Augusto Athayde em entrevista ao Atlântico Expresso

3

Click here to load reader

description

por Nélia Câmara, 4 de Maio de 2015

Transcript of Augusto Athayde em entrevista ao Atlântico Expresso

  • Atlntico ExpressoFundado por Victor Cruz - Director: Amrico Natalino de Viveiros - Director-Adjunto: Santos Narciso - 4 de Maio de 2015 - Ano: XVI - N. 85747 - Preo: 0,90 Euro - Semanrio

    A nossa Festa!

    Nota de Abertura

    COM A VINDA DAS LOW COST NO EST EM CAUSA A QUALIDADEDO SERVIO DA SATA E DA TAP

    AUGUSTO ATHAYDE EM ENTREVISTA AO AE

    HORTA COMUNITRIA DOS GINETES TEM LISTA DE ESPERA

    O sucesso das hortas comunitrias dos Ginetes tem sido tanto que desde 2013 at agora, os 16 lotes tm estado constantemente cultivados e h uma lis-ta de espera de quatro famlias que querem usufruir tambm de um espao de cultivo. A Junta de Freguesia quer alargar o nmero de lotes para conseguir dar resposta a todas as solicitaes que no se connam apenas freguesia. H es-trangeiros, pessoas de Ponta Delgada e at de outras freguesias que tm ali um espao de cultivo e que vo trocando os produtos que tm a mais e tambm trocam experincias e sabedoria.

    Nesta segunda-feira, pelo meio-dia, ouvir-se-o os pri-meiros foguetes, nos ares de Ponta Delgada, a anunciar que estamos na Semana das Festas do Senhor, deste ano 2015.

    Cheira a festa, a convvio, a esperana que se adensa neste ciclo de saudade que enforma e informa a gente das ilhas, com o mar por horizonte e a distncia como compa-nhia: os que esto e recordam os ausentes; os que partiram e fazem dos seus pensamentos caminhos de alma a percorrer cada canto, cada rua, cada nesga de altar lavado nas lgri-mas do no poder regressar; e ainda os que chegam e de longe vm e aqui fazem tempo de trabalho e de melhoria de vida.

    H como que um contraste que d o tom actualidade de uma festa multissecular.

    Todos os anos, as Festas do Senhor batem porta de cada aoriano e de um modo especial de cada micaelense. E batem porta com a mesma intensidade com que o Pro-vedor da Irmandade dar os toques tradicionais, a pedir s religiosas guardis da Imagem que autorizem que esta seja entregue ao povo para que durante dois dias a venere como Prncipe das Ilhas e Rei do Universo.

    Em cada casa, mesmo na mais pobre, mesmo na mais distante, onde o progresso teima em no chegar, nos acessos e na qualidade de vida, h um cheiro diferente, h um sentir de algo que vai acontecer, porque, embora repetido, em cada ano, no ritual e nos gestos, cada festa do Senhor Santo Cristo mesmo um acontecimento que marca e que perdura.

    Chegam as cartas de longe, regadas de saudade. Tocam os telefones e agora, multiplicam-se os e-mails. Marcam-se viagens. Acertam-se datas e a espera torna-se alegria incon-tida que bate porta dos vizinhos, familiares e amigos que, no dia certo, sem fazer conta de tempo nem de hora, en-chem o Aeroporto, como outrora j encheram o cais, mos a acenar, sem saber bem se saudar ou se limpar as lgrimas de tanta saudade que a festa do Senhor vem matar por uns dias.

    Nos ltimos tempos, as festas do Senhor Santo Cris-to esto a tornar-se num ponto de encontro diferente, mas mais abrangente. J no so s os emigrantes que regres-sam, com lhos e netos, descendentes desta aventura ao-riana no Mundo. Agora, com os novos caminhos abertos pela liberalizao dos transportes areos, gente de outros lados demanda a ilha para estar, num importante cartaz de turismo religioso a que no nos podemos subtrair. F, reli-giosidade e turismo religioso so trs coisas absolutamente diferentes, mas hodiernamente indissociveis. E esta ca-pacidade de adaptar, sem mudar a essncia da celebrao que nos pode levar a patamares de vivncia e de respeito. Enquanto se aprestam os ornamentos e as luzes, milhares de pessoas preparam-se para cumprir promessas de splica e agradecimento. No se pode confundir F com religiosidade e h que continuar a dizer com clareza que Deus no quer sacrifcios, mas sim misericrdia. Mas h o outro lado da questo: ningum pode nem deve julgar quem prefere esta forma de relacionamento com o Innito, sem qualquer tipo de mediao. Por isso mesmo, possvel e desejvel que convivam, sem falsos pudores nem mediticos ardores, es-tas trs dimenses duma Festa que perdura no tempo, que a Igreja no imps nem impe, mas que se dispe a todos, os que crem, os que assistem e os que apenas fazem turismo!

    Quem pode mandar e orientar o corao de cada homem e de cada mulher que olha o Senhor na penumbra do altar, dentro das grades do Coro-Baixo, ou no brilho do trono de luz e de glria do seu andor? Quem pode penetrar no senti-do de cada olhar, na magia de cada gesto ou no sentimento de cada promessa? O Senhor, nesta Imagem, tornou-se o Cativo das Ilhas para libertar outros tantos cativeiros que a linguagem humana no entende.

    Estamos na Semana da Festa! A nossa Festa!

    Santos Narciso pgs. 12 e 13

    Augusto Athayde ressalva o papel da SATA e da TAP nas li-gaes dos Aores ao continente e a outros territrios. Acho que a SATA e a TAP fazem um trabalho extraordinrio. No est em causa a qualidade do servio que estas duas companhias prestam, que

    muito bom, mas acho que a vinda de companhias de outros mercados bom, porque s assim possvel que muitas pessoas que no con-seguiam pagar valores mais altos, mesmo comprando as passagens com antecedncia pela internet, o faam agora.

    PROJECTO DE SUCESSO

    pgs. 2 e 3

    pg. 7

    180 EMPRESAS DOS AORES NO TINHAM SEDE NA REGIO EM 2013

    Das 5374 empresas que existiam nos Aores h dois anos, 180 tinham sede fora do arquipla-go. Pelo quarto ano consecutivo o Observatrio do Emprego e Formao Prossional da Direco

    Regional do Emprego e Qualicao Prossional publicou uma nova srie estatstica que engloba os dados mais relevantes da informao social das em-presas extrados do Relatrio nico.

  • Segunda-feira, 4 de Maio de 20152 ReportagemAtlntico Expresso

    Augusto Athayde admite que a famlia tem uma grande responsabilidade em cuidar do legado

    Fundao est a classicar todas as espcies do Jardim Jos do Canto

    Pelo Jardim Jos do Canto ao longo de um sculo passaram guras ilustres das casas reais, da poltica, da cultura... E Augusto Athayde, um dos administradores da fundao, refere que a criao da fundao na sua essncia e aco, tem a preocupao de perpetuar um legado esttico e tico numa perspectiva de ci-dadania, de civismo e de contributo ao servio pblico para partilha desses espaos e dessas coleces com

    os aorianos e com o pblico, em geral. O parque botnico que chegou ter trs mil espcies - hoje temos apenas cerca 400 espcies - mas mesmo assim precisa de um cuidado permanente, regista o advogado.

    Augusto Athayde, um dos administrado-res da Fundao Jardim Jos do Canto - es-pao que pertena da sua famlia -, funda-o que foi constituda para a manuteno e conservao do parque botnico existente com espcies dos cinco continentes e tam-bm para a manuteno dos edifcios que es-to na propriedade, bem como das coleces de arte que esto na casa-palcio.

    O administrador opina, em declaraes ao nosso jornal, que a fundao, na sua es-sncia e aco, tem a preocupao de per-petuar um legado esttico e tico numas perspectivas de cidadania, de civismo e de contributo ao servio pblico para partilha desses espaos dessas coleces com os aorianos e com o pblico, em geral.

    Portanto, lembra o nosso entrevistado, durante um sculo e meio, praticamente desde que o meu quarto av Jos do Can-to plantou este parque botnico que chegou ter trs mil espcies - hoje temos apenas te-mos cerca 400 espcies - mas mesmo assim precisa de um cuidado permanente, e, por isso, temos uma parceria com o Professor Raimundo Quintal para classificao de todas as espcies e manuteno do parque, arroteamento de uma srie de reas que es-tavam a precisar de uma limpeza botnica. Mas, como dizia eu, a famlia, eu, os meus irmos e a minha me, que a presidente do Conselho de Administrao da Fundao, de perpetuar o legado que nos foi deixado.

    Quanto aos visitantes, recorda o tambm advogado, desde 1850 que o parque vi-sitado bem como a casa a partir dos anos 60, quando ficou concluda, os dois espaos passaram a ser visitados por uma srie de personalidades internacionais e nacionais. Augusto Athayde recorda que houve diver-sos chefes de Estado que pelo Jardim Jos do Canto passaram como os presidentes Amrico Toms, Mrio Soares, Jorge Sam-paio, que foi colega de curso do meu pai na Faculdade de Direito. Tambm por aqui pas-saram chefes da Casa Real, como o Rei D. Carlos I em 1901, havendo at no parque um busto que a reproduo do busto que est na Assembleia da Repblica e que o meu pai pediu licena na altura para fundir o molde e reproduzir aqui em bronze.

    Foi uma homenagem a D. Carlos quan-do era Presidente do Conselho, um outro aoriano, o meu tio-trisav Ernesto Hintze Ribeiro, que foi recebido aqui na altura pelo irmo Artur Hintze Ribeiro e pela proprie-tria do parque na altura, a minha trisav Margarida Brum da Silveira do Canto Hint-ze Ribeiro.

    Por aqui passou tambm o Duque de

    Bragana, D. Duarte, (mais ou menos nos-so parente porque a minha irm casou com Sebastio Herdia, irm de D. Isabel Her-dia); o chefe da Casa Real Romanov, dos czares da Rssia, que passou o ano passado em Ponta Delgada; o Prncipe Alberto I, que vrias vezes nos visitou, sendo que a lti-ma vez que por aqui passou foi em 1894, e o Prncipe Alberto II, do Mnaco, na altura ainda prncipe-herdeiro, que esteve em So

    Miguel em 2004, a convite do Municpio de Ponta Delgada para descerrar um busto do Prncipe Alberto I, na Marina. Foi uma ho-menagem ao prncipe e aos 100 anos da sua visita a Ponta Delgada.

    Pelo Jardim Jos do Canto passaram ainda muitas outras personalidades interna-cionais, como Napoleo I, entre outros, mas tambm uma srie de Ministros e embaixa-dores.

    A passagem de figuras notveis d responsabilidade famlia

    O que eu quero dizer com isso, que todos os figurantes ilustres da histria de Portugal, da histria mundial... Todos eles visitaram o parque e isso, por um lado, d ao parque e famlia uma responsabilidade acrescida de manter os nveis de qualidade deste conjunto (parque mais casa e colec-es de arte) numa ptica sempre de servi-o.

    Alis, diz Augusto Athayde, a fundao do Jardim Jos do Canto uma fundao classificada pelas autoridades de interes-se de utilidade pblica, e embora seja uma entidade privada tem essa conotao e ns procuramos sempre atravs deste legado histrico, simblico, tico e esttico, manter a qualidade, bem como continuar a receber bem os nossos convidados e ao mesmo tem-po honrar o passado mas sempre numa pers-pectivas de futuro. Isto , deixar aos cinco netos do meu pai, o meu filhos e os meus quatro sobrinhos, se no houver mais, o le-gado no sentido de a famlia continuar a ser uma referncia tica e ao servio dos Aores e dos aorianos, numa ptica cultural e de cidadania, mantendo sempre esta proprie-dade com a sua simbologia prpria e como uma mais-valia para a sociedade aoriana, para Portugal e para todos os que nos visi-taram.

    Ao nvel da histria, da cultura e da bo-tnica o Jardim Jos do Canto tem sido uma referncia mas tambm o rosto da natureza por se apresentar bem cuidado e integrado dentro de uma cidade que Ponta Delga-da, o que no comum noutras cidades, e que acolhe hoje em dia muitos turistas, que ali passam uma temporada de frias, mas tambm no deixam de visitar a paisagem verdejante integrada na esfera citadina.

    Progresso e desenvolvimento fundamental para os Aores

    Augusto Athayde sublinha que neste campo, ou melhor, na publicitao e forma-o turstica da Fundao como agente tu-rstico vlido que quer servir a sociedade e procurar o progresso e desenvolvimento dos aorianos e da economia aoriana, entende que importantssimo a abertura do espa-o areo aoriano s companhias low-cost. Sou inteiramente favorvel a esta abertura e o reflexo dessas novas acessibilidades isso j se sente em So Miguel, tanto que h um incremento enorme de pessoas a passear no Jardim Jos do Canto. Os dezassete quartos

    Temos uma parceria com o Professor Raimundo Quintal para classi-cao de todas as espcies e manuteno do parque, arroteamento de uma srie de reas que estavam a precisar de uma limpeza botnica. Mas, como dizia eu, a famlia, eu, os meus irmos e a minha me, que a presidente do

    Conselho de Administrao da Fundao, de perpetuar o legado que nos foi deixado.

  • Segunda-feira, 4 de Maio de 2015Atlntico Expresso3Reportagem/Regional

    Parceria entre Governo e SINAGA

    A Secretaria Regional da Solidariedade Social apresen-tou, em Ponta Delgada, uma campanha de sensibilizao para a Preveno dos Maus Tratos na Infncia, iniciati-va desenvolvida em parceria com a Sinaga.

    A campanha consiste numa coleco de 12 saque-tas de acar com mensagens alusivas promoo de uma infncia saudvel, da autoria de personalidades nacionais e estrangeiras que se destaca-ram na rea da Infncia.

    Esta iniciativa visa sensi-bilizar a populao para um envolvimento activo da comu-nidade na proteco das crian-as, reconhecendo o valor das camadas mais jovens para o desenvolvimento da prpria comunidade e alertando para a necessidade de reconhecer fatores de risco.

    Os Aores so das Regies mais jovens do pas e no ser, de todo, indiferente para essa estatstica um conjunto de polticas que tm vindo a ser implementadas de promoo, preveno e proteco da infncia e juventude, salientou Natrcia Gaspar, do Conselho Directivo do Instituto de Segurana Social dos Aores, que falava em representao da Secretria Regional da Solidariedade Social na apre-sentao pblica da campanha.

    Natrcia Gaspar destacou o trabalho de todas as entidades parceiras do Go-verno dos Aores no desenvolvimento de polticas securizantes para as crianas e jovens na Regio, alertando para a necessidade do envolvimento da populao neste esforo de preveno dos maus tratos.

    A preveno dos maus tratos infantis um trabalho de todos ns, frisou.A campanha encerra o Ms da Preveno dos Maus Tratos Infantis, que as-

    sinalado todos os anos em Abril. As saquetas de acar vo entrar em circulao em Maio, passando a ser distribudas durante os prximos meses por todos os estabelecimentos fornecidos pela Sinaga na Regio.

    que temos disponveis esto todos cheios. As vi-sitas casa comeam a ter razo de ser. Bem sei que estamos agora na poca alta, mas fazendo uma comparao com o ms homlogo do ano passado h uma enorme diferena. um bem extraordinrio para a economia dos Aores e para os aorianos.

    Augusto Athayde ressalva o papel da SATA e da TAP nas ligaes dos Aores ao continente e a outros territrios. Acho que a SATA e a TAP fa-zem um trabalho extraordinrio. No est em causa a qualidade do servio que estas duas companhias prestam, que muito bom, mas acho que a vinda companhias de outros mercados bom, porque s assim possvel que muitas pessoas que no po-diam conseguir pagares valores mais altos, mesmo comprando as passagens com antecedncia pela internet, agora podem faz-lo com a mesma ante-cedncia mas a um preo mais acessvel, bem como podem tomar a deciso e vir c de um momento

    para o outro porque h mais opes. Isso mui-to bom, porque vai contribuir imensamente para o desenvolvimento da economia regional, para pro-mover uma srie de aspectos que levam os Aores globalizao, pois o que a globalizao tem de bom que permite tambm combater um isolamen-to que muitas vezes leva depresso, neurose e runa e, portanto, essa abertura do espao areo uma boa medida, desde que, claro, possamos captar turistas que saibam respeitar as imensas qualidades que a natureza oferece, os imensos espaos verdes. Enfim, desde que seja um turismo virado para a ecologia, para os passeios a p, para bird-watching, para o whale-watching, entre outros, e para o que temos para oferecer sem estragar e s apreciar. E esse sim ser sempre um turismo de qualidade para os Aores, Remata o advogado Augusto Athayde.

    Nlia Cmara

    Augusto Athayde ressalva o papel da SATA e da TAP nas ligaes dos Aores ao continente e a outros territrios. Acho que a SATA e a TAP fazem um trabalho ex-traordinrio. No est em causa a qualidade do servio que estas duas companhias prestam, que muito bom, mas acho que a vinda companhias de outros mercados

    bom, porque s assim possvel que muitas pessoas que no podiam conseguir pagares valores mais altos, mesmo comprando as passagens com antecedncia pela internet.

    Campanha contra maus tratos na infncia em saquetas de acar

    Inaugurao a 7 de Maio

    Museu Carlos Machado expe Maquinetas

    Devocionais e registosO Museu Carlos Machado, inaugura a 7 de Maio, pelas 18h00, a exposio

    Registos e Maquinetas Devocionais, com peas da coleco particular de Ar-mando Cndido de Medeiros e um sub-ncleo interno com expresses plsticas mais contemporneas, da autoria de Soa de Medeiros e Catarina Branco.

    A exposio, comissariada por Pedro Pascoal e coordenada por Slvia Fon-seca e Sousa, estar patente at 19 de Junho, no Ncleo de Arte Sacra do Museu Carlos Machado, em Ponta Delgada.

    Armando Cndido de Medeiros, que viveu entre 1904 e 1973, a par da sua vida de magistrado e poltico, foi um vido coleccionador, do qual consta um conjunto notvel de registos e maquinetas devocionais que agora ser exposto ao pblico.

    Os registos, que se destinam contemplao e orao e homenageiam Je-sus, Maria e outras guras da hagiologia catlica, enquadram gravuras ou guras tridimensionais e so decorados com ores articiais, o de prata e ouro, vidri-lhos coloridos, entre outros materiais.

    As artistas plsticas Soa de Medeiros e Catarina Branco enriquecem esta exposio com obras da sua autoria, que trazem para a contemporaneidade o saber fazer de outras mos femininas que, em tempos, confeccionaram registos e maquinetas.

    A Direco Regional da Cultura informa que este e outros eventos esto dis-ponveis para consulta na Agenda Cultural do Portal CulturAores, no endereo eletrnico www.culturacores.azores.gov.pt.

    Entrada das low cost so importantes para combater o isolamento das ilhas

    e aumentar o uxo de turistas