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AS FLORESTAS DE JA

AMILCAR MARCEL DE SOUZA

ENGENHEIRO FLORESTAL MESTRE

JOS CARLOS T. VENIZIANI JR

GEGRAFO MESTRE

INSTITUTO PR-TERRA

Srie Tcnica 01/2012

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Projeto Grfico: Equipe Pr-Terra

Srie Tcnica Instituto Pr-Terra

Ano 01

A Srie Tcnica publicada sem periodicidade regular pelo Instituto Pr-Terra em parceria com

autores convidados ou que tenham interesse em divulgar seus conhecimentos tcnicos e cien-

tficos referentes a rea socioambiental, tendo como objetivos principais a disseminao de

conceitos, mtodos, tcnicas e informaes importantes para o desenvolvimento das atividades

que buscam a melhoria da qualidade socioambiental.

Os trabalhos devem ser submetidos Comisso Editorial via digital.

Para maiores informaes contate:

Srie Tcnica, Instituto Pr-Terra

Rua Nicolau Piragine, 253 CEP17209-070, Jau, SP - Brasil

fone: 14 3032 1401

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Informao dos autores:

Amilcar Marcel de Souza mais conhecido como Cecu Engenheiro Florestal Mestre formado

pela ESALQ/USP e vem atuando na conservao da natureza desde os anos 1990 atravs de

projetos executivos de governos, ONGs e empresas privadas e tambm com pesquisas e de-

senvolvimento tecnolgico relacionadas ao tema.

Jos Carlos T. Veniziani Jr conhecido como Kiko Gegrafo formado pela Faculdades Inte-

gradas de Ja e mestre em Geografia pela UNESP/Rio Claro. Atualmente o presidente do

COMDEMA Ja e responsvel pelas disciplinas Sistema de Informaes Geogrficas, Senso-

riamento Remoto e Geoprocessamento e Geocincia Ambiental no curso de Meio Ambiente e

Recursos Hdricos da Fatec Ja e vem atuando como consultor em projetos de planejamento

ambiental territorial.

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Dados Internacionais de Catalogao na Publicao

Instituto Pr-Terra, Srie Tcnica 01/2012

SOUZA, A. M & VENIZIANI Jr. J. C. T. AS FLORESTAS DE JA. Srie Tcnica Instituto

Pr-Terra, ano 01, 2012

1Ed. Ja/SP, 2012

18p.: Color; Fotos, ;Papel 21 x 29,7 cm

ISBN: 978-85-64087-01-9

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INTRODUO

Esse trabalho tem como objetivo apresentar as Florestas que ocorrem no municpio de Ja/SP, em atribuio das comemoraes do Ano Inter-nacional das Florestas (2011) que se estendeu at 2012, tendo como base estudos realizados pelo Instituto Pr-Terra e outros pesquisadores estabelecendo as principais caractersticas da fisi-onomias das florestas jauenses. Portanto, uma grande viagem para a rica Flora que temos em nosso municpio.

Como registro neste trabalho lembramos que as Florestas contribuem para a melhoria da qualidade

do ar, da gua, do solo e dos seres vivos. As rvo-res liberam oxignio e consomem gs carbnico contribuindo para amenizar o aquecimento global. O vapor de gua libertado para a atmosfera atravs da transpirao ajuda a melhorar a umidade do ar reduzindo doenas respirat-rias. A floresta tambm ajuda a proteger o solo atravs das razes das rvores que prendem-o e previnem a eroso, melhorando o arejamento e a capacidade de reteno de gua no solo. As rvores e os arbustos das florestas so tam-bm o suporte da biodiversidade aos ecossistemas.

O presente trabalho foca no municpio de Ja que est situado no centro do Estado de So Paulo, entre as coordenadas de 22 06 58 e 22 29 14de latitude S e 4844 44 e 48 19 01de Longitude W, Altitude mdia de 564 metros, mxima de 740m e mnima de 390m, tem uma rea total de 688,34 Km, abrangendo os seguintes distritos: Pouso Alegre, Potunduva e Vila Ribeiro. O munic-pio de Ja situa-se no inicio do Planalto Pau-lista e tem sua rea urbana sob o vale fluvial do Rio Ja. A provncia geomorfolgica, na qual se situa o municpio de Ja conhecida como planal-to ocidental, segundo o Mapa Geomorfolgi-co do Estado de So Paulo, escala 1:1.000.000 (IPT, 1981b).

Caracteriza-se por apresentar um relevo pouco acidentado e levemente ondu-lado composto por colinas suaves. A densidade de drenagem apresenta gran-des variaes entre os sistemas de relevo observados e at internamente a um

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mesmo sistema. As cabeceiras de curso dgua exibem uma maior ramificao da drenagem e, conseqentemente, densidades mdias at altas.

Por estas condies de relevo pouco acidentado, Ja foi ocupado de forma bastante densa pelas culturas agrcolas e consequentemente ocorreu um gran-de desmatamento o que pode ser observado segundo o inventrio florestal do Estado de So Paulo, realizado pelo Instituto Florestal (2009), onde municpio de Ja possui uma cobertura de florestas nativas de 1031,63 ha o que equivale a 1,5% da rea da cobertura original. Este valor extremamente baixo resultado da acelerada degradao das for-maes florestais que foram ocupadas pelas lavouras agrcolas na histria de

ocupao do Estado de So Paulo nas ltimas dcadas. Os trabalhos de Troppmair (1969), Vic-tor (1975) e mais recentemente o Projeto Mata Ciliar da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de So Paulo (2010), apontam que o principal fator responsvel pela degradao foi a expanso da fronteira agrcola do Estado iniciado no meio do sculo 19 e intensificado aps a revoluo verde nos anos de 1960 do sculo 20, seguindo principalmente a cultura cafeeira e a cultura cana-vieira.

O impacto mais importante para a vegetao do Estado de So Paulo a sua reduo para aproximadamente 20 % das florestas nativas segundo o invent-rio florestal de 2007 (IF, 2007). Pode-se observar que a degradao das formaes naturais no Estado foi de tamanha proporo, que hoje restam apenas pequenos fragmentos de vegeta-o natural. Em Ja/SP, os fragmentos se encontram em estgio avanado de perturbao, j tendo sofrido interferncias antrpicas de diferentes naturezas como fogo, extrativismo seletivo, presena de gado, caa e outros, que conti-nuam at hoje, em intensidades variadas, comprometendo a evoluo da su-cesso ecolgica dessas reas. Em trabalhos do sculo 18, 19 e 20 possvel entender e resgatar descries dos tipos vegetacionais ocorrentes no Estado de So Paulo bem como em Ja, como o trabalho de Saint-Hilaire (1851), contribuindo muito para a caracteriza-o fitogeogrfica local, fornecendo informaes sobre a vegetao original. Por exemplo, em seu trabalho ele descreve que as florestas do interior de So Paulo eram de grande porte com rvores exuberantes de at 40 metros de altu-ra formando um dossel continuo seguido de um subbosque denso com alta di-versidade em com presena de inmeras bromlias, orqudeas e cips. Outras referencias importantes sobre os domnios vegetacionais no Estado de So Paulo e em Ja podem ser observadas em (Ab.Saber, 1963, 1970 e 1978) e tambm nos trabalhos sobre a vegetao (Leito Filho, 1987 e 1992) que

Interior de uma floresta em Ja/SP

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demonstram a correlao existente entre os domnios geomorfolgicos e os grandes grupos florsticos e fitogeogrficos no Estado de So Paulo. Nestes trabalhos foram observados, por exemplo, que as formaes de Cerrado ocor-rem predominantemente em solos arenosos e as grandes florestas em solos mais frteis como os latossolos. Estes registros demonstram a diversidade de florestas que ocorriam em Abun-dancia no Estado de So Paulo e hoje se encontram reduzidas. Eles tambm so altamente importantes para a Conservao das reas ainda existentes e a Recuperao de reas degradadas, pois atualmente o municpio de Ja tem uma porcentagem muito reduzida de florestas somando somente 1,5% que es-to distribudos em aproximadamente 40 fragmentos florestais, segundo o in-ventario florestal do estado de So Paulo 2009. Uma informao importante, ao analisar os trabalhos acima referenciados bem como o mapa e os trabalhos realizados em remanescentes de vegetao natu-ral no municpio de Ja, identificar os tipos de solos que so determinantes na fitofisionomia das florestas. Por exemplo, um solo rochoso tem como carac-terstica a baixa capacidade de reteno de gua o que determina uma floresta com Espcies adaptadas a esta situao como o caso da Floresta Estacional Decidual. Por outro lado, um solo mido permanentemente encharcado deter-mina a floresta paludosa, e o temporariamente encharcado a floresta ribeirinha. Logo abaixo vamos ver as especificidades de cada floresta e sua ocorrncia conforme o tipo de solo. No mapa 01 possvel visualizar os remanescentes de florestas nativas no municpio de Ja/SP.

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Mapa 01: Remanescentes de florestas nativas no municpio de Ja/SP.

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Como mencionamos, a relao do solo e o tipo florestal determinante para a fisionomia vegetal. Assim ao analisar o municio de Ja, observa-se a ocorrn-cia de 08 (oito) unidades pedolgicas ou tipos de solos distintos segundo as cartas pedolgicas do IAC na escala 1:100.000 folhas Ja e Brotas (ALMEIDA; PRADO; OLIVEIRA, 1981 e ALMEIDA: OLIVEIRA; PRADO 1981) como pode ser observado na tabela 01. Nota-se que existe predomino da ocorrncia dos tipos de solo Latossolo Vermelho eutrofrrico e distrofrrico, Nitossolo Verme-lho eutrfrrico e Latossolo Vermelho, que segundo Prado (1997) relacionado atuao do clima tropical tipo Cwa (Kppen), associado formao geolgica Serra Geral que composta por rochas baslticas ricas em ferro na sua com-posio. Estas unidades apresentam fertilidade acentuada principalmente em funo de sua composio qumica e textural. Tambm, ocorrem outros tipos de solo associados presena de outras formaes geolgicas como as for-maes Itaqueri, Botucatu, Pirambia e Adamantina que originam solos com textura arenosa e menos frteis. A tabela 01 apresenta os tipos de solo encon-trados no municpio de Ja e suas reas correspondentes e a distribuio e localizao dos diferentes tipos de solo pela rea do municpio podem ser ob-servadas no mapa 02.

Legenda Unidades Pedolgicas ha Km2 % da rea

LVef+LVdf Latossolo Vermelho eutrofrrico e distrofrrico. 32336,9 323,4 47,0

LVe Latossolo Vermelho lico. 14731,2 147,3 21,4

NVef Nitossolo Vermelho eutrfrrico com ocorrncias de Neossolos Litlicos. 9299,2 93,0 13,5

LVAd Latossolo Vermelho-Amarelo distrfico. 4600,1 46,0 6,7

PVA Argissolo Vermelho-Amarelo lico e eutrfico s vezes associado Latossolo Verme-

lho-Amarelo, lico.

1674,6 16,7

2,4

RQa Neossolo Quartzarnico, lico. 759,6 7,6 1,1

GXbd Gleissolo Hplico, pouco hmico, lico e distrfico. 424,0 4,2 0,6

RLd Neossolos Litlicos eutrficos e distrficos. 12,8 0,1 0,0002

URB reas urbanas da sede do municpio e do Distrito de Potunduva. 3577,5 35,8 5,2

Represa Reservatrio da Barragem da Usina Hidroeltrica, lvaro de S. Lima (Bariri - SP) 1371,6 13,7 2,0

Total 68787,5 687,9 100

Fonte: Dados obtidos a partir do recorte do municpio de Ja nas cartas pedolgicas escala 1:100.000 do IAC - folhas Ja e Brotas (ALMEIDA; PRADO; OLIVEIRA, 1981 e ALMEIDA: OLIVEIRA; PRADO, 1981).

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Para facilitar, observe o mapa 02 que identifica a distribuio dos tipos de solos no municpio de Ja.

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Podemos concluir que os tipos vegetacionais ocorrentes nessa rea em funo dos solos frteis com clima tropical mido so do domnio vegetacional do Bioma Mata Atlntica e possui 4 formaes: FLORESTA ESTACIONAL SEMI-DECIDUAL, E DECIDUAL, FLORESTA PALUDOSA OU DE BREJO E AS MATAS CILIARES. As Florestas Estacionais Semideciduais so as mais abundantes ocorrendo em toda a rea do municpio seguido das matas ciliares que tambm ocorrem em todo municpio, no entanto muito reduzidas a alguns poucos trechos de rios e crregos. J as Florestas Estacionais deciduais embora ocorram em algumas partes do municpio elas se concentram na poro noroeste em pequenos mor-rotes e em relevos com declividades acentuadas. Por fim, as florestas paludo-sas ou de brejo so as menos abundantes estando quase extintas em Ja. Umas das reas mais representativas desta formao florestal se encontra na regio nordeste do municpio nas nascentes do crrego Santo Antonio.

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL

Essa formao que faz parte do Bioma Ma-ta Atlntica e j recebeu vrias outras de-signaes como floresta pluvial subtropical (Wettstein, 1904), matas pluviais do interior (Campos, 1912), floresta latifoliada semi-decdua tropical (Kuhlmann, 1956), floresta pluvial estacional tropical do planalto cen-tro-sul (Veloso, 1962), floresta estacional sub-caducifolia ou tropical (Andrade-Lima, 1966), floresta semidecdua de planalto

(Eiten, 1970), matas foliadas subtropicais (Hueck, 1972), floresta estacional semidecdua submontana (Veloso e Goes Filho, 1982), floresta latifolia semica-duciflia ou mata de planalto (Leito Filho, 1982) Atualmente o nome mais utili-zado Florestal Estacional Semidecidual (Ramos, 2008) por expressar as ca-ractersticas climticas dominantes na sua regio de ocorrncia (mesfilo: ve-getal que se desenvolve em valores de temperatura e umidade mdios e de-ciduidade observada em algumas espcies tpicas dessa formao, na estao seca. Este tipo de formao florestal apresenta ampla ocorrncia no Brasil, indo des-de o planalto ocidental paulista at o norte do Paran, alcana a Argentina e o sul do Paraguai de um lado e, de outro, vai at Gois, Minas Gerais e tambm ao sul da hia. So florestas que ocorrem mente em solos frteis e profundo definindo uma de suas principais caractersticas que a sazonalidade ou estacionalidade, ou seja, de-finidas pelas estaes do ano onde um pero-

RPPN Amadeu Botelho

RPPN Amadeu Botelho

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10 Cedro Rosa Cedrela fissilis

do do ano ocorre a perda de folhas que vai de abril a setembro, (poca fria e seca do ano) com eventual ocorrncia de geadas. A diversidade das espcies das rvores alta nessas florestas destacando os jequitibs, Perobas, Cedros, Guarants, Pau Marfim, Gerivs, Quatambus, entre outras. Por conseqncia dessas variaes, as copas da Floresta Estacional Semide-cidual apresenta caractersticas bem variadas, podendo ser contnua em gran-des extenses, ou mesmo descontnuo em alguns trechos, com limite superior apresentando alturas que variam de 15 at 30 m. A estrutura do sub-bosque apresenta variaes de tipos de cores e tamanhos, formando assim nestas Flo-restas Mesfilas Semidecduas um verdadeiro mosaico de manchas compostas por diferentes espcies arbustivas e arbreas.

Essa formao caracterizada por apresentar rvores emergentes de at 25-30 m de altura. Nesses extratos superiores observamos a predominncia de algumas fam-lias como Anacardiaceae, Verbenaceae (antiga Bombaca-ceae), Apocynaceae, Fabaceae, Lauraceae e outras. A extrao de madeira dessa floresta foi muito intensa e, principalmente, de espcies do estrato superior para o uso na fabricao de mveis e decoraes internas, na cons-truo civil, como pontes e dormentes, como postes, como moures de cerca e dormentes da estradas de ferro e at

como carvo em situaes especficas de olarias, padarias, locomotivas no passado etc. As espcies mais afetadas com esse extrativismo podem ser en-contradas em varias casas nos assoalhos, mesas, janelas e telhados e so conhecidas como madeira de excelente qualidade como a peroba rosa (Aspi-dosperma polyneuron Muell. Arg.), peroba poca (A. cylindrocarpon Muell. Arg.), guatambu (A. ramiflorum Muell. Arg.), cedro (Cedrela fissilis Vell.), canjerana

(Cabralea canjerana (Vell.) Mart.), pau marfim (Balfouro-dendron riedellianum Engl.), jacarand paulista (Macha-erium villosum Vog.), cavina (Machaerium scleroxylon Tul), jatob (Hymenaea courbaril L.), cabreva (Myrox-ylon peruiferum L.f.), guarant (Esenbeckia leiocarpa Engl.), imbuia (Ocotea porosa (Nees & Mart.) Barroso), canela sassafrs (Ocotea pretiosa (Nees) Mez.), canela amarela (Nectandra oppositifolia (Ness) Rohn), guaiuvi-ra (Patagonula americana L.), saguaraji (Colubrina glan-dulosa Perk.), alecrim (Holocalyx balansae Mich.), copa-ba (Copaifera langsdorffii Desf.), e outras. Essas esp-cies, na maioria rareadas pela ao humana, dividem hoje o dossel dessas formaes com outras mais co-muns como o ararib (Centrolobium tomentosum Ben-th.), a paineira (Ceiba speciosa), o jequitib branco (Ca-riniana estrellensis (Raddi) O. Kuntze), jequitib verme-

lho (C legalis (Mart.) O. Kuntze), os angicos (Acacia polyphylla DC., Parapipta-denia rigida (Benth.) Brenan, Pithecellobium incuriale (Vell.) Benth., Anadenthe-ra colubrina (Vell.) Brenan, A. colubrina var. cebil (Griseb) Altschul etc), embira

Figueira Branca na RPPN Amadeu Botelho

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de sapo (Lonchocarpus spp.), embir-puit (Peltophorum dubium (Spreng.) Toubert), mamica de porca (Zanthoxyllum spp.), o guarit (Astronium graveo-lens Jacq.), o pau dalho (Gallesia integrifolia (Spreng.) Harms) entre outras. Nessa formao, abaixo das copas superiores, as condies de sub-dossel e sub-bosque so caracterizadas pela presena marcante das famlias Meliacea-e, Rutaceae, Rubiaceae, Euphorbiaceae, Sapindaceae e Myrtaceae, dentro das quais destacamos algumas espcies como catigu (Trichilia spp.), cam-boat (Cupania vernalis Camb. e Matayba elaeagnoides Radlk.), uvaia (Euge-nia uvalha Camb.), sete capotes (Campomanesia spp.), cambu (Eugenia mo-raviana Berg., Eugenia blastanta Berg. e Eugenia spp.), jangada falsa (Rudgea jasminoides (Cham.) Muell. Arg.), ixora (Ixora venulosa Benth.), laranjeira do mato (Esenbeckia febrifuga (St. Hil.) Juss ex Mart.), chupa ferro (Metrodorea nigra St. Hil.), mamoninha (Galipea jasminiflora Engl.), branquilho (Sebastiana spp.), canela de veado (Actinostemon communis (Muell. Arg.) Pax. e A. concolor (Spreng.) Muell. Arg.) etc. Atualmente, os fragmentos florestais remanescentes esto muito perturbados onde predominam espcies dos estgios iniciais da sucesso ecolgica, como crindiva (Trema micrantha (L.) Blume), capixingui (Croton floribundus S-preng.), guaatonga (Casearia sylvestris Sw.), embaba (Cecropia spp.), fumo bravo (Solanum erianthum D. Don. e S. granuloso leprosum Dunal), unha de vaca de espinho (Bauhinia forficata Link.), gro de galo (Celtis iguanae (Jacq.) Sargent. e C. ferruginea Miq.), aoita-cavalo (Luehea divaricata Mart.), guapu-ruvu (Schizolobium parahybum (Vell.) Blake), tamanqueira (Aegiphila sellowia-na Cham.), lixeira (Aloysia virgata (Ruiz ex. Pavon) Juss.), urtigo (Urera bacci-fera (L.) Gaud.), cambar (Vernonia polyanthes Less e Gochnatia polymorpha (Less.) Cabr.), erva de jaboti (Piper spp.), coerana (Cestrum spp.), fruta de fa-ra (Allophylus edulis (St. Hil.) Radlk e A. semidentatus Radlk), maria mole (Guapira opposita (Vell.) Reitz), entre outras e alguns indivduos remanescen-tes das espcies dos estgios finais da sucesso. Essas reas perturbadas apresentam caractersticas fisionmicas marcantes como ausncia de um dos-sel definido, grande abundncia de algumas espcies de lianas sobre os indiv-duos remanescentes e por isso a ocorrncia de numerosos indivduos mortos em p. Em Ja esta floresta pode ser visitada em importantes remanescentes como a Reserva do Patrimnio Natural RPPN Amadeu Botelho na zona rural e na zona urbana no Bosque Municipal Campos Prado. Vejam as fotos abaixo que ilustram esta floresta.

Bosque Municipal Campos Prado

RPPN Amadeu Botelho

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FLORESTAS RIPRIAS OU MATAS CILIARES

Outra floresta que ocorre em Ja a Mata Ciliar que uma das Florestas mais co-mentada e conhecida pelas pessoas. aquela floresta que ocorre ao longo das margens dos rios e so muito importantes para a proteo das guas e servem de abrigo para a biodiversidade. A mata ciliar ajuda a estabilizar as mar-gens dos Rios, filtram os agroqumicos que

so utilizados na agricultura, ajudam na infiltrao das guas das chuvas, a-bastecendo as nascentes, equilibram o clima deixando-o mais fresco e mido e fornecem muito alimento para a fauna. Pode ser considerada protetora da gua e da vida, garantindo a manuteno dos nossos meios de produo seja no campo ou nas cidades. A formao florestal ocorrente nas margens de cursos dgua j recebeu as mais diversas designaes de acordo com as caractersticas locais de relevo, solo, declividade, extenso etc. Veloso e Goes Filho (1982) a denominaram de mata aluvional e quando o solo aluvional fazia parte de vrzeas elas foram chamadas de matas aluvionais fluviais (Campos, 1912) ou de florestas paludo-sas (Lindman, 1906, Fernandes e Bezerra, 1990), que engloba tambm as ma-tas de brejo. Bertoni e Martins (1987) denominaram-nas de floresta de vrzea e Troppmair e Machado (1974) de mata de condensao, quando essas ocupa-vam fundos de vales, com concentrao maior de neblina num perodo do ano. Como essas formaes esto distribudas na forma de pestanas ao longo dos rios (Campos, 1912), foram tambm chamadas de matas de anteparo (Lind-man, 1906) e de matas ciliares (Sampaio, 1938; Hueck, 1972; Bezerra-dos-Santos, 1975). Para o Estado de So Paulo, a consagrao do termo mata cili-ar se deu com Leito Filho (1982), definindo-a como floresta latifoliada higrfila, com inundao temporria. O termo Mata Ciliar se refere a uma situao fsica de presena de gua no solo (Zona Ciliar) e no a uma unidade fitogeogrfica, com caractersticas pr-prias, j que na faixa ciliar ocorrem desde florestas no aluviais (nos trechos de barranco), como florestas ciliares sob condio aluvial, florestas paludosas e at reas com campos midos ou varjes, cada qual com suas caractersticas ambientais prprias. Dessa forma, dentro dessa definio trata-se tanto de co-munidades ecolgicas bem definidas, at formaes de transio entre essas comunidades ecolgicas adjacentes (ectono ciliar) e ainda reas de encraves vegetacionais, cada qual com suas particularidades florsticas e ecolgicas, definindo assim grande diversidade para a zona ciliar, com conseqente ne-cessidade de adequao das aes de conservao, manejo e restaurao para cada uma dessas condies.

Mata Ciliar no Centro de Ja

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As espcies tpicas de ocorrncia nessas depresses no interior das formaes ribeiri-nhas do municpio de Ja e mesmo do Esta-do so: figueiras (Ficus spp.), louveira (Cy-clolobium vecchii A. Samp.), guanandi (Ca-lophyllum brasiliensis Camb.), ing (Inga affinis DC. Hook et Arn.), canela do brejo (Endlicheria paniculata (Spreng.) Macbr.), genipapo (Genipa americana L.), orelha de negro (Enterolobium timbouva Mart.), mari-

nheiro (Guarea macrophylla Vahl. e G. guidonea (L.) Sleumer e G. kunthiana Adr. Juss.), eritrina (Erythrina crista-galli L.), tanheiro (Alchornea glandulosa Poepp. e Alchornea triplinervia (Spreng.) Muell Arg.) e outras. Observou-se ainda nas matas ciliares de Ja, uma faixa estreita de vegetao imediatamente paralela ao curso dgua, sobre solo aluvional, representada principalmente por espcies adaptadas deposio de sedimentos e retirada peridica da serapilheira pelo rio, na poca das cheias, tendo como espcies tpicas dessa condio a dedaleira (Lafoensia pacari St. Hil.), amarelinho (Ter-minalia triflora (Griseb) Lillo), cutia (Esenbeckia grandiflora Mart.), branquilho ou marmelo do mato (Sebastiana brasiliensis Spreng.), pitanga (Eugenia uniflo-ra L.), Cambu (Eugenia blastanta Berg.), guamirim (Calyptranthes concinna DC.), urucurana ou pau de quina (Hyeronima alchornioides Fr. All.) e outras. Atualmente vrios trechos de mata ciliar foram recuperados pelo Instituto Pr-Terra podendo ser facilmente observados na rea urbana em quase todo tre-cho do rio jau e na microbacia do Santo Antonio, Joo da Velha e do Mato.

FLORESTAS PALUDOSAS FLORESTAS DAS NASCENTES Tambm denominadas de florestas alagadas ou florestas de vrzea ou de brejo com inundao quase permanente. Em funo de essas florestas ocuparem reas com solo permanentemente en-charcado, apresentam vegetao prpria que so distintas das outras florestas em reas com en-charcamento temporrio do solo. As florestas paludosas so muito belas e tm distribuio naturalmente fragmentada, pois ocor-rem apenas sobre solos com forte influncia da gua, ou seja, onde ocorrem grande parte das nascentes de gua, sendo assim muito importan-tes para a manuteno da quantidade e da quali-dade da gua. As espcies muito comuns nas matas de brejo so: guanandi (Calophyllum

Mata Ciliar do Rio Ja no Jd das Paineiras

Interior de uma Floresta Paludosa

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brasiliense Camb.), almecega ou almscar (Protium almecega March.), caporo-roca (Rapanea lancifolia (Mart.) Mez.), canela do brejo (Endlicheria paniculata (Spreng.) J.F.Macbr.), pinha do brejo (Talauma ovata St. Hil.), pindaba (Xylo-pia emarginata Mart.), benjoeiro (Styrax pohlii A. DC.), cedro do brejo (Cedrela odorata L.), gongonheira (Citronella gongonha (Miers) Howard), ip do brejo (Tabebuia umbellata Sandw.), clusia (Clusia criuva Cambess.), marinheiro (Guarea kunthiana Adr. Juss.), figueira (Ficus spp), embaba (Cecropia pa-chystachya Trcul), casca d.anta (Drymis brasiliensis Miers), maria mole (Den-dropanax cuneatum Decne et Planch), pau de viola (Citharexylum myrianthum Cham.). No sub-bosque, como espcie indicadora temos a palmeira Geonoma brevispatha Barb. Rodr., muito comum nessas reas, com estipe (caule) flexu-osa e nas bordas, Miconia chamissois Naud., que um arbusto muito comum nessas reas e que tem uma florada muito caracterstica da cor roxa. As esp-cies peito de pomba (Tapirira guianensis Aubl.), suin (Erythrina crista-galli L.), sangra d.gua (Croton urucurana Baill.), cssia candelabro (Senna alata (L.) Roxb.), marinheiro (Guarea macrophylla Vahl e G. guidonea (L.) Sleumer), ge-nipapo (Genipa americana L.) e cambu do brejo (Eugenia florida DC.) e outras so citadas para mata de brejo e tambm para matas riprias, mas nessa lti-ma sempre para as situaes com algum encharcamento peridico do solo, acumulando gua num perodo do ano. A interseco florstica entre essas formaes grande em funo da influncia da gua como fator limitante nas duas situaes, variando apenas a durao desse evento.

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL

Essa formao florestal pode ser facil-mente vista no bairro do Pouso Alegre nos morrotes e pequenas escarpas pre-sentes por l. Esta denominao de floresta estacional decidual em funo de sua ocorrncia em solos rasos e tem como principal ca-racterstica a perda total das folhas das rvores no inverso, poca que ocorre dficit hdrico na regio. A ocorrncia dessa formao sobre esse

tipo de solo neossolo litlico parece estar relacionada a condio de solo raso, com elevada acidez, baixa capacidade de reteno hdrica do solo na estao seca, que atuam como fatores edficos seletivos para ocorrncia de espcies. As espcies observadas nessa condio apresentam adaptaes fisiolgicas e/ou morfolgicas, capacitando-as para resistirem deficincia hdrica estacional como armazena-mento de gua em partes da planta, deciduidade (queda das folhas no perodo seco), rgos para absoro da umidade atmosfrica ou de chuvas.

Viso Geral da Floresta Decidual no Bairro Pouso Alegre

Ip Amarelo representando esta formao florestal

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A fisionomia dessa formao caracterizada pela abundncia de indivduos de grande porte de mandacaru (Cereus hildmanianus Schum), com o estrato su-perior dominado por imbiruu (Pseudobombax grandiflorum Cav. A. Robyns), aroeira verdadeira (Myracrodruon urundeuva Fr. All.), peroba-poca (Aspidos-perma cylindrocarpum Muell. Arg.), cavina (Machaerium scleroxylon Tul.), bi-co-de-pato (Machaerium aculeatum Raddi e M. nictitans (Vell.) Benth.), guajuvi-ra (Patagonula americana L.), paineira (Ceiba speciosa St.Hil.), aoita cavalo (Luehea divaricata Mart.), amarelinho (Terminalia triflora Griseb.), Coccoloba cordifolia Meissn. e angico (Anadenanthera colubrina var. cebil (Griseb) Alts-chule ). O subosque est dominado por sucur (Dasyphyllum brasilienses (S-prengel.) Cabr.), gro de-galo (Celtis iguanaea (Jacquin) Sargent.), bico-de-pato (Machaerium spp.), pitanga (Eugenia uniflora L.), arranha gato (Acacia paniculata Willd.), limo-bravo (Randia armata (Sw.) DC.), ora-pro-nobilis (Pe-reskia aculeata Mill.), guapva (Chrysophyllum marginatum (Hook. e Arn.) Rad-lk.) e muitas outras espcies de Myrtaceae. Uma caracterstica que chama a ateno nessa formao o nmero de espcies com espinho na condio de subosque e at no dossel. O estrato herbceo bastante caracterstico, domi-nado por bromeliceas, como os caraquatas (Ananas fritzmuelleri (Fr.Mueller) F.C. e Aechmea nudicaulis (L.) Griseb.), com folhas bastante espinescentes, algumas gramneas e muitos indivduos jovens de mandacaru. O dossel rela-tivamente baixo (9-10 m), bastante uniforme e denso, mas so observadas al-gumas epfitas, principalmente das famlias Bromeliaceae (Tillandsia spp.) e outras, Cactaceae (Rhipsalis spp.) e Orchidaceae (Rodriguesia spp, Oeceocla-des spp). No municpio de Ja so importantes reas de refgio para fauna, pois ocorrem de forma concentra e de pouco uso pela sua ocorrncia em ter-renos declivosos. Os fragmentos florestais mais conservados desta for-mao podem ser avistados no distrito de Pouso Alegre e esto sob os cuidados da Estao Experimental de Ja que uma Unidade gerenciada pelo Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de So Paulo.

Viso Geral da Floresta Decidual na Estao Experimental do IF em Ja

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