As cidades invisíveis - Ítalo Calvino

2
Argia - cidade com uma raiz frágil; com história em cima de histórias que acabam por enevoar/soterrar a memória. - Cidade que oprime seus habitantes; uma cidade onde “convém ficar deitados”. Tecla - cidade em construção - A construção não tem um objetivo. Parece que, nessa cidade, construir é um fim em si, o ser deste cidade é esse eterno vir a ser, nunca se concretiza e não pretende fazê-lo. - Essa construção incessante acontece pelo temor do que pode acontecer se ela acabar... - Seus moradores parecem trabalhar maquinalmente, não podem parar nem mesmo para explicar o projeto (que, no fundo, é o objetivo de tudo aquilo). São comprometidos com o objetivo que parecem não conhecer (alienados). Trude - Cidade sem identidade, não possui algo específico, uma particularidade; é uma cidade igual a outras cidades; falta

description

O livro de Ítalo Calvino, As Cidades Invisíveis, apresenta as descrições das cidades que o viajante Marco Polo ilustrou ao imperador Kublai Khan. Com as histórias do viajante, Khan tinha o objetivo de montar um império baseado nos relatos sobre como eram os locais. Marco Polo descreve cidades imaginárias, que sempre levam nomes de mulheres como: Leônia, Cecília, Pentesileia. Em sua maioria, são relatos curtos e divididos entre os tópicos: as cidades delgadas, as cidades e a memória, as cidades e as trocas, as cidades e o céu e as cidades e os mortos.A história do livro acontece durante o século 13, quando o descobridor veneziano Marco Polo chega ao império de Kublai Khan após uma viagem de aproximados 30 dias. Naquelas terras, o protagonista do livro passa 17 anos, onde desempenha funções de diplomata na corte de Khan.

Transcript of As cidades invisíveis - Ítalo Calvino

Page 1: As cidades invisíveis - Ítalo Calvino

Argia

- cidade com uma raiz frágil; com história em cima de histórias que acabam por enevoar/soterrar a memória.

- Cidade que oprime seus habitantes; uma cidade onde “convém ficar deitados”.

Tecla

- cidade em construção - A construção não tem um objetivo. Parece que, nessa

cidade, construir é um fim em si, o ser deste cidade é esse eterno vir a ser, nunca se concretiza e não pretende fazê-lo.

- Essa construção incessante acontece pelo temor do que pode acontecer se ela acabar...

- Seus moradores parecem trabalhar maquinalmente, não podem parar nem mesmo para explicar o projeto (que, no fundo, é o objetivo de tudo aquilo). São comprometidos com o objetivo que parecem não conhecer (alienados).

Trude

- Cidade sem identidade, não possui algo específico, uma particularidade; é uma cidade igual a outras cidades; falta personalidade nessa cidade. Se essa cidade fosse uma pessoa, seria uma pessoa “ordinária”, comum, dentro dos padrões, previsível, dentro do que se espera. Lembra a cidade genérica de Rem Koolhaas.

Olinda

- Cidade fractal – na parte está sintetizado o todo. É uma cidade que se repete quando cresce. Parece que ela só

Page 2: As cidades invisíveis - Ítalo Calvino

cresce e que não se desenvolve porque, talvez, já nascesse desenvolvida. Parece algo que deu certo, por isso se repete, e assim se espalha. Mas não se abre para receber algo de novo.