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ARTIGO CIENTIFICO
PROPOSTA PARA IMPLANTAÇÃO DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
Ivana Sivestri 1 - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Simone Ballan 2 - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Fabiana Thives 3 – Turismóloga; Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Contatos [email protected] [email protected] [email protected]
RESUMO As tendências ecológicas estão em alta atualmente, a cada dia mais pessoas estão conscientes da importância do cuidado da natureza e procuram mais esse mercado. Um SPA é bom meio de propagação desta tendência por ser ligado diretamente com o bem estar e a saúde das pessoas. Tratamentos que visam o emagrecimento e o relaxamento com produtos sem parafinas, parabenos e óleos minerais, destacando as técnicas holísticas, massoterapia e a tecnologia de equipamentos que usufruam o mínimo de energia elétrica, piscinas que não utilizam produtos químicos e a alimentação orgânica sem agrotóxicos são alguns dos benefícios de um SPA ecologicamente correto, um lugar onde se possa aliar serviço de qualidade à sua própria consciência ecológica. Um modelo de implantação de um SPA ecologicamente correto prioriza soluções ecológicas para sua estruturação e funcionamento. Visa a exemplificação de materiais construtivos sustentáveis, sistema de energia, água, iluminação e ventilação com o mínimo de impacto ambiental considerando, se possível, o uso de ventilação e iluminação naturais, sendo estes possíveis devido à um bom planejamento arquitetônico, separação e reciclagem de lixo, tratamentos com produtos biodegradáveis ou de resíduos com fins viáveis ao ambiente, assim como um sistema de tratamento de água que permita a reutilização da água e sua devolução de forma saudável ao meio-ambiente. A alimentação, também, deve ser personalizada, seguindo a tipologia adotada, alem de profissionais capacitados que se enquadrem ao perfil do SPA. Palavras-chave : SPA; Ecologia; Estrutura; Reciclagem; Impacto Ambiental; Econegócio.
1. INTRODUÇÃO
Um SPA é um bom exemplo de um empreendimento que depende e usufrui
de recursos naturais, a palavra SPA deriva da expressão latina "salute per aqua" que
se traduz por saúde pela água. Tem como finalidade dispor de atividades saudáveis
que conduzem a um estado de bem estar e beleza através de tratamentos
inspirados na natureza, conforme destaca RIbeiro (2009).
Desastres ambientais freqüentes marcaram a nossa história. Liberação de
agrotóxicos gasosos, vazamentos de petróleo e acidentes em usinas nucleares,
efeito estufa, o buraco na camada de ozônio, distúrbios climáticos, entre outros,
foram exemplos de tragédias que instigaram a consciência social e o cuidado com a
natureza (GLEICK, 1990).
Segundo Callenbach (2003), a partir da década de 80, surge um rápido
aumento da conscientização ambiental entre a população em geral, o que teve um
efeito significativo sobre as preferências do consumidor. Esta consciência ecológica
abriu portas para uma nova economia, que visa a saúde do homem diminuindo ao
máximo o impacto ambiental. O conceito ecologicamente correto resultou e está
resultando em itens manufaturados, artesanais e industrializados que não sejam
poluentes ou tóxicos e apresentem benefícios ao meio ambiente e a saúde em geral,
contribuindo para o desenvolvimento de um modelo econômico sustentável.
Alguns dos impasses dos SPA contemporâneos são o descuido com a
utilização da água, o grande volume de agentes químicos para tratamento de
piscinas e a limpeza em geral, que são enviados direto ao esgoto sem qualquer
tratamento, o nível de gasto em energia elétrica e a pouca preocupação com a
separação de lixo e reciclagem. O que não condiz com o conceito de SPA, que
presa a saúde e a harmonia com o meio ambiente.
Observando estes fatores, este trabalho tem por objetivo desenvolver um
modelo de implantação de um SPA ecologicamente correto, unindo o bem estar
físico e mental com consciência ecológica, dispondo de uma estrutura sustentável,
sistemas de luz, água e esgoto que reduzam o máximo possível o impacto
ambiental. Para tanto, propõem-se tratamentos e alimentação personalizados que
sigam essa tipologia e profissionais capacitados que se enquadrem ao perfil do SPA.
2. METODOLOGIA
A pesquisa realizada se caracteriza como descritiva e exploratória. Conforme
Gil (1996), um estudo exploratório-descritivo possibilita ao pesquisador uma certa
flexibilidade e/ou liberdade de modo que este possa considerar os mais variados
aspectos possíveis e que dizem respeito ao fato estudado. Este autor ressalta
também que um estudo exploratório permite a descrição de características de uma
determinada população, bem como o estabelecimento de prováveis relações entre
as variáveis estudadas.
O estudo foi realizado baseado no estudo bibliográfico do histórico dos SPAs,
bem como materiais ecologicamente corretos, orgânicos, reciclagem e conservação
do ambiente natural em um SPA ecologicamente correto.
Serviram como base de dados livros, artigos e exemplos apresentados em
materiais disponíveis na internet.
3. DESENVOLVIMENTO, ANÁLISE E DISCUSSÃO
3.1 HISTÓRIA DO SPA
O primeiro SPA surgiu em 1326 na Bélgica em um vilarejo chamado Spau, um
metalúrgico belga chamado Colin Le Loup curou-se de uma longa enfermidade com
as águas ricas em ferro de uma fonte perto de Liege. Em agradecimento, ele
construiu no local um alojamento para acolher outras pessoas. A popularidade do
local se espalhou tanto que o mesmo foi rebatizado de SPA, isto devido ao local ser
conhecido pelo poder das águas, pela vegetação e clima ameno com temperatura
agradável. Do mesmo modo, acredita-se que os banhos e a ingestão de água
salgada eram responsáveis pela cura de numerosas doenças, ajudando a promover
os resorts do litoral. Atividades populares dos balneários incluíam jogos, danças e
outras formas de entretenimento, como concertos, desfiles de rua, e as termas,
aonde aqueles que iam em busca de saúde “bebiam as águas”, conforme destaca
Mill (2003).
Os SPAS atuais dispõem de dietas adequadas com reeducação alimentar,
exercícios físicos personalizados para cada pessoa e terapias que podem ser
exemplificadas como terapias alternativas (holísticas), massagens, esfoliação,
desintoxicação, musicoterapia, aromaterapia, cromoterapia, horticultura, hidroterapia
entre outras.
Os SPAS são encontrados em vários estabelecimentos com tipologias
diferentes, outras atividades e indicações específicas. Existem SPAs somente para
tratar a saúde (desintoxicação e emagrecimento), para estética e beleza, de
relaxamento, os holísticos e os SPAs mistos, encontrados geralmente em resorts.
Indiferente a tipologia, qualquer SPA pode vir a ser ecologicamente correto,
dependendo apenas de uma administração disposta a essa mudança.
3. 2 FORMAÇÃO DE UM SISTEMA ECOLOGICAMENTE CORRETO
Por decorrências de vários fatos ao longo da história, a humanidade começou
a ter consciência da importância de preservar a natureza. Os anos 70 e 80
ampliaram nosso conhecimento sobre o funcionamento da biosfera e sobre
possíveis riscos de desastres ambientais provocados pelo homem como o
aquecimento global da atmosfera e o efeito estufa (GLEICK, 1990).
“Danos ambientais causados pelas catástrofes que ocupam as manchetes
recentemente, são pequenos quando comparados aos danos cumulativos, na
maioria das vezes despercebidos, provocados por enorme números de poluentes
menores, a maioria deles de acordo com as regulamentações legais de seus países”
(WINTER et al. 1987, 11).
Devido a esses fatos, houve um rápido aumento da conscientização
ambiental entre a população em geral, o que teve um efeito significativo sobre as
preferências do consumidor, conforme destaca Callenbach (2003).
A partir de então, surge o conceito ecologicamente correto, que consiste em
itens manufaturados, artesanais e industrializados que não sejam poluentes, tóxicos
e apresentem benefícios ao meio ambiente e a saúde geral, contribuindo para o
desenvolvimento de um modelo econômico sustentável.
3. 3 CONSTITUIÇÃO DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
3.3.1 Estrutura
O conceito de construção ecologicamente correta baseia-se em um modelo
que permita à construção civil propor soluções inteligentes para prover o bom uso, a
economia de recursos finitos e redução de gases emitidos pelos mesmos,
adaptando-se as necessidades ambientais de nossa época, com tecnologia e design
moderno que atendam as necessidades do consumidor, preservando-os para as
gerações futuras.
A construção civil consome entre 15 e 50% dos vários recursos naturais extraídos da natureza, sendo que 50% da produção de gases causadores do efeito estufa decorre da cadeia produtiva dos empreendimentos imobiliários. Além disso, 30% do aquecimento global deve-se à concepção, construção, reforma e operação de edificações (REVISTA, ECO ESFERA EMPREENDIMENTOS SUSTENTAVEIS, 2009, p. 1).
As diretrizes para uma construção sustentável são focadas em fatores como
um planejamento a longo prazo da obra, busca por uma eficiência energética, uso
adequado da água e sua reutilização, uso de técnicas passivas das condições e dos
recursos naturais, uso de materiais e técnicas ambientalmente corretas, reciclagem
e redução de lixo, conforto e qualidade interna dos ambientes (AURICH &
ANSELME, 2008).
A escolha dos materiais de construção deve, em princípio, obedecer aos
critérios de preservação, recuperação e responsabilidade ambiental, sendo favorável
ao meio ambiente em seus processos de obtenção e fabricação e, depois de
aplicados, devem servir da mesma forma.
3.3.1.1 Adobe
O adobe é uma técnica de construção natural onde o principal recurso
utilizado para implementá-lo é a argila, apresenta vantagens econômicas, sociais e
ecológicas.
De acordo com Burden (1899, p. 12) “adobe são grandes blocos de argila
rústicos e secos ao sol, moldados em vários tamanhos”.
A matéria-prima é encontrada no próprio local da construção, o uso na obra é
simples, o transporte é insignificante e os resíduos mínimos. É constituída de uma
mistura de argila, água e fibras, que são colocadas em moldes de madeiras, após
alguns dias removidos e expostos ao sol para secar. Alguns de seus benefícios são
a qualidade, durabilidade, conforto térmico e baixo custo (GAUZIN-MULLER, 2006).
A escolha do adobe se justifica quando comparado ao tijolo comum, que
necessita cozimento utilizando madeira como fonte de combustão, o qual emite gás
carbônico na atmosfera, e sendo este acessível à população em geral devido tanto à
sua disponibilidade quanto a seu custo.
3.3.1.2 B.T.C (Bloco de Terra Comprimida)
O B.T.C. é um material de construção que tem como composição a terra
prensada. Difere do adobe, pois este para atingir sua resistência máxima tem que
sofrer um processo de cura, enquanto o BTC atinge a sua resistência máxima com a
compactação da prensa, possui alta resistência a umidade, adapta-se à vários tipos
de solo, usufrui de disponibilidade local de matéria prima, sua produção não requer
combustível, sua estrutura possui bom comportamento térmico, capacidade de
respiração das paredes e estabilidade da umidade relativa interior (LOURENÇO,
BRITO & BRANCO, 2008).
3.3.1.3 Taipa
Segundo Burden (1899, p. 311) taipas são “Edificação cujas paredes são
feitas de terra prensada, geralmente argila moldada endurecida e apiloada em
formas móveis. O próprio material de construção, ou seja, a terra ou argila
endurecida, apiloada até formar paredes e pisos”.
A construção de taipa obtém sua matéria-prima no próprio local, a terra
podendo ser comprimida por tabuas para sua estruturação, que serão retiradas após
estar completamente seca e compactada com um pilão manualmente (LOURENÇO,
BRITO & BRANCO, 2008).
3.3.1.4 Bambu
Bambu é um material de construção milenar, muito utilizada no oriente, sendo
usado na estruturação como colunas, vigas e lastros. Serve como telhas, forros e
maçanetas, e até mesmo para determinados encanamentos de água entre outros.
Segundo Coimbra (2000), o bambu possui alta flexibilidade e resistência de
suas fibras, exemplo disso é o uso da planta no desenvolvimento de habitações à
prova de terremotos. O bambu tem um tempo médio de crescimento entre 3 anos se
destacando perante a madeira que demora entorno de vinte anos para se usufruída.
3.3.1.5 COB
O cob é uma técnica antiga, de origem inglesa, criada no século XIII. A
construção com cob assemelha-se à produção de uma escultura: há total liberdade
para inventar formas artísticas e utilidades para a habitação, como armários, fornos
e bancos embutidos na própria parede.
Para aplicar essa técnica é preciso um solo argiloso, água, pequenos detritos
(pedras), areia e palha de arroz. Os materiais são misturados e pisoteados até
formarem uma massa homogênea, com uma boa liga, para então serem aplicados,
em forma de bolas de barro, diretamente na construção.
Tem como vantagem o baixo custo, e ainda, os materiais utilizados são de
fácil obtenção, ótima qualidade de ar interno, as paredes de barro filtram o ar que
entra na construção, e tem uma ótima resistência.
3.3.1.6 Outros materiais
Além dos materiais citados, outros recursos podem ser aplicados na
construção como madeira de reflorestamento, madeira de demolição, coberturas de
palha, etc.
Os telhados verdes são estruturas adaptadas para receber uma cobertura de
gramado em lajes e telhados de casas e edifícios. Além de ser esteticamente
agradável, esse tipo de cobertura promove isolamento térmico, isto ocorre devido ao
colchão de ar entre a vegetação, à massa térmica da camada de terra, à reflexão
dos raios infravermelhos pelas plantas e até a liberação de calor pelas plantas ao
condensar o orvalho da manhã, ainda prove isolamento acústico. Uma camada de
terra úmida de 12cm de espessura reduz a transferência de som em 40dB, atuando
como barreira acústica, e resistência ao fogo, na Alemanha os tetos verdes são
considerados “telhados sólidos”, que significa que não se queimam e são resistentes
ao fogo sempre que a camada de terra tiver ao menos 3cm de espessura.
Os telhados verdes ainda possuem maior resistência ao tempo: alguns tipos
de materiais usados em coberturas (à base de piche, madeira ou plástico) se
deterioram quando expostas aos raios UV ou quando sofrem grande variação
térmica.
Estes problemas são eliminados mediante uma cobertura de substrato e
vegetação. Quando bem projetados, os tetos verdes têm grande vida útil e
dificilmente necessitam de manutenção e reparos. Ainda, retém as águas das
chuvas que, em casos extremos, previne enchentes. Salvo em determinadas
condições, utiliza sua própria água armazenada para seu desenvolvimento, isso
evita um trabalho adicional com a irrigação (BOSIO, 2008).
Do ponto de vista ecológico, o telhado verde ainda realiza fotossíntese
através das plantas, transformando o gás carbônico em oxigênio, ajudando contra o
efeito estufa. Ele, ainda, contribui na luta contra o aquecimento global refletindo
parte dos raios ultravioletas e impedindo o maior aquecimento do edifício (BOSIO,
2008).
3.3.2. Arquitetura bioclimática
Para Adam (2001, p. 57) a arquitetura bioclimática se caracteriza fazendo
uma relação do homem com o clima, objetivando minimizar os custos das
edificações.
A arquitetura bioclimática, investiga as relações entre os seres humanos (animais homeotérmicos) e as características climáticas de um local, que são absorvidas e transformadas pelos edifícios, refletindo-se no partido arquitetônico(orientação dos ambientes, lay-outs, disposição das vedações –paredes e coberturas -, proporção e composição das aberturas, estruturas, materiais e paisagismo) com o objetivo de minimizar a quantidade de energia operante consumida no edifício.
3.3.2.1 Ventilação natural
A ventilação natural é o fenômeno da movimentação do ar no interior das
edificações. Segundo Toledo e Toledo (1999), ocorre por diferença de pressão do
ar. Sem a indução de nenhum sistema mecânico, ela é capaz de proporcionar a
renovação do ar de um ambiente e um conforto térmico adequado.
Um dos principais benefícios da ventilação natural é a redução do consumo
de energia. Para o funcionamento do sistema é importante a existência de aberturas
como vãos, janelas e portas em locais estratégicos (BOWER, 1995).
3.3.2.2 Iluminação natural
A iluminação natural é originada do sol e captada através de janelas,
clarabóias, dentre outras, estas laterais ou zenitais, é direta ou dispersa pelas
nuvens.
Segundo Sick (2002, apud Freitas et. al. 2006) o uso da iluminação natural é
a oportunidade de contribuir para a saúde da visão, do conforto visual e o bem-estar
das pessoas. Pesquisas apontam para um maior desempenho em trabalhos
realizados em salas de aula e escritórios em que havia o contato direto das pessoas
com a luz natural. Esse resultado se deve, em parte, ao fato de que a luz natural
apresenta definições de cores muito mais reais que a luz artificial, e a visualização
do meio externo proporciona o conhecimento aproximado das horas do dia e das
mudanças climáticas e atmosféricas.
Com o uso de fonte natural oriundo do sol e da incidência da radiação solar
direta, a economia de energia elétrica pode atingir até 50%, de acordo com o Manual
ABILUX (1992).
Outra forma de aproveitar a energia proveniente do sol é a instalação de
painéis solares. Dentre as fontes de energia limpa, a energia solar é a mais
difundida e aproveitada pela sua fácil instalação e espaço ocupado. O uso de tal
energia pode ser dividido em duas formas: fotovoltaico (produção de energia elétrica
por módulos fotovoltaicos) e térmico (transformação de energia em calor)
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATRINA, 2003). Este último, consiste em
aquecer os fluídos e armazená-los em reservatórios termicamente isolados, para,
assim, fornecer água aquecida nas torneiras e chuveiros.
Mesmo que parte da energia elétrica utilizada seja produzida no local, o bom
uso de iluminação do ambiente pode trazer uma economia bem vinda. Cuidados
como acender apenas as luzes necessárias durante a limpeza dos ambientes,
utilização de lâmpadas econômicas, instalação de sensores de presença e
fotocélulas, a partir de valores pré-fixados da quantidade de luz. Considerando-se a
contribuição da luz natural, controle de iluminação potência ajustável utiliza o
controle baseado em sensores fotoelétricos consiste no ajuste da potência aplicada
na iluminação esse sistema, adotado em lâmpadas incandescentes ou
fluorescentes, permite variar a quantidade de iluminação artificial para manter o nível
especificado.
A utilização de aparelhos que necessitem menos energia para funcionar e um
bom projeto de iluminação natural e elétrica podem significar uma economia
significativa no orçamento.
3.3.4 Sistema de água e esgoto
A boa utilização da água pode ser tanto uma atitude de consciência ecológica
quanto uma economia financeira em longo prazo. A captação da água da chuva e
sua utilização, após ser filtrada e armazenada, em sanitários, irrigação de jardins,
piscina e torneiras de lavanderia representa uma alternativa viável economicamente
frente ao custo de sua implantação. Além da água da chuva, a água reciclada a
partir do próprio esgoto interno do SPA pode ser usada para os mesmos fins
(RAMANES, 2008).
O tratamento do esgoto interno para sua devida reutilização é um processo
mais complexo do que a filtragem utilizada na captação de água da chuva. Um
exemplo adequado de tratamento é a criação de uma alternância de ambientes.
Nestes ambientes a bactéria é a principal responsável pela decomposição de
matéria orgânica, estes organismos unicelulares podem se reproduzir em grande
velocidade a partir da matéria orgânica disponível e sobrevivem nas mais diversas
condições ambientais. Estas decompõem as substâncias orgânicas complexas dos
esgotos (carboidratos, proteínas e gorduras) em materiais solúveis. As bactérias
podem ser anaeróbicas, que não necessitam oxigênio, e aeróbicas, que precisa de
oxigênio para sobreviver.
Em condições anaeróbicas a matéria orgânica sedimentável se acumula no
fundo do reservatório formando uma camada de lodo, que sofre um processo de
digestão anaeróbica, as bactérias produzem substancias solúveis utilizadas como
alimento dentro do ecossistema e que podem ser convertidas em gases como o
dióxido de carbono, metano, gás sulfídrico e amônia.
As condições aeróbicas são conjuntos de ambientes filtrantes (pedra brita,
areia, pedriscos e terra) responsáveis pela remoção de grande parte da matéria
orgânica como as gorduras e sabão, associados com plantas aquáticas que irão
ajudar na filtragem e limpeza da água. A maior diversidade de ambientes
anaeróbicos e aeróbicos aumenta a eficiência do sistema de tratamento
(INSTITUTO DE PERMACULTURA E ECOVILAS DA MATA ATLÂNTICA, 2008).
Outro exemplo de reciclagem é por biorremediação, uma forma simples e
efetiva de tratamento de água usada nos chuveiros e cozinha, para então devolvê-la
ao meio ambiente. Esse método de tratamento tem um baixíssimo custo, o tempo
necessário para implementá-lo é mínimo e os elementos utilizados no sistema são
as plantas (responsáveis por filtrar os solutos dissolvidos na água). Além disso, este
sistema de tratamento pode ser totalmente integrado ao paisagismo da propriedade
(REVISTA BIO CONSTRUINDO, 2009, p. 1).
Em um SPA ecologicamente correto as piscinas convencionais, que utilizam
produtos químicos para sua limpeza e manutenção, podem ser substituídas por
piscinas biológicas, que usam um sistema de filtragem natural para o tratamento e
depuração da água. Na área de regeneração a água é limpa e mantida
biologicamente pura através das plantas e de micro-organismos que absorvem
materiais em decomposição e bactérias.
È importante, também, a consciência no gasto da água, hoje existem dezenas
de equipamentos com design e tecnologia capazes de reduzir o consumo. Como
opções, podem-se encontrar torneiras de acionamento a pressão e automáticas
onde seu fechamento é automatizado, redutores de vazão, descargas que liberam
menos água que as convencionais, duchas onde seu acionamento é hidromecânico,
funciona com uma leve pressão manual (MONTEIRO, 2007).
3.3.6 Decoração
O modelo de decoração do SPA ecologicamente correto é baseada em
materiais que sejam sustentáveis como madeira de demolição, madeira de
reflorestamento, fibras vegetais, bambu, etc.
Dentre os diversos conceitos de decoração ecologicamente correta podemos
citar: cadeiras com laminas de bambu, divisórias, painéis, porta papel higiênico,
porta toalhas, cardápios, bandejas, macas todos feitos de bambu, banqueta de
madeira de demolição, puff de fibra de bambu, almofadas de seda artesanal,
rolinhos de fibra de bananeira, cortinas de seda artesanal entre outros.
Como mostra a empresa Fragmentum, que unem a beleza das formas
orientais com o conceito de produção sustentável. Entre suas principais peças estão
os bonsais, pequenas árvores que podem ser utilizadas para transmitir um clima de
aconchego e relaxamento ao ambiente, linha criada com o conceito de que o
individuo pode se deparar com uma árvore estando dentro do ambiente, o que
promove uma maior sensação de contato com a natureza (CHIROTTO, 2008).
Com a diversidade de materiais e objetos já existentes que atendem ao
conceito ecológico, só basta ter bom senso e criatividade para criar ambientes
temáticos e aconchegantes. Uma das alternativas na criação deste SPA será
valorizar o artesanato local, diminuindo danos ambientais pelo transporte.
3.4 SEPARAÇÃO E RECICLAGEM DE LIXO
O lixo é um grande problema do mundo contemporâneo, ele contamina o
solo, a água e o ar, além do espaço cada vez maior que ocupa através de aterros
sanitários que se multiplicam.
Com a separação do lixo é possível destinar da melhor forma o lixo, onde é
levado aos aterros apenas o lixo que não pode ser reciclado, aumentando a
eficiência e a vida útil dos aterros. Em decorrência da reciclagem ainda se pode dar
novo uso a diversos materiais, ocasionando a diminuição do consumo de matérias-
primas virgens (GREENPEACE, 2009).
Segundo a Sociedade Industrial e o Meio Ambiente, cerca de 60% do lixo
depositado em aterros são orgânicos, constituído de alimentos e papéis higiênicos,
sendo assim, a alternativa mais viável é investir em tratamentos em usinas de
compostagem, onde se transforma lixo orgânico em adubo. O gás metano produzido
pelo lixo orgânico ainda pode ser usado como fonte de energia alternativa.
Quanto ao restante do lixo, cerca de 40%, se dividem em materiais como
vidros, metais, plásticos e papéis, onde estes são classificados como reciclável e
não reciclável.
Um item muito importante deve ser destacado: a separação do lixo
contaminado, onde este tem um descarte diferenciado. A colocação de lixeiras
especifica para cada grupo de material é fundamental. Segundo a resolução nº 275
de 25 de Abril de 2001, o Conselho Nacional do Meio Ambiente:
No uso das atribuições que lhe conferem a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, e tendo em vista a disposta na Lei nº. 9.605 de 12 de fevereiro de 1998, e no Decreto no 3.179 de setembro de 1999, e considerando que a reciclagem de resíduos deve ser incentivada e expandida no país, para reduzir o consumo de matérias-primas (CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, 2001).
Onde segundo o Art.1º Estabelecer o código de cores para os diferentes tipos
de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem
como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.
3.5 ALIMENTAÇÃO
A alimentação saudável é um dos pilares da vida. Saber escolher o que
ingerimos diariamente e variar o máximo possível a alimentação são duas regras
para constituir um fornecimento de nutrientes essenciais ao correto funcionamento
do organismo.
A escolha de produtos orgânicos, cultivados sem insumos químicos, fornece
verduras, legumes, frutas, carnes, ovos, laticínios e até vinhos com a garantia de
uma qualidade superior, contendo todas as propriedades originais do produto.
Considerando a proposta ecológica do SPA, deve-se dar prioridade aos
produtos produzidos por empresas ou indivíduos que tenham uma filosofia ecológica
semelhante ao SPA. Para tal, os produtores devem fornecer alimentos que
promovam não apenas a saúde das pessoas, mas também do planeta como um
todo.
Enfatizando a forma de equilibrar o solo e demais recursos naturais (água,
planta, minerais, etc) conservando-os à longo prazo e mantendo a harmonia desses
elementos entre si e com os seres humanos. Não há diferenças entre os alimentos
orgânicos e os convencionais em relação a forma, cor e sabor, e sim a diferença
nutricional sendo que um tomate orgânico apresenta menor concentração de água,
20 % a menos, apresentando um alimento mais concentrado em vitamina C.
A produção deste alimento garante ao consumidor o certificado de um
alimento isento de resíduos químicos, sendo a mais natural possível, sem a
utilização de hormônios para crescimento acelerado, tratados com medicamento
fitoterápicos e homeopáticos.
Segundo a Organicbefeef (2008) a carne orgânica é um produto novo criado
para atender a demanda de um novo mercado, caracterizado pelo alto nível de
exigência do consumidor quanto á qualidade. O desenvolvimento e a produção da
carne orgânica estão vinculados ao processo e garantias de qualidade necessárias
para a segurança do consumidor.
O mercado pede um produto com segurança biológica, bem como um sabor
específico e maciez tradicional da carne bovina. Além de participar com
responsabilidade social, as fazendas onde são criados estes animais, são
associadas á ABPO (Associação Brasileira de Pecuária Orgânica), atendendo a
legislação trabalhista brasileira, onde todos os funcionários são registrados e tem
acesso a moradia digna, alimentação, saúde e educação. Segundo a ABPO com a
produção de qualquer produto orgânico, o consumidor tem a garantia de não haver o
trabalho escravo e infantil.
3.6 TRATAMENTOS
Com a procura de empresas relacionadas com o bom senso perante o meio
ambiente por profissionais conscientes, a indústria cosmética se adaptou ao
conceito ecologicamente correto, adotando a alternativa de substituir alguns
ingredientes químicos por princípios naturais (PIATTI, 2008). Comprovando junto a
fiscalização o não uso de animais em testes de laboratório ou de técnica que
prejudiquem a natureza ou qualquer tipo de vida.
Muitos são os ingredientes que ao serem descartados provocam impacto
ambiental, como óleos minerais, parabenos e parafina.
Aproveitando a rica diversidade natural do Brasil, pesquisadores juntos com
os conhecimentos populares aplicam estudos científicos nas descobertas de novos
ingredientes naturais, para tratamentos estéticos, como produtos corporal facial e
capilares, empresas investem nesta pesquisa.
Os tratamentos serão direcionados para terapias que visam o emagrecimento
e o relaxamento, entre estes tratamentos podemos destacar as técnicas holísticas,
massoterapia e a tecnologia de equipamentos que aliados aos resultados são mais
eficazes.
Além da utilização de produtos na área da estética, também sugerimos a
escolha dos produtos de limpeza livres de fosfatos, pois este atinge a água de rios e
lagos, onde ocorre o enriquecimento artificial. A conseqüência desse enriquecimento
é o aumento do crescimento de plantas flutuantes microscópicas e algas, sendo que
a forma forragem de grandes plantas aquáticas, modificam a estrutura aquática,
onde estas necessitam de oxigênio para a sobrevivência e acabam deixando podre
de oxigênio á água, nessas condições matam peixes e invertebrados, conforme
descrito na (REVISTA LAGOS E RESERVATORIOS, 2008).
Destacamos também a escolha dos tecidos que serão utilizados para o
enxoval, pois atualmente o mercado têxtil dispõem ao consumidor tecidos
ecologicamente corretos, como por exemplo, tecidos feitos com fibra de bambu,
PVC, algodão orgânico, garrafas PET, cânhamo, coco, juta, linho, malva e
polipropileno sendo um polímero ou plástico derivado de propeno ou propileno, onde
é 100% reciclável. Assim, a tecnologia somada a matérias-primas de ótima
qualidade tem resultado surpreendentes, como os tecidos a base de fibra de bambu,
onde é quatro vezes mais absorvente que o algodão, possuindo virtudes
respiratórias, anti-bacteriana alem de proteger de raios indesejáveis do sol e não
podem ser amassados (FASHION BUBBLES, 2006). Dessa forma, serão
confeccionados travesseiros, toalhas, roupões de banho, guarda-pó e uniformes dos
funcionários.
Em terapias que são utilizadas grandes quantidades de óleo, como a
Shirodara, terapia de origem índiana onde trabalha o fluxo continuo de óleo na
região da glabela, “terceiro olho”, pode ser reaproveitado, para a fabricação de
sabão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através do estudo realizado, percebeu-se que a cada dia, vem se ampliando
o número de investimentos em empreendimentos ecologicamente corretos e
consequentemente a preocupação com o meio ambiente, e materiais
biodegradáveis. A conscientização é dessa forma, um fator preponderante quando
da implementação de um SPA ecologicamente correto, pois acreditar que de alguma
forma pode-se ajudar o meio ambiente, diminuindo o foco de poluição é consciência
ecológica, e como tal, essa aumenta a procura pelos serviços e produtos
biodegradáveis.
Aderir ao consumo de produtos ecologicamente corretos é uma atitude que
provoca a geração de empregos para a população não qualificada e receita para os
pequenos e médios empresários. A receita aumenta com a comercialização dos
resíduos, estimulando a reciclagem, uma vez que os produtos gerados a partir de
reciclados são comercializados em paralelos aqueles gerados a partir de matérias-
primas virgens.
Um SPA, como modelo ecológico, acarreta alguns investimentos elevados,
mas com retorno viável e com maior rapidez, uma vez que a economia em energia
elétrica, e os consumos de matérias-primas renováveis determinam maior redução
de custos diários, o que amplia a rentabilidade do investimento.
A motivação dos clientes de um SPA ecologicamente correto, vai além da
necessidade de aderir a um programa ecológico, atenta a necessidade de utilização
de produtos e ambientes mais naturais, o que favorece a tranqüilidade do ambiente,
e conseqüentemente maior eficácia no programa realizado.
Espero que este trabalho sirva para os professores e estudantes, pois nossa
intenção foi colaborar com aqueles que se interessam por reciclar ideais. Entretanto,
deixo em aberto a possibilidade para novos questionamentos e propostas para
novas pesquisas.
REFERÊNCIAS
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WINTER, E. J. (Eric James). A agua, o solo e a planta 2ª. ed. São Paulo : Liv. Nobel, 1987.
ANEXOS
01 – TABELA DE TRATAMENTOS SUGERIDOS
Fango 50́
3,73,73,7
3,7,8
3,71,2,3,4,7,8,9
1,2,3,4,7,91,2,3,4,5,7,9
3,74,9
3,4,6,9
3,6Quik 30̀ 4
Reiki 50̀1,2,3,4,6,9
,2,3,4,5,6,7,93,4,67,8,93,4,63,4,6
3,63,4,6,7
93,6
3,4,7
3,7
9= Terapias que utilizam grande quantidade de água
7= óleo vegetal 8= equipamentos eletrônicos
5= produtos facial ecologicamente correto6 = produtos corporal ecologicamente correto
3= lençóis descartáveis4= utensílios ecologicamente correto
1= touca de cabelo2= luvas discartáveis
Índice de Itens utilizados em Terapias
Terapia das Pedras Quentes 50̀
Tailandesa 50̀
Talassoterapia 20̀
Terapêutica- 50̀
Shiatsu 50̀
Shirodara (fluxo continuo) 50̀
Reflexologia 30̀
Samkhya Sparsha ( alisamento dos chacras+mass suave) 50̀
Massagem Sueca 50̀
Ritual do Deuses ( esf+banho imerssão+mass) 120̀
Ritual Tropical ( esf corporal, facial+ b. imerssão+ hidr. Corporal, facial) 120̀
Massagem Relaxante 50̀
Lipo Escultura Manual 50 ̀
Quiropraxia 50̀
Massagem Havaina ( óleo morno + antebraços) 50 ̀
Massagem Hidromineral ( mass sob 5 duchas) 50 ̀
Hiper hidratação com Karité e Rosas 50̀
Energia Vital ( massagem relaxante+ banho alecrim) 90̀
Garshana (erva e sal) 50̀
Gomage 50 ̀
Cromoterapia - 50̀
Drenagem Linfática 50̀
Massagem Ayurverdica 50̀
Massagem Cervical 30̀
TRATAMENTO CORPORAL
Massagem Aromática 50̀
Drenagem Linfática 30̀ 3,7
Peeling de Vinho 50 ̀ 1,2,3,4,5Rejuvenescimento Facial 50̀ 1,2,3,4,5
TRATAMENTO FACIAL
1,2,3,6,9
Mascaras Revitalizante 50̀ 1,2,3,4,5Peeling de Diamante 50̀ 1,2,3,4,5,8
Hidratação Facial 50̀ 1,2,3,4,5Limpeza de Pele 90̀ 1,2,3,4,5,8
02 – TABELAS DEMOSNTRATIVAS DE RECILAGEM DO LIXO
Reciclavel Não Recliclável
Jornais e Revistas Etiquetas Adesivas
Listas Telefônicas Papel Carbono
Papel Sulfite/Rascunho Papel Celofane
Papel de Fax Fita Crepe
Folha de Caderno Pápeis Sanitários
Formulários de Computador Papéis Metalizados
Caixas em Geral (ondulado) Papéis Parafinados
Aparas de Papel Papéis Plastificados
Fotocópias Guardanapos
Envelopes Bitucas de Cigarros
Rascunhos Fotografias
Cartazes Velhos
Lenços de Papel
Reciclável Não Recliclável
Copos Adesivos
Garrafas Espuma
Sacos/Sacolas Acrílico
Frascos de Produtos Emabalagens Metalizadas (Biscoitos e Salgadinhos
Tampas
Potes
Canos e Tubos de PVC
Embalagens PETS (Sucos, ÓLEO, Vinagre, etc.)
Espátulas
Cubetas
Cerdas de Pinceis
Resiclável Não Recliclável
Garrafas Espelhos
Cubetas Boxes Temperados
Embaagens Louças
Frascos de Produtos Cerâmias
Copos Óculos
Cacos de Produtos Citados Pirex
Padrão Cores de Lixeira para Separação de Lixo
AZUL (Papel)
VERMELHO (Plático)
Verde (Vidro)
Reciclável Não Recliclável
Tampinhas de Garrafas Clipes
Latas Grampos
Enlatados Esponja de Aço
Acessórios Estéticos Aerosspois
Ferragens Latas de Tinta
Arames Equipamentos Eletrônicos
Pinças Embalagens (Solvesntes Químicos, Inseticidas)
Canos
Tesouras
Cobre
Reciclável Não Recliclável
Espátulas Madeira Contaminada por Insetos (Cupim)
Movéis
Objetos de Decoração
Cabo de Vassoura
Cado de Pinceis
Reciclável Não Recliclável Não Para Compostagem
Gorduras
Laticínios
Peixes
Frutos do Mar
PRETO (Madeira)
AMARELO (Metal)
Restos de Alimentos( Cascas de Frutas, Cascas de Ovos, Sacos de Chá e Café, Folhas, Caules,
Flores, Aparas de Madeira, Cinzas)
LARANJA (Residuos Perigosos)
Não reciclável
Grupo A (INFETANTES)
Grupo C (Perfurocortantes):
Grupo B (Químicos)
MARROM (Orgânico)
Fonte: http://thiago.luciano.googlepages.com/lixo
03 - CONSTITUIIÇÃO DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
Fonte: http://meumundosustentavel.com/noticias/tag/materiais 04 - MATERIAIS CONSTRUTIVOS
Materiais Construtivos/Construção de AdobeFonte: http://www.autrynationalcenter.org/southwest/casa.html
DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
http://meumundosustentavel.com/noticias/tag/materiais-ecologicos/
MATERIAIS CONSTRUTIVOS E MODELOS DE AMBIENTES
Materiais Construtivos/Construção de Adobe
http://www.autrynationalcenter.org/southwest/casa.html
DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
E MODELOS DE AMBIENTES
Materiais Construtivos/Construção de Adobe Fonte: http://www.desertearthandwood.com/casaazule/index.htm
Materiais Construtivos/Tijolo de Adobe Fonte: http://www.flickr.com/photos/luiz_alberto/17366823/
Materiais Construtivos/Tijolos de Adobe Fonte:http://www.flickr.com/photos/fefreire/1394552696/
Formas par produção de tijolo Adobe Fonte: http://ambiente.hsw.uol.com.br/adobe3.htm
Preparação de tijolo Adobe Fonte: http://ambiente.hsw.uol.com.br/adobe3.htm
Ambientes externos Fonte: http://www.iloveinns.com/casa-tierra-adobe-inn-tucson-arizona.html
Ambientes Internos Fonte: http://www.iloveinns.com/casa-tierra-adobe-inn-tucson-arizona.html
Ambientes Internos Fonte: http://www.iloveinns.com/casa-tierra-adobe-inn-tucson-arizona.html
Cúpulas e arcos em adobre Fonte: http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tecadobe.htm
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Tijolo de B.T.C Fonte: http://www.cujae.edu.cu/centros/cecat/documentos/manualestmc/Manual%20BTC%20Portugu%C3%A9s.pdf
Tijolo de B.T.C Fonte: http://www.terracrua.com/?page=producao
Construção de B.T.C Fonte: http://www.terracrua.com/?page=construcao
Construção de B.T.C Fonte: http://www.terracrua.com/?page=terracrua
Construção de Taipa Fonte: http://www.youngreporters.org/article.php3?id_article=1421
Construção de Taipa Fonte: http://arquitecturasdeterra.blogspot.com/2008/10/textoa-construo-com-terra-em-portugal.html
Construção de Taipa Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Paredes de Taipa Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Estrutura de bambu que não utiliza pregos Fonte: http://www.ecocentro.org/bioconstruindo/bambu.html
Móveis decoração e construção com bambu Fonte:http://www.quebarato.com.br/classificados/moveis-decoracao-e-construcao-com-bambu__3595437.html
Muro bambu Fonte:http://www.quebarato.com.br/classificados/moveis-decoracao-e-construcao-com-bambu__3595437.html
Painel de bambu Fonte: http://casa.abril.com.br/arquitetura/livre/edicoes/0202/jardim/mt_82461.shtml
Ducha com Box de bambu Fonte: http://casa.abril.com.br/arquitetura/livre/edicoes/0202/jardim/mt_82461.shtml
Decoração de bambu Fonte: http://casa.abril.com.br/arquitetura/livre/edicoes/0202/jardim/mt_82461.shtml
Construção de bambu Fonte: http://www.bambubali.com.br/html/casasdebambu.html
Decoração e moveis de bambu Fonte: http://www.bambubali.com.br/html/casasdebambu.html
Construção de bambu Fonte: http://ecologiaurbana.blogspot.com/2007/06/construo-em-bambu-obra-de-simon-velez.html
Cortina de bambu Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2001-1/equipe_8/index.htm
Cortina de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/cortina.html
Vaso de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/cachepot.html
Bandeija de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Cardápio de Bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Porta-papel higiênico de Bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Porta-toalha de rosto de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
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Paredes de Cob Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Construção de COB Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Paredes de COB Fonte: ttp://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
Murro externo em cob Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
Sala de jantar cob
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Sala cob Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2005-1/bioarquitetura/index.htm
3 pavimentos em cob Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
O telhado verde Fonte: http://www.reporterdiario.com.br/index.php?id=84030&secao=6
Edificação em adobe e teto-grama Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tectetograma.htm
Teto grama Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tectetograma.htm
Ar purificado Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tectetograma.htm
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Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Placas solares Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2003-2/energia_solar/index.htm
Placas solares Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2003-2/energia_solar/index.htm
A chuva cai nos telhados, é recolhida pelas calhas, passa por um filtro que retêm sujeiras como folhas e fica armazenada na cisterna enterrada. Uma bomba envia a água da cisterna para a caixa d'água elevada. A partir da caixa d'água, a água da chuva é distribuída para o vaso sanitário, a irrigação do jardim, o tanque de lavar roupa e a máquina de lavar. Fonte: http://www.radames.manosso.nom.br/ambiental/captacao.htm
A "estação de tratamento de esgoto" do Ecocentro IPEC. Fonte: http://www.ecocentro.org/bioconstruindo/biorremediacao.html
Após utilizada, toda água cinza dos chuveiros do Ecocentro IPEC passam pelo sistema de tratamento ecológico. Fonte: http://www.ecocentro.org/bioconstruindo/biorremediacao.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/index.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/index.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/fotos_piscinabiologica.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/fotos_piscinabiologica.html
Essa cadeira é feita apenas de bambu. O material cru de crescimento rápido é usado numa forma laminada e é sujeito a um processo manufaturado de alta precisao CNC. A cola para o produto é não-toxica e a cera de tratamento de superficie é natural e não-toxica. Fonte: Ecological Design. FUSION PUBLISHING, Manuela Roth, Nicolas Uphaus Colaborador Manuela Roth. Edition: illustrated. Publicado por teNeues, 2008
Berço de madeira - Protetora e romântica, resulta este berço gigante de madeira neozeolandesa de plantações totalmente sustentáveis. Fonte: Ecological Design. FUSION PUBLISHING, Manuela Roth, Nicolas Uphaus. Colaborador Manuela Roth. Edition: illustrated. Publicado por teNeues, 2008
Sala de descanso - Arquitetura Interiores Sustentáveis Fonte: http://www.criaarquiteturasustentavel.com.br/projeto-sala-de-descanso.html
ARTIGO CIENTIFICO
PROPOSTA PARA IMPLANTAÇÃO DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
Ivana Sivestri 1 - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Simone Ballan 2 - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Fabiana Thives 3 – Turismóloga; Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Contatos [email protected] [email protected] [email protected]
RESUMO As tendências ecológicas estão em alta atualmente, a cada dia mais pessoas estão conscientes da importância do cuidado da natureza e procuram mais esse mercado. Um SPA é bom meio de propagação desta tendência por ser ligado diretamente com o bem estar e a saúde das pessoas. Tratamentos que visam o emagrecimento e o relaxamento com produtos sem parafinas, parabenos e óleos minerais, destacando as técnicas holísticas, massoterapia e a tecnologia de equipamentos que usufruam o mínimo de energia elétrica, piscinas que não utilizam produtos químicos e a alimentação orgânica sem agrotóxicos são alguns dos benefícios de um SPA ecologicamente correto, um lugar onde se possa aliar serviço de qualidade à sua própria consciência ecológica. Um modelo de implantação de um SPA ecologicamente correto prioriza soluções ecológicas para sua estruturação e funcionamento. Visa a exemplificação de materiais construtivos sustentáveis, sistema de energia, água, iluminação e ventilação com o mínimo de impacto ambiental considerando, se possível, o uso de ventilação e iluminação naturais, sendo estes possíveis devido à um bom planejamento arquitetônico, separação e reciclagem de lixo, tratamentos com produtos biodegradáveis ou de resíduos com fins viáveis ao ambiente, assim como um sistema de tratamento de água que permita a reutilização da água e sua devolução de forma saudável ao meio-ambiente. A alimentação, também, deve ser personalizada, seguindo a tipologia adotada, alem de profissionais capacitados que se enquadrem ao perfil do SPA. Palavras-chave : SPA; Ecologia; Estrutura; Reciclagem; Impacto Ambiental; Econegócio.
1. INTRODUÇÃO
Um SPA é um bom exemplo de um empreendimento que depende e usufrui
de recursos naturais, a palavra SPA deriva da expressão latina "salute per aqua" que
se traduz por saúde pela água. Tem como finalidade dispor de atividades saudáveis
que conduzem a um estado de bem estar e beleza através de tratamentos
inspirados na natureza, conforme destaca RIbeiro (2009).
Desastres ambientais freqüentes marcaram a nossa história. Liberação de
agrotóxicos gasosos, vazamentos de petróleo e acidentes em usinas nucleares,
efeito estufa, o buraco na camada de ozônio, distúrbios climáticos, entre outros,
foram exemplos de tragédias que instigaram a consciência social e o cuidado com a
natureza (GLEICK, 1990).
Segundo Callenbach (2003), a partir da década de 80, surge um rápido
aumento da conscientização ambiental entre a população em geral, o que teve um
efeito significativo sobre as preferências do consumidor. Esta consciência ecológica
abriu portas para uma nova economia, que visa a saúde do homem diminuindo ao
máximo o impacto ambiental. O conceito ecologicamente correto resultou e está
resultando em itens manufaturados, artesanais e industrializados que não sejam
poluentes ou tóxicos e apresentem benefícios ao meio ambiente e a saúde em geral,
contribuindo para o desenvolvimento de um modelo econômico sustentável.
Alguns dos impasses dos SPA contemporâneos são o descuido com a
utilização da água, o grande volume de agentes químicos para tratamento de
piscinas e a limpeza em geral, que são enviados direto ao esgoto sem qualquer
tratamento, o nível de gasto em energia elétrica e a pouca preocupação com a
separação de lixo e reciclagem. O que não condiz com o conceito de SPA, que
presa a saúde e a harmonia com o meio ambiente.
Observando estes fatores, este trabalho tem por objetivo desenvolver um
modelo de implantação de um SPA ecologicamente correto, unindo o bem estar
físico e mental com consciência ecológica, dispondo de uma estrutura sustentável,
sistemas de luz, água e esgoto que reduzam o máximo possível o impacto
ambiental. Para tanto, propõem-se tratamentos e alimentação personalizados que
sigam essa tipologia e profissionais capacitados que se enquadrem ao perfil do SPA.
2. METODOLOGIA
A pesquisa realizada se caracteriza como descritiva e exploratória. Conforme
Gil (1996), um estudo exploratório-descritivo possibilita ao pesquisador uma certa
flexibilidade e/ou liberdade de modo que este possa considerar os mais variados
aspectos possíveis e que dizem respeito ao fato estudado. Este autor ressalta
também que um estudo exploratório permite a descrição de características de uma
determinada população, bem como o estabelecimento de prováveis relações entre
as variáveis estudadas.
O estudo foi realizado baseado no estudo bibliográfico do histórico dos SPAs,
bem como materiais ecologicamente corretos, orgânicos, reciclagem e conservação
do ambiente natural em um SPA ecologicamente correto.
Serviram como base de dados livros, artigos e exemplos apresentados em
materiais disponíveis na internet.
3. DESENVOLVIMENTO, ANÁLISE E DISCUSSÃO
3.1 HISTÓRIA DO SPA
O primeiro SPA surgiu em 1326 na Bélgica em um vilarejo chamado Spau, um
metalúrgico belga chamado Colin Le Loup curou-se de uma longa enfermidade com
as águas ricas em ferro de uma fonte perto de Liege. Em agradecimento, ele
construiu no local um alojamento para acolher outras pessoas. A popularidade do
local se espalhou tanto que o mesmo foi rebatizado de SPA, isto devido ao local ser
conhecido pelo poder das águas, pela vegetação e clima ameno com temperatura
agradável. Do mesmo modo, acredita-se que os banhos e a ingestão de água
salgada eram responsáveis pela cura de numerosas doenças, ajudando a promover
os resorts do litoral. Atividades populares dos balneários incluíam jogos, danças e
outras formas de entretenimento, como concertos, desfiles de rua, e as termas,
aonde aqueles que iam em busca de saúde “bebiam as águas”, conforme destaca
Mill (2003).
Os SPAS atuais dispõem de dietas adequadas com reeducação alimentar,
exercícios físicos personalizados para cada pessoa e terapias que podem ser
exemplificadas como terapias alternativas (holísticas), massagens, esfoliação,
desintoxicação, musicoterapia, aromaterapia, cromoterapia, horticultura, hidroterapia
entre outras.
Os SPAS são encontrados em vários estabelecimentos com tipologias
diferentes, outras atividades e indicações específicas. Existem SPAs somente para
tratar a saúde (desintoxicação e emagrecimento), para estética e beleza, de
relaxamento, os holísticos e os SPAs mistos, encontrados geralmente em resorts.
Indiferente a tipologia, qualquer SPA pode vir a ser ecologicamente correto,
dependendo apenas de uma administração disposta a essa mudança.
3. 2 FORMAÇÃO DE UM SISTEMA ECOLOGICAMENTE CORRETO
Por decorrências de vários fatos ao longo da história, a humanidade começou
a ter consciência da importância de preservar a natureza. Os anos 70 e 80
ampliaram nosso conhecimento sobre o funcionamento da biosfera e sobre
possíveis riscos de desastres ambientais provocados pelo homem como o
aquecimento global da atmosfera e o efeito estufa (GLEICK, 1990).
“Danos ambientais causados pelas catástrofes que ocupam as manchetes
recentemente, são pequenos quando comparados aos danos cumulativos, na
maioria das vezes despercebidos, provocados por enorme números de poluentes
menores, a maioria deles de acordo com as regulamentações legais de seus países”
(WINTER et al. 1987, 11).
Devido a esses fatos, houve um rápido aumento da conscientização
ambiental entre a população em geral, o que teve um efeito significativo sobre as
preferências do consumidor, conforme destaca Callenbach (2003).
A partir de então, surge o conceito ecologicamente correto, que consiste em
itens manufaturados, artesanais e industrializados que não sejam poluentes, tóxicos
e apresentem benefícios ao meio ambiente e a saúde geral, contribuindo para o
desenvolvimento de um modelo econômico sustentável.
3. 3 CONSTITUIÇÃO DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
3.3.1 Estrutura
O conceito de construção ecologicamente correta baseia-se em um modelo
que permita à construção civil propor soluções inteligentes para prover o bom uso, a
economia de recursos finitos e redução de gases emitidos pelos mesmos,
adaptando-se as necessidades ambientais de nossa época, com tecnologia e design
moderno que atendam as necessidades do consumidor, preservando-os para as
gerações futuras.
A construção civil consome entre 15 e 50% dos vários recursos naturais extraídos da natureza, sendo que 50% da produção de gases causadores do efeito estufa decorre da cadeia produtiva dos empreendimentos imobiliários. Além disso, 30% do aquecimento global deve-se à concepção, construção, reforma e operação de edificações (REVISTA, ECO ESFERA EMPREENDIMENTOS SUSTENTAVEIS, 2009, p. 1).
As diretrizes para uma construção sustentável são focadas em fatores como
um planejamento a longo prazo da obra, busca por uma eficiência energética, uso
adequado da água e sua reutilização, uso de técnicas passivas das condições e dos
recursos naturais, uso de materiais e técnicas ambientalmente corretas, reciclagem
e redução de lixo, conforto e qualidade interna dos ambientes (AURICH &
ANSELME, 2008).
A escolha dos materiais de construção deve, em princípio, obedecer aos
critérios de preservação, recuperação e responsabilidade ambiental, sendo favorável
ao meio ambiente em seus processos de obtenção e fabricação e, depois de
aplicados, devem servir da mesma forma.
3.3.1.1 Adobe
O adobe é uma técnica de construção natural onde o principal recurso
utilizado para implementá-lo é a argila, apresenta vantagens econômicas, sociais e
ecológicas.
De acordo com Burden (1899, p. 12) “adobe são grandes blocos de argila
rústicos e secos ao sol, moldados em vários tamanhos”.
A matéria-prima é encontrada no próprio local da construção, o uso na obra é
simples, o transporte é insignificante e os resíduos mínimos. É constituída de uma
mistura de argila, água e fibras, que são colocadas em moldes de madeiras, após
alguns dias removidos e expostos ao sol para secar. Alguns de seus benefícios são
a qualidade, durabilidade, conforto térmico e baixo custo (GAUZIN-MULLER, 2006).
A escolha do adobe se justifica quando comparado ao tijolo comum, que
necessita cozimento utilizando madeira como fonte de combustão, o qual emite gás
carbônico na atmosfera, e sendo este acessível à população em geral devido tanto à
sua disponibilidade quanto a seu custo.
3.3.1.2 B.T.C (Bloco de Terra Comprimida)
O B.T.C. é um material de construção que tem como composição a terra
prensada. Difere do adobe, pois este para atingir sua resistência máxima tem que
sofrer um processo de cura, enquanto o BTC atinge a sua resistência máxima com a
compactação da prensa, possui alta resistência a umidade, adapta-se à vários tipos
de solo, usufrui de disponibilidade local de matéria prima, sua produção não requer
combustível, sua estrutura possui bom comportamento térmico, capacidade de
respiração das paredes e estabilidade da umidade relativa interior (LOURENÇO,
BRITO & BRANCO, 2008).
3.3.1.3 Taipa
Segundo Burden (1899, p. 311) taipas são “Edificação cujas paredes são
feitas de terra prensada, geralmente argila moldada endurecida e apiloada em
formas móveis. O próprio material de construção, ou seja, a terra ou argila
endurecida, apiloada até formar paredes e pisos”.
A construção de taipa obtém sua matéria-prima no próprio local, a terra
podendo ser comprimida por tabuas para sua estruturação, que serão retiradas após
estar completamente seca e compactada com um pilão manualmente (LOURENÇO,
BRITO & BRANCO, 2008).
3.3.1.4 Bambu
Bambu é um material de construção milenar, muito utilizada no oriente, sendo
usado na estruturação como colunas, vigas e lastros. Serve como telhas, forros e
maçanetas, e até mesmo para determinados encanamentos de água entre outros.
Segundo Coimbra (2000), o bambu possui alta flexibilidade e resistência de
suas fibras, exemplo disso é o uso da planta no desenvolvimento de habitações à
prova de terremotos. O bambu tem um tempo médio de crescimento entre 3 anos se
destacando perante a madeira que demora entorno de vinte anos para se usufruída.
3.3.1.5 COB
O cob é uma técnica antiga, de origem inglesa, criada no século XIII. A
construção com cob assemelha-se à produção de uma escultura: há total liberdade
para inventar formas artísticas e utilidades para a habitação, como armários, fornos
e bancos embutidos na própria parede.
Para aplicar essa técnica é preciso um solo argiloso, água, pequenos detritos
(pedras), areia e palha de arroz. Os materiais são misturados e pisoteados até
formarem uma massa homogênea, com uma boa liga, para então serem aplicados,
em forma de bolas de barro, diretamente na construção.
Tem como vantagem o baixo custo, e ainda, os materiais utilizados são de
fácil obtenção, ótima qualidade de ar interno, as paredes de barro filtram o ar que
entra na construção, e tem uma ótima resistência.
3.3.1.6 Outros materiais
Além dos materiais citados, outros recursos podem ser aplicados na
construção como madeira de reflorestamento, madeira de demolição, coberturas de
palha, etc.
Os telhados verdes são estruturas adaptadas para receber uma cobertura de
gramado em lajes e telhados de casas e edifícios. Além de ser esteticamente
agradável, esse tipo de cobertura promove isolamento térmico, isto ocorre devido ao
colchão de ar entre a vegetação, à massa térmica da camada de terra, à reflexão
dos raios infravermelhos pelas plantas e até a liberação de calor pelas plantas ao
condensar o orvalho da manhã, ainda prove isolamento acústico. Uma camada de
terra úmida de 12cm de espessura reduz a transferência de som em 40dB, atuando
como barreira acústica, e resistência ao fogo, na Alemanha os tetos verdes são
considerados “telhados sólidos”, que significa que não se queimam e são resistentes
ao fogo sempre que a camada de terra tiver ao menos 3cm de espessura.
Os telhados verdes ainda possuem maior resistência ao tempo: alguns tipos
de materiais usados em coberturas (à base de piche, madeira ou plástico) se
deterioram quando expostas aos raios UV ou quando sofrem grande variação
térmica.
Estes problemas são eliminados mediante uma cobertura de substrato e
vegetação. Quando bem projetados, os tetos verdes têm grande vida útil e
dificilmente necessitam de manutenção e reparos. Ainda, retém as águas das
chuvas que, em casos extremos, previne enchentes. Salvo em determinadas
condições, utiliza sua própria água armazenada para seu desenvolvimento, isso
evita um trabalho adicional com a irrigação (BOSIO, 2008).
Do ponto de vista ecológico, o telhado verde ainda realiza fotossíntese
através das plantas, transformando o gás carbônico em oxigênio, ajudando contra o
efeito estufa. Ele, ainda, contribui na luta contra o aquecimento global refletindo
parte dos raios ultravioletas e impedindo o maior aquecimento do edifício (BOSIO,
2008).
3.3.2. Arquitetura bioclimática
Para Adam (2001, p. 57) a arquitetura bioclimática se caracteriza fazendo
uma relação do homem com o clima, objetivando minimizar os custos das
edificações.
A arquitetura bioclimática, investiga as relações entre os seres humanos (animais homeotérmicos) e as características climáticas de um local, que são absorvidas e transformadas pelos edifícios, refletindo-se no partido arquitetônico(orientação dos ambientes, lay-outs, disposição das vedações –paredes e coberturas -, proporção e composição das aberturas, estruturas, materiais e paisagismo) com o objetivo de minimizar a quantidade de energia operante consumida no edifício.
3.3.2.1 Ventilação natural
A ventilação natural é o fenômeno da movimentação do ar no interior das
edificações. Segundo Toledo e Toledo (1999), ocorre por diferença de pressão do
ar. Sem a indução de nenhum sistema mecânico, ela é capaz de proporcionar a
renovação do ar de um ambiente e um conforto térmico adequado.
Um dos principais benefícios da ventilação natural é a redução do consumo
de energia. Para o funcionamento do sistema é importante a existência de aberturas
como vãos, janelas e portas em locais estratégicos (BOWER, 1995).
3.3.2.2 Iluminação natural
A iluminação natural é originada do sol e captada através de janelas,
clarabóias, dentre outras, estas laterais ou zenitais, é direta ou dispersa pelas
nuvens.
Segundo Sick (2002, apud Freitas et. al. 2006) o uso da iluminação natural é
a oportunidade de contribuir para a saúde da visão, do conforto visual e o bem-estar
das pessoas. Pesquisas apontam para um maior desempenho em trabalhos
realizados em salas de aula e escritórios em que havia o contato direto das pessoas
com a luz natural. Esse resultado se deve, em parte, ao fato de que a luz natural
apresenta definições de cores muito mais reais que a luz artificial, e a visualização
do meio externo proporciona o conhecimento aproximado das horas do dia e das
mudanças climáticas e atmosféricas.
Com o uso de fonte natural oriundo do sol e da incidência da radiação solar
direta, a economia de energia elétrica pode atingir até 50%, de acordo com o Manual
ABILUX (1992).
Outra forma de aproveitar a energia proveniente do sol é a instalação de
painéis solares. Dentre as fontes de energia limpa, a energia solar é a mais
difundida e aproveitada pela sua fácil instalação e espaço ocupado. O uso de tal
energia pode ser dividido em duas formas: fotovoltaico (produção de energia elétrica
por módulos fotovoltaicos) e térmico (transformação de energia em calor)
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATRINA, 2003). Este último, consiste em
aquecer os fluídos e armazená-los em reservatórios termicamente isolados, para,
assim, fornecer água aquecida nas torneiras e chuveiros.
Mesmo que parte da energia elétrica utilizada seja produzida no local, o bom
uso de iluminação do ambiente pode trazer uma economia bem vinda. Cuidados
como acender apenas as luzes necessárias durante a limpeza dos ambientes,
utilização de lâmpadas econômicas, instalação de sensores de presença e
fotocélulas, a partir de valores pré-fixados da quantidade de luz. Considerando-se a
contribuição da luz natural, controle de iluminação potência ajustável utiliza o
controle baseado em sensores fotoelétricos consiste no ajuste da potência aplicada
na iluminação esse sistema, adotado em lâmpadas incandescentes ou
fluorescentes, permite variar a quantidade de iluminação artificial para manter o nível
especificado.
A utilização de aparelhos que necessitem menos energia para funcionar e um
bom projeto de iluminação natural e elétrica podem significar uma economia
significativa no orçamento.
3.3.4 Sistema de água e esgoto
A boa utilização da água pode ser tanto uma atitude de consciência ecológica
quanto uma economia financeira em longo prazo. A captação da água da chuva e
sua utilização, após ser filtrada e armazenada, em sanitários, irrigação de jardins,
piscina e torneiras de lavanderia representa uma alternativa viável economicamente
frente ao custo de sua implantação. Além da água da chuva, a água reciclada a
partir do próprio esgoto interno do SPA pode ser usada para os mesmos fins
(RAMANES, 2008).
O tratamento do esgoto interno para sua devida reutilização é um processo
mais complexo do que a filtragem utilizada na captação de água da chuva. Um
exemplo adequado de tratamento é a criação de uma alternância de ambientes.
Nestes ambientes a bactéria é a principal responsável pela decomposição de
matéria orgânica, estes organismos unicelulares podem se reproduzir em grande
velocidade a partir da matéria orgânica disponível e sobrevivem nas mais diversas
condições ambientais. Estas decompõem as substâncias orgânicas complexas dos
esgotos (carboidratos, proteínas e gorduras) em materiais solúveis. As bactérias
podem ser anaeróbicas, que não necessitam oxigênio, e aeróbicas, que precisa de
oxigênio para sobreviver.
Em condições anaeróbicas a matéria orgânica sedimentável se acumula no
fundo do reservatório formando uma camada de lodo, que sofre um processo de
digestão anaeróbica, as bactérias produzem substancias solúveis utilizadas como
alimento dentro do ecossistema e que podem ser convertidas em gases como o
dióxido de carbono, metano, gás sulfídrico e amônia.
As condições aeróbicas são conjuntos de ambientes filtrantes (pedra brita,
areia, pedriscos e terra) responsáveis pela remoção de grande parte da matéria
orgânica como as gorduras e sabão, associados com plantas aquáticas que irão
ajudar na filtragem e limpeza da água. A maior diversidade de ambientes
anaeróbicos e aeróbicos aumenta a eficiência do sistema de tratamento
(INSTITUTO DE PERMACULTURA E ECOVILAS DA MATA ATLÂNTICA, 2008).
Outro exemplo de reciclagem é por biorremediação, uma forma simples e
efetiva de tratamento de água usada nos chuveiros e cozinha, para então devolvê-la
ao meio ambiente. Esse método de tratamento tem um baixíssimo custo, o tempo
necessário para implementá-lo é mínimo e os elementos utilizados no sistema são
as plantas (responsáveis por filtrar os solutos dissolvidos na água). Além disso, este
sistema de tratamento pode ser totalmente integrado ao paisagismo da propriedade
(REVISTA BIO CONSTRUINDO, 2009, p. 1).
Em um SPA ecologicamente correto as piscinas convencionais, que utilizam
produtos químicos para sua limpeza e manutenção, podem ser substituídas por
piscinas biológicas, que usam um sistema de filtragem natural para o tratamento e
depuração da água. Na área de regeneração a água é limpa e mantida
biologicamente pura através das plantas e de micro-organismos que absorvem
materiais em decomposição e bactérias.
È importante, também, a consciência no gasto da água, hoje existem dezenas
de equipamentos com design e tecnologia capazes de reduzir o consumo. Como
opções, podem-se encontrar torneiras de acionamento a pressão e automáticas
onde seu fechamento é automatizado, redutores de vazão, descargas que liberam
menos água que as convencionais, duchas onde seu acionamento é hidromecânico,
funciona com uma leve pressão manual (MONTEIRO, 2007).
3.3.6 Decoração
O modelo de decoração do SPA ecologicamente correto é baseada em
materiais que sejam sustentáveis como madeira de demolição, madeira de
reflorestamento, fibras vegetais, bambu, etc.
Dentre os diversos conceitos de decoração ecologicamente correta podemos
citar: cadeiras com laminas de bambu, divisórias, painéis, porta papel higiênico,
porta toalhas, cardápios, bandejas, macas todos feitos de bambu, banqueta de
madeira de demolição, puff de fibra de bambu, almofadas de seda artesanal,
rolinhos de fibra de bananeira, cortinas de seda artesanal entre outros.
Como mostra a empresa Fragmentum, que unem a beleza das formas
orientais com o conceito de produção sustentável. Entre suas principais peças estão
os bonsais, pequenas árvores que podem ser utilizadas para transmitir um clima de
aconchego e relaxamento ao ambiente, linha criada com o conceito de que o
individuo pode se deparar com uma árvore estando dentro do ambiente, o que
promove uma maior sensação de contato com a natureza (CHIROTTO, 2008).
Com a diversidade de materiais e objetos já existentes que atendem ao
conceito ecológico, só basta ter bom senso e criatividade para criar ambientes
temáticos e aconchegantes. Uma das alternativas na criação deste SPA será
valorizar o artesanato local, diminuindo danos ambientais pelo transporte.
3.4 SEPARAÇÃO E RECICLAGEM DE LIXO
O lixo é um grande problema do mundo contemporâneo, ele contamina o
solo, a água e o ar, além do espaço cada vez maior que ocupa através de aterros
sanitários que se multiplicam.
Com a separação do lixo é possível destinar da melhor forma o lixo, onde é
levado aos aterros apenas o lixo que não pode ser reciclado, aumentando a
eficiência e a vida útil dos aterros. Em decorrência da reciclagem ainda se pode dar
novo uso a diversos materiais, ocasionando a diminuição do consumo de matérias-
primas virgens (GREENPEACE, 2009).
Segundo a Sociedade Industrial e o Meio Ambiente, cerca de 60% do lixo
depositado em aterros são orgânicos, constituído de alimentos e papéis higiênicos,
sendo assim, a alternativa mais viável é investir em tratamentos em usinas de
compostagem, onde se transforma lixo orgânico em adubo. O gás metano produzido
pelo lixo orgânico ainda pode ser usado como fonte de energia alternativa.
Quanto ao restante do lixo, cerca de 40%, se dividem em materiais como
vidros, metais, plásticos e papéis, onde estes são classificados como reciclável e
não reciclável.
Um item muito importante deve ser destacado: a separação do lixo
contaminado, onde este tem um descarte diferenciado. A colocação de lixeiras
especifica para cada grupo de material é fundamental. Segundo a resolução nº 275
de 25 de Abril de 2001, o Conselho Nacional do Meio Ambiente:
No uso das atribuições que lhe conferem a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, e tendo em vista a disposta na Lei nº. 9.605 de 12 de fevereiro de 1998, e no Decreto no 3.179 de setembro de 1999, e considerando que a reciclagem de resíduos deve ser incentivada e expandida no país, para reduzir o consumo de matérias-primas (CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, 2001).
Onde segundo o Art.1º Estabelecer o código de cores para os diferentes tipos
de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem
como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.
3.5 ALIMENTAÇÃO
A alimentação saudável é um dos pilares da vida. Saber escolher o que
ingerimos diariamente e variar o máximo possível a alimentação são duas regras
para constituir um fornecimento de nutrientes essenciais ao correto funcionamento
do organismo.
A escolha de produtos orgânicos, cultivados sem insumos químicos, fornece
verduras, legumes, frutas, carnes, ovos, laticínios e até vinhos com a garantia de
uma qualidade superior, contendo todas as propriedades originais do produto.
Considerando a proposta ecológica do SPA, deve-se dar prioridade aos
produtos produzidos por empresas ou indivíduos que tenham uma filosofia ecológica
semelhante ao SPA. Para tal, os produtores devem fornecer alimentos que
promovam não apenas a saúde das pessoas, mas também do planeta como um
todo.
Enfatizando a forma de equilibrar o solo e demais recursos naturais (água,
planta, minerais, etc) conservando-os à longo prazo e mantendo a harmonia desses
elementos entre si e com os seres humanos. Não há diferenças entre os alimentos
orgânicos e os convencionais em relação a forma, cor e sabor, e sim a diferença
nutricional sendo que um tomate orgânico apresenta menor concentração de água,
20 % a menos, apresentando um alimento mais concentrado em vitamina C.
A produção deste alimento garante ao consumidor o certificado de um
alimento isento de resíduos químicos, sendo a mais natural possível, sem a
utilização de hormônios para crescimento acelerado, tratados com medicamento
fitoterápicos e homeopáticos.
Segundo a Organicbefeef (2008) a carne orgânica é um produto novo criado
para atender a demanda de um novo mercado, caracterizado pelo alto nível de
exigência do consumidor quanto á qualidade. O desenvolvimento e a produção da
carne orgânica estão vinculados ao processo e garantias de qualidade necessárias
para a segurança do consumidor.
O mercado pede um produto com segurança biológica, bem como um sabor
específico e maciez tradicional da carne bovina. Além de participar com
responsabilidade social, as fazendas onde são criados estes animais, são
associadas á ABPO (Associação Brasileira de Pecuária Orgânica), atendendo a
legislação trabalhista brasileira, onde todos os funcionários são registrados e tem
acesso a moradia digna, alimentação, saúde e educação. Segundo a ABPO com a
produção de qualquer produto orgânico, o consumidor tem a garantia de não haver o
trabalho escravo e infantil.
3.6 TRATAMENTOS
Com a procura de empresas relacionadas com o bom senso perante o meio
ambiente por profissionais conscientes, a indústria cosmética se adaptou ao
conceito ecologicamente correto, adotando a alternativa de substituir alguns
ingredientes químicos por princípios naturais (PIATTI, 2008). Comprovando junto a
fiscalização o não uso de animais em testes de laboratório ou de técnica que
prejudiquem a natureza ou qualquer tipo de vida.
Muitos são os ingredientes que ao serem descartados provocam impacto
ambiental, como óleos minerais, parabenos e parafina.
Aproveitando a rica diversidade natural do Brasil, pesquisadores juntos com
os conhecimentos populares aplicam estudos científicos nas descobertas de novos
ingredientes naturais, para tratamentos estéticos, como produtos corporal facial e
capilares, empresas investem nesta pesquisa.
Os tratamentos serão direcionados para terapias que visam o emagrecimento
e o relaxamento, entre estes tratamentos podemos destacar as técnicas holísticas,
massoterapia e a tecnologia de equipamentos que aliados aos resultados são mais
eficazes.
Além da utilização de produtos na área da estética, também sugerimos a
escolha dos produtos de limpeza livres de fosfatos, pois este atinge a água de rios e
lagos, onde ocorre o enriquecimento artificial. A conseqüência desse enriquecimento
é o aumento do crescimento de plantas flutuantes microscópicas e algas, sendo que
a forma forragem de grandes plantas aquáticas, modificam a estrutura aquática,
onde estas necessitam de oxigênio para a sobrevivência e acabam deixando podre
de oxigênio á água, nessas condições matam peixes e invertebrados, conforme
descrito na (REVISTA LAGOS E RESERVATORIOS, 2008).
Destacamos também a escolha dos tecidos que serão utilizados para o
enxoval, pois atualmente o mercado têxtil dispõem ao consumidor tecidos
ecologicamente corretos, como por exemplo, tecidos feitos com fibra de bambu,
PVC, algodão orgânico, garrafas PET, cânhamo, coco, juta, linho, malva e
polipropileno sendo um polímero ou plástico derivado de propeno ou propileno, onde
é 100% reciclável. Assim, a tecnologia somada a matérias-primas de ótima
qualidade tem resultado surpreendentes, como os tecidos a base de fibra de bambu,
onde é quatro vezes mais absorvente que o algodão, possuindo virtudes
respiratórias, anti-bacteriana alem de proteger de raios indesejáveis do sol e não
podem ser amassados (FASHION BUBBLES, 2006). Dessa forma, serão
confeccionados travesseiros, toalhas, roupões de banho, guarda-pó e uniformes dos
funcionários.
Em terapias que são utilizadas grandes quantidades de óleo, como a
Shirodara, terapia de origem índiana onde trabalha o fluxo continuo de óleo na
região da glabela, “terceiro olho”, pode ser reaproveitado, para a fabricação de
sabão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através do estudo realizado, percebeu-se que a cada dia, vem se ampliando
o número de investimentos em empreendimentos ecologicamente corretos e
consequentemente a preocupação com o meio ambiente, e materiais
biodegradáveis. A conscientização é dessa forma, um fator preponderante quando
da implementação de um SPA ecologicamente correto, pois acreditar que de alguma
forma pode-se ajudar o meio ambiente, diminuindo o foco de poluição é consciência
ecológica, e como tal, essa aumenta a procura pelos serviços e produtos
biodegradáveis.
Aderir ao consumo de produtos ecologicamente corretos é uma atitude que
provoca a geração de empregos para a população não qualificada e receita para os
pequenos e médios empresários. A receita aumenta com a comercialização dos
resíduos, estimulando a reciclagem, uma vez que os produtos gerados a partir de
reciclados são comercializados em paralelos aqueles gerados a partir de matérias-
primas virgens.
Um SPA, como modelo ecológico, acarreta alguns investimentos elevados,
mas com retorno viável e com maior rapidez, uma vez que a economia em energia
elétrica, e os consumos de matérias-primas renováveis determinam maior redução
de custos diários, o que amplia a rentabilidade do investimento.
A motivação dos clientes de um SPA ecologicamente correto, vai além da
necessidade de aderir a um programa ecológico, atenta a necessidade de utilização
de produtos e ambientes mais naturais, o que favorece a tranqüilidade do ambiente,
e conseqüentemente maior eficácia no programa realizado.
Espero que este trabalho sirva para os professores e estudantes, pois nossa
intenção foi colaborar com aqueles que se interessam por reciclar ideais. Entretanto,
deixo em aberto a possibilidade para novos questionamentos e propostas para
novas pesquisas.
REFERÊNCIAS
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O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, Resolução Nº 275 de 25 de abril 2001. Disponivel em: <http://www.mma.gov.br/conama/res/res01/res27501.html>. Acesso em: 10/05/2009.
POR QUE ORGÂNICOS. Revista Organic Beef. 2008. Disponível em: <www.organicfriboi.com.br>: acesso em: 19/05/2009.
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RIBEIRO, Elisabete. SPA Elisabete Ribeiro. 2009. Disponível em: <http://www.SPA-elisabeteribeiro.com>. Acesso em: 15/05/2009
TACHIZAWA, Takeshy. Gestão ambiental e responsabilidade social corporat iva. São Paulo: Ed Atlas, 2002.
TOLEDO, Eustaquio; TOLEDO, Alexandre. Ventilação natural das habitações. EDUFAL, 1999. Dispponivel em: <http://www.dec.ufms.br/lade/docs/dt/rogerio.pdf>. Acesso em: 15/05/2009.
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WINTER, E. J. (Eric James). A agua, o solo e a planta 2ª. ed. São Paulo : Liv. Nobel, 1987.
ANEXOS
01 – TABELA DE TRATAMENTOS SUGERIDOS
Fango 50́
3,73,73,7
3,7,8
3,71,2,3,4,7,8,9
1,2,3,4,7,91,2,3,4,5,7,9
3,74,9
3,4,6,9
3,6Quik 30̀ 4
Reiki 50̀1,2,3,4,6,9
,2,3,4,5,6,7,93,4,67,8,93,4,63,4,6
3,63,4,6,7
93,6
3,4,7
3,7
9= Terapias que utilizam grande quantidade de água
7= óleo vegetal 8= equipamentos eletrônicos
5= produtos facial ecologicamente correto6 = produtos corporal ecologicamente correto
3= lençóis descartáveis4= utensílios ecologicamente correto
1= touca de cabelo2= luvas discartáveis
Índice de Itens utilizados em Terapias
Terapia das Pedras Quentes 50̀
Tailandesa 50̀
Talassoterapia 20̀
Terapêutica- 50̀
Shiatsu 50̀
Shirodara (fluxo continuo) 50̀
Reflexologia 30̀
Samkhya Sparsha ( alisamento dos chacras+mass suave) 50̀
Massagem Sueca 50̀
Ritual do Deuses ( esf+banho imerssão+mass) 120̀
Ritual Tropical ( esf corporal, facial+ b. imerssão+ hidr. Corporal, facial) 120̀
Massagem Relaxante 50̀
Lipo Escultura Manual 50 ̀
Quiropraxia 50̀
Massagem Havaina ( óleo morno + antebraços) 50 ̀
Massagem Hidromineral ( mass sob 5 duchas) 50 ̀
Hiper hidratação com Karité e Rosas 50̀
Energia Vital ( massagem relaxante+ banho alecrim) 90̀
Garshana (erva e sal) 50̀
Gomage 50 ̀
Cromoterapia - 50̀
Drenagem Linfática 50̀
Massagem Ayurverdica 50̀
Massagem Cervical 30̀
TRATAMENTO CORPORAL
Massagem Aromática 50̀
Drenagem Linfática 30̀ 3,7
Peeling de Vinho 50 ̀ 1,2,3,4,5Rejuvenescimento Facial 50̀ 1,2,3,4,5
TRATAMENTO FACIAL
1,2,3,6,9
Mascaras Revitalizante 50̀ 1,2,3,4,5Peeling de Diamante 50̀ 1,2,3,4,5,8
Hidratação Facial 50̀ 1,2,3,4,5Limpeza de Pele 90̀ 1,2,3,4,5,8
02 – TABELAS DEMOSNTRATIVAS DE RECILAGEM DO LIXO
Reciclavel Não Recliclável
Jornais e Revistas Etiquetas Adesivas
Listas Telefônicas Papel Carbono
Papel Sulfite/Rascunho Papel Celofane
Papel de Fax Fita Crepe
Folha de Caderno Pápeis Sanitários
Formulários de Computador Papéis Metalizados
Caixas em Geral (ondulado) Papéis Parafinados
Aparas de Papel Papéis Plastificados
Fotocópias Guardanapos
Envelopes Bitucas de Cigarros
Rascunhos Fotografias
Cartazes Velhos
Lenços de Papel
Reciclável Não Recliclável
Copos Adesivos
Garrafas Espuma
Sacos/Sacolas Acrílico
Frascos de Produtos Emabalagens Metalizadas (Biscoitos e Salgadinhos
Tampas
Potes
Canos e Tubos de PVC
Embalagens PETS (Sucos, ÓLEO, Vinagre, etc.)
Espátulas
Cubetas
Cerdas de Pinceis
Resiclável Não Recliclável
Garrafas Espelhos
Cubetas Boxes Temperados
Embaagens Louças
Frascos de Produtos Cerâmias
Copos Óculos
Cacos de Produtos Citados Pirex
Padrão Cores de Lixeira para Separação de Lixo
AZUL (Papel)
VERMELHO (Plático)
Verde (Vidro)
Reciclável Não Recliclável
Tampinhas de Garrafas Clipes
Latas Grampos
Enlatados Esponja de Aço
Acessórios Estéticos Aerosspois
Ferragens Latas de Tinta
Arames Equipamentos Eletrônicos
Pinças Embalagens (Solvesntes Químicos, Inseticidas)
Canos
Tesouras
Cobre
Reciclável Não Recliclável
Espátulas Madeira Contaminada por Insetos (Cupim)
Movéis
Objetos de Decoração
Cabo de Vassoura
Cado de Pinceis
Reciclável Não Recliclável Não Para Compostagem
Gorduras
Laticínios
Peixes
Frutos do Mar
PRETO (Madeira)
AMARELO (Metal)
Restos de Alimentos( Cascas de Frutas, Cascas de Ovos, Sacos de Chá e Café, Folhas, Caules,
Flores, Aparas de Madeira, Cinzas)
LARANJA (Residuos Perigosos)
Não reciclável
Grupo A (INFETANTES)
Grupo C (Perfurocortantes):
Grupo B (Químicos)
MARROM (Orgânico)
Fonte: http://thiago.luciano.googlepages.com/lixo
03 - CONSTITUIIÇÃO DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
Fonte: http://meumundosustentavel.com/noticias/tag/materiais 04 - MATERIAIS CONSTRUTIVOS
Materiais Construtivos/Construção de AdobeFonte: http://www.autrynationalcenter.org/southwest/casa.html
DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
http://meumundosustentavel.com/noticias/tag/materiais-ecologicos/
MATERIAIS CONSTRUTIVOS E MODELOS DE AMBIENTES
Materiais Construtivos/Construção de Adobe
http://www.autrynationalcenter.org/southwest/casa.html
DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
E MODELOS DE AMBIENTES
Materiais Construtivos/Construção de Adobe Fonte: http://www.desertearthandwood.com/casaazule/index.htm
Materiais Construtivos/Tijolo de Adobe Fonte: http://www.flickr.com/photos/luiz_alberto/17366823/
Materiais Construtivos/Tijolos de Adobe Fonte:http://www.flickr.com/photos/fefreire/1394552696/
Formas par produção de tijolo Adobe Fonte: http://ambiente.hsw.uol.com.br/adobe3.htm
Preparação de tijolo Adobe Fonte: http://ambiente.hsw.uol.com.br/adobe3.htm
Ambientes externos Fonte: http://www.iloveinns.com/casa-tierra-adobe-inn-tucson-arizona.html
Ambientes Internos Fonte: http://www.iloveinns.com/casa-tierra-adobe-inn-tucson-arizona.html
Ambientes Internos Fonte: http://www.iloveinns.com/casa-tierra-adobe-inn-tucson-arizona.html
Cúpulas e arcos em adobre Fonte: http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tecadobe.htm
Ambiente Interno em adobe Fonte: http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tecadobe.htm
Tijolo de B.T.C Fonte: http://www.cujae.edu.cu/centros/cecat/documentos/manualestmc/Manual%20BTC%20Portugu%C3%A9s.pdf
Tijolo de B.T.C Fonte: http://www.terracrua.com/?page=producao
Construção de B.T.C Fonte: http://www.terracrua.com/?page=construcao
Construção de B.T.C Fonte: http://www.terracrua.com/?page=terracrua
Construção de Taipa Fonte: http://www.youngreporters.org/article.php3?id_article=1421
Construção de Taipa Fonte: http://arquitecturasdeterra.blogspot.com/2008/10/textoa-construo-com-terra-em-portugal.html
Construção de Taipa Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Paredes de Taipa Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Estrutura de bambu que não utiliza pregos Fonte: http://www.ecocentro.org/bioconstruindo/bambu.html
Móveis decoração e construção com bambu Fonte:http://www.quebarato.com.br/classificados/moveis-decoracao-e-construcao-com-bambu__3595437.html
Muro bambu Fonte:http://www.quebarato.com.br/classificados/moveis-decoracao-e-construcao-com-bambu__3595437.html
Painel de bambu Fonte: http://casa.abril.com.br/arquitetura/livre/edicoes/0202/jardim/mt_82461.shtml
Ducha com Box de bambu Fonte: http://casa.abril.com.br/arquitetura/livre/edicoes/0202/jardim/mt_82461.shtml
Decoração de bambu Fonte: http://casa.abril.com.br/arquitetura/livre/edicoes/0202/jardim/mt_82461.shtml
Construção de bambu Fonte: http://www.bambubali.com.br/html/casasdebambu.html
Decoração e moveis de bambu Fonte: http://www.bambubali.com.br/html/casasdebambu.html
Construção de bambu Fonte: http://ecologiaurbana.blogspot.com/2007/06/construo-em-bambu-obra-de-simon-velez.html
Cortina de bambu Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2001-1/equipe_8/index.htm
Cortina de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/cortina.html
Vaso de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/cachepot.html
Bandeija de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Cardápio de Bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Porta-papel higiênico de Bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Porta-toalha de rosto de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Guadua: Arquitectura y diseno Fonte: Marcelo Villega. Edition: illustrated. Publicado por Villegas Asociados, 2005
Paredes de Cob Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Construção de COB Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Paredes de COB Fonte: ttp://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
Murro externo em cob Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
Sala de jantar cob
Fonte: ttp://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
Sala cob Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2005-1/bioarquitetura/index.htm
3 pavimentos em cob Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
O telhado verde Fonte: http://www.reporterdiario.com.br/index.php?id=84030&secao=6
Edificação em adobe e teto-grama Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tectetograma.htm
Teto grama Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tectetograma.htm
Ar purificado Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tectetograma.htm
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Placas solares Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2003-2/energia_solar/index.htm
Placas solares Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2003-2/energia_solar/index.htm
A chuva cai nos telhados, é recolhida pelas calhas, passa por um filtro que retêm sujeiras como folhas e fica armazenada na cisterna enterrada. Uma bomba envia a água da cisterna para a caixa d'água elevada. A partir da caixa d'água, a água da chuva é distribuída para o vaso sanitário, a irrigação do jardim, o tanque de lavar roupa e a máquina de lavar. Fonte: http://www.radames.manosso.nom.br/ambiental/captacao.htm
A "estação de tratamento de esgoto" do Ecocentro IPEC. Fonte: http://www.ecocentro.org/bioconstruindo/biorremediacao.html
Após utilizada, toda água cinza dos chuveiros do Ecocentro IPEC passam pelo sistema de tratamento ecológico. Fonte: http://www.ecocentro.org/bioconstruindo/biorremediacao.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/index.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/index.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/fotos_piscinabiologica.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/fotos_piscinabiologica.html
Essa cadeira é feita apenas de bambu. O material cru de crescimento rápido é usado numa forma laminada e é sujeito a um processo manufaturado de alta precisao CNC. A cola para o produto é não-toxica e a cera de tratamento de superficie é natural e não-toxica. Fonte: Ecological Design. FUSION PUBLISHING, Manuela Roth, Nicolas Uphaus Colaborador Manuela Roth. Edition: illustrated. Publicado por teNeues, 2008
Berço de madeira - Protetora e romântica, resulta este berço gigante de madeira neozeolandesa de plantações totalmente sustentáveis. Fonte: Ecological Design. FUSION PUBLISHING, Manuela Roth, Nicolas Uphaus. Colaborador Manuela Roth. Edition: illustrated. Publicado por teNeues, 2008
Sala de descanso - Arquitetura Interiores Sustentáveis Fonte: http://www.criaarquiteturasustentavel.com.br/projeto-sala-de-descanso.html
ARTIGO CIENTIFICO
PROPOSTA PARA IMPLANTAÇÃO DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
Ivana Sivestri 1 - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Simone Ballan 2 - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Fabiana Thives 3 – Turismóloga; Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Contatos [email protected] [email protected] [email protected]
RESUMO As tendências ecológicas estão em alta atualmente, a cada dia mais pessoas estão conscientes da importância do cuidado da natureza e procuram mais esse mercado. Um SPA é bom meio de propagação desta tendência por ser ligado diretamente com o bem estar e a saúde das pessoas. Tratamentos que visam o emagrecimento e o relaxamento com produtos sem parafinas, parabenos e óleos minerais, destacando as técnicas holísticas, massoterapia e a tecnologia de equipamentos que usufruam o mínimo de energia elétrica, piscinas que não utilizam produtos químicos e a alimentação orgânica sem agrotóxicos são alguns dos benefícios de um SPA ecologicamente correto, um lugar onde se possa aliar serviço de qualidade à sua própria consciência ecológica. Um modelo de implantação de um SPA ecologicamente correto prioriza soluções ecológicas para sua estruturação e funcionamento. Visa a exemplificação de materiais construtivos sustentáveis, sistema de energia, água, iluminação e ventilação com o mínimo de impacto ambiental considerando, se possível, o uso de ventilação e iluminação naturais, sendo estes possíveis devido à um bom planejamento arquitetônico, separação e reciclagem de lixo, tratamentos com produtos biodegradáveis ou de resíduos com fins viáveis ao ambiente, assim como um sistema de tratamento de água que permita a reutilização da água e sua devolução de forma saudável ao meio-ambiente. A alimentação, também, deve ser personalizada, seguindo a tipologia adotada, alem de profissionais capacitados que se enquadrem ao perfil do SPA. Palavras-chave : SPA; Ecologia; Estrutura; Reciclagem; Impacto Ambiental; Econegócio.
1. INTRODUÇÃO
Um SPA é um bom exemplo de um empreendimento que depende e usufrui
de recursos naturais, a palavra SPA deriva da expressão latina "salute per aqua" que
se traduz por saúde pela água. Tem como finalidade dispor de atividades saudáveis
que conduzem a um estado de bem estar e beleza através de tratamentos
inspirados na natureza, conforme destaca RIbeiro (2009).
Desastres ambientais freqüentes marcaram a nossa história. Liberação de
agrotóxicos gasosos, vazamentos de petróleo e acidentes em usinas nucleares,
efeito estufa, o buraco na camada de ozônio, distúrbios climáticos, entre outros,
foram exemplos de tragédias que instigaram a consciência social e o cuidado com a
natureza (GLEICK, 1990).
Segundo Callenbach (2003), a partir da década de 80, surge um rápido
aumento da conscientização ambiental entre a população em geral, o que teve um
efeito significativo sobre as preferências do consumidor. Esta consciência ecológica
abriu portas para uma nova economia, que visa a saúde do homem diminuindo ao
máximo o impacto ambiental. O conceito ecologicamente correto resultou e está
resultando em itens manufaturados, artesanais e industrializados que não sejam
poluentes ou tóxicos e apresentem benefícios ao meio ambiente e a saúde em geral,
contribuindo para o desenvolvimento de um modelo econômico sustentável.
Alguns dos impasses dos SPA contemporâneos são o descuido com a
utilização da água, o grande volume de agentes químicos para tratamento de
piscinas e a limpeza em geral, que são enviados direto ao esgoto sem qualquer
tratamento, o nível de gasto em energia elétrica e a pouca preocupação com a
separação de lixo e reciclagem. O que não condiz com o conceito de SPA, que
presa a saúde e a harmonia com o meio ambiente.
Observando estes fatores, este trabalho tem por objetivo desenvolver um
modelo de implantação de um SPA ecologicamente correto, unindo o bem estar
físico e mental com consciência ecológica, dispondo de uma estrutura sustentável,
sistemas de luz, água e esgoto que reduzam o máximo possível o impacto
ambiental. Para tanto, propõem-se tratamentos e alimentação personalizados que
sigam essa tipologia e profissionais capacitados que se enquadrem ao perfil do SPA.
2. METODOLOGIA
A pesquisa realizada se caracteriza como descritiva e exploratória. Conforme
Gil (1996), um estudo exploratório-descritivo possibilita ao pesquisador uma certa
flexibilidade e/ou liberdade de modo que este possa considerar os mais variados
aspectos possíveis e que dizem respeito ao fato estudado. Este autor ressalta
também que um estudo exploratório permite a descrição de características de uma
determinada população, bem como o estabelecimento de prováveis relações entre
as variáveis estudadas.
O estudo foi realizado baseado no estudo bibliográfico do histórico dos SPAs,
bem como materiais ecologicamente corretos, orgânicos, reciclagem e conservação
do ambiente natural em um SPA ecologicamente correto.
Serviram como base de dados livros, artigos e exemplos apresentados em
materiais disponíveis na internet.
3. DESENVOLVIMENTO, ANÁLISE E DISCUSSÃO
3.1 HISTÓRIA DO SPA
O primeiro SPA surgiu em 1326 na Bélgica em um vilarejo chamado Spau, um
metalúrgico belga chamado Colin Le Loup curou-se de uma longa enfermidade com
as águas ricas em ferro de uma fonte perto de Liege. Em agradecimento, ele
construiu no local um alojamento para acolher outras pessoas. A popularidade do
local se espalhou tanto que o mesmo foi rebatizado de SPA, isto devido ao local ser
conhecido pelo poder das águas, pela vegetação e clima ameno com temperatura
agradável. Do mesmo modo, acredita-se que os banhos e a ingestão de água
salgada eram responsáveis pela cura de numerosas doenças, ajudando a promover
os resorts do litoral. Atividades populares dos balneários incluíam jogos, danças e
outras formas de entretenimento, como concertos, desfiles de rua, e as termas,
aonde aqueles que iam em busca de saúde “bebiam as águas”, conforme destaca
Mill (2003).
Os SPAS atuais dispõem de dietas adequadas com reeducação alimentar,
exercícios físicos personalizados para cada pessoa e terapias que podem ser
exemplificadas como terapias alternativas (holísticas), massagens, esfoliação,
desintoxicação, musicoterapia, aromaterapia, cromoterapia, horticultura, hidroterapia
entre outras.
Os SPAS são encontrados em vários estabelecimentos com tipologias
diferentes, outras atividades e indicações específicas. Existem SPAs somente para
tratar a saúde (desintoxicação e emagrecimento), para estética e beleza, de
relaxamento, os holísticos e os SPAs mistos, encontrados geralmente em resorts.
Indiferente a tipologia, qualquer SPA pode vir a ser ecologicamente correto,
dependendo apenas de uma administração disposta a essa mudança.
3. 2 FORMAÇÃO DE UM SISTEMA ECOLOGICAMENTE CORRETO
Por decorrências de vários fatos ao longo da história, a humanidade começou
a ter consciência da importância de preservar a natureza. Os anos 70 e 80
ampliaram nosso conhecimento sobre o funcionamento da biosfera e sobre
possíveis riscos de desastres ambientais provocados pelo homem como o
aquecimento global da atmosfera e o efeito estufa (GLEICK, 1990).
“Danos ambientais causados pelas catástrofes que ocupam as manchetes
recentemente, são pequenos quando comparados aos danos cumulativos, na
maioria das vezes despercebidos, provocados por enorme números de poluentes
menores, a maioria deles de acordo com as regulamentações legais de seus países”
(WINTER et al. 1987, 11).
Devido a esses fatos, houve um rápido aumento da conscientização
ambiental entre a população em geral, o que teve um efeito significativo sobre as
preferências do consumidor, conforme destaca Callenbach (2003).
A partir de então, surge o conceito ecologicamente correto, que consiste em
itens manufaturados, artesanais e industrializados que não sejam poluentes, tóxicos
e apresentem benefícios ao meio ambiente e a saúde geral, contribuindo para o
desenvolvimento de um modelo econômico sustentável.
3. 3 CONSTITUIÇÃO DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
3.3.1 Estrutura
O conceito de construção ecologicamente correta baseia-se em um modelo
que permita à construção civil propor soluções inteligentes para prover o bom uso, a
economia de recursos finitos e redução de gases emitidos pelos mesmos,
adaptando-se as necessidades ambientais de nossa época, com tecnologia e design
moderno que atendam as necessidades do consumidor, preservando-os para as
gerações futuras.
A construção civil consome entre 15 e 50% dos vários recursos naturais extraídos da natureza, sendo que 50% da produção de gases causadores do efeito estufa decorre da cadeia produtiva dos empreendimentos imobiliários. Além disso, 30% do aquecimento global deve-se à concepção, construção, reforma e operação de edificações (REVISTA, ECO ESFERA EMPREENDIMENTOS SUSTENTAVEIS, 2009, p. 1).
As diretrizes para uma construção sustentável são focadas em fatores como
um planejamento a longo prazo da obra, busca por uma eficiência energética, uso
adequado da água e sua reutilização, uso de técnicas passivas das condições e dos
recursos naturais, uso de materiais e técnicas ambientalmente corretas, reciclagem
e redução de lixo, conforto e qualidade interna dos ambientes (AURICH &
ANSELME, 2008).
A escolha dos materiais de construção deve, em princípio, obedecer aos
critérios de preservação, recuperação e responsabilidade ambiental, sendo favorável
ao meio ambiente em seus processos de obtenção e fabricação e, depois de
aplicados, devem servir da mesma forma.
3.3.1.1 Adobe
O adobe é uma técnica de construção natural onde o principal recurso
utilizado para implementá-lo é a argila, apresenta vantagens econômicas, sociais e
ecológicas.
De acordo com Burden (1899, p. 12) “adobe são grandes blocos de argila
rústicos e secos ao sol, moldados em vários tamanhos”.
A matéria-prima é encontrada no próprio local da construção, o uso na obra é
simples, o transporte é insignificante e os resíduos mínimos. É constituída de uma
mistura de argila, água e fibras, que são colocadas em moldes de madeiras, após
alguns dias removidos e expostos ao sol para secar. Alguns de seus benefícios são
a qualidade, durabilidade, conforto térmico e baixo custo (GAUZIN-MULLER, 2006).
A escolha do adobe se justifica quando comparado ao tijolo comum, que
necessita cozimento utilizando madeira como fonte de combustão, o qual emite gás
carbônico na atmosfera, e sendo este acessível à população em geral devido tanto à
sua disponibilidade quanto a seu custo.
3.3.1.2 B.T.C (Bloco de Terra Comprimida)
O B.T.C. é um material de construção que tem como composição a terra
prensada. Difere do adobe, pois este para atingir sua resistência máxima tem que
sofrer um processo de cura, enquanto o BTC atinge a sua resistência máxima com a
compactação da prensa, possui alta resistência a umidade, adapta-se à vários tipos
de solo, usufrui de disponibilidade local de matéria prima, sua produção não requer
combustível, sua estrutura possui bom comportamento térmico, capacidade de
respiração das paredes e estabilidade da umidade relativa interior (LOURENÇO,
BRITO & BRANCO, 2008).
3.3.1.3 Taipa
Segundo Burden (1899, p. 311) taipas são “Edificação cujas paredes são
feitas de terra prensada, geralmente argila moldada endurecida e apiloada em
formas móveis. O próprio material de construção, ou seja, a terra ou argila
endurecida, apiloada até formar paredes e pisos”.
A construção de taipa obtém sua matéria-prima no próprio local, a terra
podendo ser comprimida por tabuas para sua estruturação, que serão retiradas após
estar completamente seca e compactada com um pilão manualmente (LOURENÇO,
BRITO & BRANCO, 2008).
3.3.1.4 Bambu
Bambu é um material de construção milenar, muito utilizada no oriente, sendo
usado na estruturação como colunas, vigas e lastros. Serve como telhas, forros e
maçanetas, e até mesmo para determinados encanamentos de água entre outros.
Segundo Coimbra (2000), o bambu possui alta flexibilidade e resistência de
suas fibras, exemplo disso é o uso da planta no desenvolvimento de habitações à
prova de terremotos. O bambu tem um tempo médio de crescimento entre 3 anos se
destacando perante a madeira que demora entorno de vinte anos para se usufruída.
3.3.1.5 COB
O cob é uma técnica antiga, de origem inglesa, criada no século XIII. A
construção com cob assemelha-se à produção de uma escultura: há total liberdade
para inventar formas artísticas e utilidades para a habitação, como armários, fornos
e bancos embutidos na própria parede.
Para aplicar essa técnica é preciso um solo argiloso, água, pequenos detritos
(pedras), areia e palha de arroz. Os materiais são misturados e pisoteados até
formarem uma massa homogênea, com uma boa liga, para então serem aplicados,
em forma de bolas de barro, diretamente na construção.
Tem como vantagem o baixo custo, e ainda, os materiais utilizados são de
fácil obtenção, ótima qualidade de ar interno, as paredes de barro filtram o ar que
entra na construção, e tem uma ótima resistência.
3.3.1.6 Outros materiais
Além dos materiais citados, outros recursos podem ser aplicados na
construção como madeira de reflorestamento, madeira de demolição, coberturas de
palha, etc.
Os telhados verdes são estruturas adaptadas para receber uma cobertura de
gramado em lajes e telhados de casas e edifícios. Além de ser esteticamente
agradável, esse tipo de cobertura promove isolamento térmico, isto ocorre devido ao
colchão de ar entre a vegetação, à massa térmica da camada de terra, à reflexão
dos raios infravermelhos pelas plantas e até a liberação de calor pelas plantas ao
condensar o orvalho da manhã, ainda prove isolamento acústico. Uma camada de
terra úmida de 12cm de espessura reduz a transferência de som em 40dB, atuando
como barreira acústica, e resistência ao fogo, na Alemanha os tetos verdes são
considerados “telhados sólidos”, que significa que não se queimam e são resistentes
ao fogo sempre que a camada de terra tiver ao menos 3cm de espessura.
Os telhados verdes ainda possuem maior resistência ao tempo: alguns tipos
de materiais usados em coberturas (à base de piche, madeira ou plástico) se
deterioram quando expostas aos raios UV ou quando sofrem grande variação
térmica.
Estes problemas são eliminados mediante uma cobertura de substrato e
vegetação. Quando bem projetados, os tetos verdes têm grande vida útil e
dificilmente necessitam de manutenção e reparos. Ainda, retém as águas das
chuvas que, em casos extremos, previne enchentes. Salvo em determinadas
condições, utiliza sua própria água armazenada para seu desenvolvimento, isso
evita um trabalho adicional com a irrigação (BOSIO, 2008).
Do ponto de vista ecológico, o telhado verde ainda realiza fotossíntese
através das plantas, transformando o gás carbônico em oxigênio, ajudando contra o
efeito estufa. Ele, ainda, contribui na luta contra o aquecimento global refletindo
parte dos raios ultravioletas e impedindo o maior aquecimento do edifício (BOSIO,
2008).
3.3.2. Arquitetura bioclimática
Para Adam (2001, p. 57) a arquitetura bioclimática se caracteriza fazendo
uma relação do homem com o clima, objetivando minimizar os custos das
edificações.
A arquitetura bioclimática, investiga as relações entre os seres humanos (animais homeotérmicos) e as características climáticas de um local, que são absorvidas e transformadas pelos edifícios, refletindo-se no partido arquitetônico(orientação dos ambientes, lay-outs, disposição das vedações –paredes e coberturas -, proporção e composição das aberturas, estruturas, materiais e paisagismo) com o objetivo de minimizar a quantidade de energia operante consumida no edifício.
3.3.2.1 Ventilação natural
A ventilação natural é o fenômeno da movimentação do ar no interior das
edificações. Segundo Toledo e Toledo (1999), ocorre por diferença de pressão do
ar. Sem a indução de nenhum sistema mecânico, ela é capaz de proporcionar a
renovação do ar de um ambiente e um conforto térmico adequado.
Um dos principais benefícios da ventilação natural é a redução do consumo
de energia. Para o funcionamento do sistema é importante a existência de aberturas
como vãos, janelas e portas em locais estratégicos (BOWER, 1995).
3.3.2.2 Iluminação natural
A iluminação natural é originada do sol e captada através de janelas,
clarabóias, dentre outras, estas laterais ou zenitais, é direta ou dispersa pelas
nuvens.
Segundo Sick (2002, apud Freitas et. al. 2006) o uso da iluminação natural é
a oportunidade de contribuir para a saúde da visão, do conforto visual e o bem-estar
das pessoas. Pesquisas apontam para um maior desempenho em trabalhos
realizados em salas de aula e escritórios em que havia o contato direto das pessoas
com a luz natural. Esse resultado se deve, em parte, ao fato de que a luz natural
apresenta definições de cores muito mais reais que a luz artificial, e a visualização
do meio externo proporciona o conhecimento aproximado das horas do dia e das
mudanças climáticas e atmosféricas.
Com o uso de fonte natural oriundo do sol e da incidência da radiação solar
direta, a economia de energia elétrica pode atingir até 50%, de acordo com o Manual
ABILUX (1992).
Outra forma de aproveitar a energia proveniente do sol é a instalação de
painéis solares. Dentre as fontes de energia limpa, a energia solar é a mais
difundida e aproveitada pela sua fácil instalação e espaço ocupado. O uso de tal
energia pode ser dividido em duas formas: fotovoltaico (produção de energia elétrica
por módulos fotovoltaicos) e térmico (transformação de energia em calor)
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATRINA, 2003). Este último, consiste em
aquecer os fluídos e armazená-los em reservatórios termicamente isolados, para,
assim, fornecer água aquecida nas torneiras e chuveiros.
Mesmo que parte da energia elétrica utilizada seja produzida no local, o bom
uso de iluminação do ambiente pode trazer uma economia bem vinda. Cuidados
como acender apenas as luzes necessárias durante a limpeza dos ambientes,
utilização de lâmpadas econômicas, instalação de sensores de presença e
fotocélulas, a partir de valores pré-fixados da quantidade de luz. Considerando-se a
contribuição da luz natural, controle de iluminação potência ajustável utiliza o
controle baseado em sensores fotoelétricos consiste no ajuste da potência aplicada
na iluminação esse sistema, adotado em lâmpadas incandescentes ou
fluorescentes, permite variar a quantidade de iluminação artificial para manter o nível
especificado.
A utilização de aparelhos que necessitem menos energia para funcionar e um
bom projeto de iluminação natural e elétrica podem significar uma economia
significativa no orçamento.
3.3.4 Sistema de água e esgoto
A boa utilização da água pode ser tanto uma atitude de consciência ecológica
quanto uma economia financeira em longo prazo. A captação da água da chuva e
sua utilização, após ser filtrada e armazenada, em sanitários, irrigação de jardins,
piscina e torneiras de lavanderia representa uma alternativa viável economicamente
frente ao custo de sua implantação. Além da água da chuva, a água reciclada a
partir do próprio esgoto interno do SPA pode ser usada para os mesmos fins
(RAMANES, 2008).
O tratamento do esgoto interno para sua devida reutilização é um processo
mais complexo do que a filtragem utilizada na captação de água da chuva. Um
exemplo adequado de tratamento é a criação de uma alternância de ambientes.
Nestes ambientes a bactéria é a principal responsável pela decomposição de
matéria orgânica, estes organismos unicelulares podem se reproduzir em grande
velocidade a partir da matéria orgânica disponível e sobrevivem nas mais diversas
condições ambientais. Estas decompõem as substâncias orgânicas complexas dos
esgotos (carboidratos, proteínas e gorduras) em materiais solúveis. As bactérias
podem ser anaeróbicas, que não necessitam oxigênio, e aeróbicas, que precisa de
oxigênio para sobreviver.
Em condições anaeróbicas a matéria orgânica sedimentável se acumula no
fundo do reservatório formando uma camada de lodo, que sofre um processo de
digestão anaeróbica, as bactérias produzem substancias solúveis utilizadas como
alimento dentro do ecossistema e que podem ser convertidas em gases como o
dióxido de carbono, metano, gás sulfídrico e amônia.
As condições aeróbicas são conjuntos de ambientes filtrantes (pedra brita,
areia, pedriscos e terra) responsáveis pela remoção de grande parte da matéria
orgânica como as gorduras e sabão, associados com plantas aquáticas que irão
ajudar na filtragem e limpeza da água. A maior diversidade de ambientes
anaeróbicos e aeróbicos aumenta a eficiência do sistema de tratamento
(INSTITUTO DE PERMACULTURA E ECOVILAS DA MATA ATLÂNTICA, 2008).
Outro exemplo de reciclagem é por biorremediação, uma forma simples e
efetiva de tratamento de água usada nos chuveiros e cozinha, para então devolvê-la
ao meio ambiente. Esse método de tratamento tem um baixíssimo custo, o tempo
necessário para implementá-lo é mínimo e os elementos utilizados no sistema são
as plantas (responsáveis por filtrar os solutos dissolvidos na água). Além disso, este
sistema de tratamento pode ser totalmente integrado ao paisagismo da propriedade
(REVISTA BIO CONSTRUINDO, 2009, p. 1).
Em um SPA ecologicamente correto as piscinas convencionais, que utilizam
produtos químicos para sua limpeza e manutenção, podem ser substituídas por
piscinas biológicas, que usam um sistema de filtragem natural para o tratamento e
depuração da água. Na área de regeneração a água é limpa e mantida
biologicamente pura através das plantas e de micro-organismos que absorvem
materiais em decomposição e bactérias.
È importante, também, a consciência no gasto da água, hoje existem dezenas
de equipamentos com design e tecnologia capazes de reduzir o consumo. Como
opções, podem-se encontrar torneiras de acionamento a pressão e automáticas
onde seu fechamento é automatizado, redutores de vazão, descargas que liberam
menos água que as convencionais, duchas onde seu acionamento é hidromecânico,
funciona com uma leve pressão manual (MONTEIRO, 2007).
3.3.6 Decoração
O modelo de decoração do SPA ecologicamente correto é baseada em
materiais que sejam sustentáveis como madeira de demolição, madeira de
reflorestamento, fibras vegetais, bambu, etc.
Dentre os diversos conceitos de decoração ecologicamente correta podemos
citar: cadeiras com laminas de bambu, divisórias, painéis, porta papel higiênico,
porta toalhas, cardápios, bandejas, macas todos feitos de bambu, banqueta de
madeira de demolição, puff de fibra de bambu, almofadas de seda artesanal,
rolinhos de fibra de bananeira, cortinas de seda artesanal entre outros.
Como mostra a empresa Fragmentum, que unem a beleza das formas
orientais com o conceito de produção sustentável. Entre suas principais peças estão
os bonsais, pequenas árvores que podem ser utilizadas para transmitir um clima de
aconchego e relaxamento ao ambiente, linha criada com o conceito de que o
individuo pode se deparar com uma árvore estando dentro do ambiente, o que
promove uma maior sensação de contato com a natureza (CHIROTTO, 2008).
Com a diversidade de materiais e objetos já existentes que atendem ao
conceito ecológico, só basta ter bom senso e criatividade para criar ambientes
temáticos e aconchegantes. Uma das alternativas na criação deste SPA será
valorizar o artesanato local, diminuindo danos ambientais pelo transporte.
3.4 SEPARAÇÃO E RECICLAGEM DE LIXO
O lixo é um grande problema do mundo contemporâneo, ele contamina o
solo, a água e o ar, além do espaço cada vez maior que ocupa através de aterros
sanitários que se multiplicam.
Com a separação do lixo é possível destinar da melhor forma o lixo, onde é
levado aos aterros apenas o lixo que não pode ser reciclado, aumentando a
eficiência e a vida útil dos aterros. Em decorrência da reciclagem ainda se pode dar
novo uso a diversos materiais, ocasionando a diminuição do consumo de matérias-
primas virgens (GREENPEACE, 2009).
Segundo a Sociedade Industrial e o Meio Ambiente, cerca de 60% do lixo
depositado em aterros são orgânicos, constituído de alimentos e papéis higiênicos,
sendo assim, a alternativa mais viável é investir em tratamentos em usinas de
compostagem, onde se transforma lixo orgânico em adubo. O gás metano produzido
pelo lixo orgânico ainda pode ser usado como fonte de energia alternativa.
Quanto ao restante do lixo, cerca de 40%, se dividem em materiais como
vidros, metais, plásticos e papéis, onde estes são classificados como reciclável e
não reciclável.
Um item muito importante deve ser destacado: a separação do lixo
contaminado, onde este tem um descarte diferenciado. A colocação de lixeiras
especifica para cada grupo de material é fundamental. Segundo a resolução nº 275
de 25 de Abril de 2001, o Conselho Nacional do Meio Ambiente:
No uso das atribuições que lhe conferem a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, e tendo em vista a disposta na Lei nº. 9.605 de 12 de fevereiro de 1998, e no Decreto no 3.179 de setembro de 1999, e considerando que a reciclagem de resíduos deve ser incentivada e expandida no país, para reduzir o consumo de matérias-primas (CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, 2001).
Onde segundo o Art.1º Estabelecer o código de cores para os diferentes tipos
de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem
como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.
3.5 ALIMENTAÇÃO
A alimentação saudável é um dos pilares da vida. Saber escolher o que
ingerimos diariamente e variar o máximo possível a alimentação são duas regras
para constituir um fornecimento de nutrientes essenciais ao correto funcionamento
do organismo.
A escolha de produtos orgânicos, cultivados sem insumos químicos, fornece
verduras, legumes, frutas, carnes, ovos, laticínios e até vinhos com a garantia de
uma qualidade superior, contendo todas as propriedades originais do produto.
Considerando a proposta ecológica do SPA, deve-se dar prioridade aos
produtos produzidos por empresas ou indivíduos que tenham uma filosofia ecológica
semelhante ao SPA. Para tal, os produtores devem fornecer alimentos que
promovam não apenas a saúde das pessoas, mas também do planeta como um
todo.
Enfatizando a forma de equilibrar o solo e demais recursos naturais (água,
planta, minerais, etc) conservando-os à longo prazo e mantendo a harmonia desses
elementos entre si e com os seres humanos. Não há diferenças entre os alimentos
orgânicos e os convencionais em relação a forma, cor e sabor, e sim a diferença
nutricional sendo que um tomate orgânico apresenta menor concentração de água,
20 % a menos, apresentando um alimento mais concentrado em vitamina C.
A produção deste alimento garante ao consumidor o certificado de um
alimento isento de resíduos químicos, sendo a mais natural possível, sem a
utilização de hormônios para crescimento acelerado, tratados com medicamento
fitoterápicos e homeopáticos.
Segundo a Organicbefeef (2008) a carne orgânica é um produto novo criado
para atender a demanda de um novo mercado, caracterizado pelo alto nível de
exigência do consumidor quanto á qualidade. O desenvolvimento e a produção da
carne orgânica estão vinculados ao processo e garantias de qualidade necessárias
para a segurança do consumidor.
O mercado pede um produto com segurança biológica, bem como um sabor
específico e maciez tradicional da carne bovina. Além de participar com
responsabilidade social, as fazendas onde são criados estes animais, são
associadas á ABPO (Associação Brasileira de Pecuária Orgânica), atendendo a
legislação trabalhista brasileira, onde todos os funcionários são registrados e tem
acesso a moradia digna, alimentação, saúde e educação. Segundo a ABPO com a
produção de qualquer produto orgânico, o consumidor tem a garantia de não haver o
trabalho escravo e infantil.
3.6 TRATAMENTOS
Com a procura de empresas relacionadas com o bom senso perante o meio
ambiente por profissionais conscientes, a indústria cosmética se adaptou ao
conceito ecologicamente correto, adotando a alternativa de substituir alguns
ingredientes químicos por princípios naturais (PIATTI, 2008). Comprovando junto a
fiscalização o não uso de animais em testes de laboratório ou de técnica que
prejudiquem a natureza ou qualquer tipo de vida.
Muitos são os ingredientes que ao serem descartados provocam impacto
ambiental, como óleos minerais, parabenos e parafina.
Aproveitando a rica diversidade natural do Brasil, pesquisadores juntos com
os conhecimentos populares aplicam estudos científicos nas descobertas de novos
ingredientes naturais, para tratamentos estéticos, como produtos corporal facial e
capilares, empresas investem nesta pesquisa.
Os tratamentos serão direcionados para terapias que visam o emagrecimento
e o relaxamento, entre estes tratamentos podemos destacar as técnicas holísticas,
massoterapia e a tecnologia de equipamentos que aliados aos resultados são mais
eficazes.
Além da utilização de produtos na área da estética, também sugerimos a
escolha dos produtos de limpeza livres de fosfatos, pois este atinge a água de rios e
lagos, onde ocorre o enriquecimento artificial. A conseqüência desse enriquecimento
é o aumento do crescimento de plantas flutuantes microscópicas e algas, sendo que
a forma forragem de grandes plantas aquáticas, modificam a estrutura aquática,
onde estas necessitam de oxigênio para a sobrevivência e acabam deixando podre
de oxigênio á água, nessas condições matam peixes e invertebrados, conforme
descrito na (REVISTA LAGOS E RESERVATORIOS, 2008).
Destacamos também a escolha dos tecidos que serão utilizados para o
enxoval, pois atualmente o mercado têxtil dispõem ao consumidor tecidos
ecologicamente corretos, como por exemplo, tecidos feitos com fibra de bambu,
PVC, algodão orgânico, garrafas PET, cânhamo, coco, juta, linho, malva e
polipropileno sendo um polímero ou plástico derivado de propeno ou propileno, onde
é 100% reciclável. Assim, a tecnologia somada a matérias-primas de ótima
qualidade tem resultado surpreendentes, como os tecidos a base de fibra de bambu,
onde é quatro vezes mais absorvente que o algodão, possuindo virtudes
respiratórias, anti-bacteriana alem de proteger de raios indesejáveis do sol e não
podem ser amassados (FASHION BUBBLES, 2006). Dessa forma, serão
confeccionados travesseiros, toalhas, roupões de banho, guarda-pó e uniformes dos
funcionários.
Em terapias que são utilizadas grandes quantidades de óleo, como a
Shirodara, terapia de origem índiana onde trabalha o fluxo continuo de óleo na
região da glabela, “terceiro olho”, pode ser reaproveitado, para a fabricação de
sabão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através do estudo realizado, percebeu-se que a cada dia, vem se ampliando
o número de investimentos em empreendimentos ecologicamente corretos e
consequentemente a preocupação com o meio ambiente, e materiais
biodegradáveis. A conscientização é dessa forma, um fator preponderante quando
da implementação de um SPA ecologicamente correto, pois acreditar que de alguma
forma pode-se ajudar o meio ambiente, diminuindo o foco de poluição é consciência
ecológica, e como tal, essa aumenta a procura pelos serviços e produtos
biodegradáveis.
Aderir ao consumo de produtos ecologicamente corretos é uma atitude que
provoca a geração de empregos para a população não qualificada e receita para os
pequenos e médios empresários. A receita aumenta com a comercialização dos
resíduos, estimulando a reciclagem, uma vez que os produtos gerados a partir de
reciclados são comercializados em paralelos aqueles gerados a partir de matérias-
primas virgens.
Um SPA, como modelo ecológico, acarreta alguns investimentos elevados,
mas com retorno viável e com maior rapidez, uma vez que a economia em energia
elétrica, e os consumos de matérias-primas renováveis determinam maior redução
de custos diários, o que amplia a rentabilidade do investimento.
A motivação dos clientes de um SPA ecologicamente correto, vai além da
necessidade de aderir a um programa ecológico, atenta a necessidade de utilização
de produtos e ambientes mais naturais, o que favorece a tranqüilidade do ambiente,
e conseqüentemente maior eficácia no programa realizado.
Espero que este trabalho sirva para os professores e estudantes, pois nossa
intenção foi colaborar com aqueles que se interessam por reciclar ideais. Entretanto,
deixo em aberto a possibilidade para novos questionamentos e propostas para
novas pesquisas.
REFERÊNCIAS
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WINTER, E. J. (Eric James). A agua, o solo e a planta 2ª. ed. São Paulo : Liv. Nobel, 1987.
ANEXOS
01 – TABELA DE TRATAMENTOS SUGERIDOS
Fango 50́
3,73,73,7
3,7,8
3,71,2,3,4,7,8,9
1,2,3,4,7,91,2,3,4,5,7,9
3,74,9
3,4,6,9
3,6Quik 30̀ 4
Reiki 50̀1,2,3,4,6,9
,2,3,4,5,6,7,93,4,67,8,93,4,63,4,6
3,63,4,6,7
93,6
3,4,7
3,7
9= Terapias que utilizam grande quantidade de água
7= óleo vegetal 8= equipamentos eletrônicos
5= produtos facial ecologicamente correto6 = produtos corporal ecologicamente correto
3= lençóis descartáveis4= utensílios ecologicamente correto
1= touca de cabelo2= luvas discartáveis
Índice de Itens utilizados em Terapias
Terapia das Pedras Quentes 50̀
Tailandesa 50̀
Talassoterapia 20̀
Terapêutica- 50̀
Shiatsu 50̀
Shirodara (fluxo continuo) 50̀
Reflexologia 30̀
Samkhya Sparsha ( alisamento dos chacras+mass suave) 50̀
Massagem Sueca 50̀
Ritual do Deuses ( esf+banho imerssão+mass) 120̀
Ritual Tropical ( esf corporal, facial+ b. imerssão+ hidr. Corporal, facial) 120̀
Massagem Relaxante 50̀
Lipo Escultura Manual 50 ̀
Quiropraxia 50̀
Massagem Havaina ( óleo morno + antebraços) 50 ̀
Massagem Hidromineral ( mass sob 5 duchas) 50 ̀
Hiper hidratação com Karité e Rosas 50̀
Energia Vital ( massagem relaxante+ banho alecrim) 90̀
Garshana (erva e sal) 50̀
Gomage 50 ̀
Cromoterapia - 50̀
Drenagem Linfática 50̀
Massagem Ayurverdica 50̀
Massagem Cervical 30̀
TRATAMENTO CORPORAL
Massagem Aromática 50̀
Drenagem Linfática 30̀ 3,7
Peeling de Vinho 50 ̀ 1,2,3,4,5Rejuvenescimento Facial 50̀ 1,2,3,4,5
TRATAMENTO FACIAL
1,2,3,6,9
Mascaras Revitalizante 50̀ 1,2,3,4,5Peeling de Diamante 50̀ 1,2,3,4,5,8
Hidratação Facial 50̀ 1,2,3,4,5Limpeza de Pele 90̀ 1,2,3,4,5,8
02 – TABELAS DEMOSNTRATIVAS DE RECILAGEM DO LIXO
Reciclavel Não Recliclável
Jornais e Revistas Etiquetas Adesivas
Listas Telefônicas Papel Carbono
Papel Sulfite/Rascunho Papel Celofane
Papel de Fax Fita Crepe
Folha de Caderno Pápeis Sanitários
Formulários de Computador Papéis Metalizados
Caixas em Geral (ondulado) Papéis Parafinados
Aparas de Papel Papéis Plastificados
Fotocópias Guardanapos
Envelopes Bitucas de Cigarros
Rascunhos Fotografias
Cartazes Velhos
Lenços de Papel
Reciclável Não Recliclável
Copos Adesivos
Garrafas Espuma
Sacos/Sacolas Acrílico
Frascos de Produtos Emabalagens Metalizadas (Biscoitos e Salgadinhos
Tampas
Potes
Canos e Tubos de PVC
Embalagens PETS (Sucos, ÓLEO, Vinagre, etc.)
Espátulas
Cubetas
Cerdas de Pinceis
Resiclável Não Recliclável
Garrafas Espelhos
Cubetas Boxes Temperados
Embaagens Louças
Frascos de Produtos Cerâmias
Copos Óculos
Cacos de Produtos Citados Pirex
Padrão Cores de Lixeira para Separação de Lixo
AZUL (Papel)
VERMELHO (Plático)
Verde (Vidro)
Reciclável Não Recliclável
Tampinhas de Garrafas Clipes
Latas Grampos
Enlatados Esponja de Aço
Acessórios Estéticos Aerosspois
Ferragens Latas de Tinta
Arames Equipamentos Eletrônicos
Pinças Embalagens (Solvesntes Químicos, Inseticidas)
Canos
Tesouras
Cobre
Reciclável Não Recliclável
Espátulas Madeira Contaminada por Insetos (Cupim)
Movéis
Objetos de Decoração
Cabo de Vassoura
Cado de Pinceis
Reciclável Não Recliclável Não Para Compostagem
Gorduras
Laticínios
Peixes
Frutos do Mar
PRETO (Madeira)
AMARELO (Metal)
Restos de Alimentos( Cascas de Frutas, Cascas de Ovos, Sacos de Chá e Café, Folhas, Caules,
Flores, Aparas de Madeira, Cinzas)
LARANJA (Residuos Perigosos)
Não reciclável
Grupo A (INFETANTES)
Grupo C (Perfurocortantes):
Grupo B (Químicos)
MARROM (Orgânico)
Fonte: http://thiago.luciano.googlepages.com/lixo
03 - CONSTITUIIÇÃO DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
Fonte: http://meumundosustentavel.com/noticias/tag/materiais 04 - MATERIAIS CONSTRUTIVOS
Materiais Construtivos/Construção de AdobeFonte: http://www.autrynationalcenter.org/southwest/casa.html
DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
http://meumundosustentavel.com/noticias/tag/materiais-ecologicos/
MATERIAIS CONSTRUTIVOS E MODELOS DE AMBIENTES
Materiais Construtivos/Construção de Adobe
http://www.autrynationalcenter.org/southwest/casa.html
DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
E MODELOS DE AMBIENTES
Materiais Construtivos/Construção de Adobe Fonte: http://www.desertearthandwood.com/casaazule/index.htm
Materiais Construtivos/Tijolo de Adobe Fonte: http://www.flickr.com/photos/luiz_alberto/17366823/
Materiais Construtivos/Tijolos de Adobe Fonte:http://www.flickr.com/photos/fefreire/1394552696/
Formas par produção de tijolo Adobe Fonte: http://ambiente.hsw.uol.com.br/adobe3.htm
Preparação de tijolo Adobe Fonte: http://ambiente.hsw.uol.com.br/adobe3.htm
Ambientes externos Fonte: http://www.iloveinns.com/casa-tierra-adobe-inn-tucson-arizona.html
Ambientes Internos Fonte: http://www.iloveinns.com/casa-tierra-adobe-inn-tucson-arizona.html
Ambientes Internos Fonte: http://www.iloveinns.com/casa-tierra-adobe-inn-tucson-arizona.html
Cúpulas e arcos em adobre Fonte: http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tecadobe.htm
Ambiente Interno em adobe Fonte: http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tecadobe.htm
Tijolo de B.T.C Fonte: http://www.cujae.edu.cu/centros/cecat/documentos/manualestmc/Manual%20BTC%20Portugu%C3%A9s.pdf
Tijolo de B.T.C Fonte: http://www.terracrua.com/?page=producao
Construção de B.T.C Fonte: http://www.terracrua.com/?page=construcao
Construção de B.T.C Fonte: http://www.terracrua.com/?page=terracrua
Construção de Taipa Fonte: http://www.youngreporters.org/article.php3?id_article=1421
Construção de Taipa Fonte: http://arquitecturasdeterra.blogspot.com/2008/10/textoa-construo-com-terra-em-portugal.html
Construção de Taipa Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Paredes de Taipa Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Estrutura de bambu que não utiliza pregos Fonte: http://www.ecocentro.org/bioconstruindo/bambu.html
Móveis decoração e construção com bambu Fonte:http://www.quebarato.com.br/classificados/moveis-decoracao-e-construcao-com-bambu__3595437.html
Muro bambu Fonte:http://www.quebarato.com.br/classificados/moveis-decoracao-e-construcao-com-bambu__3595437.html
Painel de bambu Fonte: http://casa.abril.com.br/arquitetura/livre/edicoes/0202/jardim/mt_82461.shtml
Ducha com Box de bambu Fonte: http://casa.abril.com.br/arquitetura/livre/edicoes/0202/jardim/mt_82461.shtml
Decoração de bambu Fonte: http://casa.abril.com.br/arquitetura/livre/edicoes/0202/jardim/mt_82461.shtml
Construção de bambu Fonte: http://www.bambubali.com.br/html/casasdebambu.html
Decoração e moveis de bambu Fonte: http://www.bambubali.com.br/html/casasdebambu.html
Construção de bambu Fonte: http://ecologiaurbana.blogspot.com/2007/06/construo-em-bambu-obra-de-simon-velez.html
Cortina de bambu Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2001-1/equipe_8/index.htm
Cortina de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/cortina.html
Vaso de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/cachepot.html
Bandeija de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Cardápio de Bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Porta-papel higiênico de Bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Porta-toalha de rosto de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Guadua: Arquitectura y diseno Fonte: Marcelo Villega. Edition: illustrated. Publicado por Villegas Asociados, 2005
Paredes de Cob Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Construção de COB Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Paredes de COB Fonte: ttp://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
Murro externo em cob Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
Sala de jantar cob
Fonte: ttp://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
Sala cob Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2005-1/bioarquitetura/index.htm
3 pavimentos em cob Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
O telhado verde Fonte: http://www.reporterdiario.com.br/index.php?id=84030&secao=6
Edificação em adobe e teto-grama Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tectetograma.htm
Teto grama Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tectetograma.htm
Ar purificado Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tectetograma.htm
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Placas solares Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2003-2/energia_solar/index.htm
Placas solares Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2003-2/energia_solar/index.htm
A chuva cai nos telhados, é recolhida pelas calhas, passa por um filtro que retêm sujeiras como folhas e fica armazenada na cisterna enterrada. Uma bomba envia a água da cisterna para a caixa d'água elevada. A partir da caixa d'água, a água da chuva é distribuída para o vaso sanitário, a irrigação do jardim, o tanque de lavar roupa e a máquina de lavar. Fonte: http://www.radames.manosso.nom.br/ambiental/captacao.htm
A "estação de tratamento de esgoto" do Ecocentro IPEC. Fonte: http://www.ecocentro.org/bioconstruindo/biorremediacao.html
Após utilizada, toda água cinza dos chuveiros do Ecocentro IPEC passam pelo sistema de tratamento ecológico. Fonte: http://www.ecocentro.org/bioconstruindo/biorremediacao.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/index.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/index.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/fotos_piscinabiologica.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/fotos_piscinabiologica.html
Essa cadeira é feita apenas de bambu. O material cru de crescimento rápido é usado numa forma laminada e é sujeito a um processo manufaturado de alta precisao CNC. A cola para o produto é não-toxica e a cera de tratamento de superficie é natural e não-toxica. Fonte: Ecological Design. FUSION PUBLISHING, Manuela Roth, Nicolas Uphaus Colaborador Manuela Roth. Edition: illustrated. Publicado por teNeues, 2008
Berço de madeira - Protetora e romântica, resulta este berço gigante de madeira neozeolandesa de plantações totalmente sustentáveis. Fonte: Ecological Design. FUSION PUBLISHING, Manuela Roth, Nicolas Uphaus. Colaborador Manuela Roth. Edition: illustrated. Publicado por teNeues, 2008
Sala de descanso - Arquitetura Interiores Sustentáveis Fonte: http://www.criaarquiteturasustentavel.com.br/projeto-sala-de-descanso.html
ARTIGO CIENTIFICO
PROPOSTA PARA IMPLANTAÇÃO DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
Ivana Sivestri 1 - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Simone Ballan 2 - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Fabiana Thives 3 – Turismóloga; Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Contatos [email protected] [email protected] [email protected]
RESUMO As tendências ecológicas estão em alta atualmente, a cada dia mais pessoas estão conscientes da importância do cuidado da natureza e procuram mais esse mercado. Um SPA é bom meio de propagação desta tendência por ser ligado diretamente com o bem estar e a saúde das pessoas. Tratamentos que visam o emagrecimento e o relaxamento com produtos sem parafinas, parabenos e óleos minerais, destacando as técnicas holísticas, massoterapia e a tecnologia de equipamentos que usufruam o mínimo de energia elétrica, piscinas que não utilizam produtos químicos e a alimentação orgânica sem agrotóxicos são alguns dos benefícios de um SPA ecologicamente correto, um lugar onde se possa aliar serviço de qualidade à sua própria consciência ecológica. Um modelo de implantação de um SPA ecologicamente correto prioriza soluções ecológicas para sua estruturação e funcionamento. Visa a exemplificação de materiais construtivos sustentáveis, sistema de energia, água, iluminação e ventilação com o mínimo de impacto ambiental considerando, se possível, o uso de ventilação e iluminação naturais, sendo estes possíveis devido à um bom planejamento arquitetônico, separação e reciclagem de lixo, tratamentos com produtos biodegradáveis ou de resíduos com fins viáveis ao ambiente, assim como um sistema de tratamento de água que permita a reutilização da água e sua devolução de forma saudável ao meio-ambiente. A alimentação, também, deve ser personalizada, seguindo a tipologia adotada, alem de profissionais capacitados que se enquadrem ao perfil do SPA. Palavras-chave : SPA; Ecologia; Estrutura; Reciclagem; Impacto Ambiental; Econegócio.
1. INTRODUÇÃO
Um SPA é um bom exemplo de um empreendimento que depende e usufrui
de recursos naturais, a palavra SPA deriva da expressão latina "salute per aqua" que
se traduz por saúde pela água. Tem como finalidade dispor de atividades saudáveis
que conduzem a um estado de bem estar e beleza através de tratamentos
inspirados na natureza, conforme destaca RIbeiro (2009).
Desastres ambientais freqüentes marcaram a nossa história. Liberação de
agrotóxicos gasosos, vazamentos de petróleo e acidentes em usinas nucleares,
efeito estufa, o buraco na camada de ozônio, distúrbios climáticos, entre outros,
foram exemplos de tragédias que instigaram a consciência social e o cuidado com a
natureza (GLEICK, 1990).
Segundo Callenbach (2003), a partir da década de 80, surge um rápido
aumento da conscientização ambiental entre a população em geral, o que teve um
efeito significativo sobre as preferências do consumidor. Esta consciência ecológica
abriu portas para uma nova economia, que visa a saúde do homem diminuindo ao
máximo o impacto ambiental. O conceito ecologicamente correto resultou e está
resultando em itens manufaturados, artesanais e industrializados que não sejam
poluentes ou tóxicos e apresentem benefícios ao meio ambiente e a saúde em geral,
contribuindo para o desenvolvimento de um modelo econômico sustentável.
Alguns dos impasses dos SPA contemporâneos são o descuido com a
utilização da água, o grande volume de agentes químicos para tratamento de
piscinas e a limpeza em geral, que são enviados direto ao esgoto sem qualquer
tratamento, o nível de gasto em energia elétrica e a pouca preocupação com a
separação de lixo e reciclagem. O que não condiz com o conceito de SPA, que
presa a saúde e a harmonia com o meio ambiente.
Observando estes fatores, este trabalho tem por objetivo desenvolver um
modelo de implantação de um SPA ecologicamente correto, unindo o bem estar
físico e mental com consciência ecológica, dispondo de uma estrutura sustentável,
sistemas de luz, água e esgoto que reduzam o máximo possível o impacto
ambiental. Para tanto, propõem-se tratamentos e alimentação personalizados que
sigam essa tipologia e profissionais capacitados que se enquadrem ao perfil do SPA.
2. METODOLOGIA
A pesquisa realizada se caracteriza como descritiva e exploratória. Conforme
Gil (1996), um estudo exploratório-descritivo possibilita ao pesquisador uma certa
flexibilidade e/ou liberdade de modo que este possa considerar os mais variados
aspectos possíveis e que dizem respeito ao fato estudado. Este autor ressalta
também que um estudo exploratório permite a descrição de características de uma
determinada população, bem como o estabelecimento de prováveis relações entre
as variáveis estudadas.
O estudo foi realizado baseado no estudo bibliográfico do histórico dos SPAs,
bem como materiais ecologicamente corretos, orgânicos, reciclagem e conservação
do ambiente natural em um SPA ecologicamente correto.
Serviram como base de dados livros, artigos e exemplos apresentados em
materiais disponíveis na internet.
3. DESENVOLVIMENTO, ANÁLISE E DISCUSSÃO
3.1 HISTÓRIA DO SPA
O primeiro SPA surgiu em 1326 na Bélgica em um vilarejo chamado Spau, um
metalúrgico belga chamado Colin Le Loup curou-se de uma longa enfermidade com
as águas ricas em ferro de uma fonte perto de Liege. Em agradecimento, ele
construiu no local um alojamento para acolher outras pessoas. A popularidade do
local se espalhou tanto que o mesmo foi rebatizado de SPA, isto devido ao local ser
conhecido pelo poder das águas, pela vegetação e clima ameno com temperatura
agradável. Do mesmo modo, acredita-se que os banhos e a ingestão de água
salgada eram responsáveis pela cura de numerosas doenças, ajudando a promover
os resorts do litoral. Atividades populares dos balneários incluíam jogos, danças e
outras formas de entretenimento, como concertos, desfiles de rua, e as termas,
aonde aqueles que iam em busca de saúde “bebiam as águas”, conforme destaca
Mill (2003).
Os SPAS atuais dispõem de dietas adequadas com reeducação alimentar,
exercícios físicos personalizados para cada pessoa e terapias que podem ser
exemplificadas como terapias alternativas (holísticas), massagens, esfoliação,
desintoxicação, musicoterapia, aromaterapia, cromoterapia, horticultura, hidroterapia
entre outras.
Os SPAS são encontrados em vários estabelecimentos com tipologias
diferentes, outras atividades e indicações específicas. Existem SPAs somente para
tratar a saúde (desintoxicação e emagrecimento), para estética e beleza, de
relaxamento, os holísticos e os SPAs mistos, encontrados geralmente em resorts.
Indiferente a tipologia, qualquer SPA pode vir a ser ecologicamente correto,
dependendo apenas de uma administração disposta a essa mudança.
3. 2 FORMAÇÃO DE UM SISTEMA ECOLOGICAMENTE CORRETO
Por decorrências de vários fatos ao longo da história, a humanidade começou
a ter consciência da importância de preservar a natureza. Os anos 70 e 80
ampliaram nosso conhecimento sobre o funcionamento da biosfera e sobre
possíveis riscos de desastres ambientais provocados pelo homem como o
aquecimento global da atmosfera e o efeito estufa (GLEICK, 1990).
“Danos ambientais causados pelas catástrofes que ocupam as manchetes
recentemente, são pequenos quando comparados aos danos cumulativos, na
maioria das vezes despercebidos, provocados por enorme números de poluentes
menores, a maioria deles de acordo com as regulamentações legais de seus países”
(WINTER et al. 1987, 11).
Devido a esses fatos, houve um rápido aumento da conscientização
ambiental entre a população em geral, o que teve um efeito significativo sobre as
preferências do consumidor, conforme destaca Callenbach (2003).
A partir de então, surge o conceito ecologicamente correto, que consiste em
itens manufaturados, artesanais e industrializados que não sejam poluentes, tóxicos
e apresentem benefícios ao meio ambiente e a saúde geral, contribuindo para o
desenvolvimento de um modelo econômico sustentável.
3. 3 CONSTITUIÇÃO DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
3.3.1 Estrutura
O conceito de construção ecologicamente correta baseia-se em um modelo
que permita à construção civil propor soluções inteligentes para prover o bom uso, a
economia de recursos finitos e redução de gases emitidos pelos mesmos,
adaptando-se as necessidades ambientais de nossa época, com tecnologia e design
moderno que atendam as necessidades do consumidor, preservando-os para as
gerações futuras.
A construção civil consome entre 15 e 50% dos vários recursos naturais extraídos da natureza, sendo que 50% da produção de gases causadores do efeito estufa decorre da cadeia produtiva dos empreendimentos imobiliários. Além disso, 30% do aquecimento global deve-se à concepção, construção, reforma e operação de edificações (REVISTA, ECO ESFERA EMPREENDIMENTOS SUSTENTAVEIS, 2009, p. 1).
As diretrizes para uma construção sustentável são focadas em fatores como
um planejamento a longo prazo da obra, busca por uma eficiência energética, uso
adequado da água e sua reutilização, uso de técnicas passivas das condições e dos
recursos naturais, uso de materiais e técnicas ambientalmente corretas, reciclagem
e redução de lixo, conforto e qualidade interna dos ambientes (AURICH &
ANSELME, 2008).
A escolha dos materiais de construção deve, em princípio, obedecer aos
critérios de preservação, recuperação e responsabilidade ambiental, sendo favorável
ao meio ambiente em seus processos de obtenção e fabricação e, depois de
aplicados, devem servir da mesma forma.
3.3.1.1 Adobe
O adobe é uma técnica de construção natural onde o principal recurso
utilizado para implementá-lo é a argila, apresenta vantagens econômicas, sociais e
ecológicas.
De acordo com Burden (1899, p. 12) “adobe são grandes blocos de argila
rústicos e secos ao sol, moldados em vários tamanhos”.
A matéria-prima é encontrada no próprio local da construção, o uso na obra é
simples, o transporte é insignificante e os resíduos mínimos. É constituída de uma
mistura de argila, água e fibras, que são colocadas em moldes de madeiras, após
alguns dias removidos e expostos ao sol para secar. Alguns de seus benefícios são
a qualidade, durabilidade, conforto térmico e baixo custo (GAUZIN-MULLER, 2006).
A escolha do adobe se justifica quando comparado ao tijolo comum, que
necessita cozimento utilizando madeira como fonte de combustão, o qual emite gás
carbônico na atmosfera, e sendo este acessível à população em geral devido tanto à
sua disponibilidade quanto a seu custo.
3.3.1.2 B.T.C (Bloco de Terra Comprimida)
O B.T.C. é um material de construção que tem como composição a terra
prensada. Difere do adobe, pois este para atingir sua resistência máxima tem que
sofrer um processo de cura, enquanto o BTC atinge a sua resistência máxima com a
compactação da prensa, possui alta resistência a umidade, adapta-se à vários tipos
de solo, usufrui de disponibilidade local de matéria prima, sua produção não requer
combustível, sua estrutura possui bom comportamento térmico, capacidade de
respiração das paredes e estabilidade da umidade relativa interior (LOURENÇO,
BRITO & BRANCO, 2008).
3.3.1.3 Taipa
Segundo Burden (1899, p. 311) taipas são “Edificação cujas paredes são
feitas de terra prensada, geralmente argila moldada endurecida e apiloada em
formas móveis. O próprio material de construção, ou seja, a terra ou argila
endurecida, apiloada até formar paredes e pisos”.
A construção de taipa obtém sua matéria-prima no próprio local, a terra
podendo ser comprimida por tabuas para sua estruturação, que serão retiradas após
estar completamente seca e compactada com um pilão manualmente (LOURENÇO,
BRITO & BRANCO, 2008).
3.3.1.4 Bambu
Bambu é um material de construção milenar, muito utilizada no oriente, sendo
usado na estruturação como colunas, vigas e lastros. Serve como telhas, forros e
maçanetas, e até mesmo para determinados encanamentos de água entre outros.
Segundo Coimbra (2000), o bambu possui alta flexibilidade e resistência de
suas fibras, exemplo disso é o uso da planta no desenvolvimento de habitações à
prova de terremotos. O bambu tem um tempo médio de crescimento entre 3 anos se
destacando perante a madeira que demora entorno de vinte anos para se usufruída.
3.3.1.5 COB
O cob é uma técnica antiga, de origem inglesa, criada no século XIII. A
construção com cob assemelha-se à produção de uma escultura: há total liberdade
para inventar formas artísticas e utilidades para a habitação, como armários, fornos
e bancos embutidos na própria parede.
Para aplicar essa técnica é preciso um solo argiloso, água, pequenos detritos
(pedras), areia e palha de arroz. Os materiais são misturados e pisoteados até
formarem uma massa homogênea, com uma boa liga, para então serem aplicados,
em forma de bolas de barro, diretamente na construção.
Tem como vantagem o baixo custo, e ainda, os materiais utilizados são de
fácil obtenção, ótima qualidade de ar interno, as paredes de barro filtram o ar que
entra na construção, e tem uma ótima resistência.
3.3.1.6 Outros materiais
Além dos materiais citados, outros recursos podem ser aplicados na
construção como madeira de reflorestamento, madeira de demolição, coberturas de
palha, etc.
Os telhados verdes são estruturas adaptadas para receber uma cobertura de
gramado em lajes e telhados de casas e edifícios. Além de ser esteticamente
agradável, esse tipo de cobertura promove isolamento térmico, isto ocorre devido ao
colchão de ar entre a vegetação, à massa térmica da camada de terra, à reflexão
dos raios infravermelhos pelas plantas e até a liberação de calor pelas plantas ao
condensar o orvalho da manhã, ainda prove isolamento acústico. Uma camada de
terra úmida de 12cm de espessura reduz a transferência de som em 40dB, atuando
como barreira acústica, e resistência ao fogo, na Alemanha os tetos verdes são
considerados “telhados sólidos”, que significa que não se queimam e são resistentes
ao fogo sempre que a camada de terra tiver ao menos 3cm de espessura.
Os telhados verdes ainda possuem maior resistência ao tempo: alguns tipos
de materiais usados em coberturas (à base de piche, madeira ou plástico) se
deterioram quando expostas aos raios UV ou quando sofrem grande variação
térmica.
Estes problemas são eliminados mediante uma cobertura de substrato e
vegetação. Quando bem projetados, os tetos verdes têm grande vida útil e
dificilmente necessitam de manutenção e reparos. Ainda, retém as águas das
chuvas que, em casos extremos, previne enchentes. Salvo em determinadas
condições, utiliza sua própria água armazenada para seu desenvolvimento, isso
evita um trabalho adicional com a irrigação (BOSIO, 2008).
Do ponto de vista ecológico, o telhado verde ainda realiza fotossíntese
através das plantas, transformando o gás carbônico em oxigênio, ajudando contra o
efeito estufa. Ele, ainda, contribui na luta contra o aquecimento global refletindo
parte dos raios ultravioletas e impedindo o maior aquecimento do edifício (BOSIO,
2008).
3.3.2. Arquitetura bioclimática
Para Adam (2001, p. 57) a arquitetura bioclimática se caracteriza fazendo
uma relação do homem com o clima, objetivando minimizar os custos das
edificações.
A arquitetura bioclimática, investiga as relações entre os seres humanos (animais homeotérmicos) e as características climáticas de um local, que são absorvidas e transformadas pelos edifícios, refletindo-se no partido arquitetônico(orientação dos ambientes, lay-outs, disposição das vedações –paredes e coberturas -, proporção e composição das aberturas, estruturas, materiais e paisagismo) com o objetivo de minimizar a quantidade de energia operante consumida no edifício.
3.3.2.1 Ventilação natural
A ventilação natural é o fenômeno da movimentação do ar no interior das
edificações. Segundo Toledo e Toledo (1999), ocorre por diferença de pressão do
ar. Sem a indução de nenhum sistema mecânico, ela é capaz de proporcionar a
renovação do ar de um ambiente e um conforto térmico adequado.
Um dos principais benefícios da ventilação natural é a redução do consumo
de energia. Para o funcionamento do sistema é importante a existência de aberturas
como vãos, janelas e portas em locais estratégicos (BOWER, 1995).
3.3.2.2 Iluminação natural
A iluminação natural é originada do sol e captada através de janelas,
clarabóias, dentre outras, estas laterais ou zenitais, é direta ou dispersa pelas
nuvens.
Segundo Sick (2002, apud Freitas et. al. 2006) o uso da iluminação natural é
a oportunidade de contribuir para a saúde da visão, do conforto visual e o bem-estar
das pessoas. Pesquisas apontam para um maior desempenho em trabalhos
realizados em salas de aula e escritórios em que havia o contato direto das pessoas
com a luz natural. Esse resultado se deve, em parte, ao fato de que a luz natural
apresenta definições de cores muito mais reais que a luz artificial, e a visualização
do meio externo proporciona o conhecimento aproximado das horas do dia e das
mudanças climáticas e atmosféricas.
Com o uso de fonte natural oriundo do sol e da incidência da radiação solar
direta, a economia de energia elétrica pode atingir até 50%, de acordo com o Manual
ABILUX (1992).
Outra forma de aproveitar a energia proveniente do sol é a instalação de
painéis solares. Dentre as fontes de energia limpa, a energia solar é a mais
difundida e aproveitada pela sua fácil instalação e espaço ocupado. O uso de tal
energia pode ser dividido em duas formas: fotovoltaico (produção de energia elétrica
por módulos fotovoltaicos) e térmico (transformação de energia em calor)
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATRINA, 2003). Este último, consiste em
aquecer os fluídos e armazená-los em reservatórios termicamente isolados, para,
assim, fornecer água aquecida nas torneiras e chuveiros.
Mesmo que parte da energia elétrica utilizada seja produzida no local, o bom
uso de iluminação do ambiente pode trazer uma economia bem vinda. Cuidados
como acender apenas as luzes necessárias durante a limpeza dos ambientes,
utilização de lâmpadas econômicas, instalação de sensores de presença e
fotocélulas, a partir de valores pré-fixados da quantidade de luz. Considerando-se a
contribuição da luz natural, controle de iluminação potência ajustável utiliza o
controle baseado em sensores fotoelétricos consiste no ajuste da potência aplicada
na iluminação esse sistema, adotado em lâmpadas incandescentes ou
fluorescentes, permite variar a quantidade de iluminação artificial para manter o nível
especificado.
A utilização de aparelhos que necessitem menos energia para funcionar e um
bom projeto de iluminação natural e elétrica podem significar uma economia
significativa no orçamento.
3.3.4 Sistema de água e esgoto
A boa utilização da água pode ser tanto uma atitude de consciência ecológica
quanto uma economia financeira em longo prazo. A captação da água da chuva e
sua utilização, após ser filtrada e armazenada, em sanitários, irrigação de jardins,
piscina e torneiras de lavanderia representa uma alternativa viável economicamente
frente ao custo de sua implantação. Além da água da chuva, a água reciclada a
partir do próprio esgoto interno do SPA pode ser usada para os mesmos fins
(RAMANES, 2008).
O tratamento do esgoto interno para sua devida reutilização é um processo
mais complexo do que a filtragem utilizada na captação de água da chuva. Um
exemplo adequado de tratamento é a criação de uma alternância de ambientes.
Nestes ambientes a bactéria é a principal responsável pela decomposição de
matéria orgânica, estes organismos unicelulares podem se reproduzir em grande
velocidade a partir da matéria orgânica disponível e sobrevivem nas mais diversas
condições ambientais. Estas decompõem as substâncias orgânicas complexas dos
esgotos (carboidratos, proteínas e gorduras) em materiais solúveis. As bactérias
podem ser anaeróbicas, que não necessitam oxigênio, e aeróbicas, que precisa de
oxigênio para sobreviver.
Em condições anaeróbicas a matéria orgânica sedimentável se acumula no
fundo do reservatório formando uma camada de lodo, que sofre um processo de
digestão anaeróbica, as bactérias produzem substancias solúveis utilizadas como
alimento dentro do ecossistema e que podem ser convertidas em gases como o
dióxido de carbono, metano, gás sulfídrico e amônia.
As condições aeróbicas são conjuntos de ambientes filtrantes (pedra brita,
areia, pedriscos e terra) responsáveis pela remoção de grande parte da matéria
orgânica como as gorduras e sabão, associados com plantas aquáticas que irão
ajudar na filtragem e limpeza da água. A maior diversidade de ambientes
anaeróbicos e aeróbicos aumenta a eficiência do sistema de tratamento
(INSTITUTO DE PERMACULTURA E ECOVILAS DA MATA ATLÂNTICA, 2008).
Outro exemplo de reciclagem é por biorremediação, uma forma simples e
efetiva de tratamento de água usada nos chuveiros e cozinha, para então devolvê-la
ao meio ambiente. Esse método de tratamento tem um baixíssimo custo, o tempo
necessário para implementá-lo é mínimo e os elementos utilizados no sistema são
as plantas (responsáveis por filtrar os solutos dissolvidos na água). Além disso, este
sistema de tratamento pode ser totalmente integrado ao paisagismo da propriedade
(REVISTA BIO CONSTRUINDO, 2009, p. 1).
Em um SPA ecologicamente correto as piscinas convencionais, que utilizam
produtos químicos para sua limpeza e manutenção, podem ser substituídas por
piscinas biológicas, que usam um sistema de filtragem natural para o tratamento e
depuração da água. Na área de regeneração a água é limpa e mantida
biologicamente pura através das plantas e de micro-organismos que absorvem
materiais em decomposição e bactérias.
È importante, também, a consciência no gasto da água, hoje existem dezenas
de equipamentos com design e tecnologia capazes de reduzir o consumo. Como
opções, podem-se encontrar torneiras de acionamento a pressão e automáticas
onde seu fechamento é automatizado, redutores de vazão, descargas que liberam
menos água que as convencionais, duchas onde seu acionamento é hidromecânico,
funciona com uma leve pressão manual (MONTEIRO, 2007).
3.3.6 Decoração
O modelo de decoração do SPA ecologicamente correto é baseada em
materiais que sejam sustentáveis como madeira de demolição, madeira de
reflorestamento, fibras vegetais, bambu, etc.
Dentre os diversos conceitos de decoração ecologicamente correta podemos
citar: cadeiras com laminas de bambu, divisórias, painéis, porta papel higiênico,
porta toalhas, cardápios, bandejas, macas todos feitos de bambu, banqueta de
madeira de demolição, puff de fibra de bambu, almofadas de seda artesanal,
rolinhos de fibra de bananeira, cortinas de seda artesanal entre outros.
Como mostra a empresa Fragmentum, que unem a beleza das formas
orientais com o conceito de produção sustentável. Entre suas principais peças estão
os bonsais, pequenas árvores que podem ser utilizadas para transmitir um clima de
aconchego e relaxamento ao ambiente, linha criada com o conceito de que o
individuo pode se deparar com uma árvore estando dentro do ambiente, o que
promove uma maior sensação de contato com a natureza (CHIROTTO, 2008).
Com a diversidade de materiais e objetos já existentes que atendem ao
conceito ecológico, só basta ter bom senso e criatividade para criar ambientes
temáticos e aconchegantes. Uma das alternativas na criação deste SPA será
valorizar o artesanato local, diminuindo danos ambientais pelo transporte.
3.4 SEPARAÇÃO E RECICLAGEM DE LIXO
O lixo é um grande problema do mundo contemporâneo, ele contamina o
solo, a água e o ar, além do espaço cada vez maior que ocupa através de aterros
sanitários que se multiplicam.
Com a separação do lixo é possível destinar da melhor forma o lixo, onde é
levado aos aterros apenas o lixo que não pode ser reciclado, aumentando a
eficiência e a vida útil dos aterros. Em decorrência da reciclagem ainda se pode dar
novo uso a diversos materiais, ocasionando a diminuição do consumo de matérias-
primas virgens (GREENPEACE, 2009).
Segundo a Sociedade Industrial e o Meio Ambiente, cerca de 60% do lixo
depositado em aterros são orgânicos, constituído de alimentos e papéis higiênicos,
sendo assim, a alternativa mais viável é investir em tratamentos em usinas de
compostagem, onde se transforma lixo orgânico em adubo. O gás metano produzido
pelo lixo orgânico ainda pode ser usado como fonte de energia alternativa.
Quanto ao restante do lixo, cerca de 40%, se dividem em materiais como
vidros, metais, plásticos e papéis, onde estes são classificados como reciclável e
não reciclável.
Um item muito importante deve ser destacado: a separação do lixo
contaminado, onde este tem um descarte diferenciado. A colocação de lixeiras
especifica para cada grupo de material é fundamental. Segundo a resolução nº 275
de 25 de Abril de 2001, o Conselho Nacional do Meio Ambiente:
No uso das atribuições que lhe conferem a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, e tendo em vista a disposta na Lei nº. 9.605 de 12 de fevereiro de 1998, e no Decreto no 3.179 de setembro de 1999, e considerando que a reciclagem de resíduos deve ser incentivada e expandida no país, para reduzir o consumo de matérias-primas (CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, 2001).
Onde segundo o Art.1º Estabelecer o código de cores para os diferentes tipos
de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem
como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.
3.5 ALIMENTAÇÃO
A alimentação saudável é um dos pilares da vida. Saber escolher o que
ingerimos diariamente e variar o máximo possível a alimentação são duas regras
para constituir um fornecimento de nutrientes essenciais ao correto funcionamento
do organismo.
A escolha de produtos orgânicos, cultivados sem insumos químicos, fornece
verduras, legumes, frutas, carnes, ovos, laticínios e até vinhos com a garantia de
uma qualidade superior, contendo todas as propriedades originais do produto.
Considerando a proposta ecológica do SPA, deve-se dar prioridade aos
produtos produzidos por empresas ou indivíduos que tenham uma filosofia ecológica
semelhante ao SPA. Para tal, os produtores devem fornecer alimentos que
promovam não apenas a saúde das pessoas, mas também do planeta como um
todo.
Enfatizando a forma de equilibrar o solo e demais recursos naturais (água,
planta, minerais, etc) conservando-os à longo prazo e mantendo a harmonia desses
elementos entre si e com os seres humanos. Não há diferenças entre os alimentos
orgânicos e os convencionais em relação a forma, cor e sabor, e sim a diferença
nutricional sendo que um tomate orgânico apresenta menor concentração de água,
20 % a menos, apresentando um alimento mais concentrado em vitamina C.
A produção deste alimento garante ao consumidor o certificado de um
alimento isento de resíduos químicos, sendo a mais natural possível, sem a
utilização de hormônios para crescimento acelerado, tratados com medicamento
fitoterápicos e homeopáticos.
Segundo a Organicbefeef (2008) a carne orgânica é um produto novo criado
para atender a demanda de um novo mercado, caracterizado pelo alto nível de
exigência do consumidor quanto á qualidade. O desenvolvimento e a produção da
carne orgânica estão vinculados ao processo e garantias de qualidade necessárias
para a segurança do consumidor.
O mercado pede um produto com segurança biológica, bem como um sabor
específico e maciez tradicional da carne bovina. Além de participar com
responsabilidade social, as fazendas onde são criados estes animais, são
associadas á ABPO (Associação Brasileira de Pecuária Orgânica), atendendo a
legislação trabalhista brasileira, onde todos os funcionários são registrados e tem
acesso a moradia digna, alimentação, saúde e educação. Segundo a ABPO com a
produção de qualquer produto orgânico, o consumidor tem a garantia de não haver o
trabalho escravo e infantil.
3.6 TRATAMENTOS
Com a procura de empresas relacionadas com o bom senso perante o meio
ambiente por profissionais conscientes, a indústria cosmética se adaptou ao
conceito ecologicamente correto, adotando a alternativa de substituir alguns
ingredientes químicos por princípios naturais (PIATTI, 2008). Comprovando junto a
fiscalização o não uso de animais em testes de laboratório ou de técnica que
prejudiquem a natureza ou qualquer tipo de vida.
Muitos são os ingredientes que ao serem descartados provocam impacto
ambiental, como óleos minerais, parabenos e parafina.
Aproveitando a rica diversidade natural do Brasil, pesquisadores juntos com
os conhecimentos populares aplicam estudos científicos nas descobertas de novos
ingredientes naturais, para tratamentos estéticos, como produtos corporal facial e
capilares, empresas investem nesta pesquisa.
Os tratamentos serão direcionados para terapias que visam o emagrecimento
e o relaxamento, entre estes tratamentos podemos destacar as técnicas holísticas,
massoterapia e a tecnologia de equipamentos que aliados aos resultados são mais
eficazes.
Além da utilização de produtos na área da estética, também sugerimos a
escolha dos produtos de limpeza livres de fosfatos, pois este atinge a água de rios e
lagos, onde ocorre o enriquecimento artificial. A conseqüência desse enriquecimento
é o aumento do crescimento de plantas flutuantes microscópicas e algas, sendo que
a forma forragem de grandes plantas aquáticas, modificam a estrutura aquática,
onde estas necessitam de oxigênio para a sobrevivência e acabam deixando podre
de oxigênio á água, nessas condições matam peixes e invertebrados, conforme
descrito na (REVISTA LAGOS E RESERVATORIOS, 2008).
Destacamos também a escolha dos tecidos que serão utilizados para o
enxoval, pois atualmente o mercado têxtil dispõem ao consumidor tecidos
ecologicamente corretos, como por exemplo, tecidos feitos com fibra de bambu,
PVC, algodão orgânico, garrafas PET, cânhamo, coco, juta, linho, malva e
polipropileno sendo um polímero ou plástico derivado de propeno ou propileno, onde
é 100% reciclável. Assim, a tecnologia somada a matérias-primas de ótima
qualidade tem resultado surpreendentes, como os tecidos a base de fibra de bambu,
onde é quatro vezes mais absorvente que o algodão, possuindo virtudes
respiratórias, anti-bacteriana alem de proteger de raios indesejáveis do sol e não
podem ser amassados (FASHION BUBBLES, 2006). Dessa forma, serão
confeccionados travesseiros, toalhas, roupões de banho, guarda-pó e uniformes dos
funcionários.
Em terapias que são utilizadas grandes quantidades de óleo, como a
Shirodara, terapia de origem índiana onde trabalha o fluxo continuo de óleo na
região da glabela, “terceiro olho”, pode ser reaproveitado, para a fabricação de
sabão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através do estudo realizado, percebeu-se que a cada dia, vem se ampliando
o número de investimentos em empreendimentos ecologicamente corretos e
consequentemente a preocupação com o meio ambiente, e materiais
biodegradáveis. A conscientização é dessa forma, um fator preponderante quando
da implementação de um SPA ecologicamente correto, pois acreditar que de alguma
forma pode-se ajudar o meio ambiente, diminuindo o foco de poluição é consciência
ecológica, e como tal, essa aumenta a procura pelos serviços e produtos
biodegradáveis.
Aderir ao consumo de produtos ecologicamente corretos é uma atitude que
provoca a geração de empregos para a população não qualificada e receita para os
pequenos e médios empresários. A receita aumenta com a comercialização dos
resíduos, estimulando a reciclagem, uma vez que os produtos gerados a partir de
reciclados são comercializados em paralelos aqueles gerados a partir de matérias-
primas virgens.
Um SPA, como modelo ecológico, acarreta alguns investimentos elevados,
mas com retorno viável e com maior rapidez, uma vez que a economia em energia
elétrica, e os consumos de matérias-primas renováveis determinam maior redução
de custos diários, o que amplia a rentabilidade do investimento.
A motivação dos clientes de um SPA ecologicamente correto, vai além da
necessidade de aderir a um programa ecológico, atenta a necessidade de utilização
de produtos e ambientes mais naturais, o que favorece a tranqüilidade do ambiente,
e conseqüentemente maior eficácia no programa realizado.
Espero que este trabalho sirva para os professores e estudantes, pois nossa
intenção foi colaborar com aqueles que se interessam por reciclar ideais. Entretanto,
deixo em aberto a possibilidade para novos questionamentos e propostas para
novas pesquisas.
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ANEXOS
01 – TABELA DE TRATAMENTOS SUGERIDOS
Fango 50́
3,73,73,7
3,7,8
3,71,2,3,4,7,8,9
1,2,3,4,7,91,2,3,4,5,7,9
3,74,9
3,4,6,9
3,6Quik 30̀ 4
Reiki 50̀1,2,3,4,6,9
,2,3,4,5,6,7,93,4,67,8,93,4,63,4,6
3,63,4,6,7
93,6
3,4,7
3,7
9= Terapias que utilizam grande quantidade de água
7= óleo vegetal 8= equipamentos eletrônicos
5= produtos facial ecologicamente correto6 = produtos corporal ecologicamente correto
3= lençóis descartáveis4= utensílios ecologicamente correto
1= touca de cabelo2= luvas discartáveis
Índice de Itens utilizados em Terapias
Terapia das Pedras Quentes 50̀
Tailandesa 50̀
Talassoterapia 20̀
Terapêutica- 50̀
Shiatsu 50̀
Shirodara (fluxo continuo) 50̀
Reflexologia 30̀
Samkhya Sparsha ( alisamento dos chacras+mass suave) 50̀
Massagem Sueca 50̀
Ritual do Deuses ( esf+banho imerssão+mass) 120̀
Ritual Tropical ( esf corporal, facial+ b. imerssão+ hidr. Corporal, facial) 120̀
Massagem Relaxante 50̀
Lipo Escultura Manual 50 ̀
Quiropraxia 50̀
Massagem Havaina ( óleo morno + antebraços) 50 ̀
Massagem Hidromineral ( mass sob 5 duchas) 50 ̀
Hiper hidratação com Karité e Rosas 50̀
Energia Vital ( massagem relaxante+ banho alecrim) 90̀
Garshana (erva e sal) 50̀
Gomage 50 ̀
Cromoterapia - 50̀
Drenagem Linfática 50̀
Massagem Ayurverdica 50̀
Massagem Cervical 30̀
TRATAMENTO CORPORAL
Massagem Aromática 50̀
Drenagem Linfática 30̀ 3,7
Peeling de Vinho 50 ̀ 1,2,3,4,5Rejuvenescimento Facial 50̀ 1,2,3,4,5
TRATAMENTO FACIAL
1,2,3,6,9
Mascaras Revitalizante 50̀ 1,2,3,4,5Peeling de Diamante 50̀ 1,2,3,4,5,8
Hidratação Facial 50̀ 1,2,3,4,5Limpeza de Pele 90̀ 1,2,3,4,5,8
02 – TABELAS DEMOSNTRATIVAS DE RECILAGEM DO LIXO
Reciclavel Não Recliclável
Jornais e Revistas Etiquetas Adesivas
Listas Telefônicas Papel Carbono
Papel Sulfite/Rascunho Papel Celofane
Papel de Fax Fita Crepe
Folha de Caderno Pápeis Sanitários
Formulários de Computador Papéis Metalizados
Caixas em Geral (ondulado) Papéis Parafinados
Aparas de Papel Papéis Plastificados
Fotocópias Guardanapos
Envelopes Bitucas de Cigarros
Rascunhos Fotografias
Cartazes Velhos
Lenços de Papel
Reciclável Não Recliclável
Copos Adesivos
Garrafas Espuma
Sacos/Sacolas Acrílico
Frascos de Produtos Emabalagens Metalizadas (Biscoitos e Salgadinhos
Tampas
Potes
Canos e Tubos de PVC
Embalagens PETS (Sucos, ÓLEO, Vinagre, etc.)
Espátulas
Cubetas
Cerdas de Pinceis
Resiclável Não Recliclável
Garrafas Espelhos
Cubetas Boxes Temperados
Embaagens Louças
Frascos de Produtos Cerâmias
Copos Óculos
Cacos de Produtos Citados Pirex
Padrão Cores de Lixeira para Separação de Lixo
AZUL (Papel)
VERMELHO (Plático)
Verde (Vidro)
Reciclável Não Recliclável
Tampinhas de Garrafas Clipes
Latas Grampos
Enlatados Esponja de Aço
Acessórios Estéticos Aerosspois
Ferragens Latas de Tinta
Arames Equipamentos Eletrônicos
Pinças Embalagens (Solvesntes Químicos, Inseticidas)
Canos
Tesouras
Cobre
Reciclável Não Recliclável
Espátulas Madeira Contaminada por Insetos (Cupim)
Movéis
Objetos de Decoração
Cabo de Vassoura
Cado de Pinceis
Reciclável Não Recliclável Não Para Compostagem
Gorduras
Laticínios
Peixes
Frutos do Mar
PRETO (Madeira)
AMARELO (Metal)
Restos de Alimentos( Cascas de Frutas, Cascas de Ovos, Sacos de Chá e Café, Folhas, Caules,
Flores, Aparas de Madeira, Cinzas)
LARANJA (Residuos Perigosos)
Não reciclável
Grupo A (INFETANTES)
Grupo C (Perfurocortantes):
Grupo B (Químicos)
MARROM (Orgânico)
Fonte: http://thiago.luciano.googlepages.com/lixo
03 - CONSTITUIIÇÃO DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
Fonte: http://meumundosustentavel.com/noticias/tag/materiais 04 - MATERIAIS CONSTRUTIVOS
Materiais Construtivos/Construção de AdobeFonte: http://www.autrynationalcenter.org/southwest/casa.html
DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
http://meumundosustentavel.com/noticias/tag/materiais-ecologicos/
MATERIAIS CONSTRUTIVOS E MODELOS DE AMBIENTES
Materiais Construtivos/Construção de Adobe
http://www.autrynationalcenter.org/southwest/casa.html
DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
E MODELOS DE AMBIENTES
Materiais Construtivos/Construção de Adobe Fonte: http://www.desertearthandwood.com/casaazule/index.htm
Materiais Construtivos/Tijolo de Adobe Fonte: http://www.flickr.com/photos/luiz_alberto/17366823/
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Formas par produção de tijolo Adobe Fonte: http://ambiente.hsw.uol.com.br/adobe3.htm
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Ambientes Internos Fonte: http://www.iloveinns.com/casa-tierra-adobe-inn-tucson-arizona.html
Ambientes Internos Fonte: http://www.iloveinns.com/casa-tierra-adobe-inn-tucson-arizona.html
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Construção de B.T.C Fonte: http://www.terracrua.com/?page=terracrua
Construção de Taipa Fonte: http://www.youngreporters.org/article.php3?id_article=1421
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Construção de Taipa Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
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Vaso de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/cachepot.html
Bandeija de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Cardápio de Bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Porta-papel higiênico de Bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Porta-toalha de rosto de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Guadua: Arquitectura y diseno Fonte: Marcelo Villega. Edition: illustrated. Publicado por Villegas Asociados, 2005
Paredes de Cob Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Construção de COB Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Paredes de COB Fonte: ttp://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
Murro externo em cob Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
Sala de jantar cob
Fonte: ttp://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
Sala cob Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2005-1/bioarquitetura/index.htm
3 pavimentos em cob Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
O telhado verde Fonte: http://www.reporterdiario.com.br/index.php?id=84030&secao=6
Edificação em adobe e teto-grama Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tectetograma.htm
Teto grama Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tectetograma.htm
Ar purificado Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tectetograma.htm
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Placas solares Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2003-2/energia_solar/index.htm
Placas solares Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2003-2/energia_solar/index.htm
A chuva cai nos telhados, é recolhida pelas calhas, passa por um filtro que retêm sujeiras como folhas e fica armazenada na cisterna enterrada. Uma bomba envia a água da cisterna para a caixa d'água elevada. A partir da caixa d'água, a água da chuva é distribuída para o vaso sanitário, a irrigação do jardim, o tanque de lavar roupa e a máquina de lavar. Fonte: http://www.radames.manosso.nom.br/ambiental/captacao.htm
A "estação de tratamento de esgoto" do Ecocentro IPEC. Fonte: http://www.ecocentro.org/bioconstruindo/biorremediacao.html
Após utilizada, toda água cinza dos chuveiros do Ecocentro IPEC passam pelo sistema de tratamento ecológico. Fonte: http://www.ecocentro.org/bioconstruindo/biorremediacao.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/index.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/index.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/fotos_piscinabiologica.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/fotos_piscinabiologica.html
Essa cadeira é feita apenas de bambu. O material cru de crescimento rápido é usado numa forma laminada e é sujeito a um processo manufaturado de alta precisao CNC. A cola para o produto é não-toxica e a cera de tratamento de superficie é natural e não-toxica. Fonte: Ecological Design. FUSION PUBLISHING, Manuela Roth, Nicolas Uphaus Colaborador Manuela Roth. Edition: illustrated. Publicado por teNeues, 2008
Berço de madeira - Protetora e romântica, resulta este berço gigante de madeira neozeolandesa de plantações totalmente sustentáveis. Fonte: Ecological Design. FUSION PUBLISHING, Manuela Roth, Nicolas Uphaus. Colaborador Manuela Roth. Edition: illustrated. Publicado por teNeues, 2008
Sala de descanso - Arquitetura Interiores Sustentáveis Fonte: http://www.criaarquiteturasustentavel.com.br/projeto-sala-de-descanso.html
ARTIGO CIENTIFICO
PROPOSTA PARA IMPLANTAÇÃO DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
Ivana Sivestri 1 - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Simone Ballan 2 - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Fabiana Thives 3 – Turismóloga; Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Contatos [email protected] [email protected] [email protected]
RESUMO As tendências ecológicas estão em alta atualmente, a cada dia mais pessoas estão conscientes da importância do cuidado da natureza e procuram mais esse mercado. Um SPA é bom meio de propagação desta tendência por ser ligado diretamente com o bem estar e a saúde das pessoas. Tratamentos que visam o emagrecimento e o relaxamento com produtos sem parafinas, parabenos e óleos minerais, destacando as técnicas holísticas, massoterapia e a tecnologia de equipamentos que usufruam o mínimo de energia elétrica, piscinas que não utilizam produtos químicos e a alimentação orgânica sem agrotóxicos são alguns dos benefícios de um SPA ecologicamente correto, um lugar onde se possa aliar serviço de qualidade à sua própria consciência ecológica. Um modelo de implantação de um SPA ecologicamente correto prioriza soluções ecológicas para sua estruturação e funcionamento. Visa a exemplificação de materiais construtivos sustentáveis, sistema de energia, água, iluminação e ventilação com o mínimo de impacto ambiental considerando, se possível, o uso de ventilação e iluminação naturais, sendo estes possíveis devido à um bom planejamento arquitetônico, separação e reciclagem de lixo, tratamentos com produtos biodegradáveis ou de resíduos com fins viáveis ao ambiente, assim como um sistema de tratamento de água que permita a reutilização da água e sua devolução de forma saudável ao meio-ambiente. A alimentação, também, deve ser personalizada, seguindo a tipologia adotada, alem de profissionais capacitados que se enquadrem ao perfil do SPA. Palavras-chave : SPA; Ecologia; Estrutura; Reciclagem; Impacto Ambiental; Econegócio.
1. INTRODUÇÃO
Um SPA é um bom exemplo de um empreendimento que depende e usufrui
de recursos naturais, a palavra SPA deriva da expressão latina "salute per aqua" que
se traduz por saúde pela água. Tem como finalidade dispor de atividades saudáveis
que conduzem a um estado de bem estar e beleza através de tratamentos
inspirados na natureza, conforme destaca RIbeiro (2009).
Desastres ambientais freqüentes marcaram a nossa história. Liberação de
agrotóxicos gasosos, vazamentos de petróleo e acidentes em usinas nucleares,
efeito estufa, o buraco na camada de ozônio, distúrbios climáticos, entre outros,
foram exemplos de tragédias que instigaram a consciência social e o cuidado com a
natureza (GLEICK, 1990).
Segundo Callenbach (2003), a partir da década de 80, surge um rápido
aumento da conscientização ambiental entre a população em geral, o que teve um
efeito significativo sobre as preferências do consumidor. Esta consciência ecológica
abriu portas para uma nova economia, que visa a saúde do homem diminuindo ao
máximo o impacto ambiental. O conceito ecologicamente correto resultou e está
resultando em itens manufaturados, artesanais e industrializados que não sejam
poluentes ou tóxicos e apresentem benefícios ao meio ambiente e a saúde em geral,
contribuindo para o desenvolvimento de um modelo econômico sustentável.
Alguns dos impasses dos SPA contemporâneos são o descuido com a
utilização da água, o grande volume de agentes químicos para tratamento de
piscinas e a limpeza em geral, que são enviados direto ao esgoto sem qualquer
tratamento, o nível de gasto em energia elétrica e a pouca preocupação com a
separação de lixo e reciclagem. O que não condiz com o conceito de SPA, que
presa a saúde e a harmonia com o meio ambiente.
Observando estes fatores, este trabalho tem por objetivo desenvolver um
modelo de implantação de um SPA ecologicamente correto, unindo o bem estar
físico e mental com consciência ecológica, dispondo de uma estrutura sustentável,
sistemas de luz, água e esgoto que reduzam o máximo possível o impacto
ambiental. Para tanto, propõem-se tratamentos e alimentação personalizados que
sigam essa tipologia e profissionais capacitados que se enquadrem ao perfil do SPA.
2. METODOLOGIA
A pesquisa realizada se caracteriza como descritiva e exploratória. Conforme
Gil (1996), um estudo exploratório-descritivo possibilita ao pesquisador uma certa
flexibilidade e/ou liberdade de modo que este possa considerar os mais variados
aspectos possíveis e que dizem respeito ao fato estudado. Este autor ressalta
também que um estudo exploratório permite a descrição de características de uma
determinada população, bem como o estabelecimento de prováveis relações entre
as variáveis estudadas.
O estudo foi realizado baseado no estudo bibliográfico do histórico dos SPAs,
bem como materiais ecologicamente corretos, orgânicos, reciclagem e conservação
do ambiente natural em um SPA ecologicamente correto.
Serviram como base de dados livros, artigos e exemplos apresentados em
materiais disponíveis na internet.
3. DESENVOLVIMENTO, ANÁLISE E DISCUSSÃO
3.1 HISTÓRIA DO SPA
O primeiro SPA surgiu em 1326 na Bélgica em um vilarejo chamado Spau, um
metalúrgico belga chamado Colin Le Loup curou-se de uma longa enfermidade com
as águas ricas em ferro de uma fonte perto de Liege. Em agradecimento, ele
construiu no local um alojamento para acolher outras pessoas. A popularidade do
local se espalhou tanto que o mesmo foi rebatizado de SPA, isto devido ao local ser
conhecido pelo poder das águas, pela vegetação e clima ameno com temperatura
agradável. Do mesmo modo, acredita-se que os banhos e a ingestão de água
salgada eram responsáveis pela cura de numerosas doenças, ajudando a promover
os resorts do litoral. Atividades populares dos balneários incluíam jogos, danças e
outras formas de entretenimento, como concertos, desfiles de rua, e as termas,
aonde aqueles que iam em busca de saúde “bebiam as águas”, conforme destaca
Mill (2003).
Os SPAS atuais dispõem de dietas adequadas com reeducação alimentar,
exercícios físicos personalizados para cada pessoa e terapias que podem ser
exemplificadas como terapias alternativas (holísticas), massagens, esfoliação,
desintoxicação, musicoterapia, aromaterapia, cromoterapia, horticultura, hidroterapia
entre outras.
Os SPAS são encontrados em vários estabelecimentos com tipologias
diferentes, outras atividades e indicações específicas. Existem SPAs somente para
tratar a saúde (desintoxicação e emagrecimento), para estética e beleza, de
relaxamento, os holísticos e os SPAs mistos, encontrados geralmente em resorts.
Indiferente a tipologia, qualquer SPA pode vir a ser ecologicamente correto,
dependendo apenas de uma administração disposta a essa mudança.
3. 2 FORMAÇÃO DE UM SISTEMA ECOLOGICAMENTE CORRETO
Por decorrências de vários fatos ao longo da história, a humanidade começou
a ter consciência da importância de preservar a natureza. Os anos 70 e 80
ampliaram nosso conhecimento sobre o funcionamento da biosfera e sobre
possíveis riscos de desastres ambientais provocados pelo homem como o
aquecimento global da atmosfera e o efeito estufa (GLEICK, 1990).
“Danos ambientais causados pelas catástrofes que ocupam as manchetes
recentemente, são pequenos quando comparados aos danos cumulativos, na
maioria das vezes despercebidos, provocados por enorme números de poluentes
menores, a maioria deles de acordo com as regulamentações legais de seus países”
(WINTER et al. 1987, 11).
Devido a esses fatos, houve um rápido aumento da conscientização
ambiental entre a população em geral, o que teve um efeito significativo sobre as
preferências do consumidor, conforme destaca Callenbach (2003).
A partir de então, surge o conceito ecologicamente correto, que consiste em
itens manufaturados, artesanais e industrializados que não sejam poluentes, tóxicos
e apresentem benefícios ao meio ambiente e a saúde geral, contribuindo para o
desenvolvimento de um modelo econômico sustentável.
3. 3 CONSTITUIÇÃO DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
3.3.1 Estrutura
O conceito de construção ecologicamente correta baseia-se em um modelo
que permita à construção civil propor soluções inteligentes para prover o bom uso, a
economia de recursos finitos e redução de gases emitidos pelos mesmos,
adaptando-se as necessidades ambientais de nossa época, com tecnologia e design
moderno que atendam as necessidades do consumidor, preservando-os para as
gerações futuras.
A construção civil consome entre 15 e 50% dos vários recursos naturais extraídos da natureza, sendo que 50% da produção de gases causadores do efeito estufa decorre da cadeia produtiva dos empreendimentos imobiliários. Além disso, 30% do aquecimento global deve-se à concepção, construção, reforma e operação de edificações (REVISTA, ECO ESFERA EMPREENDIMENTOS SUSTENTAVEIS, 2009, p. 1).
As diretrizes para uma construção sustentável são focadas em fatores como
um planejamento a longo prazo da obra, busca por uma eficiência energética, uso
adequado da água e sua reutilização, uso de técnicas passivas das condições e dos
recursos naturais, uso de materiais e técnicas ambientalmente corretas, reciclagem
e redução de lixo, conforto e qualidade interna dos ambientes (AURICH &
ANSELME, 2008).
A escolha dos materiais de construção deve, em princípio, obedecer aos
critérios de preservação, recuperação e responsabilidade ambiental, sendo favorável
ao meio ambiente em seus processos de obtenção e fabricação e, depois de
aplicados, devem servir da mesma forma.
3.3.1.1 Adobe
O adobe é uma técnica de construção natural onde o principal recurso
utilizado para implementá-lo é a argila, apresenta vantagens econômicas, sociais e
ecológicas.
De acordo com Burden (1899, p. 12) “adobe são grandes blocos de argila
rústicos e secos ao sol, moldados em vários tamanhos”.
A matéria-prima é encontrada no próprio local da construção, o uso na obra é
simples, o transporte é insignificante e os resíduos mínimos. É constituída de uma
mistura de argila, água e fibras, que são colocadas em moldes de madeiras, após
alguns dias removidos e expostos ao sol para secar. Alguns de seus benefícios são
a qualidade, durabilidade, conforto térmico e baixo custo (GAUZIN-MULLER, 2006).
A escolha do adobe se justifica quando comparado ao tijolo comum, que
necessita cozimento utilizando madeira como fonte de combustão, o qual emite gás
carbônico na atmosfera, e sendo este acessível à população em geral devido tanto à
sua disponibilidade quanto a seu custo.
3.3.1.2 B.T.C (Bloco de Terra Comprimida)
O B.T.C. é um material de construção que tem como composição a terra
prensada. Difere do adobe, pois este para atingir sua resistência máxima tem que
sofrer um processo de cura, enquanto o BTC atinge a sua resistência máxima com a
compactação da prensa, possui alta resistência a umidade, adapta-se à vários tipos
de solo, usufrui de disponibilidade local de matéria prima, sua produção não requer
combustível, sua estrutura possui bom comportamento térmico, capacidade de
respiração das paredes e estabilidade da umidade relativa interior (LOURENÇO,
BRITO & BRANCO, 2008).
3.3.1.3 Taipa
Segundo Burden (1899, p. 311) taipas são “Edificação cujas paredes são
feitas de terra prensada, geralmente argila moldada endurecida e apiloada em
formas móveis. O próprio material de construção, ou seja, a terra ou argila
endurecida, apiloada até formar paredes e pisos”.
A construção de taipa obtém sua matéria-prima no próprio local, a terra
podendo ser comprimida por tabuas para sua estruturação, que serão retiradas após
estar completamente seca e compactada com um pilão manualmente (LOURENÇO,
BRITO & BRANCO, 2008).
3.3.1.4 Bambu
Bambu é um material de construção milenar, muito utilizada no oriente, sendo
usado na estruturação como colunas, vigas e lastros. Serve como telhas, forros e
maçanetas, e até mesmo para determinados encanamentos de água entre outros.
Segundo Coimbra (2000), o bambu possui alta flexibilidade e resistência de
suas fibras, exemplo disso é o uso da planta no desenvolvimento de habitações à
prova de terremotos. O bambu tem um tempo médio de crescimento entre 3 anos se
destacando perante a madeira que demora entorno de vinte anos para se usufruída.
3.3.1.5 COB
O cob é uma técnica antiga, de origem inglesa, criada no século XIII. A
construção com cob assemelha-se à produção de uma escultura: há total liberdade
para inventar formas artísticas e utilidades para a habitação, como armários, fornos
e bancos embutidos na própria parede.
Para aplicar essa técnica é preciso um solo argiloso, água, pequenos detritos
(pedras), areia e palha de arroz. Os materiais são misturados e pisoteados até
formarem uma massa homogênea, com uma boa liga, para então serem aplicados,
em forma de bolas de barro, diretamente na construção.
Tem como vantagem o baixo custo, e ainda, os materiais utilizados são de
fácil obtenção, ótima qualidade de ar interno, as paredes de barro filtram o ar que
entra na construção, e tem uma ótima resistência.
3.3.1.6 Outros materiais
Além dos materiais citados, outros recursos podem ser aplicados na
construção como madeira de reflorestamento, madeira de demolição, coberturas de
palha, etc.
Os telhados verdes são estruturas adaptadas para receber uma cobertura de
gramado em lajes e telhados de casas e edifícios. Além de ser esteticamente
agradável, esse tipo de cobertura promove isolamento térmico, isto ocorre devido ao
colchão de ar entre a vegetação, à massa térmica da camada de terra, à reflexão
dos raios infravermelhos pelas plantas e até a liberação de calor pelas plantas ao
condensar o orvalho da manhã, ainda prove isolamento acústico. Uma camada de
terra úmida de 12cm de espessura reduz a transferência de som em 40dB, atuando
como barreira acústica, e resistência ao fogo, na Alemanha os tetos verdes são
considerados “telhados sólidos”, que significa que não se queimam e são resistentes
ao fogo sempre que a camada de terra tiver ao menos 3cm de espessura.
Os telhados verdes ainda possuem maior resistência ao tempo: alguns tipos
de materiais usados em coberturas (à base de piche, madeira ou plástico) se
deterioram quando expostas aos raios UV ou quando sofrem grande variação
térmica.
Estes problemas são eliminados mediante uma cobertura de substrato e
vegetação. Quando bem projetados, os tetos verdes têm grande vida útil e
dificilmente necessitam de manutenção e reparos. Ainda, retém as águas das
chuvas que, em casos extremos, previne enchentes. Salvo em determinadas
condições, utiliza sua própria água armazenada para seu desenvolvimento, isso
evita um trabalho adicional com a irrigação (BOSIO, 2008).
Do ponto de vista ecológico, o telhado verde ainda realiza fotossíntese
através das plantas, transformando o gás carbônico em oxigênio, ajudando contra o
efeito estufa. Ele, ainda, contribui na luta contra o aquecimento global refletindo
parte dos raios ultravioletas e impedindo o maior aquecimento do edifício (BOSIO,
2008).
3.3.2. Arquitetura bioclimática
Para Adam (2001, p. 57) a arquitetura bioclimática se caracteriza fazendo
uma relação do homem com o clima, objetivando minimizar os custos das
edificações.
A arquitetura bioclimática, investiga as relações entre os seres humanos (animais homeotérmicos) e as características climáticas de um local, que são absorvidas e transformadas pelos edifícios, refletindo-se no partido arquitetônico(orientação dos ambientes, lay-outs, disposição das vedações –paredes e coberturas -, proporção e composição das aberturas, estruturas, materiais e paisagismo) com o objetivo de minimizar a quantidade de energia operante consumida no edifício.
3.3.2.1 Ventilação natural
A ventilação natural é o fenômeno da movimentação do ar no interior das
edificações. Segundo Toledo e Toledo (1999), ocorre por diferença de pressão do
ar. Sem a indução de nenhum sistema mecânico, ela é capaz de proporcionar a
renovação do ar de um ambiente e um conforto térmico adequado.
Um dos principais benefícios da ventilação natural é a redução do consumo
de energia. Para o funcionamento do sistema é importante a existência de aberturas
como vãos, janelas e portas em locais estratégicos (BOWER, 1995).
3.3.2.2 Iluminação natural
A iluminação natural é originada do sol e captada através de janelas,
clarabóias, dentre outras, estas laterais ou zenitais, é direta ou dispersa pelas
nuvens.
Segundo Sick (2002, apud Freitas et. al. 2006) o uso da iluminação natural é
a oportunidade de contribuir para a saúde da visão, do conforto visual e o bem-estar
das pessoas. Pesquisas apontam para um maior desempenho em trabalhos
realizados em salas de aula e escritórios em que havia o contato direto das pessoas
com a luz natural. Esse resultado se deve, em parte, ao fato de que a luz natural
apresenta definições de cores muito mais reais que a luz artificial, e a visualização
do meio externo proporciona o conhecimento aproximado das horas do dia e das
mudanças climáticas e atmosféricas.
Com o uso de fonte natural oriundo do sol e da incidência da radiação solar
direta, a economia de energia elétrica pode atingir até 50%, de acordo com o Manual
ABILUX (1992).
Outra forma de aproveitar a energia proveniente do sol é a instalação de
painéis solares. Dentre as fontes de energia limpa, a energia solar é a mais
difundida e aproveitada pela sua fácil instalação e espaço ocupado. O uso de tal
energia pode ser dividido em duas formas: fotovoltaico (produção de energia elétrica
por módulos fotovoltaicos) e térmico (transformação de energia em calor)
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATRINA, 2003). Este último, consiste em
aquecer os fluídos e armazená-los em reservatórios termicamente isolados, para,
assim, fornecer água aquecida nas torneiras e chuveiros.
Mesmo que parte da energia elétrica utilizada seja produzida no local, o bom
uso de iluminação do ambiente pode trazer uma economia bem vinda. Cuidados
como acender apenas as luzes necessárias durante a limpeza dos ambientes,
utilização de lâmpadas econômicas, instalação de sensores de presença e
fotocélulas, a partir de valores pré-fixados da quantidade de luz. Considerando-se a
contribuição da luz natural, controle de iluminação potência ajustável utiliza o
controle baseado em sensores fotoelétricos consiste no ajuste da potência aplicada
na iluminação esse sistema, adotado em lâmpadas incandescentes ou
fluorescentes, permite variar a quantidade de iluminação artificial para manter o nível
especificado.
A utilização de aparelhos que necessitem menos energia para funcionar e um
bom projeto de iluminação natural e elétrica podem significar uma economia
significativa no orçamento.
3.3.4 Sistema de água e esgoto
A boa utilização da água pode ser tanto uma atitude de consciência ecológica
quanto uma economia financeira em longo prazo. A captação da água da chuva e
sua utilização, após ser filtrada e armazenada, em sanitários, irrigação de jardins,
piscina e torneiras de lavanderia representa uma alternativa viável economicamente
frente ao custo de sua implantação. Além da água da chuva, a água reciclada a
partir do próprio esgoto interno do SPA pode ser usada para os mesmos fins
(RAMANES, 2008).
O tratamento do esgoto interno para sua devida reutilização é um processo
mais complexo do que a filtragem utilizada na captação de água da chuva. Um
exemplo adequado de tratamento é a criação de uma alternância de ambientes.
Nestes ambientes a bactéria é a principal responsável pela decomposição de
matéria orgânica, estes organismos unicelulares podem se reproduzir em grande
velocidade a partir da matéria orgânica disponível e sobrevivem nas mais diversas
condições ambientais. Estas decompõem as substâncias orgânicas complexas dos
esgotos (carboidratos, proteínas e gorduras) em materiais solúveis. As bactérias
podem ser anaeróbicas, que não necessitam oxigênio, e aeróbicas, que precisa de
oxigênio para sobreviver.
Em condições anaeróbicas a matéria orgânica sedimentável se acumula no
fundo do reservatório formando uma camada de lodo, que sofre um processo de
digestão anaeróbica, as bactérias produzem substancias solúveis utilizadas como
alimento dentro do ecossistema e que podem ser convertidas em gases como o
dióxido de carbono, metano, gás sulfídrico e amônia.
As condições aeróbicas são conjuntos de ambientes filtrantes (pedra brita,
areia, pedriscos e terra) responsáveis pela remoção de grande parte da matéria
orgânica como as gorduras e sabão, associados com plantas aquáticas que irão
ajudar na filtragem e limpeza da água. A maior diversidade de ambientes
anaeróbicos e aeróbicos aumenta a eficiência do sistema de tratamento
(INSTITUTO DE PERMACULTURA E ECOVILAS DA MATA ATLÂNTICA, 2008).
Outro exemplo de reciclagem é por biorremediação, uma forma simples e
efetiva de tratamento de água usada nos chuveiros e cozinha, para então devolvê-la
ao meio ambiente. Esse método de tratamento tem um baixíssimo custo, o tempo
necessário para implementá-lo é mínimo e os elementos utilizados no sistema são
as plantas (responsáveis por filtrar os solutos dissolvidos na água). Além disso, este
sistema de tratamento pode ser totalmente integrado ao paisagismo da propriedade
(REVISTA BIO CONSTRUINDO, 2009, p. 1).
Em um SPA ecologicamente correto as piscinas convencionais, que utilizam
produtos químicos para sua limpeza e manutenção, podem ser substituídas por
piscinas biológicas, que usam um sistema de filtragem natural para o tratamento e
depuração da água. Na área de regeneração a água é limpa e mantida
biologicamente pura através das plantas e de micro-organismos que absorvem
materiais em decomposição e bactérias.
È importante, também, a consciência no gasto da água, hoje existem dezenas
de equipamentos com design e tecnologia capazes de reduzir o consumo. Como
opções, podem-se encontrar torneiras de acionamento a pressão e automáticas
onde seu fechamento é automatizado, redutores de vazão, descargas que liberam
menos água que as convencionais, duchas onde seu acionamento é hidromecânico,
funciona com uma leve pressão manual (MONTEIRO, 2007).
3.3.6 Decoração
O modelo de decoração do SPA ecologicamente correto é baseada em
materiais que sejam sustentáveis como madeira de demolição, madeira de
reflorestamento, fibras vegetais, bambu, etc.
Dentre os diversos conceitos de decoração ecologicamente correta podemos
citar: cadeiras com laminas de bambu, divisórias, painéis, porta papel higiênico,
porta toalhas, cardápios, bandejas, macas todos feitos de bambu, banqueta de
madeira de demolição, puff de fibra de bambu, almofadas de seda artesanal,
rolinhos de fibra de bananeira, cortinas de seda artesanal entre outros.
Como mostra a empresa Fragmentum, que unem a beleza das formas
orientais com o conceito de produção sustentável. Entre suas principais peças estão
os bonsais, pequenas árvores que podem ser utilizadas para transmitir um clima de
aconchego e relaxamento ao ambiente, linha criada com o conceito de que o
individuo pode se deparar com uma árvore estando dentro do ambiente, o que
promove uma maior sensação de contato com a natureza (CHIROTTO, 2008).
Com a diversidade de materiais e objetos já existentes que atendem ao
conceito ecológico, só basta ter bom senso e criatividade para criar ambientes
temáticos e aconchegantes. Uma das alternativas na criação deste SPA será
valorizar o artesanato local, diminuindo danos ambientais pelo transporte.
3.4 SEPARAÇÃO E RECICLAGEM DE LIXO
O lixo é um grande problema do mundo contemporâneo, ele contamina o
solo, a água e o ar, além do espaço cada vez maior que ocupa através de aterros
sanitários que se multiplicam.
Com a separação do lixo é possível destinar da melhor forma o lixo, onde é
levado aos aterros apenas o lixo que não pode ser reciclado, aumentando a
eficiência e a vida útil dos aterros. Em decorrência da reciclagem ainda se pode dar
novo uso a diversos materiais, ocasionando a diminuição do consumo de matérias-
primas virgens (GREENPEACE, 2009).
Segundo a Sociedade Industrial e o Meio Ambiente, cerca de 60% do lixo
depositado em aterros são orgânicos, constituído de alimentos e papéis higiênicos,
sendo assim, a alternativa mais viável é investir em tratamentos em usinas de
compostagem, onde se transforma lixo orgânico em adubo. O gás metano produzido
pelo lixo orgânico ainda pode ser usado como fonte de energia alternativa.
Quanto ao restante do lixo, cerca de 40%, se dividem em materiais como
vidros, metais, plásticos e papéis, onde estes são classificados como reciclável e
não reciclável.
Um item muito importante deve ser destacado: a separação do lixo
contaminado, onde este tem um descarte diferenciado. A colocação de lixeiras
especifica para cada grupo de material é fundamental. Segundo a resolução nº 275
de 25 de Abril de 2001, o Conselho Nacional do Meio Ambiente:
No uso das atribuições que lhe conferem a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, e tendo em vista a disposta na Lei nº. 9.605 de 12 de fevereiro de 1998, e no Decreto no 3.179 de setembro de 1999, e considerando que a reciclagem de resíduos deve ser incentivada e expandida no país, para reduzir o consumo de matérias-primas (CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, 2001).
Onde segundo o Art.1º Estabelecer o código de cores para os diferentes tipos
de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem
como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.
3.5 ALIMENTAÇÃO
A alimentação saudável é um dos pilares da vida. Saber escolher o que
ingerimos diariamente e variar o máximo possível a alimentação são duas regras
para constituir um fornecimento de nutrientes essenciais ao correto funcionamento
do organismo.
A escolha de produtos orgânicos, cultivados sem insumos químicos, fornece
verduras, legumes, frutas, carnes, ovos, laticínios e até vinhos com a garantia de
uma qualidade superior, contendo todas as propriedades originais do produto.
Considerando a proposta ecológica do SPA, deve-se dar prioridade aos
produtos produzidos por empresas ou indivíduos que tenham uma filosofia ecológica
semelhante ao SPA. Para tal, os produtores devem fornecer alimentos que
promovam não apenas a saúde das pessoas, mas também do planeta como um
todo.
Enfatizando a forma de equilibrar o solo e demais recursos naturais (água,
planta, minerais, etc) conservando-os à longo prazo e mantendo a harmonia desses
elementos entre si e com os seres humanos. Não há diferenças entre os alimentos
orgânicos e os convencionais em relação a forma, cor e sabor, e sim a diferença
nutricional sendo que um tomate orgânico apresenta menor concentração de água,
20 % a menos, apresentando um alimento mais concentrado em vitamina C.
A produção deste alimento garante ao consumidor o certificado de um
alimento isento de resíduos químicos, sendo a mais natural possível, sem a
utilização de hormônios para crescimento acelerado, tratados com medicamento
fitoterápicos e homeopáticos.
Segundo a Organicbefeef (2008) a carne orgânica é um produto novo criado
para atender a demanda de um novo mercado, caracterizado pelo alto nível de
exigência do consumidor quanto á qualidade. O desenvolvimento e a produção da
carne orgânica estão vinculados ao processo e garantias de qualidade necessárias
para a segurança do consumidor.
O mercado pede um produto com segurança biológica, bem como um sabor
específico e maciez tradicional da carne bovina. Além de participar com
responsabilidade social, as fazendas onde são criados estes animais, são
associadas á ABPO (Associação Brasileira de Pecuária Orgânica), atendendo a
legislação trabalhista brasileira, onde todos os funcionários são registrados e tem
acesso a moradia digna, alimentação, saúde e educação. Segundo a ABPO com a
produção de qualquer produto orgânico, o consumidor tem a garantia de não haver o
trabalho escravo e infantil.
3.6 TRATAMENTOS
Com a procura de empresas relacionadas com o bom senso perante o meio
ambiente por profissionais conscientes, a indústria cosmética se adaptou ao
conceito ecologicamente correto, adotando a alternativa de substituir alguns
ingredientes químicos por princípios naturais (PIATTI, 2008). Comprovando junto a
fiscalização o não uso de animais em testes de laboratório ou de técnica que
prejudiquem a natureza ou qualquer tipo de vida.
Muitos são os ingredientes que ao serem descartados provocam impacto
ambiental, como óleos minerais, parabenos e parafina.
Aproveitando a rica diversidade natural do Brasil, pesquisadores juntos com
os conhecimentos populares aplicam estudos científicos nas descobertas de novos
ingredientes naturais, para tratamentos estéticos, como produtos corporal facial e
capilares, empresas investem nesta pesquisa.
Os tratamentos serão direcionados para terapias que visam o emagrecimento
e o relaxamento, entre estes tratamentos podemos destacar as técnicas holísticas,
massoterapia e a tecnologia de equipamentos que aliados aos resultados são mais
eficazes.
Além da utilização de produtos na área da estética, também sugerimos a
escolha dos produtos de limpeza livres de fosfatos, pois este atinge a água de rios e
lagos, onde ocorre o enriquecimento artificial. A conseqüência desse enriquecimento
é o aumento do crescimento de plantas flutuantes microscópicas e algas, sendo que
a forma forragem de grandes plantas aquáticas, modificam a estrutura aquática,
onde estas necessitam de oxigênio para a sobrevivência e acabam deixando podre
de oxigênio á água, nessas condições matam peixes e invertebrados, conforme
descrito na (REVISTA LAGOS E RESERVATORIOS, 2008).
Destacamos também a escolha dos tecidos que serão utilizados para o
enxoval, pois atualmente o mercado têxtil dispõem ao consumidor tecidos
ecologicamente corretos, como por exemplo, tecidos feitos com fibra de bambu,
PVC, algodão orgânico, garrafas PET, cânhamo, coco, juta, linho, malva e
polipropileno sendo um polímero ou plástico derivado de propeno ou propileno, onde
é 100% reciclável. Assim, a tecnologia somada a matérias-primas de ótima
qualidade tem resultado surpreendentes, como os tecidos a base de fibra de bambu,
onde é quatro vezes mais absorvente que o algodão, possuindo virtudes
respiratórias, anti-bacteriana alem de proteger de raios indesejáveis do sol e não
podem ser amassados (FASHION BUBBLES, 2006). Dessa forma, serão
confeccionados travesseiros, toalhas, roupões de banho, guarda-pó e uniformes dos
funcionários.
Em terapias que são utilizadas grandes quantidades de óleo, como a
Shirodara, terapia de origem índiana onde trabalha o fluxo continuo de óleo na
região da glabela, “terceiro olho”, pode ser reaproveitado, para a fabricação de
sabão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através do estudo realizado, percebeu-se que a cada dia, vem se ampliando
o número de investimentos em empreendimentos ecologicamente corretos e
consequentemente a preocupação com o meio ambiente, e materiais
biodegradáveis. A conscientização é dessa forma, um fator preponderante quando
da implementação de um SPA ecologicamente correto, pois acreditar que de alguma
forma pode-se ajudar o meio ambiente, diminuindo o foco de poluição é consciência
ecológica, e como tal, essa aumenta a procura pelos serviços e produtos
biodegradáveis.
Aderir ao consumo de produtos ecologicamente corretos é uma atitude que
provoca a geração de empregos para a população não qualificada e receita para os
pequenos e médios empresários. A receita aumenta com a comercialização dos
resíduos, estimulando a reciclagem, uma vez que os produtos gerados a partir de
reciclados são comercializados em paralelos aqueles gerados a partir de matérias-
primas virgens.
Um SPA, como modelo ecológico, acarreta alguns investimentos elevados,
mas com retorno viável e com maior rapidez, uma vez que a economia em energia
elétrica, e os consumos de matérias-primas renováveis determinam maior redução
de custos diários, o que amplia a rentabilidade do investimento.
A motivação dos clientes de um SPA ecologicamente correto, vai além da
necessidade de aderir a um programa ecológico, atenta a necessidade de utilização
de produtos e ambientes mais naturais, o que favorece a tranqüilidade do ambiente,
e conseqüentemente maior eficácia no programa realizado.
Espero que este trabalho sirva para os professores e estudantes, pois nossa
intenção foi colaborar com aqueles que se interessam por reciclar ideais. Entretanto,
deixo em aberto a possibilidade para novos questionamentos e propostas para
novas pesquisas.
REFERÊNCIAS
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CALLENBACH, Ernest. Gerenciamento ecológico eco management : guia do Instituto Elmwool de auditoria ecológica e negócios sustentáveis. São Paulo: Cultrix, 1993.
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PIATTI, Isabel Luiza. 2008: O Ano Internacional do Planeta Terra. Revista Personalite, 2008. Disponível em: <http://www.revistapersonalite.com.br/2008_anoterra_55.php>. Acesso em 25/05/2009
ECO ESFERA EMPREENDIMENTOS SUSTENTAVEIS, Sustentabilidade, soluções ecoesfera, 2009. Disponível em: <http://www.ecoesfera.com.br/sustentabilidade/construcao.aspx> Acesso em: 20/05/2009.
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RIBEIRO, Elisabete. SPA Elisabete Ribeiro. 2009. Disponível em: <http://www.SPA-elisabeteribeiro.com>. Acesso em: 15/05/2009
TACHIZAWA, Takeshy. Gestão ambiental e responsabilidade social corporat iva. São Paulo: Ed Atlas, 2002.
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Tratamento biológico de efluentes. BIORREMEDIAÇÃO. Revista Bio Construindo. 2009. Disponível em: <http://www.ecocentro.org/bioconstruindo/biorremediacao.html>. Acesso em: 20/05/2009.
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WINTER, E. J. (Eric James). A agua, o solo e a planta 2ª. ed. São Paulo : Liv. Nobel, 1987.
ANEXOS
01 – TABELA DE TRATAMENTOS SUGERIDOS
Fango 50́
3,73,73,7
3,7,8
3,71,2,3,4,7,8,9
1,2,3,4,7,91,2,3,4,5,7,9
3,74,9
3,4,6,9
3,6Quik 30̀ 4
Reiki 50̀1,2,3,4,6,9
,2,3,4,5,6,7,93,4,67,8,93,4,63,4,6
3,63,4,6,7
93,6
3,4,7
3,7
9= Terapias que utilizam grande quantidade de água
7= óleo vegetal 8= equipamentos eletrônicos
5= produtos facial ecologicamente correto6 = produtos corporal ecologicamente correto
3= lençóis descartáveis4= utensílios ecologicamente correto
1= touca de cabelo2= luvas discartáveis
Índice de Itens utilizados em Terapias
Terapia das Pedras Quentes 50̀
Tailandesa 50̀
Talassoterapia 20̀
Terapêutica- 50̀
Shiatsu 50̀
Shirodara (fluxo continuo) 50̀
Reflexologia 30̀
Samkhya Sparsha ( alisamento dos chacras+mass suave) 50̀
Massagem Sueca 50̀
Ritual do Deuses ( esf+banho imerssão+mass) 120̀
Ritual Tropical ( esf corporal, facial+ b. imerssão+ hidr. Corporal, facial) 120̀
Massagem Relaxante 50̀
Lipo Escultura Manual 50 ̀
Quiropraxia 50̀
Massagem Havaina ( óleo morno + antebraços) 50 ̀
Massagem Hidromineral ( mass sob 5 duchas) 50 ̀
Hiper hidratação com Karité e Rosas 50̀
Energia Vital ( massagem relaxante+ banho alecrim) 90̀
Garshana (erva e sal) 50̀
Gomage 50 ̀
Cromoterapia - 50̀
Drenagem Linfática 50̀
Massagem Ayurverdica 50̀
Massagem Cervical 30̀
TRATAMENTO CORPORAL
Massagem Aromática 50̀
Drenagem Linfática 30̀ 3,7
Peeling de Vinho 50 ̀ 1,2,3,4,5Rejuvenescimento Facial 50̀ 1,2,3,4,5
TRATAMENTO FACIAL
1,2,3,6,9
Mascaras Revitalizante 50̀ 1,2,3,4,5Peeling de Diamante 50̀ 1,2,3,4,5,8
Hidratação Facial 50̀ 1,2,3,4,5Limpeza de Pele 90̀ 1,2,3,4,5,8
02 – TABELAS DEMOSNTRATIVAS DE RECILAGEM DO LIXO
Reciclavel Não Recliclável
Jornais e Revistas Etiquetas Adesivas
Listas Telefônicas Papel Carbono
Papel Sulfite/Rascunho Papel Celofane
Papel de Fax Fita Crepe
Folha de Caderno Pápeis Sanitários
Formulários de Computador Papéis Metalizados
Caixas em Geral (ondulado) Papéis Parafinados
Aparas de Papel Papéis Plastificados
Fotocópias Guardanapos
Envelopes Bitucas de Cigarros
Rascunhos Fotografias
Cartazes Velhos
Lenços de Papel
Reciclável Não Recliclável
Copos Adesivos
Garrafas Espuma
Sacos/Sacolas Acrílico
Frascos de Produtos Emabalagens Metalizadas (Biscoitos e Salgadinhos
Tampas
Potes
Canos e Tubos de PVC
Embalagens PETS (Sucos, ÓLEO, Vinagre, etc.)
Espátulas
Cubetas
Cerdas de Pinceis
Resiclável Não Recliclável
Garrafas Espelhos
Cubetas Boxes Temperados
Embaagens Louças
Frascos de Produtos Cerâmias
Copos Óculos
Cacos de Produtos Citados Pirex
Padrão Cores de Lixeira para Separação de Lixo
AZUL (Papel)
VERMELHO (Plático)
Verde (Vidro)
Reciclável Não Recliclável
Tampinhas de Garrafas Clipes
Latas Grampos
Enlatados Esponja de Aço
Acessórios Estéticos Aerosspois
Ferragens Latas de Tinta
Arames Equipamentos Eletrônicos
Pinças Embalagens (Solvesntes Químicos, Inseticidas)
Canos
Tesouras
Cobre
Reciclável Não Recliclável
Espátulas Madeira Contaminada por Insetos (Cupim)
Movéis
Objetos de Decoração
Cabo de Vassoura
Cado de Pinceis
Reciclável Não Recliclável Não Para Compostagem
Gorduras
Laticínios
Peixes
Frutos do Mar
PRETO (Madeira)
AMARELO (Metal)
Restos de Alimentos( Cascas de Frutas, Cascas de Ovos, Sacos de Chá e Café, Folhas, Caules,
Flores, Aparas de Madeira, Cinzas)
LARANJA (Residuos Perigosos)
Não reciclável
Grupo A (INFETANTES)
Grupo C (Perfurocortantes):
Grupo B (Químicos)
MARROM (Orgânico)
Fonte: http://thiago.luciano.googlepages.com/lixo
03 - CONSTITUIIÇÃO DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
Fonte: http://meumundosustentavel.com/noticias/tag/materiais 04 - MATERIAIS CONSTRUTIVOS
Materiais Construtivos/Construção de AdobeFonte: http://www.autrynationalcenter.org/southwest/casa.html
DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
http://meumundosustentavel.com/noticias/tag/materiais-ecologicos/
MATERIAIS CONSTRUTIVOS E MODELOS DE AMBIENTES
Materiais Construtivos/Construção de Adobe
http://www.autrynationalcenter.org/southwest/casa.html
DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
E MODELOS DE AMBIENTES
Materiais Construtivos/Construção de Adobe Fonte: http://www.desertearthandwood.com/casaazule/index.htm
Materiais Construtivos/Tijolo de Adobe Fonte: http://www.flickr.com/photos/luiz_alberto/17366823/
Materiais Construtivos/Tijolos de Adobe Fonte:http://www.flickr.com/photos/fefreire/1394552696/
Formas par produção de tijolo Adobe Fonte: http://ambiente.hsw.uol.com.br/adobe3.htm
Preparação de tijolo Adobe Fonte: http://ambiente.hsw.uol.com.br/adobe3.htm
Ambientes externos Fonte: http://www.iloveinns.com/casa-tierra-adobe-inn-tucson-arizona.html
Ambientes Internos Fonte: http://www.iloveinns.com/casa-tierra-adobe-inn-tucson-arizona.html
Ambientes Internos Fonte: http://www.iloveinns.com/casa-tierra-adobe-inn-tucson-arizona.html
Cúpulas e arcos em adobre Fonte: http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tecadobe.htm
Ambiente Interno em adobe Fonte: http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tecadobe.htm
Tijolo de B.T.C Fonte: http://www.cujae.edu.cu/centros/cecat/documentos/manualestmc/Manual%20BTC%20Portugu%C3%A9s.pdf
Tijolo de B.T.C Fonte: http://www.terracrua.com/?page=producao
Construção de B.T.C Fonte: http://www.terracrua.com/?page=construcao
Construção de B.T.C Fonte: http://www.terracrua.com/?page=terracrua
Construção de Taipa Fonte: http://www.youngreporters.org/article.php3?id_article=1421
Construção de Taipa Fonte: http://arquitecturasdeterra.blogspot.com/2008/10/textoa-construo-com-terra-em-portugal.html
Construção de Taipa Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Paredes de Taipa Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Estrutura de bambu que não utiliza pregos Fonte: http://www.ecocentro.org/bioconstruindo/bambu.html
Móveis decoração e construção com bambu Fonte:http://www.quebarato.com.br/classificados/moveis-decoracao-e-construcao-com-bambu__3595437.html
Muro bambu Fonte:http://www.quebarato.com.br/classificados/moveis-decoracao-e-construcao-com-bambu__3595437.html
Painel de bambu Fonte: http://casa.abril.com.br/arquitetura/livre/edicoes/0202/jardim/mt_82461.shtml
Ducha com Box de bambu Fonte: http://casa.abril.com.br/arquitetura/livre/edicoes/0202/jardim/mt_82461.shtml
Decoração de bambu Fonte: http://casa.abril.com.br/arquitetura/livre/edicoes/0202/jardim/mt_82461.shtml
Construção de bambu Fonte: http://www.bambubali.com.br/html/casasdebambu.html
Decoração e moveis de bambu Fonte: http://www.bambubali.com.br/html/casasdebambu.html
Construção de bambu Fonte: http://ecologiaurbana.blogspot.com/2007/06/construo-em-bambu-obra-de-simon-velez.html
Cortina de bambu Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2001-1/equipe_8/index.htm
Cortina de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/cortina.html
Vaso de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/cachepot.html
Bandeija de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Cardápio de Bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Porta-papel higiênico de Bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Porta-toalha de rosto de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Guadua: Arquitectura y diseno Fonte: Marcelo Villega. Edition: illustrated. Publicado por Villegas Asociados, 2005
Paredes de Cob Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Construção de COB Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Paredes de COB Fonte: ttp://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
Murro externo em cob Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
Sala de jantar cob
Fonte: ttp://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
Sala cob Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2005-1/bioarquitetura/index.htm
3 pavimentos em cob Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
O telhado verde Fonte: http://www.reporterdiario.com.br/index.php?id=84030&secao=6
Edificação em adobe e teto-grama Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tectetograma.htm
Teto grama Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tectetograma.htm
Ar purificado Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tectetograma.htm
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Placas solares Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2003-2/energia_solar/index.htm
Placas solares Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2003-2/energia_solar/index.htm
A chuva cai nos telhados, é recolhida pelas calhas, passa por um filtro que retêm sujeiras como folhas e fica armazenada na cisterna enterrada. Uma bomba envia a água da cisterna para a caixa d'água elevada. A partir da caixa d'água, a água da chuva é distribuída para o vaso sanitário, a irrigação do jardim, o tanque de lavar roupa e a máquina de lavar. Fonte: http://www.radames.manosso.nom.br/ambiental/captacao.htm
A "estação de tratamento de esgoto" do Ecocentro IPEC. Fonte: http://www.ecocentro.org/bioconstruindo/biorremediacao.html
Após utilizada, toda água cinza dos chuveiros do Ecocentro IPEC passam pelo sistema de tratamento ecológico. Fonte: http://www.ecocentro.org/bioconstruindo/biorremediacao.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/index.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/index.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/fotos_piscinabiologica.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/fotos_piscinabiologica.html
Essa cadeira é feita apenas de bambu. O material cru de crescimento rápido é usado numa forma laminada e é sujeito a um processo manufaturado de alta precisao CNC. A cola para o produto é não-toxica e a cera de tratamento de superficie é natural e não-toxica. Fonte: Ecological Design. FUSION PUBLISHING, Manuela Roth, Nicolas Uphaus Colaborador Manuela Roth. Edition: illustrated. Publicado por teNeues, 2008
Berço de madeira - Protetora e romântica, resulta este berço gigante de madeira neozeolandesa de plantações totalmente sustentáveis. Fonte: Ecological Design. FUSION PUBLISHING, Manuela Roth, Nicolas Uphaus. Colaborador Manuela Roth. Edition: illustrated. Publicado por teNeues, 2008
Sala de descanso - Arquitetura Interiores Sustentáveis Fonte: http://www.criaarquiteturasustentavel.com.br/projeto-sala-de-descanso.html
ARTIGO CIENTIFICO
PROPOSTA PARA IMPLANTAÇÃO DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
Ivana Sivestri 1 - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Simone Ballan 2 - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Fabiana Thives 3 – Turismóloga; Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Contatos [email protected] [email protected] [email protected]
RESUMO As tendências ecológicas estão em alta atualmente, a cada dia mais pessoas estão conscientes da importância do cuidado da natureza e procuram mais esse mercado. Um SPA é bom meio de propagação desta tendência por ser ligado diretamente com o bem estar e a saúde das pessoas. Tratamentos que visam o emagrecimento e o relaxamento com produtos sem parafinas, parabenos e óleos minerais, destacando as técnicas holísticas, massoterapia e a tecnologia de equipamentos que usufruam o mínimo de energia elétrica, piscinas que não utilizam produtos químicos e a alimentação orgânica sem agrotóxicos são alguns dos benefícios de um SPA ecologicamente correto, um lugar onde se possa aliar serviço de qualidade à sua própria consciência ecológica. Um modelo de implantação de um SPA ecologicamente correto prioriza soluções ecológicas para sua estruturação e funcionamento. Visa a exemplificação de materiais construtivos sustentáveis, sistema de energia, água, iluminação e ventilação com o mínimo de impacto ambiental considerando, se possível, o uso de ventilação e iluminação naturais, sendo estes possíveis devido à um bom planejamento arquitetônico, separação e reciclagem de lixo, tratamentos com produtos biodegradáveis ou de resíduos com fins viáveis ao ambiente, assim como um sistema de tratamento de água que permita a reutilização da água e sua devolução de forma saudável ao meio-ambiente. A alimentação, também, deve ser personalizada, seguindo a tipologia adotada, alem de profissionais capacitados que se enquadrem ao perfil do SPA. Palavras-chave : SPA; Ecologia; Estrutura; Reciclagem; Impacto Ambiental; Econegócio.
1. INTRODUÇÃO
Um SPA é um bom exemplo de um empreendimento que depende e usufrui
de recursos naturais, a palavra SPA deriva da expressão latina "salute per aqua" que
se traduz por saúde pela água. Tem como finalidade dispor de atividades saudáveis
que conduzem a um estado de bem estar e beleza através de tratamentos
inspirados na natureza, conforme destaca RIbeiro (2009).
Desastres ambientais freqüentes marcaram a nossa história. Liberação de
agrotóxicos gasosos, vazamentos de petróleo e acidentes em usinas nucleares,
efeito estufa, o buraco na camada de ozônio, distúrbios climáticos, entre outros,
foram exemplos de tragédias que instigaram a consciência social e o cuidado com a
natureza (GLEICK, 1990).
Segundo Callenbach (2003), a partir da década de 80, surge um rápido
aumento da conscientização ambiental entre a população em geral, o que teve um
efeito significativo sobre as preferências do consumidor. Esta consciência ecológica
abriu portas para uma nova economia, que visa a saúde do homem diminuindo ao
máximo o impacto ambiental. O conceito ecologicamente correto resultou e está
resultando em itens manufaturados, artesanais e industrializados que não sejam
poluentes ou tóxicos e apresentem benefícios ao meio ambiente e a saúde em geral,
contribuindo para o desenvolvimento de um modelo econômico sustentável.
Alguns dos impasses dos SPA contemporâneos são o descuido com a
utilização da água, o grande volume de agentes químicos para tratamento de
piscinas e a limpeza em geral, que são enviados direto ao esgoto sem qualquer
tratamento, o nível de gasto em energia elétrica e a pouca preocupação com a
separação de lixo e reciclagem. O que não condiz com o conceito de SPA, que
presa a saúde e a harmonia com o meio ambiente.
Observando estes fatores, este trabalho tem por objetivo desenvolver um
modelo de implantação de um SPA ecologicamente correto, unindo o bem estar
físico e mental com consciência ecológica, dispondo de uma estrutura sustentável,
sistemas de luz, água e esgoto que reduzam o máximo possível o impacto
ambiental. Para tanto, propõem-se tratamentos e alimentação personalizados que
sigam essa tipologia e profissionais capacitados que se enquadrem ao perfil do SPA.
2. METODOLOGIA
A pesquisa realizada se caracteriza como descritiva e exploratória. Conforme
Gil (1996), um estudo exploratório-descritivo possibilita ao pesquisador uma certa
flexibilidade e/ou liberdade de modo que este possa considerar os mais variados
aspectos possíveis e que dizem respeito ao fato estudado. Este autor ressalta
também que um estudo exploratório permite a descrição de características de uma
determinada população, bem como o estabelecimento de prováveis relações entre
as variáveis estudadas.
O estudo foi realizado baseado no estudo bibliográfico do histórico dos SPAs,
bem como materiais ecologicamente corretos, orgânicos, reciclagem e conservação
do ambiente natural em um SPA ecologicamente correto.
Serviram como base de dados livros, artigos e exemplos apresentados em
materiais disponíveis na internet.
3. DESENVOLVIMENTO, ANÁLISE E DISCUSSÃO
3.1 HISTÓRIA DO SPA
O primeiro SPA surgiu em 1326 na Bélgica em um vilarejo chamado Spau, um
metalúrgico belga chamado Colin Le Loup curou-se de uma longa enfermidade com
as águas ricas em ferro de uma fonte perto de Liege. Em agradecimento, ele
construiu no local um alojamento para acolher outras pessoas. A popularidade do
local se espalhou tanto que o mesmo foi rebatizado de SPA, isto devido ao local ser
conhecido pelo poder das águas, pela vegetação e clima ameno com temperatura
agradável. Do mesmo modo, acredita-se que os banhos e a ingestão de água
salgada eram responsáveis pela cura de numerosas doenças, ajudando a promover
os resorts do litoral. Atividades populares dos balneários incluíam jogos, danças e
outras formas de entretenimento, como concertos, desfiles de rua, e as termas,
aonde aqueles que iam em busca de saúde “bebiam as águas”, conforme destaca
Mill (2003).
Os SPAS atuais dispõem de dietas adequadas com reeducação alimentar,
exercícios físicos personalizados para cada pessoa e terapias que podem ser
exemplificadas como terapias alternativas (holísticas), massagens, esfoliação,
desintoxicação, musicoterapia, aromaterapia, cromoterapia, horticultura, hidroterapia
entre outras.
Os SPAS são encontrados em vários estabelecimentos com tipologias
diferentes, outras atividades e indicações específicas. Existem SPAs somente para
tratar a saúde (desintoxicação e emagrecimento), para estética e beleza, de
relaxamento, os holísticos e os SPAs mistos, encontrados geralmente em resorts.
Indiferente a tipologia, qualquer SPA pode vir a ser ecologicamente correto,
dependendo apenas de uma administração disposta a essa mudança.
3. 2 FORMAÇÃO DE UM SISTEMA ECOLOGICAMENTE CORRETO
Por decorrências de vários fatos ao longo da história, a humanidade começou
a ter consciência da importância de preservar a natureza. Os anos 70 e 80
ampliaram nosso conhecimento sobre o funcionamento da biosfera e sobre
possíveis riscos de desastres ambientais provocados pelo homem como o
aquecimento global da atmosfera e o efeito estufa (GLEICK, 1990).
“Danos ambientais causados pelas catástrofes que ocupam as manchetes
recentemente, são pequenos quando comparados aos danos cumulativos, na
maioria das vezes despercebidos, provocados por enorme números de poluentes
menores, a maioria deles de acordo com as regulamentações legais de seus países”
(WINTER et al. 1987, 11).
Devido a esses fatos, houve um rápido aumento da conscientização
ambiental entre a população em geral, o que teve um efeito significativo sobre as
preferências do consumidor, conforme destaca Callenbach (2003).
A partir de então, surge o conceito ecologicamente correto, que consiste em
itens manufaturados, artesanais e industrializados que não sejam poluentes, tóxicos
e apresentem benefícios ao meio ambiente e a saúde geral, contribuindo para o
desenvolvimento de um modelo econômico sustentável.
3. 3 CONSTITUIÇÃO DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
3.3.1 Estrutura
O conceito de construção ecologicamente correta baseia-se em um modelo
que permita à construção civil propor soluções inteligentes para prover o bom uso, a
economia de recursos finitos e redução de gases emitidos pelos mesmos,
adaptando-se as necessidades ambientais de nossa época, com tecnologia e design
moderno que atendam as necessidades do consumidor, preservando-os para as
gerações futuras.
A construção civil consome entre 15 e 50% dos vários recursos naturais extraídos da natureza, sendo que 50% da produção de gases causadores do efeito estufa decorre da cadeia produtiva dos empreendimentos imobiliários. Além disso, 30% do aquecimento global deve-se à concepção, construção, reforma e operação de edificações (REVISTA, ECO ESFERA EMPREENDIMENTOS SUSTENTAVEIS, 2009, p. 1).
As diretrizes para uma construção sustentável são focadas em fatores como
um planejamento a longo prazo da obra, busca por uma eficiência energética, uso
adequado da água e sua reutilização, uso de técnicas passivas das condições e dos
recursos naturais, uso de materiais e técnicas ambientalmente corretas, reciclagem
e redução de lixo, conforto e qualidade interna dos ambientes (AURICH &
ANSELME, 2008).
A escolha dos materiais de construção deve, em princípio, obedecer aos
critérios de preservação, recuperação e responsabilidade ambiental, sendo favorável
ao meio ambiente em seus processos de obtenção e fabricação e, depois de
aplicados, devem servir da mesma forma.
3.3.1.1 Adobe
O adobe é uma técnica de construção natural onde o principal recurso
utilizado para implementá-lo é a argila, apresenta vantagens econômicas, sociais e
ecológicas.
De acordo com Burden (1899, p. 12) “adobe são grandes blocos de argila
rústicos e secos ao sol, moldados em vários tamanhos”.
A matéria-prima é encontrada no próprio local da construção, o uso na obra é
simples, o transporte é insignificante e os resíduos mínimos. É constituída de uma
mistura de argila, água e fibras, que são colocadas em moldes de madeiras, após
alguns dias removidos e expostos ao sol para secar. Alguns de seus benefícios são
a qualidade, durabilidade, conforto térmico e baixo custo (GAUZIN-MULLER, 2006).
A escolha do adobe se justifica quando comparado ao tijolo comum, que
necessita cozimento utilizando madeira como fonte de combustão, o qual emite gás
carbônico na atmosfera, e sendo este acessível à população em geral devido tanto à
sua disponibilidade quanto a seu custo.
3.3.1.2 B.T.C (Bloco de Terra Comprimida)
O B.T.C. é um material de construção que tem como composição a terra
prensada. Difere do adobe, pois este para atingir sua resistência máxima tem que
sofrer um processo de cura, enquanto o BTC atinge a sua resistência máxima com a
compactação da prensa, possui alta resistência a umidade, adapta-se à vários tipos
de solo, usufrui de disponibilidade local de matéria prima, sua produção não requer
combustível, sua estrutura possui bom comportamento térmico, capacidade de
respiração das paredes e estabilidade da umidade relativa interior (LOURENÇO,
BRITO & BRANCO, 2008).
3.3.1.3 Taipa
Segundo Burden (1899, p. 311) taipas são “Edificação cujas paredes são
feitas de terra prensada, geralmente argila moldada endurecida e apiloada em
formas móveis. O próprio material de construção, ou seja, a terra ou argila
endurecida, apiloada até formar paredes e pisos”.
A construção de taipa obtém sua matéria-prima no próprio local, a terra
podendo ser comprimida por tabuas para sua estruturação, que serão retiradas após
estar completamente seca e compactada com um pilão manualmente (LOURENÇO,
BRITO & BRANCO, 2008).
3.3.1.4 Bambu
Bambu é um material de construção milenar, muito utilizada no oriente, sendo
usado na estruturação como colunas, vigas e lastros. Serve como telhas, forros e
maçanetas, e até mesmo para determinados encanamentos de água entre outros.
Segundo Coimbra (2000), o bambu possui alta flexibilidade e resistência de
suas fibras, exemplo disso é o uso da planta no desenvolvimento de habitações à
prova de terremotos. O bambu tem um tempo médio de crescimento entre 3 anos se
destacando perante a madeira que demora entorno de vinte anos para se usufruída.
3.3.1.5 COB
O cob é uma técnica antiga, de origem inglesa, criada no século XIII. A
construção com cob assemelha-se à produção de uma escultura: há total liberdade
para inventar formas artísticas e utilidades para a habitação, como armários, fornos
e bancos embutidos na própria parede.
Para aplicar essa técnica é preciso um solo argiloso, água, pequenos detritos
(pedras), areia e palha de arroz. Os materiais são misturados e pisoteados até
formarem uma massa homogênea, com uma boa liga, para então serem aplicados,
em forma de bolas de barro, diretamente na construção.
Tem como vantagem o baixo custo, e ainda, os materiais utilizados são de
fácil obtenção, ótima qualidade de ar interno, as paredes de barro filtram o ar que
entra na construção, e tem uma ótima resistência.
3.3.1.6 Outros materiais
Além dos materiais citados, outros recursos podem ser aplicados na
construção como madeira de reflorestamento, madeira de demolição, coberturas de
palha, etc.
Os telhados verdes são estruturas adaptadas para receber uma cobertura de
gramado em lajes e telhados de casas e edifícios. Além de ser esteticamente
agradável, esse tipo de cobertura promove isolamento térmico, isto ocorre devido ao
colchão de ar entre a vegetação, à massa térmica da camada de terra, à reflexão
dos raios infravermelhos pelas plantas e até a liberação de calor pelas plantas ao
condensar o orvalho da manhã, ainda prove isolamento acústico. Uma camada de
terra úmida de 12cm de espessura reduz a transferência de som em 40dB, atuando
como barreira acústica, e resistência ao fogo, na Alemanha os tetos verdes são
considerados “telhados sólidos”, que significa que não se queimam e são resistentes
ao fogo sempre que a camada de terra tiver ao menos 3cm de espessura.
Os telhados verdes ainda possuem maior resistência ao tempo: alguns tipos
de materiais usados em coberturas (à base de piche, madeira ou plástico) se
deterioram quando expostas aos raios UV ou quando sofrem grande variação
térmica.
Estes problemas são eliminados mediante uma cobertura de substrato e
vegetação. Quando bem projetados, os tetos verdes têm grande vida útil e
dificilmente necessitam de manutenção e reparos. Ainda, retém as águas das
chuvas que, em casos extremos, previne enchentes. Salvo em determinadas
condições, utiliza sua própria água armazenada para seu desenvolvimento, isso
evita um trabalho adicional com a irrigação (BOSIO, 2008).
Do ponto de vista ecológico, o telhado verde ainda realiza fotossíntese
através das plantas, transformando o gás carbônico em oxigênio, ajudando contra o
efeito estufa. Ele, ainda, contribui na luta contra o aquecimento global refletindo
parte dos raios ultravioletas e impedindo o maior aquecimento do edifício (BOSIO,
2008).
3.3.2. Arquitetura bioclimática
Para Adam (2001, p. 57) a arquitetura bioclimática se caracteriza fazendo
uma relação do homem com o clima, objetivando minimizar os custos das
edificações.
A arquitetura bioclimática, investiga as relações entre os seres humanos (animais homeotérmicos) e as características climáticas de um local, que são absorvidas e transformadas pelos edifícios, refletindo-se no partido arquitetônico(orientação dos ambientes, lay-outs, disposição das vedações –paredes e coberturas -, proporção e composição das aberturas, estruturas, materiais e paisagismo) com o objetivo de minimizar a quantidade de energia operante consumida no edifício.
3.3.2.1 Ventilação natural
A ventilação natural é o fenômeno da movimentação do ar no interior das
edificações. Segundo Toledo e Toledo (1999), ocorre por diferença de pressão do
ar. Sem a indução de nenhum sistema mecânico, ela é capaz de proporcionar a
renovação do ar de um ambiente e um conforto térmico adequado.
Um dos principais benefícios da ventilação natural é a redução do consumo
de energia. Para o funcionamento do sistema é importante a existência de aberturas
como vãos, janelas e portas em locais estratégicos (BOWER, 1995).
3.3.2.2 Iluminação natural
A iluminação natural é originada do sol e captada através de janelas,
clarabóias, dentre outras, estas laterais ou zenitais, é direta ou dispersa pelas
nuvens.
Segundo Sick (2002, apud Freitas et. al. 2006) o uso da iluminação natural é
a oportunidade de contribuir para a saúde da visão, do conforto visual e o bem-estar
das pessoas. Pesquisas apontam para um maior desempenho em trabalhos
realizados em salas de aula e escritórios em que havia o contato direto das pessoas
com a luz natural. Esse resultado se deve, em parte, ao fato de que a luz natural
apresenta definições de cores muito mais reais que a luz artificial, e a visualização
do meio externo proporciona o conhecimento aproximado das horas do dia e das
mudanças climáticas e atmosféricas.
Com o uso de fonte natural oriundo do sol e da incidência da radiação solar
direta, a economia de energia elétrica pode atingir até 50%, de acordo com o Manual
ABILUX (1992).
Outra forma de aproveitar a energia proveniente do sol é a instalação de
painéis solares. Dentre as fontes de energia limpa, a energia solar é a mais
difundida e aproveitada pela sua fácil instalação e espaço ocupado. O uso de tal
energia pode ser dividido em duas formas: fotovoltaico (produção de energia elétrica
por módulos fotovoltaicos) e térmico (transformação de energia em calor)
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATRINA, 2003). Este último, consiste em
aquecer os fluídos e armazená-los em reservatórios termicamente isolados, para,
assim, fornecer água aquecida nas torneiras e chuveiros.
Mesmo que parte da energia elétrica utilizada seja produzida no local, o bom
uso de iluminação do ambiente pode trazer uma economia bem vinda. Cuidados
como acender apenas as luzes necessárias durante a limpeza dos ambientes,
utilização de lâmpadas econômicas, instalação de sensores de presença e
fotocélulas, a partir de valores pré-fixados da quantidade de luz. Considerando-se a
contribuição da luz natural, controle de iluminação potência ajustável utiliza o
controle baseado em sensores fotoelétricos consiste no ajuste da potência aplicada
na iluminação esse sistema, adotado em lâmpadas incandescentes ou
fluorescentes, permite variar a quantidade de iluminação artificial para manter o nível
especificado.
A utilização de aparelhos que necessitem menos energia para funcionar e um
bom projeto de iluminação natural e elétrica podem significar uma economia
significativa no orçamento.
3.3.4 Sistema de água e esgoto
A boa utilização da água pode ser tanto uma atitude de consciência ecológica
quanto uma economia financeira em longo prazo. A captação da água da chuva e
sua utilização, após ser filtrada e armazenada, em sanitários, irrigação de jardins,
piscina e torneiras de lavanderia representa uma alternativa viável economicamente
frente ao custo de sua implantação. Além da água da chuva, a água reciclada a
partir do próprio esgoto interno do SPA pode ser usada para os mesmos fins
(RAMANES, 2008).
O tratamento do esgoto interno para sua devida reutilização é um processo
mais complexo do que a filtragem utilizada na captação de água da chuva. Um
exemplo adequado de tratamento é a criação de uma alternância de ambientes.
Nestes ambientes a bactéria é a principal responsável pela decomposição de
matéria orgânica, estes organismos unicelulares podem se reproduzir em grande
velocidade a partir da matéria orgânica disponível e sobrevivem nas mais diversas
condições ambientais. Estas decompõem as substâncias orgânicas complexas dos
esgotos (carboidratos, proteínas e gorduras) em materiais solúveis. As bactérias
podem ser anaeróbicas, que não necessitam oxigênio, e aeróbicas, que precisa de
oxigênio para sobreviver.
Em condições anaeróbicas a matéria orgânica sedimentável se acumula no
fundo do reservatório formando uma camada de lodo, que sofre um processo de
digestão anaeróbica, as bactérias produzem substancias solúveis utilizadas como
alimento dentro do ecossistema e que podem ser convertidas em gases como o
dióxido de carbono, metano, gás sulfídrico e amônia.
As condições aeróbicas são conjuntos de ambientes filtrantes (pedra brita,
areia, pedriscos e terra) responsáveis pela remoção de grande parte da matéria
orgânica como as gorduras e sabão, associados com plantas aquáticas que irão
ajudar na filtragem e limpeza da água. A maior diversidade de ambientes
anaeróbicos e aeróbicos aumenta a eficiência do sistema de tratamento
(INSTITUTO DE PERMACULTURA E ECOVILAS DA MATA ATLÂNTICA, 2008).
Outro exemplo de reciclagem é por biorremediação, uma forma simples e
efetiva de tratamento de água usada nos chuveiros e cozinha, para então devolvê-la
ao meio ambiente. Esse método de tratamento tem um baixíssimo custo, o tempo
necessário para implementá-lo é mínimo e os elementos utilizados no sistema são
as plantas (responsáveis por filtrar os solutos dissolvidos na água). Além disso, este
sistema de tratamento pode ser totalmente integrado ao paisagismo da propriedade
(REVISTA BIO CONSTRUINDO, 2009, p. 1).
Em um SPA ecologicamente correto as piscinas convencionais, que utilizam
produtos químicos para sua limpeza e manutenção, podem ser substituídas por
piscinas biológicas, que usam um sistema de filtragem natural para o tratamento e
depuração da água. Na área de regeneração a água é limpa e mantida
biologicamente pura através das plantas e de micro-organismos que absorvem
materiais em decomposição e bactérias.
È importante, também, a consciência no gasto da água, hoje existem dezenas
de equipamentos com design e tecnologia capazes de reduzir o consumo. Como
opções, podem-se encontrar torneiras de acionamento a pressão e automáticas
onde seu fechamento é automatizado, redutores de vazão, descargas que liberam
menos água que as convencionais, duchas onde seu acionamento é hidromecânico,
funciona com uma leve pressão manual (MONTEIRO, 2007).
3.3.6 Decoração
O modelo de decoração do SPA ecologicamente correto é baseada em
materiais que sejam sustentáveis como madeira de demolição, madeira de
reflorestamento, fibras vegetais, bambu, etc.
Dentre os diversos conceitos de decoração ecologicamente correta podemos
citar: cadeiras com laminas de bambu, divisórias, painéis, porta papel higiênico,
porta toalhas, cardápios, bandejas, macas todos feitos de bambu, banqueta de
madeira de demolição, puff de fibra de bambu, almofadas de seda artesanal,
rolinhos de fibra de bananeira, cortinas de seda artesanal entre outros.
Como mostra a empresa Fragmentum, que unem a beleza das formas
orientais com o conceito de produção sustentável. Entre suas principais peças estão
os bonsais, pequenas árvores que podem ser utilizadas para transmitir um clima de
aconchego e relaxamento ao ambiente, linha criada com o conceito de que o
individuo pode se deparar com uma árvore estando dentro do ambiente, o que
promove uma maior sensação de contato com a natureza (CHIROTTO, 2008).
Com a diversidade de materiais e objetos já existentes que atendem ao
conceito ecológico, só basta ter bom senso e criatividade para criar ambientes
temáticos e aconchegantes. Uma das alternativas na criação deste SPA será
valorizar o artesanato local, diminuindo danos ambientais pelo transporte.
3.4 SEPARAÇÃO E RECICLAGEM DE LIXO
O lixo é um grande problema do mundo contemporâneo, ele contamina o
solo, a água e o ar, além do espaço cada vez maior que ocupa através de aterros
sanitários que se multiplicam.
Com a separação do lixo é possível destinar da melhor forma o lixo, onde é
levado aos aterros apenas o lixo que não pode ser reciclado, aumentando a
eficiência e a vida útil dos aterros. Em decorrência da reciclagem ainda se pode dar
novo uso a diversos materiais, ocasionando a diminuição do consumo de matérias-
primas virgens (GREENPEACE, 2009).
Segundo a Sociedade Industrial e o Meio Ambiente, cerca de 60% do lixo
depositado em aterros são orgânicos, constituído de alimentos e papéis higiênicos,
sendo assim, a alternativa mais viável é investir em tratamentos em usinas de
compostagem, onde se transforma lixo orgânico em adubo. O gás metano produzido
pelo lixo orgânico ainda pode ser usado como fonte de energia alternativa.
Quanto ao restante do lixo, cerca de 40%, se dividem em materiais como
vidros, metais, plásticos e papéis, onde estes são classificados como reciclável e
não reciclável.
Um item muito importante deve ser destacado: a separação do lixo
contaminado, onde este tem um descarte diferenciado. A colocação de lixeiras
especifica para cada grupo de material é fundamental. Segundo a resolução nº 275
de 25 de Abril de 2001, o Conselho Nacional do Meio Ambiente:
No uso das atribuições que lhe conferem a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, e tendo em vista a disposta na Lei nº. 9.605 de 12 de fevereiro de 1998, e no Decreto no 3.179 de setembro de 1999, e considerando que a reciclagem de resíduos deve ser incentivada e expandida no país, para reduzir o consumo de matérias-primas (CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, 2001).
Onde segundo o Art.1º Estabelecer o código de cores para os diferentes tipos
de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem
como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.
3.5 ALIMENTAÇÃO
A alimentação saudável é um dos pilares da vida. Saber escolher o que
ingerimos diariamente e variar o máximo possível a alimentação são duas regras
para constituir um fornecimento de nutrientes essenciais ao correto funcionamento
do organismo.
A escolha de produtos orgânicos, cultivados sem insumos químicos, fornece
verduras, legumes, frutas, carnes, ovos, laticínios e até vinhos com a garantia de
uma qualidade superior, contendo todas as propriedades originais do produto.
Considerando a proposta ecológica do SPA, deve-se dar prioridade aos
produtos produzidos por empresas ou indivíduos que tenham uma filosofia ecológica
semelhante ao SPA. Para tal, os produtores devem fornecer alimentos que
promovam não apenas a saúde das pessoas, mas também do planeta como um
todo.
Enfatizando a forma de equilibrar o solo e demais recursos naturais (água,
planta, minerais, etc) conservando-os à longo prazo e mantendo a harmonia desses
elementos entre si e com os seres humanos. Não há diferenças entre os alimentos
orgânicos e os convencionais em relação a forma, cor e sabor, e sim a diferença
nutricional sendo que um tomate orgânico apresenta menor concentração de água,
20 % a menos, apresentando um alimento mais concentrado em vitamina C.
A produção deste alimento garante ao consumidor o certificado de um
alimento isento de resíduos químicos, sendo a mais natural possível, sem a
utilização de hormônios para crescimento acelerado, tratados com medicamento
fitoterápicos e homeopáticos.
Segundo a Organicbefeef (2008) a carne orgânica é um produto novo criado
para atender a demanda de um novo mercado, caracterizado pelo alto nível de
exigência do consumidor quanto á qualidade. O desenvolvimento e a produção da
carne orgânica estão vinculados ao processo e garantias de qualidade necessárias
para a segurança do consumidor.
O mercado pede um produto com segurança biológica, bem como um sabor
específico e maciez tradicional da carne bovina. Além de participar com
responsabilidade social, as fazendas onde são criados estes animais, são
associadas á ABPO (Associação Brasileira de Pecuária Orgânica), atendendo a
legislação trabalhista brasileira, onde todos os funcionários são registrados e tem
acesso a moradia digna, alimentação, saúde e educação. Segundo a ABPO com a
produção de qualquer produto orgânico, o consumidor tem a garantia de não haver o
trabalho escravo e infantil.
3.6 TRATAMENTOS
Com a procura de empresas relacionadas com o bom senso perante o meio
ambiente por profissionais conscientes, a indústria cosmética se adaptou ao
conceito ecologicamente correto, adotando a alternativa de substituir alguns
ingredientes químicos por princípios naturais (PIATTI, 2008). Comprovando junto a
fiscalização o não uso de animais em testes de laboratório ou de técnica que
prejudiquem a natureza ou qualquer tipo de vida.
Muitos são os ingredientes que ao serem descartados provocam impacto
ambiental, como óleos minerais, parabenos e parafina.
Aproveitando a rica diversidade natural do Brasil, pesquisadores juntos com
os conhecimentos populares aplicam estudos científicos nas descobertas de novos
ingredientes naturais, para tratamentos estéticos, como produtos corporal facial e
capilares, empresas investem nesta pesquisa.
Os tratamentos serão direcionados para terapias que visam o emagrecimento
e o relaxamento, entre estes tratamentos podemos destacar as técnicas holísticas,
massoterapia e a tecnologia de equipamentos que aliados aos resultados são mais
eficazes.
Além da utilização de produtos na área da estética, também sugerimos a
escolha dos produtos de limpeza livres de fosfatos, pois este atinge a água de rios e
lagos, onde ocorre o enriquecimento artificial. A conseqüência desse enriquecimento
é o aumento do crescimento de plantas flutuantes microscópicas e algas, sendo que
a forma forragem de grandes plantas aquáticas, modificam a estrutura aquática,
onde estas necessitam de oxigênio para a sobrevivência e acabam deixando podre
de oxigênio á água, nessas condições matam peixes e invertebrados, conforme
descrito na (REVISTA LAGOS E RESERVATORIOS, 2008).
Destacamos também a escolha dos tecidos que serão utilizados para o
enxoval, pois atualmente o mercado têxtil dispõem ao consumidor tecidos
ecologicamente corretos, como por exemplo, tecidos feitos com fibra de bambu,
PVC, algodão orgânico, garrafas PET, cânhamo, coco, juta, linho, malva e
polipropileno sendo um polímero ou plástico derivado de propeno ou propileno, onde
é 100% reciclável. Assim, a tecnologia somada a matérias-primas de ótima
qualidade tem resultado surpreendentes, como os tecidos a base de fibra de bambu,
onde é quatro vezes mais absorvente que o algodão, possuindo virtudes
respiratórias, anti-bacteriana alem de proteger de raios indesejáveis do sol e não
podem ser amassados (FASHION BUBBLES, 2006). Dessa forma, serão
confeccionados travesseiros, toalhas, roupões de banho, guarda-pó e uniformes dos
funcionários.
Em terapias que são utilizadas grandes quantidades de óleo, como a
Shirodara, terapia de origem índiana onde trabalha o fluxo continuo de óleo na
região da glabela, “terceiro olho”, pode ser reaproveitado, para a fabricação de
sabão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através do estudo realizado, percebeu-se que a cada dia, vem se ampliando
o número de investimentos em empreendimentos ecologicamente corretos e
consequentemente a preocupação com o meio ambiente, e materiais
biodegradáveis. A conscientização é dessa forma, um fator preponderante quando
da implementação de um SPA ecologicamente correto, pois acreditar que de alguma
forma pode-se ajudar o meio ambiente, diminuindo o foco de poluição é consciência
ecológica, e como tal, essa aumenta a procura pelos serviços e produtos
biodegradáveis.
Aderir ao consumo de produtos ecologicamente corretos é uma atitude que
provoca a geração de empregos para a população não qualificada e receita para os
pequenos e médios empresários. A receita aumenta com a comercialização dos
resíduos, estimulando a reciclagem, uma vez que os produtos gerados a partir de
reciclados são comercializados em paralelos aqueles gerados a partir de matérias-
primas virgens.
Um SPA, como modelo ecológico, acarreta alguns investimentos elevados,
mas com retorno viável e com maior rapidez, uma vez que a economia em energia
elétrica, e os consumos de matérias-primas renováveis determinam maior redução
de custos diários, o que amplia a rentabilidade do investimento.
A motivação dos clientes de um SPA ecologicamente correto, vai além da
necessidade de aderir a um programa ecológico, atenta a necessidade de utilização
de produtos e ambientes mais naturais, o que favorece a tranqüilidade do ambiente,
e conseqüentemente maior eficácia no programa realizado.
Espero que este trabalho sirva para os professores e estudantes, pois nossa
intenção foi colaborar com aqueles que se interessam por reciclar ideais. Entretanto,
deixo em aberto a possibilidade para novos questionamentos e propostas para
novas pesquisas.
REFERÊNCIAS
ABILUX, Associação Brasileiro da Indústria de Iluminação. Disponível em:<http://www.abilux.com.br/saibamais_2.asp .> Acesso em: 29/05/2009.
ADAM, Roberto Sabatella Princípios do ecoedificio interação entre ecologia, consciência e edifício . Editora Ground, 2001. Disponível em: <http://books.google.com.br/books?id=dFL9q-HmdwMC.> Acesso em: 10/05/2009.
AURICH, Kaleb; ANSELME, Victor. Casa Ecologicamente Correta 2 . Meu Mundo Sustentável, 2008. Disponível em: <http://meumundosustentavel.com/noticias/tag/materiais-ecologicos/>: Acesso em: 20/05/2009
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BOWER, John. Understanding Ventilation : How to Design, Select, and Install Residential Ventilation Systems. Edition: illustrated, 1995. Disponível em: <http://www.dec.ufms.br/lade/docs/dt/rogerio.pdf> Acesso em: 30/04/2009.
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CALLENBACH, Ernest. Gerenciamento ecológico eco management : guia do Instituto Elmwool de auditoria ecológica e negócios sustentáveis. São Paulo: Cultrix, 1993.
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WINTER, E. J. (Eric James). A agua, o solo e a planta 2ª. ed. São Paulo : Liv. Nobel, 1987.
ANEXOS
01 – TABELA DE TRATAMENTOS SUGERIDOS
Fango 50́
3,73,73,7
3,7,8
3,71,2,3,4,7,8,9
1,2,3,4,7,91,2,3,4,5,7,9
3,74,9
3,4,6,9
3,6Quik 30̀ 4
Reiki 50̀1,2,3,4,6,9
,2,3,4,5,6,7,93,4,67,8,93,4,63,4,6
3,63,4,6,7
93,6
3,4,7
3,7
9= Terapias que utilizam grande quantidade de água
7= óleo vegetal 8= equipamentos eletrônicos
5= produtos facial ecologicamente correto6 = produtos corporal ecologicamente correto
3= lençóis descartáveis4= utensílios ecologicamente correto
1= touca de cabelo2= luvas discartáveis
Índice de Itens utilizados em Terapias
Terapia das Pedras Quentes 50̀
Tailandesa 50̀
Talassoterapia 20̀
Terapêutica- 50̀
Shiatsu 50̀
Shirodara (fluxo continuo) 50̀
Reflexologia 30̀
Samkhya Sparsha ( alisamento dos chacras+mass suave) 50̀
Massagem Sueca 50̀
Ritual do Deuses ( esf+banho imerssão+mass) 120̀
Ritual Tropical ( esf corporal, facial+ b. imerssão+ hidr. Corporal, facial) 120̀
Massagem Relaxante 50̀
Lipo Escultura Manual 50 ̀
Quiropraxia 50̀
Massagem Havaina ( óleo morno + antebraços) 50 ̀
Massagem Hidromineral ( mass sob 5 duchas) 50 ̀
Hiper hidratação com Karité e Rosas 50̀
Energia Vital ( massagem relaxante+ banho alecrim) 90̀
Garshana (erva e sal) 50̀
Gomage 50 ̀
Cromoterapia - 50̀
Drenagem Linfática 50̀
Massagem Ayurverdica 50̀
Massagem Cervical 30̀
TRATAMENTO CORPORAL
Massagem Aromática 50̀
Drenagem Linfática 30̀ 3,7
Peeling de Vinho 50 ̀ 1,2,3,4,5Rejuvenescimento Facial 50̀ 1,2,3,4,5
TRATAMENTO FACIAL
1,2,3,6,9
Mascaras Revitalizante 50̀ 1,2,3,4,5Peeling de Diamante 50̀ 1,2,3,4,5,8
Hidratação Facial 50̀ 1,2,3,4,5Limpeza de Pele 90̀ 1,2,3,4,5,8
02 – TABELAS DEMOSNTRATIVAS DE RECILAGEM DO LIXO
Reciclavel Não Recliclável
Jornais e Revistas Etiquetas Adesivas
Listas Telefônicas Papel Carbono
Papel Sulfite/Rascunho Papel Celofane
Papel de Fax Fita Crepe
Folha de Caderno Pápeis Sanitários
Formulários de Computador Papéis Metalizados
Caixas em Geral (ondulado) Papéis Parafinados
Aparas de Papel Papéis Plastificados
Fotocópias Guardanapos
Envelopes Bitucas de Cigarros
Rascunhos Fotografias
Cartazes Velhos
Lenços de Papel
Reciclável Não Recliclável
Copos Adesivos
Garrafas Espuma
Sacos/Sacolas Acrílico
Frascos de Produtos Emabalagens Metalizadas (Biscoitos e Salgadinhos
Tampas
Potes
Canos e Tubos de PVC
Embalagens PETS (Sucos, ÓLEO, Vinagre, etc.)
Espátulas
Cubetas
Cerdas de Pinceis
Resiclável Não Recliclável
Garrafas Espelhos
Cubetas Boxes Temperados
Embaagens Louças
Frascos de Produtos Cerâmias
Copos Óculos
Cacos de Produtos Citados Pirex
Padrão Cores de Lixeira para Separação de Lixo
AZUL (Papel)
VERMELHO (Plático)
Verde (Vidro)
Reciclável Não Recliclável
Tampinhas de Garrafas Clipes
Latas Grampos
Enlatados Esponja de Aço
Acessórios Estéticos Aerosspois
Ferragens Latas de Tinta
Arames Equipamentos Eletrônicos
Pinças Embalagens (Solvesntes Químicos, Inseticidas)
Canos
Tesouras
Cobre
Reciclável Não Recliclável
Espátulas Madeira Contaminada por Insetos (Cupim)
Movéis
Objetos de Decoração
Cabo de Vassoura
Cado de Pinceis
Reciclável Não Recliclável Não Para Compostagem
Gorduras
Laticínios
Peixes
Frutos do Mar
PRETO (Madeira)
AMARELO (Metal)
Restos de Alimentos( Cascas de Frutas, Cascas de Ovos, Sacos de Chá e Café, Folhas, Caules,
Flores, Aparas de Madeira, Cinzas)
LARANJA (Residuos Perigosos)
Não reciclável
Grupo A (INFETANTES)
Grupo C (Perfurocortantes):
Grupo B (Químicos)
MARROM (Orgânico)
Fonte: http://thiago.luciano.googlepages.com/lixo
03 - CONSTITUIIÇÃO DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
Fonte: http://meumundosustentavel.com/noticias/tag/materiais 04 - MATERIAIS CONSTRUTIVOS
Materiais Construtivos/Construção de AdobeFonte: http://www.autrynationalcenter.org/southwest/casa.html
DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
http://meumundosustentavel.com/noticias/tag/materiais-ecologicos/
MATERIAIS CONSTRUTIVOS E MODELOS DE AMBIENTES
Materiais Construtivos/Construção de Adobe
http://www.autrynationalcenter.org/southwest/casa.html
DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
E MODELOS DE AMBIENTES
Materiais Construtivos/Construção de Adobe Fonte: http://www.desertearthandwood.com/casaazule/index.htm
Materiais Construtivos/Tijolo de Adobe Fonte: http://www.flickr.com/photos/luiz_alberto/17366823/
Materiais Construtivos/Tijolos de Adobe Fonte:http://www.flickr.com/photos/fefreire/1394552696/
Formas par produção de tijolo Adobe Fonte: http://ambiente.hsw.uol.com.br/adobe3.htm
Preparação de tijolo Adobe Fonte: http://ambiente.hsw.uol.com.br/adobe3.htm
Ambientes externos Fonte: http://www.iloveinns.com/casa-tierra-adobe-inn-tucson-arizona.html
Ambientes Internos Fonte: http://www.iloveinns.com/casa-tierra-adobe-inn-tucson-arizona.html
Ambientes Internos Fonte: http://www.iloveinns.com/casa-tierra-adobe-inn-tucson-arizona.html
Cúpulas e arcos em adobre Fonte: http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tecadobe.htm
Ambiente Interno em adobe Fonte: http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tecadobe.htm
Tijolo de B.T.C Fonte: http://www.cujae.edu.cu/centros/cecat/documentos/manualestmc/Manual%20BTC%20Portugu%C3%A9s.pdf
Tijolo de B.T.C Fonte: http://www.terracrua.com/?page=producao
Construção de B.T.C Fonte: http://www.terracrua.com/?page=construcao
Construção de B.T.C Fonte: http://www.terracrua.com/?page=terracrua
Construção de Taipa Fonte: http://www.youngreporters.org/article.php3?id_article=1421
Construção de Taipa Fonte: http://arquitecturasdeterra.blogspot.com/2008/10/textoa-construo-com-terra-em-portugal.html
Construção de Taipa Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Paredes de Taipa Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Estrutura de bambu que não utiliza pregos Fonte: http://www.ecocentro.org/bioconstruindo/bambu.html
Móveis decoração e construção com bambu Fonte:http://www.quebarato.com.br/classificados/moveis-decoracao-e-construcao-com-bambu__3595437.html
Muro bambu Fonte:http://www.quebarato.com.br/classificados/moveis-decoracao-e-construcao-com-bambu__3595437.html
Painel de bambu Fonte: http://casa.abril.com.br/arquitetura/livre/edicoes/0202/jardim/mt_82461.shtml
Ducha com Box de bambu Fonte: http://casa.abril.com.br/arquitetura/livre/edicoes/0202/jardim/mt_82461.shtml
Decoração de bambu Fonte: http://casa.abril.com.br/arquitetura/livre/edicoes/0202/jardim/mt_82461.shtml
Construção de bambu Fonte: http://www.bambubali.com.br/html/casasdebambu.html
Decoração e moveis de bambu Fonte: http://www.bambubali.com.br/html/casasdebambu.html
Construção de bambu Fonte: http://ecologiaurbana.blogspot.com/2007/06/construo-em-bambu-obra-de-simon-velez.html
Cortina de bambu Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2001-1/equipe_8/index.htm
Cortina de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/cortina.html
Vaso de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/cachepot.html
Bandeija de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Cardápio de Bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Porta-papel higiênico de Bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Porta-toalha de rosto de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Guadua: Arquitectura y diseno Fonte: Marcelo Villega. Edition: illustrated. Publicado por Villegas Asociados, 2005
Paredes de Cob Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Construção de COB Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Paredes de COB Fonte: ttp://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
Murro externo em cob Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
Sala de jantar cob
Fonte: ttp://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
Sala cob Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2005-1/bioarquitetura/index.htm
3 pavimentos em cob Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
O telhado verde Fonte: http://www.reporterdiario.com.br/index.php?id=84030&secao=6
Edificação em adobe e teto-grama Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tectetograma.htm
Teto grama Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tectetograma.htm
Ar purificado Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tectetograma.htm
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Placas solares Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2003-2/energia_solar/index.htm
Placas solares Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2003-2/energia_solar/index.htm
A chuva cai nos telhados, é recolhida pelas calhas, passa por um filtro que retêm sujeiras como folhas e fica armazenada na cisterna enterrada. Uma bomba envia a água da cisterna para a caixa d'água elevada. A partir da caixa d'água, a água da chuva é distribuída para o vaso sanitário, a irrigação do jardim, o tanque de lavar roupa e a máquina de lavar. Fonte: http://www.radames.manosso.nom.br/ambiental/captacao.htm
A "estação de tratamento de esgoto" do Ecocentro IPEC. Fonte: http://www.ecocentro.org/bioconstruindo/biorremediacao.html
Após utilizada, toda água cinza dos chuveiros do Ecocentro IPEC passam pelo sistema de tratamento ecológico. Fonte: http://www.ecocentro.org/bioconstruindo/biorremediacao.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/index.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/index.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/fotos_piscinabiologica.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/fotos_piscinabiologica.html
Essa cadeira é feita apenas de bambu. O material cru de crescimento rápido é usado numa forma laminada e é sujeito a um processo manufaturado de alta precisao CNC. A cola para o produto é não-toxica e a cera de tratamento de superficie é natural e não-toxica. Fonte: Ecological Design. FUSION PUBLISHING, Manuela Roth, Nicolas Uphaus Colaborador Manuela Roth. Edition: illustrated. Publicado por teNeues, 2008
Berço de madeira - Protetora e romântica, resulta este berço gigante de madeira neozeolandesa de plantações totalmente sustentáveis. Fonte: Ecological Design. FUSION PUBLISHING, Manuela Roth, Nicolas Uphaus. Colaborador Manuela Roth. Edition: illustrated. Publicado por teNeues, 2008
Sala de descanso - Arquitetura Interiores Sustentáveis Fonte: http://www.criaarquiteturasustentavel.com.br/projeto-sala-de-descanso.html
ARTIGO CIENTIFICO
PROPOSTA PARA IMPLANTAÇÃO DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
Ivana Sivestri 1 - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Simone Ballan 2 - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Fabiana Thives 3 – Turismóloga; Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Contatos [email protected] [email protected] [email protected]
RESUMO As tendências ecológicas estão em alta atualmente, a cada dia mais pessoas estão conscientes da importância do cuidado da natureza e procuram mais esse mercado. Um SPA é bom meio de propagação desta tendência por ser ligado diretamente com o bem estar e a saúde das pessoas. Tratamentos que visam o emagrecimento e o relaxamento com produtos sem parafinas, parabenos e óleos minerais, destacando as técnicas holísticas, massoterapia e a tecnologia de equipamentos que usufruam o mínimo de energia elétrica, piscinas que não utilizam produtos químicos e a alimentação orgânica sem agrotóxicos são alguns dos benefícios de um SPA ecologicamente correto, um lugar onde se possa aliar serviço de qualidade à sua própria consciência ecológica. Um modelo de implantação de um SPA ecologicamente correto prioriza soluções ecológicas para sua estruturação e funcionamento. Visa a exemplificação de materiais construtivos sustentáveis, sistema de energia, água, iluminação e ventilação com o mínimo de impacto ambiental considerando, se possível, o uso de ventilação e iluminação naturais, sendo estes possíveis devido à um bom planejamento arquitetônico, separação e reciclagem de lixo, tratamentos com produtos biodegradáveis ou de resíduos com fins viáveis ao ambiente, assim como um sistema de tratamento de água que permita a reutilização da água e sua devolução de forma saudável ao meio-ambiente. A alimentação, também, deve ser personalizada, seguindo a tipologia adotada, alem de profissionais capacitados que se enquadrem ao perfil do SPA. Palavras-chave : SPA; Ecologia; Estrutura; Reciclagem; Impacto Ambiental; Econegócio.
1. INTRODUÇÃO
Um SPA é um bom exemplo de um empreendimento que depende e usufrui
de recursos naturais, a palavra SPA deriva da expressão latina "salute per aqua" que
se traduz por saúde pela água. Tem como finalidade dispor de atividades saudáveis
que conduzem a um estado de bem estar e beleza através de tratamentos
inspirados na natureza, conforme destaca RIbeiro (2009).
Desastres ambientais freqüentes marcaram a nossa história. Liberação de
agrotóxicos gasosos, vazamentos de petróleo e acidentes em usinas nucleares,
efeito estufa, o buraco na camada de ozônio, distúrbios climáticos, entre outros,
foram exemplos de tragédias que instigaram a consciência social e o cuidado com a
natureza (GLEICK, 1990).
Segundo Callenbach (2003), a partir da década de 80, surge um rápido
aumento da conscientização ambiental entre a população em geral, o que teve um
efeito significativo sobre as preferências do consumidor. Esta consciência ecológica
abriu portas para uma nova economia, que visa a saúde do homem diminuindo ao
máximo o impacto ambiental. O conceito ecologicamente correto resultou e está
resultando em itens manufaturados, artesanais e industrializados que não sejam
poluentes ou tóxicos e apresentem benefícios ao meio ambiente e a saúde em geral,
contribuindo para o desenvolvimento de um modelo econômico sustentável.
Alguns dos impasses dos SPA contemporâneos são o descuido com a
utilização da água, o grande volume de agentes químicos para tratamento de
piscinas e a limpeza em geral, que são enviados direto ao esgoto sem qualquer
tratamento, o nível de gasto em energia elétrica e a pouca preocupação com a
separação de lixo e reciclagem. O que não condiz com o conceito de SPA, que
presa a saúde e a harmonia com o meio ambiente.
Observando estes fatores, este trabalho tem por objetivo desenvolver um
modelo de implantação de um SPA ecologicamente correto, unindo o bem estar
físico e mental com consciência ecológica, dispondo de uma estrutura sustentável,
sistemas de luz, água e esgoto que reduzam o máximo possível o impacto
ambiental. Para tanto, propõem-se tratamentos e alimentação personalizados que
sigam essa tipologia e profissionais capacitados que se enquadrem ao perfil do SPA.
2. METODOLOGIA
A pesquisa realizada se caracteriza como descritiva e exploratória. Conforme
Gil (1996), um estudo exploratório-descritivo possibilita ao pesquisador uma certa
flexibilidade e/ou liberdade de modo que este possa considerar os mais variados
aspectos possíveis e que dizem respeito ao fato estudado. Este autor ressalta
também que um estudo exploratório permite a descrição de características de uma
determinada população, bem como o estabelecimento de prováveis relações entre
as variáveis estudadas.
O estudo foi realizado baseado no estudo bibliográfico do histórico dos SPAs,
bem como materiais ecologicamente corretos, orgânicos, reciclagem e conservação
do ambiente natural em um SPA ecologicamente correto.
Serviram como base de dados livros, artigos e exemplos apresentados em
materiais disponíveis na internet.
3. DESENVOLVIMENTO, ANÁLISE E DISCUSSÃO
3.1 HISTÓRIA DO SPA
O primeiro SPA surgiu em 1326 na Bélgica em um vilarejo chamado Spau, um
metalúrgico belga chamado Colin Le Loup curou-se de uma longa enfermidade com
as águas ricas em ferro de uma fonte perto de Liege. Em agradecimento, ele
construiu no local um alojamento para acolher outras pessoas. A popularidade do
local se espalhou tanto que o mesmo foi rebatizado de SPA, isto devido ao local ser
conhecido pelo poder das águas, pela vegetação e clima ameno com temperatura
agradável. Do mesmo modo, acredita-se que os banhos e a ingestão de água
salgada eram responsáveis pela cura de numerosas doenças, ajudando a promover
os resorts do litoral. Atividades populares dos balneários incluíam jogos, danças e
outras formas de entretenimento, como concertos, desfiles de rua, e as termas,
aonde aqueles que iam em busca de saúde “bebiam as águas”, conforme destaca
Mill (2003).
Os SPAS atuais dispõem de dietas adequadas com reeducação alimentar,
exercícios físicos personalizados para cada pessoa e terapias que podem ser
exemplificadas como terapias alternativas (holísticas), massagens, esfoliação,
desintoxicação, musicoterapia, aromaterapia, cromoterapia, horticultura, hidroterapia
entre outras.
Os SPAS são encontrados em vários estabelecimentos com tipologias
diferentes, outras atividades e indicações específicas. Existem SPAs somente para
tratar a saúde (desintoxicação e emagrecimento), para estética e beleza, de
relaxamento, os holísticos e os SPAs mistos, encontrados geralmente em resorts.
Indiferente a tipologia, qualquer SPA pode vir a ser ecologicamente correto,
dependendo apenas de uma administração disposta a essa mudança.
3. 2 FORMAÇÃO DE UM SISTEMA ECOLOGICAMENTE CORRETO
Por decorrências de vários fatos ao longo da história, a humanidade começou
a ter consciência da importância de preservar a natureza. Os anos 70 e 80
ampliaram nosso conhecimento sobre o funcionamento da biosfera e sobre
possíveis riscos de desastres ambientais provocados pelo homem como o
aquecimento global da atmosfera e o efeito estufa (GLEICK, 1990).
“Danos ambientais causados pelas catástrofes que ocupam as manchetes
recentemente, são pequenos quando comparados aos danos cumulativos, na
maioria das vezes despercebidos, provocados por enorme números de poluentes
menores, a maioria deles de acordo com as regulamentações legais de seus países”
(WINTER et al. 1987, 11).
Devido a esses fatos, houve um rápido aumento da conscientização
ambiental entre a população em geral, o que teve um efeito significativo sobre as
preferências do consumidor, conforme destaca Callenbach (2003).
A partir de então, surge o conceito ecologicamente correto, que consiste em
itens manufaturados, artesanais e industrializados que não sejam poluentes, tóxicos
e apresentem benefícios ao meio ambiente e a saúde geral, contribuindo para o
desenvolvimento de um modelo econômico sustentável.
3. 3 CONSTITUIÇÃO DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
3.3.1 Estrutura
O conceito de construção ecologicamente correta baseia-se em um modelo
que permita à construção civil propor soluções inteligentes para prover o bom uso, a
economia de recursos finitos e redução de gases emitidos pelos mesmos,
adaptando-se as necessidades ambientais de nossa época, com tecnologia e design
moderno que atendam as necessidades do consumidor, preservando-os para as
gerações futuras.
A construção civil consome entre 15 e 50% dos vários recursos naturais extraídos da natureza, sendo que 50% da produção de gases causadores do efeito estufa decorre da cadeia produtiva dos empreendimentos imobiliários. Além disso, 30% do aquecimento global deve-se à concepção, construção, reforma e operação de edificações (REVISTA, ECO ESFERA EMPREENDIMENTOS SUSTENTAVEIS, 2009, p. 1).
As diretrizes para uma construção sustentável são focadas em fatores como
um planejamento a longo prazo da obra, busca por uma eficiência energética, uso
adequado da água e sua reutilização, uso de técnicas passivas das condições e dos
recursos naturais, uso de materiais e técnicas ambientalmente corretas, reciclagem
e redução de lixo, conforto e qualidade interna dos ambientes (AURICH &
ANSELME, 2008).
A escolha dos materiais de construção deve, em princípio, obedecer aos
critérios de preservação, recuperação e responsabilidade ambiental, sendo favorável
ao meio ambiente em seus processos de obtenção e fabricação e, depois de
aplicados, devem servir da mesma forma.
3.3.1.1 Adobe
O adobe é uma técnica de construção natural onde o principal recurso
utilizado para implementá-lo é a argila, apresenta vantagens econômicas, sociais e
ecológicas.
De acordo com Burden (1899, p. 12) “adobe são grandes blocos de argila
rústicos e secos ao sol, moldados em vários tamanhos”.
A matéria-prima é encontrada no próprio local da construção, o uso na obra é
simples, o transporte é insignificante e os resíduos mínimos. É constituída de uma
mistura de argila, água e fibras, que são colocadas em moldes de madeiras, após
alguns dias removidos e expostos ao sol para secar. Alguns de seus benefícios são
a qualidade, durabilidade, conforto térmico e baixo custo (GAUZIN-MULLER, 2006).
A escolha do adobe se justifica quando comparado ao tijolo comum, que
necessita cozimento utilizando madeira como fonte de combustão, o qual emite gás
carbônico na atmosfera, e sendo este acessível à população em geral devido tanto à
sua disponibilidade quanto a seu custo.
3.3.1.2 B.T.C (Bloco de Terra Comprimida)
O B.T.C. é um material de construção que tem como composição a terra
prensada. Difere do adobe, pois este para atingir sua resistência máxima tem que
sofrer um processo de cura, enquanto o BTC atinge a sua resistência máxima com a
compactação da prensa, possui alta resistência a umidade, adapta-se à vários tipos
de solo, usufrui de disponibilidade local de matéria prima, sua produção não requer
combustível, sua estrutura possui bom comportamento térmico, capacidade de
respiração das paredes e estabilidade da umidade relativa interior (LOURENÇO,
BRITO & BRANCO, 2008).
3.3.1.3 Taipa
Segundo Burden (1899, p. 311) taipas são “Edificação cujas paredes são
feitas de terra prensada, geralmente argila moldada endurecida e apiloada em
formas móveis. O próprio material de construção, ou seja, a terra ou argila
endurecida, apiloada até formar paredes e pisos”.
A construção de taipa obtém sua matéria-prima no próprio local, a terra
podendo ser comprimida por tabuas para sua estruturação, que serão retiradas após
estar completamente seca e compactada com um pilão manualmente (LOURENÇO,
BRITO & BRANCO, 2008).
3.3.1.4 Bambu
Bambu é um material de construção milenar, muito utilizada no oriente, sendo
usado na estruturação como colunas, vigas e lastros. Serve como telhas, forros e
maçanetas, e até mesmo para determinados encanamentos de água entre outros.
Segundo Coimbra (2000), o bambu possui alta flexibilidade e resistência de
suas fibras, exemplo disso é o uso da planta no desenvolvimento de habitações à
prova de terremotos. O bambu tem um tempo médio de crescimento entre 3 anos se
destacando perante a madeira que demora entorno de vinte anos para se usufruída.
3.3.1.5 COB
O cob é uma técnica antiga, de origem inglesa, criada no século XIII. A
construção com cob assemelha-se à produção de uma escultura: há total liberdade
para inventar formas artísticas e utilidades para a habitação, como armários, fornos
e bancos embutidos na própria parede.
Para aplicar essa técnica é preciso um solo argiloso, água, pequenos detritos
(pedras), areia e palha de arroz. Os materiais são misturados e pisoteados até
formarem uma massa homogênea, com uma boa liga, para então serem aplicados,
em forma de bolas de barro, diretamente na construção.
Tem como vantagem o baixo custo, e ainda, os materiais utilizados são de
fácil obtenção, ótima qualidade de ar interno, as paredes de barro filtram o ar que
entra na construção, e tem uma ótima resistência.
3.3.1.6 Outros materiais
Além dos materiais citados, outros recursos podem ser aplicados na
construção como madeira de reflorestamento, madeira de demolição, coberturas de
palha, etc.
Os telhados verdes são estruturas adaptadas para receber uma cobertura de
gramado em lajes e telhados de casas e edifícios. Além de ser esteticamente
agradável, esse tipo de cobertura promove isolamento térmico, isto ocorre devido ao
colchão de ar entre a vegetação, à massa térmica da camada de terra, à reflexão
dos raios infravermelhos pelas plantas e até a liberação de calor pelas plantas ao
condensar o orvalho da manhã, ainda prove isolamento acústico. Uma camada de
terra úmida de 12cm de espessura reduz a transferência de som em 40dB, atuando
como barreira acústica, e resistência ao fogo, na Alemanha os tetos verdes são
considerados “telhados sólidos”, que significa que não se queimam e são resistentes
ao fogo sempre que a camada de terra tiver ao menos 3cm de espessura.
Os telhados verdes ainda possuem maior resistência ao tempo: alguns tipos
de materiais usados em coberturas (à base de piche, madeira ou plástico) se
deterioram quando expostas aos raios UV ou quando sofrem grande variação
térmica.
Estes problemas são eliminados mediante uma cobertura de substrato e
vegetação. Quando bem projetados, os tetos verdes têm grande vida útil e
dificilmente necessitam de manutenção e reparos. Ainda, retém as águas das
chuvas que, em casos extremos, previne enchentes. Salvo em determinadas
condições, utiliza sua própria água armazenada para seu desenvolvimento, isso
evita um trabalho adicional com a irrigação (BOSIO, 2008).
Do ponto de vista ecológico, o telhado verde ainda realiza fotossíntese
através das plantas, transformando o gás carbônico em oxigênio, ajudando contra o
efeito estufa. Ele, ainda, contribui na luta contra o aquecimento global refletindo
parte dos raios ultravioletas e impedindo o maior aquecimento do edifício (BOSIO,
2008).
3.3.2. Arquitetura bioclimática
Para Adam (2001, p. 57) a arquitetura bioclimática se caracteriza fazendo
uma relação do homem com o clima, objetivando minimizar os custos das
edificações.
A arquitetura bioclimática, investiga as relações entre os seres humanos (animais homeotérmicos) e as características climáticas de um local, que são absorvidas e transformadas pelos edifícios, refletindo-se no partido arquitetônico(orientação dos ambientes, lay-outs, disposição das vedações –paredes e coberturas -, proporção e composição das aberturas, estruturas, materiais e paisagismo) com o objetivo de minimizar a quantidade de energia operante consumida no edifício.
3.3.2.1 Ventilação natural
A ventilação natural é o fenômeno da movimentação do ar no interior das
edificações. Segundo Toledo e Toledo (1999), ocorre por diferença de pressão do
ar. Sem a indução de nenhum sistema mecânico, ela é capaz de proporcionar a
renovação do ar de um ambiente e um conforto térmico adequado.
Um dos principais benefícios da ventilação natural é a redução do consumo
de energia. Para o funcionamento do sistema é importante a existência de aberturas
como vãos, janelas e portas em locais estratégicos (BOWER, 1995).
3.3.2.2 Iluminação natural
A iluminação natural é originada do sol e captada através de janelas,
clarabóias, dentre outras, estas laterais ou zenitais, é direta ou dispersa pelas
nuvens.
Segundo Sick (2002, apud Freitas et. al. 2006) o uso da iluminação natural é
a oportunidade de contribuir para a saúde da visão, do conforto visual e o bem-estar
das pessoas. Pesquisas apontam para um maior desempenho em trabalhos
realizados em salas de aula e escritórios em que havia o contato direto das pessoas
com a luz natural. Esse resultado se deve, em parte, ao fato de que a luz natural
apresenta definições de cores muito mais reais que a luz artificial, e a visualização
do meio externo proporciona o conhecimento aproximado das horas do dia e das
mudanças climáticas e atmosféricas.
Com o uso de fonte natural oriundo do sol e da incidência da radiação solar
direta, a economia de energia elétrica pode atingir até 50%, de acordo com o Manual
ABILUX (1992).
Outra forma de aproveitar a energia proveniente do sol é a instalação de
painéis solares. Dentre as fontes de energia limpa, a energia solar é a mais
difundida e aproveitada pela sua fácil instalação e espaço ocupado. O uso de tal
energia pode ser dividido em duas formas: fotovoltaico (produção de energia elétrica
por módulos fotovoltaicos) e térmico (transformação de energia em calor)
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATRINA, 2003). Este último, consiste em
aquecer os fluídos e armazená-los em reservatórios termicamente isolados, para,
assim, fornecer água aquecida nas torneiras e chuveiros.
Mesmo que parte da energia elétrica utilizada seja produzida no local, o bom
uso de iluminação do ambiente pode trazer uma economia bem vinda. Cuidados
como acender apenas as luzes necessárias durante a limpeza dos ambientes,
utilização de lâmpadas econômicas, instalação de sensores de presença e
fotocélulas, a partir de valores pré-fixados da quantidade de luz. Considerando-se a
contribuição da luz natural, controle de iluminação potência ajustável utiliza o
controle baseado em sensores fotoelétricos consiste no ajuste da potência aplicada
na iluminação esse sistema, adotado em lâmpadas incandescentes ou
fluorescentes, permite variar a quantidade de iluminação artificial para manter o nível
especificado.
A utilização de aparelhos que necessitem menos energia para funcionar e um
bom projeto de iluminação natural e elétrica podem significar uma economia
significativa no orçamento.
3.3.4 Sistema de água e esgoto
A boa utilização da água pode ser tanto uma atitude de consciência ecológica
quanto uma economia financeira em longo prazo. A captação da água da chuva e
sua utilização, após ser filtrada e armazenada, em sanitários, irrigação de jardins,
piscina e torneiras de lavanderia representa uma alternativa viável economicamente
frente ao custo de sua implantação. Além da água da chuva, a água reciclada a
partir do próprio esgoto interno do SPA pode ser usada para os mesmos fins
(RAMANES, 2008).
O tratamento do esgoto interno para sua devida reutilização é um processo
mais complexo do que a filtragem utilizada na captação de água da chuva. Um
exemplo adequado de tratamento é a criação de uma alternância de ambientes.
Nestes ambientes a bactéria é a principal responsável pela decomposição de
matéria orgânica, estes organismos unicelulares podem se reproduzir em grande
velocidade a partir da matéria orgânica disponível e sobrevivem nas mais diversas
condições ambientais. Estas decompõem as substâncias orgânicas complexas dos
esgotos (carboidratos, proteínas e gorduras) em materiais solúveis. As bactérias
podem ser anaeróbicas, que não necessitam oxigênio, e aeróbicas, que precisa de
oxigênio para sobreviver.
Em condições anaeróbicas a matéria orgânica sedimentável se acumula no
fundo do reservatório formando uma camada de lodo, que sofre um processo de
digestão anaeróbica, as bactérias produzem substancias solúveis utilizadas como
alimento dentro do ecossistema e que podem ser convertidas em gases como o
dióxido de carbono, metano, gás sulfídrico e amônia.
As condições aeróbicas são conjuntos de ambientes filtrantes (pedra brita,
areia, pedriscos e terra) responsáveis pela remoção de grande parte da matéria
orgânica como as gorduras e sabão, associados com plantas aquáticas que irão
ajudar na filtragem e limpeza da água. A maior diversidade de ambientes
anaeróbicos e aeróbicos aumenta a eficiência do sistema de tratamento
(INSTITUTO DE PERMACULTURA E ECOVILAS DA MATA ATLÂNTICA, 2008).
Outro exemplo de reciclagem é por biorremediação, uma forma simples e
efetiva de tratamento de água usada nos chuveiros e cozinha, para então devolvê-la
ao meio ambiente. Esse método de tratamento tem um baixíssimo custo, o tempo
necessário para implementá-lo é mínimo e os elementos utilizados no sistema são
as plantas (responsáveis por filtrar os solutos dissolvidos na água). Além disso, este
sistema de tratamento pode ser totalmente integrado ao paisagismo da propriedade
(REVISTA BIO CONSTRUINDO, 2009, p. 1).
Em um SPA ecologicamente correto as piscinas convencionais, que utilizam
produtos químicos para sua limpeza e manutenção, podem ser substituídas por
piscinas biológicas, que usam um sistema de filtragem natural para o tratamento e
depuração da água. Na área de regeneração a água é limpa e mantida
biologicamente pura através das plantas e de micro-organismos que absorvem
materiais em decomposição e bactérias.
È importante, também, a consciência no gasto da água, hoje existem dezenas
de equipamentos com design e tecnologia capazes de reduzir o consumo. Como
opções, podem-se encontrar torneiras de acionamento a pressão e automáticas
onde seu fechamento é automatizado, redutores de vazão, descargas que liberam
menos água que as convencionais, duchas onde seu acionamento é hidromecânico,
funciona com uma leve pressão manual (MONTEIRO, 2007).
3.3.6 Decoração
O modelo de decoração do SPA ecologicamente correto é baseada em
materiais que sejam sustentáveis como madeira de demolição, madeira de
reflorestamento, fibras vegetais, bambu, etc.
Dentre os diversos conceitos de decoração ecologicamente correta podemos
citar: cadeiras com laminas de bambu, divisórias, painéis, porta papel higiênico,
porta toalhas, cardápios, bandejas, macas todos feitos de bambu, banqueta de
madeira de demolição, puff de fibra de bambu, almofadas de seda artesanal,
rolinhos de fibra de bananeira, cortinas de seda artesanal entre outros.
Como mostra a empresa Fragmentum, que unem a beleza das formas
orientais com o conceito de produção sustentável. Entre suas principais peças estão
os bonsais, pequenas árvores que podem ser utilizadas para transmitir um clima de
aconchego e relaxamento ao ambiente, linha criada com o conceito de que o
individuo pode se deparar com uma árvore estando dentro do ambiente, o que
promove uma maior sensação de contato com a natureza (CHIROTTO, 2008).
Com a diversidade de materiais e objetos já existentes que atendem ao
conceito ecológico, só basta ter bom senso e criatividade para criar ambientes
temáticos e aconchegantes. Uma das alternativas na criação deste SPA será
valorizar o artesanato local, diminuindo danos ambientais pelo transporte.
3.4 SEPARAÇÃO E RECICLAGEM DE LIXO
O lixo é um grande problema do mundo contemporâneo, ele contamina o
solo, a água e o ar, além do espaço cada vez maior que ocupa através de aterros
sanitários que se multiplicam.
Com a separação do lixo é possível destinar da melhor forma o lixo, onde é
levado aos aterros apenas o lixo que não pode ser reciclado, aumentando a
eficiência e a vida útil dos aterros. Em decorrência da reciclagem ainda se pode dar
novo uso a diversos materiais, ocasionando a diminuição do consumo de matérias-
primas virgens (GREENPEACE, 2009).
Segundo a Sociedade Industrial e o Meio Ambiente, cerca de 60% do lixo
depositado em aterros são orgânicos, constituído de alimentos e papéis higiênicos,
sendo assim, a alternativa mais viável é investir em tratamentos em usinas de
compostagem, onde se transforma lixo orgânico em adubo. O gás metano produzido
pelo lixo orgânico ainda pode ser usado como fonte de energia alternativa.
Quanto ao restante do lixo, cerca de 40%, se dividem em materiais como
vidros, metais, plásticos e papéis, onde estes são classificados como reciclável e
não reciclável.
Um item muito importante deve ser destacado: a separação do lixo
contaminado, onde este tem um descarte diferenciado. A colocação de lixeiras
especifica para cada grupo de material é fundamental. Segundo a resolução nº 275
de 25 de Abril de 2001, o Conselho Nacional do Meio Ambiente:
No uso das atribuições que lhe conferem a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, e tendo em vista a disposta na Lei nº. 9.605 de 12 de fevereiro de 1998, e no Decreto no 3.179 de setembro de 1999, e considerando que a reciclagem de resíduos deve ser incentivada e expandida no país, para reduzir o consumo de matérias-primas (CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, 2001).
Onde segundo o Art.1º Estabelecer o código de cores para os diferentes tipos
de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem
como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.
3.5 ALIMENTAÇÃO
A alimentação saudável é um dos pilares da vida. Saber escolher o que
ingerimos diariamente e variar o máximo possível a alimentação são duas regras
para constituir um fornecimento de nutrientes essenciais ao correto funcionamento
do organismo.
A escolha de produtos orgânicos, cultivados sem insumos químicos, fornece
verduras, legumes, frutas, carnes, ovos, laticínios e até vinhos com a garantia de
uma qualidade superior, contendo todas as propriedades originais do produto.
Considerando a proposta ecológica do SPA, deve-se dar prioridade aos
produtos produzidos por empresas ou indivíduos que tenham uma filosofia ecológica
semelhante ao SPA. Para tal, os produtores devem fornecer alimentos que
promovam não apenas a saúde das pessoas, mas também do planeta como um
todo.
Enfatizando a forma de equilibrar o solo e demais recursos naturais (água,
planta, minerais, etc) conservando-os à longo prazo e mantendo a harmonia desses
elementos entre si e com os seres humanos. Não há diferenças entre os alimentos
orgânicos e os convencionais em relação a forma, cor e sabor, e sim a diferença
nutricional sendo que um tomate orgânico apresenta menor concentração de água,
20 % a menos, apresentando um alimento mais concentrado em vitamina C.
A produção deste alimento garante ao consumidor o certificado de um
alimento isento de resíduos químicos, sendo a mais natural possível, sem a
utilização de hormônios para crescimento acelerado, tratados com medicamento
fitoterápicos e homeopáticos.
Segundo a Organicbefeef (2008) a carne orgânica é um produto novo criado
para atender a demanda de um novo mercado, caracterizado pelo alto nível de
exigência do consumidor quanto á qualidade. O desenvolvimento e a produção da
carne orgânica estão vinculados ao processo e garantias de qualidade necessárias
para a segurança do consumidor.
O mercado pede um produto com segurança biológica, bem como um sabor
específico e maciez tradicional da carne bovina. Além de participar com
responsabilidade social, as fazendas onde são criados estes animais, são
associadas á ABPO (Associação Brasileira de Pecuária Orgânica), atendendo a
legislação trabalhista brasileira, onde todos os funcionários são registrados e tem
acesso a moradia digna, alimentação, saúde e educação. Segundo a ABPO com a
produção de qualquer produto orgânico, o consumidor tem a garantia de não haver o
trabalho escravo e infantil.
3.6 TRATAMENTOS
Com a procura de empresas relacionadas com o bom senso perante o meio
ambiente por profissionais conscientes, a indústria cosmética se adaptou ao
conceito ecologicamente correto, adotando a alternativa de substituir alguns
ingredientes químicos por princípios naturais (PIATTI, 2008). Comprovando junto a
fiscalização o não uso de animais em testes de laboratório ou de técnica que
prejudiquem a natureza ou qualquer tipo de vida.
Muitos são os ingredientes que ao serem descartados provocam impacto
ambiental, como óleos minerais, parabenos e parafina.
Aproveitando a rica diversidade natural do Brasil, pesquisadores juntos com
os conhecimentos populares aplicam estudos científicos nas descobertas de novos
ingredientes naturais, para tratamentos estéticos, como produtos corporal facial e
capilares, empresas investem nesta pesquisa.
Os tratamentos serão direcionados para terapias que visam o emagrecimento
e o relaxamento, entre estes tratamentos podemos destacar as técnicas holísticas,
massoterapia e a tecnologia de equipamentos que aliados aos resultados são mais
eficazes.
Além da utilização de produtos na área da estética, também sugerimos a
escolha dos produtos de limpeza livres de fosfatos, pois este atinge a água de rios e
lagos, onde ocorre o enriquecimento artificial. A conseqüência desse enriquecimento
é o aumento do crescimento de plantas flutuantes microscópicas e algas, sendo que
a forma forragem de grandes plantas aquáticas, modificam a estrutura aquática,
onde estas necessitam de oxigênio para a sobrevivência e acabam deixando podre
de oxigênio á água, nessas condições matam peixes e invertebrados, conforme
descrito na (REVISTA LAGOS E RESERVATORIOS, 2008).
Destacamos também a escolha dos tecidos que serão utilizados para o
enxoval, pois atualmente o mercado têxtil dispõem ao consumidor tecidos
ecologicamente corretos, como por exemplo, tecidos feitos com fibra de bambu,
PVC, algodão orgânico, garrafas PET, cânhamo, coco, juta, linho, malva e
polipropileno sendo um polímero ou plástico derivado de propeno ou propileno, onde
é 100% reciclável. Assim, a tecnologia somada a matérias-primas de ótima
qualidade tem resultado surpreendentes, como os tecidos a base de fibra de bambu,
onde é quatro vezes mais absorvente que o algodão, possuindo virtudes
respiratórias, anti-bacteriana alem de proteger de raios indesejáveis do sol e não
podem ser amassados (FASHION BUBBLES, 2006). Dessa forma, serão
confeccionados travesseiros, toalhas, roupões de banho, guarda-pó e uniformes dos
funcionários.
Em terapias que são utilizadas grandes quantidades de óleo, como a
Shirodara, terapia de origem índiana onde trabalha o fluxo continuo de óleo na
região da glabela, “terceiro olho”, pode ser reaproveitado, para a fabricação de
sabão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através do estudo realizado, percebeu-se que a cada dia, vem se ampliando
o número de investimentos em empreendimentos ecologicamente corretos e
consequentemente a preocupação com o meio ambiente, e materiais
biodegradáveis. A conscientização é dessa forma, um fator preponderante quando
da implementação de um SPA ecologicamente correto, pois acreditar que de alguma
forma pode-se ajudar o meio ambiente, diminuindo o foco de poluição é consciência
ecológica, e como tal, essa aumenta a procura pelos serviços e produtos
biodegradáveis.
Aderir ao consumo de produtos ecologicamente corretos é uma atitude que
provoca a geração de empregos para a população não qualificada e receita para os
pequenos e médios empresários. A receita aumenta com a comercialização dos
resíduos, estimulando a reciclagem, uma vez que os produtos gerados a partir de
reciclados são comercializados em paralelos aqueles gerados a partir de matérias-
primas virgens.
Um SPA, como modelo ecológico, acarreta alguns investimentos elevados,
mas com retorno viável e com maior rapidez, uma vez que a economia em energia
elétrica, e os consumos de matérias-primas renováveis determinam maior redução
de custos diários, o que amplia a rentabilidade do investimento.
A motivação dos clientes de um SPA ecologicamente correto, vai além da
necessidade de aderir a um programa ecológico, atenta a necessidade de utilização
de produtos e ambientes mais naturais, o que favorece a tranqüilidade do ambiente,
e conseqüentemente maior eficácia no programa realizado.
Espero que este trabalho sirva para os professores e estudantes, pois nossa
intenção foi colaborar com aqueles que se interessam por reciclar ideais. Entretanto,
deixo em aberto a possibilidade para novos questionamentos e propostas para
novas pesquisas.
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Universidade Federal de Santa Catarina. ENERGIA SOLAR. Disponível em: <http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2003-2/energia_solar/index.htm>. Acesso em: 05/05/2009.
WINTER, E. J. (Eric James). A agua, o solo e a planta 2ª. ed. São Paulo : Liv. Nobel, 1987.
ANEXOS
01 – TABELA DE TRATAMENTOS SUGERIDOS
Fango 50́
3,73,73,7
3,7,8
3,71,2,3,4,7,8,9
1,2,3,4,7,91,2,3,4,5,7,9
3,74,9
3,4,6,9
3,6Quik 30̀ 4
Reiki 50̀1,2,3,4,6,9
,2,3,4,5,6,7,93,4,67,8,93,4,63,4,6
3,63,4,6,7
93,6
3,4,7
3,7
9= Terapias que utilizam grande quantidade de água
7= óleo vegetal 8= equipamentos eletrônicos
5= produtos facial ecologicamente correto6 = produtos corporal ecologicamente correto
3= lençóis descartáveis4= utensílios ecologicamente correto
1= touca de cabelo2= luvas discartáveis
Índice de Itens utilizados em Terapias
Terapia das Pedras Quentes 50̀
Tailandesa 50̀
Talassoterapia 20̀
Terapêutica- 50̀
Shiatsu 50̀
Shirodara (fluxo continuo) 50̀
Reflexologia 30̀
Samkhya Sparsha ( alisamento dos chacras+mass suave) 50̀
Massagem Sueca 50̀
Ritual do Deuses ( esf+banho imerssão+mass) 120̀
Ritual Tropical ( esf corporal, facial+ b. imerssão+ hidr. Corporal, facial) 120̀
Massagem Relaxante 50̀
Lipo Escultura Manual 50 ̀
Quiropraxia 50̀
Massagem Havaina ( óleo morno + antebraços) 50 ̀
Massagem Hidromineral ( mass sob 5 duchas) 50 ̀
Hiper hidratação com Karité e Rosas 50̀
Energia Vital ( massagem relaxante+ banho alecrim) 90̀
Garshana (erva e sal) 50̀
Gomage 50 ̀
Cromoterapia - 50̀
Drenagem Linfática 50̀
Massagem Ayurverdica 50̀
Massagem Cervical 30̀
TRATAMENTO CORPORAL
Massagem Aromática 50̀
Drenagem Linfática 30̀ 3,7
Peeling de Vinho 50 ̀ 1,2,3,4,5Rejuvenescimento Facial 50̀ 1,2,3,4,5
TRATAMENTO FACIAL
1,2,3,6,9
Mascaras Revitalizante 50̀ 1,2,3,4,5Peeling de Diamante 50̀ 1,2,3,4,5,8
Hidratação Facial 50̀ 1,2,3,4,5Limpeza de Pele 90̀ 1,2,3,4,5,8
02 – TABELAS DEMOSNTRATIVAS DE RECILAGEM DO LIXO
Reciclavel Não Recliclável
Jornais e Revistas Etiquetas Adesivas
Listas Telefônicas Papel Carbono
Papel Sulfite/Rascunho Papel Celofane
Papel de Fax Fita Crepe
Folha de Caderno Pápeis Sanitários
Formulários de Computador Papéis Metalizados
Caixas em Geral (ondulado) Papéis Parafinados
Aparas de Papel Papéis Plastificados
Fotocópias Guardanapos
Envelopes Bitucas de Cigarros
Rascunhos Fotografias
Cartazes Velhos
Lenços de Papel
Reciclável Não Recliclável
Copos Adesivos
Garrafas Espuma
Sacos/Sacolas Acrílico
Frascos de Produtos Emabalagens Metalizadas (Biscoitos e Salgadinhos
Tampas
Potes
Canos e Tubos de PVC
Embalagens PETS (Sucos, ÓLEO, Vinagre, etc.)
Espátulas
Cubetas
Cerdas de Pinceis
Resiclável Não Recliclável
Garrafas Espelhos
Cubetas Boxes Temperados
Embaagens Louças
Frascos de Produtos Cerâmias
Copos Óculos
Cacos de Produtos Citados Pirex
Padrão Cores de Lixeira para Separação de Lixo
AZUL (Papel)
VERMELHO (Plático)
Verde (Vidro)
Reciclável Não Recliclável
Tampinhas de Garrafas Clipes
Latas Grampos
Enlatados Esponja de Aço
Acessórios Estéticos Aerosspois
Ferragens Latas de Tinta
Arames Equipamentos Eletrônicos
Pinças Embalagens (Solvesntes Químicos, Inseticidas)
Canos
Tesouras
Cobre
Reciclável Não Recliclável
Espátulas Madeira Contaminada por Insetos (Cupim)
Movéis
Objetos de Decoração
Cabo de Vassoura
Cado de Pinceis
Reciclável Não Recliclável Não Para Compostagem
Gorduras
Laticínios
Peixes
Frutos do Mar
PRETO (Madeira)
AMARELO (Metal)
Restos de Alimentos( Cascas de Frutas, Cascas de Ovos, Sacos de Chá e Café, Folhas, Caules,
Flores, Aparas de Madeira, Cinzas)
LARANJA (Residuos Perigosos)
Não reciclável
Grupo A (INFETANTES)
Grupo C (Perfurocortantes):
Grupo B (Químicos)
MARROM (Orgânico)
Fonte: http://thiago.luciano.googlepages.com/lixo
03 - CONSTITUIIÇÃO DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
Fonte: http://meumundosustentavel.com/noticias/tag/materiais 04 - MATERIAIS CONSTRUTIVOS
Materiais Construtivos/Construção de AdobeFonte: http://www.autrynationalcenter.org/southwest/casa.html
DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
http://meumundosustentavel.com/noticias/tag/materiais-ecologicos/
MATERIAIS CONSTRUTIVOS E MODELOS DE AMBIENTES
Materiais Construtivos/Construção de Adobe
http://www.autrynationalcenter.org/southwest/casa.html
DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
E MODELOS DE AMBIENTES
Materiais Construtivos/Construção de Adobe Fonte: http://www.desertearthandwood.com/casaazule/index.htm
Materiais Construtivos/Tijolo de Adobe Fonte: http://www.flickr.com/photos/luiz_alberto/17366823/
Materiais Construtivos/Tijolos de Adobe Fonte:http://www.flickr.com/photos/fefreire/1394552696/
Formas par produção de tijolo Adobe Fonte: http://ambiente.hsw.uol.com.br/adobe3.htm
Preparação de tijolo Adobe Fonte: http://ambiente.hsw.uol.com.br/adobe3.htm
Ambientes externos Fonte: http://www.iloveinns.com/casa-tierra-adobe-inn-tucson-arizona.html
Ambientes Internos Fonte: http://www.iloveinns.com/casa-tierra-adobe-inn-tucson-arizona.html
Ambientes Internos Fonte: http://www.iloveinns.com/casa-tierra-adobe-inn-tucson-arizona.html
Cúpulas e arcos em adobre Fonte: http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tecadobe.htm
Ambiente Interno em adobe Fonte: http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tecadobe.htm
Tijolo de B.T.C Fonte: http://www.cujae.edu.cu/centros/cecat/documentos/manualestmc/Manual%20BTC%20Portugu%C3%A9s.pdf
Tijolo de B.T.C Fonte: http://www.terracrua.com/?page=producao
Construção de B.T.C Fonte: http://www.terracrua.com/?page=construcao
Construção de B.T.C Fonte: http://www.terracrua.com/?page=terracrua
Construção de Taipa Fonte: http://www.youngreporters.org/article.php3?id_article=1421
Construção de Taipa Fonte: http://arquitecturasdeterra.blogspot.com/2008/10/textoa-construo-com-terra-em-portugal.html
Construção de Taipa Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Paredes de Taipa Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Estrutura de bambu que não utiliza pregos Fonte: http://www.ecocentro.org/bioconstruindo/bambu.html
Móveis decoração e construção com bambu Fonte:http://www.quebarato.com.br/classificados/moveis-decoracao-e-construcao-com-bambu__3595437.html
Muro bambu Fonte:http://www.quebarato.com.br/classificados/moveis-decoracao-e-construcao-com-bambu__3595437.html
Painel de bambu Fonte: http://casa.abril.com.br/arquitetura/livre/edicoes/0202/jardim/mt_82461.shtml
Ducha com Box de bambu Fonte: http://casa.abril.com.br/arquitetura/livre/edicoes/0202/jardim/mt_82461.shtml
Decoração de bambu Fonte: http://casa.abril.com.br/arquitetura/livre/edicoes/0202/jardim/mt_82461.shtml
Construção de bambu Fonte: http://www.bambubali.com.br/html/casasdebambu.html
Decoração e moveis de bambu Fonte: http://www.bambubali.com.br/html/casasdebambu.html
Construção de bambu Fonte: http://ecologiaurbana.blogspot.com/2007/06/construo-em-bambu-obra-de-simon-velez.html
Cortina de bambu Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2001-1/equipe_8/index.htm
Cortina de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/cortina.html
Vaso de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/cachepot.html
Bandeija de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Cardápio de Bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Porta-papel higiênico de Bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Porta-toalha de rosto de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Guadua: Arquitectura y diseno Fonte: Marcelo Villega. Edition: illustrated. Publicado por Villegas Asociados, 2005
Paredes de Cob Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Construção de COB Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Paredes de COB Fonte: ttp://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
Murro externo em cob Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
Sala de jantar cob
Fonte: ttp://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
Sala cob Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2005-1/bioarquitetura/index.htm
3 pavimentos em cob Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
O telhado verde Fonte: http://www.reporterdiario.com.br/index.php?id=84030&secao=6
Edificação em adobe e teto-grama Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tectetograma.htm
Teto grama Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tectetograma.htm
Ar purificado Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tectetograma.htm
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Placas solares Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2003-2/energia_solar/index.htm
Placas solares Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2003-2/energia_solar/index.htm
A chuva cai nos telhados, é recolhida pelas calhas, passa por um filtro que retêm sujeiras como folhas e fica armazenada na cisterna enterrada. Uma bomba envia a água da cisterna para a caixa d'água elevada. A partir da caixa d'água, a água da chuva é distribuída para o vaso sanitário, a irrigação do jardim, o tanque de lavar roupa e a máquina de lavar. Fonte: http://www.radames.manosso.nom.br/ambiental/captacao.htm
A "estação de tratamento de esgoto" do Ecocentro IPEC. Fonte: http://www.ecocentro.org/bioconstruindo/biorremediacao.html
Após utilizada, toda água cinza dos chuveiros do Ecocentro IPEC passam pelo sistema de tratamento ecológico. Fonte: http://www.ecocentro.org/bioconstruindo/biorremediacao.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/index.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/index.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/fotos_piscinabiologica.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/fotos_piscinabiologica.html
Essa cadeira é feita apenas de bambu. O material cru de crescimento rápido é usado numa forma laminada e é sujeito a um processo manufaturado de alta precisao CNC. A cola para o produto é não-toxica e a cera de tratamento de superficie é natural e não-toxica. Fonte: Ecological Design. FUSION PUBLISHING, Manuela Roth, Nicolas Uphaus Colaborador Manuela Roth. Edition: illustrated. Publicado por teNeues, 2008
Berço de madeira - Protetora e romântica, resulta este berço gigante de madeira neozeolandesa de plantações totalmente sustentáveis. Fonte: Ecological Design. FUSION PUBLISHING, Manuela Roth, Nicolas Uphaus. Colaborador Manuela Roth. Edition: illustrated. Publicado por teNeues, 2008
Sala de descanso - Arquitetura Interiores Sustentáveis Fonte: http://www.criaarquiteturasustentavel.com.br/projeto-sala-de-descanso.html
ARTIGO CIENTIFICO
PROPOSTA PARA IMPLANTAÇÃO DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
Ivana Sivestri 1 - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Simone Ballan 2 - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Fabiana Thives 3 – Turismóloga; Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Contatos [email protected] [email protected] [email protected]
RESUMO As tendências ecológicas estão em alta atualmente, a cada dia mais pessoas estão conscientes da importância do cuidado da natureza e procuram mais esse mercado. Um SPA é bom meio de propagação desta tendência por ser ligado diretamente com o bem estar e a saúde das pessoas. Tratamentos que visam o emagrecimento e o relaxamento com produtos sem parafinas, parabenos e óleos minerais, destacando as técnicas holísticas, massoterapia e a tecnologia de equipamentos que usufruam o mínimo de energia elétrica, piscinas que não utilizam produtos químicos e a alimentação orgânica sem agrotóxicos são alguns dos benefícios de um SPA ecologicamente correto, um lugar onde se possa aliar serviço de qualidade à sua própria consciência ecológica. Um modelo de implantação de um SPA ecologicamente correto prioriza soluções ecológicas para sua estruturação e funcionamento. Visa a exemplificação de materiais construtivos sustentáveis, sistema de energia, água, iluminação e ventilação com o mínimo de impacto ambiental considerando, se possível, o uso de ventilação e iluminação naturais, sendo estes possíveis devido à um bom planejamento arquitetônico, separação e reciclagem de lixo, tratamentos com produtos biodegradáveis ou de resíduos com fins viáveis ao ambiente, assim como um sistema de tratamento de água que permita a reutilização da água e sua devolução de forma saudável ao meio-ambiente. A alimentação, também, deve ser personalizada, seguindo a tipologia adotada, alem de profissionais capacitados que se enquadrem ao perfil do SPA. Palavras-chave : SPA; Ecologia; Estrutura; Reciclagem; Impacto Ambiental; Econegócio.
1. INTRODUÇÃO
Um SPA é um bom exemplo de um empreendimento que depende e usufrui
de recursos naturais, a palavra SPA deriva da expressão latina "salute per aqua" que
se traduz por saúde pela água. Tem como finalidade dispor de atividades saudáveis
que conduzem a um estado de bem estar e beleza através de tratamentos
inspirados na natureza, conforme destaca RIbeiro (2009).
Desastres ambientais freqüentes marcaram a nossa história. Liberação de
agrotóxicos gasosos, vazamentos de petróleo e acidentes em usinas nucleares,
efeito estufa, o buraco na camada de ozônio, distúrbios climáticos, entre outros,
foram exemplos de tragédias que instigaram a consciência social e o cuidado com a
natureza (GLEICK, 1990).
Segundo Callenbach (2003), a partir da década de 80, surge um rápido
aumento da conscientização ambiental entre a população em geral, o que teve um
efeito significativo sobre as preferências do consumidor. Esta consciência ecológica
abriu portas para uma nova economia, que visa a saúde do homem diminuindo ao
máximo o impacto ambiental. O conceito ecologicamente correto resultou e está
resultando em itens manufaturados, artesanais e industrializados que não sejam
poluentes ou tóxicos e apresentem benefícios ao meio ambiente e a saúde em geral,
contribuindo para o desenvolvimento de um modelo econômico sustentável.
Alguns dos impasses dos SPA contemporâneos são o descuido com a
utilização da água, o grande volume de agentes químicos para tratamento de
piscinas e a limpeza em geral, que são enviados direto ao esgoto sem qualquer
tratamento, o nível de gasto em energia elétrica e a pouca preocupação com a
separação de lixo e reciclagem. O que não condiz com o conceito de SPA, que
presa a saúde e a harmonia com o meio ambiente.
Observando estes fatores, este trabalho tem por objetivo desenvolver um
modelo de implantação de um SPA ecologicamente correto, unindo o bem estar
físico e mental com consciência ecológica, dispondo de uma estrutura sustentável,
sistemas de luz, água e esgoto que reduzam o máximo possível o impacto
ambiental. Para tanto, propõem-se tratamentos e alimentação personalizados que
sigam essa tipologia e profissionais capacitados que se enquadrem ao perfil do SPA.
2. METODOLOGIA
A pesquisa realizada se caracteriza como descritiva e exploratória. Conforme
Gil (1996), um estudo exploratório-descritivo possibilita ao pesquisador uma certa
flexibilidade e/ou liberdade de modo que este possa considerar os mais variados
aspectos possíveis e que dizem respeito ao fato estudado. Este autor ressalta
também que um estudo exploratório permite a descrição de características de uma
determinada população, bem como o estabelecimento de prováveis relações entre
as variáveis estudadas.
O estudo foi realizado baseado no estudo bibliográfico do histórico dos SPAs,
bem como materiais ecologicamente corretos, orgânicos, reciclagem e conservação
do ambiente natural em um SPA ecologicamente correto.
Serviram como base de dados livros, artigos e exemplos apresentados em
materiais disponíveis na internet.
3. DESENVOLVIMENTO, ANÁLISE E DISCUSSÃO
3.1 HISTÓRIA DO SPA
O primeiro SPA surgiu em 1326 na Bélgica em um vilarejo chamado Spau, um
metalúrgico belga chamado Colin Le Loup curou-se de uma longa enfermidade com
as águas ricas em ferro de uma fonte perto de Liege. Em agradecimento, ele
construiu no local um alojamento para acolher outras pessoas. A popularidade do
local se espalhou tanto que o mesmo foi rebatizado de SPA, isto devido ao local ser
conhecido pelo poder das águas, pela vegetação e clima ameno com temperatura
agradável. Do mesmo modo, acredita-se que os banhos e a ingestão de água
salgada eram responsáveis pela cura de numerosas doenças, ajudando a promover
os resorts do litoral. Atividades populares dos balneários incluíam jogos, danças e
outras formas de entretenimento, como concertos, desfiles de rua, e as termas,
aonde aqueles que iam em busca de saúde “bebiam as águas”, conforme destaca
Mill (2003).
Os SPAS atuais dispõem de dietas adequadas com reeducação alimentar,
exercícios físicos personalizados para cada pessoa e terapias que podem ser
exemplificadas como terapias alternativas (holísticas), massagens, esfoliação,
desintoxicação, musicoterapia, aromaterapia, cromoterapia, horticultura, hidroterapia
entre outras.
Os SPAS são encontrados em vários estabelecimentos com tipologias
diferentes, outras atividades e indicações específicas. Existem SPAs somente para
tratar a saúde (desintoxicação e emagrecimento), para estética e beleza, de
relaxamento, os holísticos e os SPAs mistos, encontrados geralmente em resorts.
Indiferente a tipologia, qualquer SPA pode vir a ser ecologicamente correto,
dependendo apenas de uma administração disposta a essa mudança.
3. 2 FORMAÇÃO DE UM SISTEMA ECOLOGICAMENTE CORRETO
Por decorrências de vários fatos ao longo da história, a humanidade começou
a ter consciência da importância de preservar a natureza. Os anos 70 e 80
ampliaram nosso conhecimento sobre o funcionamento da biosfera e sobre
possíveis riscos de desastres ambientais provocados pelo homem como o
aquecimento global da atmosfera e o efeito estufa (GLEICK, 1990).
“Danos ambientais causados pelas catástrofes que ocupam as manchetes
recentemente, são pequenos quando comparados aos danos cumulativos, na
maioria das vezes despercebidos, provocados por enorme números de poluentes
menores, a maioria deles de acordo com as regulamentações legais de seus países”
(WINTER et al. 1987, 11).
Devido a esses fatos, houve um rápido aumento da conscientização
ambiental entre a população em geral, o que teve um efeito significativo sobre as
preferências do consumidor, conforme destaca Callenbach (2003).
A partir de então, surge o conceito ecologicamente correto, que consiste em
itens manufaturados, artesanais e industrializados que não sejam poluentes, tóxicos
e apresentem benefícios ao meio ambiente e a saúde geral, contribuindo para o
desenvolvimento de um modelo econômico sustentável.
3. 3 CONSTITUIÇÃO DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
3.3.1 Estrutura
O conceito de construção ecologicamente correta baseia-se em um modelo
que permita à construção civil propor soluções inteligentes para prover o bom uso, a
economia de recursos finitos e redução de gases emitidos pelos mesmos,
adaptando-se as necessidades ambientais de nossa época, com tecnologia e design
moderno que atendam as necessidades do consumidor, preservando-os para as
gerações futuras.
A construção civil consome entre 15 e 50% dos vários recursos naturais extraídos da natureza, sendo que 50% da produção de gases causadores do efeito estufa decorre da cadeia produtiva dos empreendimentos imobiliários. Além disso, 30% do aquecimento global deve-se à concepção, construção, reforma e operação de edificações (REVISTA, ECO ESFERA EMPREENDIMENTOS SUSTENTAVEIS, 2009, p. 1).
As diretrizes para uma construção sustentável são focadas em fatores como
um planejamento a longo prazo da obra, busca por uma eficiência energética, uso
adequado da água e sua reutilização, uso de técnicas passivas das condições e dos
recursos naturais, uso de materiais e técnicas ambientalmente corretas, reciclagem
e redução de lixo, conforto e qualidade interna dos ambientes (AURICH &
ANSELME, 2008).
A escolha dos materiais de construção deve, em princípio, obedecer aos
critérios de preservação, recuperação e responsabilidade ambiental, sendo favorável
ao meio ambiente em seus processos de obtenção e fabricação e, depois de
aplicados, devem servir da mesma forma.
3.3.1.1 Adobe
O adobe é uma técnica de construção natural onde o principal recurso
utilizado para implementá-lo é a argila, apresenta vantagens econômicas, sociais e
ecológicas.
De acordo com Burden (1899, p. 12) “adobe são grandes blocos de argila
rústicos e secos ao sol, moldados em vários tamanhos”.
A matéria-prima é encontrada no próprio local da construção, o uso na obra é
simples, o transporte é insignificante e os resíduos mínimos. É constituída de uma
mistura de argila, água e fibras, que são colocadas em moldes de madeiras, após
alguns dias removidos e expostos ao sol para secar. Alguns de seus benefícios são
a qualidade, durabilidade, conforto térmico e baixo custo (GAUZIN-MULLER, 2006).
A escolha do adobe se justifica quando comparado ao tijolo comum, que
necessita cozimento utilizando madeira como fonte de combustão, o qual emite gás
carbônico na atmosfera, e sendo este acessível à população em geral devido tanto à
sua disponibilidade quanto a seu custo.
3.3.1.2 B.T.C (Bloco de Terra Comprimida)
O B.T.C. é um material de construção que tem como composição a terra
prensada. Difere do adobe, pois este para atingir sua resistência máxima tem que
sofrer um processo de cura, enquanto o BTC atinge a sua resistência máxima com a
compactação da prensa, possui alta resistência a umidade, adapta-se à vários tipos
de solo, usufrui de disponibilidade local de matéria prima, sua produção não requer
combustível, sua estrutura possui bom comportamento térmico, capacidade de
respiração das paredes e estabilidade da umidade relativa interior (LOURENÇO,
BRITO & BRANCO, 2008).
3.3.1.3 Taipa
Segundo Burden (1899, p. 311) taipas são “Edificação cujas paredes são
feitas de terra prensada, geralmente argila moldada endurecida e apiloada em
formas móveis. O próprio material de construção, ou seja, a terra ou argila
endurecida, apiloada até formar paredes e pisos”.
A construção de taipa obtém sua matéria-prima no próprio local, a terra
podendo ser comprimida por tabuas para sua estruturação, que serão retiradas após
estar completamente seca e compactada com um pilão manualmente (LOURENÇO,
BRITO & BRANCO, 2008).
3.3.1.4 Bambu
Bambu é um material de construção milenar, muito utilizada no oriente, sendo
usado na estruturação como colunas, vigas e lastros. Serve como telhas, forros e
maçanetas, e até mesmo para determinados encanamentos de água entre outros.
Segundo Coimbra (2000), o bambu possui alta flexibilidade e resistência de
suas fibras, exemplo disso é o uso da planta no desenvolvimento de habitações à
prova de terremotos. O bambu tem um tempo médio de crescimento entre 3 anos se
destacando perante a madeira que demora entorno de vinte anos para se usufruída.
3.3.1.5 COB
O cob é uma técnica antiga, de origem inglesa, criada no século XIII. A
construção com cob assemelha-se à produção de uma escultura: há total liberdade
para inventar formas artísticas e utilidades para a habitação, como armários, fornos
e bancos embutidos na própria parede.
Para aplicar essa técnica é preciso um solo argiloso, água, pequenos detritos
(pedras), areia e palha de arroz. Os materiais são misturados e pisoteados até
formarem uma massa homogênea, com uma boa liga, para então serem aplicados,
em forma de bolas de barro, diretamente na construção.
Tem como vantagem o baixo custo, e ainda, os materiais utilizados são de
fácil obtenção, ótima qualidade de ar interno, as paredes de barro filtram o ar que
entra na construção, e tem uma ótima resistência.
3.3.1.6 Outros materiais
Além dos materiais citados, outros recursos podem ser aplicados na
construção como madeira de reflorestamento, madeira de demolição, coberturas de
palha, etc.
Os telhados verdes são estruturas adaptadas para receber uma cobertura de
gramado em lajes e telhados de casas e edifícios. Além de ser esteticamente
agradável, esse tipo de cobertura promove isolamento térmico, isto ocorre devido ao
colchão de ar entre a vegetação, à massa térmica da camada de terra, à reflexão
dos raios infravermelhos pelas plantas e até a liberação de calor pelas plantas ao
condensar o orvalho da manhã, ainda prove isolamento acústico. Uma camada de
terra úmida de 12cm de espessura reduz a transferência de som em 40dB, atuando
como barreira acústica, e resistência ao fogo, na Alemanha os tetos verdes são
considerados “telhados sólidos”, que significa que não se queimam e são resistentes
ao fogo sempre que a camada de terra tiver ao menos 3cm de espessura.
Os telhados verdes ainda possuem maior resistência ao tempo: alguns tipos
de materiais usados em coberturas (à base de piche, madeira ou plástico) se
deterioram quando expostas aos raios UV ou quando sofrem grande variação
térmica.
Estes problemas são eliminados mediante uma cobertura de substrato e
vegetação. Quando bem projetados, os tetos verdes têm grande vida útil e
dificilmente necessitam de manutenção e reparos. Ainda, retém as águas das
chuvas que, em casos extremos, previne enchentes. Salvo em determinadas
condições, utiliza sua própria água armazenada para seu desenvolvimento, isso
evita um trabalho adicional com a irrigação (BOSIO, 2008).
Do ponto de vista ecológico, o telhado verde ainda realiza fotossíntese
através das plantas, transformando o gás carbônico em oxigênio, ajudando contra o
efeito estufa. Ele, ainda, contribui na luta contra o aquecimento global refletindo
parte dos raios ultravioletas e impedindo o maior aquecimento do edifício (BOSIO,
2008).
3.3.2. Arquitetura bioclimática
Para Adam (2001, p. 57) a arquitetura bioclimática se caracteriza fazendo
uma relação do homem com o clima, objetivando minimizar os custos das
edificações.
A arquitetura bioclimática, investiga as relações entre os seres humanos (animais homeotérmicos) e as características climáticas de um local, que são absorvidas e transformadas pelos edifícios, refletindo-se no partido arquitetônico(orientação dos ambientes, lay-outs, disposição das vedações –paredes e coberturas -, proporção e composição das aberturas, estruturas, materiais e paisagismo) com o objetivo de minimizar a quantidade de energia operante consumida no edifício.
3.3.2.1 Ventilação natural
A ventilação natural é o fenômeno da movimentação do ar no interior das
edificações. Segundo Toledo e Toledo (1999), ocorre por diferença de pressão do
ar. Sem a indução de nenhum sistema mecânico, ela é capaz de proporcionar a
renovação do ar de um ambiente e um conforto térmico adequado.
Um dos principais benefícios da ventilação natural é a redução do consumo
de energia. Para o funcionamento do sistema é importante a existência de aberturas
como vãos, janelas e portas em locais estratégicos (BOWER, 1995).
3.3.2.2 Iluminação natural
A iluminação natural é originada do sol e captada através de janelas,
clarabóias, dentre outras, estas laterais ou zenitais, é direta ou dispersa pelas
nuvens.
Segundo Sick (2002, apud Freitas et. al. 2006) o uso da iluminação natural é
a oportunidade de contribuir para a saúde da visão, do conforto visual e o bem-estar
das pessoas. Pesquisas apontam para um maior desempenho em trabalhos
realizados em salas de aula e escritórios em que havia o contato direto das pessoas
com a luz natural. Esse resultado se deve, em parte, ao fato de que a luz natural
apresenta definições de cores muito mais reais que a luz artificial, e a visualização
do meio externo proporciona o conhecimento aproximado das horas do dia e das
mudanças climáticas e atmosféricas.
Com o uso de fonte natural oriundo do sol e da incidência da radiação solar
direta, a economia de energia elétrica pode atingir até 50%, de acordo com o Manual
ABILUX (1992).
Outra forma de aproveitar a energia proveniente do sol é a instalação de
painéis solares. Dentre as fontes de energia limpa, a energia solar é a mais
difundida e aproveitada pela sua fácil instalação e espaço ocupado. O uso de tal
energia pode ser dividido em duas formas: fotovoltaico (produção de energia elétrica
por módulos fotovoltaicos) e térmico (transformação de energia em calor)
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATRINA, 2003). Este último, consiste em
aquecer os fluídos e armazená-los em reservatórios termicamente isolados, para,
assim, fornecer água aquecida nas torneiras e chuveiros.
Mesmo que parte da energia elétrica utilizada seja produzida no local, o bom
uso de iluminação do ambiente pode trazer uma economia bem vinda. Cuidados
como acender apenas as luzes necessárias durante a limpeza dos ambientes,
utilização de lâmpadas econômicas, instalação de sensores de presença e
fotocélulas, a partir de valores pré-fixados da quantidade de luz. Considerando-se a
contribuição da luz natural, controle de iluminação potência ajustável utiliza o
controle baseado em sensores fotoelétricos consiste no ajuste da potência aplicada
na iluminação esse sistema, adotado em lâmpadas incandescentes ou
fluorescentes, permite variar a quantidade de iluminação artificial para manter o nível
especificado.
A utilização de aparelhos que necessitem menos energia para funcionar e um
bom projeto de iluminação natural e elétrica podem significar uma economia
significativa no orçamento.
3.3.4 Sistema de água e esgoto
A boa utilização da água pode ser tanto uma atitude de consciência ecológica
quanto uma economia financeira em longo prazo. A captação da água da chuva e
sua utilização, após ser filtrada e armazenada, em sanitários, irrigação de jardins,
piscina e torneiras de lavanderia representa uma alternativa viável economicamente
frente ao custo de sua implantação. Além da água da chuva, a água reciclada a
partir do próprio esgoto interno do SPA pode ser usada para os mesmos fins
(RAMANES, 2008).
O tratamento do esgoto interno para sua devida reutilização é um processo
mais complexo do que a filtragem utilizada na captação de água da chuva. Um
exemplo adequado de tratamento é a criação de uma alternância de ambientes.
Nestes ambientes a bactéria é a principal responsável pela decomposição de
matéria orgânica, estes organismos unicelulares podem se reproduzir em grande
velocidade a partir da matéria orgânica disponível e sobrevivem nas mais diversas
condições ambientais. Estas decompõem as substâncias orgânicas complexas dos
esgotos (carboidratos, proteínas e gorduras) em materiais solúveis. As bactérias
podem ser anaeróbicas, que não necessitam oxigênio, e aeróbicas, que precisa de
oxigênio para sobreviver.
Em condições anaeróbicas a matéria orgânica sedimentável se acumula no
fundo do reservatório formando uma camada de lodo, que sofre um processo de
digestão anaeróbica, as bactérias produzem substancias solúveis utilizadas como
alimento dentro do ecossistema e que podem ser convertidas em gases como o
dióxido de carbono, metano, gás sulfídrico e amônia.
As condições aeróbicas são conjuntos de ambientes filtrantes (pedra brita,
areia, pedriscos e terra) responsáveis pela remoção de grande parte da matéria
orgânica como as gorduras e sabão, associados com plantas aquáticas que irão
ajudar na filtragem e limpeza da água. A maior diversidade de ambientes
anaeróbicos e aeróbicos aumenta a eficiência do sistema de tratamento
(INSTITUTO DE PERMACULTURA E ECOVILAS DA MATA ATLÂNTICA, 2008).
Outro exemplo de reciclagem é por biorremediação, uma forma simples e
efetiva de tratamento de água usada nos chuveiros e cozinha, para então devolvê-la
ao meio ambiente. Esse método de tratamento tem um baixíssimo custo, o tempo
necessário para implementá-lo é mínimo e os elementos utilizados no sistema são
as plantas (responsáveis por filtrar os solutos dissolvidos na água). Além disso, este
sistema de tratamento pode ser totalmente integrado ao paisagismo da propriedade
(REVISTA BIO CONSTRUINDO, 2009, p. 1).
Em um SPA ecologicamente correto as piscinas convencionais, que utilizam
produtos químicos para sua limpeza e manutenção, podem ser substituídas por
piscinas biológicas, que usam um sistema de filtragem natural para o tratamento e
depuração da água. Na área de regeneração a água é limpa e mantida
biologicamente pura através das plantas e de micro-organismos que absorvem
materiais em decomposição e bactérias.
È importante, também, a consciência no gasto da água, hoje existem dezenas
de equipamentos com design e tecnologia capazes de reduzir o consumo. Como
opções, podem-se encontrar torneiras de acionamento a pressão e automáticas
onde seu fechamento é automatizado, redutores de vazão, descargas que liberam
menos água que as convencionais, duchas onde seu acionamento é hidromecânico,
funciona com uma leve pressão manual (MONTEIRO, 2007).
3.3.6 Decoração
O modelo de decoração do SPA ecologicamente correto é baseada em
materiais que sejam sustentáveis como madeira de demolição, madeira de
reflorestamento, fibras vegetais, bambu, etc.
Dentre os diversos conceitos de decoração ecologicamente correta podemos
citar: cadeiras com laminas de bambu, divisórias, painéis, porta papel higiênico,
porta toalhas, cardápios, bandejas, macas todos feitos de bambu, banqueta de
madeira de demolição, puff de fibra de bambu, almofadas de seda artesanal,
rolinhos de fibra de bananeira, cortinas de seda artesanal entre outros.
Como mostra a empresa Fragmentum, que unem a beleza das formas
orientais com o conceito de produção sustentável. Entre suas principais peças estão
os bonsais, pequenas árvores que podem ser utilizadas para transmitir um clima de
aconchego e relaxamento ao ambiente, linha criada com o conceito de que o
individuo pode se deparar com uma árvore estando dentro do ambiente, o que
promove uma maior sensação de contato com a natureza (CHIROTTO, 2008).
Com a diversidade de materiais e objetos já existentes que atendem ao
conceito ecológico, só basta ter bom senso e criatividade para criar ambientes
temáticos e aconchegantes. Uma das alternativas na criação deste SPA será
valorizar o artesanato local, diminuindo danos ambientais pelo transporte.
3.4 SEPARAÇÃO E RECICLAGEM DE LIXO
O lixo é um grande problema do mundo contemporâneo, ele contamina o
solo, a água e o ar, além do espaço cada vez maior que ocupa através de aterros
sanitários que se multiplicam.
Com a separação do lixo é possível destinar da melhor forma o lixo, onde é
levado aos aterros apenas o lixo que não pode ser reciclado, aumentando a
eficiência e a vida útil dos aterros. Em decorrência da reciclagem ainda se pode dar
novo uso a diversos materiais, ocasionando a diminuição do consumo de matérias-
primas virgens (GREENPEACE, 2009).
Segundo a Sociedade Industrial e o Meio Ambiente, cerca de 60% do lixo
depositado em aterros são orgânicos, constituído de alimentos e papéis higiênicos,
sendo assim, a alternativa mais viável é investir em tratamentos em usinas de
compostagem, onde se transforma lixo orgânico em adubo. O gás metano produzido
pelo lixo orgânico ainda pode ser usado como fonte de energia alternativa.
Quanto ao restante do lixo, cerca de 40%, se dividem em materiais como
vidros, metais, plásticos e papéis, onde estes são classificados como reciclável e
não reciclável.
Um item muito importante deve ser destacado: a separação do lixo
contaminado, onde este tem um descarte diferenciado. A colocação de lixeiras
especifica para cada grupo de material é fundamental. Segundo a resolução nº 275
de 25 de Abril de 2001, o Conselho Nacional do Meio Ambiente:
No uso das atribuições que lhe conferem a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, e tendo em vista a disposta na Lei nº. 9.605 de 12 de fevereiro de 1998, e no Decreto no 3.179 de setembro de 1999, e considerando que a reciclagem de resíduos deve ser incentivada e expandida no país, para reduzir o consumo de matérias-primas (CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, 2001).
Onde segundo o Art.1º Estabelecer o código de cores para os diferentes tipos
de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem
como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.
3.5 ALIMENTAÇÃO
A alimentação saudável é um dos pilares da vida. Saber escolher o que
ingerimos diariamente e variar o máximo possível a alimentação são duas regras
para constituir um fornecimento de nutrientes essenciais ao correto funcionamento
do organismo.
A escolha de produtos orgânicos, cultivados sem insumos químicos, fornece
verduras, legumes, frutas, carnes, ovos, laticínios e até vinhos com a garantia de
uma qualidade superior, contendo todas as propriedades originais do produto.
Considerando a proposta ecológica do SPA, deve-se dar prioridade aos
produtos produzidos por empresas ou indivíduos que tenham uma filosofia ecológica
semelhante ao SPA. Para tal, os produtores devem fornecer alimentos que
promovam não apenas a saúde das pessoas, mas também do planeta como um
todo.
Enfatizando a forma de equilibrar o solo e demais recursos naturais (água,
planta, minerais, etc) conservando-os à longo prazo e mantendo a harmonia desses
elementos entre si e com os seres humanos. Não há diferenças entre os alimentos
orgânicos e os convencionais em relação a forma, cor e sabor, e sim a diferença
nutricional sendo que um tomate orgânico apresenta menor concentração de água,
20 % a menos, apresentando um alimento mais concentrado em vitamina C.
A produção deste alimento garante ao consumidor o certificado de um
alimento isento de resíduos químicos, sendo a mais natural possível, sem a
utilização de hormônios para crescimento acelerado, tratados com medicamento
fitoterápicos e homeopáticos.
Segundo a Organicbefeef (2008) a carne orgânica é um produto novo criado
para atender a demanda de um novo mercado, caracterizado pelo alto nível de
exigência do consumidor quanto á qualidade. O desenvolvimento e a produção da
carne orgânica estão vinculados ao processo e garantias de qualidade necessárias
para a segurança do consumidor.
O mercado pede um produto com segurança biológica, bem como um sabor
específico e maciez tradicional da carne bovina. Além de participar com
responsabilidade social, as fazendas onde são criados estes animais, são
associadas á ABPO (Associação Brasileira de Pecuária Orgânica), atendendo a
legislação trabalhista brasileira, onde todos os funcionários são registrados e tem
acesso a moradia digna, alimentação, saúde e educação. Segundo a ABPO com a
produção de qualquer produto orgânico, o consumidor tem a garantia de não haver o
trabalho escravo e infantil.
3.6 TRATAMENTOS
Com a procura de empresas relacionadas com o bom senso perante o meio
ambiente por profissionais conscientes, a indústria cosmética se adaptou ao
conceito ecologicamente correto, adotando a alternativa de substituir alguns
ingredientes químicos por princípios naturais (PIATTI, 2008). Comprovando junto a
fiscalização o não uso de animais em testes de laboratório ou de técnica que
prejudiquem a natureza ou qualquer tipo de vida.
Muitos são os ingredientes que ao serem descartados provocam impacto
ambiental, como óleos minerais, parabenos e parafina.
Aproveitando a rica diversidade natural do Brasil, pesquisadores juntos com
os conhecimentos populares aplicam estudos científicos nas descobertas de novos
ingredientes naturais, para tratamentos estéticos, como produtos corporal facial e
capilares, empresas investem nesta pesquisa.
Os tratamentos serão direcionados para terapias que visam o emagrecimento
e o relaxamento, entre estes tratamentos podemos destacar as técnicas holísticas,
massoterapia e a tecnologia de equipamentos que aliados aos resultados são mais
eficazes.
Além da utilização de produtos na área da estética, também sugerimos a
escolha dos produtos de limpeza livres de fosfatos, pois este atinge a água de rios e
lagos, onde ocorre o enriquecimento artificial. A conseqüência desse enriquecimento
é o aumento do crescimento de plantas flutuantes microscópicas e algas, sendo que
a forma forragem de grandes plantas aquáticas, modificam a estrutura aquática,
onde estas necessitam de oxigênio para a sobrevivência e acabam deixando podre
de oxigênio á água, nessas condições matam peixes e invertebrados, conforme
descrito na (REVISTA LAGOS E RESERVATORIOS, 2008).
Destacamos também a escolha dos tecidos que serão utilizados para o
enxoval, pois atualmente o mercado têxtil dispõem ao consumidor tecidos
ecologicamente corretos, como por exemplo, tecidos feitos com fibra de bambu,
PVC, algodão orgânico, garrafas PET, cânhamo, coco, juta, linho, malva e
polipropileno sendo um polímero ou plástico derivado de propeno ou propileno, onde
é 100% reciclável. Assim, a tecnologia somada a matérias-primas de ótima
qualidade tem resultado surpreendentes, como os tecidos a base de fibra de bambu,
onde é quatro vezes mais absorvente que o algodão, possuindo virtudes
respiratórias, anti-bacteriana alem de proteger de raios indesejáveis do sol e não
podem ser amassados (FASHION BUBBLES, 2006). Dessa forma, serão
confeccionados travesseiros, toalhas, roupões de banho, guarda-pó e uniformes dos
funcionários.
Em terapias que são utilizadas grandes quantidades de óleo, como a
Shirodara, terapia de origem índiana onde trabalha o fluxo continuo de óleo na
região da glabela, “terceiro olho”, pode ser reaproveitado, para a fabricação de
sabão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através do estudo realizado, percebeu-se que a cada dia, vem se ampliando
o número de investimentos em empreendimentos ecologicamente corretos e
consequentemente a preocupação com o meio ambiente, e materiais
biodegradáveis. A conscientização é dessa forma, um fator preponderante quando
da implementação de um SPA ecologicamente correto, pois acreditar que de alguma
forma pode-se ajudar o meio ambiente, diminuindo o foco de poluição é consciência
ecológica, e como tal, essa aumenta a procura pelos serviços e produtos
biodegradáveis.
Aderir ao consumo de produtos ecologicamente corretos é uma atitude que
provoca a geração de empregos para a população não qualificada e receita para os
pequenos e médios empresários. A receita aumenta com a comercialização dos
resíduos, estimulando a reciclagem, uma vez que os produtos gerados a partir de
reciclados são comercializados em paralelos aqueles gerados a partir de matérias-
primas virgens.
Um SPA, como modelo ecológico, acarreta alguns investimentos elevados,
mas com retorno viável e com maior rapidez, uma vez que a economia em energia
elétrica, e os consumos de matérias-primas renováveis determinam maior redução
de custos diários, o que amplia a rentabilidade do investimento.
A motivação dos clientes de um SPA ecologicamente correto, vai além da
necessidade de aderir a um programa ecológico, atenta a necessidade de utilização
de produtos e ambientes mais naturais, o que favorece a tranqüilidade do ambiente,
e conseqüentemente maior eficácia no programa realizado.
Espero que este trabalho sirva para os professores e estudantes, pois nossa
intenção foi colaborar com aqueles que se interessam por reciclar ideais. Entretanto,
deixo em aberto a possibilidade para novos questionamentos e propostas para
novas pesquisas.
REFERÊNCIAS
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WINTER, E. J. (Eric James). A agua, o solo e a planta 2ª. ed. São Paulo : Liv. Nobel, 1987.
ANEXOS
01 – TABELA DE TRATAMENTOS SUGERIDOS
Fango 50́
3,73,73,7
3,7,8
3,71,2,3,4,7,8,9
1,2,3,4,7,91,2,3,4,5,7,9
3,74,9
3,4,6,9
3,6Quik 30̀ 4
Reiki 50̀1,2,3,4,6,9
,2,3,4,5,6,7,93,4,67,8,93,4,63,4,6
3,63,4,6,7
93,6
3,4,7
3,7
9= Terapias que utilizam grande quantidade de água
7= óleo vegetal 8= equipamentos eletrônicos
5= produtos facial ecologicamente correto6 = produtos corporal ecologicamente correto
3= lençóis descartáveis4= utensílios ecologicamente correto
1= touca de cabelo2= luvas discartáveis
Índice de Itens utilizados em Terapias
Terapia das Pedras Quentes 50̀
Tailandesa 50̀
Talassoterapia 20̀
Terapêutica- 50̀
Shiatsu 50̀
Shirodara (fluxo continuo) 50̀
Reflexologia 30̀
Samkhya Sparsha ( alisamento dos chacras+mass suave) 50̀
Massagem Sueca 50̀
Ritual do Deuses ( esf+banho imerssão+mass) 120̀
Ritual Tropical ( esf corporal, facial+ b. imerssão+ hidr. Corporal, facial) 120̀
Massagem Relaxante 50̀
Lipo Escultura Manual 50 ̀
Quiropraxia 50̀
Massagem Havaina ( óleo morno + antebraços) 50 ̀
Massagem Hidromineral ( mass sob 5 duchas) 50 ̀
Hiper hidratação com Karité e Rosas 50̀
Energia Vital ( massagem relaxante+ banho alecrim) 90̀
Garshana (erva e sal) 50̀
Gomage 50 ̀
Cromoterapia - 50̀
Drenagem Linfática 50̀
Massagem Ayurverdica 50̀
Massagem Cervical 30̀
TRATAMENTO CORPORAL
Massagem Aromática 50̀
Drenagem Linfática 30̀ 3,7
Peeling de Vinho 50 ̀ 1,2,3,4,5Rejuvenescimento Facial 50̀ 1,2,3,4,5
TRATAMENTO FACIAL
1,2,3,6,9
Mascaras Revitalizante 50̀ 1,2,3,4,5Peeling de Diamante 50̀ 1,2,3,4,5,8
Hidratação Facial 50̀ 1,2,3,4,5Limpeza de Pele 90̀ 1,2,3,4,5,8
02 – TABELAS DEMOSNTRATIVAS DE RECILAGEM DO LIXO
Reciclavel Não Recliclável
Jornais e Revistas Etiquetas Adesivas
Listas Telefônicas Papel Carbono
Papel Sulfite/Rascunho Papel Celofane
Papel de Fax Fita Crepe
Folha de Caderno Pápeis Sanitários
Formulários de Computador Papéis Metalizados
Caixas em Geral (ondulado) Papéis Parafinados
Aparas de Papel Papéis Plastificados
Fotocópias Guardanapos
Envelopes Bitucas de Cigarros
Rascunhos Fotografias
Cartazes Velhos
Lenços de Papel
Reciclável Não Recliclável
Copos Adesivos
Garrafas Espuma
Sacos/Sacolas Acrílico
Frascos de Produtos Emabalagens Metalizadas (Biscoitos e Salgadinhos
Tampas
Potes
Canos e Tubos de PVC
Embalagens PETS (Sucos, ÓLEO, Vinagre, etc.)
Espátulas
Cubetas
Cerdas de Pinceis
Resiclável Não Recliclável
Garrafas Espelhos
Cubetas Boxes Temperados
Embaagens Louças
Frascos de Produtos Cerâmias
Copos Óculos
Cacos de Produtos Citados Pirex
Padrão Cores de Lixeira para Separação de Lixo
AZUL (Papel)
VERMELHO (Plático)
Verde (Vidro)
Reciclável Não Recliclável
Tampinhas de Garrafas Clipes
Latas Grampos
Enlatados Esponja de Aço
Acessórios Estéticos Aerosspois
Ferragens Latas de Tinta
Arames Equipamentos Eletrônicos
Pinças Embalagens (Solvesntes Químicos, Inseticidas)
Canos
Tesouras
Cobre
Reciclável Não Recliclável
Espátulas Madeira Contaminada por Insetos (Cupim)
Movéis
Objetos de Decoração
Cabo de Vassoura
Cado de Pinceis
Reciclável Não Recliclável Não Para Compostagem
Gorduras
Laticínios
Peixes
Frutos do Mar
PRETO (Madeira)
AMARELO (Metal)
Restos de Alimentos( Cascas de Frutas, Cascas de Ovos, Sacos de Chá e Café, Folhas, Caules,
Flores, Aparas de Madeira, Cinzas)
LARANJA (Residuos Perigosos)
Não reciclável
Grupo A (INFETANTES)
Grupo C (Perfurocortantes):
Grupo B (Químicos)
MARROM (Orgânico)
Fonte: http://thiago.luciano.googlepages.com/lixo
03 - CONSTITUIIÇÃO DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
Fonte: http://meumundosustentavel.com/noticias/tag/materiais 04 - MATERIAIS CONSTRUTIVOS
Materiais Construtivos/Construção de AdobeFonte: http://www.autrynationalcenter.org/southwest/casa.html
DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
http://meumundosustentavel.com/noticias/tag/materiais-ecologicos/
MATERIAIS CONSTRUTIVOS E MODELOS DE AMBIENTES
Materiais Construtivos/Construção de Adobe
http://www.autrynationalcenter.org/southwest/casa.html
DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
E MODELOS DE AMBIENTES
Materiais Construtivos/Construção de Adobe Fonte: http://www.desertearthandwood.com/casaazule/index.htm
Materiais Construtivos/Tijolo de Adobe Fonte: http://www.flickr.com/photos/luiz_alberto/17366823/
Materiais Construtivos/Tijolos de Adobe Fonte:http://www.flickr.com/photos/fefreire/1394552696/
Formas par produção de tijolo Adobe Fonte: http://ambiente.hsw.uol.com.br/adobe3.htm
Preparação de tijolo Adobe Fonte: http://ambiente.hsw.uol.com.br/adobe3.htm
Ambientes externos Fonte: http://www.iloveinns.com/casa-tierra-adobe-inn-tucson-arizona.html
Ambientes Internos Fonte: http://www.iloveinns.com/casa-tierra-adobe-inn-tucson-arizona.html
Ambientes Internos Fonte: http://www.iloveinns.com/casa-tierra-adobe-inn-tucson-arizona.html
Cúpulas e arcos em adobre Fonte: http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tecadobe.htm
Ambiente Interno em adobe Fonte: http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tecadobe.htm
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Tijolo de B.T.C Fonte: http://www.terracrua.com/?page=producao
Construção de B.T.C Fonte: http://www.terracrua.com/?page=construcao
Construção de B.T.C Fonte: http://www.terracrua.com/?page=terracrua
Construção de Taipa Fonte: http://www.youngreporters.org/article.php3?id_article=1421
Construção de Taipa Fonte: http://arquitecturasdeterra.blogspot.com/2008/10/textoa-construo-com-terra-em-portugal.html
Construção de Taipa Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Paredes de Taipa Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Estrutura de bambu que não utiliza pregos Fonte: http://www.ecocentro.org/bioconstruindo/bambu.html
Móveis decoração e construção com bambu Fonte:http://www.quebarato.com.br/classificados/moveis-decoracao-e-construcao-com-bambu__3595437.html
Muro bambu Fonte:http://www.quebarato.com.br/classificados/moveis-decoracao-e-construcao-com-bambu__3595437.html
Painel de bambu Fonte: http://casa.abril.com.br/arquitetura/livre/edicoes/0202/jardim/mt_82461.shtml
Ducha com Box de bambu Fonte: http://casa.abril.com.br/arquitetura/livre/edicoes/0202/jardim/mt_82461.shtml
Decoração de bambu Fonte: http://casa.abril.com.br/arquitetura/livre/edicoes/0202/jardim/mt_82461.shtml
Construção de bambu Fonte: http://www.bambubali.com.br/html/casasdebambu.html
Decoração e moveis de bambu Fonte: http://www.bambubali.com.br/html/casasdebambu.html
Construção de bambu Fonte: http://ecologiaurbana.blogspot.com/2007/06/construo-em-bambu-obra-de-simon-velez.html
Cortina de bambu Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2001-1/equipe_8/index.htm
Cortina de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/cortina.html
Vaso de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/cachepot.html
Bandeija de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Cardápio de Bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Porta-papel higiênico de Bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Porta-toalha de rosto de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Guadua: Arquitectura y diseno Fonte: Marcelo Villega. Edition: illustrated. Publicado por Villegas Asociados, 2005
Paredes de Cob Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Construção de COB Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Paredes de COB Fonte: ttp://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
Murro externo em cob Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
Sala de jantar cob
Fonte: ttp://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
Sala cob Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2005-1/bioarquitetura/index.htm
3 pavimentos em cob Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
O telhado verde Fonte: http://www.reporterdiario.com.br/index.php?id=84030&secao=6
Edificação em adobe e teto-grama Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tectetograma.htm
Teto grama Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tectetograma.htm
Ar purificado Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tectetograma.htm
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Placas solares Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2003-2/energia_solar/index.htm
Placas solares Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2003-2/energia_solar/index.htm
A chuva cai nos telhados, é recolhida pelas calhas, passa por um filtro que retêm sujeiras como folhas e fica armazenada na cisterna enterrada. Uma bomba envia a água da cisterna para a caixa d'água elevada. A partir da caixa d'água, a água da chuva é distribuída para o vaso sanitário, a irrigação do jardim, o tanque de lavar roupa e a máquina de lavar. Fonte: http://www.radames.manosso.nom.br/ambiental/captacao.htm
A "estação de tratamento de esgoto" do Ecocentro IPEC. Fonte: http://www.ecocentro.org/bioconstruindo/biorremediacao.html
Após utilizada, toda água cinza dos chuveiros do Ecocentro IPEC passam pelo sistema de tratamento ecológico. Fonte: http://www.ecocentro.org/bioconstruindo/biorremediacao.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/index.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/index.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/fotos_piscinabiologica.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/fotos_piscinabiologica.html
Essa cadeira é feita apenas de bambu. O material cru de crescimento rápido é usado numa forma laminada e é sujeito a um processo manufaturado de alta precisao CNC. A cola para o produto é não-toxica e a cera de tratamento de superficie é natural e não-toxica. Fonte: Ecological Design. FUSION PUBLISHING, Manuela Roth, Nicolas Uphaus Colaborador Manuela Roth. Edition: illustrated. Publicado por teNeues, 2008
Berço de madeira - Protetora e romântica, resulta este berço gigante de madeira neozeolandesa de plantações totalmente sustentáveis. Fonte: Ecological Design. FUSION PUBLISHING, Manuela Roth, Nicolas Uphaus. Colaborador Manuela Roth. Edition: illustrated. Publicado por teNeues, 2008
Sala de descanso - Arquitetura Interiores Sustentáveis Fonte: http://www.criaarquiteturasustentavel.com.br/projeto-sala-de-descanso.html
ARTIGO CIENTIFICO
PROPOSTA PARA IMPLANTAÇÃO DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
Ivana Sivestri 1 - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Simone Ballan 2 - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Fabiana Thives 3 – Turismóloga; Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Contatos [email protected] [email protected] [email protected]
RESUMO As tendências ecológicas estão em alta atualmente, a cada dia mais pessoas estão conscientes da importância do cuidado da natureza e procuram mais esse mercado. Um SPA é bom meio de propagação desta tendência por ser ligado diretamente com o bem estar e a saúde das pessoas. Tratamentos que visam o emagrecimento e o relaxamento com produtos sem parafinas, parabenos e óleos minerais, destacando as técnicas holísticas, massoterapia e a tecnologia de equipamentos que usufruam o mínimo de energia elétrica, piscinas que não utilizam produtos químicos e a alimentação orgânica sem agrotóxicos são alguns dos benefícios de um SPA ecologicamente correto, um lugar onde se possa aliar serviço de qualidade à sua própria consciência ecológica. Um modelo de implantação de um SPA ecologicamente correto prioriza soluções ecológicas para sua estruturação e funcionamento. Visa a exemplificação de materiais construtivos sustentáveis, sistema de energia, água, iluminação e ventilação com o mínimo de impacto ambiental considerando, se possível, o uso de ventilação e iluminação naturais, sendo estes possíveis devido à um bom planejamento arquitetônico, separação e reciclagem de lixo, tratamentos com produtos biodegradáveis ou de resíduos com fins viáveis ao ambiente, assim como um sistema de tratamento de água que permita a reutilização da água e sua devolução de forma saudável ao meio-ambiente. A alimentação, também, deve ser personalizada, seguindo a tipologia adotada, alem de profissionais capacitados que se enquadrem ao perfil do SPA. Palavras-chave : SPA; Ecologia; Estrutura; Reciclagem; Impacto Ambiental; Econegócio.
1. INTRODUÇÃO
Um SPA é um bom exemplo de um empreendimento que depende e usufrui
de recursos naturais, a palavra SPA deriva da expressão latina "salute per aqua" que
se traduz por saúde pela água. Tem como finalidade dispor de atividades saudáveis
que conduzem a um estado de bem estar e beleza através de tratamentos
inspirados na natureza, conforme destaca RIbeiro (2009).
Desastres ambientais freqüentes marcaram a nossa história. Liberação de
agrotóxicos gasosos, vazamentos de petróleo e acidentes em usinas nucleares,
efeito estufa, o buraco na camada de ozônio, distúrbios climáticos, entre outros,
foram exemplos de tragédias que instigaram a consciência social e o cuidado com a
natureza (GLEICK, 1990).
Segundo Callenbach (2003), a partir da década de 80, surge um rápido
aumento da conscientização ambiental entre a população em geral, o que teve um
efeito significativo sobre as preferências do consumidor. Esta consciência ecológica
abriu portas para uma nova economia, que visa a saúde do homem diminuindo ao
máximo o impacto ambiental. O conceito ecologicamente correto resultou e está
resultando em itens manufaturados, artesanais e industrializados que não sejam
poluentes ou tóxicos e apresentem benefícios ao meio ambiente e a saúde em geral,
contribuindo para o desenvolvimento de um modelo econômico sustentável.
Alguns dos impasses dos SPA contemporâneos são o descuido com a
utilização da água, o grande volume de agentes químicos para tratamento de
piscinas e a limpeza em geral, que são enviados direto ao esgoto sem qualquer
tratamento, o nível de gasto em energia elétrica e a pouca preocupação com a
separação de lixo e reciclagem. O que não condiz com o conceito de SPA, que
presa a saúde e a harmonia com o meio ambiente.
Observando estes fatores, este trabalho tem por objetivo desenvolver um
modelo de implantação de um SPA ecologicamente correto, unindo o bem estar
físico e mental com consciência ecológica, dispondo de uma estrutura sustentável,
sistemas de luz, água e esgoto que reduzam o máximo possível o impacto
ambiental. Para tanto, propõem-se tratamentos e alimentação personalizados que
sigam essa tipologia e profissionais capacitados que se enquadrem ao perfil do SPA.
2. METODOLOGIA
A pesquisa realizada se caracteriza como descritiva e exploratória. Conforme
Gil (1996), um estudo exploratório-descritivo possibilita ao pesquisador uma certa
flexibilidade e/ou liberdade de modo que este possa considerar os mais variados
aspectos possíveis e que dizem respeito ao fato estudado. Este autor ressalta
também que um estudo exploratório permite a descrição de características de uma
determinada população, bem como o estabelecimento de prováveis relações entre
as variáveis estudadas.
O estudo foi realizado baseado no estudo bibliográfico do histórico dos SPAs,
bem como materiais ecologicamente corretos, orgânicos, reciclagem e conservação
do ambiente natural em um SPA ecologicamente correto.
Serviram como base de dados livros, artigos e exemplos apresentados em
materiais disponíveis na internet.
3. DESENVOLVIMENTO, ANÁLISE E DISCUSSÃO
3.1 HISTÓRIA DO SPA
O primeiro SPA surgiu em 1326 na Bélgica em um vilarejo chamado Spau, um
metalúrgico belga chamado Colin Le Loup curou-se de uma longa enfermidade com
as águas ricas em ferro de uma fonte perto de Liege. Em agradecimento, ele
construiu no local um alojamento para acolher outras pessoas. A popularidade do
local se espalhou tanto que o mesmo foi rebatizado de SPA, isto devido ao local ser
conhecido pelo poder das águas, pela vegetação e clima ameno com temperatura
agradável. Do mesmo modo, acredita-se que os banhos e a ingestão de água
salgada eram responsáveis pela cura de numerosas doenças, ajudando a promover
os resorts do litoral. Atividades populares dos balneários incluíam jogos, danças e
outras formas de entretenimento, como concertos, desfiles de rua, e as termas,
aonde aqueles que iam em busca de saúde “bebiam as águas”, conforme destaca
Mill (2003).
Os SPAS atuais dispõem de dietas adequadas com reeducação alimentar,
exercícios físicos personalizados para cada pessoa e terapias que podem ser
exemplificadas como terapias alternativas (holísticas), massagens, esfoliação,
desintoxicação, musicoterapia, aromaterapia, cromoterapia, horticultura, hidroterapia
entre outras.
Os SPAS são encontrados em vários estabelecimentos com tipologias
diferentes, outras atividades e indicações específicas. Existem SPAs somente para
tratar a saúde (desintoxicação e emagrecimento), para estética e beleza, de
relaxamento, os holísticos e os SPAs mistos, encontrados geralmente em resorts.
Indiferente a tipologia, qualquer SPA pode vir a ser ecologicamente correto,
dependendo apenas de uma administração disposta a essa mudança.
3. 2 FORMAÇÃO DE UM SISTEMA ECOLOGICAMENTE CORRETO
Por decorrências de vários fatos ao longo da história, a humanidade começou
a ter consciência da importância de preservar a natureza. Os anos 70 e 80
ampliaram nosso conhecimento sobre o funcionamento da biosfera e sobre
possíveis riscos de desastres ambientais provocados pelo homem como o
aquecimento global da atmosfera e o efeito estufa (GLEICK, 1990).
“Danos ambientais causados pelas catástrofes que ocupam as manchetes
recentemente, são pequenos quando comparados aos danos cumulativos, na
maioria das vezes despercebidos, provocados por enorme números de poluentes
menores, a maioria deles de acordo com as regulamentações legais de seus países”
(WINTER et al. 1987, 11).
Devido a esses fatos, houve um rápido aumento da conscientização
ambiental entre a população em geral, o que teve um efeito significativo sobre as
preferências do consumidor, conforme destaca Callenbach (2003).
A partir de então, surge o conceito ecologicamente correto, que consiste em
itens manufaturados, artesanais e industrializados que não sejam poluentes, tóxicos
e apresentem benefícios ao meio ambiente e a saúde geral, contribuindo para o
desenvolvimento de um modelo econômico sustentável.
3. 3 CONSTITUIÇÃO DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
3.3.1 Estrutura
O conceito de construção ecologicamente correta baseia-se em um modelo
que permita à construção civil propor soluções inteligentes para prover o bom uso, a
economia de recursos finitos e redução de gases emitidos pelos mesmos,
adaptando-se as necessidades ambientais de nossa época, com tecnologia e design
moderno que atendam as necessidades do consumidor, preservando-os para as
gerações futuras.
A construção civil consome entre 15 e 50% dos vários recursos naturais extraídos da natureza, sendo que 50% da produção de gases causadores do efeito estufa decorre da cadeia produtiva dos empreendimentos imobiliários. Além disso, 30% do aquecimento global deve-se à concepção, construção, reforma e operação de edificações (REVISTA, ECO ESFERA EMPREENDIMENTOS SUSTENTAVEIS, 2009, p. 1).
As diretrizes para uma construção sustentável são focadas em fatores como
um planejamento a longo prazo da obra, busca por uma eficiência energética, uso
adequado da água e sua reutilização, uso de técnicas passivas das condições e dos
recursos naturais, uso de materiais e técnicas ambientalmente corretas, reciclagem
e redução de lixo, conforto e qualidade interna dos ambientes (AURICH &
ANSELME, 2008).
A escolha dos materiais de construção deve, em princípio, obedecer aos
critérios de preservação, recuperação e responsabilidade ambiental, sendo favorável
ao meio ambiente em seus processos de obtenção e fabricação e, depois de
aplicados, devem servir da mesma forma.
3.3.1.1 Adobe
O adobe é uma técnica de construção natural onde o principal recurso
utilizado para implementá-lo é a argila, apresenta vantagens econômicas, sociais e
ecológicas.
De acordo com Burden (1899, p. 12) “adobe são grandes blocos de argila
rústicos e secos ao sol, moldados em vários tamanhos”.
A matéria-prima é encontrada no próprio local da construção, o uso na obra é
simples, o transporte é insignificante e os resíduos mínimos. É constituída de uma
mistura de argila, água e fibras, que são colocadas em moldes de madeiras, após
alguns dias removidos e expostos ao sol para secar. Alguns de seus benefícios são
a qualidade, durabilidade, conforto térmico e baixo custo (GAUZIN-MULLER, 2006).
A escolha do adobe se justifica quando comparado ao tijolo comum, que
necessita cozimento utilizando madeira como fonte de combustão, o qual emite gás
carbônico na atmosfera, e sendo este acessível à população em geral devido tanto à
sua disponibilidade quanto a seu custo.
3.3.1.2 B.T.C (Bloco de Terra Comprimida)
O B.T.C. é um material de construção que tem como composição a terra
prensada. Difere do adobe, pois este para atingir sua resistência máxima tem que
sofrer um processo de cura, enquanto o BTC atinge a sua resistência máxima com a
compactação da prensa, possui alta resistência a umidade, adapta-se à vários tipos
de solo, usufrui de disponibilidade local de matéria prima, sua produção não requer
combustível, sua estrutura possui bom comportamento térmico, capacidade de
respiração das paredes e estabilidade da umidade relativa interior (LOURENÇO,
BRITO & BRANCO, 2008).
3.3.1.3 Taipa
Segundo Burden (1899, p. 311) taipas são “Edificação cujas paredes são
feitas de terra prensada, geralmente argila moldada endurecida e apiloada em
formas móveis. O próprio material de construção, ou seja, a terra ou argila
endurecida, apiloada até formar paredes e pisos”.
A construção de taipa obtém sua matéria-prima no próprio local, a terra
podendo ser comprimida por tabuas para sua estruturação, que serão retiradas após
estar completamente seca e compactada com um pilão manualmente (LOURENÇO,
BRITO & BRANCO, 2008).
3.3.1.4 Bambu
Bambu é um material de construção milenar, muito utilizada no oriente, sendo
usado na estruturação como colunas, vigas e lastros. Serve como telhas, forros e
maçanetas, e até mesmo para determinados encanamentos de água entre outros.
Segundo Coimbra (2000), o bambu possui alta flexibilidade e resistência de
suas fibras, exemplo disso é o uso da planta no desenvolvimento de habitações à
prova de terremotos. O bambu tem um tempo médio de crescimento entre 3 anos se
destacando perante a madeira que demora entorno de vinte anos para se usufruída.
3.3.1.5 COB
O cob é uma técnica antiga, de origem inglesa, criada no século XIII. A
construção com cob assemelha-se à produção de uma escultura: há total liberdade
para inventar formas artísticas e utilidades para a habitação, como armários, fornos
e bancos embutidos na própria parede.
Para aplicar essa técnica é preciso um solo argiloso, água, pequenos detritos
(pedras), areia e palha de arroz. Os materiais são misturados e pisoteados até
formarem uma massa homogênea, com uma boa liga, para então serem aplicados,
em forma de bolas de barro, diretamente na construção.
Tem como vantagem o baixo custo, e ainda, os materiais utilizados são de
fácil obtenção, ótima qualidade de ar interno, as paredes de barro filtram o ar que
entra na construção, e tem uma ótima resistência.
3.3.1.6 Outros materiais
Além dos materiais citados, outros recursos podem ser aplicados na
construção como madeira de reflorestamento, madeira de demolição, coberturas de
palha, etc.
Os telhados verdes são estruturas adaptadas para receber uma cobertura de
gramado em lajes e telhados de casas e edifícios. Além de ser esteticamente
agradável, esse tipo de cobertura promove isolamento térmico, isto ocorre devido ao
colchão de ar entre a vegetação, à massa térmica da camada de terra, à reflexão
dos raios infravermelhos pelas plantas e até a liberação de calor pelas plantas ao
condensar o orvalho da manhã, ainda prove isolamento acústico. Uma camada de
terra úmida de 12cm de espessura reduz a transferência de som em 40dB, atuando
como barreira acústica, e resistência ao fogo, na Alemanha os tetos verdes são
considerados “telhados sólidos”, que significa que não se queimam e são resistentes
ao fogo sempre que a camada de terra tiver ao menos 3cm de espessura.
Os telhados verdes ainda possuem maior resistência ao tempo: alguns tipos
de materiais usados em coberturas (à base de piche, madeira ou plástico) se
deterioram quando expostas aos raios UV ou quando sofrem grande variação
térmica.
Estes problemas são eliminados mediante uma cobertura de substrato e
vegetação. Quando bem projetados, os tetos verdes têm grande vida útil e
dificilmente necessitam de manutenção e reparos. Ainda, retém as águas das
chuvas que, em casos extremos, previne enchentes. Salvo em determinadas
condições, utiliza sua própria água armazenada para seu desenvolvimento, isso
evita um trabalho adicional com a irrigação (BOSIO, 2008).
Do ponto de vista ecológico, o telhado verde ainda realiza fotossíntese
através das plantas, transformando o gás carbônico em oxigênio, ajudando contra o
efeito estufa. Ele, ainda, contribui na luta contra o aquecimento global refletindo
parte dos raios ultravioletas e impedindo o maior aquecimento do edifício (BOSIO,
2008).
3.3.2. Arquitetura bioclimática
Para Adam (2001, p. 57) a arquitetura bioclimática se caracteriza fazendo
uma relação do homem com o clima, objetivando minimizar os custos das
edificações.
A arquitetura bioclimática, investiga as relações entre os seres humanos (animais homeotérmicos) e as características climáticas de um local, que são absorvidas e transformadas pelos edifícios, refletindo-se no partido arquitetônico(orientação dos ambientes, lay-outs, disposição das vedações –paredes e coberturas -, proporção e composição das aberturas, estruturas, materiais e paisagismo) com o objetivo de minimizar a quantidade de energia operante consumida no edifício.
3.3.2.1 Ventilação natural
A ventilação natural é o fenômeno da movimentação do ar no interior das
edificações. Segundo Toledo e Toledo (1999), ocorre por diferença de pressão do
ar. Sem a indução de nenhum sistema mecânico, ela é capaz de proporcionar a
renovação do ar de um ambiente e um conforto térmico adequado.
Um dos principais benefícios da ventilação natural é a redução do consumo
de energia. Para o funcionamento do sistema é importante a existência de aberturas
como vãos, janelas e portas em locais estratégicos (BOWER, 1995).
3.3.2.2 Iluminação natural
A iluminação natural é originada do sol e captada através de janelas,
clarabóias, dentre outras, estas laterais ou zenitais, é direta ou dispersa pelas
nuvens.
Segundo Sick (2002, apud Freitas et. al. 2006) o uso da iluminação natural é
a oportunidade de contribuir para a saúde da visão, do conforto visual e o bem-estar
das pessoas. Pesquisas apontam para um maior desempenho em trabalhos
realizados em salas de aula e escritórios em que havia o contato direto das pessoas
com a luz natural. Esse resultado se deve, em parte, ao fato de que a luz natural
apresenta definições de cores muito mais reais que a luz artificial, e a visualização
do meio externo proporciona o conhecimento aproximado das horas do dia e das
mudanças climáticas e atmosféricas.
Com o uso de fonte natural oriundo do sol e da incidência da radiação solar
direta, a economia de energia elétrica pode atingir até 50%, de acordo com o Manual
ABILUX (1992).
Outra forma de aproveitar a energia proveniente do sol é a instalação de
painéis solares. Dentre as fontes de energia limpa, a energia solar é a mais
difundida e aproveitada pela sua fácil instalação e espaço ocupado. O uso de tal
energia pode ser dividido em duas formas: fotovoltaico (produção de energia elétrica
por módulos fotovoltaicos) e térmico (transformação de energia em calor)
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATRINA, 2003). Este último, consiste em
aquecer os fluídos e armazená-los em reservatórios termicamente isolados, para,
assim, fornecer água aquecida nas torneiras e chuveiros.
Mesmo que parte da energia elétrica utilizada seja produzida no local, o bom
uso de iluminação do ambiente pode trazer uma economia bem vinda. Cuidados
como acender apenas as luzes necessárias durante a limpeza dos ambientes,
utilização de lâmpadas econômicas, instalação de sensores de presença e
fotocélulas, a partir de valores pré-fixados da quantidade de luz. Considerando-se a
contribuição da luz natural, controle de iluminação potência ajustável utiliza o
controle baseado em sensores fotoelétricos consiste no ajuste da potência aplicada
na iluminação esse sistema, adotado em lâmpadas incandescentes ou
fluorescentes, permite variar a quantidade de iluminação artificial para manter o nível
especificado.
A utilização de aparelhos que necessitem menos energia para funcionar e um
bom projeto de iluminação natural e elétrica podem significar uma economia
significativa no orçamento.
3.3.4 Sistema de água e esgoto
A boa utilização da água pode ser tanto uma atitude de consciência ecológica
quanto uma economia financeira em longo prazo. A captação da água da chuva e
sua utilização, após ser filtrada e armazenada, em sanitários, irrigação de jardins,
piscina e torneiras de lavanderia representa uma alternativa viável economicamente
frente ao custo de sua implantação. Além da água da chuva, a água reciclada a
partir do próprio esgoto interno do SPA pode ser usada para os mesmos fins
(RAMANES, 2008).
O tratamento do esgoto interno para sua devida reutilização é um processo
mais complexo do que a filtragem utilizada na captação de água da chuva. Um
exemplo adequado de tratamento é a criação de uma alternância de ambientes.
Nestes ambientes a bactéria é a principal responsável pela decomposição de
matéria orgânica, estes organismos unicelulares podem se reproduzir em grande
velocidade a partir da matéria orgânica disponível e sobrevivem nas mais diversas
condições ambientais. Estas decompõem as substâncias orgânicas complexas dos
esgotos (carboidratos, proteínas e gorduras) em materiais solúveis. As bactérias
podem ser anaeróbicas, que não necessitam oxigênio, e aeróbicas, que precisa de
oxigênio para sobreviver.
Em condições anaeróbicas a matéria orgânica sedimentável se acumula no
fundo do reservatório formando uma camada de lodo, que sofre um processo de
digestão anaeróbica, as bactérias produzem substancias solúveis utilizadas como
alimento dentro do ecossistema e que podem ser convertidas em gases como o
dióxido de carbono, metano, gás sulfídrico e amônia.
As condições aeróbicas são conjuntos de ambientes filtrantes (pedra brita,
areia, pedriscos e terra) responsáveis pela remoção de grande parte da matéria
orgânica como as gorduras e sabão, associados com plantas aquáticas que irão
ajudar na filtragem e limpeza da água. A maior diversidade de ambientes
anaeróbicos e aeróbicos aumenta a eficiência do sistema de tratamento
(INSTITUTO DE PERMACULTURA E ECOVILAS DA MATA ATLÂNTICA, 2008).
Outro exemplo de reciclagem é por biorremediação, uma forma simples e
efetiva de tratamento de água usada nos chuveiros e cozinha, para então devolvê-la
ao meio ambiente. Esse método de tratamento tem um baixíssimo custo, o tempo
necessário para implementá-lo é mínimo e os elementos utilizados no sistema são
as plantas (responsáveis por filtrar os solutos dissolvidos na água). Além disso, este
sistema de tratamento pode ser totalmente integrado ao paisagismo da propriedade
(REVISTA BIO CONSTRUINDO, 2009, p. 1).
Em um SPA ecologicamente correto as piscinas convencionais, que utilizam
produtos químicos para sua limpeza e manutenção, podem ser substituídas por
piscinas biológicas, que usam um sistema de filtragem natural para o tratamento e
depuração da água. Na área de regeneração a água é limpa e mantida
biologicamente pura através das plantas e de micro-organismos que absorvem
materiais em decomposição e bactérias.
È importante, também, a consciência no gasto da água, hoje existem dezenas
de equipamentos com design e tecnologia capazes de reduzir o consumo. Como
opções, podem-se encontrar torneiras de acionamento a pressão e automáticas
onde seu fechamento é automatizado, redutores de vazão, descargas que liberam
menos água que as convencionais, duchas onde seu acionamento é hidromecânico,
funciona com uma leve pressão manual (MONTEIRO, 2007).
3.3.6 Decoração
O modelo de decoração do SPA ecologicamente correto é baseada em
materiais que sejam sustentáveis como madeira de demolição, madeira de
reflorestamento, fibras vegetais, bambu, etc.
Dentre os diversos conceitos de decoração ecologicamente correta podemos
citar: cadeiras com laminas de bambu, divisórias, painéis, porta papel higiênico,
porta toalhas, cardápios, bandejas, macas todos feitos de bambu, banqueta de
madeira de demolição, puff de fibra de bambu, almofadas de seda artesanal,
rolinhos de fibra de bananeira, cortinas de seda artesanal entre outros.
Como mostra a empresa Fragmentum, que unem a beleza das formas
orientais com o conceito de produção sustentável. Entre suas principais peças estão
os bonsais, pequenas árvores que podem ser utilizadas para transmitir um clima de
aconchego e relaxamento ao ambiente, linha criada com o conceito de que o
individuo pode se deparar com uma árvore estando dentro do ambiente, o que
promove uma maior sensação de contato com a natureza (CHIROTTO, 2008).
Com a diversidade de materiais e objetos já existentes que atendem ao
conceito ecológico, só basta ter bom senso e criatividade para criar ambientes
temáticos e aconchegantes. Uma das alternativas na criação deste SPA será
valorizar o artesanato local, diminuindo danos ambientais pelo transporte.
3.4 SEPARAÇÃO E RECICLAGEM DE LIXO
O lixo é um grande problema do mundo contemporâneo, ele contamina o
solo, a água e o ar, além do espaço cada vez maior que ocupa através de aterros
sanitários que se multiplicam.
Com a separação do lixo é possível destinar da melhor forma o lixo, onde é
levado aos aterros apenas o lixo que não pode ser reciclado, aumentando a
eficiência e a vida útil dos aterros. Em decorrência da reciclagem ainda se pode dar
novo uso a diversos materiais, ocasionando a diminuição do consumo de matérias-
primas virgens (GREENPEACE, 2009).
Segundo a Sociedade Industrial e o Meio Ambiente, cerca de 60% do lixo
depositado em aterros são orgânicos, constituído de alimentos e papéis higiênicos,
sendo assim, a alternativa mais viável é investir em tratamentos em usinas de
compostagem, onde se transforma lixo orgânico em adubo. O gás metano produzido
pelo lixo orgânico ainda pode ser usado como fonte de energia alternativa.
Quanto ao restante do lixo, cerca de 40%, se dividem em materiais como
vidros, metais, plásticos e papéis, onde estes são classificados como reciclável e
não reciclável.
Um item muito importante deve ser destacado: a separação do lixo
contaminado, onde este tem um descarte diferenciado. A colocação de lixeiras
especifica para cada grupo de material é fundamental. Segundo a resolução nº 275
de 25 de Abril de 2001, o Conselho Nacional do Meio Ambiente:
No uso das atribuições que lhe conferem a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, e tendo em vista a disposta na Lei nº. 9.605 de 12 de fevereiro de 1998, e no Decreto no 3.179 de setembro de 1999, e considerando que a reciclagem de resíduos deve ser incentivada e expandida no país, para reduzir o consumo de matérias-primas (CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, 2001).
Onde segundo o Art.1º Estabelecer o código de cores para os diferentes tipos
de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem
como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.
3.5 ALIMENTAÇÃO
A alimentação saudável é um dos pilares da vida. Saber escolher o que
ingerimos diariamente e variar o máximo possível a alimentação são duas regras
para constituir um fornecimento de nutrientes essenciais ao correto funcionamento
do organismo.
A escolha de produtos orgânicos, cultivados sem insumos químicos, fornece
verduras, legumes, frutas, carnes, ovos, laticínios e até vinhos com a garantia de
uma qualidade superior, contendo todas as propriedades originais do produto.
Considerando a proposta ecológica do SPA, deve-se dar prioridade aos
produtos produzidos por empresas ou indivíduos que tenham uma filosofia ecológica
semelhante ao SPA. Para tal, os produtores devem fornecer alimentos que
promovam não apenas a saúde das pessoas, mas também do planeta como um
todo.
Enfatizando a forma de equilibrar o solo e demais recursos naturais (água,
planta, minerais, etc) conservando-os à longo prazo e mantendo a harmonia desses
elementos entre si e com os seres humanos. Não há diferenças entre os alimentos
orgânicos e os convencionais em relação a forma, cor e sabor, e sim a diferença
nutricional sendo que um tomate orgânico apresenta menor concentração de água,
20 % a menos, apresentando um alimento mais concentrado em vitamina C.
A produção deste alimento garante ao consumidor o certificado de um
alimento isento de resíduos químicos, sendo a mais natural possível, sem a
utilização de hormônios para crescimento acelerado, tratados com medicamento
fitoterápicos e homeopáticos.
Segundo a Organicbefeef (2008) a carne orgânica é um produto novo criado
para atender a demanda de um novo mercado, caracterizado pelo alto nível de
exigência do consumidor quanto á qualidade. O desenvolvimento e a produção da
carne orgânica estão vinculados ao processo e garantias de qualidade necessárias
para a segurança do consumidor.
O mercado pede um produto com segurança biológica, bem como um sabor
específico e maciez tradicional da carne bovina. Além de participar com
responsabilidade social, as fazendas onde são criados estes animais, são
associadas á ABPO (Associação Brasileira de Pecuária Orgânica), atendendo a
legislação trabalhista brasileira, onde todos os funcionários são registrados e tem
acesso a moradia digna, alimentação, saúde e educação. Segundo a ABPO com a
produção de qualquer produto orgânico, o consumidor tem a garantia de não haver o
trabalho escravo e infantil.
3.6 TRATAMENTOS
Com a procura de empresas relacionadas com o bom senso perante o meio
ambiente por profissionais conscientes, a indústria cosmética se adaptou ao
conceito ecologicamente correto, adotando a alternativa de substituir alguns
ingredientes químicos por princípios naturais (PIATTI, 2008). Comprovando junto a
fiscalização o não uso de animais em testes de laboratório ou de técnica que
prejudiquem a natureza ou qualquer tipo de vida.
Muitos são os ingredientes que ao serem descartados provocam impacto
ambiental, como óleos minerais, parabenos e parafina.
Aproveitando a rica diversidade natural do Brasil, pesquisadores juntos com
os conhecimentos populares aplicam estudos científicos nas descobertas de novos
ingredientes naturais, para tratamentos estéticos, como produtos corporal facial e
capilares, empresas investem nesta pesquisa.
Os tratamentos serão direcionados para terapias que visam o emagrecimento
e o relaxamento, entre estes tratamentos podemos destacar as técnicas holísticas,
massoterapia e a tecnologia de equipamentos que aliados aos resultados são mais
eficazes.
Além da utilização de produtos na área da estética, também sugerimos a
escolha dos produtos de limpeza livres de fosfatos, pois este atinge a água de rios e
lagos, onde ocorre o enriquecimento artificial. A conseqüência desse enriquecimento
é o aumento do crescimento de plantas flutuantes microscópicas e algas, sendo que
a forma forragem de grandes plantas aquáticas, modificam a estrutura aquática,
onde estas necessitam de oxigênio para a sobrevivência e acabam deixando podre
de oxigênio á água, nessas condições matam peixes e invertebrados, conforme
descrito na (REVISTA LAGOS E RESERVATORIOS, 2008).
Destacamos também a escolha dos tecidos que serão utilizados para o
enxoval, pois atualmente o mercado têxtil dispõem ao consumidor tecidos
ecologicamente corretos, como por exemplo, tecidos feitos com fibra de bambu,
PVC, algodão orgânico, garrafas PET, cânhamo, coco, juta, linho, malva e
polipropileno sendo um polímero ou plástico derivado de propeno ou propileno, onde
é 100% reciclável. Assim, a tecnologia somada a matérias-primas de ótima
qualidade tem resultado surpreendentes, como os tecidos a base de fibra de bambu,
onde é quatro vezes mais absorvente que o algodão, possuindo virtudes
respiratórias, anti-bacteriana alem de proteger de raios indesejáveis do sol e não
podem ser amassados (FASHION BUBBLES, 2006). Dessa forma, serão
confeccionados travesseiros, toalhas, roupões de banho, guarda-pó e uniformes dos
funcionários.
Em terapias que são utilizadas grandes quantidades de óleo, como a
Shirodara, terapia de origem índiana onde trabalha o fluxo continuo de óleo na
região da glabela, “terceiro olho”, pode ser reaproveitado, para a fabricação de
sabão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através do estudo realizado, percebeu-se que a cada dia, vem se ampliando
o número de investimentos em empreendimentos ecologicamente corretos e
consequentemente a preocupação com o meio ambiente, e materiais
biodegradáveis. A conscientização é dessa forma, um fator preponderante quando
da implementação de um SPA ecologicamente correto, pois acreditar que de alguma
forma pode-se ajudar o meio ambiente, diminuindo o foco de poluição é consciência
ecológica, e como tal, essa aumenta a procura pelos serviços e produtos
biodegradáveis.
Aderir ao consumo de produtos ecologicamente corretos é uma atitude que
provoca a geração de empregos para a população não qualificada e receita para os
pequenos e médios empresários. A receita aumenta com a comercialização dos
resíduos, estimulando a reciclagem, uma vez que os produtos gerados a partir de
reciclados são comercializados em paralelos aqueles gerados a partir de matérias-
primas virgens.
Um SPA, como modelo ecológico, acarreta alguns investimentos elevados,
mas com retorno viável e com maior rapidez, uma vez que a economia em energia
elétrica, e os consumos de matérias-primas renováveis determinam maior redução
de custos diários, o que amplia a rentabilidade do investimento.
A motivação dos clientes de um SPA ecologicamente correto, vai além da
necessidade de aderir a um programa ecológico, atenta a necessidade de utilização
de produtos e ambientes mais naturais, o que favorece a tranqüilidade do ambiente,
e conseqüentemente maior eficácia no programa realizado.
Espero que este trabalho sirva para os professores e estudantes, pois nossa
intenção foi colaborar com aqueles que se interessam por reciclar ideais. Entretanto,
deixo em aberto a possibilidade para novos questionamentos e propostas para
novas pesquisas.
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WINTER, E. J. (Eric James). A agua, o solo e a planta 2ª. ed. São Paulo : Liv. Nobel, 1987.
ANEXOS
01 – TABELA DE TRATAMENTOS SUGERIDOS
Fango 50́
3,73,73,7
3,7,8
3,71,2,3,4,7,8,9
1,2,3,4,7,91,2,3,4,5,7,9
3,74,9
3,4,6,9
3,6Quik 30̀ 4
Reiki 50̀1,2,3,4,6,9
,2,3,4,5,6,7,93,4,67,8,93,4,63,4,6
3,63,4,6,7
93,6
3,4,7
3,7
9= Terapias que utilizam grande quantidade de água
7= óleo vegetal 8= equipamentos eletrônicos
5= produtos facial ecologicamente correto6 = produtos corporal ecologicamente correto
3= lençóis descartáveis4= utensílios ecologicamente correto
1= touca de cabelo2= luvas discartáveis
Índice de Itens utilizados em Terapias
Terapia das Pedras Quentes 50̀
Tailandesa 50̀
Talassoterapia 20̀
Terapêutica- 50̀
Shiatsu 50̀
Shirodara (fluxo continuo) 50̀
Reflexologia 30̀
Samkhya Sparsha ( alisamento dos chacras+mass suave) 50̀
Massagem Sueca 50̀
Ritual do Deuses ( esf+banho imerssão+mass) 120̀
Ritual Tropical ( esf corporal, facial+ b. imerssão+ hidr. Corporal, facial) 120̀
Massagem Relaxante 50̀
Lipo Escultura Manual 50 ̀
Quiropraxia 50̀
Massagem Havaina ( óleo morno + antebraços) 50 ̀
Massagem Hidromineral ( mass sob 5 duchas) 50 ̀
Hiper hidratação com Karité e Rosas 50̀
Energia Vital ( massagem relaxante+ banho alecrim) 90̀
Garshana (erva e sal) 50̀
Gomage 50 ̀
Cromoterapia - 50̀
Drenagem Linfática 50̀
Massagem Ayurverdica 50̀
Massagem Cervical 30̀
TRATAMENTO CORPORAL
Massagem Aromática 50̀
Drenagem Linfática 30̀ 3,7
Peeling de Vinho 50 ̀ 1,2,3,4,5Rejuvenescimento Facial 50̀ 1,2,3,4,5
TRATAMENTO FACIAL
1,2,3,6,9
Mascaras Revitalizante 50̀ 1,2,3,4,5Peeling de Diamante 50̀ 1,2,3,4,5,8
Hidratação Facial 50̀ 1,2,3,4,5Limpeza de Pele 90̀ 1,2,3,4,5,8
02 – TABELAS DEMOSNTRATIVAS DE RECILAGEM DO LIXO
Reciclavel Não Recliclável
Jornais e Revistas Etiquetas Adesivas
Listas Telefônicas Papel Carbono
Papel Sulfite/Rascunho Papel Celofane
Papel de Fax Fita Crepe
Folha de Caderno Pápeis Sanitários
Formulários de Computador Papéis Metalizados
Caixas em Geral (ondulado) Papéis Parafinados
Aparas de Papel Papéis Plastificados
Fotocópias Guardanapos
Envelopes Bitucas de Cigarros
Rascunhos Fotografias
Cartazes Velhos
Lenços de Papel
Reciclável Não Recliclável
Copos Adesivos
Garrafas Espuma
Sacos/Sacolas Acrílico
Frascos de Produtos Emabalagens Metalizadas (Biscoitos e Salgadinhos
Tampas
Potes
Canos e Tubos de PVC
Embalagens PETS (Sucos, ÓLEO, Vinagre, etc.)
Espátulas
Cubetas
Cerdas de Pinceis
Resiclável Não Recliclável
Garrafas Espelhos
Cubetas Boxes Temperados
Embaagens Louças
Frascos de Produtos Cerâmias
Copos Óculos
Cacos de Produtos Citados Pirex
Padrão Cores de Lixeira para Separação de Lixo
AZUL (Papel)
VERMELHO (Plático)
Verde (Vidro)
Reciclável Não Recliclável
Tampinhas de Garrafas Clipes
Latas Grampos
Enlatados Esponja de Aço
Acessórios Estéticos Aerosspois
Ferragens Latas de Tinta
Arames Equipamentos Eletrônicos
Pinças Embalagens (Solvesntes Químicos, Inseticidas)
Canos
Tesouras
Cobre
Reciclável Não Recliclável
Espátulas Madeira Contaminada por Insetos (Cupim)
Movéis
Objetos de Decoração
Cabo de Vassoura
Cado de Pinceis
Reciclável Não Recliclável Não Para Compostagem
Gorduras
Laticínios
Peixes
Frutos do Mar
PRETO (Madeira)
AMARELO (Metal)
Restos de Alimentos( Cascas de Frutas, Cascas de Ovos, Sacos de Chá e Café, Folhas, Caules,
Flores, Aparas de Madeira, Cinzas)
LARANJA (Residuos Perigosos)
Não reciclável
Grupo A (INFETANTES)
Grupo C (Perfurocortantes):
Grupo B (Químicos)
MARROM (Orgânico)
Fonte: http://thiago.luciano.googlepages.com/lixo
03 - CONSTITUIIÇÃO DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
Fonte: http://meumundosustentavel.com/noticias/tag/materiais 04 - MATERIAIS CONSTRUTIVOS
Materiais Construtivos/Construção de AdobeFonte: http://www.autrynationalcenter.org/southwest/casa.html
DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
http://meumundosustentavel.com/noticias/tag/materiais-ecologicos/
MATERIAIS CONSTRUTIVOS E MODELOS DE AMBIENTES
Materiais Construtivos/Construção de Adobe
http://www.autrynationalcenter.org/southwest/casa.html
DE UM SPA ECOLOGICAMENTE CORRETO
E MODELOS DE AMBIENTES
Materiais Construtivos/Construção de Adobe Fonte: http://www.desertearthandwood.com/casaazule/index.htm
Materiais Construtivos/Tijolo de Adobe Fonte: http://www.flickr.com/photos/luiz_alberto/17366823/
Materiais Construtivos/Tijolos de Adobe Fonte:http://www.flickr.com/photos/fefreire/1394552696/
Formas par produção de tijolo Adobe Fonte: http://ambiente.hsw.uol.com.br/adobe3.htm
Preparação de tijolo Adobe Fonte: http://ambiente.hsw.uol.com.br/adobe3.htm
Ambientes externos Fonte: http://www.iloveinns.com/casa-tierra-adobe-inn-tucson-arizona.html
Ambientes Internos Fonte: http://www.iloveinns.com/casa-tierra-adobe-inn-tucson-arizona.html
Ambientes Internos Fonte: http://www.iloveinns.com/casa-tierra-adobe-inn-tucson-arizona.html
Cúpulas e arcos em adobre Fonte: http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tecadobe.htm
Ambiente Interno em adobe Fonte: http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tecadobe.htm
Tijolo de B.T.C Fonte: http://www.cujae.edu.cu/centros/cecat/documentos/manualestmc/Manual%20BTC%20Portugu%C3%A9s.pdf
Tijolo de B.T.C Fonte: http://www.terracrua.com/?page=producao
Construção de B.T.C Fonte: http://www.terracrua.com/?page=construcao
Construção de B.T.C Fonte: http://www.terracrua.com/?page=terracrua
Construção de Taipa Fonte: http://www.youngreporters.org/article.php3?id_article=1421
Construção de Taipa Fonte: http://arquitecturasdeterra.blogspot.com/2008/10/textoa-construo-com-terra-em-portugal.html
Construção de Taipa Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Paredes de Taipa Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Estrutura de bambu que não utiliza pregos Fonte: http://www.ecocentro.org/bioconstruindo/bambu.html
Móveis decoração e construção com bambu Fonte:http://www.quebarato.com.br/classificados/moveis-decoracao-e-construcao-com-bambu__3595437.html
Muro bambu Fonte:http://www.quebarato.com.br/classificados/moveis-decoracao-e-construcao-com-bambu__3595437.html
Painel de bambu Fonte: http://casa.abril.com.br/arquitetura/livre/edicoes/0202/jardim/mt_82461.shtml
Ducha com Box de bambu Fonte: http://casa.abril.com.br/arquitetura/livre/edicoes/0202/jardim/mt_82461.shtml
Decoração de bambu Fonte: http://casa.abril.com.br/arquitetura/livre/edicoes/0202/jardim/mt_82461.shtml
Construção de bambu Fonte: http://www.bambubali.com.br/html/casasdebambu.html
Decoração e moveis de bambu Fonte: http://www.bambubali.com.br/html/casasdebambu.html
Construção de bambu Fonte: http://ecologiaurbana.blogspot.com/2007/06/construo-em-bambu-obra-de-simon-velez.html
Cortina de bambu Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2001-1/equipe_8/index.htm
Cortina de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/cortina.html
Vaso de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/cachepot.html
Bandeija de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Cardápio de Bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Porta-papel higiênico de Bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Porta-toalha de rosto de bambu Fonte: http://www.bambubrasileiro.com/empresa/outros/index.html
Guadua: Arquitectura y diseno Fonte: Marcelo Villega. Edition: illustrated. Publicado por Villegas Asociados, 2005
Paredes de Cob Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Construção de COB Fonte: http://theroofabovemyhead.blogspot.com/
Paredes de COB Fonte: ttp://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
Murro externo em cob Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
Sala de jantar cob
Fonte: ttp://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
Sala cob Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2005-1/bioarquitetura/index.htm
3 pavimentos em cob Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/teccob.htm
O telhado verde Fonte: http://www.reporterdiario.com.br/index.php?id=84030&secao=6
Edificação em adobe e teto-grama Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tectetograma.htm
Teto grama Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tectetograma.htm
Ar purificado Fonte:http://www.espiralando.com.br/pagina/links/bioarquitetura_arquivos/tectetograma.htm
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Iluminação Zenital Fonte:http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/7_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategia_de_Projeto.pdf
Placas solares Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2003-2/energia_solar/index.htm
Placas solares Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2003-2/energia_solar/index.htm
A chuva cai nos telhados, é recolhida pelas calhas, passa por um filtro que retêm sujeiras como folhas e fica armazenada na cisterna enterrada. Uma bomba envia a água da cisterna para a caixa d'água elevada. A partir da caixa d'água, a água da chuva é distribuída para o vaso sanitário, a irrigação do jardim, o tanque de lavar roupa e a máquina de lavar. Fonte: http://www.radames.manosso.nom.br/ambiental/captacao.htm
A "estação de tratamento de esgoto" do Ecocentro IPEC. Fonte: http://www.ecocentro.org/bioconstruindo/biorremediacao.html
Após utilizada, toda água cinza dos chuveiros do Ecocentro IPEC passam pelo sistema de tratamento ecológico. Fonte: http://www.ecocentro.org/bioconstruindo/biorremediacao.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/index.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/index.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/fotos_piscinabiologica.html
Piscinas biologicas Fonte: http://www.piscinasbiologicas.com.pt/fotos_piscinabiologica.html
Essa cadeira é feita apenas de bambu. O material cru de crescimento rápido é usado numa forma laminada e é sujeito a um processo manufaturado de alta precisao CNC. A cola para o produto é não-toxica e a cera de tratamento de superficie é natural e não-toxica. Fonte: Ecological Design. FUSION PUBLISHING, Manuela Roth, Nicolas Uphaus Colaborador Manuela Roth. Edition: illustrated. Publicado por teNeues, 2008
Berço de madeira - Protetora e romântica, resulta este berço gigante de madeira neozeolandesa de plantações totalmente sustentáveis. Fonte: Ecological Design. FUSION PUBLISHING, Manuela Roth, Nicolas Uphaus. Colaborador Manuela Roth. Edition: illustrated. Publicado por teNeues, 2008
Sala de descanso - Arquitetura Interiores Sustentáveis Fonte: http://www.criaarquiteturasustentavel.com.br/projeto-sala-de-descanso.html