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    UN. 1 INTRODUO AUDITORIA FINANCEIRA

    Conceito

    Inicialmente a auditoria limitava-se verificao dos registros contbeis, visando observar se eles

    eram exatos. Com o tempo ampliou-se o campo da auditoria, entretanto muitos ainda a julgam

    como portadora exclusiva desse remoto objeto.

    O termo auditoria, de origem latina (vem de audire), foi utilizado pelos ingleses para rotular a

    tecnologia contbil da reviso (auditing), mas hoje tem sentido mais abrangente.

    Atualmente, alm da misso de exame, a auditoria passa tambm crtica, como conseqncia das

    suas interpretaes. Essa uma tendncia essencialmente dinmica que se origina dos aspectos

    novos que se vm imprimindo cincia contbil.

    Diante disso, Lopes de S (2.000, p. 25) define essa cincia em toda sua amplitude assim:

    Auditoria uma tecnologia contbil aplicada ao sistemtico exame dos registros,

    demonstraes e de quaisquer informes ou elementos de considerao contbil, visando a

    apresentar opinies, concluses, crticas e orientaes sobre situaes ou fenmenos

    patrimoniais da riqueza aziendal, pblica ou privada, quer ocorridos, quer por ocorrer ou

    prospectados e diagnosticados.

    Crepaldi (2007), de forma bastante simples, define auditoria como o levantamento, estudo e

    avaliao sistemtica das transaes, procedimentos, operaes, rotinas e das demonstraes

    financeiras de uma entidade.

    Diz ainda que consiste em controlar as reas-chaves nas empresas a fim de evitar situaes que

    propiciem fraudes, desfalques e subornos, atravs de testes regulares nos controles internos

    especficos de cada organizao.

    Histria

    Almeida (2008) conta que a auditoria externa ou auditoria independente surgiu como parte da

    evoluo do sistema capitalista. No incio, as empresas eram fechadas e pertenciam a grupos

    familiares. Com a expanso do mercado e o acirramento da concorrncia, houve a necessidade de a

    empresa ampliar suas instalaes fabris e administrativas, investir no desenvolvimento tecnolgico

    e aprimorar os controles e procedimentos internos em geral, principalmente visando reduo de

    custos e, portanto, tornando mais competitivos seus produtos no mercado.

    Entretanto, para processar todas essas mudanas foi necessrio captar recursos junto a terceiros,

    principalmente mediante emprstimos bancrios a longo prazo e abrindo seu capital social para

    novos acionistas.

    No entanto, esses futuros investidores precisavam conhecer a posio patrimonial e financeira, a

    capacidade de gerar lucros e como a empresa estava sendo administrada. A melhor forma de ter

    essas informaes era atravs das demonstraes contbeis da empresa.

    Como conseqncia, as demonstraes contbeis passaram a ter importncia muito grande para os

    futuros investidores. Como medida de segurana contra a manipulao das informaes, os

    investidores passaram a exigir que essas empresas fossem examinadas por um profissional

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    independente e de reconhecida capacidade tcnica. Esse profissional o auditor externo ou auditor

    independente.

    Foi a partir de 1934, nos EUA, que a profisso de auditor assume importncia e cria um novo

    estmulo, uma vez que as empresas que transacionavam aes na Bolsa de Valores foram obrigadas

    a se utilizarem dos servios de auditoria para dar maior credibilidade a suas demonstraes

    financeiras.

    No Brasil, a evoluo da auditoria est primariamente relacionada com a instalao de empresas

    internacionais de auditoria independente, uma vez que investimentos tambm internacionais foram

    aqui implantados e compulsoriamente tiveram de ter suas demonstraes financeiras auditadas.

    Segundo Attie (2006, p.29), as principais influncias que possibilitaram o desenvolvimento da

    auditoria no Brasil foram:

    a. filiais e subsidirias de firmas estrangeiras; b. financiamento de empresas brasileiras atravs de entidades internacionais; c. crescimento de empresas brasileiras e necessidade de descentralizao e diversificao de

    suas atividades econmicas;

    d. evoluo do mercado de capitais; e. criao das normas de auditoria promulgadas pelo Banco Central do Brasil em 1972; e f. criao da Comisso de Valores Mobilirios e da Lei das Sociedades Annimas em 1976.

    Objetivo

    O objetivo do exame das demonstraes financeiras expressar uma opinio sobre a propriedade

    das mesmas e assegurar que elas representem adequadamente a posio patrimonial e financeira, o

    resultado de suas operaes e as origens e aplicaes de recursos correspondentes aos perodos em

    exame, de acordo com os princpios fundamentais de contabilidade, aplicados com uniformidade

    durante os perodos.

    Dessa forma, o objetivo principal da auditoria pode ser descrito, em linhas gerais, como o processo

    pelo qual o auditor se certifica da veracidade das demonstraes financeiras preparadas pela

    companhia auditada e emite o parecer.

    rgos relacionados com os auditores

    Os principais rgos relacionados com os auditores so os seguintes:

    CVM: a Comisso de Valores Mobilirios, criada pela Lei 6.385/76, uma entidade autrquica e

    vinculada ao Ministrio da Fazenda. Ela funciona como um rgo fiscalizador do mercado de

    capitais no Brasil. O auditor externo ou independente, para exercer atividades no mercado de

    valores mobilirios, est sujeito a prvio registro na CVM.

    IBRACON: o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, fundado em 1971, uma pessoa

    jurdica de direito privado sem fins lucrativos. Seus objetivos principais so: fixar princpios de

    contabilidade e elaborar normas e procedimentos relacionados com auditoria (interna e externa) e

    percias contbeis.

    CFC e CRC: o Conselho Federal de Contabilidade e os Conselhos Regionais de Contabilidade

    foram criados pelo Decreto-lei 9.295 de 27/05/1946. Esses conselhos representam entidades de

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    classe dos contadores e tm a finalidade principal de efetuar o registro e fiscalizar o exerccio da

    profisso de contabilista.

    AUDIBRA: o Instituto dos Auditores Internos do Brasil, fundado em 20/11/1960, uma sociedade

    civil de direito privado e no tem fins lucrativos. Seu principal objetivo promover o

    desenvolvimento da auditoria interna, mediante o intercmbio de idias reunies, conferncias,

    congressos, publicaes de livros e revistas e divulgao da importncia da auditoria interna junto a

    terceiros.

    O que leva uma empresa a contratar um auditor externo

    Segundo Almeida (2008) os principais motivos que levam uma empresa a contratar um auditor

    externo ou independente so os seguintes:

    obrigao legal (companhias abertas, fundos de penso, seguradoras e quase todas as entidades integrantes do SFN);

    como medida de controle interno;

    imposio de um banco para ceder emprstimo;

    imposio de um fornecedor;

    a fim de atender s exigncias do prprio estatuto ou contrato social;

    para efeito de compra ou incorporao da empresa;

    para efeito de fuso ou ciso de empresas;

    para fins de consolidao das demonstraes contbeis (a consolidao obrigatria para a companhia aberta que tiver mais de 30% do valor de seu patrimnio lquido representado

    por investimentos em sociedades controladas).

    Mtodos de auditoria

    Segundo Crepaldi (2007), os mtodos aplicados pela tcnica de auditoria so:

    retrospeco: a auditoria examina fatos j ocorridos e o faz sempre minuciosamente atravs de amostragem.

    anlise: o fator predominante, o que realmente caracteriza o mtodo ou conduta de trabalho na tcnica de auditoria.

    Tecnicamente, o mtodo orienta a execuo do trabalho, dando-lhe, aproximadamente, as seguintes

    fases:

    levantamento de condies de rotina administrativa financeira e contbil;

    planejamento da auditoria;

    obteno das provas;

    relatrio de auditoria;

    certificados.

    Tipos de auditoria

    Os trabalhos de auditoria podem ser classificados em dois tipos:

    1. Auditoria de demonstraes financeiras: o exame das referidas demonstraes contbeis, analisando os critrios adotados, a sua autenticidade e apresentar parecer ao final.

    2. Auditoria operacional ou de gesto: consiste em revises metdicas de programas, organizaes, atividades ou segmentos operacionais dos setores pblico e privado, com a

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    finalidade de avaliar e comunicar se os recursos da organizao esto sendo usados

    eficientemente e se esto sendo alcanados os objetivos operacionais.

    A auditoria de gesto deve estar centrada em situaes empresariais de maior risco para a

    continuidade dos negcios, proporcionando s organizaes recomendaes que auxiliem na

    tomada de decises.

    Procedimentos de auditoria

    Os procedimentos de auditoria representam um conjunto de tcnicas que o auditor utiliza para

    colher as evidncias sobre as informaes das demonstraes financeiras. A seguir os principais

    procedimentos:

    Contagem fsica: procedimento utilizado para as contas do ativo e consiste em identificar

    fisicamente o bem declarado nas demonstraes financeiras, como dinheiro em caixa, estoques,

    ttulos de aplicaes, bens do ativo imobilizado etc.

    Confirmao de terceiros: esse procedimento utilizado pelo auditor para confirmar, por meio de

    carta (carta de circularizao), bens de propriedade da empresa em poder de terceiros, direitos a

    receber e obrigaes.

    Conferncia de clculos: o contador efetua diversos clculos em todo o processo de elaborao das

    demonstraes financeiras, na base de teste. So testados, por exemplo, os clculos de valorizao

    de estoques, de amortizao de despesas antecipadas e diferidas, das depreciaes dos bens do ativo

    imobilizado, dos juros provisionados, etc.

    Inspeo de documentos: existem dois tipos de documentos, os internos e os externos. Esses

    documentos representam os comprovantes hbeis que suportam os lanamentos nas contas

    contbeis. Exemplo de documentos internos: relatrio de despesas, boletim de caixa, apropriao de

    custos, depreciao, registro de empregado, folha de pagamento, etc. Documentos externos: notas

    fiscais, duplicatas de fornecedores, aplice de seguro, contratos, escritura de imveis, certificado de

    propriedade de veculos, etc.

    EXERCCIOS

    1) Assinale V ou F para as frases a seguir. ( ) Pelo balano patrimonial o futuro investidor pode avaliar a capacidade da empresa de gerar

    recursos.

    ( ) Uma das melhores formas de o futuro investidor avaliar uma empresa por meio de suas

    demonstraes contbeis.

    ( ) O auditor externo, para dar sua opinio ou parecer, tem de examinar todos os lanamentos

    contbeis da empresa.

    ( ) O auditor interno um empregado da empresa auditada.

    ( ) uma das funes do auditor interno elaborar as demonstraes contbeis da empresa.

    ( ) Em uma organizao, o Departamento de Auditoria deveria estar subordinado gerncia

    financeira.

    ( ) Uma das funes do auditor interno verificar se as normas internas esto sendo seguidas pelos

    empregados da empresa.

    ( ) O Ibracon tem como finalidade principal a fiscalizao do mercado de capitais no Brasil.

    ( ) O objetivo principal do auditor externo detectar todas as irregularidades da empresa.

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    2) Um dos principais objetivos do auditor interno :

    a) Verificar a necessidade de aprimorar as normas internas vigentes b) Examinar a demonstrao do resultado do exerccio e emitir seu parecer c) Examinar as demonstraes contbeis e emitir sua opinio d) Descobrir todos os roubos realizados

    3) Um dos motivos que levam uma empresa a contratar o servio de um auditor externo o

    seguinte:

    a) Aumentar os lucros b) arranjar novos mercados para seus produtos c) promover melhor poltica de administrao de pessoal d) atender s exigncias estatutrias

    4) Relacione a coluna da esquerda com a da direita.

    1. Incorporao ( ) Unio de duas ou mais empresas para formar uma nova sociedade

    2. Fuso ( ) Agrupamento de demonstraes contbeis de duas ou mais empresas

    3. Ciso ( ) Uma empresa absorvida por outra

    4. Consolidao ( ) A empresa transfere parcela de seu patrimnio para outra sociedade

    5) Sob o aspecto financeiro, indique a proteo que a auditoria oferece riqueza patrimonial

    a) Contribui para a reduo da ineficincia e da negligncia. b) Possibilita melhor controle dos bens, direitos e obrigaes. c) Assegura a maior exatido dos custos e veracidade dos resultados. d) Resguarda crditos de terceiros, contra possveis fraudes.

    6) Qual o campo de atuao da Auditoria Contbil? (marque a alternativa correta)

    a) Verifica exclusivamente os registros contbeis, se estes esto dentro dos padres e recomendaes aceitveis, inerentes legislao pertinente.

    b) Todos os segmentos da empresa ou instituies que so controlados pelos registros e controles contbeis.

    c) Verifica as demonstraes financeiras da empresa com base nos princpios contbeis, examina a eficincia dos procedimentos em vigor na empresa, avalia os controles internos e

    a poltica da empresa.

    d) fiscalizar o fiel cumprimento das normas internas da empresa e emitir relatrio das falhas, irregularidades e desvios encontrados, alm de verificar as demonstraes financeiras e a

    gesto da empresa.

    7) Assinale a opo que contenha demonstrativos divulgados pelas companhias abertas no Brasil e

    que devem ser, obrigatoriamente, objeto da opinio de auditores independentes, de acordo com a

    legislao societria:

    a) Balano Patrimonial, DRE e DOAR b) Balano Patrimonial, Balano Social e DRE c) Balano Patrimonial, Balano Social e DOAR d) DRE, DVA e Demonstrao do Fluxo de Caixa

    8) Relacione a coluna da esquerda com a da direita.

    1. Inspeo fsica ( ) Dinheiro em banco

    2. Carta de confirmao ( ) Dinheiro em caixa

    3. Conferncia de clculos ( ) Estoques armazenados na empresa

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    4. Inspeo de documentos ( ) Estoques em poder de terceiros

    ( ) Avaliao de estoques

    ( ) Compras de matria-prima

    ( ) Amortizao de despesas antecipadas de seguro

    ( ) Depreciao do ano

    ( ) Despesas de salrios

    ( ) Fornecedores a pagar

    ( ) Diferena de cmbio em emprstimos em moeda estrangeira

    ( ) Pagamentos de emprstimos

    ( ) Compra de bens do ativo imobilizado

    ( ) Avaliao de investimentos

    ( ) Ttulos representativos dos investimentos

    ( ) Duplicatas a receber de clientes

    AUDITORIA INTERNA E EXTERNA

    As classes de auditoria variam de acordo com o tratamento que se d ao objeto de estudo.

    Existem duas classes fundamentais de auditoria quanto ao processo indagativo:

    auditoria geral ou sinttica: situa-se como exame de cpula, sem indagaes de pormenores. a auditoria financeira, situa mais na anlise de balanos.

    auditoria detalhada ou analtica: abrange o exame de todas as transaes e todos os documentos.

    Outra classificao dos servios de auditoria relativa forma de interveno, a qual pode ser:

    interna;

    externa.

    Relativo aos assuntos contbeis, o auditor interno e o externo operam em geral no mesmo campo, e

    ambos tm interesse na verificao da existncia de:

    Um sistema efetivo de controle interno para salvaguardar o patrimnio;

    Um sistema contbil capaz de refletir a posio contbil e o resultado das operaes.

    AUDITORIA INTERNA

    o conjunto de procedimentos que tem por objetivo examinar a integridade, adequao e eficcia

    dos controles internos e das informaes fsicas, contbeis, financeiras e operacionais da entidade.

    Tem as seguintes caractersticas:

    uma avaliao independente;

    executada por um profissional da empresa;

    ligada direo da empresa;

    contratado pela CLT;

    Suas responsabilidades so:

    Informar e assessorar a administrao;

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    Coordenar suas atividades com a de outros, de modo a atingir com mais facilidade os objetivos da auditoria em benefcio das atividades da empresa.

    Reduo de custos:

    A atividade empresarial vem sendo pressionada pela sociedade, a qual exige continuamente maior

    qualidade e menores preos. Para atender a essas exigncias e continuarem competitivas, as

    empresas tm que se modernizar, no apenas em instalaes, mas no processo de gesto.

    Assim, considerando que todas as atividades desenvolvidas pelas empresas que no agregam valor a

    seu produto final devem consumir o mnimo de recursos, elas se contrapem realidade de vrios

    rgos de Auditoria Interna, que possuem em seus quadros grande quantidade de pessoas no

    envolvidas diretamente com a atividade-fim da auditoria.

    Diante disso, fundamental que a Auditoria Interna tenha um quadro enxuto e contribua para o

    processo contnuo de reduo de custos e qualidade na gesto das empresas.

    Normas de Auditoria Interna:

    Assegurar a qualidade da auditoria;

    Auditores com as qualificaes necessrias funo;

    Independncia dos profissionais de auditoria;

    Emitir relatrios por escrito e revisados pelo setor auditado e pelos dirigentes da empresa;

    Os relatrios devem ser objetivos e apresentar dados fidedignos e os fatos descobertos de maneira convincente e clara.

    Sntese do trabalho da Auditoria Interna:

    Reviso de sistemas contbeis e de controle interno;

    Exame de informaes financeiras e operacionais;

    Reviso da economia, eficincia e eficcia das operaes;

    Reviso do cumprimento das leis e regulamentos;

    Cumprimento das exigncias internas e externas;

    Diretivas e polticas administrativas.

    AUDITORIA EXTERNA

    o conjunto de procedimentos tcnicos que tem por objetivo a emisso de parecer sobre a

    adequao com que estes representam a posio patrimonial e financeira, o resultado das operaes,

    as mutaes do Patrimnio Lquido e as origens e aplicaes de recursos da entidade auditada

    consoante as normas brasileiras de contabilidade.

    Auditoria Interna X Auditoria Externa:

    Embora as tcnicas de trabalho invariavelmente sejam semelhantes, as auditorias interna e externa

    diferenciam-se em vrios aspectos, especialmente com relao extenso, finalidade e

    direcionamento dos trabalhos, responsabilidade e aos mtodos aplicados.

    Diferenas das Auditorias

    Elementos Auditoria Externa Auditoria Interna

    Sujeito Profissional independente Funcionrio da empresa

    Ao e objetivo Exame das demonstraes Exame dos controles

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    financeiras operacionais

    Finalidade Opinar sobre as

    demonstraes financeiras

    Promover melhorias nos

    controles operacionais

    Relatrio principal Parecer Recomendaes de controle

    interno e eficincia

    administrativa

    Grau de independncia Mais amplo Menos amplo

    Interessados no trabalho A empresa e o pblico em

    geral

    A empresa

    Responsabilidade Profissional, civil e criminal Trabalhista

    Nmero de reas cobertas

    pelo exame durante um

    perodo

    Maior Menor

    Intensidade dos trabalhos em

    cada rea

    Menor Maior

    Continuidade do trabalho Peridico Contnuo

    Integrao de funes:

    A integrao do trabalho entre auditores internos e externos se d, normalmente, na auditoria

    permanente (demonstraes contbeis que abrangem exames em reas operacionais) e na auditoria

    de balano (exclusivamente demonstraes contbeis).

    A utilizao do trabalho dos auditores independentes deve seguir alguns critrios do IFAC -

    International Federation of Accoutants:

    Segregao organizacional: o auditor interno deve ser livre para se comunicar irrestritamente com o auditor independente.

    Alcance da funo: o auditor independente deve verificar a natureza e profundidade da cobertura das tarefas que o auditor interno executa para a administrao.

    Competncia tcnica: o auditor independente deve certificar-se de que o trabalho de auditoria interna executado por pessoas que tenham adequado treinamento tcnico e

    proficincia como auditores.

    Devido cuidado profissional: o auditor independente deve certificar-se de que o trabalho de auditoria interna parece ser devidamente planejado, supervisionado, revisado e

    documentado.

    A funo estratgica da Auditoria Interna:

    A auditoria interna, como elemento-chave no processo de avaliao contnua dos processos e

    atividades das empresas, deve estar adequadamente sincronizada com o mercado.

    A auditoria interna deve assumir uma participao pr-ativa no suporte gesto empresarial sendo

    responsvel no s por assegurar a qualidade e efetividade da estrutura de controle interno, como

    tambm propor recomendaes de valor agregado s atividades e aos negcios da empresa.

    EXERCCIOS

    1) Um dos sistemas que diferenciam o auditor interno do externo : a) A forma de avaliar o sistema de controle interno; b) O volume de testes nos servios realizados;

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    c) A forma de se portar na empresa e sua responsabilidade; d) A forma de preparar os papis de trabalho.

    2) A caracterstica principal do auditor externo em relao ao auditor interno decorre de sua supremacia em relao:

    a) Ao conhecimento profissional auferido; b) independncia profissional; c) experincia profissional obtida; d) Ao treinamento especfico que se submete.

    3) Um dos principais objetivos do auditor interno : a) Examinar a integridade, a adequao e a eficcia dos controles internos; b) Examinar a demonstrao do resultado do exerccio e emitir seu parecer; c) Examinar as demonstraes contbeis e emitir sua opinio; d) Solucionar todas as situaes de fraudes realizadas dentro da empresa.

    4) O controle interno representa em uma organizao o conjunto de procedimentos, mtodos ou rotinas com o objetivo de proteger os ativos, produzir dados contbeis confiveis e ajudar a

    administrao na conduo ordenada dos negcios da empresa.

    Das afirmativas abaixo, indicar a alternativa incorreta.

    a) Os objetivos dos controles internos so, entre outros, assegurar que as vrias fases do processo decisrio, o fluxo de informaes e a implementao das decises se revistam da

    necessria confiabilidade;

    b) A auditoria interna tem a autoridade total para exigir que sejam adotadas as melhorias recomendadas nos controles internos;

    c) O processo de avaliao do controle interno consta, basicamente, de trs etapas: levantamento geral do sistema, sua avaliao e testes;

    d) Os controles internos dividem-se em: controles contbeis, administrativos e operacionais.

    1.1 CONTROLE INTERNO*

    Os problemas de Controle Interno encontram-se em todas as reas das empresas modernas. Como

    exemplo disso podem-se citar: vendas, fabricao, compras, tesouraria etc. Segundo Crepaldi

    (2007), quando exercido adequadamente sobre cada uma das funes acima, o controle assume

    fundamental importncia, objetivando atingir os resultados mais favorveis com menores

    desperdcios.

    preciso que se distinga que o termo Controle Interno no tem o mesmo significado de Auditoria

    Interna. A Auditoria Interna equivale a um trabalho de reviso e apreciao de trabalho,

    normalmente executado por um departamento especializado, ao passo que Controle Interno refere-

    se aos procedimentos e organizao adotados como planos permanentes da empresa.

    Antes de elaborar o plano ou programa que guiar o auditor, necessrio observar como se

    encontram os controles da empresa.

    quanto melhor o controle, mais segurana para o trabalho;

    quanto menor o controle, mais cuidado ser exigido na execuo das tarefas.

    Conceito e observaes fundamentais

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    O Controle Interno compreende o plano de organizao e todos os mtodos e medidas adotadas na

    empresa para salvaguardar seus ativos, verificar a exatido e fidelidade dos dados contbeis,

    desenvolver a eficincia nas operaes e estimular o seguimento das polticas administrativas

    prescritas.

    Quando se examinam os controles internos de uma empresa, est-se analisando a organizao dos controles e tambm a execuo deles. Essa anlise, fundamentada nos conceitos da administrao, parece plenamente justificvel, visto que o referido conceito engloba e enfatiza:

    o plano organizacional (estrutura organizacional);

    os sistemas administrativos;

    polticas administrativas;

    eficincia do pessoal da empresa.

    Os ganhos com a Sarbanes-Oxley

    Foi promulgada em 2002 a Lei Sarbanes-Oxley (conhecida abreviadamente como Sox), na esteira

    dos maiores escndalos empresariais at aquele momento. Foi concebida como forma de proteger os

    acionistas das empresas de capital aberto. Na tentativa de evitar novas fraudes, a Sox passou a

    obrigar que as companhias descrevam detalhada e claramente cada um de seus processos

    administrativos e contbeis assim fica fcil atribuir responsabilidade no caso de eventuais deslizes.

    A lei americana que endureceu os controles internos das empresas trouxe ganhos inesperados para

    os executivos e acionistas melhores processos, mais segurana e at mesmo custos menores.

    Avaliao do controle interno

    As normas de auditoria geralmente aceitas, referentes ao trabalho no campo, estabelecem que o

    auditor deve avaliar o sistema de controle interno da empresa auditada, a fim de determinar a

    natureza, poca e extenso dos procedimentos de auditoria.

    O auditor independente executa os seguintes passos na avaliao do controle interno:

    levanta o sistema de controle interno;

    verifica se o sistema levantado o que est sendo seguido na prtica;

    avalia a possibilidade de o sistema revelar de imediato erros e irregularidades;

    determina o tipo, data e volume dos procedimentos de auditoria.

    Diversas irregularidades nos setores financeiro, administrativo e de compras das organizaes

    passam, na maioria das vezes, despercebidas pelos prprios empresrios. Preocupados com a evaso

    de divisas, eles armam-se contra o problema e mostram-se cada vez mais, interessados em aprender

    novas tcnicas e procedimentos bsicos para evitar situaes de fraudes, subornos e desfalques.

    Alm da adoo de rgidos controles internos, o papel da auditoria vem ganhando crescente

    importncia e contribui para a eficcia dos resultados finais em qualquer companhia.

    Como controlar as reas de risco?

    Alguns setores na empresa so considerados mais sujeitos a irregularidades, como por exemplo:

    Vendas: h facilidades para recebimento de comisses, descontos e consignaes indevidas;

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    Compras: um dos mais difceis de se controlar por meio da auditoria, pois o delito fica registrado

    fora dos livros contbeis da empresa;

    Contas a pagar: os cuidados concentram-se nos cheques de servio, que podem ou no ser

    fantasmas, e na antecipao de pagamentos, com finalidade de recebimento de propinas.

    Contas a receber: com a crise de caixa, a tendncia abrir mo de recolher parte do valor

    financeiro (multas, juros) e receber apenas o montante principal.

    Para reduzir probabilidades de desvio destaca-se a importncia do sistema de provas surpresas

    (sistema preventivo) realizado pela auditoria.

    Recomenda-se criar um guia de procedimentos e provas departamentais, em cada unidade da

    organizao, realizado pelos prprios funcionrios.

    Tipos de controles: Contbeis e Administrativos

    Os controles contbeis compreendem o plano de organizao e todos os mtodos e procedimentos

    utilizados para salvaguardar o patrimnio e a propriedade dos itens que o compem. So

    compreendidos por:

    Segregao de funes: cria independncia entre as funes de execuo operacional, custdia dos bens patrimoniais e sua contabilizao

    Sistema de autorizao: controla as operaes atravs de mtodos de aprovaes, de acordo com as responsabilidades e riscos envolvidos;

    Sistema de registro: compreende a classificao dos dados dentro de uma estrutura formal de contas, existncia de um Plano de Contas e a utilizao de um manual descritivo para o

    uso das contas.

    Os controles administrativos compreendem o plano de organizao e todos os mtodos e

    procedimentos utilizados para proporcionar eficincia s operaes, dar nfase poltica de

    negcios da empresa, bem como a seus registros financeiros. so compreendidos por:

    Normas salutares que observam prticas saudveis aos interesses da empresa no cumprimento dos deveres e funes;

    Pessoal qualificado, que esteja apto a desenvolver suas atividades bem instrudo e supervisionado por seus responsveis.

    Componentes de controles internos

    Para que a considerao dos muitos controles possveis que podem ser relacionados com os

    objetivos de uma entidade possa ser colocada em uma estrutura conceitual, so identificados cinco

    componentes de controles internos, que se inter-relacionam:

    Ambiente de controle: d o tom de uma organizao, influenciando a conscincia de controle das pessoas que nela trabalham. Representa o alicerce dos demais componentes,

    disciplinando-os e estruturando-os.

    Avaliao de risco: identificao e anlise dos riscos relevantes para a consecuo dos objetivos da entidade; forma a base para a determinao de como os riscos devem ser

    administrados.

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    Atividade de controle: polticas e procedimentos que ajudam a assegurar que as diretrizes da administrao estejam sendo seguidas.

    Informao e comunicao: identificao, captura e troca de informaes sob forma e em poca tais que permitam que as pessoas cumpram suas responsabilidades.

    Monitorao: processo que avalia a qualidade do desempenho dos controles internos.

    Importncia do Controle Interno (Tipos de controles)

    A administrao da empresa responsvel pelo estabelecimento do sistema de controle interno,

    pela verificao de seu cumprimento pelos funcionrios e por sua modificao, visando adapt-lo s

    novas circunstncias. O sistema de controle interno compreende os seguintes princpios:

    Responsabilidade: as atribuies dos funcionrios ou setores internos da empresa devem ser claramente definidas e limitadas, de preferncia por escrito, mediante o estabelecimento

    de manuais internos de organizao. Ex.: aprovao de aquisio de bens e servios,

    assinatura de cheques, recebimento de numerrio etc.

    Rotinas internas: a empresa deve definir no Manual de Organizao todas as suas rotinas internas.

    Acesso aos ativos: a empresa deve limitar o acesso dos funcionrios a seus ativos e estabelecer controles fsicos sobre esses.

    Segregao de funes: consistem em estabelecer que uma mesma pessoa no pode ter acesso aos ativos e aos registros contbeis, em virtude de essas funes serem incompatveis

    dentro do sistema de controle interno.

    Confronto dos ativos com os registros: a empresa deve estabelecer procedimentos de forma que os ativos, sob a responsabilidade de alguns funcionrios, sejam periodicamente

    confrontados com os registros da contabilidade.

    Amarraes do sistema: o sistema de controle interno deve ser conhecido, de maneira que sejam registradas apenas as transaes autorizadas, por seus valores corretos e dentro do

    perodo de competncia. A garantia de operaes seguras requer conferncias peridicas de

    documentos, clculos e transaes comerciais.

    Auditoria interna: no adianta a empresa implantar um excelente sistema de controle interno sem que algum verifique periodicamente se os funcionrios esto cumprindo o que

    foi determinado no sistema, ou se o sistema no deveria ser adaptado s novas

    circunstancias. Os objetivos da auditoria interna so exatamente esses.

    Fraudes e desfalques

    Fraudes e desfalques so problemas comuns e crescentes em todas as empresas, decorrente do

    enfraquecimento dos valores ticos, morais, sociais e, principalmente, de ineficcia dos sistemas de

    controles internos.

    O desfalque temporrio ocorre quando um funcionrio apossa-se de um bem da empresa e no

    altera os registros da contabilidade (transferindo o ativo roubado para despesas). So exemplos de

    desfalques temporrios:

    Funcionrio apodera-se do dinheiro recebido de clientes, proveniente de vendas a prazo, antes do registro contbil do recebimento. Esse fato seria descoberto pelo confronto das

    duplicatas ainda no recebidas com a conta contbil ou pela confirmao do cliente.

    Funcionrio assenhoreia-se do dinheiro recebido de clientes, aps o registro contbil do recebimento. Esse desfalque seria descoberto por meio da reconciliao bancria.

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    Funcionrio apoderou-se de um ativo da empresa (dinheiro de caixa, estoques, imobilizado etc), entretanto o ativo continua registrado nos livros contbeis. Esse desfalque seria

    descoberto pelo confronto dos ativos existentes fisicamente com os registros contbeis.

    O desfalque permanente ocorre quando um funcionrio desvia um bem da empresa e modifica os

    registros contbeis, de forma que os ativos existentes concordem com os valores registrados na

    contabilidade. Exemplos:

    Funcionrio responsvel pelos recebimentos de clientes e pelo preparo dos registros contbeis de vendas e recebimentos desvia um recebimento de vendas a prazo e baixa a

    duplicata correspondente contra vendas;

    Funcionrio responsvel pelas matrias-primas e pela elaborao de lanamentos contbeis rouba uma matria-prima e baixa o bem correspondente para despesa.

    Levantamento do Sistema de Controle Interno

    As informaes sobre o sistema de controle interno so obtidas das seguintes formas:

    Leitura dos manuais internos de organizao e procedimentos;

    Conversa com funcionrios da empresa;

    Inspeo fsica desde o incio da operao (compra, venda, pagamentos etc.) at o registro no razo geral.

    As informaes obtidas sobre o controle interno so registradas pelo auditor, da seguinte forma:

    Memorandos narrativos;

    Questionrios padronizados;

    Fluxogramas.

    Normalmente, as empresas de auditoria preparam questionrios-padres de controle interno para

    serem preenchidos pelos auditores. Esses questionrios funcionam como guia, a fim de evitar que o

    auditor omita a avaliao de uma parte importante das operaes da empresa, e tambm servem

    para padronizar a forma de descrio do sistema.

    Avaliao do Sistema de Controle Interno e Determinao dos Procedimentos de Auditoria

    Consiste em aplicar medidas significativas na considerao de transaes relevantes e ativos

    correlatos envolvidos na auditoria, tendo como finalidade principal detectar erros e irregularidades

    materiais nas demonstraes financeiras.

    Medidas que devem ser observadas:

    Considerar os tipos de erros e irregularidades que poderiam ocorrer;

    Determinar os procedimentos de controle contbil que devam prevenir ou detectar esses erros e irregularidades;

    Determinar se os procedimentos necessrios so estabelecidos e esto sendo seguidos satisfatoriamente;

    Avaliar as falhas, isto , tipos de erros e irregularidades potenciais no cobertos pelo procedimento de controle existente para determinar seu efeito sobre a natureza, carter

    oportuno ou extenso dos procedimentos de auditoria a serem aplicados, e sugestes a serem

    feitas ao cliente.

    A avaliao do sistema de controle interno compreende:

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    Determinar os erros ou irregularidades que poderiam acontecer;

    Verificar se o sistema atual de controles detectaria de imediato esses erros ou irregularidades;

    Analisar as fraquezas ou falta de controle que possibilitam a existncia de erros ou irregularidades, a fim de determinar a natureza, data e extenso dos procedimentos de

    auditoria;

    Emitir relatrio-comentrio dando sugestes para o aprimoramento do sistema de controle interno da empresa.

    O processo de avaliao do controle interno consta de trs etapas:

    Realce do sistema;

    Avaliao propriamente dita do sistema;

    Realizao de testes de cumprimento de normas internas.

    Questionrio de Avaliao do Controle Interno

    Estes questionrios tm como finalidade auxiliar a avaliao da eficincia ou adequao dos

    controles internos (operacionais e contbeis) do cliente, ou seja:

    se os controles contbeis internos asseguram o correto registro das transaes financeiras;

    se os controles internos administrativos proporcionam eficincia operacional e observncia da poltica da empresa e da legislao em vigor;

    se as verificaes internas protegem adequadamente os ativos do cliente contra fraudes e outras irregularidades.

    Forma de aplicao

    As questes devem ser formuladas de modo que uma resposta afirmativa implique numa condio

    satisfatria. Uma resposta negativa indica um ponto fraco com relao quele item em particular.

    Levantamento e descrio da rotina

    Os auditores devem levantar e descrever rotinas objetivando:

    identificar pontos crticos que facilitem a definio da extenso dos exames finais;

    fornecer dados para simplificar os trabalhos de auditoria e/ou possveis consultorias futuras.

    A rotina pode ser descrita por meio de uma narrativa, ou ento pela elaborao de um fluxograma.

    Narrativa: inclui uma descrio da rotina passo a passo de maneira lgica clara e concisa,

    evidenciando o fluxo de documentos de um ou mais departamentos desde sua origem at sua

    disposio final.

    Fluxogramas: constitui uma tcnica analtica que utiliza smbolos para descrever uma rotina passo

    a passo em um ou mais departamentos, evidenciando o movimento de documentos desde sua

    origem at sua disposio final.

    Caractersticas de um eficiente sistema de controle interno

    Um eficiente sistema de controle interno compreende:

    Plano de organizao que proporcione apropriada segregao de funes e correta diviso das responsabilidades funcionais.

    Observao de prticas salutares no cumprimento dos deveres e funes de cada um dos departamentos da organizao.

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    Sistema de autorizao e procedimentos de escriturao adequados, que proporcionem controle eficiente sobre o ativo, passivo, receitas, custos e despesas.

    Categorias de controles internos

    No existe uma terminologia universal para descrever as categorias de controles internos, entretanto

    pode-se classific-los segundo suas finalidades, e neste caso seriam desdobrados em:

    controles organizacionais, inclusive segregao de funes: referem-se ao controle obtido por meio da maneira de designar responsabilidades e delegar autoridade. Sua eficcia

    depender de consideraes como atribuio de responsabilidades e delegao de autoridade

    claramente definidas, segregao de funes etc.

    controles de sistemas de informao: referem-se ao controle obtido mediante a prestao de informaes aos nveis adequados da administrao.

    controles de procedimentos: referem-se ao controle obtido mediante a observao de polticas e procedimentos dentro da organizao.

    Documentao de procedimentos: os procedimentos contbeis e de operao devem ser documentados em manuais e fluxogramas de modo que as polticas e instrues da empresa

    possam ser conhecidas de maneira explcita e uniformemente aplicadas.

    Autorizao e aprovao: a deciso da gerncia de utilizar determinados bens para um fim especfico. Ex.: limite de crdito para um cliente; compra de um determinado bem etc.

    Registros e formulrios: o controle interno pode melhorar mediante a utilizao de formulrios que exijam observncia dos procedimentos estabelecidos. Ex.: autorizao de

    gastos com assinatura, carimbos, realizao de determinados procedimentos etc.

    Acesso aos ativos: a custdia dos bens da empresa uma das principais responsabilidades de uma administrao. Alm dos controles contbeis informatizados, so fundamentais as

    medidas fsicas de proteo aos ativos. Ex.: acesso restrito, sistemas de identificao,

    vigilantes, alarmes etc.

    Limitaes inerentes aos sistemas de controle interno

    Na aplicao da maioria dos procedimentos de controle, podem ocorrer falhas resultantes de

    entendimento precrio, erros de juzo, descuidos ou outros fatores humanos.

    Os procedimentos de controle cuja eficcia depende da diviso de funes podem ser burlados

    mediante conivncia.

    EXERCCIOS

    1) O processo que tem por finalidade, entre outras, proporcionar empresa razovel garantia de

    promover eficcia em suas operaes denominado:

    a) Auditoria operacional e financeira b) Sistema contbil e de controle interno c) Auditoria das demonstraes contbeis d) Superviso e controle de qualidade

    2) As verificaes da existncia de limites de autoridades e responsabilidade definidos de

    segregao de funes, de limites de acesso fsico a ativos e registros contbeis so alguns

    procedimentos aplicados pelo auditor independente de demonstraes contbeis com a finalidade

    principal de:

    a) Avaliar o ambiente de controle

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    b) Determinar o risco de deteco c) Elaborar relatrio de recomendaes d) Emitir relatrio de reviso das informaes trimestrais

    3) Indique a opo que representa um fator relevante que deve ser considerado pelo auditor

    independente no estudo e avaliao do sistema contbil e de controle interno:

    a) O grau de descentralizao de deciso adotado pela administrao b) O ndice de liquidez e de rentabilidade da entidade c) As transaes e os eventos subseqentes data-base do balano d) A reavaliao de ativos tangveis e a aprovao em assemblia

    4) Ao trmino dos trabalhos de avaliao de controle interno, o auditor independente constatou

    diversas fraquezas que poderiam ser eliminadas pela entidade auditada. De acordo com as normas

    de auditoria vigentes, o auditor:

    a) Deve ajustar o balano pelos efeitos e colocar pargrafo de nfase no parecer. b) Deve sempre mensurar os efeitos das fraquezas e ajustar as demonstraes contbeis. c) No deve fazer sugestes de melhorias, para no configurar a perda de independncia. d) Deve efetuar sugestes objetivas, visando ao aprimoramento dos controles internos.

    5) Um funcionrio da entidade auditada, em conluio com o fornecedor, realizou pagamentos por

    servios no prestados. Esse fato:

    a) Constitui uma limitao inerente dos sistemas de controles internos. b) Ser detectado nos exames de auditoria de circularizao de fornecedores. c) Ser detectado nos exames de auditoria de pagamentos subseqentes. d) Ser detectado no acompanhamento do inventario fsico de estoques.

    6) Representa uma das formas de o auditor externo obter informaes sobre o sistema de controle

    interno da empresa audita:

    a) Questionrio de controle interno. b) Fluxogramas. c) Memorandos narrativos. d) Leitura de manuais internos de organizao.

    7) Representa exemplo de controle contbil

    a) Estudos de tempos e movimentos. b) Treinamento de pessoal. c) Anlise das variaes entre os valores orados e os incorridos. d) Segregao de funes.

    8) Durante o trabalho final de auditoria, o auditor identificou algumas diferenas numricas em

    determinadas reas testadas. Assinale, entre os pontos relacionados a seguir, o de maior relevncia:

    a) Ausncia de apropriao pro-rata temporis de receita financeira. b) Diferena de 5% no valor da proviso para devedores duvidosos. c) Ausncia de contratos de seguros dos veculos e caminhes. d) Diferena de 5%, considerado imaterial, de conciliao bancria.

    9) Faa comentrios sobre a incompatibilidade das funes abaixo relacionadas.

    1. Compra e recebimento de bens.

    2. Contabilidade e custdia de bens (acesso aos ativos).

    3. Contabilidade e contas a pagar (habilitao de documentos para pagamento).

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    4. Contabilidade e pagamentos.

    5. Recebimento de bens e contas a pagar.

    10) Analise o sistema de controle interno de compras e pagamentos, abaixo mencionado, e determine

    a forma pela qual esse sistema detectaria possveis documentos falsos colocados por qualquer das

    reas envolvidas.

    Compras: seleciona o fornecedor que ofereceu as melhores condies comerciais e formaliza a compra por meio do formulrio ordem de compra. Uma cpia desse formulrio

    enviada diretamente para o setor de contas a pagar.

    Recepo: recebe a nota fiscal e o material do fornecedor, confere a quantidade e a qualidade do bem e evidencia essa conferncia atravs de carimbo prprio e assinatura no verso do

    documento fiscal. Depois envia a nota fiscal para a contabilidade.

    Contabilidade: recebe a nota fiscal, efetua o registro contbil da compra (dbito no ativo e crdito em fornecedores a pagar) e remete a nota fiscal para o setor fiscal.

    Setor fiscal: recebe a nota fiscal, efetua o registro nos livros fiscais e remete-a para o contas a pagar.

    Contas a pagar: recebe a nota fiscal, confere-a e confronta suas informaes com a ordem de compra (enviada diretamente pelo setor de compras). Posteriormente, ape carimbo e

    assinatura na nota fiscal, evidenciando a concordncia com o instrumento contratual, e a

    envia para a programao financeira.

    Programao financeira: recebe a nota fiscal, programa-a para pagamento e remete-a para o caixa.

    Caixa: recebe a nota fiscal e processa o pagamento. Depois remete o processo de pagamento (nota fiscal, duplicata quitada etc.) para a contabilidade.

    Contabilidade: recebe o processo de pagamento e efetua o registro contbil (dbito na conta de fornecedores a pagar e crdito na conta de bancos).

    1. Documento falso includo pela rea de compras. 2. Documento falso includo pela rea de recepo. 3. Documento falso includo pela contabilidade. 4. Documento falso includo pelo setor fiscal. 5. Documento falso includo pelo contas a pagar. 6. Documento falso includo pela programao financeira. 7. Documento falso includo pelo caixa.

    11) Indique com T se o desfalque for temporrio e com P se for permanente.

    1. ( ) O funcionrio desvia recebimentos de venda a prazo antes de seu registro inicial e altera os

    registros analticos de duplicatas a receber (tem uma ficha para cada cliente e representa o

    detalhe do razo geral de duplicatas a receber), de forma que esses registros concordem com

    os valores efetivamente devidos pelos clientes.

    2. ( ) O funcionrio, responsvel pelo pagamento aos fornecedores, efetua um desfalque na

    empresa, apagando o nome do fornecedor beneficirio no cheque e colocando seu nome.

    3. ( ) O funcionrio rouba matria-prima e faz lanamento contbil debitando a conta de despesa

    de material de escritrio e creditando a conta de matria-prima.

    4. ( ) O funcionrio inclui um empregado fictcio na folha de pagamento, apodera-se do envelope

    de salrio desse empregado e posteriormente faz o lanamento contbil da folha de

    pagamento (dbito em despesa de salrios e crdito em bancos).

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    12) (Refere-se ao tpico Componentes de controles internos- Boynton). Cinco componentes de controles internos foram identificados neste captulo. A seguir, so listadas algumas polticas e

    procedimentos de controle estabelecidos pela Suntron Companhia.

    1. A administrao dedica ateno cuidadosa ao conhecimento e habilidades que o pessoal da organizao deve ter, em todos os nveis hierrquicos.

    2. Controles gerais e controles de aplicativos so estabelecidos no departamento de processamento eletrnicos de dados.

    3. A administrao atua para reduzir ou eliminar incentivos e tentaes que possam levar indivduos a praticar atos desonestos ou ilegais.

    4. A administrao mostra-se alerta a reclamaes de clientes sobre erros de faturamento.

    5. A administrao dedica ateno especial aos riscos que podem surgir pela utilizao de tecnologia da informao no sistema contbil.

    6. A atribuio de responsabilidades a empregados feita de forma a impedir que qualquer indivduo esteja em posio em que possa cometer uma irregularidade ou erro e ento

    escond-lo.

    7. A administrao de TI tem desenhado controles para impedir uso no autorizado de equipamentos, arquivos de dados e programas de TI.

    8. No processamento de folha de pagamento, faz-se conferncia do total de horas a serem pagas. Se o total de horas por semana for superior a 65, a transao impressa em um

    relatrio de excees e colocada em um arquivo de pendncias, para que haja reviso ou

    autorizao adicional.

    9. A equipe de auditoria interna da empresa avalia periodicamente a eficcia de vrios componentes da estrutura de controles internos.

    10. Manuais de polticas e manuais de contabilidade (inclusive plano de contas) e de elaborao e apresentao de demonstraes contbeis foram desenvolvidos e implantados.

    Pede-se:

    a) Nessa lista, identifique o componente de controles internos com o qual cada poltica ou procedimento se relaciona.

    b) Para cada item, identifique outra poltica ou procedimento que no se encontra na lista e que se relacione com o mesmo componente.

    13) (Segregao de funes - Boynton) A Richmond Company, um cliente de sua empresa de

    auditoria, traz-lhe o seguinte problema. Ela tem trs empregados administrativos que precisam

    realizar as seguintes tarefas:

    1. Manter o razo geral. 2. Manter o razo de contas a pagar. 3. Manter o razo de contas a receber. 4. Preparar cheques para assinatura. 5. Manter o dirio de pagamentos. 6. Emitir crditos por devolues de mercadorias e descontos. 7. Conciliar saldos de contas bancrias. 8. Movimentar e depositar recebimentos operacionais de caixa.

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    A empresa solicita-lhe que recomende como as tarefas devem ser distribudas entre os trs

    empregados sobre cuja capacidade profissional no existem dvidas para que haja o mais alto grau de controles internos. Voc pode admitir que os empregados no desempenharo nenhuma

    outra atividade contbil alm das que constam da lista.

    a) Registre como voc distribuiria as funes entre os empregados. Suponha que, exceto conciliao de contas bancrias e emisso de crditos por devolues ou descontos, todas as

    funes exigem a mesma quantidade de tempo. (Dica: d um ttulo a cada empregado).

    b) Relacione quatro possveis combinaes insatisfatrias.

    1.2 A OBSERVNCIA DOS PRINCPIOS CONTBEIS NA AUDITORIA

    Princpios contbeis so as premissas bsicas acerca dos fenmenos e eventos contemplados pela

    Contabilidade, premissas que so a cristalizao da anlise e observao da realidade econmica,

    social e institucional.

    A observncia dos Princpio Fundamentais de Contabilidade obrigatria no exerccio da profisso e constitui condio de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC). Resoluo CFC n 750-93

    1.2.1 PRINCPIO DA ENTIDADE

    O Princpio da Entidade reconhece o Patrimnio como objeto da Contabilidade e afirma a

    autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciao de um Patrimnio particular no universo dos

    patrimnios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas,

    uma sociedade ou instituio de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por

    conseqncia, o patrimnio no se confunde com aqueles dos seus scios ou proprietrios, no caso

    de sociedade ou instituio.

    1.2.2 PRINCPIO DA CONTINUIDADE

    A CONTINUIDADE ou no da ENTIDADE, bem como sua vida definida ou provvel, devem ser

    consideradas quando da classificao e avaliao das mutaes patrimoniais, quantitativas e

    qualitativas. A CONTINUIDADE influencia o valor econmico dos ativos. A observncia do

    Princpio da CONTINUIDADE indispensvel correta aplicao do Princpio da

    COMPETNCIA.

    1.2.3 PRINCPIO DA OPORTUNIDADE

    O Princpio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, tempestividade e integridade do

    registro do patrimnio e das suas mutaes, determinando que este seja feito de imediato e com a

    extenso correta, independentemente das causas que as originaram.

    Como resultado da observncia do Princpio da OPORTUNIDADE:

    I desde que tecnicamente estimvel, o registro das variaes patrimoniais deve ser feito mesmo na hiptese de somente existir razovel certeza de sua ocorrncia. (provises para secas, guerras, etc)

    II o registro compreende os elementos quantitativos e qualitativos, contemplando os aspectos fsicos e monetrios.

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    III o registro deve ensejar o reconhecimento universal das variaes ocorridas no patrimnio da Entidade, em um perodo de tempo determinado.

    1.2.4 PRINCPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL

    Os componentes do patrimnio devem ser registrados pelos valores originais das transaes com o

    mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do Pas, que sero mantidos na avaliao das

    variaes patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregaes ou decomposies no

    interior da Entidade.

    Resultados deste princpio:

    I a avaliao dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de entrada. II uma vez integrado no patrimnio, o bem, direito ou obrigao no podero ter alterados seus valores, admitindo-se to somente, sua decomposio em elementos e/ou sua agregao, parcial ou

    integral, a outros elementos patrimoniais.

    III o valor original ser mantido enquanto o componente permanecer como parte do patrimnio, inclusive quando da sada deste.

    IV os Princpios da ATUALIZAO MONETRIA e do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL so compatveis entre si e complementares, dado que o primeiro apenas atualiza e

    mantm atualizado o valor de entrada.

    V o uso da moeda do Pas na traduo do valor dos componentes patrimoniais constitui imperativo de homogeneizao quantitativa dos mesmos.

    1.2.5 PRINCPIO DA ATUALIZAO MONETRIA

    Os efeitos da alterao do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros

    contbeis atravs do ajustamento da expresso formal dos valores dos componentes patrimoniais.

    So resultantes da adoo deste princpio:

    I a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, no representa unidade constante em termos de poder aquisitivo.

    II para que a avaliao do patrimnio possa manter os valores das transaes originais, necessrio atualizar sua expresso formal em moeda nacional, a fim de que permaneam corretos os

    valores dos componentes patrimoniais e, por conseqncia, o do Patrimnio Lquido.

    III a atualizao monetria no representa nova avaliao, mas, to somente o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicao de indexadores.

    1.2.6 PRINCPIO DA COMPETNCIA

    As receitas e as despesas devem ser includas na apurao do resultado do perodo em que

    ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de

    recebimento ou pagamento. O Princpio da COMPETNCIA determina quando as alteraes no

    ativo ou no passivo resultam em aumento ou diminuio no Patrimnio Lquido

    1.2.7 PRINCPIO DA PRUDNCIA

    O Princpio da PRUDNCIA determina a adoo do menor valor para os componentes do ATIVO e

    do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente vlidas para a

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    quantificao das mutaes patrimoniais que alterem o Patrimnio Lquido. O Princpio da

    PRUDNCIA impe a escolha da hiptese de que resulte menor Patrimnio Lquido.

    EXERCCIOS

    1) Uma caracterstica do Regime de Competncia :

    a) Receita recebida b) Aquisio de despesa c) Pagamento de despesa d) Consumo de despesa

    2) Regime de Caixa como instrumento de deciso:

    a) obrigatrio b) facultativo c) dispensvel d) aceito pelo Imposto de Renda

    3) Apure o lucro do perodo pelo Regime de Caixa e de Competncia da Cia Amrica:

    Faturamento do perodo 100.000

    Recebimento de duplicatas 70.000

    Despesa consumida 40.000

    Pagamento de despesa 30.000

    Emprstimo obtido 30.000

    1.3 PLANEJAMENTO DA AUDITORIA*

    Captulo 6 do livro de Marcelo C. Almeida

    As normas de auditoria geralmente aceitas exigem que o trabalho de auditoria seja adequadamente

    planejado. Planejar significa estabelecer metas para que o servio de auditoria seja de excelente

    qualidade e ao menor custo possvel.

    Os principais objetivos so:

    Adquirir conhecimento sobre a natureza das operaes, dos negcios e forma de organizao da empresa.

    Planejar maior volume de horas nas auditorias preliminares.

    Obter maior cooperao do pessoal da empresa.

    Determinar a natureza, amplitude e datas dos testes de auditoria.

    Identificar previamente problemas relacionados com contabilidade, auditoria e impostos.

    1.4 O PAPEL DO AUDITOR*

    Segundo Crepaldi (2007, p. 6), as expectativas da economia alimentadas pelos bons sinais de acabar com o processo hperinflacionrio quando os preos sobem acentuadamente e as taxas de

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    juros alcanam patamares jamais vistos comeam a desenhar uma alternativa de estabilizao: a

    urgente execuo de um srio ajuste fiscal.

    As tendncias so visivelmente fortes. A poltica fiscal contracionista deve desempenhar o papel

    tomado pela poltica monetria. Nesse sentido, haver cortes em despesas; j no existem muitas

    opes para aumento de receitas.

    Nesse momento, os empresrios necessitam do maior nmero possvel de informaes claras e

    objetivas a respeito do desempenho de seu empreendimento. justamente neste ponto que a

    auditoria independente assume importante papel auxiliando o empresrio a escolher a melhor forma

    de entrar no mercado, com o uso do trabalho de consultoria de reorganizao societria.

    Neste caso, o auditor passa a ser til tanto empresa quanto aos investidores, que, por meio da

    anlise das demonstraes financeiras, devidamente acompanhadas do parecer do auditor

    independente, podem eleger seguramente as empresas nas quais efetuaro aplicaes de sua

    poupana pessoal em aes.

    Os auditores independentes assumem a partir de ento a um reconhecimento maior de sua funo.

    At algum tempo atrs, muitas empresas consideravam a contratao de auditoria independente

    como um custo, nunca como benefcio.

    A responsabilidade da funo de auditor to grande que atinge inclusive a possibilidade de o

    mesmo responder com seus bens pessoais, caso seja acionado por causar prejuzos a terceiros em

    razo da no-correspondncia dos nmeros certificados da sociedade auditada com a realidade.

    Os trabalhos de auditoria abrangem os seguintes aspectos:

    assessoria no planejamento tributrio;

    instrumentos adicionais de controle das atividades e do patrimnio;

    sistema informal de atualizao dos executivos;

    avaliao de desempenho e sistemas de informaes internas para gesto;

    assessoria na rea de controle e utilizao de informtica;

    planos de reorganizao societria (fuso, ciso, incorporao, holding), inclusive com o objetivo de atender a planos para abertura de capital;

    expanso de atividades, mudanas geogrficas e decises quanto a descontinuidade de linhas e unidades.

    EXERCCIOS

    1) O planejamento de auditoria deve considerar todos os fatores relevantes na execuo dos

    trabalhos. Assinale a opo que no se constitui em fator relevante para o planejamento de

    auditoria:

    a) Riscos de auditoria. b) Existncia de entidades associadas, filiais e partes relacionadas. c) Uso dos trabalhos de especialistas. d) Preveno de fraude e erro.

    2) Os procedimentos de auditoria descritos no programa de trabalho devem ser aplicados em termos

    de:

    a) Oportunidade, controle interno e relevncia.

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    b) Volume de saldo, relevncia e extenso. c) Natureza, oportunidade e extenso. d) Risco, complexidade e relevncia.

    3) A determinao precisa dos objetivos da auditoria, bem como a identificao do universo a ser

    examinado, so algumas das exigncias bsicas para a elaborao de um adequado:

    a) Plano de contingncia de auditoria. b) Programa de risco de auditoria. c) Sistema de controles internos. d) Programa de trabalho de auditoria.

    4) Ao determinar os honorrios a serem pagos, o auditor externo deve considerar:

    a) O tipo de parecer a ser emitido entidade auditada. b) O conjunto de trabalhos de auditoria e consultoria prestados. c) A peculiaridade de tratar-se de cliente eventual ou habitual. d) A limitao de acesso documentao da entidade a ser auditada.

    5) Entre as assertivas a seguir, indique a opo que no representa uma considerao relevante a ser

    feita no planejamento do trabalho da auditoria externa.

    a) O conhecimento detalhado do sistema contbil e de controles internos da entidade e seu grau de confiabilidade.

    b) A natureza, oportunidade extenso dos procedimentos de auditoria a serem aplicados nos trabalhos.

    c) O uso dos trabalhos de outros auditores independentes, especialistas e auditores internos. d) O conhecimento das prticas contbeis adotadas pelos fornecedores e clientes da empresa

    auditada e as alteraes procedidas.

    6) Os procedimentos de auditoria independente includos em um programa de trabalho so

    planejados para:

    a) Desenvolver um plano estratgico da empresa. b) Avaliar a estrutura de controles internos. c) Obter evidncia suficiente de auditoria. d) Proteger o auditor em caso de litgio legal.

    7) Caracterizam-se como objetivos do Planejamento da Auditoria, exceto:

    a) Propor alteraes na estrutura da entidade auditada. b) Definir a forma de diviso de tarefas entre os membros da equipe de auditoria . c) Estimar os prazos necessrios para a realizao dos trabalhos. d) Identificar os problemas potenciais da entidade.

    8) O Planejamento de auditoria a etapa do trabalho na qual o auditor independente:

    a) Estabelece a estratgia geral dos trabalhos a executar na entidade a ser auditada. b) Busca estabelecer os procedimentos aplicveis reviso de uma determinada conta. c) Avalia os riscos da auditoria anteriormente sua contratao. d) Estabelece qual o tipo de parecer a ser emitido como concluso do seu trabalho

    UN. 2 CONTROLADORIA

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    A empresa enquanto sistema alcana o sucesso quando os seus subsistemas desempenham suas

    funes de forma eficiente, interagindo entre si na busca do melhor resultado do todo. Neste

    sentido, destaca-se que o melhor resultado de um subsistema, em detrimento do somatrio do

    todo, levar a empresa a um resultado no desejado.

    Neste contexto, necessrio que exista dentro de uma organizao, funes otimizadoras que

    conduzam a empresa ao melhor resultado. Estas funes percorrem desde a fase do planejamento

    at a execuo e controle das atividades empresariais.

    O acompanhamento da gesto dos recursos disponveis numa organizao representa um dos

    fatores do sucesso de uma instituio no cumprimento de seu objetivo. Os recursos so

    colocados disposio das atividades que planejam, executam e acompanham a

    operacionalizao do uso destes recursos. O registro, a mensurao e a anlise do desempenho

    das operaes que conduzem aos resultados obtidos no processo de transformao dos produtos e

    servios, so pontos cruciais na gesto organizacional.

    A unidade administrativa responsvel pelo acompanhamento da gesto e controle dos recursos

    disponveis para o processo de produo, bem como pela anlise do desempenho das operaes

    da empresa como um todo a controladoria. Tornando-se desta forma um dos principais rgos

    administrativos de uma empresa e sendo muitas vezes responsvel pelo sucesso da organizao

    no mercado no qual est inserida.

    Conceito

    Controladoria um rgo administrativo que tem por finalidade garantir informaes adequadas

    ao processo decisrio, colaborar com os gestores em seus esforos de obteno da eficcia de

    suas reas quanto aos aspectos econmicos e assegurar a eficcia empresarial.

    uma unidade administrativa, cuja responsabilidade gerar informaes teis aos gestores da

    organizao. Suas atribuies fundamentais so conceber, implantar, operar e manter sistemas

    geradores de informaes sobre as atividades empresariais sob o aspecto econmico.

    2.1 - VISO SISTMICA DA EMPRESA

    Sistema um conjunto de partes coordenadas para realizar um conjunto de finalidades. Estas partes

    coordenadas, possuem funes especficas com a finalidade de fazer com que o todo atinja um

    objetivo comum.

    A ausncia do pensamento sistmico caracterizada pela indefinio do objetivo global do sistema

    , da incorreta identificao das partes e suas funes especficas, aliada falta de viso do

    desempenho de cada um dos subsistemas no todo. Ao contrrio, a presena de uma viso sistmica

    est associada determinao clara do objetivo global ou principal do sistema, alm da

    determinao dos seus subsistemas com suas respectivas funes bem definidas e caracterizada a

    importncia das partes no todo. Esta participao individual dos subsistemas ser avaliada

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    permanentemente atravs de avaliaes de desempenho e de resultado, que provocar medidas

    corretivas para o bom funcionamento do sistema.

    2.1.1. MISSO

    O objetivo fundamental de uma empresa representa o porqu da sua existncia. A determinao desse objetivo, que incorpora valores dos seus proprietrios, direciona a empresa para o seu

    mercado, clientes, produtos ou servios a serem produzidos e/ou oferecidos. Este objetivo

    fundamental caracterizado como a misso da empresa.

    A misso deve ser cuidadosamente definida, pois a partir da determinao do mercado, da

    clientela, do produto (produzido ou adquirido) e do servio, que o sistema empresa se estrutura, isto

    , seus subsistemas com funes bem definidas, fazem com que a misso seja atingida.

    Exemplo:

    Tintas Coral: Tornar-se a melhor indstria de tintas da Amrica Latina. Banco do Brasil: Ser o melhor Banco do Brasil, assegurar a satisfao dos clientes, atender s expectativas dos acionistas e contribuir para o desenvolvimento do Pas.

    2.1.2. A EMPRESA E SEU AMBIENTE

    O ambiente est em constante mutao e qualquer empresa que pretenda manter a sua continuidade

    dever aproveitar as oportunidades, eliminando ou amenizando as ameaas ambientais.

    As influncias ambientais sofridas pelas empresas so derivadas de:

    Entidades, como: fornecedores, concorrentes, clientes, governo, sindicatos, etc.

    Variveis ambientais, sejam elas: tecnolgicas, econmicas, sociais, ecolgicas, normativas (legislao), etc.

    Estas variveis e entidades ocorrem e esto localizadas fora da empresa, e exercem certa

    influncia sobre o sistema, embora este pouco interfira em seus comportamentos.

    2.1.3. ELEMENTOS DO SISTEMA EMPRESA

    Os elementos que compem o sistema empresa, tambm denominados subsistemas, ou

    partes do sistema empresarial, so os instrumentos utilizados pela administrao para fazer com

    que a misso do sistema seja cumprida.

    Guerreiro (1989, p.165), classifica em seis os elementos ou subsistemas interdependentes, que interagem no sentido da empresa cumprir a sua misso. Os subsistemas so os seguintes: 1) Subsistema Institucional; 2) Subsistema Fsico; 3) Subsistema Social; 4) Subsistema Formal; 5)

    Subsistema de Informao; e 6)Subsistema de Gesto.

    A - SUBSISTEMA INSTITUCIONAL

    O sistema institucional rene caractersticas filosficas que vo reger o sistema. Ele

    contempla o porqu da sua existncia, como ser exercida esta existncia e quais os princpios, os

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    valores e as crenas que vo orientar o seu comportamento perante os ambientes externo e internos

    do sistema.

    Os instrumentos institucionais auxiliam a administrao a definir os motivos pelos quais a empresa

    existe (misso), o que ela se prope a fazer (propsitos) e no que ela acredita (princpios). Na

    prtica, utilizam-se vrias designaes para estas definies: Misso, Valores, Princpios, Razo de

    Ser, etc. Os princpios e os valores vo determinar o comportamento empresarial em relao aos seus

    clientes, fornecedores, produtos, funcionrios, sindicatos, governo, alm das variveis econmicas,

    ecolgicas, sociais, etc.

    B - SUBSISTEMA FSICO

    O subsistema fsico composto pelos recursos materiais e financeiros, excetuando-se os

    recursos humanos (subsistema social). Os recursos pertencem ao sistema, fazem parte dele e so

    controlados por ele; so meios necessrios para fazer com que o sistema funcione, desenvolvendo

    tarefas e atividades. So exemplos de recursos: mquinas, dinheiro, prdios, estoques, etc.

    indispensvel, no momento da avaliao do retorno dos recursos aplicados no negcio, considerar o

    custo de oportunidade deles, isto , ao aplicar esses recursos no sistema (empresa), que outros

    investimentos poderiam ser realizados.

    C - SUBSISTEMA SOCIAL

    Este subsistema representado pelos recursos humanos da empresa, e altamente impactado

    pelos princpios definidos pelo subsistema institucional, nos aspectos de motivao,

    responsabilidade, poltica salarial, benefcios, treinamento, etc. Este recurso, juntamente com os

    demais subsistemas, operacionaliza as atividades empresariais necessrias para o alcance da

    misso.

    Os instrumentos de motivao esto relacionados no apenas com a remunerao, mas

    tambm com as demais necessidades dos indivduos, como o ambiente de trabalho, as

    oportunidades de ascenso, os benefcios, etc. Ativao relaciona-se com a capacitao

    profissional, a delegao de responsabilidades, o estmulo criatividade, etc. Por fim a integrao,

    visa o envolvimento dos indivduos no caminho para o alcance dos resultados empresariais. Os

    trabalhos em equipe, reunies, seminrios, so alguns dos instrumentos utilizados para a

    integrao dos funcionrios aos objetivos empresariais.

    D - SUBSISTEMA FORMAL

    O subsistema formal apresenta a estrutura organizacional agrupando as atividades

    necessrias para operacionalizar as funes empresariais. Esta estrutura montada considerando,

    dentre outros fatores, o grau de descentralizao, responsabilidades, autoridade e a natureza das

    funes empresariais (suprimentos, produo, vendas, finanas, etc.), Arantes (1994, p.93), inclui

    no subsistema de organizao os seguintes instrumentos: especificao das funes (papis e responsabilidades) necessrias para realizar a tarefa empresarial, o agrupamento dessas funes em

    unidades organizacionais (departamentos, setores...), a fixao das relaes de autoridade entre

    essas unidades e a designao das pessoas para a execuo dessas funes.

    E - SUBSISTEMA DE INFORMAO

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    O subsistema de informao responsvel pelo recebimento de dados, pelo seu

    processamento e divulgao das informaes. O subsistema de informao gera informao

    necessria para acompanhar todas as fases do processo de gesto, ou seja, planejamento, execuo

    e controle.

    A construo do subsistema de informao est baseada em procedimentos, princpios e

    conceitos, que so definidos nos modelos de gesto, deciso, mensurao e informao.

    Outro componente do subsistema de informao est relacionado com a maneira de

    processar os dados. Os subsistemas manuais utilizam-se de tecnologia menos avanadas, ou seja,

    mquinas de escrever, arquivos, relatrios, mensageiros internos, etc. Os sistemas que utilizam-se

    do computador para armazenamento, processamento e comunicao das informaes, so sistemas

    que atendem melhor os princpios da boa informao, tais como, oportunidade, segurana,

    flexibilidade, etc.

    F - SUBSISTEMA DE GESTO

    responsabilidade do subsistema de gesto definir quais os procedimentos que sero

    seguidos durante todo o processo de gesto empresarial. Neste contexto so definidos os

    parmetros (qualidade, satisfao do cliente, liquidez, rentabilidade e motivao) que orientam a

    execuo das atividades empresariais e os critrios para avaliar o desempenho aps a execuo.

    Nota-se que as fases de execuo e controle devem ser precedidas pela fase de planejamento, sendo

    que os critrios e procedimentos utilizados nesta fase devem ser os mesmos considerados nas

    outras fases.

    Outro aspecto que est presente no subsistema de gesto, refere-se ao estilo gerencial, que

    consiste na forma de participao das pessoas no processo de gesto, na centralizao ou

    descentralizao das decises, na delegao de poderes, etc.

    Verifica-se que, tanto a definio deve haver planejamento e controle das operaes e o estilo gerencial presente, so impactados pelo subsistema institucional (crenas, valores e

    princpios).

    2.2 A CONTROLADORIA NAS ORGANIZAES

    A viso sistmica aplicada nas organizaes permite o conhecimento claro do objetivo

    principal da entidade. Neste contexto, consubstancia a necessidade de funes que permitam

    entender o funcionamento do sistema empresa como um todo. Kanitz (1977, p.5) apresentando as

    origens da controladoria, descreve que os primeiros controladores foram recrutados das reas de

    contabilidade ou de finanas. Este fato decorre das caractersticas destes profissionais, na qual

    destacamos a viso ampla da empresa, o que os torna capazes de enxergar as dificuldades como um

    todo e propor solues.

    Neste sentido, podemos definir como misso da controladoria: Assegurar a otimizao do resultado

    econmico da organizao.

    2.2.1 FUNES DA CONTROLADORIA

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    O controller desempenha sua funo de controle de maneira muito especial, isto , ao organizar e

    reportar dados relevantes, exerce uma fora ou influncia que induz os gerentes a tomarem decises

    lgicas e consistentes com a misso e objetivos da empresa.

    Pelo exposto, destacamos os principais objetivos e funes da controladoria a seguir:

    1 Desenhar, implantar e manter estrutura de informao que oriente o desempenho dos gestores; 2 Coordenar o processo de planejamento e controle; 3 Coordenar a padronizao de procedimentos de mensurao: 4 Garantir a informao adequada para avaliao de desempenho e apurao de resultados; 5 Identificar aes corretivas.

    6 Verificar se as reas esto identificando as potencialidades e fraquezas da Empresa perante oportunidades e ameaas;

    7 Garantir o cumprimento do processo de tomada de deciso. Responsabilizar-se pela coordenao da elaborao do planejamento (Oramento, Procedimentos, etc.);

    8 Atuar em conjunto com as demais da elaborao de atribuies e responsabilidade para cargos de deciso dentro da organizao;

    9 Responsabilizar-se pelos critrios de mensurao adotados pela Empresa; 10 Monitoria do controle do desempenho das unidades a partir de interao com as mesmas; 11 Estruturar e coordenar mtodos eficientes de comunicao entre as unidades, e destas com a alta

    direo;

    12 Garantia Patrimonial e Controle Interno; e 13 Responsabilizar-se pelos graus de eficincia e eficcia da empresa como um todo, base para

    avaliao de desempenho.

    2.2.2 SISTEMAS DE INFORMAO DE CONTROLADORIA

    A informao fundamental para o tomador de deciso e sem ela no existe administrao eficaz.

    Mas, afinal, o que informao? Informao a transformao do conhecimento. Os dados so os

    itens bsicos de informao, antes de serem transformados, enquanto que informaes so os

    resultados. Assim, os dados (entrada) so transformados (processamento) e geram resultados

    (sada). Os dados alimentam, do entrada no sistema e as informaes so produzidas, saem do

    sistema.

    Entretanto, para que sejam utilizadas de forma eficaz pelo tomador de deciso e possam ser

    consideradas como um recurso estratgico, as informaes devem ser geradas a partir das

    necessidades do usurio e serem comparativas, confiveis, econmicas, com periodicidade certa e

    detalhamento adequado. Tanto mais dinmica ser uma empresa quanto melhores e mais adequadas

    forem as informaes de que os gerentes dispem para as suas tomadas de deciso.

    O sistema de informao de controladoria , basicamente, o sistema de informao contbil, pois

    neste sistema concentram-se todas as informaes necessrias para auxiliar nas tomadas de deciso.

    O sistema de informao deve permitir trs procedimentos bsicos:

    procedimentos de mensurao: mensurar (atribuir valor) corretamente o resultado econmico dos eventos econmicos, produtos, atividades e reas.

    procedimentos de acumulao: apropriar ou alocar os eventos de acordo com o sistema de apurao do resultado econmico.

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    Procedimentos de comunicao: comunicar aos gestores os objetivos e os resultados de cada rea, cada produto, cada atividade, cada evento.

    O sistema de informaes da controladoria conta com os seguintes subsistemas:

    a) Simulaes

    b) Oramentos

    c) Padres

    d) Realizado

    2.2.3 O PAPEL DO CONTROLLER

    O controller o profissional encarregado de executar as funes da controladoria nas empresas e

    deve ter os seguintes conhecimentos, experincias e habilidades para o exerccio do cargo:

    Compreenso geral da empresa, dos fatores sociais, econmicos e polticos direta e indiretamente relacionados com ela.

    Conhecimento da prpria organizao, sua historia, polticas, programas, organizao e sua tecnologia operacional e administrativa.

    Compreenso dos problemas bsicos do processo de gesto.

    Compreenso dos problemas bsicos dos sistemas de produo, distribuio, finanas e recursos humanos.

    Capacidade para analisar e interpretar as informaes contbeis, fiscais, econmicas e financeiras e as informaes extra-contbeis relacionadas com os eventos econmicos,

    tornando-os capaz de induzir os gestores a tomar decises visando a excelncia empresarial.

    Capacidade para expressar claramente suas idias.

    Capacidade para ouvir o interlocutor, persistir na soluo de problemas, iniciativa.

    Capacidade de ser inovador.

    A funo bsica do controlador consiste em implantar e dirigir os sistemas de: informao,

    motivao, coordenao, avaliao, planejamento e acompanhamento. As principais

    responsabilidades do controller so:

    - Coordenao do Sistema de Planejamento e Controle (Sistema Oramentrio);

    - Assessoria Alta Direo na tomada de decises;

    - Produo de Relatrios Especiais para estudos e anlises no rotineiras;

    - Controle das Atividades (Anlise dos Desvios Orado x Realizado);

    - Avaliao de Desempenho.

    2.3 O PROCESSO DE GESTO

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    A palavra processo tem o sentido de fazer, acontecer, executar, ou simplesmente processar e, de

    forma genrica, executar atos. J a palavra gesto, que deriva do latim gestione, quer dizer ato de

    gerir ou gerenciar.

    Isto posto, incursiona-se de que o processo de gesto executar atos relacionados gerncia e,

    segundo nos ensina Catelli (1972): ... gerir fazer as coisas acontecerem. A pessoa que faz a gerncia, denominado gestor, quem toma as decises para que as coisas aconteam, de tal forma que a empresa atinja seus

    objetivos. Assim, administrar conduzir a organizao para seus objetivos.

    O processo de gesto empresarial passa necessariamente pelo trip: planejamento, execuo e

    controle.

    2.3.1 - PLANEJAMENTO

    O planejamento caracterizado por decises presentes tendo em vista um estado futuro desejvel e

    os caminhos para atingi-lo. Algumas caractersticas, porm, devem ser destacadas:

    I- O planejamento antecede s operaes;

    II- O planejamento sempre existe em uma empresa, mesmo que informal, e quando informal

    estar contido no crebro do dirigente;

    III- O planejamento deve ser um processo flexvel e dinmico, o que permitir adaptaes s

    mudanas ambientais;

    IV- O planejamento diminui riscos e incertezas quanto aos objetivos almejados pela

    empresa;

    V- O planejamento, em sinergia com o controle, permite a avaliao de desempenho de

    reas especficas e da empresa como um todo.

    O planejamento pode ser visto em dois nveis:

    Planejamento estratgico Planejamento operacional

    Planejamento estratgico

    O termo estratgia tem origem na literatura militar europia e quer dizer arte do general. No mundo empresarial a palavra estratgia foi introduzida por Von Neumann e Morgenstern no livro

    Theory of games and economic behavior, onde se definiu como estratgia medidas de mdio e longo prazo para o desenvolvimento de produtos e mercados definidos e formas possveis de

    alcan-los.

    Segundo Drucker (1974), o planejamento estratgico no envolve decises futuras e sim a futuridade das decises atuais. O que interessa ao administrador so os efeitos que sua deciso, hoje, ter no futuro.

    Portanto, o planejamento estratgico estabelece quais os caminhos a serem percorridos para se

    atingir a situao desejada, a passagem de onde estamos para onde queremos ir.

    Planejamento operacional

    Definida a estratgia da empresa, a fase seguinte operacionaliz-la, ou seja, como realizar a

    estratgia. Isto feito no planejamento operacional, que consiste na definio de polticas e metas

    operacionais da empresa.

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    No planejamento operacional os oramentos global e setorial da entidade so elaborados, bem como

    o custo padro fixado.

    2.3.2 - EXECUO

    a etapa do processo de gesto onde as coisas acontecem, ou seja, onde as aes emergem. As

    aes devem estar em sintonia com o que foi planejado. Assim, o planejamento antecede as aes.

    Na execuo, dados so armazenados no que concerne ao desempenho realizado para a comparao

    com os planos e padres na fase de controle. Todas as fases do processo de gesto devem ser

    aliceradas por sistema de informao gerencial, para fins de planejamento e controle.

    2.3.3 - CONTROLE

    Segundo Brisolla (1990) controle : Um processo de verificao prvia, concomitante ou a posteriori, que ocorre num lapso de tempo para conhecer a evoluo do desempenho de um sistema ou de uma atividade atravs da

    comparao de novo estgio com outro inicial definido como padro, desencadeando aes que

    assegurem a consecuo dos objetivos esperados.

    Segundo o Prof. Nakagawa (1997): O controle possui quatro fases distintas: I- Conhecer a realidade;

    II- Compar-la com o que deveria ser; III- Tomar conhecimento rpido das divergncias e suas origens;

    IV- Tomar atitudes para sua correo.

    Portanto, controle consiste na comparao do padro com o real, com o objetivo de analisar as

    variaes favorveis ou desfavorveis ao padro e sugerir aes que redirecionem os resultados aos

    objetivos pr-estabelecidos.

    Todas as fases do processo de gesto devem estar aliceradas em um sistema de informao

    gerencial para fins de planejamento e controle.

    2.4 MENSURAO E ANLISE DE RESULTADOS

    Devido complexidade das empresas e grande quantidade de informaes, a adoo de um

    sistema de informao gerencial facilita muito a mensurao e anlise dos resultados.

    O sistema de Gesto Econmica GECON tem sido aplicado pela FIPECAFI, fundao ligada USP. um modelo de gesto de vanguarda j testado em grandes empresas do pas e alicerado por um

    sistema de gesto e outro de informao que lhes do o necessrio suporte.

    O sistema de informao do modelo GECON utiliza conceitos e critrios que atendem s necessidades

    informativas dos diversos gestores da empresa para o seu especfico processo de tomada de decises,

    fato que impulsiona as diversas reas a implementarem aes que otimizem o resultado global da

    empresa.

    O Modelo de Mensurao como Efetiva Resposta para a rea de Controladoria

    A base conceitual aplicada na mensurao dos eventos econmicos no modelo GECON reveste-se

    de fundamental importncia para que se espelhe o verdadeiro valor econmico do patrimnio, dos

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    resultados das atividades e do resultado global da empresa, indo ao encontro dos reclamos e

    exigncias informativas da rea de controladoria. Assim este modelo reconhece:

    a) A riqueza da empresa aumenta pela agregao de valor proporcionado pelo processo de transformao de insumos em produtos e servios nas diversas atividades;

    b) Ao identificar, mensurar e reportar resultados das atividades das diversas unidades administrativas, transforma o tradicional centro de custos em centro de resultados ou em rea de responsabilidade;

    c) Reconhece em cada atividade o aspecto operacional, o aspecto econmico e o aspecto financeiro, apurando margens de contribuio e resultados econmicos

    atravs da mensurao dos produtos e recursos pelos seus valores vista;

    d) Apura margens de contribuio e resultados financeiros das atividades, atravs da mensurao do custo do dinheiro no tempo, relativo aos prazos de recebimento, de

    pagamento, de estocagem e das imobilizaes dos recursos;

    e) Reconhece, ainda, o aspecto econmico de que a riqueza de uma empresa aumenta ou diminui medida que o mercado atribui maior ou menor valor para os ativos que

    ela possui.

    Destacam-se ainda diversos conceitos e procedimentos de mensurao:

    I- Competncia de perodos;

    II- Reconhecimento de receitas das atividades pela produo dos bens e servios e no

    apenas no momento da venda;

    III- Preos de transferncias departamentais;

    IV- Custo de oportunidade dos ativos;

    V- Custeio varivel e margem de contribuio;

    VI- Valores vista;

    VII- Valor do dinheiro no tempo;

    VIII- Custos e receitas controlveis;

    IX- Sistemas de padres e anlise das variaes; etc.

    EXERCCIOS

    1) O que controladoria e qual a sua importncia no processo de gesto nas empresas?

    2) Os subsistemas so os elementos que compem o sistema de uma empresa, os quais se interagem para que a sua misso seja cumprida. Assinale a alternativa que no corresponde a um desses

    subsistemas.

    a) Subsistema institucional. b) Subsistema fsico. c) Subsistema de informao. d) Subsistema financeiro. e) Subsistema social.

    3) O objetivo da controladoria organizar e reportar dados relevantes que induzem os gerentes a tomar decises lgicas e consistentes com a misso e objetivos da empresa. Dentre as alternativas a seguir,

    marque aquela que no representa uma funo da controladoria.

    a) Coordenar o processo de planejamento e controle. b) Coordenar a padronizao de procedimentos de mensurao. c) Garantir o cumprimento do processo de tomada de deciso. Responsabilizar-se pela

    coordenao da elaborao do planejamento (Oramento, Procedimentos, etc.).

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    d) Garantia Patrimonial e Controle Interno. e) Todas as alternativas so funes da controladoria.

    4) O controller o profissional encarregado de execu