Aula_05__Sondagem_SPT
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Sondagem
Profa Adelaneide Lima
Exames do terreno
a) Visitar o local da obra, detectando a eventual
existe ncia de alagados, afloramento de rochas etc.;
b) Visitar obras em andamento nas proximidades,
verificando as soluc oes adotadas;
c) Fazer sondagem a trado (broca) com diametro de 2”
ou 4”, recolhendo amostras das camadas do solo ate
atingir a camada resistente;
d) Mandar fazer sondagem geotecnica.
Métodos de ensaio: direto,
indireto e semi-direto
Sondagem SPT
5
a) Visitar o local da obra, detectando a eventual existência de alagados, afloramento de rochas etc.;
b) Visitar obras em andamento nas proximidades, verificando as soluções adotadas;
c) Fazer sondagem a trado (broca) com diâmetro de 2” ou 4”, recolhendo amostras das camadas do solo até atingir a camada resistente;
d) Mandar fazer sondagem geotécnica.
3 – SONDAGEM - EQUIPAMENTOS DE SONDAGEM
Dependendo do tipo solo, a sondagem deverá utilizar o melhor processo que
forneça indicações precisas, sem deixar margem de dúvida para interpretação e
que permitam resultados conclusivos, indicando claramente a solução a adotar.
A sondagem mais executada em solos penetráveis é a sondagem geotécnica a
percussão, de simples reconhecimento, executada com a cravação de um barrilete amostrador, peça tubular metálica robusta, oca, de ponta bizelada, que penetrando no solo, retira amostras seqüentes, que são analisadas visualmente e em laboratório para a classificação do solo e determina o SPT (Standard
Penet rat ion Test ), que é o registro da somatória do número de golpes para vencer os dois últimos terços de cada metro, para a penetração de 15 cm. Nas próximas figuras são mostrados um esquema do equipamento de sondagem geotécnica de percussão, a planta de locação dos furos e um laudo de sondagem.
1-conjunto motor-bomba
2-reservatório de água
3-tripé tubos metá licos
4-roldana
5-tubo-guia 50 mm
6-engate
7-guincho
8-peso padrão 60 kg
9-cabeça de cravação
1 2
3
4
5
6
9
8
7
Equipamento de sondagem a percussão
Método direto: SPT
Perfuração com lavagem
Amostradores Bipartidos -
SPT
Finalidades do ensaio SPT
• a determinac ao dos tipos de solo em suas respectivas
profundidades de ocorre ncia;
• a posic ao do nivel-d’agua;
• os indices de resiste ncia a penetracao (N) a cada
metro.
Definições
• SPT (standard penetration test): Abreviatura do nome do ensaio pelo qual se determina o indice de resistência a penetrac a o (N) com amostragem de solo;
• CPT (cone penetration test): indica a resistência e a compressibilidade do solo, mas não é possível retirar amostras;
• N: Abreviatura do índice de resistencia a penetrac ao do SPT, cuja determinaca o se da pelo numero de golpes correspondente a cravac a o de 30 cm do amostrador-padrao, apo s a cravaca o inicial de 15 cm, utilizando-se corda de sisal para levantamento do martelo padronizado.
Critérios para avaliação do
ensaio SPT
• Locacao do furo e quantidades;
• Processos de perfuracão;
• Amostragem e SPT;
• Crite rios de paralisac ao;
Critérios para avaliação do
ensaio SPT
• Observação do nível de lençol freático;
• Identificação das amostras e elaboração do perfil geológico-geotécnico;
• Apresentação do relatório de sondagem.
Amostragem
• Deve ser coletada, para exame posterior, uma parte representativa do solo colhido pelo trado-concha durante a perfuracao, ate 1 m de profundidade.
• A cada metro de perfuracao, a partir de 1 m de profundidade, devem ser colhidas amostras dos solos por meio do amostrador-padrao, com execucao de SPT.
• O amostrador-padrao, conectado a composicao de cravacao, deve descer livremente no furo de sondagem ate ser apoiado suavemente no fundo, devendo-se cotejar a profundidade correspondente com a que foi medida na operacao anterior.
• Caso haja discrepa ncia entre as duas medidas supra-referidas (ficando o amostrador mais de 2 cm acima da cota de fundo, atingida no estagio precedente), a composic ao deve ser retirada, repetindo-se a operacao de limpeza do furo.
• Apo s o posicionamento do amostrador-padrao conectado a composic ao de cravacao, coloca-se a cabeca de bater e, utilizando-se o tubo de revestimento como referencia, marca-se na haste, com giz, um segmento de 45 cm dividido em tres trechos iguais de 15 cm.
Número mínimo de
sondagens
• Nº mínimo = 2 furos
• 1 furo para cada 200 m2 de edificação em planta, até 1200 m2
• 1 furo para cada 400 m2 de edificação em planta, para áreas entre 1200 m2 e 2400 m2
• Para áreas superiores à 2400 m2, deve ser realizado plano específico
• Mínimo de 2 furos para áreas < 200 m2
Número mínimo de
sondagens
• Mínimo de 3 furos para áreas entre 200 e 400 m2
• 1 furo para cada 200 m2 de edificação em planta, até 1200 m2
• 1 furo para cada 400 m2 de edificação em planta, para áreas entre 1200 m2 e 2400 m2
• Para áreas superiores à 2400 m2, deve ser realizado plano específico
• Mínimo de 2 furos para áreas < 200 m2
• Mínimo de 3 furos para áreas entre 200 e 400 m2
Localização dos furos
• Distância máxima de 100 m;
• Normalmente entre 15 a 20 m;
• Priorizar posições relevantes na obra : pontos de
maior carga – escadas, elevadores, reservatórios, etc.
Localização dos furos
• Sondagens não devem estar alinhadas;
• Realizar furos próximos aos extremos da área;
• Distância máxima de 100 m.
Profundidade
• Normalmente até a camada impenetrável, a partir de
ensaios de campo mais usuais;
ou
• Consultar o projetista de fundações para definir a
profundidade de interrupção, utilizando-se nestes
casos de sondagens do tipo rotativa
• Normalmente até a camada impenetrável, a partir de
ensaios de campo mais usuais.
Planta de locação dos furos
de sondagem
6
Rua X
800
1000
14
801
95
0
1200
77
0
45
00
2600
SP 01
SP 02
SP 03
3500
Ru
a Y
Centra lte le fônic a
Casad e
forç a
N
Planta de locação dos furos de sondagem
Penetraç ãoGolpes/ 30 c m
Cota(RN)
Níve lda
água Am
ost
ra
Diag ramada s
penetrações
10 20 30 40 Pro
fun
did
ad
ee
m m
etr
os
C la ssific a ção d o ma teria l
0,10
1,00
1,80
3,00
5,00
18,00
20,45
Solo superficial
Argila siltosa, variegada
idem, mole
Argila siltosa pouco
arenosa, marron, dura
idem, rija
idem, dura
Argila siltosa, dura
limite de sondagem
4
14
9
11
22
27
28
29
30
31
5
20
13
15
35
37
38
39
43
47
PERFIL DE SONDAGEM GEOLÓGICA - Ensa io de penetra ção p a d rão SPT
CLIENTE:
Loc a l: Rua X
2,3
Responsá vel Téc nic o: SP 01LOGO07/ 04/ 99
1:1000
Obs: não se verific ou
pressão d ’ ág ua
Perfil de sondagem geológica (parte do laudo técnico)
Critérios para encerrar a
sondagem
O processo de perfurac ao por circulacao de agua, associado aos ensaios penetrometricos, deve ser utilizado ate onde se obtiver, nesses ensaios, uma das seguintes condic o es:
a) quando, em 3 m sucessivos, se obtiver 30 golpes para penetracao dos 15 cm iniciais do amostrador-padrao;
b) quando, em 4 m sucessivos, se obtiver 50 golpes para penetracao dos 30 cm iniciais do amostrador-padrao;
c)quando,em 5 sucessivos,se obtiver 50 golpes para a penetrac ao dos 45cm do amostrador-padrao
Dependendo do tipo de obra, das cargas a serem transmitidas as fundacoes e da natureza do subsolo, admite-se a paralisac ao da sondagem em solos de menor resistencia a penetracao do que aquela discriminada anteriormente, desde que haja uma justificativa geotecnica ou solicitac ao do cliente.
Método Semi-direto: CPT
Comparativo entre os
métodos de sondagem
Exemplo de laudo de
sondagem
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Rua X
800
1000
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801
95
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1200
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2600
SP 01
SP 02
SP 03
3500
Ru
a Y
Centra lte le fônic a
Casad e
forç a
N
Planta de locação dos furos de sondagem
Penetraç ãoGolpes/ 30 c m
Cota(RN)
Nívelda
água Am
ost
ra
Diag ra mada s
penetrações
10 20 30 40 Pro
fun
did
ad
ee
m m
etr
os
C la ssifica ção d o ma teria l
0,10
1,00
1,80
3,00
5,00
18,00
20,45
Solo superficial
Argila siltosa, variegada
idem, mole
Argila siltosa pouco
arenosa, marron, dura
idem, rija
idem, dura
Argila siltosa, dura
limite de sondagem
4
14
9
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22
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28
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30
31
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39
43
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PERFIL DE SONDAGEM GEOLÓGICA - Ensa io de p enetra ção p a d rão SPT
CLIENTE:
Loc a l: Rua X
2,3
Responsá vel Téc nic o: SP 01LOGO07/ 04/ 99
1:1000
Obs: não se verific ou
pressão d ’ água
Perfil de sondagem geológica (parte do laudo técnico)
PRINCIPIOS GERAIS DA APTIDA O DE
SUPORTE DE UM SOLO RESISTENTE
7
Para a sondagem em solos impenetráveis são utilizados equipamentos de
perfuração rotativa, que permitem a obtenção de amostras (ou testemunhos) para
os conseqüentes ensaios de laboratório, fornecendo indicações valiosas sobre a
natureza e a estrutura do maciço rochoso, utilizando amostradores de aço, com
parte cortante de diamante, carbureto de tungstênio ou aço especial, que retiram
amostras com diâmetro designados por EX (7/8”), AX (11/8”), BX (1 5/8”) e NX (2
1/8”).
4- PRINCÍPIOS GERAIS DA APTIDÃO DE SUPORTE DE UM SOLO RESISTENTE
A resistência (sustentação) de um solo destinado a suportar uma construção é
definida pela carga unitária (expressa em kgf/ cm2 ou Mpa), sob a qual,
praticamente, o assente deixa de aumentar. Os solos apresentam resistências por
limite de carga que podem suportar, sem comprometer a estabilidade de
construção. O grau de resistência indica qual tipo de fundação é mais adequada,
como o exemplo mostrado no esquema na próxima figura.
Na figura seguinte é mostrado o detalhe de um ensaio prático de campo para
determinação da tensão admissível do solo.
N.A.A
B
C
Camadas resistentes e tipos de fundação indicadas
a) Se os solos A=B=C têm características iguais de resistência, é possível implantar a fundação em A;
b) Se só A é resistente, devem-se apoiar fundações de estruturas leves, cuja carga limite deve ser determinada por análise de recalque;
c) Se A é solo fraco e B é resistente, a fundação é do tipo profunda, atendendo-se para a carga limite em função da resistência de C;
d) Se A=B são solos fracos e C é resistente, o apoio da fundação deverá ser em C.
Ensaio prático para a determinação de tensão admissível do solo pelo método
simples.
PRINCIPIOS GERAIS DA APTIDA O DE
SUPORTE DE UM SOLO RESISTENTE
• Se os solos A=B=C te m caracteri sticas iguais de resistencia, e possivel implantar a fundaca o em A;
• Se so A e resistente, devem-se apoiar fundac oes de estruturas leves, cuja carga limite deve ser determinada por ana lise de recalque;
• Se A e solo fraco e B e resistente, a fundac a o e do tipo profunda, atendendo-se para a carga limite em funca o da resistencia de C;
• Se A=B sa o solos fracos e C e resistente, o apoio da fundaca o deverá ser em C.
Tabela dos estados de compacidade e de
consistencia –
NBR 6484/2001
Perfil estratigráfico
48
Dentre os quatro furos que constituem o laudo de sondagem pode-se observar que
o furo SP01 fica fora da projeção da edificação, com isso o mesmo será desprezado na análise
do perfil estratigráfico estimado do terreno, devido o número de furos dentro do perímetro
edificado atenderem as exigências prescritas na NBR 8036 (1983) citados no item 2.5.4.1
deste trabalho, e por apresentar as mesmas características dos furos SP02, SP03 e SP04, com
exceção apenas da cota como se pode observar nos boletins de sondagem Anexo D.
4.5.1 Perfil estimado do terreno
Com base na investigação geotécnica realizada no terreno, representada na Figura
19, e nos perfis individuais, Anexo D, pode-se elaborar o perfil estratigráfico estimado do
subsolo, identificando as camadas que o compõem e também o nível do lençol freático.
Como foi visto no item 4.5, para montagem do perfil estratigráfico foram
considerados apenas os furos que pertencentes ao perímetro edificado.
Figura 19 – Perfil estratigráfico estimado da área em estudo
Analisando o perfil estratigráfico pode-se observar que o solo que constitui as
camadas do terreno apresenta-se de forma bem definido dividido em duas camadas, argila
arenosa e área média argilosa, a sondagem foi paralisada logo após a camada de área média
argilosa em virtude da ocorrência de impenetrável a percussão. Através do perfil, pode-se
identificar também o nível do lençol freático, que se apresentou alto em relação ao nível do
terreno.
Para um conhecimento mais aprofundado das características do solo fez-se uma
média dos valores de NSPT encontrados nos furos SP02, SP03 e SP04, assim pode se
Exercício de fixação
• Elabore um roteiro de atividades de como o estudo de sondagem deverá ser realizado para o empreendimento (em anexo). A partir, do roteiro identifique:
a) Número de furos para definição do perfil do terreno, segundo a norma.
b) Qual método poderia ser utilizado na avaliação geotécnica?
c) Quais os indicativos que o ensaio SPT chegou ao final?
d) Em quais situações seria indicada outro método diferente do SPT?
Anexo
Referências Bibliográficas
• Associação Brasileira de normas técnicas – NBR
6484: Solo - Sondagens de simples reconhecimento
com SPT - Me todo de ensaio, Rio de janeiro, 2001.
• Giugiani, E.; Figueiro, G. Investigações geotécnicas,
Porto Alegre, 2006.