Atençªo: Material do grupo do Roger Rodrigues se vocŒ adquiriu … · Pronome Ø a classe de...

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Aula 02 Português p/ INSS - Técnico do Seguro Social Professor: Fabiano Sales Atenção: Material do grupo do Roger Rodrigues se você adquiriu com outra pessoa, foi vítima de um falso rateio e em breve não receberá mais o material.

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Portugus p/ INSS - Tcnico do Seguro Social

Professor: Fabiano Sales

Ateno: Material do grupo doRoger Rodrigues se vocadquiriu com outra pessoa, foivtima de um falso rateio e embreve no receber mais omaterial.

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Ol, futuros servidores do INSS!

Na aula 02, apresentarei a segunda parte das classes gramaticais:Pronomes (emprego, formas de tratamento e colocao).

Para melhor orient-los, apresento o sumrio abaixo a vocs:

SUMRIO

01. Pronomes Classificao ...............................................................202. Emprego dos Pronomes Pessoais .................................................503. Pronomes e Uniformidade de Tratamento .................................... 804. Pronomes Possessivos ................................................................ 1105. Pronomes Demonstrativos ............................................................1206. Pronomes Indefinidos ....................................................................1407. Pronomes Interrogativos e Relativos ...........................................1608. Colocao Pronominal ...................................................................19

Lista das Questes Comentadas na Aula. ..........................................31

Para refletir: "No que diz respeito ao desempenho, ao compromisso, aoesforo, dedicao, no existe meio termo. Ou voc faz uma coisa bem feitaou no faz." (Ayrton Senna)

Vamos l!

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PRONOME

Pronome a classe de palavras que serve para representar (pronomesubstantivo) ou acompanhar (pronome adjetivo) um substantivo, determinando-lhea extenso do significado.

Dica para memorizao:

Pronome Adjetivo Acompanha o substantivoPronome Substantivo Substitui o substantivo

Exemplos:

Essa porta est trancada. (Essa pronome adjetivo, pois acompanha osubstantivo porta)

Aquela porta, Joo tentou abri-la, mas no conseguiu. (Aquela pronome adjetivo,pois acompanha o substantivo porta; la pronome substantivo, pois substitui osubstantivo porta: Joo tentou abrir a porta, mas no conseguiu.)

CLASSIFICAO DOS PRONOMES

Segundo a tradio gramatical, os pronomes so classificados em pessoais(em que se incluem os pronomes de tratamento), possessivos, demonstrativos,indefinidos, interrogativos e relativos.

PRONOMES PESSOAIS

Indicam as pessoas do discurso. Dividem-se em retos e oblquos.

Retos - so as pessoas do discurso.

1: eu (singular) / ns (plural)2: tu (singular) / vs (plural)3: ele (singular) / eles (plural)

Os pronomes pessoais retos funcionam, geralmente, como sujeito da orao.

Exemplos: Ontem eu estudei muito. (sujeito)Tu sers aprovado no concurso. (sujeito)Ns seremos aprovados. (sujeito)

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Dica estratgica!

Memorizem o seguinte: os pronomes EU e TU sempre exercero a funo desujeito.

Exemplos: Eu fui ao curso ontem.Tu sers aprovado no concurso.

E por que eu disse que os pronomes pessoais geralmente desempenham afuno de sujeito? Porque os pronomes ELE(S)/ELA(S), NS, VS, alm dafuno de sujeito, podem desempenhar outras funes sintticas.

Exemplos: Eles terminaram a prova h pouco. (sujeito) necessrio entregar a prova a eles. (objeto indireto)Conversamos com ela. (objeto indireto)

Oblquos so pronomes que sempre desempenham o papel decomplemento (objeto direto, objeto indireto, complemento nominal etc.).

Exemplos: No o conheo. (objeto direto)Aquela moa era essencial a ti. (complemento nominal)

Por sua vez, os pronomes oblquos subdividem-se em:

tonos no possuem acento tnico e no so antecedidos por preposio:me, te, se, o(s), a(s), lhe(s), nos, vos.

Exemplos: Entregue-me o documento.Ao guarda, os cidados devem obedecer-lhe.

Importante!

Os pronomes oblquos desempenham importante papel de coeso textual.

Exemplo: Capitu deu-me as costas, voltando-se para o espelhinho. Peguei-lhe doscabelos, colhi-os todos e entrei a alis-los com o pente (...)

(Machado de Assis. In: Dom Casmurro)

No excerto acima, verificamos que:

- o pronome oblquo lhe (Peguei-lhe) refere-se a Capitu, indicado uma ideia deposse (Peguei os cabelos de Capitu = Peguei os cabelos dela.)- o pronome oblquo os (colhi-os) refere-se a cabelos;- a forma pronominal los (alis-los) tambm se refere a cabelos.

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Fiquem atentos ao seguinte morfossintaxe:

- as formas pronominais o(s), a(s) somente desempenham a funo de objetodireto.

Exemplos: No a conheo. (a = objeto direto)Vi-os ontem. (os = objeto direto)

- as formas pronominais me, te, se, nos, vos podem ser usadas como objetodireto ou objeto indireto.

Exemplos: O dono da festa convidou-me. (convidar = verbo transitivo direto; me= objeto direto)O professor deu-me uma explicao. (dar = verbo transitivo direto e indireto; umaexplicao = objeto direto; me = objeto indireto)

- as formas me, te, lhe, nos, vos podem ser usadas em lugar dos pronomespossessivos (ideia de posse), desempenhando a funo de adjunto adnominal.

Exemplos: Acariciava-lhe as mos. (Acariciava suas mos.)Observou-nos a fisionomia. (Observou nossa fisionomia.)

- a forma pronominal lhe(s) representa substantivos regidos das preposies a oupara.

Exemplos:Emprestei o livro ao aluno. (= Emprestei-lhe o livro. lhe objeto indireto)Emprestei o livro para o aluno. (= Emprestei-lhe o livro. lhe objeto indireto)

Tnicos - possuem acento tnico e so precedidos por preposio.Sempre funcionam como complementos, sendo representados por mim, comigo, ti,contigo, ele, ela, si, consigo, ns, conosco, vs, convosco, eles, elas.

Exemplos: Entregue o documento a mim.Ao guarda, os cidados devem obedecer a ele.

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Se as formas pronominais tnicas conosco e convosco forem ampliadaspelos determinativos outros, todos, mesmos, prprios e numerais, a construocorreta ser com ns, com vs.

Exemplos: Ests contente com ns todos.Isto aconteceu com vs prprios.Irs praia com ns que sabemos nadar.Ele disse que sairia com ns dois.

As formas pronominais se, si e consigo so exclusivamente reflexivas, ouseja, s podem ser usadas em relao ao prprio sujeito da orao.

Exemplos: Joo feriu-se.Ele s pensa em si.O advogado trouxe consigo um livro.

Recapitulando...

Pessoas Pronomes retos

Pronomes oblquos(sempre complementos)

tonos

sem preposio

Tnicos

compreposio

sing

ular 1 Eu (sempre sujeito) me mim, comigo

2 Tu (sempre sujeito) te ti, contigo3 Ele/Ela o, a, lhe, se ele, ela

plur

al

1 Ns nos ns, conosco2 Vs vos vs, convosco3 Eles/Elas os, as, lhes, se eles, elas

EMPREGO DOS PRONOMES PESSOAIS

Um assunto que de extrema relevncia em concursos pblicos o empregodos pronomes pessoais.

Eu e Tu X Mim e Ti

Os pronomes eu e tu, normalmente, no aparecem antecedidos porpreposio. Neste caso, em regra, deveremos empregar os pronomes oblquos mime ti.

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Exemplos: Deram o doce para mim.Nada mais h entre mim e ti.Todos ficaram contra o juiz e mim. (Todos ficaro contra o juiz e (contra) mim.)

Dica estratgica!

Normalmente, a frase se apresenta na seguinte progresso:

SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO

Entretanto, a banca organizadora pode tentar confundi-los.

Exemplos: Para eu, estudar isso fcil. (errado)Para mim, estudar isso fcil. (correto)

Na ordem direta, teramos Estudar isso fcil para mim.

impossvel para eu ir sua festa. (errado) impossvel para mim ir sua festa. (correto)

Na ordem direta, teramos Ir sua festa impossvel para mim.

Portanto, fiquem alerta em relao inverso da estrutura frasal.

Todavia, h casos em que os pronomes EU e TU desempenharo afuno de sujeito. Nessas hipteses, ser admitido seu emprego, mesmo apspreposies.

Exemplos: Deram o doce para eu comer. (eu = sujeito do verbo comer)Entre eu pedir e voc entender h uma grande diferena. (eu = sujeito do verbopedir)Chegou uma ordem para tu viajares. (tu = sujeito do verbo viajar)Trouxe um livro para tu leres. (tu = sujeito do verbo ler)

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Com a preposio AT, indicando direo, deveremos empregar as formasoblquas MIM e TI.

Exemplos: A moa veio at mim. (em direo a mim)A moa veio at mim ti. (em direo a ti)

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Se o vocbulo AT denotar incluso (palavra denotativa de incluso),deveremos empregar as formas EU e TU.

Exemplo: Todos passaro no concurso, at eu. (at = inclusive)Todos passaro no concurso, at tu. (at = inclusive)

Aprendemos que os pronomes do caso reto ele(s)/ela(s), em regra, nofuncionam como objeto.

Exemplos: No vi ela. (errado)No a vi. (correto)

Entretanto, se esses pronomes estiverem precedidos de TODO e S(= apenas), desempenharo a funo de complemento.

Exemplos: Recomendei s (= apenas) ele.Convocaram todas elas.

preciso chamar a ateno de vocs para o seguinte: quando o pronomeele(s)/ela(s) exercer a funo de sujeito, no haver a contrao com a preposiode. Isso aparece frequentemente em provas.

Exemplos: Chegou a hora dos senadores falarem a verdade. (errado)Chegou a hora de os senadores falarem a verdade. (correto)

VERBOS, PRONOMES E ADAPTAES

a) Se o verbo for finalizado em som nasal (-M, -O ou E), os pronomes o(s), a(s)sero transformados em no(s), na(s), respectivamente.

Exemplos:Quando encontrarem o material, tragam-no at mim. (tragam + o = tragam-no)Sempre que meus pais tm roupas velhas, do-nas as pobres. (do + as = do-nas)Aquele rapaz pe-nos em situaes embaraosas. (pe + os = pe-nos)

b) Se a forma verbal terminar em R, S ou Z, essas terminaes devero serretiradas, mudando os pronomes o(s), a(s) para -lo(s), -la(s), respectivamente.

Exemplos:Quando encontrarem as apostilas, devero traz-las at mim. (trazer + as = traz-las)As garotas ingnuas, o conquistador sedu-las com facilidade. (seduz + as = sedu-las)Os estudantes temiam o novo diretor e resolveram desafi-lo. (desafiar + o = desafi-lo)

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c) Se a forma verbal terminar em MOS (1 pessoa do plural), a terminao s deveser retirada quando, na colocao encltica (pronome tono aps o verbo),receberem pronomes tonos de mesma pessoa (ns).

Exemplos:Encontramo-nos ontem noite. (encontramos + nos = encontramo-nos)Recolhemo-nos cedo todos os dias. (recolhemos + nos = recolhemo-nos)

Observao: Com o pronome lhe(s), o verbo no sofre alterao.

Exemplos:concedem s crnicas concedem-lhesfaltar s crnicas faltar-lhes

PRONOMES DE TRATAMENTO

So pronomes empregados no trato com as pessoas, familiar ourespeitosamente. Representam a 2 pessoa do discurso (com quem se fala),porm toda a concordncia deve ser feita com a 3 pessoa (singular ou plural).

Exemplos:Vossa Excelncia saiu com vossos assessores. (errado)Vossa Excelncia saiu com seus assessores. (correto)Vossa Majestade e vossos sditos venceram a guerra. (errado)Vossa Majestade e seus sditos venceram a guerra. (correto)

A seguir, apresentarei a vocs uma tabela-resumo com os pronomes e asautoridades a que se referem, bem como as abreviaturas e os vocativos:

PODERES EXECUTIVO, LEGISLATIVO E JUDICIRIOTratamento Abreviatura Cargo/Funo Vocativo

VossaExcelncia

V. Ex.Nota:Para os Chefes dePoder (Presidente daRepblica, Presidentedo STF, Presidente doSenado e Presidenteda Cmara dosDeputados, a forma detratamento NO deveser abreviada, ou seja,deve ser escrita porextenso.

Chefes de Poder

(Presidente daRepblica,

Presidente doCongresso Nacional,Presidente do STF)

ExcelentssimoSenhorPresidente daRepblica,

ExcelentssimoSenhorPresidente doSTF,

Demaisautoridades Senhor + cargo,

VossaSenhoria V.S.

Demaisautoridades eParticulares

Senhor + nome,

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HIERARQUIA ECLESISTICA

Tratamento Abreviatura Cargo ouFuno Vocativo

VossaSantidade

Nota: Para o Papa, aforma de tratamento nodeve ser abreviada, ouseja, deve ser escrita porextenso.

Papa SantssimoPadre,

VossaEminncia

ouVossa

EminnciaReverendssima

V. Em.ou

V. Em. Revma.Cardeais

EminentssimoSenhor

Cardeal,ou

Eminentssimo eReverendssimo

SenhorCardeal,

VossaExcelncia

ReverendssimaV.Ex. Revma. Arcebispos eBispos

Excelentssimoe

ReverendssimoSenhor

Arcebispo(ou Bispo),

VossaReverendssima

ouVossa SenhoriaReverendssima

V. Revma.ou

V. Revma.

Monsenhores,Cnegos esuperioresreligiosos

ReverendssimoMonsenhor (ouCnego etc.),

ouReverendssimoSenhor Cnego,

VossaReverncia V. Rev

a.Sacerdotes,

Clrigos e demaisreligiosos

ReverendssimoSenhor

Sacerdote (ouClrigo etc.),

AUTORIDADE01008991538S MONRQUICASTratamento Abreviatura Cargo ou Funo Vocativo

Vossa Alteza V.A. Arquiduques,Duques e PrncipesSerenssimo

+ Ttulo

Vossa Majestade V.M. Reis e Imperadores Majestade

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Prof. Fabiano Sales Aula 02OUTROS CASOS

Tratamento Abreviatura Cargo ou Funo VocativoVossa

Magnificncia V. Mag. Reitores de universidades Magnfico Reitor,

VossaSenhoria V.S.

Presidentes e Diretoresde empresas

Senhor + nome,ou Senhor +

cargorespectivo,

VossaSenhoria V.S. Cnsul Senhor Cnsul,

VossaSenhoria V.S.

Outras autoridades(incluem-se as patentes

militares inferiores acoronel)

Senhor + cargorespectivo,

(Fontes: Manual de Redao da Cmara, Manual de Redao da Presidncia da Repblica,Manual de Redao Oficial do Tribunal de Contas do Distrito Federal, Manual de Redao daPUCRS e Manual de comunicao e escrita oficial do estado do Paran.)

Dica estratgica!

Os pronomes de tratamento devem ser precedidos de VOSSA (com quemse fala), quando nos dirigimos diretamente pessoa, e de SUA (de quem se fala),quando falamos sobre a pessoa.

Exemplos:Vossa Excelncia discursou bem. (com quem se fala)Vossa Excelncia, Senhor deputado, pode ajudar-me? (com quem se fala)Sua Excelncia, a presidente Dilma, discursou bem. (de quem se fala)Sua Excelncia, o deputado, viajou. (de quem se fala)

UNIFORMIDADE DE TRATAMENTO

O pronome voc de tratamento informal e designa a 2 pessoa dodiscurso (com quem se fala), ainda que o verbo com ele concorde na forma de 3pessoa. considerada erro a falta de correlao dos respectivos pronomespossessivos e verbos.

Quem no conhece a famosa propaganda da Caixa Econmica Federal ?

Vem para a Caixa voc tambm. (errado)

A propaganda acima est errada, porque o verbo vir foi empregado na 2pessoa do singular. Porm, o correto seria empreg-lo na 3 pessoa:

Venha para a Caixa voc tambm. (correto)

Por sua vez, o pronome tu designa a 2 pessoa (com quem se fala),devendo seus verbos e pronomes possessivos ser empregados em 2 pessoa.Considera-se erro a falta de correlao entre os pronomes possessivos e ospessoais e os respectivos verbos.

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Exemplos:Tu sabe de suas condies. (errado)Tu sabes de tuas condies. (correto)

Venha para a Caixa tu tambm. (errado)Vem para a Caixa tu tambm. (correto)

Dica estratgica!

Tenham cuidado com o sujeito elptico ou desinencial.

Exemplo: Se vieres festa, traz teu irmo. (sujeito elptico = tu Se tu vieres festa, traz(e) teu irmo.)

PRONOMES POSSESSIVOS

Estritamente relacionados com os pronomes pessoais esto os pronomespossessivos, pois estes indicam posse em relao s pessoas do discurso.

1 pessoa: meu(s), minha(s), nosso(s), nossa(s)2 pessoa: teu(s), tua(s), vosso(s), vossa(s)3 pessoa: seu(s), sua(s)

Exemplos: Aqueles culos so meus.Os livros so seus?

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Em termos de prova, importante que vocs saibam que o emprego dospossessivos de terceira pessoa seu(s), sua(s) pode gerar ambiguidade na frase.

Exemplos: Jos, Pedro levou o seu chapu. (frase ambgua)Joo ficou com Maria em sua casa. (frase ambgua)

Nos exemplos acima, temos duas frases ambguas, isto , em Jos, Pedrolevou o seu chapu., no possvel identificar a quem pertence o chapu, aopasso que em Joo ficou com Maria em sua casa., a posse da casa pode seratribuda tanto a Joo quanto a Maria.

Para evitar esse vcio de linguagem (a ambiguidade), apresento a vocs duasalternativas:

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1) acrescentar os termos reforativos dele(s), dela(s).

Exemplos: Jos, Pedro levou o seu chapu dele. (o chapu de Pedro)

Com o acrscimo do termo reforativo dele (contrao da preposio de + opronome ele), eliminou-se a ambiguidade. Logo, o chapu pertence a Pedro.

Joo ficou com Maria em sua casa dela. (A casa pertence a Maria)

Com o acrscimo do termo reforativo dela (contrao da preposio de + opronome ela), eliminou-se a ambiguidade. Logo, a casa pertence a Maria.

Acharam estranhas as construes acima? Pois , mas ambas estocorretssimas.

2) trocar o pronome possessivo seu(s), sua(s) pelos elementos dele(s), dela(s).

Exemplos: Jos, Pedro levou o chapu dele. (o chapu de Pedro)Joo ficou com Maria na casa dela. (A casa pertence a Maria)

Nos exemplos acima, foram retirados os pronomes possessivos seu e sua,e foram acrescidos os elementos dele e dela, respectivamente. Assim, eliminou--se a ambiguidade das construes.

Vamos ver como a FCC explorou o assunto em uma questo:

1. (FCC/TRT-11 Regio-Adaptada) Julgue a assertiva a seguir.

A frase abaixo NO apresenta ambiguidade.

Gostaria que voc consultasse sua me, antes de ceder sua chcara por ocasio danossa formatura.

Comentrio: No perodo, o emprego do segundo pronome possessivo sua causouambiguidade na estrutura. Sendo assim, no podemos concluir se a chcarapertence a voc ou a me.

Gabarito: item errado.

PRONOMES DEMONSTRATIVOS

Os pronomes demonstrativos situam os seres no tempo e no espao, emrelao s pessoas do discurso. So os pronomes isto, isso, aquilo, este(s),esse(s), aquele(s), esta(s), essa(s), aquela(s).

Exemplos:Esta caneta do curso. (A caneta est prxima ao falante - quem fala)Essa caneta sua. (A caneta est prxima ao ouvinte com quem se fala)Aquela caneta da Samara. (A caneta est distante do falante e do ouvinte - dequem se fala)

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EMPREGO DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS

importante que vocs saibam empregar corretamente os pronomesdemonstrativos, pois eles desempenham papel importante de coeso textual.

- Esse, essa, isso (referncia anafrica) - para situar o que j foi expresso.

Exemplos: Azul e verde, essas so as cores de que mais gosto.

Na frase acima, o pronome demonstrativo essas retoma as cores azul everde. Por isso, dizemos que um pronome anafrico, ou seja, resgata umelemento que j havia sido mencionado na superfcie textual.

Para memorizar: Referncia Anafrica retoma o que foi dito Antes.

- Este, esta, isto (referncia catafrica) - para situar o que ainda ser expresso.

Exemplos: As cores de que mais gosto so estas: azul e verde.

Na frase acima, o pronome demonstrativo estas introduz as cores azul everde, que ainda sero citadas. Por isso, dizemos que um pronome catafrico,ou seja, refere-se a elemento(s) que ainda no foi/foram mencionado(s) nasuperfcie textual.

- Este, esta, isto - em referncia a um termo imediatamente anterior.

Exemplos: O fumo prejudicial sade, e esta deve ser preservada.

No perodo acima, o pronome demonstrativo esta retoma o substantivosade, evitando sua repetio desnecessria no contexto.

- Este(s), esta(s) e isto em relao ao que foi mencionado por ltimo, eaquele(s), aquela(s), aquilo, em relao ao que foi nomeado em primeiro lugar,diferenciando os elementos anteriormente citados na superfcie textual.

Exemplo: Jos de Alencar e Machado de Assis so importantes escritoresbrasileiros; este (Machado de Assis)escreveu Dom Casmurro; aquele (Jos deAlencar), Iracema.

Os pronomes demonstrativos podem, ainda, indicar marcao temporal.

- Tempo presente em relao ao falante: empregam-se este, esta e isto.

Exemplo: Este ano pretendo mudar de residncia.

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- Tempo passado ou futuro prximos em relao ao falante: empregam-se esse,essa e isso.

Exemplo: Esses anos vindouros sero excepcionais em termos de concursospblicos.

- Tempos muito distantes em relao ao falante: empregam-se aquele(s), aquela(s)e aquilo.

Exemplo: Naquela poca eu praticava esporte.

Os pronomes oblquos o, a, os, as equivalero a aquele(s), aquela(s),aquilo quando estiverem apostos ao pronome relativo que e preposio de.

Exemplos: No concordo com o que ele falou. (= No concordo com aquilo que elefalou.)Sua camisa igual da vitrine. (= Sua camisa igual quela da vitrine.)

No ltimo exemplo acima, houve a fuso entre a preposio a e o a inicialdo pronome demonstrativo aquela. Graficamente, esse fenmeno, conhecidocomo crase, representado atravs do emprego do acento grave. Veremos issomais detidamente na aula oportuna.

PRONOMES INDEFINIDOS

Os pronomes indefinidos referem-se a um ser ou objeto de forma vaga ouindeterminada.

Exemplos:Algum bateu porta.Todos se prontificaram a colaborar.Muitos so os chamados, poucos os escolhidos.

EMPREGO DOS PRONOMES INDEFINIDOS

Em termos de prova, destaca-se o emprego dos seguintes pronomesindefinidos:

TODO

- Significando inteiro : deve ser usado com artigo, se o substantivo o aceitar.

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Exemplo: Fiquei todo o dia em casa. (O dia inteiro)

- significando cada ou todos no ter artigo, ainda que o substantivo exija.

Exemplo: Fiquei todo dia em casa. (Todos os dias)

ALGUM

- Anteposto ao substantivo, assume sentido afirmativo.

Exemplo: Algum amigo o ajudar. (Algum)

- Posposto ao substantivo, assume sentido negativo.

Exemplo: Amigo algum o ajudar. (Amigo nenhum)

A classe gramatical de alguns vocbulos, entretanto, depender do contextoem que estiverem inseridos.

CERTO (e variaes)

- Anteposto a substantivos, ser pronome indefinido.

Exemplo: Certas pessoas no se preocupam com os demais. (pronome indefinido)

- Posposto a substantivos, ser adjetivo.

Exemplos: Certos polticos nem sempre so os polticos certos.pron. indef. adjetivo

MUITO

- Ser pronome indefinido quando se relacionar a nomes.

Exemplos:Bebi muito suco ontem.

- Ser advrbio quanto se relacionar a adjetivos, verbos e advrbios. Portanto, serinvarivel.

Exemplo: Bebi muito ontem.

POUCO

- Ser pronome indefinido quando se relacionar a nomes.

Exemplo: Comprei poucos legumes.

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- Ser advrbio quando se relacionar a adjetivos, verbos e advrbios. Portanto,ser invarivel.

Exemplo: Choveu pouco ontem.

BASTANTE

- Ser pronome indefinido quando anteceder nomes.

Exemplos: Havia bastantes pessoas na festa.Comprei bastantes frutas.

- Ser adjetivo quando estiver posposto a nomes. Nesse caso, equivaler asuficiente(s).

Exemplos: Havia pessoas bastantes na festa.Comprei frutas bastantes.

- Ser advrbio quando se relacionar a adjetivos, verbos e advrbios. Portanto,ser invarivel.

Exemplos: Choveu bastante ontem.As moas so bastante bonitas.

PRONOMES INTERROGATIVOS

Os pronomes interrogativos referem-se a um ser ou objeto de maneira vaga,sendo usados em perguntas diretas (terminadas com ponto de interrogao) ouindiretas (terminadas com ponto final).

Exemplos: Qual sua colocao no concurso?Gostaria de saber qual sua colocao no concurso.

PRONOMES RELATIVOS

Os pronomes relativos referem-se a um termo anterior, chamadoantecedente, estabelecendo uma relao de subordinao entre as oraes(sempre iniciam oraes subordinadas adjetivas). Os pronomes relativos so:

Pronome Exemplos

QUE - empregado com o intuito de substituirum substantivo (pessoa ou coisa), evitandosua repetio na frase.Observao: pode sempre ser substitudopor o qual (e flexes).

Roubaram a pea que era rara noBrasil. (= a pea)

Roubaram a pea a qual era rara noBrasil.

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Pronome ExemplosQUAL (e variaes) - refere-se a coisas oupessoas, sendo sempre antecedido deartigo, que concorda em gnero e nmerocom o elemento antecedente.

Os assuntos sobre os quaisconversamos esto resolvidos. (= osassuntos)Meu irmo comprou a lancha sobre aqual eu falei a voc. (= a lancha)

QUEM - refere-se a pessoas (ou coisaspersonificadas) e geralmente apareceprecedido de preposio, inclusivequando funcionar como objeto direto. Nesseltimo caso, passar condio de objetodireto preposicionado.

Observao: Quando o pronome QUEMexercer a funo de sujeito, no virprecedido de preposio. Isso s ocorrerquando o pronome quem puder sersubstitudo por pronome demonstrativo (o, a,os, as, aquele, aquela, aqueles, aquelas),acrescido do pronome relativo que. Nessescasos, o pronome quem ser denominado depronome relativo indefinido.

As pessoas, de quem falamos ontem,no vieram. (= as pessoas)

A garota, a quem conheci h duassemanas, est em minha sala. (= agarota)

Foi ele quem me disse a verdade.(= Foi ele o que me disse a verdade.)

Quem com ferro fere com ferro serferido.(= Aquele que com ferro fere com ferroser ferido.)

ONDE - este pronome tem o mesmo valorde em que ou no qual (e flexes). Se apreposio em for substituda pelapreposio a ou pela preposio de,substituiremos, respectivamente, por aondee de onde (ou donde).

Eu conheo a cidade em que suasobrinha mora.Eu conheo a cidade na qual suasobrinha mora.Eu conheo a cidade onde suasobrinha mora.Eu conheo a cidade aonde suasobrinha foi.Eu conheo a cidade de onde (oudonde) sua sobrinha veio.

QUANTO - sempre antecedido de tanto,tudo, todos (e variaes), concordandocom esses elementos.

Fale tudo quanto quiser falar.Traga todos quantos quiser trazer.Beba todas quantas quiser beber.

COMO - antecede as palavras maneira,modo e forma.

Este o modo como se deve estudarpara o concurso.Aquela a forma como se praticamos exerccios.

CUJO - tal como os pronomes relativos,refere-se a um antecedente, mas concorda(em gnero e nmero) com o consequente.Esse pronome indica valor de posse (algode algum) e no aceita artigo anteposto ouposposto.

Antipatizei com o rapaz cujanamorada voc conhece.

A rvore cujos frutos so venenososfoi derrubada.

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Quando um elemento da orao (nome ou verbo) reger preposio, estaanteceder os pronomes relativos.

Exemplos:As condies bsicas de sade, de que a populao se mostra carente, deveriamser oferecidas pelo governo.Eu conheo a cidade em que sua sobrinha mora.Eu conheo a cidade aonde sua sobrinha foi.O artista de cuja obra eu falara morreu ontem.As pessoas em cujas palavras acreditei esto presas.

Isso frequentemente aparece nas provas da Fundao Carlos Chagas,misturando os temas emprego dos pronomes relativos e sintaxe de regncia(que ser visto em aula futura).

2. (FCC/TJ-AP) Est correto o emprego de ambos os elementos sublinhadosna frase:

(A) Otrio voc, que confia de que Obama faa um governo competente, de cujono h ainda qualquer indcio.(B) Prefira-se morar em Beverly Hills do que morar em Darfur; a esta regio faltatudo o que aquela no falta.(C) Esses doutores, de cujo pessimismo todos conhecem, esto sempre aplicadoscom a difuso fascinada dos horrores.(D) como se a barbrie e a crueldade, s quais esses doutores assistem comindiferena, fossem fenmenos cujo horror devesse ser naturalizado.(E) O autor est convicto que tais doutores representam um radical pessimismo, decujo parecer orgulhar-se de ostentar.

Comentrio: A opo correta a letra D. No sentido de ver, presenciar, o verboassistir transitivo indireto, regendo o emprego da preposio a em seucomplemento indireto. Como a orao s quais esses doutores assistem comindiferena subordinada adjetiva, a preposio antecedeu o pronome relativoquais, acarretando a fuso com o artigo definido as: a (preposio) + as(artigo definido). Conforme vimos nas lies acima, o relativo cujo refere-se a umantecedente, mas concorda (em gnero e nmero) com o consequente. Em como se a barbrie e a crueldade (...) fossem fenmenos cujo horror devesse sernaturalizado., o pronome relativo cujo indica uma relao de posse o horrorpertence barbrie e crueldade, concordando com o substantivo (termoconsequente) horror. Vale lembrar que cujo (e flexes) no admite artigoanteposto ou posposto.

Gabarito: D.

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COLOCAO PRONOMINAL

H trs casos para a colocao do pronome tono na orao, a saber:

Prclise Exemplos

Pronome antes do verbo. Ocorre:

a) com palavras de sentido negativo;

b) com advrbios sem pausa;

Observao!

Se houver pausa aps os advrbios, acolocao dever ser encltica (aps o verbo).

c) com pronomes indefinidos;

d) com pronomes interrogativos;

e) com pronomes demonstrativos isto, isso eaquilo;

f) com conjunes subordinativas e pronomesrelativos ;

g) quando houver a preposio em + gerndio;

h) em oraes exclamativas e optativas.

Ningum me emprestou a matria.

Ontem se fez de morto.

Ontem, fez-se de morto. (nclise)

Tudo me alegrava.

Quem lhe disse isso?

Isso se faz assim.

Quando me viu, o menino sorriu.A aula que me recomendou tima.

Em se tratando do concurso,estudarei muito.

Que Deus o proteja!Vou me vingar!

Mesclise Exemplos

Pronome no meio do verbo. Ocorre comverbo no:

a) futuro do presente;

b) futuro do pretrito.

Observaes: Se ocorrer qualquer dos casos deprclise, ainda que o verbo esteja no futuro do presenteou no futuro do pretrito, a colocao dever serprocltica (antes do verbo).

Com o numeral ambos, ainda que o verbo esteja nofuturo do presente ou no futuro do pretrito, a colocaodever ser procltica (antes do verbo).

Entregar-lhe-ei o documento.

Entregar-lhe-ia o documento.

Nunca te entregarei o documento.(prclise)Nunca te entregaria o documento.(prclise)

Ambos se mudaro na semana que vem.Ambos se mudariam na semana quevem.

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nclise Exemplos

Pronome aps o verbo. A nclise a regrageral de colocao pronominal. Sendo assim, opronome dever ficar posposto ao verbo quandono ocorrer qualquer dos casos de prclise oumesclise.

Deu-me boas dicas. (incio de orao)

Traga-me o caf. (verbo no imperativoafirmativo)

Cuidado!

1) O particpio no admite nclise.

Exemplos:Fornecido-me o material, comecei a estudar. (errado)Fornecido a mim o material, comecei a estudar. (correto)

2) No devemos usar a colocao pronominal encltica (aps o verbo) quandohouver forma verbal no futuro do presente ou no futuro do pretrito. Nestescasos, a colocao deve ser mesocltica (no meio do verbo).

Exemplo:Entregarei-te o documento. (errado)Entregar-te-ei o documento. (correto)Entregaria-te o documento. (errado)Entregar-te-ia o documento. (correto)

3) Nas formas infinitivas antecedidas pela preposio a, a colocao dever serencltica (aps o verbo) se o pronome oblquo for o ou a.

Exemplos:Professor, estamos a admir-lo.Se soubermos que haver muito mais faxina, no continuaremos a faz-la.

Dica estratgica!

Se a forma verbal infinitiva for antecedida pela preposio a e o pronomeoblquo for o lhe, admite-se tanto a prclise quanto a nclise.

Exemplos:Continuou a lhe fazer carinho. (correto)Continuou a fazer-lhe carinho. (correto)

4) Quando houver duas palavras que exigem a prclise, permitido intercalar opronome oblquo tono entre elas. A esse caso d-se o nome de apossnclise.

Exemplo: Se me no falha a memria, j vi aquela moa em algum lugar.

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COLOCAO EM LOCUES VERBAIS(Formas possveis e corretas)

Auxiliar + Infinitivo

Prclise ao verbo auxiliar: Jamais lhe pretendo ensinar isso.

nclise ao verbo auxiliar: Eu pretendo-lhe ensinar isso.

nclise ao verbo principal: Eu pretendo ensinar-lhe isso.

nclise ao verbo principal: Jamais devo ensinar-lhe isso.

Auxiliar + Gerndio

Prclise ao verbo auxiliar: No lhe comeo ensinando.

nclise ao verbo auxiliar: Comeo-lhe ensinando.

nclise ao verbo principal: Comeo ensinando-lhe.

nclise ao verbo principal: No comeo ensinando-lhe.

Auxiliar + Particpio

Prclise ao verbo auxiliar: Eu lhe tinha ensinado a matria.

nclise ao verbo auxiliar: Eu tinha-lhe ensinado a matria.

Prclise ao verbo auxiliar: No lhe tinha ensinado a matria.

Dica estratgica!

Na estrutura verbo auxiliar + particpio, no se admite a colocao dopronome oblquo aps o verbo principal.

Exemplos:Tinha ensinado-lhe a matria. (errado)No tinha ensinado-lhe a matria. (errado)

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3. (FCC-2009/TRT-3 Regio) foroso contatar os ndios com delicadeza,para poupar os ndios de um contato talvez mais brutal, em que exploradoressubmetessem os ndios a toda ordem de humilhao, tornando os ndiosvtimas da supremacia das armas do branco.Evitam-se as viciosas repeties do trecho acima substituindo-se ossegmentos sublinhados, na ordem dada, por:

(A) poup-los - os submetessem - tornando-os (B)poup-los - lhes submetessem - os tornando (C)poupar-lhes - os submetessem - tornando-lhes (D)os poupar - submetessem-nos - lhes tornando(E) poupar a eles - os submetessem - tornando-lhes

Comentrio: Conforme vimos nas lies de Verbos, Pronomes e Correlaes, sea forma verbal transitiva direta terminar em R, S ou Z, devemos retirar essasterminaes, mudando os pronomes o(s), a(s) para -lo(s), -la(s), respectivamente:

poupar os ndios = poup-lossubmetessem os ndios = os submetessemtornando os ndios = tornando-os

Os pronomes o(s), a(s) e suas respectivas formas -lo(s), -la(s),respectivamente, devem ser empregadas, tambm, quando o verbo for transitivodireto (ligado a seu complemento direto sem preposio) o que ocorre nos trscasos, pois poupar, submeter e tornar assumem transitividade direta.

Vale frisar que, no contexto, tambm devemos ficar atentos colocaopronominal. Em submetessem os ndios, a colocao do pronome deve serprocltica (antes do verbo), j que o pronome relativo que (iniciando uma oraosubordinada adjetiva) exige a aplicao dessa regra. Logo, o texto, com as devidassubstituies, ficaria da seguinte maneira:

foroso contatar os ndios com delicadeza, para poup-los de um contatotalvez mais brutal, em que exploradores os submetessem a toda ordem dehumilhao, tornando-osvtimas da supremacia das armas do branco.

Gabarito: A.

4. (FCC-2009/PGE-RJ-Adaptada) Crnicas? Muita gente est habituada a lercrnicas, mas nem todos concedem s crnicas um valor equivalente ao deoutros gneros; alegam faltar s crnicas a altitude de um romance, e deixamde reconhecer as crnicas como vias de acesso imediato poesia do dia adia.Evitam-se as viciosas repeties do texto acima substituindo-se ossegmentos sublinhados, na ordem dada, por:

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(A) as ler concedem-lhes lhes faltar reconhecer-lhes(B) as ler lhes concedem faltar-lhes lhes reconhecer(C) l-las lhes concedem faltar-lhes reconhec-las(D) ler a elas as concedem lhes faltar reconhec-las(E) l-las concedem-nas faltar a elas as reconhecer

Comentrio: Conforme vimos nas lies de Verbos, Pronomes e Correlaes, sea forma verbal transitiva direta terminar em R, S ou Z, devemos retirar essasterminaes, mudando os pronomes o(s), a(s) para -lo(s), -la(s), respectivamente:

ler crnicas l-lasreconhecer as crnicas reconhec-las

Se o verbo for transitivo indireto, deveremos empregar a forma pronominallhe (e flexes):

concedem s crnicas concedem-lhesfaltar s crnicas faltar-lhes

Mais uma vez, chamo a ateno de vocs para a colocao pronominal. Emconceder s crnica (= concedem-lhes), temos o pronome indefinido todos, queexige a colocao procltica (antes do verbo). Logo, o perodo, com as respectivassubstituies, estaria correto da seguinte maneira:

Crnicas? Muita gente est habituada a l-las, mas nem todos lhes concedem umvalor equivalente ao de outros gneros; alegam faltar-lhes a altitude de umromance, e deixam de reconhec-las como vias de acesso imediato poesia do diaa dia.

Gabarito: C.

5. (FCC-2009/TRT-16 Regio) Est correto o emprego de ambos os elementossublinhados em:

(A) Enfraquecida, a cultura caipira cujos valores tanta gente se encantou, cede lugars modas citadinas, de que quase todos tomam como parmetro.(B) A moda sempre existiu, sempre haver quem a adote, assim como semprehaver quem no lhe poupe o aspecto de superficialidade.(C) A moda, cujos os valores so sempre efmeros, define as maneiras de vestir epensar de que se comprazem os citadinos.(D) Vive-se num tempo onde as mudanas so to rpidas que fica difcilacompanhar-lhes em sua velocidade.(E) Os modos de ser com que se apropria a gente da cidade so os que lhesparecem mais civilizados.

Comentrio: Este tipo de questo mescla conhecimentos de regncia e pronomes,sendo um clssico da Fundao Carlos Chagas. Vamos analisar as opes:

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Letra A: Resposta incorreta. Sempre que o termo regente (verbo ou nome) exigir oemprego de preposio, esta anteceder o pronome relativo. Em a cultura caipiracujos valores tanta gente se encantou, a forma verbal se encantou rege oemprego da preposio com, a qual deveria anteceder o relativo cujo. Sendoassim, h um erro na alternativa. Continuando a anlise do item, percebemos que aforma verbal tomam no rege emprego de preposio, ou seja, um verbotransitivo direto. Logo, a preposio de no deveria figurar no perodo: s modascitadinas, que quase todos tomam como parmetro.Letra B: Resposta correta. No perodo, o verbo adotar transitivo direto, isto ,no exige emprego de preposio. Sendo assim, est correto o emprego dopronome oblquo a em sempre haver quem a adote. Igualmente correto est oemprego do pronome oblquo lhe (empregado com valor de posse, ou seja, umadjunto adnominal): sempre haver quem no lhe poupe o aspecto desuperficialidade = sempre haver quem no poupe o aspecto de superficialidadeda moda.Letra C: Resposta incorreta. Conforme vimos no estudo dos pronomes relativos, aforma cujo (e flexes) no admite a anteposio/posposio de artigos.Letra D: Resposta incorreta. Erro muito frequente cometido pelos candidatos (masno mais por vocs!). O pronome relativo onde deve ser empregado apenas emreferncia a lugar. No contexto, porm, no h essa referncia, razo por quedevemos substitu-lo por em que: Vive-se num tempo onde as mudanas (...).Outro erro refere-se ao complemento do verbo acompanhar, que possuitransitividade direta. Sendo assim, seria correto complement-lo com a formaacompanh-las (acompanhar as mudanas).Letra E: Resposta incorreta. A forma se apropria transitiva indireta, regendo oemprego da preposio de. Logo, est errado o emprego da preposio comantes do relativo que. Outro erro: o pronome lhes refere-se expresso genteda cidade (no singular). Logo, o pronome oblquo tono tambm deve estar nessenmero: a gente da cidade so os que lhe parecem mais civilizados. (a gente dacidade so os que parecem mais civilizados a ela).

Gabarito: B.

6. (FCC/TRT-9 Regio) Indique a opo INCORRETA:

(A) Receba Vossa Excelncia os cumprimentos de seus subordinados.(B) Sua Excelncia, o Ministro da Justia, chegou acompanhado de outrasautoridades.(C) Reiteremos nosso apreo a Vossa Senhoria e vossos subordinados.(D) Solicitamos a Sua Senhoria que encaminhasse suas sugestes por escrito.(E) Concordamos com Vossa Excelncia e com seus subordinados.

Comentrio: Conforme vimos nas lies acerca dos pronomes de tratamento, todaa concordncia deve ser feita com a 3 pessoa (singular ou plural):

Vossa Excelncia saiu com seus assessores. (correto)Vossa Majestade e seus sditos venceram a guerra. (correto)

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Sendo assim, a assertiva C estaria correta da seguinte maneira: Reiteremosnosso apreo a Vossa Senhoria e seus subordinados.

Gabarito: C.

7. (FCC/TRT-2 Regio) Assinale a frase em que o pronome possessivo foiusado INCORRETAMENTE:

(A) Vossa Senhoria trouxe seu discurso e os documentos indeferidos?(B) Vossa Reverendssima queira desculpar-me se interrompo vosso trabalho.(C) Voltando ao Vaticano, Sua Santidade falar a fiis de vrias nacionalidades.(D) Informamos que Vossa Excelncia e seus auxiliares conseguiram muitasadeses.(E) Sua Excelncia, o Sr. Ministro da Justia, considerou a medida inconstitucional.

Comentrio: Conforme vimos nas lies acerca dos pronomes de tratamento, todaa concordncia deve ser feita com a 3 pessoa (singular ou plural):

Vossa Excelncia saiu com seus assessores. (correto)Vossa Majestade e seus sditos venceram a guerra. (correto)

Sendo assim, a assertiva B estaria correta da seguinte maneira: VossaReverendssima queira desculpar-me se interrompo seu trabalho.

Gabarito: B.

8. (FCC-2011/NOSSA CAIXA) Em 11 de setembro ocorreu a tragdia que marcou oincio deste sculo, e o mundo acompanhou essa tragdia pela TV. A princpio,ningum atribuiu a essa tragdia a dimenso que ela acabou ganhando, muitoschegaram a tomar essa tragdia como um grave acidente areo.Evitam-se as viciosas repeties da frase acima substituindo-se os elementossublinhados, na ordem dada, por:

(A) acompanhou-a - a atribuiu - lhe tomar(B) acompanhou-a - lhe atribuiu - tom-la(C) lhe acompanhou - lhe atribuiu - tomar-lhe(D) acompanhou-a - a atribuiu - tom-la(E) lhe acompanhou - atribuiu-lhe - a tomar

Comentrio: No primeiro segmento sublinhado (acompanhou essa tragdia), a colocaodo pronome tono a deve ser encltica (aps o verbo), j que essa a regra geral decolocao dos pronomes tonos e, tambm, por no haver, no contexto, elementos queexijam a colocao procltica (antes do verbo). Antes do segundo segmento destacado(atribuiu a essa tragdia), temos o pronome indefinido ningum, que implica a colocaodo pronome antes do verbo atribuir. Como essa forma verbal transitiva direta e indireta,o objeto indireto a essa tragdia ser substitudo pelo pronome oblquo lhe. Por fim, noterceiro segmento destacado (tomar essa tragdia), temos uma forma verbal terminada emR: tomar. Por essa razo, devemos retirar essa terminao, transformando o pronomeoblquo a na forma pronominal la.

Fazendo as devidas substituies, o perodo do enunciado ficar da seguinte forma:

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Em 11 de setembro ocorreu a tragdia que marcou o incio deste sculo, e o mundoacompanhou-a pela TV. A princpio, ningum lhe atribuiu a dimenso que ela acabouganhando, muitos chegaram a tom-la como um grave acidente areo.

Gabarito: B.

9. (FCC-2011/TRT-4 Regio-Adaptada)

01008991538

No primeiro pargrafo do texto,

Esta (linha 1) e a (linha 2) so pronomes que se antecipam ao elemento a que cada umdeles se refere.

Comentrio: Conforme vimos, os pronomes desempenham importante papel de elementoscoesivos (coeso textual). No contexto, Esta um pronome de referncia catafrica, ou

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seja, situa o que ainda ser expresso: uma histria. Entretanto, a forma pronominaloblqua a anafrica, porque retoma a expresso uma histria, a qual j haviasido citada na superfcie textual.

Gabarito: Errado.

10. (FCC-2011/TRT-23 Regio) Muitos se dizem a favor da pena de morte, masmesmo os que mais ardorosamente defendem a pena de morte no so capazes deatribuir pena de morte o efeito de reparao do ato do criminoso que supostamentemereceria a pena de morte.Evitam-se as viciosas repeties da frase acima substituindo-se os elementossublinhados, respectivamente, por:

(A) a defendem - lhe atribuir - a mereceria.(B) a defendem - atribui-la - lhe mereceria.(C) defendem-na - atribui-la - merecer-lhe-ia.(D) lhe defendem - lhe atribuir - mereceriam-na.(E) defendem-lhe - atribuir-lhe - a mereceria.

Comentrio: No primeiro segmento destacado (defendem a pena de morte), a colocaopronominal deve ser procltica (antes do verbo), j que temos o pronome relativo que: (...)mesmo os que mais ardorosamente defendem a pena de morte (...). Por sua vez, asegunda expresso em destaque (atribuir pena de morte) contm uma forma verbaltransitiva direta e indireta. Sendo assim, a expresso pena de morte pode ser substitudapelo pronome oblquo lhe, o qual deve ser anteposto ao verbo atribuir, haja vista apresena do advrbio no. Com relao o terceiro segmento destacado (mereceria a penade morte), a colocao do pronome oblquo tona a deve ser procltica forma verbalmereceria, pois temos a presena do pronome relativo que.

Fazendo as devidas substituies, o perodo do enunciado ficar da seguinte forma:

Muitos se dizem a favor da pena de morte, mas mesmo os que mais ardorosamentea defendem no so capazes de lhe atribuir o efeito de reparao do ato do criminosoque supostamente a mereceria.

Gabarito: A.

11. (FCC-2012/TCE-SP-Adaptada) A prxima questo refere-se ao texto abaixo.

No sei se V. Exa. Revma. como eu. Eu gosto de contemplar o passado, de vivera vida que foi, de pensar nos homens que antes de ns, ou honraram a cadeira queV. Exa. Revma. ocupa, ou espreitaram, como eu, as vidas alheias. Outras vezesestendo o olhar pelo futuro adiante, e vejo o que h de ser esta boa cidade de S.Sebastio, um sculo mais tarde, quando o bonde for um veculo to desacreditadocomo a gndola, e o atual chapu masculino uma simples reminiscncia histrica.Podia contar-lhe em duas ou trs colunas o que vejo no futuro e o que revejo nopassado; mas, alm de que no quisera tomar o precioso tempo de V. Exa.Reverendssima, tenho pressa de chegar ao ponto principal desta carta, com queabro a minha crnica.E vou j a ele.

(Machado de Assis. Histria de quinze dias: crnicas. 1877, 1 de janeiro. IN Obra completa, v. III,Rio de Janeiro: Jos Aguilar, 1962. p. 352-353)

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Acerca das formas de tratamento, julgue a afirmativa a seguir.

I. O pronome de tratamento, empregado em conformidade com o padro cultoescrito, evidencia que a carta com que se inicia a crnica endereada ao papa.

Comentrio: A forma de tratamento V. Exa. Revma. empregada na hierarquiaeclesistica, sendo endereada a arcebispos e bispos. Caso a carta fosse destinadaao papa, o tratamento correto seria Vossa Santidade.

Gabarito: Errado.

12. (FCC-2012/TRE-SP) A substituio do elemento grifado pelo pronomecorrespondente, com os necessrios ajustes no segmento, foi realizada demodo INCORRETO em:

(A) nico veculo que mandava reprteres - nico veculo que os mandava(B) Impunha logo respeito - Impunha-o logo(C) fazia questo de anunciar minha presena - fazia questo de anunci-la(D) um telefone para passar a matria - um telefone para passar-lhe(E) sugerir caminhos para as etapas seguintes - sugeri-los

Comentrio: O nico erro encontra-se na assertiva D. O verbo passar termina em-r e, no contexto, assume transitividade direta. Portanto, a forma que substituiadequadamente a expresso a matria la: fazia questo de anunci-la.

Gabarito: D.

13. (FCC-2014/Cmara Municipal de So Paulo) A mobilizao dos afetos ......se refere o autor, relacionada ...... aes, remonta ...... uma nooprocedente ...... tica grega antiga, para a qual a excelncia conquistada justamente pela injuno desses dois campos.

Preenche respectivamente as lacunas da frase acima o que est em:

(A) qual de pela(B) de que com de (C) a que s a da(D) que a a (E) em que com a a

Comentrio: As opes constantes da letra (C) gabaritam a questo.

Na 1 lacuna, o verbo referir-se rege o emprego da preposio a,termo que antecede o pronome relativo que: A mobilizao dos afetos aque se refere o autor (...).

Por sua vez, a 2 lacuna deve ser preenchida com a forma s,resultado da contrao entre a preposio a, exigida pelo termo regenterelacionada, e o artigo definido as, admitido pelo termo regido aes.

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J a 3 lacuna deve ser preenchida somente pela preposio a,termo que antecede o artigo indefinido uma.

Por fim, a 4 lacuna deve ser preenchida pela forma da, resultadoda contrao entre a preposio de (exigida pelo nome procedente) e oartigo definido a, do vocbulo tica.

Gabarito: C.

A publicidade se estabeleceu nas economias capitalistas como um recursoindispensvel para o escoamento dos bens de consumo; mas o desenvolvimentode suas tcnicas de aliciamento do consumidor extrapolou o objetivo original depromover a venda de certas mercadorias. Hoje a publicidade no serve apenaspara convencer o possvel comprador de que um carro mais potente do que ooutro. Junto com carros e cartes de crdito acessveis a uma parcela dasociedade, a publicidade vende sonhos, ideais, atitudes e valores para asociedade inteira. Mesmo quem no consome nenhum dos objetos alardeadospela publicidade como se fossem a chave da felicidade, consome a imagemdeles. Consome o desejo de possu-los. Consome a identificao com o bem,com o ideal de vida que eles supostamente representam.

Os publicitrios descobriram que possvel fazer o inconsciente doconsumidor trabalhar a favor do lucro de seus clientes. O inconsciente, como sesabe, no tico ou antitico. O inconsciente amoral. Ele funciona de acordocom a lgica da realizao (imediata) dos desejos, que na verdade no toindividual quanto parece. O desejo social. Desejamos o que os outros desejam,ou o que nos convidam a desejar. Uma imagem publicitria eficaz deve apelar aodesejo inconsciente, ao mesmo tempo em que se oferece como objeto desatisfao. Ela determina quais sero os objetos imaginrios de satisfao dodesejo, e assim faz o inconsciente trabalhar para o capital. S que o sujeito doinconsciente nunca encontra toda a satisfao prometida no produto que lhe oferecido.

O que a publicidade prope aos consumidores em potencial umapseudoescolha. Seja livre: escolha o melhor modelo de automvel do mercado da marca x. Aqueles que podem comprar um carro naquela faixa de preopercebero que as marcas se equivalem; para os que no podem a grandemaioria a escolha no se coloca. Os que no se incluem entre os que podemcomprar ficam de fora. Fora da representao. Fora do discurso. Ou soincludos pela identificao com as imagens: esta a fabricao concreta daalienao a que se refere o escritor Guy Debord.

A publicidade dirige-se ao desejo e responde a ele com mercadorias.Interessa-se pelos sonhos e fantasias para capt-los como tendncias demercado, e at mesmo os anseios polticos por liberdade e democracia sovertidos na forma dos direitos de escolha do consumidor.

(Adaptado de: KHEL, Maria Rita. Videologias. So Paulo, Boitempo Editorial, 2004. p. 61-62)

Ele funciona de acordo com a lgica da realizao (imediata) dosdesejos... (2o pargrafo)

... no produto que lhe oferecido. (2o pargrafo)

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14. Os elementos grifados acima referem-se, respectivamente, a:

(A) desejo capital(B) consumidor consumidores em potencial(C) inconsciente sujeito do inconsciente(D) objeto de satisfao produto(E) clientes objetos imaginrios

Comentrio: Questo sobre referenciao textual. No contexto, opronome pessoal Ele resgata o vocbulo inconsciente na superfcietextual: O inconsciente, como se sabe, no tico ou antitico. Oinconsciente amoral. Ele (= o inconsciente) funciona de acordo com algica da realizao ....

Por sua vez, o pronome oblquo lhe retoma a expresso sujeito doinconsciente: S que o sujeito do inconsciente nunca encontra toda asatisfao prometida no produto que lhe oferecido (= no produto que oferecido ao sujeito do inconsciente).

Gabarito: C.

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QUESTES COMENTADAS NA AULA

1. (FCC/TRT-11 Regio-Adaptada) Julgue a assertiva a seguir.

A frase abaixo NO apresenta ambiguidade.

Gostaria que voc consultasse sua me, antes de ceder sua chcara por ocasio danossa formatura.

2. (FCC/TJ-AP) Est correto o emprego de ambos os elementos sublinhadosna frase:

(A) Otrio voc, que confia de que Obama faa um governo competente, de cujono h ainda qualquer indcio.(B) Prefira-se morar em Beverly Hills do que morar em Darfur; a esta regio faltatudo o que aquela no falta.(C) Esses doutores, de cujo pessimismo todos conhecem, esto sempre aplicadoscom a difuso fascinada dos horrores.(D) como se a barbrie e a crueldade, s quais esses doutores assistem comindiferena, fossem fenmenos cujo horror devesse ser naturalizado.(E) O autor est convicto que tais doutores representam um radical pessimismo, decujo parecer orgulhar-se de ostentar.

3. (FCC-2009/TRT-3 Regio) foroso contatar os ndios com delicadeza,para poupar os ndios de um contato talvez mais brutal, em que exploradoressubmetessem os ndios a toda ordem de humilhao, tornando os ndiosvtimas da supremacia das armas do branco.Evitam-se as viciosas repeties do trecho acima substituindo-se ossegmentos sublinhados, na ordem dada, por:

(A) poup-los - os submetessem - tornando-os (B)poup-los - lhes submetessem - os tornando (C)poupar-lhes - os submetessem - tornando-lhes (D)os poupar - submetessem-nos - lhes tornando(E) poupar a eles - os submetessem - tornando-lhes

4. (FCC-2009/PGE-RJ-Adaptada) Crnicas? Muita gente est habituada a lercrnicas, mas nem todos concedem s crnicas um valor equivalente ao deoutros gneros; alegam faltar s crnicas a altitude de um romance, e deixamde reconhecer as crnicas como vias de acesso imediato poesia do dia adia.Evitam-se as viciosas repeties do texto acima substituindo-se ossegmentos sublinhados, na ordem dada, por:(A) as ler concedem-lhes lhes faltar reconhecer-lhes(B) as ler lhes concedem faltar-lhes lhes reconhecer(C) l-las lhes concedem faltar-lhes reconhec-las(D) ler a elas as concedem lhes faltar reconhec-las(E) l-las concedem-nas faltar a elas as reconhecer

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5. (FCC-2009/TRT-16 Regio) Est correto o emprego de ambos os elementossublinhados em:

(A) Enfraquecida, a cultura caipira cujos valores tanta gente se encantou, cede lugars modas citadinas, de que quase todos tomam como parmetro.(B) A moda sempre existiu, sempre haver quem a adote, assim como semprehaver quem no lhe poupe o aspecto de superficialidade.(C) A moda, cujos os valores so sempre efmeros, define as maneiras de vestir epensar de que se comprazem os citadinos.(D) Vive-se num tempo onde as mudanas so to rpidas que fica difcilacompanhar-lhes em sua velocidade.(E) Os modos de ser com que se apropria a gente da cidade so os que lhesparecem mais civilizados.

6. (FCC/TRT-9 Regio) Indique a opo INCORRETA:

(A) Receba Vossa Excelncia os cumprimentos de seus subordinados.(B) Sua Excelncia, o Ministro da Justia, chegou acompanhado de outrasautoridades.(C) Reiteremos nosso apreo a Vossa Senhoria e vossos subordinados.(D) Solicitamos a Sua Senhoria que encaminhasse suas sugestes por escrito.(E) Concordamos com Vossa Excelncia e com seus subordinados.

7. (FCC/TRT-2 Regio) Assinale a frase em que o pronome possessivo foiusado INCORRETAMENTE:

(A) Vossa Senhoria trouxe seu discurso e os documentos indeferidos?(B) Vossa Reverendssima queira desculpar-me se interrompo vosso trabalho.(C) Voltando ao Vaticano, Sua Santidade falar a fiis de vrias nacionalidades.(D) Informamos que Vossa Excelncia e seus auxiliares conseguiram muitasadeses.(E) Sua Excelncia, o Sr. Ministro da Justia, considerou a medida inconstitucional.

8. (FCC-2011/NOSSA CAIXA) Em 11 de setembro ocorreu a tragdia quemarcou o incio deste sculo, e o mundo acompanhou essa tragdia pela TV.A princpio, ningum atribuiu a essa tragdia a dimenso que ela acabouganhando, muitos chegaram a tomar essa tragdia como um grave acidenteareo.Evitam-se as viciosas repeties da frase acima substituindo-se os elementossublinhados, na ordem dada, por:

(A) acompanhou-a - a atribuiu - lhe tomar(B) acompanhou-a - lhe atribuiu - tom-la(C) lhe acompanhou - lhe atribuiu - tomar-lhe(D) acompanhou-a - a atribuiu - tom-la(E) lhe acompanhou - atribuiu-lhe - a tomar

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9. (FCC-2011/TRT-4 Regio-Adaptada)

No primeiro pargrafo do texto,

01008991538

Esta (linha 1) e a (linha 2) so pronomes que se antecipam ao elemento a que cadaum deles se refere.

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10. (FCC-2011/TRT-23 Regio) Muitos se dizem a favor da pena de morte, masmesmo os que mais ardorosamente defendem a pena de morte no socapazes de atribuir pena de morte o efeito de reparao do ato do criminosoque supostamente mereceria a pena de morte.Evitam-se as viciosas repeties da frase acima substituindo-se os elementossublinhados, respectivamente, por:

(A) a defendem - lhe atribuir - a mereceria.(B) a defendem - atribui-la - lhe mereceria.(C) defendem-na - atribui-la - merecer-lhe-ia.(D) lhe defendem - lhe atribuir - mereceriam-na.(E) defendem-lhe - atribuir-lhe - a mereceria.

11. (FCC-2012/TCE-SP) A prxima questo refere-se ao texto abaixo.

No sei se V. Exa. Revma. como eu. Eu gosto de contemplar o passado, de vivera vida que foi, de pensar nos homens que antes de ns, ou honraram a cadeira queV. Exa. Revma. ocupa, ou espreitaram, como eu, as vidas alheias. Outras vezesestendo o olhar pelo futuro adiante, e vejo o que h de ser esta boa cidade de S.Sebastio, um sculo mais tarde, quando o bonde for um veculo to desacreditadocomo a gndola, e o atual chapu masculino uma simples reminiscncia histrica.Podia contar-lhe em duas ou trs colunas o que vejo no futuro e o que revejo nopassado; mas, alm de que no quisera tomar o precioso tempo de V. Exa.Reverendssima, tenho pressa de chegar ao ponto principal desta carta, com queabro a minha crnica.E vou j a ele.

(Machado de Assis. Histria de quinze dias: crnicas. 1877, 1 de janeiro. IN Obra completa, v. III,Rio de Janeiro: Jos Aguilar, 1962. p. 352-353)

Acerca das formas de tratamento, julgue a afirmativa a seguir.

I. O pronome de tratamento, empregado em conformidade com o padro cultoescrito, evidencia que a carta com que se inicia a crnica endereada ao papa.

12. (FCC-2012/TRE-SP) A substituio do elemento grifado pelo pronomecorrespondente, com os necessrios ajustes no segmento, foi realizada demodo INCORRETO em:

(A) nico veculo que mandava reprteres - nico veculo que os mandava(B) Impunha logo respeito - Impunha-o logo(C) fazia questo de anunciar minha presena - fazia questo de anunci-la(D) um telefone para passar a matria - um telefone para passar-lhe(E) sugerir caminhos para as etapas seguintes - sugeri-los

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13. (FCC-2014/Cmara Municipal de So Paulo) A mobilizao dos afetos ......se refere o autor, relacionada ...... aes, remonta ...... uma nooprocedente ...... tica grega antiga, para a qual a excelncia conquistada justamente pela injuno desses dois campos.

Preenche respectivamente as lacunas da frase acima o que est em:

(A) qual de pela(B) de que com de (C) a que s a da(D) que a a (E) em que com a a

Ele funciona de acordo com a lgica da realizao (imediata) dosdesejos... (2o pargrafo)

... no produto que lhe oferecido. (2o pargrafo)14. Os elementos grifados acima referem-se, respectivamente, a:

(A) desejo capital(B) consumidor consumidores em potencial(C) inconsciente sujeito do inconsciente(D) objeto de satisfao produto(E) clientes objetos imaginrios

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Gabarito

1. Errado 8. B2. D 9. Errado3. A 10. A4. C 11. Errado5. B 12. D6. C 13. C7. B 14. C

timos estudos e rumo APROVAO!

At o prximo encontro!

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