Aula 15 – Métodos de Adequação de PreçosObjetivos

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Análise de Custos e Formação de Preços Aula 15 – Métodos de adequação de preços 127 Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno Aula 15 – Métodos de adequação de preços Objetivos da aula: Conhecer as estratégias de adequação de preços mais utilizadas e abordar adequações de preços com base nas questões geográficas. Toda vez que formamos preços, produzimos uma informação que é dinâmica e que flutua de acordo com as necessidades de demanda. O preço, mesmo com suas influências de custos, da concorrência e do valor para o cliente, necessita de adequações em diversos momentos. Essas adequações vão desde as mais simples e usuais do mercado até as combinadas com promoções de vendas, que se tornam mais complexas. A utilização prática da adequação de preços tem como fim equilibrar a oferta e a demanda em um determinado momento, fazendo com que a empresa continue vendendo e também tem finalidades emergenciais, como recuperação de fluxo de caixa, excesso de estoque de um determinado produto etc. É bom lembrar que, para se fazer adequações de preços, é necessário ter estabelecido uma tabela de preço básica (o preço de venda normal) sempre considerando o custo e as influências externas, as quais incluem a concorrência e o valor para o cliente. 1. Adequação de preços na gestão de receitas Como seria esta adequação quando utilizamos o conceito de gestão de receitas (assunto de nossa última aula)? Vejamos estes exemplos:

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Aula 15 – Métodos de Adequação de PreçosObjetivos

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    Anotaes do Aluno

    Aula 15 Mtodos de adequao de preos

    Objetivos da aula:

    Conhecer as estratgias de adequao de preos mais utilizadas e abordar

    adequaes de preos com base nas questes geogrficas.

    Toda vez que formamos preos, produzimos uma informao que

    dinmica e que flutua de acordo com as necessidades de demanda. O preo,

    mesmo com suas influncias de custos, da concorrncia e do valor para o

    cliente, necessita de adequaes em diversos momentos. Essas adequaes

    vo desde as mais simples e usuais do mercado at as combinadas com

    promoes de vendas, que se tornam mais complexas.

    A utilizao prtica da adequao de preos tem como fim equilibrar a

    oferta e a demanda em um determinado momento, fazendo com que a

    empresa continue vendendo e tambm tem finalidades emergenciais, como

    recuperao de fluxo de caixa, excesso de estoque de um determinado

    produto etc.

    bom lembrar que, para se fazer adequaes de preos, necessrio

    ter estabelecido uma tabela de preo bsica (o preo de venda normal)

    sempre considerando o custo e as influncias externas, as quais incluem a

    concorrncia e o valor para o cliente.

    1. Adequao de preos na gesto de receitas

    Como seria esta adequao quando utilizamos o conceito de gesto de

    receitas (assunto de nossa ltima aula)? Vejamos estes exemplos:

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    Anotaes do Aluno

    1) Restaurante do tipo rodzio e cinemas

    Resp. Adultos pagam inteira e crianas pagam meia.

    2) Bailes de carnaval

    Resp. Homens pagam inteira e mulheres pagam meia.

    3) Estdios de futebol

    Resp. Adultos pagam inteira e crianas at 10 anos no pagam.

    2. Adequao de preos nos mais diversos momentos

    Estes ajustes podem ser:

    1) Desconto por quantidade - reduo no preo por unidade pela compra

    em maior quantidade.

    Exemplo: Bandeja de iogurte com quatro potes a R$2,60 (R$0,65 o pote),

    enquanto os potes vendidos separadamente custam R$0,92.

    2) Desconto sazonal - reduo de preo oferecido durante perodos de

    pouca demanda.

    Exemplo: Hotel de Campos do Jordo que pratica dirias com preo mais

    baixo durante o vero.

    3) Desconto comercial - reduo percentual no preo de tabela oferecido

    para revendedores.

    Exemplo: Editora que vende livros para uma rede de livrarias por 70% do

    preo de varejo sugerido.

    4) Desconto para pagamento vista - incentivo para compradores

    pagarem rapidamente ou um preo mais baixo pelo pagamento a vista.

    Exemplo: Ao comprar DvD de um determinado espetculo, o preo a vista

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    Anotaes do Aluno

    muito mais convidativo.

    5) Abatimento por troca - desconto pelo oferecimento de um produto,

    associado a um pagamento em dinheiro.

    Exemplo: Concessionria que recebe o carro usado do comprador em

    troca de um abatimento no preo do carro novo. No Brasil, esse modelo foi

    inovado ao ser criada a troca com troco, que nada mais que o recebimento

    do carro usado, uma pequena reduo no preo do carro novo e ainda

    dinheiro de volta. Essa operao acaba vendendo crdito ao cliente junto

    ao carro novo.

    6) Margem promocional - reduo de preo em troca da realizao de

    certas atividades promocionais pelo revendedor.

    Exemplo: Fabricante de salsichas oferece reduo de preo para um

    supermercado que promete mostrar o produto em suas propagandas.

    Tambm chamada de propaganda cooperada.

    7) Desconto promocional - desconto de curta durao para estimular as

    vendas ou induzir os compradores a experimentar um produto.

    Exemplo: Folhetos oferecendo um desconto de 10% em um restaurante,

    com validade por 30 dias. Essa a modalidade mais utilizada de adequao

    de preos, pois pode ser adotada sempre e com grande resultado. Nunca

    vem sozinha, pois o preo apenas uma das variveis a serem analisadas

    em uma ao promocional.

    8) Preo de mercadoria-isca - estabelecimento de preos perto ou abaixo

    do custo, a fim de atrair clientes para uma loja.

    Exemplo: Supermercados vendem alguns produtos abaixo do custo, como

    pozinho a um centavo e frutas, como melancia a um centavo o quilo, para

    atrair compradores para essas ofertas e para outros itens de preo normal e

    com boa margem de lucro.

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    Anotaes do Aluno

    Percebemos, ento, que essas modalidades de ajustes de preos sempre

    partem da tabela de preo normal e devem estar entre o preo normal e o

    preo no desconto mximo.

    3. Preos geogrficos

    O preo geogrfico o estabelecimento do preo de acordo com o local

    onde ele entregue. So largamente utilizados em compras internacionais

    em que os custos do transporte so fatores de peso e, no Brasil, por seu

    porte continental, acabam aparecendo em alguns casos.

    Vimos algo que se assemelha a essa prtica quando falamos de impostos.

    Ter uma tabela de preos sem a incluso de ICMS faz toda a diferena para

    empresas que vendem para vrios estados do pas, j que cada regio tem

    uma alquota diferente. O conceito o mesmo, mas, nesse caso, o mais

    importante a diferena nos custos de transportes internacionais, como

    veremos a seguir.

    1) Preo de FOB origem - abordagem geogrfica para o estabelecimento

    de preos em que o preo do vendedor para o produto no ponto de

    embarque, no qual o direito de propriedade passa do vendedor para

    o comprador. Esse preo FOB (sigla de Free On Board) o mais utilizado

    internacionalmente, pois o vendedor paga o transporte at o porto de

    embarque (embutido no preo, claro) e o comprador paga o transporte do

    pas de origem at o pas de destino.

    2) Preo uniforme na entrega - abordagem geogrfica de estabelecimento

    de preos em que o preo do vendedor inclui o transporte, e o direito de

    propriedade transferido quando o comprador recebe os bens. Nessa

    modalidade, todos os custos de transportes so de responsabilidade do

    vendedor e podem variar se houver entregas em localidades diferentes no

    pas de destino.

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    Anotaes do Aluno

    Sntese da aula

    Vimos, nesta aula, como a adequao de preos importante para o

    equilbrio do nosso negcio e como o preo geogrfico influencia nossas

    negociaes de acordo com as necessidades do cliente.

    Espero ter atingido as expectativas de cada um com o contedo aqui

    apresentado e, como falei, no incio de nossas aulas, volto a colocar a voc

    a palavra que, para mim, resume tudo que desejo na vida: SUCESSO. E

    tambm o que desejo a voc: MUITO SUCESSO em tudo na vida.

    Abraos e sucesso.

    Prof. Dalton Giovannini

    Referncias

    KOTLER, Philip. Administrao de Marketing: a edio do novo milnio.

    So Paulo: Prentice Hall, 2000.

    FRANCO, Hilrio. Contabilidade Geral. 23. ed. So Paulo: Atlas,1996.

    GONALVES, Eugnio C. Contabilidade Geral. 3. ed. So Paulo: Atlas,

    2004.