Aula Revisao 01

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OPERAÇÕES UNITÁRIAS III Aula Revisão 01 Prof. Henrique Cardias

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destilaçao

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  • OPERAES UNITRIAS III

    Aula Reviso 01

    Prof. Henrique Cardias

  • OBS: O contedo aqui resumido consiste em alguns tpicos bsicos que o

    estudante deve ter domnio para que possa ter um bom desempenho no estudo

    da operao de destilao. Tais assuntos no sero abordados em sala de

    aula nesta disciplina visto que fazem objeto de disciplinas que o estudante j

    cursou (no caso, a disciplina de Termodinmica II).

    Consideramos importante que o estudante domine os seguintes pontos:

    Regra de fases de Gibbs;

    Predio do Equilbrio lquido-vapor para solues ideais (lei de Raoult);

    Relaes de equilbrio (coeficiente de distribuio, volatilidade relativa);

    Representao grfica do ELV em sistemas com volatilidade relativa

    constante;

    Construo, anlise e compreenso de diagramas de equilbrio tipo txy e xy;

    Azetropos;

    Clculo do ponto de bolha e orvalho de misturas multicomponentes;

  • Equilbrio Lquido-Vapor

    (Resumo)

  • Regra das fases de Gibbs

    Equilbrio Lquido-Vapor

    GL = C F + 2

    GL Graus de liberdade

    C Nmero de componentes

    F Nmero de fases

    O grau de liberdade designa o nmero de propriedades intensivas (temperatura,

    presso e composio) que deve ser especificado para que o estado do sistema esteja

    completamente fixo.

    Questo: Qual a varincia de uma mistura lquido-vapor binria?

  • Equilbrio lquido-vapor de solues ideais

    Equilbrio Lquido-Vapor

    Se duas ou mais espcies lquidas formam uma soluo ideal que encontra-se em

    equilbrio com seu vapor, a presso parcial de cada um dos componentes na fase

    vapor proporcional a sua frao molar no lquido.

    A constante de proporcionalidade a presso de vapor do i puro na temperatura do

    sistema.

    i

    Sat

    ii xPp (Lei de Raoult)

    A baixas presses, podemos escrever para a fase vapor:

    ii Pyp (Lei de Dalton)

    onde, P a presso total e y a frao molar de i na fase vapor.

  • Equilbrio lquido-vapor de solues ideais

    Equilbrio Lquido-Vapor

    Combinando as duas equaes anteriores:

    P

    P

    x

    y Sati

    i

    i

    OBS: com esta equao valores para a presso de vapor dos constituintes puros so

    suficientes para se estabelecer as relaes de equilbrio lquido vapor.

  • Equilbrio lquido-vapor de solues no-ideais

    Equilbrio Lquido-Vapor

    sat

    i

    sat

    iiiii PxPy

    OBS: Para baixas presses, a fase vapor pode ser assumida ideal sem grandes

    implicaes prticas (coeficiente de fugacidade ~ 1), logo:

    Coeficiente de atividade

    Coeficiente de fugacidade do i

    na soluo Coeficiente de fugacidade do i puro

    na sua presso de saturao

    sat

    iiii PxPy

    OBS: As correlaes de Van Laar, Margules, Wilson e os mtodos UNIQUAC e

    UNIFAC so frequentemente usados para o clculo dos coeficientes de atividade.

  • Relaes de Equilbrio

    Equilbrio Lquido-Vapor

    Volatilidade Relativa

    Sat

    jj

    Sat

    ii

    jj

    ii

    j

    iji

    P

    P

    xy

    xy

    K

    K

    /

    /,

    Coeficiente de distribuio (Razo de equilbrio)

    P

    P

    x

    yK

    Sat

    ii

    i

    ii

    P

    P

    x

    yK

    Sat

    jj

    j

    j

    j

  • Relaes de Equilbrio (Ideais)

    Equilbrio Lquido-Vapor

    Volatilidade Relativa

    Sat

    j

    Sat

    i

    jj

    ii

    j

    iji

    P

    P

    xy

    xy

    K

    K

    /

    /,

    Coeficiente de distribuio (Razo de equilbrio)

    P

    P

    x

    yK

    Sat

    i

    i

    ii

    P

    P

    x

    yK

    Sat

    j

    j

    j

    j

  • Relaes de Equilbrio

    Equilbrio Lquido-Vapor

    )1(1

    iji

    iij

    ix

    xy

    Para misturas de dois componentes ij, onde yj = (1-yi) e xj = (1-xi) a equao

    anterior torna-se:

    OBS: esta equao pode ser utilizada para gerar a curva de equilbrio em um

    diagrama xy, assumindo que a volatilidade relativa constante e independente

    da temperatura.

    OBS: Para mistura em que os pontos de ebulio so prximos, o uso desta

    relao no produz grandes desvios.

  • Equilbrio Lquido-Vapor

    Diagrama Temperatura/Composio (Txy) para uma mistura binria

    Representao de sistemas binrios

  • Equilbrio Lquido-Vapor

    Diagrama xy (Obtido a partir de diagramas Txy)

    Diagrama de Equilbrio Lquido-Vapor

    - Representa a relao entre as composies do vapor e do lquido em equilbrio;

    - Fornece uma boa indicao de quo fcil ser a separao por destilao.

  • Equilbrio Lquido-Vapor

    Diagrama de Equilbrio Lquido-Vapor (comportamento no ideal)

    Sistema: Dissulfeto de carbono - Acetona

    Txy xy

    Azetropo: Misturas lquidas que exibem pontos de ebulio mximo ou mnimo,

    representando, respectivamente, desvios negativos e positivos da lei de Raoult.

  • Equilbrio Lquido-Vapor

    Azetropos: Algumas caractersticas

    As composies do vapor e do lquido so idnticas (comportam-se como

    substncias puras);

    Em um azetropo de mnimo, o ponto de ebulio da mistura inferior ao dos

    constituintes puros;

    Em um azetropo de mximo, o ponto de ebulio da mistura superior ao dos

    constituintes puros;

    Azetropos limitam a separao que pode ser obtida por tcnicas de destilao

    tradicionais;

    Em geral, o azetropo pode ser quebrado pela adio de um terceiro

    componente ao sistema ou por pequenas modificaes na presso.

  • T

    0

    X, Y

    1

    V

    L

    YD XB XF

    BD

    FDL

    xy

    xyf

    BD

    BFV

    xy

    xxf

    Regra da alavanca

    Equilbrio Lquido-Vapor

    Vf

    Lf

    Frao de vapor (V/F)

    Frao de lquido (L/F)

  • Misturas multicomponentes:

    Considere um sistema constitudo de 4 componentes, A, B, C e D, que pode ser

    assumidos ideal. Nesta situao podemos considerar as seguintes relaes:

    Em termos de coeficientes de distribuio teramos:

    A

    Sat

    AA xPp BSat

    BB xPp CSat

    CC xPp DSat

    DD xPp

    P

    xPy A

    Sat

    AA

    P

    xPy B

    Sat

    BB

    P

    xPy C

    Sat

    CC

    P

    xPy D

    Sat

    DD

    AAA xKy BBB xKy CCC xKy DDD xKy

    Equilbrio Lquido-Vapor

  • OBS: As razes de equilbrio (Ki) dependem da temperatura, presso e

    composio. Porm, para muitos sistemas, os valores de K so

    aproximadamente independentes da composio, e para misturas de

    componentes semelhantes, os valores de K so pouco dependentes da presso.

    Equilbrio Lquido-Vapor

    Obtendo a temperatura do ponto de bolha e do ponto de orvalho de uma mistura

    multicomponente

    Requer um processo iterativo.

    Temperatura do ponto de bolha

    Para uma dada presso, a temperatura do ponto de bolha de uma dada mistura

    multicomponente deve satisfazer a seguinte relao:

    Lembrando que no ponto de bolha, xi = zi.

    0,11

    C

    i

    iii xKy

  • O clculo da temperatura do ponto de bolha por tentativa e erro e segue as

    seguintes etapas:

    1. Assume-se uma temperatura e obtm-se os valores de Ki para esta

    temperatura;

    2. Se a soma Kixi > 1,0 a temperatura assumida excede a temperatura correta.

    Uma nova iterao realizada com um valor de T inferior.

    3. Determinada a temperatura, a composio do vapor em equilbrio

    determinada pela relao:

    OBS: Ki pode ser obtido por meio do conhecimento das presses de saturao

    dos componentes da mistura ou por meio de correlaes grficas ou analticas.

    iii xKy

    Equilbrio Lquido-Vapor

  • Temperatura do ponto de orvalho

    Para uma dada presso, a temperatura do ponto de orvalho de uma dada

    mistura multicomponente deve satisfazer a seguinte relao:

    Lembrando que no ponto de orvalho, yi = zi.

    O clculo da temperatura do ponto de orvalho por tentativa e erro e segue as

    seguintes etapas:

    1. Assume-se uma temperatura e obtm-se os valores de Ki para esta

    temperatura;

    2. Se a soma yi/Ki < 1,0 a temperatura assumida excede a temperatura correta.

    Uma nova iterao realizada com um valor de T inferior.

    0,11

    C

    i i

    ii

    K

    yx

    Equilbrio Lquido-Vapor

  • 3. Determinada a temperatura, a composio do vapor em equilbrio

    determinada pela relao:

    iii Kyx

    Equilbrio Lquido-Vapor