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Construções em alvenaria

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SUMÁRIO

Introdução pág. 2

Objetivo pág. 2

Revisão Bibliográfica pág. 2

Bibliografia pág. 12

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1. Introdução

A Atividade Prática Supervisionada (APS) do 7° semestre tem como

objetivo o estudo dos projetos de edificações em alvenaria estrutural,

características dos blocos de alvenaria, tecnologia construtivas aplicadas,

estudo comparativo de custos de edificações em alvenaria estrutural e concreto

armado, considerações sobre os riscos em alvenaria estrutural, conforto, meio

ambiente e sustentabilidade desse tipo de construção. Para tal, foi feito um

levantamento bibliográfico sobre o tema.

2. Objetivo

A Atividade Prática Supervisionada (APS) tem como objetivo o estudo

das edificações em alvenaria estrutural.

3. Revisão Bibliográfica

a. Alvenaria Estrutural

Existem diversos sistemas estruturais que podem ser adotados na

concepção de um projeto. A escolha do sistema se dá em função do uso da

edificação, do custo e recursos.

Num sistema totalmente estruturado lajes, vigas e pilares têm a

finalidade de resistir ao peso próprio e a todas as cargas atuantes. Nestes

casos, as paredes funcionam como elemento de vedação, sem

responsabilidade estrutural. No caso da alvenaria estrutural, o processo

construtivo se caracteriza pelo uso de paredes como principal estrutura de

suporte, desempenhando, assim, um duplo papel: vedação vertical e suporte

estrutural.

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Figura 1: exemplo de alvenaria estrutural. Obra sem pilar ou viga. Fonte: http://www.nepae.feis.unesp.br/alvenaria.php, acesso em 23 de outubro de 2014.

É um sistema construtivo que utiliza peças (cerâmicas, concreto, sílico-

calcáreo) industrializadas de dimensões e pesos manuseáveis, ligadas por

argamassa, tornando o conjunto monolítico.

Esse sistema tem sido utilizado a milhares de anos. Desenvolveu-se

pelo simples empilhamento de unidades, tijolos ou blocos. Os vao eram

executados com peças auxiliares, como vigas de madeira ou pedra.

Posteriormente passaram a serem feitos os arcos, obtidos através do arranjo

entre as unidades. Esse novo método deu maior qualidade e beleza à alvenaria

estrutural. Um bom exemplo disso é a parte superior da Igreja de Notre Dame

(Figura 2).

Foi a principal técnica estrutural até inicio do século XX. Apesar do

surgimento de teorias matemáticas como as de Aristóteles, Da Vinci e Euler,

aas estruturas foram em sua maioria projetadas empiricamente, sendo a

técnica passada de geração para geração, as melhorias baseadas em

experiências anteriores.

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Figura 2: Interior da Catedral de Notre Dame, em Paris.

A alvenaria estrutural tem boas características de durabilidade, estética

e desempenho térmico e acústico. Quando executada de forma racional,

projetadas de acordo com as normas, apresenta simplificação das técnicas de

execução, maior velocidade, redução de mão-de-obra, redução de formas,

escoramentos e armaduras. Além da economia na aplicação de revestimentos

e redução de desperdícios. As desvantagens estão nas limitações do projeto

arquitetônico e na dificuldade para reformas.

b. Características dos blocos de alvenaria

Noventa por cento do volume de uma parede é formado pelas unidades

de alvenaria (blocos), por isso as características das paredes são fortemente

influenciadas pelo tipo de bloco. A alvenaria estrutural utiliza, principalmente,

blocos cerâmicos ou de concreto, mas existem também as opções em solo-

cimento, concreto celular auto clavado e blocos silico-calcários.

Existem normas específicas para fabricação de blocos: NBR 7170, NBR

8491, NBR 15270-2, NBR 15270-3, NBR 6136.

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Em geral as unidades devem apresentar bom desempenho em relação a

resistência mecânica, estanqueidade, isolamento térmico e acústico e

resistência e reação ao fogo.

A Figura 3 mostra as dimensões dos blocos e tijolos cerâmicos. Entre as

propriedades que podem ser analisadas nesse tipo, três são consideradas

fundamentais: resistência a compressão, precisão dimensional e índice de

absorção.

Figura 3: Blocos cerâmicos

A resistência do bloco (fbk) depende da matéria prima utilizada, bem

como do processo da queima. Em geral, considera-se a resistência como um

indicador de qualidade. Devido a importância desse parâmetro, existe uma

norma que define o procedimento a ser utilizado para estimar a resistência à

compressão de um lote. O valor mínimo é 3 Mpa.

A precisão dimensional influencia muito pois a modulação vertical e

horizontal depende das dimensões do bloco e o prumo lateral afeta diretamente

na quantidade de material utilizado para o revestimento das paredes.

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O índice de absorção representa a proporção, em relação a massa do

bloco, de água absorvida.

Na Figura 4 temos os blocos de concreto que tem sido empregado em

larga escala no Brasil. Foi o primeiro bloco a possuir uma norma brasileira para

calculo de alvenaria estrutural. Possui boa resistência à compressão, sendo a

faixa de produção entre 4,5 Mpa e 16 Mpa.

Figura 4: Bloco de concreto

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Os blocos e tijolos sílico-cálcareos (Figura 5) são prismáticos, fabicados

com cal e agregados finos, predominantemente quartzo, que são moldados por

pressão e compactação, sofrendo posterior endurecimento sob ação do calor e

pressão de vapor. Tem a vantagem de dispensar o chapisco e o emboço no

revestimento.

São bastante utilizados na Europa, onde a execução em alvenaria não

armada é tradicional e existe uma preocupação muito grande com o isolamento

térmico. No Brasil são fabricados na faixa de 6 Mpa a 10 Mpa.

Figura 5: Blocos sílico-cálcareos

c. Vantagens e Desvantagens

A economia brasileira tem passado por um bom momento. Por esse

motivo houve um grande crescimento no setor da construção civil, muitos

empreendimentos surgiram e muitos outros ainda estão para surgirem.

Buscando um melhor rendimento possível, as empresas se deparam com a

escolha do sistema construtivo ideal para seus projetos. Serão apresentadas

as vantagens e desvantagens dos sistemas estrutural de concreto armado e

alvenaria estrutural.

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A Alvenaria estrutural é um dos processos construtivos mais antigos que

se tem conhecimento. Ao longo dos anos esse processo foi se aperfeiçoando e

sendo inserido no mercado construtivo como uma das alternativas mais viáveis

e eficazes do ponto de vista de segurança e econômico.

Estudos têm demonstrado que o conveniente uso dessa estrutura

podem trazer vantagens como: simplificação das técnicas de execução, menor

diversidade de materiais empregados, redução de mão-de-obra, economia de

formas, maior rapidez de execução. Como desvantagens estão, como já

citados, as limitações no projeto arquitetônico, impossibilidade de adaptação

para novo uso, além da necessidade de mão-de-obra qualificada e bem

treinada.

O concreto armado pode ter surgido da necessidade de se aliar as

qualidades da pedra (resistência à compressão e alta durabilidade, porém com

baixa resistência à tração) com as do aço (resistências mecânicas elevadas),

com a vantagem de poder assumir qualquer forma, de maneira fácil e rápida.

Nos projetos desse tipo as paredes servem apenas para vedação, não tendo

função estrutural. Como desvantagem se dá o fato de necessitar de um tempo

maior para execução e um custo mais elevado.

Estudos mostram que na comparação entre os sistemas obteve-se o

custo mais baixo com a alvenaria estrutural. Além disso, o custo com mão-de-

obra também é mais barato, por apresentar maior produtividade em certas

atividades.

Na fundação estima-se uma diferença de 10% a menos na alvenaria

estrutural. No quesito alvenaria, o custo no sistema em alvenaria estrutural é

28% maior, já que o custo dos blocos de concreto é bastante superior aos de

tijolos cerâmicos. Na supra estrutura o custo na alvenaria estrutural é em torno

de 30% menor, pois a estrutura é composta pelas elevações armadas de bloco

de concreto e há diminuição de todos os insumos que compõem este item,

incluindo concreto, graute e formas de aço. O revestimento no concreto armado

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é mais necessário para um bom acabamento, acabando por custar 20% mais

caro.

d. Exemplos de Construções em Alvenaria Estrutural

Figura 6: Basílica de Maxentius e Constantino, Roma.

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Figura 7: Coliseu, Roma.

Figura 8: Basílica de Santa Sofia, Istambul.

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Figura 9: Monadnock Building, Chicago. Exemplo mais marcante de alvenaria estrutural, 16 andares, paredes com 1,80 metros de espessura no térreo.

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4. Bibliografia

ALVES, Cleber de Oliveira; PEIXOTO, Egleson José dos Santos. Estudo

comparativo de custo entre alvenaria estrutural e paredes de concreto armado

moldadas no local com formas de alumínio, 2011. Trabalho de conclusão de

curso em Engenharia Civil, Universidade da Amazônia.

BASTOS, Paulo Sérgio dos Santos. Fundamentos do concreto armado, 2006.

Notas de aula departamento de Engenharia Civil, Universidade Estadual

Paulista.

PILOTTO, Gisah Abramovici; VALLE, Thompson Ricardo do. Comparativo de

custos de sistemas construtivos, alvenaria estrutural e estrutura em concreto

armado no caso do empreendimento Piazza Maggiore, 2011. Trabalho de

conclusão de curso em Engenharia Civil, Universidade Federal do Paraná.

SANTOS, Marcus Daniel Friederich. Técnicas Construtivas em Alvenaria

Estrutural: Contribuição ao Uso, 1998. Tese (Mestrado em Engenharia Civil),

Universidade Federal de Santa Maria.

Universidade Federal do Rio Grande do Sul- Alvenaria Estrutural. Disponível

em: < http://www.ufrgs.br/napead/repositorio/objetos/alvenaria-estrutural/index.php>.

Acesso em: 23 de outubro de 2014.