Aspectos Botânicos e Econômicos Da Soja e Feijão

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SUL DE MINAS CAMPUS MACHADO Ana Carolina Fernandes da Silva Emerson Flávio Gonçalves Larissa Alves Martins Rafaela Ferreira de Carvalho Aspectos botânicos e econômicos da soja e feijão MACHADO 2015

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A soja (Glycine max (L.) Merrill) que hoje é cultivada mundo afora, é muito diferente dos ancestrais que lhe deram origem: espécies de plantas rasteiras que se desenvolviam na costa leste da Ásia, principalmente ao longo do Rio Amarelo, na China. Sua evolução começou com o aparecimento de plantas oriundas de cruzamentos naturais, entre duas espécies de soja selvagem, que foram domesticadas e melhoradas por cientistas da antiga China. Sua importância na dieta alimentar da antiga civilização chinesa era tal, que a soja, juntamente com o trigo, o arroz, o centeio e o milheto, era considerada um grão sagrado, com direito a cerimoniais ritualísticos na época da semeadura e da colheita (EMBRAPA, 2000).O feijão (Phaseolus vulgaris L.) é um dos mais importantes componentes da dieta alimentar do brasileiro, por ser reconhecidamente uma excelente fonte protéica, além de possuir bom conteúdo de carboidratos, vitaminas, minerais, fibras e compostos fenólicos com ação antioxidante que podem reduzir a incidência de doenças. A maioria das cultivares de feijão apresenta em torno de 25% de proteína, que é rica no aminoácido essencial lisina, mas pobre nos aminoácidos sulfurados. Essa deficiência, contudo, é suprida pelo consumo dessa leguminosa com alguns cereais, especialmente o arroz, o que torna a tradicional dieta brasileira, o arroz com feijão, complementar, no que se refere aos aminoácidos essenciais (EMBRAPA, 2005).

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DO SUL DE MINAS – CAMPUS MACHADO

Ana Carolina Fernandes da Silva

Emerson Flávio Gonçalves

Larissa Alves Martins

Rafaela Ferreira de Carvalho

Aspectos botânicos e econômicos da soja e feijão

MACHADO

2015

Page 2: Aspectos Botânicos e Econômicos Da Soja e Feijão

Ana Carolina Fernandes da Silva

Emerson Flávio Gonçalves

Larissa Alves Martins

Rafaela Ferreira de Carvalho

Aspectos botânicos e econômicos da soja e feijão

Trabalho sobre Aspectos botânicos e econômicos da soja

e feijão, apresentado ao IFSULDEMINAS, Campus

Machado, professor Dr. Vanderley Almeida.

Machado

2015

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Sumário

1. Introdução ........................................................................................................................ 4

2. Referencial teórico ........................................................................................................... 5

2.1. Aspectos econômicos da soja ................................................................................... 5

2.2. Aspectos botânicos da soja ....................................................................................... 6

2.2.1. Folhas ................................................................................................................... 6

2.2.2. Caule ..................................................................................................................... 6

2.2.3. Flor ....................................................................................................................... 7

2.2.4. Raiz ....................................................................................................................... 7

2.2.5. Vagem ................................................................................................................... 7

2.2.6. Semente ................................................................................................................ 7

2.3. Aspectos econômicos do feijão ................................................................................ 7

2.4. Aspectos botânicos do feijão .................................................................................... 8

2.4.1. Hábito de crescimento .......................................................................................... 8

2.4.2. Folhas ................................................................................................................... 9

2.4.3. Caule ..................................................................................................................... 9

2.4.4. Flor ....................................................................................................................... 9

2.4.5. Raiz ....................................................................................................................... 9

2.4.6. Fruto ................................................................................................................... 10

2.4.7. Semente .............................................................................................................. 10

3. Conclusão ...................................................................................................................... 11

4. Referências bibliográficas ............................................................................................. 12

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1. Introdução

A soja (Glycine max (L.) Merrill) que hoje é cultivada mundo afora, é muito diferente

dos ancestrais que lhe deram origem: espécies de plantas rasteiras que se desenvolviam na

costa leste da Ásia, principalmente ao longo do Rio Amarelo, na China. Sua evolução

começou com o aparecimento de plantas oriundas de cruzamentos naturais, entre duas

espécies de soja selvagem, que foram domesticadas e melhoradas por cientistas da antiga

China. Sua importância na dieta alimentar da antiga civilização chinesa era tal, que a soja,

juntamente com o trigo, o arroz, o centeio e o milheto, era considerada um grão sagrado, com

direito a cerimoniais ritualísticos na época da semeadura e da colheita (EMBRAPA, 2000).

Apesar de conhecida e explorada no Oriente há mais de cinco mil anos (é reconhecida

como uma das mais antigas plantas cultivadas do Planeta), o Ocidente ignorou o seu cultivo

até a segunda década do século vinte, quando os Estados Unidos (EUA) iniciaram sua

exploração comercial (primeiro como forrageira e, posteriormente, como grão). Em 1940, no

auge do seu cultivo como forrageira, foram cultivados, nesse país, cerca de dois milhões de

hectares com tal propósito (EMBRAPA, 2000).

O feijão (Phaseolus vulgaris L.) é um dos mais importantes componentes da dieta

alimentar do brasileiro, por ser reconhecidamente uma excelente fonte protéica, além de

possuir bom conteúdo de carboidratos, vitaminas, minerais, fibras e compostos fenólicos com

ação antioxidante que podem reduzir a incidência de doenças. A maioria das cultivares de

feijão apresenta em torno de 25% de proteína, que é rica no aminoácido essencial lisina, mas

pobre nos aminoácidos sulfurados. Essa deficiência, contudo, é suprida pelo consumo dessa

leguminosa com alguns cereais, especialmente o arroz, o que torna a tradicional dieta

brasileira, o arroz com feijão, complementar, no que se refere aos aminoácidos essenciais

(EMBRAPA, 2005).

O objetivo deste trabalho é discorrer sobre aspectos botânicos e econômicos da soja e

do feijão.

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2. Referencial teórico

2.1. Aspectos econômicos da soja

Segundo a Embrapa Soja, a safra de soja 2013/2014, a produção mundial de foi de

283,873 milhões de toneladas com uma área plantada de 113,049 milhões de hectares. Nos

Estados Unidos, o maior produtor do grão, a produção foi de 89,507 milhões de toneladas

com uma área plantada de 30,703 milhões de hectares com uma produtividade de 2,915 kg/há.

Já o Brasil, segundo maior produtor mundial, teve como produção 85,656 milhões de

toneladas com uma área plantada de 30,135 milhões de hectares e uma produtividade de 2,842

kg/ há segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB).

O consumo interno de soja foi de 38,5 milhões de toneladas sendo a exportação total

(exportação de grão, farelo e óleo) resultando em U$ 31,0 bilhões (EMBRAPA, 2014).

O explosivo crescimento da produção de soja no Brasil, de quase 260 vezes no

transcorrer de apenas quatro décadas, determinou uma cadeia de mudanças sem precedentes

na história do País. Foi a soja, inicialmente auxiliada pelo trigo, a grande responsável pelo

surgimento da agricultura comercial no Brasil. Também, ela apoiou ou foi a grande

responsável pela aceleração da mecanização das lavouras brasileiras, pela modernização do

sistema de transportes, pela expansão da fronteira agrícola, pela profissionalização e pelo

incremento do comércio internacional, pela modificação e pelo enriquecimento da dieta

alimentar dos brasileiros, pela aceleração da urbanização do País, pela interiorização da

população brasileira (excessivamente concentrada no sul, sudeste e litoral do Norte e

Nordeste), pela tecnificação de outras culturas (destacadamente a do milho), bem como

impulsionou e interiorizou a agro- indústria nacional, patrocinando a expansão da avicultura e

da suinocultura brasileiras (SILVA, 2008).

A sojicultura brasileira gera 1,5 milhão de empregos em 17 Estados do País. O

crescimento dos setores envolvidos com a soja por meio de investimentos em tecnologias,

novas áreas agrícolas e indústrias de processamento de grãos e refino de óleos tem promovido

resultados positivos não apenas em volumes operados, mas também na melhoria de vida da

população. Isso pode ser visto na comparação entre as duas últimas pesquisas do Índice de

Desenvolvimento Humano - IDH (medido entre 0 e 1) realizadas pelo Programa das Nações

Unidas para o Desenvolvimento - PNUD, órgão da Organização das Nações Unidas, que

revela um aumento vigoroso da qualidade de vida nos municípios em que a soja desempenha

importante papel econômico e social (ABIOVE, 2012).

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2.2. Aspectos botânicos da soja

A soja cultivada comercialmente hoje (Glycine max (L) Merril) é uma planta herbácea,

incluída na classe Dicotyledoneae, ordem Rosales, família Leguminosae, subfamília das

Papilionoideae, gênero Glycine L.

É uma planta com grande variedade genética, tanto no ciclo vegetativo (período

compreendido da emergência da plântula até a abertura das primeiras flores), como no

reprodutivo (período do início da floração até o fim do ciclo da cultura), sendo também

influenciada pelo meio ambiente.

Há grande diversidade de ciclo, de modo geral, os cultivares brasileiros têm ciclos

entre 100 e 160 dias, e podem ser classificados em grupos de maturação precoce, semi-

precoce, médio, semitardio e tardio, dependendo da região.

A altura da planta depende da interação da região (condições ambientais) e do cultivar

(genótipo). Os cultivares plantados comercialmente no país oscila de 60 até 120 dias.

Como acontece com outras leguminosas, por exemplo, o feijão comum, a soja pode

apresentar três tipos de crescimento, diretamente correlacionados com o porte da planta:

indeterminado, sem determinado e determinado. A planta de soja é fortemente influenciada

pelo comprimento do dia (período de iluminação). Em regiões ou épocas de fotoperíodo mais

curto, durante a fase vegetativa da planta, ela tende a induzir o florescimento precoce, e

apresentar consecutiva queda de produção.

Para controlar este problema, alguns melhoristas utilizam o artifício do uso do período

juvenil longo para retardar o florescimento em dias curtos. Pois, na fase juvenil, a soja não

floresce, mesmo quando submetida ao fotoperíodo indutivo, permitindo assim maior

crescimento vegetativo e evitando quebra na produção.

2.2.1. Folhas

Durante todo o ciclo da planta são distinguidos quatro tipos de folha: cotiledonares,

folhas primárias ou simples, folhas trifolioladas ou compostas e prófilos simples. Sua cor, na

maioria dos cultivares, é verde pálida e, em outras, verde escura.

2.2.2. Caule

O caule é ramoso, híspido, com tamanho que varia entre 80 e 150 cm, dependendo da

variedade e do tempo de exposição diário à luz. Sua terminação apresenta racemo, em

variedades de crescimento determinado, ou sem racemo terminal, em variedades de

crescimento indeterminado.

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2.2.3. Flor

A soja é essencialmente uma espécie autógama, ou seja, uma planta polinizada por ela

mesma e não por outras plantas, mesmo que vizinhas a ela, com flores perfeitas e órgãos

masculinos e femininos protegidos dentro da corola. Insetos, principalmente abelhas, podem

transportar o pólen e realizar a polinização de flores de diferentes plantas, mas a taxa de

fecundação cruzada, em geral, é menor que 1 %. As flores de soja podem apresentar

coloração branca, púrpura diluída ou roxa, de 3 até 8mm de diâmetro. O início da floração dá-

se quando a planta apresenta de 10 até 12 folhas trifolioladas, onde os botões

axilares mostram racemos com 2 até 35 flores cada um.

2.2.4. Raiz

O sistema radicular da soja é constituído de um eixo principal e grande número de

raízes secundárias, sendo classificado com um sistema difuso. O comprimento das raízes pode

chegar a até 1,80 m. A maior parte delas encontra-se a 15 cm de profundidade.

2.2.5. Vagem

O legume da soja é levemente arqueado, peludo, formado por duas valvas de um

carpelo simples, medindo de 2 até 7cm, onde aloja de 1 até 5 sementes. A cor da vagem da

soja varia entre amarela-palha, cinza e preta, dependendo do estágio de desenvolvimento da

planta.

2.2.6. Semente

As sementes de soja são lisas, ovais, globosas ou elípticas. Podem também ser

encontradas nas cores amarela, preta ou verde. O hilo é geralmente marrom, preto ou cinza.

2.3. Aspectos econômicos do feijão

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o consumo

alimentar de feijão da população brasileira combina a tradicional dieta à base de arroz e feijão

com alimentos com poucos nutrientes e muitas calorias. Conforme estimativa IBGE/2012 e

Conab/safra 2011/12 o consumo alimentar médio de feijão per capita é 14,94 kg/hab/ano.

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de feijão, atrás somente da Índia. O

feijão é um produto com alta importância econômica e social no País. O produto exerce

grande valor sob o ponto de vista alimentar, como alternativa econômica de exploração

agrícola em pequenas propriedades e como atividade de ocupação de mão-de-obra menos

qualificada nas diversas regiões rurais brasileiras (ARAÚJO, 2011).

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Ainda segundo Araújo (2011), existem oficialmente, no Brasil três safras: a 1ª safra

(das águas) o plantio vai de agosto a janeiro e a colheita de novembro a abril; a 2ª safra (das

secas) o período de plantio vai de janeiro a maio e colheita de abril a agosto e a 3ª safra

(inverno sequeiro/irrigado) planta-se a partir de maio, se estendendo até julho. A colheita

desta última safra vai de agosto a outubro. A participação percentual das três safras na

produção brasileira de feijão indica que a primeira safra responde por 33%. A 2ª safra por

48% e a 3ª safra é responsável por 19%.

Além do papel relevante na alimentação do brasileiro, o feijão é um dos produtos

agrícolas de maior importância econômico-social, devido principalmente à mão-de-obra

empregada durante o ciclo da cultura. Estima-se que são utilizados, somente em Minas

Gerais, na cultura do feijão, cerca de 7 milhões de homens por dia-ciclo de produção,

envolvendo cerca de 295 mil produtores.

O Brasil é o maior produtor mundial de feijão, e Minas Gerais, o primeiro maior

Estado produtor, respondendo por, aproximadamente, 15% da produção

nacional (EMBRAPA, 2010).

O sul de Minas Gerais é a região maior produtora de feijão "das águas" do Estado,

sendo responsável por 21,2% da produção. Na safra da "seca", é a segunda maior produtora,

respondendo por 16,5% da produção, ficando atrás apenas da região noroeste (EMBRAPA,

2010).

2.4. Aspectos botânicos do feijão

O feijão-comum é uma planta anual herbácea, trepadora ou não, pertencente à família

Leguminosae, subfamília Papipilionoideae, gênero Phaseolus. Está classificado

como Phaseolus vulgaris L.

2.4.1. Hábito de crescimento

O feijoeiro pode apresentar duas formas de crescimento, determinado e indeterminado.

O hábito de crescimento determinado caracteriza-se por ter o caule e os ramos laterais

terminando em uma inflorescência (inflorescência terminal) e possuir um número limitado de

nós; a floração inicia-se do ápice para a base da planta.

O hábito indeterminado é caracterizado por possuir um caule principal com

crescimento contínuo, numa sucessão de nós e entrenós; as inflorescências são axilares, isto é,

desenvolvem-se nas axilas das folhas, e a floração inicia-se da base para o ápice da planta.

Condições do ambiente podem influenciar o hábito de crescimento do feijoeiro, que deve ser

avaliado durante a floração e a maturação fisiológica.

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Os hábitos de crescimento são agrupados e caracterizados em quatro tipos principais:

Tipo I - hábito de crescimento determinado, arbustivo e porte da planta ereto.

Tipo II - hábito de crescimento indeterminado, arbustivo, porte da planta ereto e caule pouco

ramificado.

Tipo III - hábito de crescimento indeterminado, prostrado ou semiprostrado, com ramificação

bem desenvolvida e aberta.

Tipo IV - hábito de crescimento indeterminado, trepador; caule com forte dominância apical

e número reduzido de ramos laterais, pouco desenvolvidos.

Ocorrem hábitos intermediários entre os hábitos indeterminados II / III, e III / IV.

2.4.2. Folhas

As folhas do feijoeiro são simples e opostas nas folhas primárias; e compostas,

constituídas de três folíolos (trifolioladas), com disposição alternada, características das folhas

definitivas. Quanto à disposição dos folíolos, um é central ou terminal, simétrico, e dois são

laterais, opostos e assimétricos. A cor e a pilosidade variam de acordo com o cultivar, posição

na planta, idade da planta e condições do ambiente.

2.4.3. Caule

É herbáceo (haste), constituído por um eixo principal, formado por uma sucessão de

nós e entrenós. O primeiro nó constitui os cotilédones, o segundo corresponde à inserção das

folhas primárias, e o terceiro, das folhas trifolioladas. A porção entre as raízes e os

cotilédones é o hipocótilo e, entre os cotilédones e as folhas primárias, o epicótilo. Pode

ocorrer presença ou ausência de pilosidade e de pigmentação.

2.4.4. Flor

As flores estão agrupadas em inflorescências do tipo rácemo axilar (no hábito de

crescimento indeterminado) e rácemo terminal (no hábito determinado), compostas de três

partes principais: um eixo composto de pedúnculo e ráquis, as brácteas e os botões florais

agrupados em complexos axilares inseridos no ráquis. Quanto à coloração, as flores podem ter

a cor branca, rósea ou violeta e ser uniforme para toda a corola ou bicolor.

2.4.5. Raiz

O sistema radicular do feijoeiro é formado por uma raiz principal, ou primária, da qual

se desenvolvem, lateralmente, as raízes secundárias e terciárias.

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2.4.6. Fruto

É um legume, deiscente, constituído de duas valvas unidas por duas suturas, uma

dorsal e outra ventral; a forma, ou perfil, pode ser reta, arqueada ou recurvada e o ápice, ou

extremidade estilar, abrupto ou afilado, arqueado ou reto. A cor é característica do cultivar,

podendo ser uniforme ou apresentar estrias e variar de acordo com o grau de maturação

(imaturo, maduro e completamente seco): de verde, verde com estrias vermelhas ou roxas,

vermelho, roxo, amarelo, amarelo com estrias vermelhas ou roxas, até marrom.

2.4.7. Semente

A semente possui alto teor de carboidratos e proteínas, constituída, externamente, de

um tegumento, hilo, micrópila e rafe; internamente, de um embrião formado pela plúmula,

duas folhas primárias, hipocótilo, dois cotilédones e radícula.

A semente do feijão pode ter várias formas: arredondada, elíptica, reniforme ou

oblonga, e tamanhos que variam de muito pequenas a grandes e apresentar ampla

variabilidade de cores, ou seja, do preto, bege, roxo, róseo, vermelho, marrom, amarelo, até o

branco, dependendo do cultivar. O tegumento pode ter cor uniforme ou duas, expressa na

forma de estrias, manchas ou pontuações; pode apresentar brilho ou brilho intermediário ou

não ter brilho.

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3. Conclusão

A soja e o feijão são produtos importantes pra economia brasileira. A soja vem se

destacando nos últimos anos tanto em quantidade plantada como importância econômica,

sendo que sua produção vem aumentando a cada safra e hoje ela já é um dos principais

produtos agrícolas no país.

O feijão é consumido por sete de cada dez brasileiros. Seu consumo juntamente com o

arroz é tradicional em todo o país. O Sul de Minas se destaca na produção do feijão “das

águas”.

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4. Referências bibliográficas

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