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Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil - Teoria e Exerccios
Professor Marcelo Seco
Prof. Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br 1
Vamos l, meus caros!!! Mais um passo pelo mundo da Contabilidade! Iniciaremos hoje o estudo das
contas, do lanamento, do patrimnio, da escriturao e de outros itens. Peo
especial ateno para o balancete de verificao, assunto muito simples e
muito visitado pelos examinadores da Esaf. No podemos perder pontos nesse
tipo de questo.
Turma, vocs j viram duas aulas e j conhecem a estrutura do material.
Vamos perder um minuto para entender como utiliz-lo melhor.
Nosso curso vai cobrir todos os pontos do edital, em um nvel adequado para
voc fazer a prova de contabilidade com tranquilidade. Por bvio, no
possvel fazer um material que aborde todos os assuntos com demasiada
profundidade. E isso se d pela metodologia que se aplica nesse momento da
preparao.
O tempo do aluno escasso! Deve ser utilizado com o aprendizado de
informaes que sejam teis na prova e tambm com a resoluo de
exerccios. A forma que utilizo para conduzir a aula fruto uma tcnica
vencedora, cujo objetivo dar a vocs um grande nmero de informaes a
respeito de assuntos recorrentes em provas, sem deixar de abordar, tambm,
os assuntos provveis, embora no muito badalados pelos examinadores.
Para obter o melhor resultado em sua preparao, faa o seguinte:
O material deve ser impresso. Voc deve ler duas vezes a parte terica e
resolver duas vezes cada questo, em momentos distintos, claro. E no
resolva as questes no mesmo dia em que l a teoria, deixe-as para o dia
seguinte, ou para o prximo perodo da matria, caso esteja estudando por
ciclos.
Nos pontos em que voc tiver dvidas e nos que considerar principais, faa
anotaes. Prepare um resumo, o seu resumo, da forma que melhor lhe
aprouver, com esses pontos. Futuramente, voc vai voltar a esses pontos
nebulosos. Como ainda estamos longe da prova, certamente esse resumo ser
bastante utilizado. Nas duas ltimas semanas, antes da prova, voc vai
revisar, utilizando o resumo e vendo as questes problemticas, duas vezes.
Uma vez em cada semana. infalvel.
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Mais uma coisa. Na hora de resolver os exerccios, no basta ficar lendo o que
eu fiz na resoluo. Voc tem que resolver as questes! Na mo, sem
calculadora. Pegue papel e caneta e mande ver!
Vamos em frente!
Nosso objetivo: garantir a maioria dos pontos em contabilidade na prova
objetiva. Temos que trabalhar durante as aulas com uma meta de 90% de
acertos nas questes para que, na prova, obtenhamos entre 75% e 80%.
Alunas e alunos, durante esse perodo de preparao, o nosso repouso ser
a guerra!
Minhas pompas so as armas, meu descanso o pelejar.
Fidalgo Dom Quixote
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1 Patrimnio
O patrimnio de uma entidade composto pelo conjunto de seus bens,
direitos e obrigaes, como j vimos. Os bens e direitos so representados
no Ativo, que tambm pode ser encontrado com a denominao de capital
total. As obrigaes so representadas no passivo, tambm chamado de
capital de terceiros e no patrimnio lquido, que doravante chamaremos de PL.
Professor, voc est dizendo que o PL uma obrigao? Sim meus caros. O
PL, embora represente o capital prprio da entidade, a sua riqueza, , na
teoria, uma obrigao. Uma obrigao da entidade para com os scios. Isso
ficar mais claro no decorrer do curso. Voc tambm poder encontrar o PL
sendo designado por outros nomes como: Situao Lquida, Capital Prprio,
Passivo no Exigvel.
E como se forma o patrimnio? Ora, o patrimnio inicial de uma entidade
formado a partir dos aportes de recursos dos scios; recursos que so
direcionados para atividades produtivas e, no mais das vezes, terminam por
gerar resultados positivos, engordando o patrimnio.
Veremos em aulas futuras, em detalhes, a estrutura do balano patrimonial,
ou BP, que a demonstrao contbil que representa graficamente a situao
patrimonial. Mas, para termos uma idia melhor do que se trata, e possamos
montar a equao fundamental do patrimnio, analisemos a figura abaixo:
Balano Patrimonial
ATIVO (A) PASSIVO (P)
Circulante
Circulante
No Circulante No Circulante
Realizvel Longo Prazo
Imobilizado
Investimentos PATRIMNO LQUIDO (PL)
Intangvel
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Do lado direito, no Passivo e no PL, temos as Origens de recursos.
Do lado esquerdo, no Ativo, temos as Aplicaes de recursos.
Guardem esses dois conceitos, pois alm de serem eventualmente cobrados
nas provas, sero teis em aulas futuras, no aprendizado da sistemtica de
dbitos e crditos.
1.1 - Equao do Patrimnio
Com base no BP da figura anterior, montamos a seguinte equao patrimonial
(origens = aplicaes):
A = P + PL
A partir dessa igualdade podemos isolar os termos referentes aos elementos e
achar o valor de qualquer um deles.
A = Ativo ou Capital Total
P = Passivo ou Capital de Terceiros
PL = Patrimnio Lquido, Situao Lquida, Capital Prprio ou Passivo No Exigvel
1.2 - Situaes Patrimoniais
A > P Situao Lquida Positiva ou Superavitria PL > 0
A < P Situao Lquida Negativa ou Deficitria PL < 0
Tambm chamada de Passivo a Descoberto
A = P Situao Lquida Nula PL = 0
Em qualquer das trs situaes o PL ser representado graficamente como na
figura acima: do lado direito, abaixo do Passivo. Outrora havia representaes
que colocavam o PL, quando em situao negativa, do lado esquerdo, abaixo
do Ativo. No se faz mais isso.
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1.3 - Ativo, Passivo e Patrimnio Lquido;
J sabemos, pela aula inicial, que os elementos da posio patrimonial e
financeira so os ativos, os passivos e o patrimnio lquido. Em aulas futuras
daremos exemplos de contas e de seu tratamento.
Ativos
Ativo um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos
passados e do qual se espera que fluam futuros benefcios econmicos para a
entidade.
O benefcio econmico futuro incorporado a um ativo o seu potencial em
contribuir, direta ou indiretamente, para o fluxo de caixa ou de
equivalentes de caixa da entidade.
Transaes previstas para o futuro no do origem, hoje, a ativos. A inteno de adquirir estoques, por exemplo, no atende, por si s, definio de ativo.
Passivos
Passivo uma obrigao presente da entidade, derivada de eventos
passados, cuja liquidao se espera que resulte na sada de recursos da
entidade capazes de gerar benefcios econmicos;
Uma caracterstica essencial para a existncia de passivo que a entidade
tenha uma obrigao presente, resultante de eventos passados.
Obrigaes podem ser legais ou oriundas de prticas usuais do negcio, de
usos e costumes. Um exemplo de obrigao no legal o passivo que se
registra ao fazer uma proviso para troca de produtos cujos defeitos apaream
mesmo depois de finda a garantia.
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Obrigao presente diferente de compromisso futuro. A inteno da entidade de adquirir ativos no futuro no
d origem, por si s, a uma obrigao presente. A obrigao surge somente quando o ativo entregue ou
contratos de aquisio so assinados.
Patrimnio lquido (PL)
Patrimnio Lquido o interesse residual nos ativos da entidade depois de
deduzidos todos os seus passivos.
O PL, embora definido como algo residual, pode ter (e tem) subclassificaes
no balano patrimonial. Eis algumas delas:
Positivas
Capital Social
Reservas de Capital
Reservas de Lucros
Ajustes de Avaliao Patrimonial
Negativas (Retificadoras)
Capital a Integralizar
Aes em Tesouraria
Prejuzos Acumulados
Ajustes de Avaliao Patrimonial
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2 Lanamentos contbeis: dbito e crdito
Muito bem! Em primeiro lugar, temos que saber que a contabilidade segue
obrigatoriamente o mtodo das partidas dobradas, ou seja, no registro
de cada fato contbil, o valor dos dbitos do lanamento deve ser igual ao
valor dos crditos. Sempre!!!
O lanamento a forma pela qual se d o registro das informaes contbeis
com vistas a cumprir os controles estabelecidos preparar as demonstraes
contbeis exigidas pela legislao.
Um lanamento simples deve conter, minimamente: data, descrio do
evento, valor, conta creditada e conta debitada. Mas os lanamentos podem
envolver mais de duas contas. Vejamos quais so os tipos (frmulas) de
lanamentos possveis.
Lanamento de 1 Frmula (1 - 1)
Envolve uma conta debitada e uma creditada.
Exemplo: Compra de um carro a vista por 100.
Carros
a Caixa 100
Lanamento de 2 Frmula (1 - 2 ou 1 - n)
Envolve uma conta debitada e duas ou mais creditadas.
Exemplo: Compra de um carro por 100, com 50 de entrada e 50 financiados
Carros
a Diversos 100
Caixa 50
Financiamento 50
Lanamento de 3 Frmula (2 - 1 ou n - 1)
Envolve duas ou mais contas debitada e uma creditada.
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Exemplo: Tomada de emprstimo de 100, com desconto de juros de 20 no ato
da operao.
Diversos
Caixa 80
Juros Passivos a Transcorrer 20
a Emprstimo 100
Lanamento de 4 Frmula (2 2 ou n - n)
Envolve duas ou mais contas debitadas e duas ou mais creditadas.
Exemplo: Compra de um trator por 100 e de adubos por 50, com 10 de
entrada e 140 financiados.
Diversos
a Diversos
Trator 100
Estoques 50
a Caixa 10
a Duplicatas a Pagar 140
Vale a pena lanar mo de um mnemnico
Considere D e C, e, na ordem, 11, 12, 21, 22, correspondem s quatro frmulas..
Formas de representao do lanamento
Nos exemplos acima, utilizei uma das formas comuns de representar o
lanamento, que a seguinte:
Conta debitada
a Conta creditada $$$
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Vamos agora ver os mesmos exemplos representados de mais duas formas.
Uma delas simplesmente relacionando as contas e indicando D ou C na
frente delas. As debitadas vm antes de creditadas.
Compra de um carro a vista por 100.
D Carros 100
C Caixa 100
Compra de um carro por 100, com 50 de entrada e 50 financiados.
D Carros 100
C Caixa 50
C Financiamento 50
Tomada de emprstimo de 100, com desconto de juros de 20 no ato da
operao.
D Caixa 80
D Juros Passivos a Transcorrer 20
C Emprstimo 100
Compra de um trator por 100 e de adubos por 50, com 10 de entrada e 140
financiados.
D Trator 100
D Estoques 50
C Caixa 10
C Duplicatas a Pagar 140
Agora vamos ver a forma que eu considero a melhor para o aprendizado e a
fixao das informaes, que a utilizao dos razonetes. O razonete essa
estrutura abaixo, na qual os dbitos so lanados do lado esquerdo e os
crditos so lanados do lado direito. No fechamento voc passa uma linha e
apura o saldo.
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Gosto de trabalhar com eles, pois o fator grfico facilita o entendimento do
lanamento.
Nome da Conta
D C
Vamos aos exemplos de utilizao do razonete:
Compra de um carro a vista por 100.
Ativo Passivo
Caixa
100
Carros
100
Compra de um carro por 100, com 50 de entrada e 50 financiados.
Ativo Passivo
Caixa Financiamento
50 50
Carros
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Tomada de emprstimo de 100, com desconto de juros de 20 no ato da
operao.
Ativo Passivo
Caixa Financiamento
80 100
Juros Transcorrer
(Retificadora)
20
Compra de um trator por 100 e de adubos por 50, com 10 de entrada e 140
financiados.
Ativo Passivo
Caixa Dupl a Pagar
10 140
Estoques Trator
50 100
A identificao do passivo e ativo por minha conta. Voc no precisa fazer
assim se no quiser, mas acho que isso ajuda a entender e facilita a
conferncia dos totais dos valores lanados.
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3 - Balancete de Verificao
O balancete de verificao uma ferramenta utilizada para verificar se o total
de dbitos est igual ao total de crditos, ou seja, se as partidas dobradas
foram obedecidas e se os lanamentos foram feitos corretamente do ponto de
vista dos valores lanados. Ateno: no se trata de uma demonstrao
exigida pelas normas, e algumas bancas costumam coloc-lo nas alternativas
como se fosse.
O balancete no tem uma forma obrigatria. Mas comum que tenha colunas
com o nome da conta, seu saldo inicial, total da movimentao lanada a
dbito e a crdito, o saldo final e a indicaes da natureza do saldo.
Temos o balancete inicial, que feito no encerramento das contas de
resultado, mas antes da apurao do resultado, e o balancete final, feito aps
a apurao e distribuio do resultado do exerccio. Quando os valores
referentes aos totais dos saldos credores e devedores se igualam, dizemos que
temos um balancete fechado, batido ou zerado.
Se a questo falar em balancete final de verificao fechado, podemos
entender que o valor total dos saldos credores est igual ao valor total
dos saldos devedores. Essa situao bastante explorada em provas, e
pode facilitar a resoluo da questo.
4 Contas patrimoniais e de resultado
As contas so a representao dos elementos patrimoniais (Ativo, Passivo e
PL) e de resultado (Despesas e Receitas).
De maneira geral, as contas de ativo e despesa possuem saldo devedor
(natureza devedora) e as contas de passivo, PL e receita, possuem saldo
credor (natureza credora).
Mas no so todas que seguem essa regra. Temos uma classe de contas
chamada de retificadoras (podem ser de ativo, passivo, ou PL), que funcionam
da forma oposta, ou seja, possuem saldo e comportamento inverso ao das
contas do grupo em que se encontram.
Uma conta retificadora, via de regra, altera o saldo de sua conta me, a
retificada, diminuindo-o. Lembrando que no existem retificadoras para receita
e despesa. We
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Saldo das Contas Normais Saldo das Retificadoras
ATIVO PASSIVO RET ATIVO RET PASSIVO
Devedor Credor Credor Devedor
PATRIMNIO LQUIDO
RET PATR LQUIDO
Credor Devedor
DESPESAS RECEITAS DESPESAS RECEITAS
Devedor Credor No h No h
Ainda a esse respeito, as contas podem ser classificadas em contas de origem
de recurso (de aonde vem o dinheiro da entidade) e contas de aplicao de
recurso (para aonde vai o dinheiro da entidade). Saber isso vai ajud-lo na
hora em que surgir uma dvida sobre a natureza do saldo das contas e o tipo
de lanamento. As contas de origem possuem sempre saldo credor, e as de
aplicao possuem saldo devedor.
Assim, alm de dizer que o total de dbitos igual ao total de crditos,
podemos afirmar tambm que o total das origens igual ao total das
aplicaes de recursos.
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Origem / Aplicao - Contas Normais
Origem / Aplicao Contas Retificadoras
ATIVO PASSIVO RET ATIVO RET PASSIVO
Aplicao Origem Origem Aplicao
PATRIMNIO LQUIDO
RET PATR LQUIDO
Origem Aplicao
DESPESAS RECEITAS DESPESAS RECEITAS
Aplicao Origem No h No h
5 - Funes e estrutura das contas
Se este o seu primeiro contato com a contabilidade, utilize uma forma
simples de entender o assunto. Pense na sua conta no banco. Saldo credor
significa que voc tem dinheiro l, no mesmo? Um crdito na sua conta
significa que seu saldo aumentou, e um dbito significa que seu saldo
diminuiu. Muito bem. A sua conta um direito seu, logo, para voc ela um
ativo.
Ento muito fcil de estabelecer um ponto de partida: nos lanamentos
contbeis tudo isso acontece da maneira inversa. Imagine um ativo da
entidade: tudo que acontecer com ele ser o contrrio do que
acontecer com sua conta. E tudo que acontecer com o passivo da entidade
ser igual ao que acontecer com sua conta. Essa uma boa forma de iniciar o
entendimento da sistemtica.
Em poucas palavras, a explicao por trs disso que a sua conta faz parte da
contabilidade do banco, e, para ele (banco) a sua conta um passivo, pois
voc ps seu dinheiro l, e agora ele deve esse dinheiro para voc. Isso se sua
conta estiver no azul... Vamos em frente!
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E como o saldo de uma conta se modifica?
A questo do dbito e do crdito tem que ficar bastante clara para vocs,
principalmente para quem est iniciando o estudo em Contabilidade, e a
seguinte:
Contas do Ativo e contas de despesa: O saldo aumenta quando lanamos
um dbito e diminui quando lanamos um crdito.
Contas do Passivo, do PL e de receita: O saldo aumenta quando lanamos
um crdito e diminui quando lanamos um dbito.
Ento vamos analisar um caso, e vocs devem guard-lo como exemplo. A
partir dele vocs fazem associaes e matam qualquer outro lanamento.
Compra de um carro vista por 200
Vai sair dinheiro do banco, diminuindo o valor da conta, e vai entrar um valor
correspondente no ativo, aumentando o saldo da conta carros.
Conta do ativo aumenta por dbito, ento: D Carros
Conta do ativo diminui por crdito, ento: C Banco
Lanamento:
D Carros
C Banco 200
Voltando ao caso da sua conta no banco
Quando pensa na sua conta no banco, voc acha que algo est errado nesse
lanamento, pois dbito e crdito, l na sua conta, no funcionam assim.
Ocorre que a sua conta no banco, embora possa ser encarada como um de
seus ativos, no sua. Ela , em termos contbeis, uma conta que representa
um passivo para o banco, uma dvida que ele tem com voc, porque voc
deixou l o seu dinheiro.
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Modificando o saldo
Cada lanamento, com seus dbitos e crditos, altera o saldo das contas
envolvidas, da seguinte forma (D e C correspondem a dbito e crdito na
conta, respectivamente):
Comportamento do Saldo Contas Normais
Comportamento do Saldo - Retificadoras
ATIVO PASSIVO RET ATIVO RET PASSIVO
D - Diminui D Aumenta
D Aumenta C - Aumenta D - Diminui C - Diminui
C - Diminui PATRIMNIO LQUIDO
C - Aumenta RET PATR LQUIDO
D - Diminui D Aumenta
C - Aumenta C - Diminui
DESPESAS RECEITAS DESPESAS RECEITAS
D Aumenta D - Diminui
C - Diminui C - Aumenta No h No h
Entenda o que acontece no lado esquerdo (Ativo e Despesas) e pronto. O lado
direito o inverso. E as retificadoras tm comportamento inverso dentro do
seu grupo.
Acostume-se a falar sempre em dbito e crdito, nessa ordem. Dbito na
esquerda, crdito na direita, dbito em cima, crdito embaixo, dbito a crdito,
DC, DC, DC, ...
O quadro a seguir resume o que vimos de importante at aqui:
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necessrio que vocs comecem a se familiarizar com algumas das contas que
so mais pedidas em concurso, por isso vou relacion-las. Essa uma parte
essencial do estudo, e com o passar do tempo vai parecer muito natural.
Vamos a uma relao das contas retificadoras mais utilizadas. Em cima
aparece a conta retificada, embaixo, com sinal negativo, a retificadora.
Plano de Contas
Retificadoras do Ativo Retificadoras do Passivo
Clientes - EPCLD ou PDD Estoques - Proviso para ajuste de estoques Investimentos - Proviso para ajuste a valor de mercado Imobilizado - Depreciao acumulada ou Exausto acumulada Intangvel - Amortizao acumulada
Financiamentos - Juros a transcorrer Emprstimos - Encargos a transcorrer
Retificadoras do PL
Ateno: A conta duplicatas a receber, do ativo, tinha como retificadora a conta duplicatas descontadas. Hoje esse entendimento no mais vigora. Duplicatas descontadas deixou de ser retificadora e passou a ser uma conta do passivo.
Capital Social - Capital a Integralizar - Prejuzos Acumulados -Aes em Tesouraria
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Plano de Contas
Ativo Passivo Aes de Coligadas Aes de Outras Empresas Adiantamentos a Fornecedores Adiantamentos de Salrios gio na Aquisio de Aes Alugueis Passivos a Vencer Aplicaes Financeiras Bancos Conta Movimento Clientes Contas a Receber Crditos de Financiamento Dbitos de Coligadas Despesas a Vencer Despesas do Perodo Seguinte. Devedores Diversos Dinheiro em Tesouraria Direitos de Explorao Disponibilidades Duplicatas a Receber Duplicatas a Vencer Duplicatas Emitidas Duplicatas Protestadas Edificaes Emprstimos a Scios E Diretores Emprstimos Concedidos Equipamentos Estoques Fundo de Comercio Imobilizado Impostos A Recuperar Intangvel Investimentos IR Diferido Juros a Vencer Juros Ativos a Receber Juros Passivos a Vencer Mquinas e Equipamentos Marcas e Patentes Matria Prima Material de Consumo Mveis e Utenslios Notas Promissrias Aceitas Participaes em Outras Empresas Receitas a Receber Seguros a Vencer Servios a Faturar Servios Prestados a Prazo Valores Mobilirios Veculos Vendas a Faturar
Adiantamento de Clientes Alugueis Ativos a Vencer Contas a pagar Contingncia Crditos de Acionistas Crditos de Coligadas Credores Hipotecrios Credores por Duplicatas Debntures a Resgatar Debntures Conversveis em Ao Dbitos de Financiamento Despesas a pagar Dividendos a Pagar Duplicatas a Pagar Duplicatas Aceitas Duplicatas Descontadas Emprstimos Obtidos Encargos a Transcorrer Faturamento Antecipado Financiamento Por Debntures Financiamentos Fornecedores Imposto a Recolher Impostos Atrasados Juros Ativos a Vencer Juros Passivos a pagar Notas Promissrias Descontadas Notas promissrias Emitidas Obrigaes Financeiras Obrigaes Tributrias Participaes de Empregados a Pagar Pessoal e Encargos a Pagar Premio Pago na Emisso de Debntures Proviso Proviso de Frias 13 Provises para Contingncias Receitas a Vencer Receitas Diferidas Salrios a Pagar Tributos a Pagar
PL Capital Social Lucros ou Prejuzos Acumulados Reservas de Lucros: Reserva Legal Reserva de Contingncias Reservas de Capital Ajustes Avaliao Patrimonial
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Plano de Contas
Despesas Receitas gua Esgoto Alugueis Aluguis Pagos Alugueis Passivos Amortizao Amortizao de gio CMV Combustveis Comisses Passivas Compras Comunicao. Contribuies Previdencirias CPV Crditos de Liquidao Duvidosa CSV Dcimo Terceiro Depreciao Descontos Concedidos Despesa Depreciao Despesas Bancrias Despesas Financeiras Devedores Duvidosos Encargos com Pessoal Encargos Sociais Energia Eltrica Exausto Frias Fretes e Carretos Impostos Juros Pagos Juros Passivos Mercadorias Participaes de Empregados Perdas Em Investimento Prmio de Seguros Pr-Labore Salrios Seguros Variaes Cambiais Passivas
Aluguis Ativos Alugueis Recebidos Amortizaes de Desgio Comisses Ativas Descontos Obtidos Juros Ativos Juros Recebidos Receita Bruta de Vendas Receitas de Servios Receitas de Vendas Receitas Diferidas Receitas Financeiras Receitas Operacionais Reverso de Despesas Reverso de Provises Subveno para Custeio Variaes Cambiais Ativas Vendas de Mercadorias
7 Apurao do resultado
A apurao o momento no qual so encerradas as contas de resultado e
aferido o resultado econmico da entidade. nesse processo que a mgica do
lucro (ou do prejuzo) se faz presente na contabilidade.
Estudaremos o resultado em detalhes na aula sobre a Demonstrao do
Resultado do Exerccio (DRE). Por hora, vamos demonstrar de forma simples o
processo da apurao.
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Suponhamos uma sociedade comercial na qual tenham ocorrido os seguintes
eventos:
Integralizao parcial do capital
A empresa constituda com um capital social de 1000, mas apenas 800 so
integralizados.
Ativo Passivo
Caixa
800
PL
Capital Social Capital a Integralizar
1000 200
Lembram-se das retificadoras? Pois bem. Se a empresa tem um capital social
de 1000, mas os scios s compareceram com 800, eu tenho que lanar a
diferena em Capital a Integralizar, que uma retificadora do PL, pois diminui
o seu valor.
Compra de instalaes
A empresa resolveu comprar instalaes para a sua loja por 50, pagando
vista.
Ativo Passivo
Caixa
800 50
Instalaes
50
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Compra de estoque
A loja j est pronta, e a empresa resolveu comprar mercadorias para
revender no valor de 100. Negociou com o fornecedor e resolveu pagar a
prazo.
Ativo Passivo
Duplicatas a Pagar
100
Estoques
100
Pagamento de aluguel
Segundo o contrato da nossa empresa, o aluguel do ms corrente deve ser
pago no dia 15 do ms seguinte. No encerramento do ms, seguindo o
princpio da competncia, a empresa contabiliza a despesa incorrida
(lanamento a). Chegada a data do vencimento, o pagamento feito em
dinheiro. (lanamento b). O valor do aluguel 15.
Ativo Passivo
Caixa Aluguel a Pagar
800 50 (b) 15 15 (a)
15 (b)
Despesas
Aluguel
(a) 15
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Venda de mercadorias
efetuada uma venda vista de mercadorias no valor de 190. O custo dessa
mercadoria havia sido de 80. Vamos lanar a venda e a baixa nos estoques.
Ativo Passivo
Caixa Estoques
800 50 100 80
190 15 (b) PL
Lucro
110
Despesas Receitas
CMV Receita de Vendas
80 190
Repare que a diferena entre o valor recebido pela venda e o valor baixado do
estoque foi de 110. Professor, desse jeito o balano vai fechar? De imediato
no. Mas, vejam, o balano patrimonial deve estar fechado no dia do
encerramento. Antes disso, a diferena que possa existir entre ativo e passivo
deve estar nas receitas e despesas. Percebam que houve lucro de 110 na
operao de venda. Onde est esse lucro? Teoricamente est no resultado, na
diferena entre a receita de vendas e o custo das mercadorias vendidas (CMV,
que uma despesa). Quando fazemos a apurao do resultado, lanamos esse
valor de 110 como lucro, aumentando imediatamente o valor do PL, e
deixando o balano fechado, pois dessa forma o lado do ativo aumenta em 110
e o lado do passivo aumenta em 110 tambm.
Aqui fizemos um lanamento direto para facilitar a didtica. No processo de
apurao do resultado, as contas de despesa e receita so encerradas e o valor
vai para a conta resultado, e depois para lucros ou prejuzos acumulados. A
conta lucro acumulado s existe de forma transitria, no fechamento do
exerccio o lucro deve ser destinado e a conta encerrada.
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Integralizao do restante do capital
Os scios resolvem integralizar os 200 restantes do capital (lanamento c).
Ativo Passivo
Caixa
800 50
190 15 (b) PL
(c) 200
Capital Social Capital a Integralizar
1000 200 200 (c)
Apurao do resultado
Nesse momento so somadas e encerradas as contas de despesa e receita, e o
resultado apurado.
Apurando o Resultado
Despesas Receitas Resultado
15 190 95 (a) 190 (b)
80 95 (c)
95 (a) 190 (b)
Lucro
95 (c)
Vamos entender o que aconteceu?
Lanamento a: Credita e encerra a conta de despesas e passa o seu saldo para
o resultado.
Lanamento b: Debita e encerra a conta de receitas e passa o seu saldo para o
resultado.
Como as despesas foram menores do que as receitas, o resultado ficou com
saldo credor, o que indica lucro. Para encerr-la precisaremos de um dbito.
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Lanamento c: Debita e encerra o resultado, passando seu saldo para a conta
de lucros.
Destinao do resultado
No encerramento do exerccio a empresa apurou um resultado positivo de 95,
e tem que destinar o lucro acumulado. Resolve aumentar o capital em 60 e
destinar 35 para reservas.
Ativo Passivo
PL
Lucro
35 95
60
Capital Social Reservas
1000 35
60
8 - Destinao do resultado
A conta de lucros acumulados no pode existir no balano. Como j dissemos,
ele pode existir nos balancetes intermedirios, durante o exerccio. Se em uma
questo voc se deparar com um balano, ou com uma relao de contas de
um exerccio encerrado, em que exista a conta Lucros ou prejuzos
acumulados, trate-a como prejuzo, pois lucro no pode estar ali.
Os lucros eventualmente no destinados devero ser distribudos como dividendos aos acionistas.
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6404 - Art. 202 ...
6o Os lucros no destinados nos termos dos arts. 193 a 197 devero ser
distribudos como dividendos.
Mas o que deve ser feito com o lucro, alm de pagar dividendos?
A combinao dos comandos da 6404 nos diz que os lucros podem ter a
seguinte destinao:
Absoro de prejuzos
Reservas de Lucros
Aumento de Capital
Distribuio de Dividendos
A absoro de prejuzos obrigatria e precede qualquer outra destinao.
6404 - Art. 189 - Do resultado do exerccio sero deduzidos, antes de qualquer participao, os prejuzos acumulados e a proviso para o Imposto sobre a Renda. O prejuzo do exerccio ser obrigatoriamente absorvido pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem. No se preocupem agora com a questo das reservas e dos dividendos, pois
sero tratados em aulas futuras.
9 - Escriturao
A escriturao contbil segue normas dispersas em vrios dispositivos. Vamos
dar uma passada pelos principais.
6404
Art. 177. A escriturao da companhia ser mantida em registros
permanentes, com obedincia aos preceitos da legislao comercial e desta
Lei e aos princpios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar
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mtodos ou critrios contbeis uniformes no tempo e registrar as mutaes
patrimoniais segundo o regime de competncia.
As demonstraes financeiras do exerccio em que houver modificao de
mtodos ou critrios contbeis, de efeitos relevantes, devero indic-la em
nota e ressaltar esses efeitos.
A companhia observar exclusivamente em livros ou registros auxiliares,
sem qualquer modificao da escriturao mercantil e das demonstraes
reguladas nesta Lei, as disposies da lei tributria, ou de legislao
especial sobre a atividade que constitui seu objeto, que prescrevam,
conduzam ou incentivem a utilizao de mtodos ou critrios contbeis
diferentes ou determinem registros, lanamentos ou ajustes ou a elaborao
de outras demonstraes financeiras.
As demonstraes financeiras das companhias abertas observaro, ainda, as
normas expedidas pela Comisso de Valores Mobilirios e sero
obrigatoriamente submetidas a auditoria por auditores independentes nela
registrados.
As demonstraes financeiras sero assinadas pelos administradores e por
contabilistas legalmente habilitados.
As normas expedidas pela CVM devero ser elaboradas em consonncia com
os padres internacionais de contabilidade adotados nos principais
mercados de valores mobilirios.
As companhias fechadas podero optar por observar as normas sobre
demonstraes financeiras expedidas pela CVM para as companhias abertas.
Cdigo civil
O empresrio e a sociedade empresria so obrigados a seguir um sistema de
contabilidade, mecanizado ou no, com base na escriturao uniforme de seus
livros, em correspondncia com a documentao respectiva, e a levantar
anualmente o balano patrimonial e o de resultado econmico.
So exceo a essa determinao:
empresrio rural
empresrio de pequeno porte
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Os optantes pelo Simples Nacional podero, opcionalmente, adotar
contabilidade simplificada para os registros e controles das suas operaes.
Caso o faam tero obrigatoriamente que manter o livro caixa com toda a
escriturao financeira, incluindo movimento em bancos.
Livros Obrigatrios
caixa (para Simples Nacional e lucro presumido)
dirio (exigido pelo cdigo civil)
lalur (legislao do IR)
registros de aes
razo
outros exigidos pela administrao tributria
Livro Dirio registra todos os eventos
obrigatrio
principal (completo)
cronolgico
pode ser substitudo por escriturao mecanizada (fichas) ou eletrnica
No dirio sero lanadas, com individuao, clareza e caracterizao do
documento respectivo, dia a dia, por escrita direta ou reproduo, todas as
operaes relativas ao exerccio da empresa.
Admite-se a escriturao resumida do dirio, com totais que no excedam
o perodo de trinta dias, relativamente a contas cujas operaes sejam
numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento, desde que
utilizados livros auxiliares regularmente autenticados, para registro
individualizado, e conservados os documentos que permitam a sua perfeita
verificao.
O BP e a DRE sero lanados no dirio.
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Livro razo registra todas as contas
Facultativo pelo cdigo civil
Obrigatrio pela legislao do IR para Lucro Real e pelo CFC
Principal registra todos os fatos contbeis
Sistemtico separao por conta e data
Dipensado de registros e autenticaes nos rgos competentes
Todas as contas do lanamento so discriminadas
Livro Caixa
Facultativo, exceto para optantes pelo Simples Nacional ou pelo Lucro
Presumido que no queiram manter escriturao especfica para o IR.
Dever conter toda a movimentao financeira, inclusive bancria.
9.1 - Caractersticas da escriturao
Formalidades intrnsecas (escrita):
em idioma e em moeda corrente nacionais;
em forma contbil;
em ordem cronolgica de dia, ms e ano;
com ausncia de espaos em branco, entrelinhas, borres, rasuras ou
emendas; e
com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta,
em elementos que comprovem ou evidenciem fatos contbeis.
Formalidades extrnsecas (apresentao):
Os livros contbeis obrigatrios, entre eles o livro dirio e o livro razo, em
forma no digital, devem revestir-se de formalidades extrnsecas, tais como:
serem encadernados;
terem suas folhas numeradas sequencialmente;
conterem termo de abertura e de encerramento assinados pelo titular ou
representante legal da entidade e pelo profissional da contabilidade
regularmente habilitado no conselho regional de contabilidade.
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Os livros contbeis obrigatrios, entre eles o livro dirio e o livro razo, em
forma digital, devem revestir-se de formalidades extrnsecas, tais como:
serem assinados digitalmente pela entidade e pelo profissional da
contabilidade regularmente habilitado;
serem autenticados no registro pblico competente.
Vamos esclarecer uma contradio no que diz respeito ao Livro Razo!
A legislao do IR dispensa qualquer tipo de autenticao para o Lalur
e o Razo.
Porm, temos que atentar para os dispositivos do cdigo civil e da
resoluo 1330 do CFC. Vamos v-los:
Cdigo Civil - Art. 1181. Salvo disposio especial de lei, os livros
obrigatrios e, se for o caso, as fichas, antes de postos em uso, devem ser
autenticados no Registro Pblico de Empresas Mercantis.
Logo, como o IR dispensou, Lalur e Razo, embora obrigatrios, fogem da
obrigatoriedade da autenticao.
Ocorre que o CFC, na resoluo 1330/2011, que trata da escriturao, traz
uma informao diferente:
Os livros contbeis obrigatrios, entre eles o Livro Dirio e o Livro Razo, em
forma no digital, devem revestir-se de formalidades extrnsecas, tais como:
serem encadernados;
terem suas folhas numeradas sequencialmente;
conterem termo de abertura e de encerramento assinados pelo titular ou
representante legal da entidade e pelo profissional da contabilidade
regularmente habilitado no Conselho Regional de Contabilidade.
Os livros contbeis obrigatrios, entre eles o Livro Dirio e o Livro Razo, em
forma digital, devem revestir-se de formalidades extrnsecas, tais como:
serem assinados digitalmente pela entidade e pelo profissional da
contabilidade regularmente habilitado;
serem autenticados no registro pblico competente.
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Em caso de escriturao contbil em forma digital, no h necessidade de
impresso e encadernao em forma de livro, porm o arquivo magntico
autenticado pelo registro pblico competente deve ser mantido pela
entidade.
Logo, segundo entendimento do CFC, o razo, quando em formato digital,
deve, sim, ser autenticado.
Levemos as duas informaes para a prova e, caso haja tal questo, veremos
na hora o que est sendo pedido.
9.2 - Erros e correes da escriturao
Erros comuns
Valor - Lanamento de valor errado
Ttulo Utilizao da conta errada
Inverso Troca da natureza do lanamento. Dbito onde era crdito e
vice versa.
Duplicidade Lanar duas vezes a mesma coisa.
Omisso Falta do lanamento.
Histrico Registro incorreto do histrico.
Formas de correo
Estorno anulao do lanamento errado por intermdio de um
lanamento invertido.
Complementao Novo lanamento para complementar o que foi
lanado a menor (complementao positiva) ou a maior
(complementao negativa ou estorno parcial).
Transferncia Quando se erra a conta, faz-se um novo lanamento
transferindo o valor para a conta correta.
Ressalva correo de erro de histrico.
Muito bem!
Por hoje, basta de teoria. Vamos treinar!
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Exerccios Resolvidos
1 Esaf 2013 MF Contador - Considerando que a movimentao contbil sempre ocorre em forma de equao, para que as origens de recursos sejam iguais sua aplicao, organize os seguintes elementos segundo os critrios de dbito e crdito. Aumentos de ativo R$ 1.000,00 Aumentos de passivo R$ 1.200,00 Bens existentes R$ 2.000,00 Consumos realizados R$ 700,00 Direitos a receber R$ 1.500,00 Ganhos e rendas obtidos R$ 950,00 Obrigaes a pagar R$ 2.150,00 Redues de ativo R$ 450,00 Redues de passivo R$ 800,00 Situao Lquida anterior R$ 1.350,00 Considerando que todo o movimento contbil dessa entidade est expresso na relao acima, pode-se dizer que o item que a completar ser a) dbito no valor de R$ 100,00. b) crdito no valor de R$ 100,00. c) dbito no valor de R$ 50,00. d) crdito no valor de R$ 50,00. e) reduo de caixa no valor de R$ 50,00. Quando o examinador diz que devemos considerar que aplicaes so iguais s origens, nada mais quer dizer do que: os lanamentos a dbito devem ser iguais aos lanamentos a crdito, ou os saldos devedores devem ser iguais aos saldos credores, ou, ainda, que devemos observar o mtodo das partidas dobradas. Ento, nesse tipo de questo, devemos classificar os saldos, ou os lanamentos e ver qual o valor que est faltando para igualar dbito e crdito. Vamos l! D Redues de passivo R$ 800,00 D Direitos a receber R$ 1.500,00 D Consumos realizados R$ 700,00 D Bens existentes R$ 2.000,00 D Aumentos de ativo R$ 1.000,00 C Situao Lquida anterior R$ 1.350,00 C Redues de ativo R$ 450,00 C Obrigaes a pagar R$ 2.150,00 C Ganhos e rendas obtidos R$ 950,00 C Aumentos de passivo R$ 1.200,00 Somando temos: 6000 de Dbito 6100 de Crdito
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Para fechar os lanamentos, precisamos de um dbito de 100,00. Gaba: A 2 Esaf 2013 MF Contador - Na data de encerramento do exerccio social, a empresa ABN S.A. apresentou a seguinte relao de contas e saldos constantes do seu livro Razo: Contas Saldos Capital Social 18.000,00 Receitas de Vendas 16.500,00 Duplicatas a Receber 14.000,00 Duplicatas a Pagar 13.000,00 Clientes 12.000,00 Fornecedores 11.000,00 Mveis e Utenslios 10.000,00 Veculos 9.000,00 Bancos c/Movimento 8.500,00 Custo das Vendas 6.800,00 Reserva Legal 6.300,00 Emprstimos Obtidos 6.000,00 Mercadorias 5.000,00 Aes de Coligadas 4.300,00 Salrios e Ordenados 4.200,00 Proviso p/Frias 3.500,00 Descontos Concedidos 3.200,00 Depreciao Acumulada 2.900,00 Aluguis Ativos 2.500,00 Depreciao 2.100,00 Capital a Realizar 1.800,00 Juros Ativos 1.500,00 Caixa 1.500,00 Proviso p/Devedores Duvidosos 1.100,00 Proviso p/IR 1.000,00 Devedores Duvidosos 900,00 Ao mandar elaborar um balancete geral de verificao a partir dos saldos acima, a empresa encontrar saldos devedores no valor de a) R$ 83.300,00. b) R$ 81.500,00. c) R$ 80.400,00. d) R$ 79.300,00. e) R$ 77.500,00. Essa questo semelhante anterior, pois vimos que a funo do balancete de verificao garantir que o valor total dos dbitos seja igual ao valor total dos crditos. Em um balancete fechado, o saldo deve ser zero. Vamos classificar os saldos e, para que possam ir fixando, veremos tambm a que grupo pertence cada conta (nem pensem em fazer isso na prova): W
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D Ativo - Veculos 9.000,00 D Despesa - Salrios e Ordenados 4.200,00 D Ativo - Mveis e Utenslios 10.000,00 D Ativo - Mercadorias 5.000,00 D Despesa - Duplicatas a Receber 14.000,00 D Despesa - Devedores Duvidosos 900,00 D Despesa - Descontos Concedidos 3.200,00 D Despesa - Depreciao 2.100,00 D Despesa - Custo das Vendas 6.800,00 D Ativo - Clientes 12.000,00 D Ret Passivo - Capital a Realizar 1.800,00 D Ativo - Caixa 1.500,00 D Ativo - Bancos c/Movimento 8.500,00 D Ativo - Aes de Coligadas 4.300,00 C PL - Reserva Legal 6.300,00 C Receita - Receitas de Vendas 16.500,00 C Passivo - Proviso p/IR 1.000,00 C Passivo - Proviso p/ Frias 3.500,00 C Ret Ativo - Proviso p/ Devedores Duvidosos 1.100,00 C Receita - Juros Ativos 1.500,00 C Passivo - Fornecedores 11.000,00 C Passivo - Emprstimos Obtidos 6.000,00 C Passivo - Duplicatas a Pagar 13.000,00 C Ret ativo - Depreciao Acumulada 2.900,00 C PL - Capital Social 18.000,00 C Receita - Aluguis Ativos 2.500,00 Somando, vemos que temos 83300 em crditos e 83300 em dbitos. Neste caso, o balancete est fechado, ou seja, dbitos iguais a crditos. Na maioria das vezes, quando se fala em balancete elaborado no encerramento do exerccio, ele aparece fechado. Poder-se-ia resolver esta questo somando todos os saldos e dividindo por 2, e chegaramos ao resultado sem ter que classificar as contas. Contudo, no se pode confiar que o balancete est fechado, a no ser que o enunciado diga isso expressamente. Esse um artifcio a ser utilizado apenas em situaes de emergncia, numa tentativa de salvar a questo. Gaba: A 3 Esaf 2012 MDIC - Em relao ao patrimnio, objeto da contabilidade, correto afirmar que a) o ativo patrimonial composto dos bens, direitos e obrigaes de uma pessoa fsica ou jurdica. b) o patrimnio lquido pode ser entendido como sendo a diferena entre o valor do ativo e o valor do passivo de um patrimnio. c) se calcularmos os direitos reais e os direitos pessoais pertencentes a uma entidade, estaremos calculando o ativo patrimonial dessa entidade.
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d) o capital social de um empreendimento comercial o montante de recursos aplicados em seu patrimnio. e) o montante dos bens e dos direitos de uma pessoa fsica ou jurdica tem o mesmo valor de seu passivo real. Letra A, errada. O ativo s possui bens e direitos. As obrigaes esto no passivo. Letra B, errada, segundo a Esaf. Pessoal, houve muita discusso a respeito dessa alternativa. Eu tambm a considero correta, e mais do que isso, um abuso da banca. Foram muitos recursos, mas a Esaf no cedeu. Enfim, so gracinhas que o examinador insere na questo, em desrespeito total ao candidato. Todo mundo sabe que o PL a diferena entre o valor do ativo e o valor do passivo (considerando somente o passivo exigvel, nesse caso). Pois bem, o examinador apegou-se ao caso do PL negativo, ou situao lquida negativa, na qual, segundo ele, no existiria PL. No vamos ficar discutindo, vejamos a resposta da banca aos recursos. Segue a prola, lembrando que de domnio pblico: Os candidatos recorrem deste enunciado alegando que h duas alternativas de resposta corretas: a de letra c que est inquestionavelmente correta, e a de letra b que, segundo entendem, tambm responderia ao quesito. Na verdade a frase b o patrimnio lquido pode ser entendido como sendo a diferena entre o valor do ativo e o valor do passivo de um patrimnio, s verdadeira quando o patrimnio lquido for positivo, maior que zero. Se o valor do ativo for igual ao valor do passivo, no haver patrimnio lquido. Da mesma forma, se o valor do ativo for menor que o valor do passivo, no haver patrimnio lquido. A o patrimnio lquido estar valendo menos que zero e dever ser chamado de passivo a descoberto, para representar a situao deficitria da entidade. Alguns recorrentes se estendem em argumentar com explicaes expressas em normas, tais como a) Ativo um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefcios econmicos para a entidade; b) passivo uma obrigao presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidao se espera que resulte na sada de recursos da entidade capazes de gerar benefcios econmicos; c) patrimnio lquido o interesses residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. Mas esquecem que esse interesse residual s existe se for maior que zero. Se ele for zero, ou se for negativo, se o ativo no superar o passivo, esse interesse residual no existir, pois no haver Patrimnio Lquido. Isso da essncia da chamada Esttica Patrimonial. Por estas razes entendo que no procedem os argumentos apresentados e mantenho a questo como foi formulada.
Muito bem, concordaria, at, com a justificativa de que, em caso de situao lquida negativa, no existe PL (na verdade ele existe sim, s que seu valor somado ao ativo, no cobre o passivo). Porm, se a questo estava ruim, o parecer ficou ainda pior. Quem o redigiu ignorou que a alternativa fala em pode ser entendido, e ele mesmo diz que a frase verdadeira quando o PL for positivo, logo, a alternativa se torna verdadeira nessa situao, ou seja pode acontecer. Lamentvel.
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5 Esaf 2012 MDIC - O lanamento de terceira frmula chamado de lanamento composto porque formado de: a) duas contas devedoras e duas contas credoras. b) duas contas devedoras e uma conta credora. c) uma conta devedora e duas ou mais contas credoras. d) duas ou mais contas devedoras e duas ou mais contas credoras. e) duas ou mais contas devedoras e uma conta credora. Lanamento de 3 Frmula (2 - 1 ou n - 1)
Envolve duas ou mais contas debitada e uma creditada.
11 12 21 22 Gaba: E 6 Esaf 2012 MDIC - O lanamento contbil apropriado para registrar o pagamento de duplicatas no valor de R$ 2.800,00, com descontos de 15%, o que segue abaixo: a) Diversos
a Caixa Duplicatas a Pagar 2.380,00 Descontos Ativos 420,00 2.800,00
b) Caixa a Diversos a Duplicatas a Pagar 2.380,00 a Descontos Ativos 420,00 2.800,00
c) Diversos a Duplicatas a Pagar Caixa 2.380,00 Descontos Passivos 420,00 2.800,00
d) Duplicatas a Pagar a Diversos a Caixa 2.380,00 a Descontos Ativos 420,00 2.800,00
e) Duplicatas a Pagar a Diversos a Caixa 2.380,00 a Descontos Passivos 420,00 2.800,00
A entidade vai pagar uma dvida e obteve um desconto. Esse desconto deve ser contabilizado como receita. Alm disso, damos baixa em contas a pagar e retiramos dinheiro do caixa. Vamos ver como fica o lanamento. Valor da duplicata 2800 15% 420 We
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Lanamento D Duplicatas a pagar 2800 C Caixa 2380 C Receita com Descontos Ativos 420
Desconto ativo um desconto que a entidade obteve a seu favor. Desconto passivo um desconto que a entidade concedeu. Esse lanamento tambm pode ser escrito na forma mostrada na letra D. Gaba: D 7 Esaf 2012 MDIC - Observe as seguintes sugestes de lanamento e assinale a opo incorreta. a) Compras a Diversos a Caixa a Fornecedores Neste lanamento est sendo contabilizada uma operao de compra de mercadorias a prazo com entrada, sem impostos. b) Diversos a Caixa Fornecedores Juros Neste lanamento est sendo contabilizado um pagamento de dvidas com juros. c) Diversos a Vendas Clientes Impostos a Recuperar Neste lanamento est sendo contabilizada uma venda a prazo com ICMS. d) Fornecedores a Diversos a Caixa a Descontos Neste lanamento est sendo contabilizado um pagamento de dvidas com descontos. e) Caixa a Diversos a Clientes a Juros Neste lanamento est sendo contabilizado um recebimento de crditos com juros. Vou escrever os lanamentos de outra maneira para fixarmos como funciona essa forma explorada pela Esaf.
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a) - Compra de mercadorias a prazo por 100, com entrada de 20, sem imposto D Compras (Estoque) 100 C Caixa 20 C Fornecedores 80 b) - Pagamento de dvida de 100, com juros de 30 D Fornecedores 100 D Despesas de juros 30 C Caixa 130 c) - Venda a prazo de 100, com ICMS de 25 Esse o lanamento errado. Vamos ver o que a alternativa mostra: D Clientes D Imposto a Recuperar C Receita de vendas Os lanamentos corretos para esse caso seriam: Pela Venda: D Clientes (Contas a receber) C Receita de vendas 100 Pelo registro do imposto: D Despesas ICMS C ICMS a pagar 25 d) - Pagamento de dvida de 200 com desconto de 50 D Fornecedores 200 C Caixa 150 C Descontos (receita) 50 e) Recebimento de crditos de 100 com juros.de 30 D Caixa 130 C Clientes 100 C Juros (receita) 30 Gaba: C 8 Esaf 2012 MDIC - Estes so alguns ttulos contbeis constantes no plano de contas da empresa. Com base neles indique a opo incorreta. Mercadorias Imveis em Construo Capital a Realizar Receita de Vendas Custo das Mercadorias Vendidas Fornecedores Impostos a Recolher W
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Impostos Juros Ativos Juros Passivos Juros Ativos a Vencer Juros Passivos a Vencer Juros a Pagar Juros a Receber Entre os ttulos listados acima, podemos identificar: a) quatro contas componentes do ativo patrimonial. b) cinco contas componentes da situao lquida patrimonial. c) seis contas de origem de recursos. d) seis contas de saldo credor. e) oito contas de saldo devedor. Vamos classificar as contas quanto ao saldo (D ou C), origem e aplicao (Or ou Ap) e grupo de elementos (A, P, PL Rec, Desp). 1 D Ap A Mercadorias 2 D Ap A Imveis em Construo 3 D Ap PL Capital a Realizar 4 C Or Rec Receita de Vendas 5 D Ap Desp Custo das Mercadorias Vendidas 6 C Or P Fornecedores 7 C Or P Impostos a Recolher 8 D Ap Desp Impostos 9 C Or Rec Juros Ativos 10 D Ap Desp Juros Passivos 11 C Or P Juros Ativos a Vencer (receita antecipada) 12 D Ap A Juros Passivos a Vencer (despesa antecipada) 13 C Or P Juros a Pagar 14 D Ap A Juros a Receber Letra A, correta. Itens 1, 2, 12 e 14. Letra B, errada. Apenas o item 3 do PL. Letra C, correta. Itens 4,6,7,9,11 e 13. Letra D, correta. Itens 4,6,7,9,11 e 13 Letre E, correta. Itens 1,2,3,5,8,10,12,14 Gaba: B 9 Esaf 2012 MDIC - O lanamento contbil apropriado para registrar o recebimento de notas promissrias no valor de R$ 400,00 com descontos de 8% o que segue abaixo: a) Diversos
a Ttulos a Receber Caixa 368,00 Descontos Passivos 32,00 400,00
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b) Caixa a Diversos a Ttulos a Receber 368,00 a Descontos Ativos 32,00 400,00
c) Diversos a Caixa Ttulos a Receber 368,00 Descontos Passivos 32,00 400,00
d) Caixa a Diversos a Ttulos a Receber 400,00 a Descontos Ativos 32,00 432,00
e) Diversos a Caixa Ttulos a Receber 400,00 Descontos Passivos 32,00 432,00
Notas promissrias so ttulos que representam obrigao para o emitente e direito para o credor. No caso da questo, a entidade a credora dos ttulos e vai receber concedendo um desconto que, para ela, representa uma despesa financeira. Lanamento.
D Caixa 368 D Descontos passivos (despesa) 32 C Ttulos a receber (Notas Promissrias) 400
Esse o lanamento que est representado na letra A. Gaba: A 10 Esaf 2012 ATRFB - A firma Equacionada S.A. apurou o seu patrimnio em 2011, computando os saldos iniciais e a movimentao do exerccio. Disto resultaram os valores abaixo listados: Bens R$ 200.000,00 Direitos R$ 150.000,00 Obrigaes R$ 215.000,00 Situao Lquida R$ 135.000,00 Aumentos de ativo R$ 100.000,00 Aumentos de passivo R$ 120.000,00 Redues de ativo R$ 45.000,00 Redues de passivo R$ 80.000,00 Obteno de ganhos e rendas R$ 95.000,00 Realizao de consumos R$ 70.000,00 Considerando que todo o movimento contbil dessa entidade est expresso na equao acima, pode-se dizer que o item que a completa ser um aumento de: W
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a) Aplicao no valor de R$ 10.000,00. b) Origem no valor de R$ 10.000,00. c) Aplicao no valor de R$ 5.000,00. d) Origem no valor de R$ 5.000,00. e) Reduo de origens no valor de R$ 5.000,00. Questo semelhante primeira que resolvemos hoje. Dbitos = Crditos, Aplicaes = Origens. Partidas Dobradas. Vamos classificar: D Ap Redues de passivo R$ 80.000,00 D Ap Realizao de consumos R$ 70.000,00 - Despesa D Ap Direitos R$ 150.000,00 D Ap Bens R$ 200.000,00 D Ap Aumentos de ativo R$ 100.000,00 C Or Situao Lquida R$ 135.000,00 - PL C Or Redues de ativo R$ 45.000,00 C Or Obteno de ganhos e rendas R$ 95.000,00 - Receita C Or Obrigaes R$ 215.000,00 C Or Aumentos de passivo R$ 120.000,00 Aplicaes: 600 000 Origens: 610 000 Para fecharmos, falta um aumento em aplicaes de 10000, ou seja, um dbito. Gaba: A 11 Esaf 2012 ATRFB - A companhia Metalgrosso S.A. apresenta como extrato de seu Livro Razo, em 31.12.2011, a seguinte relao de contas e respectivos saldos: Contas saldos 01 - Aes de Coligadas 60 02 - Aes em Tesouraria 10 03 - Aluguis Passivos 32 04 - Amortizao Acumulada 25 05 - Bancos c/ Movimento 100 06 - Caixa 80 07 - Capital a Realizar 45 08 - Capital Social 335 09 - Clientes 120 10 - Comisses Ativas 46 11 - Custo das Vendas 200 12 - Depreciao 28 13 - Depreciao Acumulada 45 14 - Descontos Concedidos 18
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15 - Descontos Obtidos 17 16 - Despesas de Organizao 90 17 - Duplicatas a Receber 85 18 - Duplicatas a Pagar 115 19 - Duplicatas Descontadas 35 20 - Fornecedores 195 21 - Mquinas e Equipamentos 130 22 - Mercadorias 145 23 - Mveis e Utenslios 40 24 - Obrigaes Trabalhistas 18 25 - Prmio de Seguros 40 26 - Prejuzos Acumulados 12 27 - Proviso para Devedores Duvidosos 30 28 - Proviso para Imposto de Renda 22 29 - Receitas de Vendas 350 30 - Reservas de Capital 65 31 - Reservas de Lucro 125 32 - Salrios e Ordenados 60 33 - Seguros a Vencer 28 34 - Ttulos a Pagar 20 35 - Veculos 180 Elaborando um balancete de verificao com os saldos acima, certamente encontraremos saldos credores no montante de a) R$ 1.065,00. b) R$ 1.308,00. c) R$ 1.338,00. d) R$ 1.373,00. e) R$ 1.443,00. Vamos ver o saldo do balancete, classificando os saldos das contas e, para que possam ir fixando, veremos tambm a que grupo pertence cada uma delas: D Ret PL - Prejuzos Acumulados 12 D Ret PL - Capital a Realizar 45 D Ret PL - Aes em Tesouraria 10 D Despesa - Salrios e Ordenados 60 D Despesa - Prmio de Seguros 40 D Despesa - Despesas de Organizao 90 D Despesa - Descontos Concedidos 18 D Despesa - Depreciao 28 D Despesa - Custo das Vendas 200 D Despesa - Aluguis Passivos 32 D Ativo - Veculos 180 D Ativo - Seguros a Vencer 28 despesa antecipada D Ativo - Mveis e Utenslios 40 D Ativo - Mercadorias 145 D Ativo - Mquinas e Equipamentos 130 W
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D Ativo - Duplicatas a Receber 85 D Ativo - Clientes 120 D Ativo - Caixa 80 D Ativo - Bancos c/ Movimento 100 D Ativo - Aes de Coligadas 60 C Ret Ativo - Proviso para Devedores Duvidosos 30 C Ret Ativo - Depreciao Acumulada 45 C Ret Ativo - Amortizao Acumulada 25 C Receita - Receitas de Vendas 350 C Receita - Descontos Obtidos 17 C Receita - Comisses Ativas 46 C PL - Reservas de Lucro 125 C PL - Reservas de Capital 65 C PL - Capital Social 335 C Passivo - Ttulos a Pagar 20 C Passivo - Proviso para Imposto de Renda 22 C Passivo - Fornecedores 195 C Passivo - Duplicatas Descontadas 35 C Passivo - Duplicatas a Pagar 115 C Passivo - Obrigaes Trabalhistas 18 (a pagar) Muito bem. Para que a questo seja resolvida a contento, a conta Obrigaes Trabalhistas tem que ser considerada uma conta a pagar e classificada no passivo. Nada nos garante que ela no uma conta de Despesa (no caso j teria sido paga). A nica certeza que temos de que as outras contas que classificamos como credoras, so credoras sem nenhuma dvida, e a soma delas j chega a 1425. Esse valor no existe entre as alternativas, mas existe somente um maior do que ele, que o valor de 1443. Voc poderia marc-lo de cara, ou procurar uma conta problemtica com o valor de 18. Ao fazer isso encontraria a conta de Obrigaes Trabalhistas, que, pelo nome ambguo, pode ser um passivo, mas tambm poderia ser uma despesa. No caso vimos que passivo. Atente para o fato que nesse caso no adiantaria somar tudo e dividir por dois. Gaba: E 12 Esaf 2012 AFRFB - O balancete de verificao evidencia a) os estornos efetuados no perodo. b) a configurao e classificao correta dos itens contbeis. c) a igualdade matemtica dos lanamentos efetuados no perodo. d) o registro dos movimentos individuais das contas contbeis no perodo. e) os lanamentos do perodo, quando efetuados de forma correta no perodo.
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Balancete de Verificao
O balancete de verificao uma ferramenta utilizada para verificar se o total de dbitos est igual ao total de crditos, ou seja, se as partidas dobradas foram obedecidas e se os lanamentos foram feitos corretamente do ponto de vista dos valores lanados. Gaba: C 13 Esaf 2010 Susep - No fim do perodo, o Contador pode observar que, por um lamentvel lapso, seu estoque final de mercadorias foi subavaliado. Um engano dessa natureza necessariamente provocou uma a) superavaliao do Custo das Mercadorias Vendidas do exerccio. b) superavaliao do Lucro Lquido do exerccio. c) diminuio da Receita Lquida do exerccio. d) subavaliao do Custo das Mercadorias Vendidas do exerccio. e) subavaliao do Estoque Inicial deste exerccio. Vamos l. O meu estoque est subavaliado. Ele vale 2 e est reconhecido por 1. Vamos ver o que acontece com as outras contas: CMV Se o estoque est menor do que devia ter sido, o CMV do perodo est maior. Supondo que o CMV do perodo est em 10, se ele tivesse sido 9, eu teria 2 em estoque (valor correto) e no 1, como tenho hoje. Lucro Lquido Est subavaliado. Se meu estoque fosse maior, meu lucro tambm seria maior. Receita Lquida - depende de outros fatores. Estoque inicial Nada tem a ver com esse caso, haja vista que se detectou erro ao fim do perodo e no estoque final. Alternativa A a correta. Gaba: A 14 Esaf 2010 ISS RJ - A Companhia das Lavras recebeu um ttulo de 6.500,00 fora da data de vencimento e, por isso, cobrou encargos financeiros de 6%. O recebimento ocorreu em cheque do Banco do Brasil S/A. Ao contabilizar o evento, a Companhia das Lavras dever fazer o seguinte lanamento: a) Bancos conta Movimento a Diversos a Ttulos a Receber 6.500,00 a Receitas Financeiras 390,00 6.890,00 We
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b) Caixa a Diversos a Ttulos a Receber 6.500,00 a Receitas Financeiras 390,00 6.890,00 c) Diversos a Bancos conta Movimento Ttulos a Receber 6.500,00 Receitas Financeiras 390,00 6.890,00 d) Diversos a Ttulos a Receber Caixa 6.110,00 Receitas Financeiras 390,00 6.500,00 e) Bancos conta Movimento a Ttulos a Receber 6.890,00 A Entidade tem um ttulo de 6500. O cliente paga em atraso, com juros de 6%. Vamos dar baixa no ttulo e reconhecer a entrada do dinheiro. 6500 6% = 390 Total pago = 6890 Vamos ao lanamento:
D Caixa 6890 C Ttulo a receber 6500 C Receita Financeira 390
Professor, por que no pode ser a letra A? Porque a Esaf adora fazer essa pegadinha!!! Pagamento recebido em cheque registrado a dbito na conta caixa, e no na conta bancos conta movimento. Se a questo dissesse que o cliente pagou em cheque no banco, a sim, seria utilizada a conta bancos. Na questo no est explcito que o pagamento foi feito na entidade, mas podem acreditar, isso que a Esaf quer que voc responda. No briguem com a banca. Ento:
Recebimentos em cheque no estabelecimento da entidade so reconhecidos a dbito da conta caixa Quando a entidade deposita o cheque, creditamos o caixa e debitamos a conta bancos. Se o cliente deposita o cheque direto no banco, a o dbito direto na conta bancos.
Gaba: B
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15 Esaf 2010 ISS RJ - A seguinte relao de contas e saldos foi extrada do livro Razo de determinada empresa, no dia do encerramento do exerccio social: C o n t a s S a l d o s Caixa 100,00 Capital Social 300,00 Clientes 140,00 Aluguis a Receber 40,00 Aluguis Ativos 65,00 Duplicatas a Receber 160,00 Mercadorias 180,00 ICMS a Recuperar 30,00 IPI a Recolher 15,00 Despesas a Pagar 35,00 Mveis e Utenslios 200,00 Receitas de Vendas 220,00 Veculos 350,00 Despesas a Vencer 60,00 Receitas a Receber 80,00 Aluguis Passivos 50,00 Salrios 70,00 Fornecedores 280,00 Proviso p/Ajuste de Estoques 18,00 Proviso p/Imposto de Renda 62,00 Duplicatas a Pagar 230,00 Duplicatas Descontadas 70,00 Aluguis a Pagar 25,00 Depreciao Acumulada 110,00 Custo das Mercadorias Vendidas 120,00 Reserva Legal 50,00 Somatrio 3.060,00 Ao elaborar um balancete de verificao com as contas acima, podemos ver que: a) o balancete est fechado com o saldo de R$ 1.530,00. b) o balancete no fecha, pois o saldo devedor R$ 200,00, a maior. c) o saldo credor de apenas R$ 1.465,00. d) o saldo devedor de apenas R$ 1.382,00. e) para fechar o balancete, faltam R$ 100,00 no crdito. Vamos ver o saldo do balancete, classificando os saldos das contas e, para que possam ir fixando, veremos tambm a que grupo pertence cada uma delas:
D Despesa - Salrios 70,00 D Despesa - Custo das Mercadorias Vendidas 120,00 D Despesa - Aluguis Passivos 50,00 D Ativo - Veculos 350,00 D Ativo - Receitas a Receber 80,00 W
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D Ativo - Mveis e Utenslios 200,00 D Ativo - Mercadorias 180,00 D Ativo - ICMS a Recuperar 30,00 D Ativo - Duplicatas a Receber 160,00 D Ativo - Despesas a Vencer 60,00 D Ativo - Clientes 140,00 D Ativo - Caixa 100,00 D Ativo - Aluguis a Receber 40,00 Total de Dbitos: 1580,00 C Ret Ativo - Proviso p/Ajuste de Estoques 18,00 C Ret Ativo - Depreciao Acumulada 110,00 C Receita - Receitas de Vendas 220,00 C Receita - Aluguis Ativos 65,00 C PL - Reserva Legal 50,00 C PL - Capital Social 300,00 C Passivo - Proviso p/Imposto de Renda 62,00 C Passivo - IPI a Recolher 15,00 C Passivo - Fornecedores 280,00 C Passivo - Duplicatas Descontadas 70,00 C Passivo - Duplicatas a Pagar 230,00 C Passivo - Despesas a Pagar 35,00 C Passivo - Aluguis a Pagar 25,00 Total de crditos 1480,00
Somatrio D e C 3.060,00
Notem que o balancete no estava fechado! Se houvssemos pegado o valor do total e divido-o por 2, teramos errado a questo. Dbitos: 1580 Crditos: 1480 Para fechar, falta um crdito de 100. Gaba: E 16 Esaf 2010 CVM - Aponte abaixo a opo que contm uma assertiva incorreta. a) Ativo um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefcios econmicos para a entidade. b) Passivo uma obrigao presente da entidade, derivada de eventos j ocorridos, cuja liquidao se espera que resulte em sada de recursos capazes de gerar benefcios econmicos para a entidade. c) Patrimnio Lquido o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os resultados.
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d) Muitos ativos tm uma substncia fsica. Entretanto, substncia fsica no essencial existncia de um ativo. e) Muitos ativos esto ligados a direitos legais, inclusive a direito de propriedade. Ao determinar a existncia de um ativo, entretanto, o direito de propriedade no essencial. Recordando: Ativo um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefcios econmicos para a entidade. Passivo uma obrigao presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidao se espera que resulte na sada de recursos da entidade capazes de gerar benefcios econmicos; Patrimnio Lquido o interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. O examinador montou uma pequena armadilha na letra C, tornando-a incorreta. As demais alternativas esto corretas. Aproveitem e no deixem de estud-las. Gaba: C 17 Esaf 2010 CVM - A empresa Material de Construes Ltda. adquiriu 500 sacos de argamassa Votoram, de 20 kg cada um, ao custo unitrio de R$1,00 o quilo, pagando 15% de entrada e aceitando duplicatas pelo valor restante. A operao foi isenta de tributao. Do material comprado, 10% sero para consumo posterior da prpria empresa e o restante, para revender. O registro contbil dessa transao , tipicamente, um lanamento de quarta frmula, e o fato a ser registrado um Fato Administrativo. a) composto aumentativo. b) composto diminutivo. c) modificativo aumentativo. d) modificativo diminutivo. e) permutativo. Lanamento:
D Estoque 10000 C Caixa 1500 C Duplicatas a pagar 8500
Muito bem! No houve conta de resultado nesse lanamento, logo, no houve alterao do PL, portanto um fato permutativo, entre contas do ativo, apenas. Aquela parte do enunciado que fala sobre qual vai ser a utilizao do material no interessa nesse caso. Gaba: E W
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18 Esaf 2010 CVM - Ao apurar o resultado no fim do perodo contbil, a empresa encontrou um lucro lquido, antes dos tributos sobre o lucro e das participaes, no montante de R$ 1.520,00. A planilha de custos trazida para compor o resultado do perodo continha juros relativos a dezembro de 2009, j pagos, no valor de R$ 125,00; juros relativos a janeiro de 2010, ainda no pagos, no valor de R$ 180,00; juros relativos a dezembro de 2009, ainda no pagos, no valor de R$ 160,00; juros relativos a janeiro de 2010, j pagos, no valor de R$ 200,00. Referida planilha j havia sido contabilizada segundo o regime de caixa. As demais contas estavam certas, com saldos j contabilizados, segundo o regime de competncia. A empresa, ento, mandou promover o registro contbil das alteraes necessrias para apresentar os eventos segundo o regime de competncia, em obedincia regulamentao vigente. Aps os lanamentos cabveis, o rdito do perodo passou a ser lucro de a) R$ 1.180,00 b) R$ 1.195,00 c) R$ 1.360,00 d) R$ 1.560,00 e) R$ 1.235,00 Vamos fazer os acertos necessrios para chegar ao novo valor do lucro, desconsiderando os efeitos dos valores da tal planilha que foram contabilizados no regime de caixa e considerando a apurao em 31/12/2009 pelo regime de competncia. Temos 4 eventos a considerar: 1 - Juros pagos, de 12/2009 125 Afetaram o resultado pelo regime de caixa e tambm afetaro pelo de competncia. No fazemos nada. 2 - Juros no pagos, de 01/2010 180 No afetaram o resultado pelo regime de caixa e tambm no afetaro pelo de competncia. No fazemos nada. 3 - Juros no pagos, de 12/2009 160 No afetaram o resultado pelo regime de caixa, mas afetaro pelo de competncia. Subtramos do resultado. 4 - Juros pagos, de 01/2010 200 Afetaram o resultado pelo regime de caixa, mas no afetaro pelo de competncia. Somamos ao resultado. Lucro apurado inicialmente: 1520 Acertos: 1520 - 160 + 200 = 1560 Gaba: D
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19 Esaf 2010 CVM - A empresa Comercial de Bolas e Balas Ltda. mandou elaborar um balancete de verificao com as seguintes contas e saldos constantes do livro Razo Geral: C o n t a s S a l d o s Caixa 13.000,00 Depreciao Acumulada 2.000,00 Ttulos a Pagar 80.000,00 Salrios e Ordenados 1.600,00 Bancos Conta Movimento 74.000,00 Receitas de Servios 14.400,00 Computadores e Perifricos 16.000,00 Despesas de Transporte 700,00 Salrios a Pagar 1.000,00 Capital Social 160.000,00 Proviso p/Crditos de Liquidao Duvidosa 600,00 Capital a Realizar 18.000,00 Duplicatas Descontadas 10.000,00 Proviso p/FGTS 800,00 Aluguis Passivos a Vencer 1.500,00 Imveis 110.000,00 Clientes 34.000,00 Elaborada referida pea contbil de acordo com a solicitao, foi constatado o fechamento do balancete com o seguinte saldo total: a) R$ 537.600,00 b) R$ 268.800,00 c) R$ 223.300,00 d) R$ 233.300,00 e) R$ 134.400,00 Vamos ver o saldo do balancete, classificando os saldos das contas e, para que possam ir fixando, veremos tambm a que grupo pertence cada uma delas: D Ret PL - Capital a Realizar 18.000,00 D Despesa - Salrios e Ordenados 1.600,00 D Despesa - Despesas de Transporte 700,00 D Ativo - Imveis 110.000,00 D Ativo - Computadores e Perifricos 16.000,00 D Ativo - Clientes 34.000,00 D Ativo - Caixa 13.000,00 D Ativo - Bancos Conta Movimento 74.000,00 D Ativo - Aluguis Passivos a Vencer 1.500,00 (desp. antecip.) Total a Dbito 268.800
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C Ret Ativo Prov Crditos de Liquidao Duvidosa 600,00 C Ret Ativo - Depreciao Acumulada 2.000,00 C Receita - Receitas de Servios 14.400,00 C PL - Capital Social 160.000,00 C Passivo - Ttulos a Pagar 80.000,00 C Passivo - Salrios a Pagar 1.000,00 C Passivo - Proviso p/FGTS 800,00 C Passivo - Duplicatas Descontadas 10.000,00 Total a Crdito 268.800 Muito bem! Na prova voc no faria nada disso. Como o examinador falou que o balancete estava fechado, bastava somar tudo e dividir por 2. Cuidado com as contas a vencer. No as confunda com as contas a pagar. Aluguel a vencer uma despesa que foi paga antecipadamente e ser reconhecida gradualmente por competncia. Aluguel a pagar uma despesa j incorrida e no paga. Gaba: B 20 Esaf 2009 Apofp SP - A empresa Servios e Comrcio S/A apurou os seguintes saldos para fins de elaborar o balancete geral de verificao: Contas Saldos (R$) Mercadorias 18.000,00 Vendas 54.000,00 Compras 23.000,00 ICMS a Recolher 6.500,00 Aes em Tesouraria 3.000,00 ICMS sobre Vendas 10.000,00 Duplicatas a Receber 14.000,00 Prmios de Seguros 1.700,00 Proviso para Devedores Duvidosos 200,00 Caixa 7.000,00 Duplicatas a Pagar 10.000,00 Aes de Coligadas 5.000,00 Fornecedores 15.000,00 Mveis e Utenslios 31.000,00 Proviso para Frias 1.500,00 Depreciao 6.000,00 Duplicatas Descontadas 9.000,00 Depreciao Acumulada 18.000,00 Fretes e Carretos 2.500,00 Salrios a Pagar 1.800,00 Salrios 8.800,00 Aluguis Ativos 1.200,00 Juros Passivos 700,00 Capital Social 20.000,00
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Capital a Realizar 4.000,00 Reserva Legal 600,00 Soma total 272.500,00 Sabendo-se que eventuais diferenas no balanceamento, aqui toleradas para fins didticos, podem ser atribudas a lucros ou perdas anteriores, pode-se afirmar que as contas supralistadas apresentam a) saldo devedor de R$ 100.500,00. b) saldo credor de R$ 103.600,00. c) saldo credor de R$ 130.800,00. d) saldo devedor de R$ 134.700,00. e) saldos devedor e credor de R$ 136.250,00. J sabemos que este no est fechado! Vamos ver o saldo do balancete, classificando os saldos das contas e, para que possam ir fixando, veremos tambm a que grupo pertence cada uma delas: D Ret PL - Capital a Realizar 4.000,00 D Ret PL - Aes em Tesouraria 3.000,00 D Despesa - Salrios 8.800,00 D Despesa - Prmios de Seguros 1.700,00 D Despesa - Juros Passivos 700,00 D Despesa - ICMS sobre Vendas 10.000,00 D Despesa - Fretes e Carretos 2.500,00 D Despesa - Depreciao 6.000,00 D Despesa - Compras 23.000,00 D Ativo - Mveis e Utenslios 31.000,00 D Ativo - Mercadorias 18.000,00 D Ativo - Duplicatas a Receber 14.000,00 D Ativo - Caixa 7.000,00 D Ativo - Aes de Coligadas 5.000,00 Total a dbito 134.700 C Ret Ativo - Proviso para Devedores Duvidosos 200,00 C Ret Ativo - Depreciao Acumulada 18.000,00 C Receita - Vendas 54.000,00 C Receita - Aluguis Ativos 1.200,00 C PL - Reserva Legal 600,00 C PL - Capital Social 20.000,00 C Passivo - Salrios a Pagar 1.800,00 C Passivo - Proviso para Frias 1.500,00 C Passivo - ICMS a Recolher 6.500,00 C Passivo - Fornecedores 15.000,00 C Passivo - Duplicatas Descontadas 9.000,00 C Passivo - Duplicatas a Pagar 10.000,00 Total a crdito 137.800 W
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Soma total 272.500,00 Na prova, como foi dado o total, voc s precisaria somar os dbitos ou os crditos, para chegar ao outro valor. Gaba: D 21 Esaf 2009 ATRFB - Observemos o seguinte fato contbil: pagamento, mediante a emisso de cheque, de uma duplicata antes do vencimento, obtendo-se um desconto financeiro, por essa razo. Para que o registro contbil desse fato seja feito em um nico lanamento, deve-se utilizar a a) primeira frmula, com 1 conta devedora e 1 conta credora. b) segunda frmula, com 1 conta devedora e 2 contas credoras. c) terceira frmula, com 2 contas devedoras e 1 conta credora. d) quarta frmula, com 2 contas devedoras e 2 contas credoras. e) terceira frmula, com 3 contas devedoras e 1 conta credora. Vamos ao lanamento: Duplicata de 100, paga com desconto de 5.
D Duplicatas a pagar 100 C Receita financeira 5 C Bancos conta movimento 95
Lanamento de 2 Frmula (1 - 2 ou 1 - n)
Envolve uma conta debitada e duas ou mais creditadas.
11 12 21 22 Gaba: B 22 Esaf 2009 ATRFB - A Companhia Alimentos Genricos S.A. extraiu do seu Livro Razo, em 31 de dezembro de 2008, as seguintes contas e respectivos saldos: Vendas de Produtos 2.000,00 Capital Social 1.590,00 Custo dos Produtos Vendidos 1.190,00 Mquinas e Equipamentos 981,00 Duplicatas a Receber 390,00 Mercadorias