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Artes

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  • LEONILSON: tantas verdades

    Copyright: Instituto Arte na Escola

    Autores deste material: Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque

    Reviso de textos: Soletra Assessoria em Lngua Portuguesa

    Diagramao e arte final: Jorge Monge

    Autorizao de imagens: Ludmila Picosque Baltazar

    Fotolito, impresso e acabamento: Indusplan Express

    Tiragem: 200 exemplares

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)

    (William Okubo, CRB-8/6331, SP, Brasil)

    INSTITUTO ARTE NA ESCOLA

    Leonilson: tantas verdades / Instituto Arte na Escola ; autoria e coorde-

    nao de Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque. So Paulo : Instituto

    Arte na Escola, 2005.

    (DVDteca Arte na Escola Material educativo para professor-propositor ; 3)

    Foco: FC-9/2005 Forma-Contedo

    Contm: 1 DVD ; Glossrio ; Bibliografia

    ISBN 85-98009-04-0

    1. Artes - Estudo e ensino 2. Artes - Forma 3. Artes decorativas - Ca-

    ligrafia 4. Dias, Jos Leonilson Bezerra I. Martins, Mirian Celeste II.

    Picosque, Gisa III. Ttulo IV. Srie

    CDD-700.7

    CrditosMATERIAIS EDUCATIVOS DVDTECA ARTE NA ESCOLA

    Organizao: Instituto Arte na Escola

    Coordenao: Mirian Celeste Martins

    Gisa Picosque

    Projeto grfico e direo de arte: Oliva Teles Comunicao

    MAPA RIZOMTICO

    Copyright: Instituto Arte na Escola

    Concepo: Mirian Celeste Martins

    Gisa Picosque

    Concepo grfica: Bia Fioretti

  • DVDLEONILSON: tantas verdades

    Ficha tcnica

    Gnero: Documentrio a partir de depoimentos de amigos,familiares, artistas e crticos de arte.

    Palavras-chave: Linha; caligrafia; temtica contempornea;arte e vida; bordado; arte contempornea.

    Foco: Forma-Contedo.

    Tema: A obra e a vida de Leonilson.

    Artistas abordados: Leonilson, Leda Catunda, Sergio Romagnoloe Daniel Senise.

    Indicao: Ensino Mdio.

    Direo: Cac Vicalvi.

    Realizao/Produo: Rede SescSenac de Televiso, So Paulo.

    Ano de produo: 2003.

    Durao: 23.

    Coleo/Srie: O mundo da arte.

    SinopseO ltimo caderno de Leonilson inicia o primeiro bloco deste docu-mentrio, em contraponto com a fase inicial de sua trajetria artstica.A histria do artista contada atravs de depoimentos da coordena-dora da documentao do Projeto Leonilson, de sua irm, de sua me,de crticos e de artistas. No segundo bloco, o percurso artstico fo-calizado: algumas de suas pinturas, desenhos e bordados, incluindo oprojeto e a instalao na Pinacoteca do Estado de So Paulo. Odocumentrio traz tambm a fala deste artista cearense que residiu,desde os 4 anos, em So Paulo. No ltimo bloco, sua fase final abor-dada com silncios emocionados, com a voz de crticos que apontamas contribuies de sua obra arte contempornea brasileira e com afala do prprio artista por meio de fragmentos de depoimentos.

  • 2 Trama inventivaOnde se v a forma, l est o contedo. Kandinsky discute essaquesto de modo certeiro. Para ele, a forma a expresso ex-terior do contedo interior1 . A forma visual linhas, volumes,cores,... e suas relaes compositivas o meio pelo qual o artistad ressonncia, nos materiais, sua idia/pensamento e emo-o que quer expressar. A forma conjuga-se com a matria pormeio da qual se exprime, ligada aos significados que imprimemcada artista, perodo ou poca. Forma e contedo so, assim,intimamente conectados, inseparveis, imantados. Aproximaodeste documentrio ao territrio Forma-Contedo da cartografiaoferece acesso a vias de compreenso para alm do olhar ana-ltico que separa a forma esttica do contedo tematizado.

    O passeio da cmeraAdentramos na vida e obra de Leonilson pela voz de PierinaCamargo, museloga do Projeto Leonilson que, com o gestocuidadoso, em luvas brancas, nos mostra o seu ltimo caderno.O pensamento do artista j anunciado ali, assim como o queproduz: O que fao so objetos de curiosidade.

    A cmera passeia pelos objetos-brincadeiras do artista quecolecionava diferentes objetos e se mostrava, como diz sua mee sua irm, interessado por arquitetura, pois gostava de dese-nhar fachadas. A vida, porm, o encaminhou s artes plsticas.Seus desenhos iniciais e a sua caligrafia inconfundvel somostrados juntamente com suas pinturas, bordados e instala-es, que aparecem, na maioria das vezes, entre uma fala eoutra, na abertura e fechamento dos blocos do documentrio.

    Os espectadores so envolvidos por diferentes depoimentos.H a fala da crtica de arte Lisette Lagnado, tambm autora deum livro2 baseado em uma longa entrevista com Leonilson; afala de Ivo Mesquita, curador de sua exposio na Pinacotecade So Paulo, e de Marcelo Arajo, atual diretor desse museu.O fotgrafo Eduardo Brando e a artista Leda Catunda, ami-

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    LEONILSON TANTAS VERDADES

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    gos prximos de Leonilson, falam sobre o grupo que formavame as discusses sobre arte decorridas nos encontros de sba-do e domingo tarde. So depoimentos emocionados quemontam um caleidoscpio da vida e da obra deste artista fale-cido prematuramente.

    O documentrio, entretanto, no se fecha no pesar de suamorte. Na prpria voz de Leonilson, h o seu desejo: Eu estoucheio de vontade. Um homem-peixe com todo o oceano paranadar. Eu estou totalmente pronto!. E sua esperana: Sou umhomem que levantou num avio e entrou nas nuvens, mais umavez eu estava indo para algum lugar....

    So muitas as proposies pedaggicas provocadas pelodocumentrio. Facilmente, poderamos enfatizar, na obra deLeonilson, questes ligadas ao foco Materialidade, como o usodos bordados, das tintas metlicas, das instalaes, estabele-cendo conexes com outros documentrios deste foco. Outrasproposies poderiam, ainda, conectar o DVD com LinguagensArtsticas (valorizando os meios novos) ou com Processo de Cri-ao (destacando a potica pessoal, as escolhas). Tambm se-ria possvel relacion-lo com o foco Saberes Estticos e Cultu-rais, especialmente pela via do uso de signos e da arte contem-pornea brasileira, e com Conexes Transdisciplinares(focalizando a filosofia e a reflexo sobre a morte ou as questesrelativas ao corpo). Entretanto, esse documentrio foi alocadoem Forma-Contedo, pela coeso e enlaamento entre o modocomo o artista faz e pensa seu trabalho, entre a sua idia e aforma que a torna visvel, entre a vida e a arte.

    Sobre Leonilson(Fortaleza/CE, 1957 So Paulo, 1993)

    Meu trabalho meu ponto no mundo, sabe? para onde eu corro.Meu trabalho minha observao sobre mim mesmo...

    Leonilson

    O centro da obra de Leonilson sua experincia individual, nelatransparecem suas crenas e desejos. Tendo o eu como o

  • 4grande tema de seus trabalhos, o artista realiza uma obra

    voltada para si mesmo, com influncia da religio, sexua-

    lidade e romantismo. Seu trabalho traz as ressonncias e

    as inquietaes, em relao ao comportamento das pes-

    soas, num redemoinho de quem as olha por dentro, caa-

    dor de si mesmo. A potica de Jos Leonilson Bezerra Dias produzida por essa sua forte caracterstica de observador daalma humana.

    Andando pelo mundo, Leonilson colhe imagens e palavras eas devolve em forma de arte, restituindo o eu para o centroda arte brasileira. Sua obra nos toca pela singeleza. Em umde seus bordados, ele escreve: Voil mon coeur (Aqui estmeu corao). Meu trabalho uma questo pessoal, decla-ra antes de morrer.

    Artista nmade, nascido em Fortaleza, parte de sua cidade natal,aos 4 anos de idade, rumo a So Paulo, em 1961. Criado emuma famlia catlica, Leonilson traz em sua formao dois da-dos necessrios leitura de sua obra: a cultura nordestina com a literatura de cordel, o artesanato as cores vivas e ascrenas populares e a iconografia religiosa, ancorada nosvalores morais. aluno de Regina Silveira, Jlio Plaza e NelsonLeirner no curso de licenciatura em artes plsticas, pela Fun-dao Armando lvares Penteado FAAP, no qual ingressa em1977 e abandona em 1980. Monta um ateli em parceria comLuiz Zerbini e inicia sua participao em importantes exposi-es. Sua primeira exposio individual realiza-se em Madri,em 1981. As viagens pela Itlia, Alemanha, Portugal, Frana,Holanda, Inglaterra, Sucia, Argentina, Venezuela e EstadosUnidos marcam sua trajetria e sua presena em outras indivi-duais ou coletivas. Participa tambm da 18 Bienal Internacio-nal de So Paulo, em 1985.

    Leonilson um dos maiores expoentes da chamada gerao 80,corrente que traz de volta a esttica pop produo artsticanacional. Sua obra toma impulso justamente a partir do inciodessa dcada.

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    Soube inovar na pintura, sendo o primeiro artista brasileiro a

    retirar o chassi de proteo de suas telas. Considera a ex-

    presso importante, no o suporte. Caso uma tela se rasgas-

    se, bastava costur-la. Essa atitude atesta sua viso

    dessacralizada do objeto artstico. So dessa fase as telas Sotantas as verdades, Rios de palavras e O pescador de palavras.

    No incio dos anos 80, desenha figurinos hilrios para o grupoteatral Asdrbal trouxe o trombone. O artista interessa-se pelamoda, mas pondera: muito diferente quando um estilista fazuma roupa e quando um artista costura.

    Sua primeira exposio individual ocorre em 1983, na Galeria LuisaStrina. Em 1985, apresenta seus primeiros trabalhos tridimensionaisem instalao na 18a Bienal de So Paulo: uma pirmide de livros eum globo. Deixa-se fotografar com esse globo nas costas, em refe-rncia ao mito de Atlas: carregando o mundo.

    Lisette Lagnado, em seu livro Leonilson: so tantas as verda-des (1995), classifica a produo do artista em 3 fases: Pintu-ras como prazer; Romantismo: anotaes de viagem; Ale-goria da doena. Essa periodizao, diz a autora, ajuda aelucidar o emaranhado de signos visuais e verbais integrantesdo trabalho de Leonilson, evidenciando o denso repertrio uti-lizado para elaborar suas obras. A ltima fase, de 1989 at amorte, a mais profcua e complexa.

    De 1991 at a sua morte, Leonilson ilustra a coluna da jornalis-ta Brbara Gancia na Folha de S. Paulo com desenhos queconjugam palavras e imagens, uma arte verbovisual. O livro decrnicas Leonilson: use, lindo, eu garanto, rene os desenhosdessa poca.

    Leonilson falece aos 36 anos em decorrncia de complicaescausadas pela aids. Em homenagem aos dez anos da morte doartista, a Pinacoteca do Estado de So Paulo realiza, em 2003,a mostra Leonilson na 18a Bienal de So Paulo, com curadoriade Ivo Mesquita, o qual comenta: Ele trouxe a questo da iden-tidade, do contador de histrias, o que o tornou uma refernciae uma vertente bastante atual.

  • 6 Os olhos da arteO trabalho - para ser forte e coeso tudo tem que ter valor, pelo menosaproximado, a figura, a cor de fundo que dou, o fato de estar fazendotela, ou bordado ou desenho...

    Leonilson

    A coeso que abordada no documentrio, pela prpria fala deLeonilson, evidencia o enlaamento entre o modo como ele faz epensa seu trabalho. Vida e arte, numa relao umbilical, ditamsua potica. Vivendo um tratamento que inclua metais, Leonilsonpinta com tintas metlicas. Imagens e palavras denotam seu pen-samento, seu pensar e sentir crtico, suas inquietaes, como,por exemplo, o desenho com balanas vazias, mostrado nodocumentrio, que nos fala de relaes assimtricas, dedesequilbrio, de injustia.

    A inseparabilidade de forma e contedo implica na operao arts-tica em dois processos, segundo Pareyson 3 : um processo de for-

    mao de contedo e um pro-cesso de formao de matria,uma relao contedo-forma euma relao matria-forma.Tudo tem seu valor na obra - afigura, a cor de fundo, a tela, obordado, o desenho confor-me os depoimentos do prprioartista. A caligrafia, expostano desenho, na palavra, na

    pintura, revela-se pela for-

    ma singular, em suportes

    inusitados (voile, linho, ve-

    ludo, feltro) ou to simples

    como o papel, com ferra-

    mentas to artesanais como

    uma agulha de bordado ou

    uma simples caneta esfero-

    grfica. Atravs de palavras

    Leonilson - Empty Man, 1991

    Bordado sobre linho, 54 x 39 cm

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    reveladoras, de senti-

    dos quase indizveis,

    labirnticos, de ocul-

    tao e aparecimento

    como a linha que as

    tecem. Os louros ocetro o tombo, qual apotncia dessas pala-vras bordadas em frgiltecido? No seria esseum bom exemplo da in-separabilidade de formae contedo, na relaoentre contedo-forma ematria-forma?

    Para alm da materialidade, interessante adentrar no trabalhode Leonilson pela temtica. Suas obras trazem a consistncia nar-rativa da profunda sinceridade, a cumplicidade secreta e ambgua eo tom confessional de um dirio ntimo, como nos diz a crtica ecuradora Katia Canton 4: contedo incorporado matria.

    As narrativas enviesadas, o corpo, a efemeridade da vida

    e a degradao fsica dos corpos, a sinceridade e o cinis-

    mo, a memria como condio de humanidade, so tem-

    ticas contemporneas, segundo Ktia Canton5 . Signos apa-recem convidando leitura enigmtica de letras, cruzes, vul-ces e corpos em raio X. Marcas presentes na obra de Leonilsonque incorporam a exploso do eu ntimo na arte contempor-nea brasileira e so destacadas no documentrio de LisetteLagnado: No falar de si, no ser observador de si mesmoque o torna um artista, mas a densidade com que o faz, comtantas verdades..

    Encontramos um olhar sobre esse querer dizer e o modo de di-zer de Leonilson, no texto de Clara de Ges em Imagem escrita 6 .

    Era uma vez... o tempo imperfeito de Ser... pretrito atualizado nopresente passado que teima em continuar quando passado e asluzes se apagaram j pois passado e tudo morte retomou. Pontofinal de vida que comeo em cruz ponto de cruz, s vezes, num

    Leonilson

    Caderno, 1989.

  • 8paninho que recolhe, moda de alapo, um suspiro de vento, veludorapidamente costurado, invlucro da morte por um triz, instante deSilncio, quando, em meio a runas, o objeto se compraz de olhar.

    O objeto, como um cofrinho; melhor, um relicrio... relicrio despojadode ouro, prata, pompa e circunstncia, encerrando a relquia, resto, purotrao-sobrevivncia, inscrio da morte sobre os materiais prosaicos que suportam a existncia. Resto que produz evocao. Evocaoque se cria e se cr no ato mesmo de evocar-se, no no mbito dopensamento, mas desses mesmos materiais que vo, ao longo da vida,carregando os retalhos da memria que, deslocados do pensamento,se costuram em outras configuraes e circunstncias. (...) De corte,costura e vus, a obra de Leonilson vai se tecendo nos traos que, defiguras, chegam palavra, poesia da letra bordada inscrio da subs-tncia tctil dos materiais... os mesmos da infncia.

    Da costura arte, o percurso do erro, do engasgo, do caroo irredutvelque, a, difano como um sopro. (...) E, por fim, a confisso:

    s vezes eu acho que gosto das pessoas pelo tanto de trabalhosque eu posso dedicar a elas.

    O amor toma conta de Leonilson, certo... mas no s do corpo. Afria da posse se desloca obra no esvaziamento dos volumes e nacriao de corpos difanos onde permanece, apenas, a marca da le-tra em nome: JOS 7 .

    Numa relao umbilical, vida e arte, forma e contedo, pensa-mento e matria, carne e alma, so enlaadas e conectadas narudeza, na sensibilidade, na incgnita da vida e da morte.

    Um importante terico da arte contempornea, Michel Archer8 ,coloca que a arte um encontro contnuo e reflexivo com o mun-do em que a obra de arte, longe de ser o ponto final desse proces-so, age como iniciador e ponto central da subseqente investiga-o do significado. Por meio da arte possvel pensar sobre omundo, sobre a vida. A arte provocadora de uma atitude de buscade significados, aflorados pela matria que nos toca tanto quantoo significado de palavras que podem fugir de uma lgica cartesiana.A dualidade Logos e Eros pode ser vista em outros artistas tam-bm centrados em seus modos particulares de habitar o mundo,como Lygia Clark, Arthur Bispo do Rosario, Sandra Cinto, FlviaRibeiro, Louise Bourgeois, Eva Hesse, Efrain Almeida, Jos Rufino.Outros artistas que enfatizam a linha e o desenho tambm pode-riam ser buscados nos documentrios alocados em LinguagensArtsticas, Forma- Contedo e Materialidade.

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    O passeio dos olhos do professorPossveis problematizaes podem despertar olhos talvez ador-mecidos ou banalizados pelo hbito do olhar superficial. Paraisso, sugerimos que voc assista ao documentrio antes demostr-lo para os alunos, e registre as suas impresses duran-te a exibio, por meio de anotaes (escritas, desenhadas,coladas...). Como Leonilson, crie tambm um dirio de bordo,um instrumento de registro dos rumos trilhados por seu pensarpedaggico que sero retomados e desenvolvidos durante todoo processo de trabalho junto aos alunos. Algumas questespodem ajud-lo, como uma pauta do olhar:

    O que o documentrio desperta em voc?

    O documentrio faz perguntas a voc? Quais?

    O que voc imagina que os alunos gostariam de ver nodocumentrio? O que causaria atrao ou estranhamento?

    Que aspectos da obra de Leonilson chamam mais sua ateno?

    Lisette Lagnado fez uma longa entrevista com Leonilson e,posteriormente, escreveu um livro. No documentrio, ela fazreflexes a respeito da obra do artista e diz que ele sabia sereste o seu ltimo depoimento. O que voc seleciona comoessencial na fala dessa crtica e curadora de arte?

    Para voc, a escolha da matria e da forma parece integrada temtica do trabalho de Leonilson?

    Das imagens da produo artstica de Leonilson presentesno documentrio, quais voc selecionaria para mostrar omodo como o artista lidava com as palavras? Como essa pre-sena esttica pode ser usada?

    Que questes sobre a arte, o amor, a vida, a morte e o com-portamento das pessoas o filme lhe provoca?

    Em dois momentos distintos, o documentrio mostra o tra-balho de catalogao e conservao da obra de Leonilson.Voc poderia introduzir essas questes em sala de aula?

  • qual FOCO?

    qual CONTEDO?

    o que PESQUISAR?

    Zarp

    potica da materialidade

    dimenso simblica da matria

    papel, tela, voile,algodo, linho, lona,feltro, espelho

    suportes

    natureza da matria

    matrias no convencionais:pedras semipreciosas, botes,linhas, arame de cobre, objetos

    Materialidade

    conservao, documentao, catalogao

    preservao ememria

    PatrimnioCultural

    ConexesTransdisciplinares

    aids, sexualidade, homossexualidade,arte e filosofia, tica dos prazeres

    arte e cinciashumanas

    pando

    Forma - Contedo

    elementos davisualidade

    linha, caligrafia, letra desenhada/pictrica

    temticas contemporneas: subjetividade,arte e vida, identidade, memria,narrativa, corpo, dirio pessoal

    SaberesEstticos eCulturais

    histria da arte

    sistema simblico

    arte contempornea, gerao 80

    linguagem, signos, cdigos

    Linguagens Artsticas

    desenho, pintura, bordado

    meiostradicionais

    meiosnovos

    objeto, instalao

    artesvisuais

    Processo deCriao

    potica pessoal, inquietude,inteno criativa, dilogo coma matria, anotaes

    projetos, ateli, mesa

    ao criadora

    ambincia de trabalho

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    Ao rever as anotaes, o seu modo singular de percepo eanlise se revelar. A partir desses registros e da escolha do focode trabalho, quais questes voc incluiria numa pauta do olharpara o passeio dos olhos dos seus alunos pelo documentrio?

    A pauta no precisa ser trabalhada com os alunos como umquestionamento verbal. O contato deles com suas questespode ocorrer por meio das diversas proposies que voc for-mular para aprender-ensinar arte. As respostas deles tambmpodem no ser verbais, possvel que sejam expressas pelodesenvolvimento de seus processos de trabalho.

    Percursos com desafios estticosSo vrias as possibilidades que o documentrio oferece. Den-tre elas focalizamos a questo da Forma-Contedo que, em-bora possa parecer um assunto complexo, favorece a aprendi-zagem da especificidade da linguagem da arte. Apresentamosalgumas proposies pedaggicas que preparariam os alunospara ver o documentrio e para criar, olhar e pesquisar. Sodesafios estticos que problematizam e atiam o pensamentopara a criao.

    O passeio dos olhos dos alunosAlgumas possibilidades:

    Antes de mostrar o documentrio, voc pode encaminharuma pesquisa via internet, na biblioteca ou em revistas dearte, para a busca de alguma informao sobre o artista JosLeonilson Bezerra Dias. Essa uma das formas de desper-tar a curiosidade em torno do artista. Em seguida, seria in-teressante que os autores da pesquisa colocassem, para osdemais colegas da sala, o que foi encontrado, relatando suasdescobertas como se fossem detetives. Voc pode estimu-lar os alunos a fazerem perguntas, explorando aquilo queeles gostariam de saber sobre o artista. O mesmo levanta-mento pode ser feito, mesmo que nada tenha vindo da pes-quisa solicitada. O que eles poderiam prever de um artista

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    que tem esse nome e que nasceu em Fortaleza, em 1957, eque morreu em So Paulo, em 1993? Essas perguntas tra-zem curiosidade para ver o documentrio?

    O que seus alunos gostam de fazer? O que no gostam? possvel pedir para que cada aluno formule questes acer-ca desse tema (lembre-se do caderno de Leonilson). O queescreveram? O que foi mais inusitado? O que foi mais im-provvel? Aps socializar as idias expressas de forma gerale rpida, voc pode iniciar a exibio do documentrio e fa-zer uma interrupo no texto que diz: o que eu fao soobjetos de curiosidade. um bom momento para proble-matizar o que eles viram, buscando as percepes, os sen-tidos construdos, o que chamou a ateno dos alunos. Outroestmulo pode surgir da comparao das frases de Leonilsone a sua caligrafia com as dos alunos. Convide-os, ento, paraverem o documentrio inteiro e descobrirem o que so osobjetos de curiosidade.

    Sem que os alunos tenham visto o documentrio, voc podequestion-los sobre o que pensam ser as linguagens arts-ticas, que tipos de materiais e procedimentos so usadosem sua produo. Qual a temtica recorrente no tipo demanifestao artstica que eles conhecem? O que prefe-rem ou conhecem como arte? Em seguida, voc poderconduzir uma reflexo sobre a possibilidade de uso de di-ferentes materiais que no aqueles que conhecem e reco-nhecem como adequados produo artstica. Pergun-te se conhecem alguma obra, ou algum artista que faz usode materiais ou procedimentos no convencionais na arte,e que faa obras semelhantes a um dirio. Uma vez mobi-lizados e instigados, a apresentao do documentrio in-teiro, para que tenham noo do todo, torna-se interes-sante. Depois, possvel encaminhar uma reflexo, porexemplo, sobre a vida e a obra de Leonilson. Tente obser-var como reagem s questes polmicas que o documen-trio traz, nvel de aceitao, atitudes de rejeio, precon-ceito, ou seja, as reaes diante do filme.

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    Desvelando a potica pessoalA obra de Leonilson incentiva proposies pedaggicas que setornem espao da criao pessoal, desafiando os alunos paraa produo de suas prprias poticas. Sugerimos duas propo-sies que podem ser escolhidas individualmente pelos alunos. interessante permitir, tambm, que eles inventem seus pr-prios desafios.

    Pode ser intrigante o pedido para que cada aluno faa seudirio, assim como Leonilson, com certa economia de pala-vras (para que a narrativa ganhe uma condio menos lite-rria) e desenhos, marcando cada dia, durante um tempodeterminado, buscando materiais, cores e formas para darvisualidade aos sentimentos e pensamentos que rondaramo processo. Ao final do projeto, quais poticas surgiram noscadernos apresentados?

    possvel propor que pensem em materiais consideradosno convencionais. O desafio de criar vrios trabalhos, fa-zendo uso desses materiais pesquisados, na busca de suaprpria marca pessoal, pode ser um recurso bastante rico einteressante.

    Ampliando o olhar

    H momentos vividos no cotidiano que nos trazem inquie-tos pensamentos, emoes e sensaes. Partindo dessaidia, voc pode solicitar aos alunos que pensem num mo-mento vivido que lhe seja especial e, a partir da, pedir paraque imaginem uma palavra ou pequena frase, um material euma forma que expresse e registre esse momento singular.Tornam-se oportunos questionamentos como: por que es-colheram o material especfico? Por que aquela forma? Porque aquela palavra? As repostas podem ser registradas emuma folha. (Se o grupo, como um todo, for arredio a essassolicitaes mais pessoais, sugira que tragam memriaum momento da vida de algum que lhes prximo. Talvez,

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    isso gere uma melhor aceitao). Depois, voc pode dividiros alunos em pequenos grupos e solicitar a apresentaode seus projetos aos colegas, buscando seu entendimentosobre a relao entre a palavra, a matria, a forma e a idiado autor. Quais so as sugestes do grupo para que o tra-balho fique mais coeso? Dessa discusso, nascer a produ-o a ser apresentada para a classe e discutida por todos.Esse poder revelar-se um bom momento para ampliar oolhar sobre o conceito de forma e contedo.

    Um olhar sobre as caligrafias, do passado e do presente,das crianas e dos adolescentes e de diferentes adultos, outra sugesto para gerar uma boa discusso. possvelabordar, tambm, as letras oferecidas no computador, as-sim como as utilizadas nas propagandas e outdoors. Vocspodero refletir e perceber como esses signos expressammodos de ser. Que formas de letras escolheriam para falarde uma manh feliz? De uma noite triste? Invente com osalunos textos que poderiam escrever com determinadasformas de letras.

    Outra boa investigao pode tratar de outros artistas quefazem uso de materiais e suportes no convencionais, procu-rando informaes sobre esses procedimentos na arte con-tempornea. O site especializado em alguns artistas e criado por Leda Catundae Srgio Romagnolo, que foram amigos de Leonilson, uminteressante ponto de partida para essa busca.

    O documentrio, durante o depoimento do fotgrafo Eduar-do Brando, mostra ao fundo a obra Karen, Sandra, Ellen,Eliane, Henry, Keila e Chico, da artista Keila Alaver que,desde o incio de sua carreira, trabalha com o tema auto-retrato. Procurando, a partir dessa obra, informaes so-bre a recriao e subverso da tradio do auto-retrato,quais conexes podem ser tecidas com a obra de Leonilson?

    Pontes, malas, torres, escadas, corpos transparentes soalguns signos visuais utilizados por Leonilson. A partir de-les, possvel convidar cada aluno para a escolha de um

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    desses signos e solicitar que o repita recriando outras situa-es, outras conexes, outros significados. Voc pode pedirque busquem outros materiais e suportes para desenh-los,e, ainda, organizar uma pequena exposio na classe sobreesses signos visuais, verificando as significaes possveis eestabelecendo relaes com as vidas de seus autores.

    Conhecendo pela pesquisa possvel que o foco da pesquisa seja o prprio documen-trio. Por exemplo, os questionamentos para a conduo deuma investigao biogrfica poderiam ser: que elementosforam usados para mostrar a vida do artista? Qual a impor-tncia do registro dessas informaes coletadas por meioda memria das pessoas que conviveram com ele? Qual aimportncia de coletar, catalogar, registrar e conservar a vidae a obra dos artistas da contemporaneidade? A partir des-tas questes, pergunte se eles gostariam de fazer uma bi-ografia? De quem seria? De que modo? Se algum grupo seinteressar de fato, d a oportunidade para que faam, en-quanto outros grupos se dedicam a outras produes.

    Leonilson gostava muito de literatura de cordel. O que osalunos sabem sobre ela? Quais as temticas mais comuns?Como so realizadas e vendidas? Eles sabem por que estaliteratura chamada de cordel? Lance uma pesquisa so-bre esta manifestao popular e provoque-os para que fa-am em grupo uma histria que conte, por exemplo, a vidana escola em que estudam.

    O documentrio traz a presena da museloga do ProjetoLeonilson. O que os alunos conhecem sobre procedimentosde pesquisa, coleta de dados, organizao de documentos,informaes? O que seria interessante preservar na comuni-dade em que vivem? E nos guardados familiares? A partir da,podem nascer projetos de catalogao e preservao da me-mria, ou uma pesquisa sobre um pequeno museu na cidade,ou mesmo sobre uma coleo de algum da comunidade.

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    No documentrio, Daniel Senise apresenta a obra Leda e ocisne de Leonilson. O mito de Leda e o cisne sobrevive athoje e sua expresso na arte pode ser encontrada desde asesculturas na Grcia Antiga. Do que nos fala esse mito?Como outros artistas o expressaram? A pesquisa poderprovocar discusses sobre o desejo e a seduo.

    Amarraes de sentidos: portflioO percurso do projeto desenvolvido, quando registrado, nospossibilita rever e avaliar o que realmente foi significativo, e re-alizar a escolha do que deve constar, ou no, num registro final.

    interessante que a forma de elaborao e apresentao doportflio seja discutida e decidida coletivamente. O resultadopode ser criado em pequenos grupos, individualmente ou podeconstituir-se em uma nica produo para toda a sala. Sugeri-mos que sejam criados cadernos, onde os desenhos, as cali-grafias, as frases/palavras possam contar o que estudaram,conheceram e aprenderam com este projeto.

    Valorizando a processualidade

    importante perceber que transformaes aconteceram no pro-cesso. Quais conhecimentos foram construdos? O que no eraconhecido e agora se conhece? O que ainda se deseja conhecer?

    Olhando para o processo vivido, voc poder avaliar o seu pro-jeto inicial, as etapas que efetivamente foram desenvolvidas,as dificuldades no caminho, as solues encontradas, os ajus-tes que se fizeram necessrios, as surpresas geradas durantea pesquisa. O que faltou, ou o que teria sido mais bem aprovei-tado caso tivesse sido feito de outra maneira? Se o projeto fosserealizado novamente, o que voc mudaria? Ampliaria ou redu-ziria as aes? Aumentaria o tempo de desenvolvimento? Man-teria o mesmo enfoque?

    A organizao de um debate com os alunos, aps essa suaprimeira reflexo, pode levar a discusses sobre a percepo

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    do percurso seguido, sobre o que sabiam antes e o que sabemagora, sobre o que mudou na compreenso da arte contempo-rnea, da obra de Leonilson, sobre o prprio trabalho artsticoe de pesquisa. Mediado por essas e outras questes, o debatepoder levar compreenso do que efetivamente aprenderame como podero transpor esse conhecimento para sua vidapessoal e para o seu processo criativo.

    GlossrioCorpo de certa forma, o interesse da arte contempornea pelas ques-tes do corpo ligam-se ao contexto de final do sculo XX, globalizao,ao anonimato gerado nos contatos virtuais pelo sistema corporativista dosmeios de comunicao virtual. No contexto social, uma nova e radicalfisicalidade revela-se pela presena da aids, alm de outras doenasvirais, aliada a um culto ao corpo que permite transformaes fsicas, sclonagens e aos experimentos genticos. Fonte: CANTON, Katia.Novssima arte brasileira. So Paulo: Iluminuras, 2001.

    Instalao o termo incorporado ao vocabulrio das artes visuais nadcada de 60, designando ambientes construdos nos espaos das gale-rias e museus. As ambigidades que rondam a noo, desde a origem, nopodem ser esquecidas, mas tampouco devem afastar o esforo de pensaras particularidades dessa modalidade de produo artstica que lana aobra no espao, com o auxlio de materiais muito variados, na tentativa deconstruir um certo ambiente ou cena, cujo movimento est dado pela re-lao entre objetos, construes, o ponto de vista e o corpo do observa-dor. Para a apreenso da obra preciso percorr-la, passar entre suasdobras e aberturas, ou, simplesmente, caminhar pelas veredas e trilhasque ela constri por meio da disposio das peas, cores e objetos. Fonte:.

    Literatura de cordel um tipo de literatura do povo, escrita em livri-nhos-mal-acabados, de 11 por 15 cm, que se padronizam atravs do papeldobrado em quatro, com 8, 16, 24, 32, 48 e 64 pginas. O cordel de 8 e 16pginas chamado folheto, o de 24 e 32 pginas conhecido como ro-mance e o de 48 e 64 pginas, bem como o que aparece seriado ou commais de um volume, o romance-exagerado. Os livrinhos so vendidosnas praas, mercados e feiras, pendurados num cordo (cordel), abertosao meio. Fonte: ACCIOLI, Marcus. Guriat: um cordel para menino. SoPaulo: Melhoramentos, 1988.

    Memria um movimento de resistncia na arte contempornea movidopela atitude artstica de vasculhar as memrias pessoais e configurar umatento olhar para dentro. Processa-se, ento, um movimento contra a apa-

  • material educativo para o professor-propositor

    LEONILSON TANTAS VERDADES

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    tia e a amnsia geradas por um avassalador panorama externo de exces-sos, estabelecido pela cultura da mdia eletrnica e ciberntica que produzum mximo de informao contido em mnimo de tempo. Fonte: CANTON,Katia. Novssima arte brasileira. So Paulo: Iluminuras, 2001.

    Narrativas enviesadas as relaes de dualidade entre corpo e esprito,a memria e os registros pessoais so o grande e inquietante tema de umanova gerao de artistas. Ele se estrutura a partir de arranjos formais econstrues conceituais que formam narrativas no lineares, enviesadas,que levam em conta a sofisticao da estruturao de materiais e meios,oriundos de projetos desenvolvidos pela vanguarda modernista, que mar-cou grande parte do sculo 20. Fonte: CANTON, Katia. Novssima artebrasileira. So Paulo: Iluminuras, 2001.

    Objeto tem sua origem nas assemblages cubistas de Picasso, nas inven-es de Marcel Duchamp e nos objects trouvs (objetos encontrados)surrealistas. No Brasil, a questo do objeto se abre na dcada de 60, comtrabalhos que rompem com a bidimensionalidade da pintura. A construode objetos e o uso de objetos prontos em trabalhos compostos se expandi-ram e, hoje, so considerados uma categoria. Fonte: COSTA, Cacilda Teixeirada. Arte no Brasil 1950-2000. So Paulo: Alameda, 2004.

    Subjetividade o perfil de um modo de ser, de pensar, de agir, de so-nhar, de amar, de fantasiar, etc. - que recorta o espao, formando um in-terior e um exterior. Porm, as subjetividades encontram-se, hoje, atra-vessadas por uma infinidade cambiante de fluxos heterogneos, tomadaspor intensidades, foras/fluxos que compem os meios variveis quehabitam a subjetividade: meio profissional, familiar, sexual, econmico,poltico, cultural, informtico, turstico, etc. Portanto, no h subjetivida-de sem uma cartografia cultural que lhe sirva de guia. Reciprocamente,no h cultura sem um certo modo de subjetivao que funcione segundoseu perfil. Nessas condies, revela-se na subjetividade sua natureza desistema complexo, heterogentico e distante do equilbrio. Mais do quesubjetividades, o que h so processos de individuao ou subjetivao.Fonte: .

    BibliografiaFARIAS, Agnaldo. Breve roteiro para um panorama complexo: a produo

    contempornea (1980 a 1994). In: Bienal Brasil Sculo XX, So Paulo:Fundao Bienal de So Paulo,1994.

    CANTON, Katia. Novssima arte brasileira. So Paulo: Iluminuras, 2001.

    ____. Geraes Costuradas. Revista Bravo. So Paulo. n. 70, julho/2003.

    GES, Clara de. Livro 6. In: SALGADO, Renata (org.). Imagem escrita.Rio de Janeiro, Graal, 1999.

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    LAGNADO, Lisette. Leonilson: so tantas as verdades = so many are thetruths. So Paulo: Projeto Leonilson e SESI, 1995.

    MESQUITA, Ivo. Leonilson: use, lindo, eu garanto. So Paulo: ProjetoLeonilson e Cosac & Naify, 1997.

    PAREYSON, Luigi. Os problemas da esttica. So Paulo: Martins Fontes, 1984.

    REIS, Paulo Roberto de Oliveira. A construo do desenho-sujeito,temporalidade e catografias em Leonilson. (Tese de Doutorado). Riode Janeiro: Pontifcia Universidade Catlica do Rio de Janeiro, 1998.

    Seleo de endereos sobre arte na rede internet

    Os sites abaixo foram acessados em 13 jan. 2005.

    ALAVER, Keila. Disponvel em: .

    CATUNDA, Leda. Disponvel em:.

    ENCICLOPDIA ITA CULTURAL DE ARTES VISUAIS. Disponvel em:.

    LEDA E O CISNE, Mito. Disponvel em: .

    LEONILSON BEZERRA DIAS, Jos. Disponvel em: .

    ____. Disponvel em: .

    ____. Disponvel em: .

    ____. Disponvel em: .

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    ROMAGNOLO, Sergio. Disponvel em: .

    SENISE, Daniel. Disponvel em: .

    Notas1 KANDINSKY, Wassily. Sobre a questo da forma. In: Olhar sobre o pas-sado. So Paulo: Martins Fontes, 1991, p. 118.2 Lisette LAGNADO, Leonilson: so tantas as verdades = so many arethe truths.3 Luigi PAREYSON, Os problemas da esttica, p. 57 (grifos do autor).4 Katia CANTON, Geraes costuradas. Revista Bravo, p.77.5 Katia CANTON, Novssima arte brasileira6 Clara de GES, Livro 6, p.82-95.7 O texto completo est disponvel no site da DVDteca.8 ARCHER, Michel. Arte contempornea Uma histria concisa. So Paulo:Martins Fontes, 2001, p. 236.