Aula 03 - Capacidade Calorífica e Mudanças de Estado Fïsico

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CAPACIDADE CALORÍFICA E CALOR ESPECÍFICO MUDANÇAS DE FASE E CALOR LATENTE TERMODINÂMICA Cursos de Engenharias Prof. João Paulo de Castro Costa Referência TIPLER, P. A. e MOSCA, G. Física para cientistas e engenheiros: mecânica, oscilações e ondas, termodinâmica. v.1, 5.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000.

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CAPACIDADE CALORÍFICA E CALOR ESPECÍFICO

MUDANÇAS DE FASE E CALOR LATENTE

TERMODINÂMICA

Cursos de Engenharias

Prof. João Paulo de Castro Costa

Referência

TIPLER, P. A. e MOSCA, G. Física para cientistas e engenheiros: mecânica, oscilações e ondas, termodinâmica. v.1, 5.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000.

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CAPACIDADE CALORÍFICA E CALOR ESPECÍFICO

Quando se transfere energia a uma substância através do aquecimento, a temperatura da substância normalmente sobe. A quantidade de energia térmica Q necessária para elevar a temperatura de uma substância é proporcional a variação de temperatura e à massa da substância.

Q = C.Q = C.ΔΔT = m.c.T = m.c.ΔΔTT Onde C é a capacidade calorífica (ou capacidade

térmica) e c é o calor específico que determina a capacidade calorífica por unidade de massa.

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A unidade histórica de energia térmica, a caloria, foi definida originalmente como a quantidade de calor necessária para elevar em um grau Celsius a temperatura de um grama de água. Como calor é uma medida de energia em trânsito, pode-se definir o calor em unidades no SI, o joule.

1 cal = 4,184 J1 cal = 4,184 J No sistema inglês, habitualmente usado nos

Estados Unidos, a unidade usual de calor é Btu (unidade térmica britânica), definida como a quantidade de energia necessária para elevar 1˚F a temperatura de 1 libra de água. A relação entre Btu, a caloria e o joule é dada por:

1 Btu = 252 cal = 1,054 kJ1 Btu = 252 cal = 1,054 kJ

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Calor específico da água

cágua = 1 cal/(g.˚C) = 1 kcal/(kg.˚C)

= 1 kcal/(kg.K) = 4,184 kJ/(kg/K) = 1 Btu/(lb.˚F)

A capacidade calorífica por mol é chamada capacidade calorífica molar (calor molar) c’:

Onde M = m/n é a massa molar.

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Calores Específicos e Calores Molares de alguns sólidos e Líquidos

Substância c – kJ/kg.K c – kcal/kg.Kou Btu/lb.˚F

c‘ – J/mol.K

Alumínio 0,900 0,125 24,3

Bismuto 0,123 0,0294 25,7

Cobre 0,386 0,0923 24,5

Vidro 0,840 0,20 -

Ouro 0,126 0,0301 25,6

Gelo (–10˚C) 2,05 0,49 36,9

Chumbo 0,128 0,0305 26,4

Prata 0,233 0,0558 24,9

Tungstênio 0,134 0,0321 24,9

Zinco 0,387 0,0925 25,2

Álcool etílico 2,4 0,58 111

Mercúrio 0,140 0,033 28,3

Água 4,18 1,00 75,2

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EXEMPLO 01

Que quantidade de calor é necessária para elevar de 20˚C a temperatura de 3 kg de cobre?

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EXEMPLO 02 – TROCAS DE CALORQCEDIDO + QRECEBIDO = 0

Para medir o calor específico do chumbo, uma pessoa aquece 600 g de granalha de chumbo até a temperatura de 100˚C e depois coloca esse conteúdo em um calorímetro de alumínio com 200 g de massa, contendo 500 g de água, inicialmente a 17,3˚C. Se a temperatura final do conjunto for 20˚C, qual o calor específico do chumbo? (o calor específico do recipiente de alumínio é 0,900kJ/kg.K)

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MUDANÇA DE FASE E CALOR LATENTE

Quando se fornece calor a uma amostra de gelo a 0˚C, a temperatura do gelo não se altera. Em vez disso, ocorre fusão do gelo. Este é um exemplo de mudança de fase.

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A teoria molecular pode dar o auxílio necessário para entender porque a temperatura permanece constante durante a mudança de fase. As moléculas em um líquido estão muito próximas uma das outras e exercem forças atrativas mútuas. Num gás, as moléculas estão muito afastadas. Por causa dessa atração molecular, é preciso haver energia para fazer com que as moléculas de um líquido formem um gás. Considere uma panela de água sobre a chama de um fogão. No princípio, conforme a água é aquecida, o movimento de suas moléculas aumenta e sua temperatura se eleva. Quando a temperatura alcança o ponto de ebulição, as moléculas já não podem aumentar sua energia cinética permanecendo no estado líquido. À medida que a água evapora, a energia térmica recebida é usada para superar as forças de atração entre as moléculas de água conforme elas se espalham na forma gasosa. Assim, a energia que o líquido recebe aumenta a energia potencial das moléculas, mas não a energia cinética molecular. Como a temperatura é uma medida da energia cinética média de translação das moléculas, ela não se altera.

A mudanças de fase de uma substância pura a uma determinada pressão ocorre somente em uma certa temperatura. Por exemplo, água pura a 1 atm de pressão passa de sólido para líquido a 0˚C (o ponto de fusão normal da água) e de líquido para vapor a 100˚C (o ponto de ebulição normal da água).

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PROCESSO ENDOTÉRMICO

PROCESSO EXOTÉRMICO

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CALOR LATENTE

A energia térmica necessária para fundir uma substância de massa m sem alterar sua temperatura é proporcional à massa da substância:

Qf = mLf

Onde Lf é o calor latente de fusão da substância. Para a água, a 1 atm, o Lf =333,5 kJ/kg = 79,7 kcal/kg. Se a mudança de fase for de líquido para vapor (gás), o calor requerido é:

Qv=mLv

Onde Lv é o calor latente de vapor da substância. Para a água, a 1 atm, o Lv = 2,26MJ/kg = 540 kcal/kg.

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EXEMPLO 03

Qual a quantidade de calor necessária para transformar 1,5 kg de gelo a –20˚C e 1 atm em vapor a 100˚C?

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EXEMPLO 04

Uma amostra de chumbo de 830 g é aquecida até o seu ponto de fusão dado por 600 K. Que quantidade de energia deve ser fornecida para fundir essa massa chumbo inicialmente a 300 K?

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EXEMPLO 05 Um jarro de 2 litros, com limonada, foi colocado sobre uma

mesa de piquenique, ao sol o dia inteiro, a 33˚C. Uma amostra de 0,24 kg de limonada é derramada em uma xícara com 2 cubos de gelo (cada um 0,025 kg, a 0˚C). Considere que a xícara é feita com isolante térmico isopor de capacidade térmica desprezível. Admitindo que não haja perda de calor para o ambiente, e que a limonada tem o mesmo calor específico que a água, DETERMINE a temperatura final da limonada.