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Literatura de Catequese

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QUADRO ESQUEMÁTICO

Literatura de

Informação

Relatos

Tratados

Lingüísticos

Padrões

Científicos

Literaturade Criação

Teatro Catequético

Poesia de Devoção

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TradiçãoMedieval

Autos

PoesiaMétricaCurta

Características

Barroquismo

[confronto]

Pecado x Penitência

Inferno x Céu

DatasCristãs

Natal

Reis

Páscoa

Redondilha Maior

Redondilha Menor

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Teatro do Padre Anchieta

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CONTEXTO: Contra-Reforma

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Principais Autores

• Padre José de Anchieta

• Padre Manuel da Nóbrega

• Padre Fernão Cardin

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A SANTA INÊS

Cordeirinha lindacomo folga o povoporque vossa vinda lhe dá lume novo.

Cordeirinha santa,de Iesu queridavossa santa vindao diabo espanta.

Por isso vos canta,com prazer, o povo,porque vossa vindalhe dá lume novo.

Nossa culpa escurafugirá depressapois vossa cabeça

vem com luz tão pura.

Literatura de Catequese

Literatura de CatequeseVossa formosura

honra é do povo,porque vossa vinda lhe dá lume novo.

Virginal cabeçap’ela fé cortada,com vossa chegada,já ninguém pereça.

Vinde mui depressaajudar o povo,pois como vossa vindalhe dais lume novo.

Vós sois, cordeirinha,de Iesu formoso,mas o vosso esposojá vos fez rainha.

Também padeirinhasois de nosso povo,pois, com vossa vinda,lhe dais lume novo.

José de Anchieta

Santa Inês, Max Reichlich

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Questões 1 e 2

“Enquanto cortávamos a lenha, faziam dois carpinteiros uma grande cruz, dum pau que ontem para isso se cortou. Muitos deles vinham ali estar com os carpinteiros. E creio que o faziam mais por verem a ferramenta de ferro com que faziam do que por verem a cruz.”1. O fragmento acima, da carta de Pero Vaz de Caminha,

ressalta:

01. O contraste entre branco e índio, os valores e perspectivas que opunham uma civilização à outra.

02. A predisposição dos nativos ao trabalho braçal.

03. O indício de apego dos índios à religiosidade, mesmo quando seus símbolos são desconhecidos.

04. A curiosidade dos selvagens pelo símbolo da religião.

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Questões 1 e 2

“Enquanto cortávamos a lenha, faziam dois carpinteiros uma grande cruz, dum pau que ontem para isso se cortou. Muitos deles vinham ali estar com os carpinteiros. E creio que o faziam mais por verem a ferramenta de ferro com que faziam do que por verem a cruz.”2. Avaliando-se o estilo do fragmento da Carta, chega-se à

conclusão de que a produção literária do séc. XVI.

01. Recupera a subjetividade e o misticismo da literatura medieval.

02. Recusa a formalidade de linguagem e busca expressão popular e coloquial.

03. Adota o padrão clássico-renascentista, ao preocupar-se com a clareza, a objetividade e a veracidade.

04. Distancia-se da realidade, num prenuncio do que seria mais tarde o modelo romântico.

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3. “Minha tenção não foi outra neste sumário (discreto e curioso leitor) senão denunciar em breves palavras a fertilidade e abundancia da terra do Brasil, para que esta fama venha a noticia de muitas pessoas que nestes Reinos vivem com pobreza, e não duvidem, escolhê-la para seu remédio.” (Pero Magalhães Gândavo – in tratado da Terra do Brasil)

No fragmento acima está implícito um dos propósitos da Literatura de Informação, que era o de natureza.

01. Mercantilista: exaltar a terra para favorecer o intercâmbio comercial de Portugal com os demais reinos da Europa.

02. Ocupacional: atrair colonos portugueses, que seriam motivados pelo tom elogioso do tratado.

03. Contra-reformista: incentivar missionários europeus a exercer, na nova terra, sua missão evangelizadora.

04. Econômica: minorar a pobreza e favorecer, com a presença do branco, uma economia mais sólida para os índios.

05. Cultural: favorecer o intercâmbio entre portugueses e os nativos brasileiros.

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4. A Santa Inês

Cordeirinha lindaComo folga o povoPorque vossa vinda Lhe dá lume novo.

Cordeirinha santa,De Iesu queridaVossa santa vindaO diabo espanta.

O poema acima, do jesuíta Anchieta, pode ser explicado como:

01. Uma alegoria clara acerca da superioridade do colonizador branco em relação ao índio.

02. Uma referência explícita à necessidade de se aproveitarem os prazeres terrenos.

03. Uma tentativa de propagação de idéias religiosas, efetivamente a catequese dos índios, com verso de inspiração medieval.

04. Uma defesa dos tradicionais valores católicos, fazendo uso da medida velha e de versos decassílabos.

05. Uma retomada dos velhos clichês clássicos, usando como referencial a mitologia cristã.

Por isso vos canta,Com prazer, o povo,Porque vossa vindaLhe dá lume novo.

Nossa culpa escuraFugirá depressaPois vossa cabeçaVem com luz tão

pura.

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5. As armas e os barões assinalados,Que da ocidental praia lusitanaPor mares nunca dantes navegados,Passaram ainda além da Taprobana,Em perigo e guerras esforçadosMais do que prometia a força humana,E entre gente remota edificaramNovo Reino, que tanto sublimaram.

Considerando os diversos estilos de época, o texto anterior localiza:

01. o medievalismo teocêntrico e mítico.

02. o classicismo greco-romano.

03. o barroquismo contra-reformista

04. o humanismo renascentista.

05. o romantismo melodramático .

E também as memórias gloriosaDaqueles reis que foram dilatandoA Fé, o Império, as terras viciosasDe África e de Ásia andaram devastando:E aqueles que por obras valerosasSe vão da lei da morte libertandoCantando espalharei por toda parteSe a tanto me ajudar engenho e arte. (Camões)