Aula 07 - Forjamento
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Aula 07 ForjamentoProf. Eng. Wendel Souza
2 Semestre 2014
Engenharia de Produo 7 srieProcessos de Fabricao II
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2Prof. Eng. Wendel Souza
Forjamento
O forjamento (juntamente com a estampagem) um dos processos de
conformao plstica mais antigo no campo de trabalho de metais e data de
aproximadamente de 5000 AC.
Este processo empregado para produzir peas de diferentes tamanhos e
formas, constitudo de materiais variados (ferrosos e no ferrosos). As
peas tpicas que so produzidas na atualidade so: eixo manivelas, bielas,
discos de turbinas, engrenagens, rodas, cabeas de parafusos, esferas,
ferramentas manuais e uma grande variedade de componentes estruturais
para mquinas operatrizes e equipamentos de transporte.
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3Prof. Eng. Wendel Souza
Forjamento
Exemplos de peas forjadas.
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4Prof. Eng. Wendel Souza
Forjamento
Basicamente, o forjamento um processo de conformao plstica atravs
do qual se obtm a forma desejada da pea ou objeto por martelamento ou
aplicao gradativa de uma presso. A maioria das operaes de
forjamento efetuada a quente, embora certos metais possam ser forjados
a frio, tais como os produtos obtidos por recalque a frio (parafusos como
exemplo) e por cunhagem. Atravs da deformao plstica produzida pelo
forjamento, pode-se conseguir dois efeitos: dar a forma desejada pea e
melhorar as propriedades mecnicas do metal (refinando o gro e
modificando e distribuindo os seus constituintes). O processo de forjamento
pode ser dividido em forjamento livre (matriz aberta) e forjamento em matriz
(matriz fechada).
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5Prof. Eng. Wendel Souza
Forjamento Livre
No forjamento livre o material deformado entre ferramentas planas ou de
formato simples. O processo de deformao efetuado por compresso
direta e o material escoa perpendicularmente direo de aplicao da
fora. Este processo usado geralmente para grandes peas ou quando o
nmero a ser produzido pequeno, no compensando a confeco de
matrizes caras.
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6Prof. Eng. Wendel Souza
Forjamento LivreAs operaes bsicas de forjamento livre so o recalque, o estiramento e o
alargamento.
No recalque o material escoa numa direo transversal da pea. Devidoao elevado atrito entre a superfcie da pea com a ferramenta e tambm ao
resfriamento da pea aquecida pelo contato da superfcie com a ferramenta
fria, ocorre uma restrio de escoamento da pea na superfcie, em
comparao com a regio central, de maneira que ocorre um abaulamento.
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7Prof. Eng. Wendel Souza
Forjamento Livre No estiramento, devido a pancadas sucessivas, o material escoa na
direo do eixo da pea, alongando-a. Normalmente, as ferramentas iniciais
so abauladas e somente a seguir que so utilizadas ferramentas planas
para realizar o alisamento.
Um exemplo de estiramento a transformao de uma barra redonda em
uma barra de seo quadrada ou hexagonal.
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8Prof. Eng. Wendel Souza
Forjamento Livre
O alargamento ocorre como uma expanso perpendicular ao eixo da pea
durante o estiramento. necessrio, na maioria das vezes, ter que girar a
pea durante o forjamento para se obter a geometria desejada.
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9Prof. Eng. Wendel Souza
Forjamento em Matriz Fechada
No forjamento em matriz fechada, o material deformado entre duas
metades de matrizes que fornecem a forma desejada a pea. A deformao
ocorre sob alta presso em uma cavidade fechada e assim, pode-se obter
peas forjadas com tolerncias dimensionais mais estreitas. Para o
emprego deste tipo de forjamento, exige-se que se tenha uma alta
produo para justificar o custo elevado.
importante utilizar material suficiente para preencher completamente a
cavidade da matriz. Como difcil calcular a exata quantidade para
preenchimento desta cavidade, utiliza-se geralmente um excesso que
alojado numa cavidade extra da matriz, denominada de bacia de rebarba.
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Forjamento em Matriz Fechada
A bacia de rebarba tem duas funes:
vlvula de escape para o excesso de
material e controle do escape do material,
pois quanto mais fina a rebarba, maior ser
a resistncia do escoamento do material.
Esta funo de controle de escape do
material regula a presso e proporciona um
preenchimento adequado da cavidade da
matriz. Entretanto, a rebarba no deve ser
muito fina, pois pode criar altas cargas de
forjamento e proporcionar deformao ou
quebra da matriz.
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Forjamento em Matriz Fechada
forjamento a partir de tarugos: utilizado para peas de maiores
dimenses em comparao com o forjamento a partir de barras. O tarugo
cortado na dimenso adequada para a seguir ser aquecido para forjamento,
porm no ocorre normalmente a manipulao do operador durante a
aplicao dos golpes de martelo ou atuao da prensa de forjamento.
forjamento de elementos estampados: neste processo as peas forjadas
esto posicionadas com o eixo longitudinal perpendicular ao eixo de
aplicao da carga. Um exemplo tpico a produo de chaves sextavadas
para parafusos.
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Forjamento em Matriz Fechada
No forjamento para peas demasiadamente complexas, so aplicadas as
seguintes etapas de trabalho: corte, aquecimento, forjamento livre,
forjamento em matriz, rebarbao e tratamento trmico.
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Forjamento: Aspectos Metalrgicos
As peas forjadas so submetidas a tratamentos trmicos posteriores com
as seguintes finalidades:
remoo das tenses internas introduzidas durante o forjamento e o
esfriamento do forjado;
homogeneizao da estrutura da pea forjada;
melhoria de sua usinabilidade e de suas propriedades mecnicas.
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Forjamento: Aspectos MetalrgicosOs principais tratamentos trmicos empregados so o recozimento e a
normalizao. O recozimento consiste no aquecimento do ao forjado a
uma temperatura de 750 a 9000C (dependendo do seu teor de carbono)
seguido por resfriamento lento (comumente dentro de forno). A finalidade
deste tratamento refinar os gros, remover as tenses internas e provocar
uma diminuio da dureza, melhorando a usinabilidade.
A normalizao consiste do aquecimento do ao forjado em um forno, numa
temperatura da ordem da temperatura do recozimento, realizando porm o
resfriamento ao ar livre (com maior velocidade de resfriamento). O resultado
um refino de gro com maior intensidade, relativo ao recozimento. As
propriedades mecnicas so melhoradas (boa resistncia e tenacidade) e
as tenses internas so removidas.
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Forjamento: Aspectos Metalrgicos
No forjamento muito importante a definio da temperatura inicial de
trabalho, considerando as perdas e os ganhos de temperatura ao longo do
processo. O metal que se deseja formar precisa ser aquecido a uma
temperatura que lhe confira elevada plasticidade tanto no incio quanto no
final do processo de forjamento. No final do forjamento, a temperatura no
pode estar abaixo da estabelecida porque o material pode encruar,
aumentando a carga requerida para o forjamento e a possibilidade de
surgirem fissuras.
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Forjamento: Aspectos Metalrgicos
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Forjamento: Aplicao e defeitos
Os defeitos que podem ser encontrados em peas forjadas so: falta de
reduo, trincas superficiais (devido concentrao excessiva de enxofre
na atmosfera do forno), trincas nas rebarbas, trincas internas, gotas frias,
incrustaes de xidos e descarbonetao e queima.
Tenses residuais produzidas no forjamento (como um resultados das
heterogeneidades de deformao) so comumente bem pequenas, porque
a deformao ocorre normalmente na regio de transformao a quente.
O controle das variaes dimensionais das peas forjadas realizado de
acordo com algumas normas tcnicas nacionais e internacionais. A preciso
das dimenses das peas forjadas depende essencialmente dos
procedimentos de fabricao, do estado de conservao das mquinas e
das matrizes de forjamento do material da pea (forjabilidade).
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Prof. Eng. Wendel Souza
Bibliografias:
CHIAVERINI.., Vicente. Tecnologia Mecanica. 8
ed. So Paulo: Pearson - Prentice Hall, 2000.
CALLISTER JR, William D.. Fundamentos da
cincia e engenharia de materiais. 2 ed. : Rio
de Janeiro, 2010.
CHIAVERINI, Vicente. Aos e ferros fundidos.
7 ed. So Paulo: ABM, 2012.
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Deus abenoe a todos