Apresentação teleconferência 1T05 - Apresentação dos Resultados
Apresentação -curso_biossegurança_og_ms_ch ristiane_microrganismos2
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Análise de risco sobre a biota do solo
Christiane Abreu de Oliveira Paiva
Embrapa Milho e Sorgo
Porque devemos zelar pela saúde do solo ?
POPULAÇÃO MICROBIANA SOLO
• FUNGOS, BACTÉRIAS, ALGAS
• MACRO E MESO FAUNA
SOLO
• Fração física, Química
• FRAÇÃO BIOLÓGICA
CULTURAS
• INTERAÇÃO PLANTA-SOLO-MICRORGANISMOS
• NUTRIÇÃO
Porque nos devemos zelar pela saúde do solo ?
1. Nos solos ocorrem processos chave para equilíbrio da vida no planeta, em sua maioria mediados por comunidades microbianas
• Purificação e armazenamento de água
• Decomposição/Mineralização
• Fixação biológica de Nitrogênio
• Ciclagem de Nutrientes
2. Tipicamente, existem 40 milhões de células bacterianas/g de solo (Whitman et al. 1998), totalizando uma massa que excede a biomassa de plantas e animais no planeta (Hogan
2010) 3. Fonte de
biodiversidade
www.agencia.cnptia.embrapa.br Foto: Dr Itamar Soares de Melo
Principais funções dos microrganismos do solo
• Fixação Biológica de Nitrogênio
• Micorrizas
• Microrganismos Promotores do Crescimento de Plantas : fitohormonios
• Controle Biológico
• Solubilizadores de Rochas
• Atividade Enzimática
• Banco de Germoplasma
Porque devemos monitorar as comunidades microbianas no solo ?
1. Microrganismos são praticamente onipresentes e reagem rápido à alterações químicas e físicas no ambiente
2. Alterações em comunidades microbianas são muitas vezes precursoras de mudanças na saúde e na vitalidade do ambiente como um todo.
3. Comunidades microbianas exercem funções essenciais para a funcionamento do sistema solo-planta
4. Existem metodologias bem estabelecidas para o estudo de comunidades microbianas
• Acesso a diversidade microbiana
–Domínio de metodologia clássicas, baseadas em técnicas dependentes de cultivo;
–Domínio de técnicas moleculares – independentes de cultivo
•Avaliação da atividade microbiana no solo – bioindicação da saúde do solo
(Medição do impacto ambiental no solo)
• Biomassa - coeficiente metabólico
• Biolog
• DGGE, técnicas moleculares
• Enzimas
Análise de Risco OGMs
Solo
Biota
Resolução Normativa 09 CTNBIO
Não trata especificamente de bioindicadores do solo relacionados a microrganismos
Artigo 11: Monitoramento em geral: questionários, relatórios de artigos publicados, outras ferramentas
Não existem normas específicas de técnicas e metodologias
Avaliação do Impacto de
plantas GMs no solo
Natureza da
substância
Tipo de evento
Tipo de solo e cultura
Analise de risco Pré liberação
Indicadores de processos
Indicadores de abundância
Indicadores de persistência da proteína
METODOLOGIAS SUGERIDAS PARA ANÁLISE DE RISCO:
–Pré-liberação:
• Indicadores de processos:
–Métodos enzimáticos,
–métodos específicos (depende do evento, ex.: fixação de N),
–PCR em tempo real,
– Atividade metabólica,
–Coeficiente metabólico ??
•
•
•
•
METODOLOGIAS SUGERIDAS PARA ANÁLISE DE RISCO:
– Pré-liberação:
• Indicadores abundância – Quantificação da população de microrganismos do solo
(biota do solo, invertebrados também), biomassa
– Indicadores de biodiversidade – Caracterização de grupos específico: métodos
moleculares de fingerprint de comunidade (ex.: DGGE, T-RFLP, ...)
– Uso de metagenômica para caracterização
• Indicadores de persistência da proteína (se for o caso) ou outra substância, como enzimas. – Quantificação por ELISA, quantificação da taxa de
decomposição e liberação de nutrientes.
•
•
•
•
– Pós-liberação:
• Menor número de indicadores – seria feito uma correlação múltipla e tentar sugerir os melhores indicadores para pós monitoramento.
Resultados de pesquisa Embrapa Milho e Sorgo
Embrapa Agrobiologia
Projetos
• Impacto da utilização do milho Bt em lepidopteros-praga, predadores e organismos não-alvo
– Líder: Simone Martins Mendes
• 2010-2012
• Impacto ambiental de milho transgênico expressando toxinas de Bacillus thuringiensis sobre a entomofauna, microbiota do solo e produção de grãos
– Líder: Fernando Hercos Valicente
• 2/1/2011 a 30/12/2014
Projeto 1: Impacto da utilização do milho Bt em lepidopteros praga, predadores e organismos não-
alvo
• Objetivos/Hipóteses
• Hipótese 1: A utilização de plantas de milho Bt não afeta a incidência e atividade de organismos não-alvo
• Impactos de toxinas Bt sobre a estrutura e função de comunidades bacterianas na rizosfera
• Diversidade funcional da comunidade bacteriana do solo
• Diversidade genética da microbiota através de eletroforese em gel de gradiente desnaturante (DGGE)
• Hipótese 2: Restos vegetais de plantas Bt podem afetar a comunidade microbiana do solo e apresentar distintas taxas de decomposição, alterando a ciclagem de nutrientes
• Decomposição e ciclagem de nutrientes a partir de resíduos de plantas Bt
Projeto 1: Impacto da utilização do milho Bt em lepidopteros praga, predadores e organismos não-
alvo
• Qualidade biológica do solo rizosférico de plantas
transgênicas de milho, expressando proteínas CryAb e Cry1F
• Atividade Enzimática
• Perfil Metabólico de Comunidades
Figura 1: Ilustração da determinação da atividade da urease e arginase
0,15 g Agitação
Reagente A e C + Incubação 37ºC + Reagente D e E Centrifugação Leitura
400 nm
SOLO
0,5 g
1,0 g SOLO
Agitação
Reagente A + Incubação 37ºC + Reagente B
Centrifugação Reagente C e D
Leitura
Incubação
660 nm
100μl
SOLO
Extração/
Diluição
Centrifugação (4000g, 15’)
Inoculação em placas ECOPLATES - BIOLOG
Figura 2: Ilustração da determinação da atividade das fosfatases
Figura 3: Ilustração da determinação da diversidade funcional da comunidade microbiana
Figura 1: Ilustração da determinação da atividade da urease e arginase
0,15 g Agitação
Reagente A e C + Incubação 37ºC + Reagente D e E Centrifugação Leitura
400 nm
SOLO
0,5 g
1,0 g SOLO
Agitação
Reagente A + Incubação 37ºC + Reagente B
Centrifugação Reagente C e D
Leitura
Incubação
660 nm
100μl
SOLO
Extração/
Diluição
Centrifugação (4000g, 15’)
Inoculação em placas ECOPLATES - BIOLOG
Figura 2: Ilustração da determinação da atividade das fosfatases
Figura 3: Ilustração da determinação da diversidade funcional da comunidade microbiana
Qualidade biológica do solo rizosférico de plantas transgênicas de milho, expressando proteínas CryAb e Cry1F
Efeito local predominante, não ocorrendo diferença significativa
entre as variedades de Milho Bt avaliadas e sua isolínea
Qualidade biológica do solo rizosférico de plantas transgênicas de milho, expressando proteínas CryAb e Cry1F
Efeito local predominante, não ocorrendo diferença significativa
entre as variedades de Milho Bt avaliadas e sua isolínea
Tabela 1. Atividade metabólica (Total – BIOLOG - Ecoplates),
Número de substratos utilizados (S), Diversidade metabólica (Índice de Shannon - H) em 72 horas de incubação para amostras de solo não rizosférico e rizosférico de 3 genótipos de milho transgênicos e não transgênicos, em solo de várzea e cerrado
• Projeto 2: Impacto ambiental de milho transgênico expressando toxinas de Bacillus thuringiensis sobre a entomofauna, microbiota do solo e produção de grãos
• Objetivos
• A utilização de plantas de milho Bt não afeta a a estrutura e a função de comunidades microbianas do solo incidência e atividade de organismos não-alvo
• Impactos de toxinas Bt sobre a estrutura e função de comunidades bacterianas na rizosfera
• Diversidade funcional da comunidade bacteriana do solo
• Diversidade genética da microbiota através de eletroforese em gel de gradiente (DGGE), T-RFLP e clonagem/sequenciamento
• Projeto 2: Delineamento Experimental
Blocos casualizados com 4 repetições
• Ano 1 Safra 2010/2011 – 12 tratamentos
• Ano 2 Safra 2011/2012 – 18 tratamentos
• (Janeiro de 2012)
• O experimento plantado na mesma posição ano após ano
• Duas Localidades – Sete Lagoas e Janaúba
• Duas épocas de amostragem – 30 e 45 dias após plantio
• Tratamentos
• Milho Bt
• Isolinha
• Isolinha + tratamento químico
Experimento Janúba ano 2 – Safra 2011/2012
• Projeto 2: Parâmetros Avaliados
Micorrizas
• Taxa de colonização radicular
• Diversidade molecular da comunidade colonizando raízes (T-RFLP)
Fixadores de Nitrogênio
• Diversidade molecular genes Nif (DGGE)
Comunidade Bacteriana Total
• Diversidade molecular da comunidade por 16S rRNA (DGGE)
Perfil Metabólico da Comunidade Bacteriana
• BIOLOG – Ecoplates
Decomposição palhada Milho Bt
• Ensaios in vitro
Tabela 2. Atividade metabólica (Total – BIOLOG - Ecoplates), Diversidade metabólica (Índice de Shannon - H) e Equitabilidade – E de amostras de solo rizosférico de 6 genótipos de milho transgênicos e não transgênicos, no Município de Sete Lagoas Ano 2 – Safra 2011/2012
Atividade H E
Genótipo Coleta 1
Coleta 2
Coleta 1
Coleta 2
Coleta 1
Coleta 2 MON 810 16.59 Aa 21.71 Bb 3.30 ns 3.38 ns 0.97 ns 0.98 ns
Isolinha 1 + Q 18.89 Aa 18.04 Aa 3.38 ns 3.40 ns 0.98 ns 0.99 ns
Isolinha 1 16.55 Aa 20.43 Ab 3.33 ns 3.39 ns 0.97 ns 0.99 ns
Bt11 16.92 Aa 21.50 Ab 3.29 ns 3.41 ns 0.96 ns 0.99 ns
Isolinha 2 + Q 16.94 Aa 21.26 Ab 3.28 ns 3.39 ns 0.96 ns 0.99 ns
Isolinha 2 21.59 Aa 18.27 Aa 3.38 ns 3.37 ns 0.99 ns 0.99 ns
HERCULEX 16.72 Aa 21.20 Ab 3.32 ns 3.38 ns 0.97 ns 0.99 ns
Isolinha 3 + Q 18.94 Aa 22.05 Ab 3.36 ns 3.40 ns 0.98 ns 0.99 ns
Isolinha 3 17.65 Aa 16.75 Aa 3.33 ns 3.39 ns 0.97 ns 0.99 ns
MON8034 15.22 Aa 21.52 Bb 3.32 ns 3.41 ns 0.97 ns 0.99 ns
Isolinha 4 + Q 18.29 Aa 19.83 Ab 3.30 ns 3.42 ns 0.96 ns 1.00 ns
Isolinha 4 21.09 Aa 23.12 Ab 3.37 ns 3.40 ns 0.98 ns 0.99 ns
DKB390 CINCO 14.89 Aa 16.25 Aa 3.19 A 3.39 B 0.94 ns 0.99 ns
Isolinha 5 17.62 Aa 16.25 Aa 3.36 ns 3.42 ns 0.98 ns 1.00 ns
Isolinha 5 + Q 20.33 Aa 20.13 Ab 3.38 ns 3.39 ns 0.98 ns 0.99 ns
IMPACTO VIPTERA 17.27 Aa 18.53 Aa 3.32 ns 3.39 ns 0.97 ns 0.99 ns
Isolinha 6 10.87 Aa 17.65 Ba 3.14 ns 3.38 ns 0.92 A 0.98 B
Isolinha 6 + Q 19.35 Aa 20.64 Ab 3.37 ns 3.38 ns 0.98 ns 0.99 ns
Letras maiúsculas comparam médias entre coletas – Scott-Knott a 5% Letras minúsculas comparam médias entre colunas (genótipos) – Scott-Knott a 5%
Tabela 3. Atividade metabólica (Total – BIOLOG - Ecoplates), Diversidade metabólica (Índice de Shannon - H) e Equitabilidade – E de amostras de solo rizosférico de 6 genótipos de milho transgênicos e não transgênicos, no Município de Janaúna, MG Ano 2 – Safra 2011/2012
Atividade H E
Genótipo Coleta 1
Coleta 2
Coleta 1
Coleta 2
Coleta 1
Coleta 2 MON 810 16.66 A 21.01 B 3.42 ns 3.39 ns 1.00 ns 0.99 ns
Isolinha 1 + Q 17.17 A 19.76 A 3.41 B 3.37 A 0.99 ns 0.98 ns
Isolinha 1 13.19 A 20.58 B 3.38 A 3.41 B 0.99 ns 0.99 ns
Bt11 14.12 A 18.09 B 3.41 B 3.37 A 0.99 ns 0.98 ns
Isolinha 2 + Q 14.38 A 20.93 B 3.42 ns 3.41 ns 1.00 ns 0.99 ns
Isolinha 2 15.39 A 18.83 A 3.40 ns 3.38 ns 0.99 ns 0.98 ns
HERCULEX 16.92 A 20.45 A 3.42 ns 3.40 ns 0.99 ns 0.99 ns
Isolinha 3 + Q 14.90 A 20.02 B 3.40 ns 3.39 ns 0.99 ns 0.99 ns
Isolinha 3 15.55 A 19.21 A 3.40 ns 3.40 ns 0.99 ns 0.99 ns
MON8034 13.89 A 20.57 B 3.40 ns 3.40 ns 0.99 ns 0.99 ns
Isolinha 4 + Q 14.31 A 19.98 B 3.41 ns 3.41 ns 0.99 ns 0.99 ns
Isolinha 4 15.06 A 22.15 B 3.40 ns 3.41 ns 0.99 ns 0.99 ns
DKB390 CINCO 16.14 A 18.70 A 3.41 ns 3.39 ns 0.99 ns 0.99 ns
Isolinha 5 15.23 A 21.02 B 3.40 ns 3.41 ns 0.99 ns 0.99 ns
Isolinha 5 + Q 17.46 A 20.02 A 3.41 ns 3.40 ns 0.99 ns 0.99 ns
IMPACTO VIPTERA 18.03 A 20.46 A 3.41 ns 3.41 ns 0.99 ns 0.99 ns
Isolinha 6 13.62 A 20.27 B 3.39 ns 3.41 ns 0.99 ns 0.99 ns
Isolinha 6 + Q 16.85 A 21.17 B 3.40 ns 3.39 ns 0.99 ns 0.99 ns
Letras maiúsculas comparam médias entre coletas – Scott-Knott a 5%
Conclusões • Projeto 1: O cultivo de milho Bt, nas condições avaliadas,
não tem causado mudanças significativas na atividade das enzimas Arginase, Fosfatase ácida e alcalina e Urease;
• Projeto 1: O cultivo de milho Bt, nas condições avaliadas, não causou mudanças significativas no perfil metabólico de comunidades microbianas amostradas da rizosfera das plantas;
• Projeto 2: O cultivo de milho Bt, nas condições avaliadas, causou mudanças significativas no perfil metabólico de comunidades microbianas amostradas da rizosfera das plantas no município de Sete Lagoas, mas não em Janaúba.
• Em sua maioria causando aumento na atividade metabólica da comunidade microbiana
Equipe
• Dra. Christiane Abreu de Oliveira Paiva
• Dra. Eliane Aparecida Gomes
• Dr. Francisco Adriano de Souza
• Dr. Ivanildo Evódio Marriel
• M.Sc. Ubiraci Gomes de Paula Lana
Avaliação comparativa da Biota do Solo em Feijoeiro Olathe Pinto e Olathe 5.1 modificado geneticamente
para resistência ao mosaico dourado
Maria Elizabeth Fernandes Correia
Embrapa Agrobiologia
Simbiose Feijoeiro/Rhizobium tropici
Micorrizas arbusculares
Solo sob influência do feijoeiro
Macro e mesofauna Biomassa microbiana Alfa-proteobactérias Atividade respiratória Atividade enzimática
Componentes investigados
Impacto do feijoeiro 5.1 sobre a biota do solo
Exsudados radiculares e tecidos vegetais senescidos podem alterar quantitativamente e qualitativamente os organismos do solo, e os processos em que estão envolvidos
Análise da rizosfera do feijoeiro
www.agencia.cnptia.embrapa.br Foto: Dr Itamar Soares de Melo
Locais de estudo áreas de cultivo de feijão
(2 ensaios em cada localidade – 2008/2009)
0-42 43-108 109-245 246-679 > 680 outros
Área em ha
Santo Antônio de Goiás
Sete Lagoas
Londrina
Conclusão
O feijoeiro 5.1, modificado geneticamente para resistência ao mosaico dourado, não afeta as simbioses com fungos micorrízicos e bactérias
fixadoras de N2, assim como a quantidade, qualidade e atividade da biota do solo rizosférico,
comparativamente ao feijoeiro convencional Olathe
Obrigada!!!