniões,

mobilizando e criando grupos e trazendo informações em questão de

segundos. Clique nos títulos abaixo e leia o artigo.

Enquanto nas mídias tradicionais temos um emissor, para diversos

receptores, nas mídias sociais, há uma constante troca no papel de

emissor e receptor, ou seja, todos podem ser emissores e todos são

receptores.

Quais as redes sociais mais comuns:

• Redes Sociais Comunitárias: estabelecidas em bairros ou cidades, em

geral tendo a finalidade de reunir os interesses comuns dos habitantes,

melhorar a situação do local ou prover outros benefícios.

• Redes Sociais Profissionais: prática conhecida como networking, tal como

o LinkedIn, que procura fortalecer a rede de contatos de um indivíduo,

visando futuros ganhos pessoais ou profissionais.

• Redes sociais online: Facebook, Google+, Orkut, MySpace, Twitter,

Badoo WorldPlatform, Não existe um lista completa de mídias sociais,

pois a cada dia novas ferramentas são criadas;

Page 21: Aulas de Cultura Comunicação e Mídia

Devido as mídias sociais online, especialmente, o

consumidor passa a ter influencia no conteúdo,

colocando os consumidores no Controle do Diálogo por

exemplo:

• O consumidor é o DJ em mídias como o Soundcloud, Podsafe, etc

• É um formador de opinião em Blogs

• Um especialistas em algum assunto: Wikipédia, Slideshare, etc

• Produtor visual, Youtube, vimeo;

• Ou apenas membro de uma comunidade , Facebook, Google+, Linkdin