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PRÓ-VIVER Av. Padre Airton Freire de Lima 81 Guanabara Betim Página 1 SABER VIVER Não sei... Se a vida é curta Ou longa demais pra nós, Mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas. Muitas vezes basta ser: Colo que acolhe, Braço que envolve, Palavra que conforta, Silêncio que respeita, Alegria que contagia, Lágrima que corre, Olhar que acaricia, Desejo que sacia, Amor que promove. E isso não é coisa de outro mundo. É o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela Não seja nem curta, Nem longa demais, Mas que seja intensa, Verdadeira, pura... Enquanto durar. (Cora Coralina)

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vivemos tem sentido, se não (Cora Coralina) Mas que seja intensa, Palavra que conforta, Alegria que contagia, Muitas vezes basta ser: Desejo que sacia, Olhar que acaricia, Não seja nem curta, É o que faz com que ela Lágrima que corre, Braço que envolve, Verdadeira, pura... Silêncio que respeita, É o que dá sentido à vida. Não sei... Se a vida é curta E isso não é coisa Av. Padre Airton Freire de Lima 81 Guanabara Betim Página 1 PRÓ-VIVER

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SABER VIVER

Não sei... Se a vida é curta

Ou longa demais pra nós,

Mas sei que nada do que

vivemos tem sentido, se não

tocarmos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:

Colo que acolhe,

Braço que envolve,

Palavra que conforta,

Silêncio que respeita,

Alegria que contagia,

Lágrima que corre,

Olhar que acaricia,

Desejo que sacia,

Amor que promove.

E isso não é coisa

de outro mundo.

É o que dá sentido à vida.

É o que faz com que ela

Não seja nem curta,

Nem longa demais,

Mas que seja intensa,

Verdadeira, pura...

Enquanto durar.

(Cora Coralina)

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O Pró-Viver foi instituído a partir de um grupo de pessoas, cuja proposta

de trabalho era atuar na defesa e preservação do meio ambiente, bem como

apoiar movimentos e organizações que proporcionassem melhoria das condições

de vida aos habitantes do município, priorizando regiões mais necessitadas. O

estatuto foi elaborado no ano de 1990 e foi registrado em Cartório de Registro

Civil em 07 de maio de 1992.

No entanto, durante a execução de seus trabalhos, a diretoria do Pró-

Viver, atenta ao agravamento da questão social, se manifesta principalmente pelo

aumento da pobreza, decidiu ampliar sua área de atuação, assim como delimitar

melhor o público alvo de suas intervenções. A nova proposta de trabalho consiste

em contribuir com a execução de políticas públicas de Assistência Social da

Criança e do Adolescente em caráter suplementar, conforme preconiza a LOAS-

Lei Orgânica de Assistência Social e o ECA-Estatuto da Criança e do Adolescente.

Nesse sentido, no ano de 2002, o Pró-Viver procedeu a alteração do

Estatuto do Projeto, incorporando em seus artigos a implementação de

programas e atividades de Assistência Social, com enfoque educativo, de modo

que os serviços são gratuitos e continuados, destinados ao atendimento de

crianças e adolescentes em situação de pobreza, vulnerabilidade e ou risco

pessoal, social. Estas mudanças estatutárias foram efetuadas e registradas em

cartório em 29 de outubro de 2002.

No decorrer do mesmo ano o Pró Viver iniciou seus trabalhos nesta nova

modalidade de atendimento, com apenas 7 crianças numa sala emprestada e,

hoje, atende 413 crianças e adolescente, numa sede própria. Essa sede possui

quinze salas e cinco banheiros, passou por uma ampla reforma e na sua área

foram construídos um galpão, um refeitório e uma cozinha. Destacamos ainda a

aquisição de um lote limítrofe a atual sede do Projeto, destinado a construção do

Centro Cultural Paulo Marcson Amaral Araújo, sendo que o mesmo encontra-se

HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

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em fase de conclusão de suas obras. Nesse centro cultural funciona uma sala de

cinema, com capacidade de 150 pessoas e salas destinadas a realização de oficinas

diversas de arte e cultura, produção de áudio-visual e informática, dentre outras.

Essas crianças e adolescentes assistidos pelo Pró-Viver permanecem na

entidade por 04 horas/dia, de segunda a sexta-feira e alem da participação nas

atividades sócia educativas, recebem duas refeições diárias. Os critérios para

atendimento são: estar matriculado na rede de ensino pública e renda familiar até

três salários mínimos. As crianças são moradores dos bairros Santa Cruz,

Guanabara, Campos Elíseos, Vila Kennedy, Paulo Camilo, Petrovale, Cruzeiro e

PTB.

De acordo com o Diagnóstico da oferta e demanda dos serviços

alternativos para crianças e adolescentes do Município de Betim, realizado em

2005 pela PUC/Minas/Betim em parceria com o Conselho Municipal de Direitos

da Criança e do Adolescente CMDCA/Betim e financiado pela Petrobrás e outros

parceiros, verificamos o seguinte:

“Identificou-se que a faixa etária de maior risco social em função de ser a

que engloba o momento da iniciação ao uso de drogas licitas e a de maior risco de

uma gravidez indesejada, é a que vai dos 09 aos 16 anos de idade. Do total

população em maior risco social, apenas 16,5% dos jovens entre 06 e 17 anos são

atendidos de alguma forma pelos serviços alternativos já ofertados, ou, dito de

outra forma, a rede atual deixa a margem do atendimento ofertado 83,5% desse

público, ou seja, aproximadamente 82, 320(oitenta e dois mil, trezentas e vinte)

crianças e adolescentes.”

As ações propostas pelo Projeto Vida e Verde, visam justamente atender

a esses adolescentes em situação de risco pessoal e social em uma região de

periferia com alto índice de violência e grande déficit de assistência. A expressão

artística cultural associada à orientação psicossocial ocupa um lugar privilegiado

na formação grupal do adolescente, é uma prioridade para combater o crescente

aumento da violência nessa fase da vida. É comum que se pense primeiro, em

empregar esse jovem, mas há que se pensar, paralelamente, na formação humana

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que é um patrimônio inseparável do individuo capaz de torná-lo um sujeito ativo,

dono de uma visão crítica que lhe permita intervir positivamente no meio social

em que vive.

Principais oficinas desenvolvidas atualmente são: judô, oficina de

orientação de atividades escolares, cerâmica, capoeira dança técnica, trompete,

percussão, flauta, danças populares, edição de vídeo e jornalismo, violão,

informática, cinegrafia, cinema pra viver, teatro, circo, esporte, papel marche,

cestaria, tear-chileno, áudio visual, assistência social e psicologia com trabalho de

prevenção (gravidez e doenças sexualmente transmissíveis), atendimento

individual e de grupo.

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A integração entre Arte e a Psicologia no contexto terapêutico é recente,

mas tem proporcionado um resultado científico em relação à avaliação de alguém

por meio de sua produção artística.

A arte terapia é realizada no Pró-Viver desde maio de 2007, pela psicóloga

Maysa de Oliveira e Almeida e o ceramista Sergio Miguel de Souza. Foi iniciado

com o trabalho Igualdade na Diversidade como meio de expressão para os

processos de transformação da pessoa. Um meio de relacionar a expressão verbal

e a não verbal através de oficinas de cerâmica em que o fazer artístico é

reconhecido como possibilidade terapêutica, condutor de novas aprendizagens e

desenvolvimento do potencial criativo. O tema proposto veio justamente trazer

uma reflexão para contrapor o sistema em que nos vivemos, onde é colocado um

padrão desrespeitando a beleza da singularidade de cada ser humano.

No ano de 2010 o Projeto Transformação visa trabalhar com as crianças e

adolescentes e despertar talentos, habilidades manuais é de proporcionar uma

discussão sobre os conflitos familiares, existenciais. Produção de placas de

cerâmica vitrificada representando as oficinas do Pró-Viver e seu auto-retrato.

Participam do projeto 60 alunos (09 a 15 anos) divididos em 10 oficinas.

O primeiro passo do Projeto Transformação foram os alunos pesquisarem

e escreverem sobre as oficinas oferecidas pelo Pró-Viver. Alguns professores

conversaram e explicaram para os participantes do funcionamento das oficinas,

dados históricos e marcantes para o desenvolvimento e crescimento das

PROJETO TRANSFORMAÇÃO

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profissões. O professor Adão passou um vídeo da história da capoeira

desmistificando o pré-conceito que existe.

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Após a pesquisa desenharam no papel antes de reproduzir para a placa de

cerâmica.

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Com os desenhos prontos os participantes aprenderam técnicas e formas

de se trabalharem com a cerâmica.

Cerâmica é a argila (barro)

Os seus principais elementos constitutivos são a sílica e o alumínio.

Há milhares de anos já se faziam objetos de argila. A Cerâmica é uma

atividade que mantém inalterável, até hoje, os seus principais fundamentos: obter

a argila, moldar, secar e queimar.

São inúmeros os tipos de argila existentes. Algumas são usadas para

confeccionar telhas, tijolos, manilhas, vasos de plantas etc; outras para

confeccionar pisos, azulejos, objetos etc; outras para a chamada louça branca

usada principalmente em banheiros- pias, vasos sanitários etc; e outras para a

chamada cerâmica artística - artesanal - objetos utilitários, objetos decorativos,

esculturas etc

A argila existe em toda superfície terrestre. Alguns tipos são encontrados a

céu aberto e outros em minas subterrâneas.

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A argila quando retirada da natureza geralmente contém corpos

indesejáveis, impurezas, e por isso necessita ser beneficiada através de processos

mecânicos e químicos. Se for conveniente podem ser acrescidos ou retirados

elementos de sua composição para usos específicos e regular sua plasticidade

(ocorrência de rachaduras e esfarelamento).

Argila para ser trabalhada

Tem que estar úmida, maleável. Se for acondicionada num invólucro de

plástico grosso, hermeticamente fechado, sua conservação se dará por longo

período de tempo. Aberta a embalagem, a argila deverá ser mantida envolta em

plástico e armazenada em recipiente fechado e em lugar fresco. Se isto não

ocorrer seu endurecimento se dará em pouco tempo, dificultando seu uso e

manuseio.

Caso a argila endureça ela pode ser reciclada sem que perca suas

características originais. Para tal deixa-se secar completamente e, em seguida,

coloca-se o material, quebrado em pequenos pedaços, num recipiente, cobrindo-

o com água. Após alguns dias, a massa resultante, já completamente amolecida,

pode ser posta para secar sobre uma placa de gesso ou de madeira. No entanto

precisa ser bem amassada para ficar novamente pronta para o uso.

A reciclagem de grandes quantidades pode ser feita com um equipamento

chamado Maromba.

Reciclagem Maromba

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Amassar o barro

O trabalho com argila requer que seja bem amassada, com as mãos, ou

mecanicamente, para compactar e eliminar todas as bolhas de ar existentes em

seu interior. As bolhas poderão fazer com que a peça exploda dentro do forno,

durante a queima, como também podem provocar rachaduras em peças que

estejam secando.

Pode-se também amassar o barro, jogando-o sobre uma superfície lisa

repetidas vezes.

Não se deve esquecer que Bater o Barro é uma etapa da preparação que

não pode deixar de ser realizada

Placa

A técnica utilizada foi a placa e o desenho sobre ela.

Para fazer placa consiste em espalhar, com um rolo, uma porção de argila

sobre uma superfície lisa, compactando-a. Deve-se cobrir a argila, com um tecido

ou plástico, para que não grude no rolo.

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E utilizar a gabarito para cortar e padronizar as placas.

Gabarito

Corte

Os alunos transcreveram suas pesquisas para as placas.

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Utilizando as ferramentas de acabamento e construção.

Ferramentas de acabamento Ferramentas de construção

Secagem

As peças de cerâmicas, depois de prontas, devem ser colocadas para secar

em local ventilado sem a incidência direta dos raios solares, para que não

empenem nem rachem. É conveniente escolher um local sem corrente de ar para

que as partes mais expostas não sequem mais rapidamente do que as menos

expostas.

O processo de secagem deve ser o mais lento possível, inclusive com as

peças moldadas com barro magro e, também, com as que se tenha adicionado

argila refratária.

Não é recomendável colocar peso em cima de uma placa para evitar

empeno. Isto porque a água contida no barro acaba saindo pelas arestas laterais

que secam primeiro, podendo provocar rachaduras.

Para retardar a secagem de uma peça deve-se envolvê-la em saco plástico,

jornal ou pano úmido e colocá-la em lugar protegido para que a umidade se

conserve por mais tempo. Este artifício costuma ser aplicado quando o término

da confecção de uma peça, por quaisquer razões, tem que ser adiado para outra

oportunidade.

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Fornos

Os fornos usados nas queimas podem ser a lenha, elétricos ou a gás. Há

inúmeros tipos e tamanhos para todas as necessidades.

Encontram-se no mercado fornos elétricos cujo isolamento é feito com

manta cerâmica, e por isto são menores, mais leves e ocupam menos espaço,

facilitando enormemente uma futura mudança do local de instalação.

Os fornos feitos com tijolos refratários são muito mais pesados e ocupam

muito espaço físico, tornando bastante complexa uma possível mudança de local

de instalação.

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Queima

A primeira queima é denominada biscoito. Serve para transformar a argila

em cerâmica, tornando-a permanentemente dura. Geralmente eleva-se até

800/900o C. Esta queima deve ser bem lenta no seu início para que não haja risco

das peças racharem ou empenarem, face a grande quantidade de água existente

na argila até atingir 200o C.

No final do cozimento constata-se uma diminuição, encolhimento, de

mais ou menos 10% em seu tamanho e volume, ficando a peça porosa e não

impermeável.

Uma queima cuidadosa de biscoito dura cerca de oito horas e deve-se

aguardar, pelo menos, outras oito horas para abrir totalmente a porta do forno,

sob o risco das peças racharem em decorrência do choque térmico.

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Eliminação, durante a queima de biscoito, de água contida no barro

O calor produzido pelo forno atua sobre a peça cerâmica de fora para

dentro, ao contrário da evaporação da água que ocorre de dentro para fora. Já que

a camada externa da peça seca mais rápido do que a interna ela se contrai

primeiro, fechando os poros da argila. Isto dificulta a saída da água de seu

interior, ocasionando uma tensão de sentido contrário: do interior para o exterior

que pode ocasionar danos.

Deve-se notar que se a temperatura do forno subir rapidamente, no início

da queima, a camada externa irá se deformar (empenar) e rachar, em razão da

argila conter muita água. Isto é que justifica a recomendação de que a queima de

biscoito deva ser bastante lenta do seu período inicial - até atingir 200 graus

aproximadamente.

Existem artifícios para tornar o barro mais magro, com menos água na sua

composição. Um deles é adicionar argila refratária à massa cerâmica. Com esta

medida o barro vai se tornar mais poroso facilitando a saída da água durante o

cozimento.

Na indústria resolve-se este problema fazendo a secagem numa atmosfera

úmida. A peça depois de aquecida é transferida do ambiente interior mais quente

para o exterior mais frio. Isto induz a saída da água já que a camada exterior irá

resfriar-se mais rápido do que a interior.

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Terminada a queima

Há a necessidade de que o resfriamento das peças se dê paulatinamente

durante, pelo menos, o mesmo tempo de sua duração. Só após a temperatura

baixar até cerca de 200o C é que se poderá entreabrir a porta do forno. Passada

uma hora, aproximadamente, pode-se iniciar a retirada das peças que, mesmo

assim, ainda estarão bem quentes. O uso de luvas é recomendado para o

manuseio, nesta ocasião.

OBS. Se este procedimento não for obedecido (resfriamento lento) há o

risco das peças racharem ao ocorrer o choque térmico - encontro com a

atmosfera exterior mais fria.

A segunda queima ou queima de esmalte (vidrado)

Feita em temperatura mais alta do que a de biscoito. Ao contrário desta,

seu final, deve ser lento para que haja tempo do esmalte fundir-se

completamente. É o momento em que a peça obtêm sua cor definitiva. Caso se

utilize um esmalte transparente só será realçada a cor da argila.

O vidrado torna a peça impermeável ficando a superfície bem lisa. Nesta

queima pode-se usar esmaltes de alta (+ de 1200 graus C); média (até 1200 graus

C) e baixa (até 1100 graus C).

Queima de Raku

O Raku - técnica de queima cerâmica, surgiu, de acordo com a tradição, no

século XVI, em Kioto–Japão, através das mãos do mestre ceramista Chojiro, ao

realizar taças para a cerimônia do chá ("cha-no-yu"). Era um costume medieval

japonês, para os grandes senhores feudais, oferecer a cerimônia do chá.

Aplicado inicialmente na decoração de peças utilizadas na cerimônia do

chá, o Raku, com o trabalho dos sucessores de Chojiro, tais como Tokunyu (séc.

XVII) e Keinyu (séc. XIX) atingiu perfeição inigualável.

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Foi o ceramista inglês Bernard Leach o primeiro a introduzir esta técnica

no Ocidente em 1920, mas deve-se ao ceramista americano Paul Soldner o fato de

ela se ter tornado verdadeiramente popular. Paul Soldner introduziu a redução

após as peças serem retiradas do forno e transformou a queima Raku num

acontecimento.

O Raku difundiu-se no mundo Ocidental sofrendo pequenas alterações de

criação artística moderna, sempre em busca de novidades e efeitos diferentes.

Trata-se de uma complexa alquimia onde intervêm os quatro elementos

(terra, fogo, água e ar), da qual resultam peças únicas, sempre maravilhosas e que

possuem características de cor e textura que as distinguem de todas as outras

técnicas cerâmicas.

Em síntese a técnica consiste em, após a queima de "biscoito" - 1ª queima,

aplicar vidrado, fazer uma 2ª queima onde o corpo cerâmico é retirado do fogo e

quando o vidrado estiver incandescente, jogar a peça em um recipiente com

materiais que possam ocasionar a redução (serradura, palha, papel, etc.)

provocando assim uma atmosfera redutora (ausência de oxigénio) e alterando as

cores dos vidrados e escurecendo o barro.

1º Queima de biscoito

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Tintas

Aplicação de vidrado

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Forno

Recipiente com serragem

Retirada das peças do forno

Após algum tempo em redução a peça é retirada e esfriada repentinamente

em água. O processo da queima dura aproximadamente 1 hora.

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O resultado final de uma peça de Raku tem sempre um lado imprevisível e,

por isso, cada peça é única. O acompanhamento direto a todas as etapas encanta

os envolvidos.

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Ao termo Raku pode-se dar o significado de: alegria, prazer, satisfação,

felicidade, satisfação, libertação ou tão simplesmente o gozo de trabalhar esta

técnica de cerâmica.

Os alunos da oficina de jornalismo acompanharam o processo de

produção de placas dos alunos com fotografias, filmagens e entrevistas.

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Funcionários e professores participaram do projeto confeccionando as

placas representando sua profissão.

Geraldo Magela Lara (Fundador do Proviver)

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Denize de Fátima Carvalho (Coordenadora)

Otávio Augusto Cotta (Professor de violão)

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Fabrício Rodrigues Muniz (Professor de musicalização)

Ecilene Roque Ricardo – Cida (Auxiliar de Serviços)

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Miracy Santos Batista (Auxiliar de Cozinha)

Maria do Carmo Souza (Auxiliar de Serviços)

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Adelson Coelho (Professor Dança Contemporânea)

Fábio de Souza (Professor de Flauta Doce)

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Valdo Martins Borges (Professor de Teatro)

Frederico Alves Ferreira de Souza (Professor de Arte Circense)

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Valdimar do Nascimento Alves (Técnico da Informação)

Margareth Aparecida de Melo (Assistente Social)

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Sheila Regina Pereira (Administração)

Gabriel Felipe Pereira Coelho (Oficce Boy)

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Adão Assis Alves Rodrigues (Instrutor de Capoeira)

Deivid Delano Almeida (Professor de Dança Contemporânea)

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Marcelo Cattaneo (Coordenador)

Claudiane Maria de Almeida (Professora de Reforço)

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Ezequiel Alves Lima (Instrutor de Judô)

Marcílio Jésio Vieira (Professor de Reforço)

Daniela Pessoa (Jornalista)

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Maysa de Oliveira e Almeida (Psicóloga Social)

Sérgio Miguel de Souza (Ceramista)

Urlen Aparecido dos Santos

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Vandré Freire Enok (Esporte)

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A arte cerâmica e as psicoterapias juntas utilizam a expressão artística

como instrumento terapêutico.

Os diversos meios utilizados permitem ao inconsciente expressar-se e

revelar aquilo que até então não era consciente, facilitando e enriquecendo o

processo terapêutico.

Recorrer às metáforas e ao simbólico através da expressão artística permite

aos alunos com alguma resistência a expressão verbal, uma possibilidade de

mostrarem os seus sentimentos de uma maneira alternativa e de certa forma

divertida, facilitando assim uma reparação das problemáticas.

A Arte terapia é similar aos processos terapêuticos psicanalíticos, porque

em sua metodologia utiliza-se em parte a livre associação das idéias e a expressão

espontânea.

O objetivo é através do contato com a argila desenvolver a percepção,

criatividade, auto-estima e sua vivência em grupo.

É a arte ilimitada unida ao processo terapêutico, que transforma a Arte

Terapia em uma técnica. A Arte Terapia resgata o potencial criativo do homem,

buscando o psique saudável e estimulando a autonomia e transformação interna,

para reestruturação do ser.

O recurso da arte aplicado a psicoterapia originou-se quando Jung passou

a trabalhar com o fazer artístico, em forma de atividade criativa e integradora da

personalidade. “Arte é a expressão mais pura que há para demonstração do

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inconsciente de cada um. É a liberdade de expressão, é sensibilidade, criatividade é

vida” (Jung, 1920).

Partindo do princípio, de que muitas vezes não consegue-se falar de

conflitos pessoais, a Arte Terapia possui recursos artísticos para que sejam

projetados e analisados, todos esses processos, obtendo uma melhor

compreensão de si mesmo, e podendo ser trabalhado no intuito de uma

libertação emocional.

É através da expressão artística que o homem consegue colocar seu

verdadeiro ser maneira mais pura e direta que possa existir.

Uma obra de arte, consegue por si só, transmitir sentimentos como

alegria, desespero, angústia e felicidade, de maneira única e pessoal, relacionadas

ao estado espiritual que encontra-se o autor no momento da confecção.

A Arte terapia tem como objetivo, favorecer o processo terapêutico, de

forma que o indivíduo entre em contato com conteúdos internos e muitas vezes

inconscientes, que foram barrados por algum motivo expressando assim

sentimentos e atitudes, até então desconhecidos.

A utilização de recursos artísticos (pincéis, cores, papéis, argila, cola,

figuras, desenhos, recortes...) tem como finalidade, a mais pura expressão, não se

preocupando com a estética, e sim com o conteúdo pessoal implícito em cada

criação e explícito como resultado final.

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Ângela Rethende

Andre Clintor

Ana Clara Gomes Duarte

Bianca Aganetti de Souza

Brenda Fernanda

Bruna Gabriele do Vale

Cleiton Sicero

Caroline Maria da Silva

Cristiara da Silva Colares

Daiane Cristine M. Ferreira

Daniela Fabiana Medeiros Pereira

Daniela Farana

Daniel Henrique

Daniel Ferreira Carneiro

Deryck Rhithe

Danilo Alves

Estefane Poliana

Fernanda Sousa

Gabriel Sousa

Geisielly Garcia Silva

PARTICIPANTES

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Hilarry Barbara

Jéssica Luisa

Jéssica Lorraine de Lima Martins

Jefferson Souza Melo

João Victor Damasceno

Jordana Nicolau de Oliveira

Keissy Kelly

Larissa Daniele

Larissa Miranda da Silva

Larissa Sousa Brito

Letícia Vieira

Luna Magalhães

Lucas Kelvyn

Mayra Cristina Almeida Mota

Matheus Augusto Barbosa S. Ferreira

Mateus Henrique

Maysa de Oliveira e Almeida

Nathalia Gabriela Souza Silva

Natheler Caroline

Nathanielle Guimarães Santos

Pedro Henrique Ferreira

Sabrina Flávia da Silva Custódio

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Stefhanie

Talia Stefany Orequio

Tamires Araújo Ribeiro

Paulo Henrique

Paloma Ferreira Costa

Pedro Henrique Ferreira dos Santos

Péricles M Portes Teixeira Pinto

Rafael Costa

Rayane Infantino da Cruz

Rilare Barbosa

Sabrina Flávia da Silva Custodio

Sarah Alves

Sergio Miguel de Souza

Tamires Araújo Ribeiro

Tiffany de Almeida

Vitor Ferreira

Vitor Ferreira Custódio

Wanderson Viana Pereira

Willian Martins de Almeida