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Jos Vital dos Santos Neto, Pr. [email protected] FACULDADE DE TEOLOGIA ADVENTISTA DA PROMESSA Ementa: Teologia da Msica Professor: Jos Vital dos Santos Neto, Pr.

I

DESCRIO DA MATRIA Compreender a importncia da msica na Bblia, organizar ordens de culto e analisar o Ministrio de Louvor na Igreja local. II JUSTIFICAO A Bblia est cheia de referncias que evidenciam a importncia da posio da Msica dentro da religio crist. Portanto, nossa tarefa como lderes cristos discipular ministros de msica, indicando a total responsabilidade, entrega e dedicao do dirigente, por tratar-se de um ministrio com peso pastoral.

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OBJETIVOS GERAIS Ao finalizar o curso o aluno estar capacitado em: 1. Conhecer as referncias msica na Bblia. 2. Compreender a importncia no preparo de uma Ordem de Culto. 3. Elaborar com eficcia uma Ordem de Culto. 4. Discipular pessoas que tem o chamado para o Ministrio de Msica. CONTEDO 1. 2. 3. 4. Hinologia no Antigo Testamento Hinologia no Novo testamento Programa de Culto Ministrao de Louvor no Culto

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AVALIAO E REQUISITOS 1. TRABALHO ESCRITO SOBRE A LEITURA DO LIVRO ADORAO BBLICA (Dr. Russel P. Shedd): Completar a Ficha de Leitura e fazer comentrio e resumo sobre um Captulo do mesmo, sua escolha. (25%) 2. ELABORAR UMA ORDEM DE CULTO: Preparar a liturgia de um Culto de Louvor, intercalando hinos, cnticos espirituais, litanias etc. Dar ttulo, colocar tudo por extenso (leituras bblicas, musicas etc) e em cada hino citar o fundamento bblico (fazer em anexo). (15%) 3. AVALIAO DE MUSICAS: Avaliar 4 msicas sendo: 2 hinos do BJ e 2 cnticos. Descrever: Nome da musica, n. (caso BJ); Fonte bblica a que se refere o texto; assunto tratado; a quem se dirige; estilo da msica; letra (no caso dos cnticos); se h compatibilidade entre musica e texto; em que programa posso us-lo e crtica pessoal. (Trabalho aplicado para compensao de faltas). (20%) 4. AVALIAO EM CLASSE (PROVA): 8 questes de mltipla escolha e 2 questes dissertativas. (40%) VI BIBLIOGRAFIA

ALLEN, Ronald; BORROR, Gordon. Teologia da Adorao. So Paulo: Vida Nova, 2002. AMORESE, Rubem. Louvor, Adorao e Liturgia. Viosa, MG: Ultimato, 2004. CAMPOS, Adhemar. A Dinmica do Ministrio de Msica. So Paulo: Karys, 2002. DOUGLASS, Klaus. Celebrando o Amor de Deus. Curitiba, PR: Editora Evanglica Esperana, 2000. GOSSETT, Don. A Fora Explosiva do Louvor. Florida, EUA: Vida, 1974. KEITH, Edmond D. Hindia Crist. Rio de Janeiro: JUERP, 1987. McCOMMON, Paul. A Msica na Bblia. Rio de Janeiro: JUERP, 1995. OLIVEIRA FILHO, Marclio (Pr.). Oficina: Como Conduzir um Programa de Culto. So Paulo: V Musitec, 1999. SOUZA FILHO, Joo A. O Ministrio de Louvor da Igreja. Belo Horizonte, MG: Betnia, 1988. SHEDD, Russel P., Dr. Adorao Bblica. Ed. Vida Nova, SP, 1998

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TEOLOGIA DA MSICA Chamados para a Excelncia

:: A FORA EXPLOSIVA DO LOUVOR As pessoas no imaginam que se possam obter resultados surpreendentes, exaltando-se o nome do Senhor. No entanto, nestes ltimos tempos, aumenta o nmero daqueles que descobrem como tratar dvidas e problemas louvando ao Senhor. Se a Ele bendizemos com real fervor, surgem enormes fontes de poder, nunca dantes imaginadas. Aps tal descoberta, o louvor e o culto a Deus tornam-se exerccios to estimulantes que podem mudar inteiramente nossa atitude para com a vida. Aleluia: Deus a designou universal, significa Louvado seja Deus. (no sentido de um convite Louvem a Deus!) Ap 19: 1, 4 e 6 o que iremos cantar no cu. LOUVAR A DEUS CONTINUAMENTE: Hb 13: 15 Os sacrifcios no Antigo Testamento ardiam continuamente fogueiras nos altares para oferendas, no Novo Testamento o sacrifcio nico de Jesus tornou desnecessrio todos os outros. Deus j no pede sacrifcios para resgatar pecado, mas pede que se ofeream sacrifcios de louvor. Sl 34: 1 continuamente Fruto de nossos lbios. Jo 15: 8 O louvor no opcional. Sl 50: 23; 66: 8 PRIMEIRO LOUVE E DEPOIS AGUARDE OS FRUTOS: Louvar a Deus o segredo para se acrescentarem bnos a nossa vida. Sl 67: 4, 5 e 6 Quando exaltamos o nome do Senhor, ento frutificam-se provises, h abundncia e Deus nos abenoa. Se voc necessita da interveno divina em sua pobre vida, comece por louv-lo; ento as bnos frutificaro. Lembre-se: a orao suplica. O louvor toma, recebe a resposta. O SEGREDO DO PODER: 1. Mandamento para o cristo: Hb 13: 15 2. Voto de Davi: Sl 34: 1 3. Prtica dos primeiros cristos: Lc 24: 53 4. Vontade de Deus: 1Ts 5: 18 5. Prova de vida plena do Esprito Santo: Ef 5: 18, 20 6. Incio do culto: Sl 100: 4 7. Mensagem vida do trono: Ap 19: 5 8. Obrigao do cristo: Sl 150: 6 9. Hbito praticado o dia todo: Sl 113: 3 10. O louvor opera maravilhas: 2Cr 20: 21 11. O louvor individual: Rendei graas ao Senhor Sl 50: 23 12. O louvor apropriado: Sl 33: 1 Tudo provem de Deus: Aps o povo cruzar o mar vermelho Davi levou a arca para Jerusalm Salomo na consagrao do templo Os pastores na nascimento de Jesus

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Quando Davi no via uma situao presente muito agradvel, agradecia a Deus as bnos do passado. Tem voc agradecido a Deus todos os benefcios que recebeu no passado? Cabe a voc decidir se prefere ser um cristo mal-humorado e derrotado ou um cristo que sabe dar graas e louvar ao Senhor, e que vitorioso.

:: HINOLOGIA NO ANTIGO TESTAMENTO Ao estudarmos a histria das religies, podemos observar que somente o Judasmo e o Cristianismo desenvolveram a msica como parte fundamental e integral do Culto. A Bblia est cheia de referncias que evidenciam a importncia da posio da Msica dentro da religio crist. A Bblia por certo, a fonte inspirativa de toda a Hinologia Crist. A msica ddiva de Deus. Dos 66 livros, 44 fazem referncia msica. mencionada desde Gnesis at ao Apocalipse. H, pelo menos, 575 referncias cnticos ou msica nas Sagradas

Escrituras.

Salomo escreveu 1005 cnticos (1Reis 4: 32) O primeiro versculo que cita msica est em Gn 4: 21. Podemos dizer que o primeiro louvor est em Gn 2: 23, quando Ado reconhece sua companheira, e tem atitude de agradecimento. No princpio da vida judaica, ns podemos observar que a msica era de natureza espontnea e com muita alegria (Ex 15: 20, 21). Somente mais tarde, no perodo de Davi, foi que ela se tornou formal, como parte de responsabilidade profissional dos lderes da Adorao: os levitas. A Bblia registra o uso da msica como terapia: Davi tangia a Harpa para acalmar o rei Saul (1Sm 16: 14 23). Como Sacerdotes, os Levitas davam tempo integral ao seu servio. Eram escolhidos conforme seu talento (1Cr 9: 33; 15: 21, 22) O coro estava sob a liderana de pelo menos trs compositores-maestros: Asafe, Hem e Jedutum (1Cr 25: 1 7; 2Cr 5: 12) O cntico era acompanhado de muitos instrumentos (2Sm 6: 5; Sl 33: 3; 1Cr 25: 6) As mulheres eram cantoras no coral no Templo (Ed 2: 65; Ne 7: 67) Acreditam grandes pesquisadores eruditos de msica vtero-testamentria, que a msica era antifonal: versculo e resposta (Sl 136). :: OS SALMOS

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considerado o Hinrio do Povo Hebreu (teologia cantada) Oferece trs tipos de expresso de Adorao: Louvor 147: 1; Petio 6: 1,2; Aes de Graas 116: 1. A Teologia dos Hebreus est contida especialmente nos Salmos. A msica eclesistica deve ensinar: Admoestar com amor; ganhar almas; exaltar o louvor a Deus; inspirar os servos de Deus e fortalecer os crentes na f. DEFINIES DE TTULOS E EXPRESSES NOS SALMOS: Sua diviso quntupla (5 partes). Cada parte termina com uma Doxologia (louvor e exaltao a Deus). O Salmo 150 a Doxologia mais completa. Como os Salmos no so organizados por tpicos, til comparar os temas dominantes em cada seo aos cinco livros de Moiss. Essa disposio corresponde aos cinco livros da lei. Salmo 1 ao 41 (Gnesis) Annimos: 1, 2, 10, 33. Davi: 3 9, 11 32, 34 41. DOXOLOGIA: 41: 13. Nesta primeira diviso, com Salmos escritos principalmente por Davi, semelhante ao livro de Gnesis. Da mesma maneira que se explica como a humanidade fo1Criada, caiu em pecado e foi prometida a redeno, muitos desses Salmos mostram o ser humano cado, redimido e abenoado por Deus. 2. Salmo 42 ao 72 (xodo) Filhos de Core: 42 49. Asafe: 50 e 65. Davi: 68, 70 feitos para o Tabernculo e servios no 1.

Templo.

DOXOLOGIA: 72: 18 19. Nesta diviso, com Salmos escritos principalmente por Davi e pelos filhos de Cor, semelhante ao livro de xodo. Da mesma maneira que este descreve a trajetria de libertao de Israel, muitos desses Salmos mostram a nao arruinada e depois restaurada. Assim como Deus salvou a Israel, Ele tambm nos salva. Podemos dirigir-nos ao Senhor com os nossos problemas e pedir-lhe ajuda, que encontraremos a soluo. Salmo 73 ao 89 (Levticos) Asafe: 73 83. Davi: 86. Et: 89. Filhos de Core: 84, 85, 87 e 88. DOXOLOGIA: 89: 52 Esta diviso, com Salmos escritos principalmente por Asafe ou seus descendentes, semelhante ao livro de Levtico. Da mesma maneira que este discorre acerca do Tabernculo e a santidade de Deus, muitos desses salmos falam do Templo e da entronizao do Senhor. Por Deus se o Todo-Poderoso, podemos nos voltar para Ele, a fim de recebermos livramentos. Esses salmos louvam a Deus porque Ele Santo, e Sua perfeita santidade merece nossa adorao e reverncia. Salmo 90 ao 106 (Nmeros) Moiss: 90 Davi: 101 103. O restante so annimos. DOXOLOGIA: 106: 48 Esta diviso, com salmos de autores desconhecidos, semelhante ao livro de Nmeros. Da mesma maneira que este aborda o relacionamento de Israel com as naes vizinhas, estes salmos freqentemente mencionam a relao do Reino de Deus 4. 3.

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com as outras naes. Por sermos cidados dos cus, podemos manter os acontecimentos e as dificuldades desta terra em sua perspectiva apropriada. 5. 132; Salmo 107 ao 150 (Deuteronmio) Annimos: 107; 111 118; 120 121; 123; 125 126; 128 130;

134 137; 146 150. Davi: 108 110; 122; 124; 131; 133; 138 145. Salmo 119: vrios Salomo: 127. DOXOLOGIA: 150. Esta diviso, com salmos escritos principalmente por Davi, semelhante ao livro de Deuteronmio. Da mesma maneira que o tema mais importante neste era Deus e a Sua Palavra, estes salmos so hinos de louvor e ao de graas a Deus por Sua presena e Sua Palavra. A maioria dos salmos foi originalmente escrita para ser acompanhada por instrumentos musicais, na adorao. Podemos usar estes salmos hoje como foram usados no passado, como um livro de hinos de louvor e adorao, pois os cnticos expressam a alegria que est em nossos corao. Nesses Salmos a palavra sel, que se encontra 71 vezes em todo o livro, segundo Stainer, pode significar: Pausa Final de uma estrofe Tocar com fora (ff) Curvatura do corpo em sinal de obedincia Repetio (ritornello) Exclamao abreviada de louvor; correspondente ao uso moderno de Glria. Cantor-mor: refere-se ao regente dos instrumentos de corda. Sobre seminite (Sl 6): tom de oitava, diviso de vozes feminina e masculina. Masquil (Sl 32): um cntico de especial qualidade ou didtico. Atribui-se a Davi 73 Salmos; Asafe 12; Filhos de Core 12; Salomo 2; Moiss 1; Et 1; Hem 1 e 48 so annimos. Cnticos dos Degraus ou de Romagem: essa expresso usada a partir do Salmo 120 ao 134. coleo de 15 Salmos, sendo considerado um pequeno Hinrio dentro dos Salmos. 1. Eram cantados pelos peregrinos quando marchavam, subindo do cativeiro Babilnico para Jerusalm. Ex 23: 14 17. 2. Eram cantados pelos devotos de todas as partes da Palestina, quando subiam para Jerusalm, para os grandes festivais (datas festivas). 3. Refere-se aos quinzes degraus que levam ao trio de Israel, no Templo, e estes Salmos eram cantados nesses degraus.

:: TEOLOGIA DA ADORAO NO A. T. Mudanas marcantes em tempos, lugares e procedimentos de adorao ocorreram entre a poca dos patriarcas e o exlio babilnico. No perodo dos patriarcas a

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adorao era simples, individual e peridica. Era feita ao p das montanhas, riachos, rochas (Betel Gn 28: 18 22) ou rvores (o carvalho de More Gn 12: 6, 7) onde quer que Deus aparecesse ao adorador. Os primeiros captulos de Gnesis narram sacrifcios oferecidos por Caim, Abel e No. Caim e Abel (Gn 4: 1 5): resposta de gratido a Deus pela ddiva da fertilidade dos animais (primognito) e da terra (primcias), acompanhada da petio implcita por mais bnos. No (Gn 8: 20 22): oferta para Deus por salv-lo de um perigo mortal (salvao). Adorao um fenmeno universal. O ser humano convidado a louvar pelo prprio processo de viver, h a necessidade de celebrar.

OS TERMOS DA ADORAO Homenagem: Em portugus venerao, culto que se rende a (algum ou algo) que se considera uma divindade, amor excessivo, venerao, idolatria por (algum ou alguma coisa) que se considera excepcional, singular etc.; o objeto (pessoa ou coisa) desta venerao; o motivo deste amor excessivo. ETIM lat. adorato,nis 'ao de adorar, adorao, culto a Deus, respeito profundo'.1 Em ingls Worship vem da palavra valor e significa o reconhecimento, pelo homem finito, do valor infinito de Deus, e tambm a representao esttica ou expresso dramtica desse reconhecimento, por atos simblicos, atitudes e palavras.2 O conceito de adorao dos salmistas era teocntrico, no antropocntrico. Eles sustentavam que nada na terra era digno se no estivesse na relao apropriada com o criador do universo, o doador da vida, mestre, juiz e salvador. Os termos hebraicos que significam adorao descrevem uma ao ou resposta ao Santo. O Antigo Testamento freqentemente chama Deus de o Santo de Israel e afirma que ele est com ou no meio do seu povo. Santo (qdosh): Deus outro, transcedente, inacessvel, misterioso, inatingvel. O Santo de Israel no meio (qereb) de ti: Is 12:6; Os 11: 9. Despertar conscincia de pecado: Is 6: 5. Desejo de ter uma vida digna: Lv 19:2. Esperana de receber perdo e bno: Is 41: 14; 54: 5. Israel no via a adorao ou servio como meio de induzir, coagir ou influenciar Deus a lhes dar algo que de outro modo no daria. Trs palavras hebraicas so traduzidas por adorao: sgad inclinar-se diante de uma pessoa: Dn 2: 46, ou de um dolo: Is 44: 15, 17, 19; Dn 3: 5, 7, 10, 12, 14, 18, 28. 34: 8. shhah inclinar-se, prostrar-se. algo que se faz, sinta-se ou no. Ex

bad servir, trabalhar, atuar como escravo. usado no sentido de habitar a casa ou o reino do senhor. Ex 33: 11. Abd significa servio ou culto. usada no AT para referir-se ao servio ao rei (1Cr 26: 30), a Deus (Ex 3: 12; 4: 23; 12: 25, 27; Dt 6: 13; Js 22: 27), ou do templo (Ez 44: 14).1 2

Dicionrio Eletrnico Houaiss da Lngua Portuguesa. Terrien, The Psalms and Their Mening for Today, xi.

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A expresso servir a Jav ocorre duas vezes em Salmos: 2: 11 e 100: 2. Servir e adorar so idnticos? Servir refere-se a fazer a vontade de Deus nas questes humanas. Adorar tem relao mais prxima com o ritual de culto. OS JUDEUS TINHAM MSICA PARA TODAS AS OCASIES Aps o livramento do Mar Vermelho e a destruio dos exrcitos de Fara, Moiss e o povo de Israel entoaram o cntico que est registrado em xodo 15: 1 18. No h, em parte alguma, histria de natureza potica mais inspiradora, ou mais ntida, a ser encontrada, do que esse primitivo cntico religioso. Foi acompanhado de instrumentos e de uma responsiva antfona, dirigida por Miri, irm de Moiss, v. 21. Um cntico foi a ltima coisa deixada por Moiss aos filhos de Israel (Dt 32: 1 43). Mais tarde, temos o relato da morte de Moiss. Que maneira sublime para um dos maiores lderes de toda a histria deixar o seu povo. Foi com a msica instrumental e cntico solene que Davi levou a arca do concerto para o tabernculo, preparado para ela. Eles deram msica um lugar de grande proeminncia. 1Cr 15: 16, 28. Por ocasio da dedicao do Templo, construdo por Salomo, houve muita msica. 2Cr 5. A msica foi o centro do culto de dedicao. Em 2Cr 20: 14 22 citado o mais estranho conselho de guerra j realizado. Essa ordem para cantar louvores a Deus no rara no Velho Testamento. Era uma maneira positiva e agradvel, ao povo de Deus, de expressar o seu esprito de f e confiana. Israel vencia quando cantava. Em 2Cr 29: 27 30 a msica tambm tem outra funo. O que eles viram, juntamente com o que ouviram dos cantores, penetrou profundamente em sua alma e corao. O v. 36 d uma demonstrao do esprito do Culto. A expresso de improviso, nos diz que foi inesperada e espontnea.

:: HINOLOGIA NO NOVO TESTAMENTO Com o livro de Malaquias desce a cortina entre a histria do velho e Novo Testamento com as palavras dramticas, E eis que... de repente vir ao seu templo o Senhor, a quem vs buscais (Ml 3: 1). Ento a escurido e o silncio caram sobre a terra da Palestina por longos e difceis anos; houve lutas civis aqui e acol; os Macabeus ergueram seu estandarte, breve, mas corajoso; e o silncio desceu outra vez, at que, com a plenitude dos tempos, Deus mandou o seu Filho ao mundo.

:: A MSICA NOS EVANGELHOS O nascimento de Jesus foi ocasio para a msica mais grandiosa que o mundo j ouviu. Lucas registrou os vrios cnticos baseados no nascimento de Jesus. A msica foi usada na entrada triunfal, no somente pelos discpulos e o povo que o seguia pelas ruas com palmas, mas tambm pelas crianas no templo. Mais tarde, durante a

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semana da paixo, depois da ltima ceia, Jesus cantou um hino com os seus discpulos antes de sair para o jardim do Getsmani. A ANUNCIAO (Lucas 1: 30 33): A mensagem de Gabriel no qualquer que se acha em lbios humanos, mas no podemos negar o seu lugar prprio como inspirao para muitos cnticos na hinologia crist. O MAGNIFICAT (Lucas 1: 46 55): Depois da visita de Gabriel, Maria foi casa de sua prima, Isabel, e a, pela primeira vez, foi saudada como me do Senhor. Parece que neste instante ela entendeu o significado completo da mensagem de Gabriel, e ergueu sua voz num hino de louvor a Deus em palavras to sublimes e extasiadas que muitos crticos duvidam que uma pessoa nascida em condies to humildes fosse capaz de produzir tal cntico. Quando consideramos, porm, o discernimento divino que necessariamente foi exercido na escolha daquela que iria ser a primeira e mais engrandecida das mes crists, reconhecemos que um conhecimento firme das profecias concernentes vinda do Messias certamente fora uma qualificao importante. As palavras de Maria mostram que a este respeito ela era qualificada. O cntico tem sido descrito assim: "To alto como as estrelas, e to humilde como a orao de uma criancinha." semelhante ao cntico de Ana no Velho Testamento, mas ocupa um lugar sem igual na hinologia crist.

O BENEDICTUS (Lucas 1: 68 79): Mal tinha acabado o cntico de Maria quando se ouviu uma nova melodia vinda de lbios at h pouco tempo mudos. Esta foi a expresso lrica de Zacarias na ocasio do nascimento do seu filho Joo. Das trevas da dvida, as quais fizeram que seus lbios fossem selados, Zacarias agora emerge para a brilhante luz da f, e triunfalmente louva a Deus pelas bnos futuras como se fossem realizadas. O GLORIA IN EXCELSIS (Lucas 2: 14): Com a plenitude dos tempos, o anjo anunciou aos pastores nos campos a chegada do menino Jesus. Ento a multido do coro celestial apareceu no cu entoando seu louvor glorioso que se tornou o primeiro hino da igreja crist. O NUNC DIMITTIS (Lucas 2: 29 32): Morava em Jerusalm um velho e fervoroso servo de Deus chamado Simeo, a quem Deus prometera que no morreria at que visse com os seus prprios olhos aquele que seria a redeno de Israel. Entrando no templo no dia em que Jos e Maria levaram o menino Jesus ali, a identidade da criana lhe foi revelada pelo Esprito de Deus. A ENTRADA TRIUNFAL (Lucas 19: 38; Mateus 21: 15): Este cntico, talvez, possa ser includo no grupo dos hinos cristos. Mostranos, tambm, uma outra fase da msica dos judeus, particularmente a incluso das crianas no programa musical do templo. As crianas podem e devem cantar a boa msica, como so os grandes hinos da nossa f. Talvez no compreendam tudo no momento, mas a impresso nas suas mentes e nos seus coraes como semear boa semente em terra frtil, que dar fruto abundantemente no tempo prprio. A LTIMA CEIA (Mateus 26: 30): Este hino era evidentemente um trecho do Hallel (Salmos 113 118), geralmente cantado nessa poca. Um dos privilgios mais preciosos dos discpulos foi ouvir Jesus cantar os Salmos de Davi e cant-los com ele. Certamente houve ocasies de alegria e felicidade quando esse grupo entoou hinos de louvor a Deus.

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:: A MSICA NO LIVRO DE ATOS Desejaramos que o livro de Atos nos tivesse dado mais informaes concernentes msica na igreja apostlica. Foi o suficiente, porm, para esclarecer que o canto ocupou um lugar muito importante nos seus cultos. Devemos lembrar-nos que eles no tinham o Novo Testamento, nem declaraes escritas da doutrina ou da f crist. Assim podemos crer que a letra dos seus cnticos e hinos tornou-se o melhor meio pelo qual preservaram os ensinos de Jesus. Certamente foi um grande auxlio em anim-los durante a perseguio. OS APSTOLOS (Atos 4: 24 30): O seguinte trecho no captulo quatro do livro de Atos descrito por muitos como o nico hino registrado no livro de Atos. Talvez requeira muita imaginao chamar isto um hino, mas no podemos negar que parece ser uma alta manifestao coral de louvor, e foi cantado por um pequeno grupo de crentes depois de Pedro e Joo terem voltado da priso naquela noite sombria. Assim, a primeira perseguio deu luz o seu primeiro hino. PAULO E SILAS (Atos 16: 25): possvel que tenham cantado um salmo, ou pode ser que improvisassem cnticos especiais para essa ocasio para assim testemunhar.

:: A MSICA NAS EPSTOLAS O PROGRAMA DE PAULO (Efsios 5: 19; Colossenses 3: 16): Paulo sem dvida nenhuma, possua uma genuna apreciao pela msica. Ele era homem de cultura e refinamento. Sabemos que ele foi educado tanto no sistema de cultura grega como da hebraica, ambas requerendo a msica como uma das matrias bsicas. Diversas vezes a msica se evidencia em algumas ocasies mais significativas de sua vida e de seus escritos. Efsios 5: 19 Os cristos devem estar cheios do Esprito Santo e no de vinho, e devem externar a sua alegria, falando entre si mesmos, que o culto coletivo. Salmos se refere ao salmo do Velho Testamento, ou a uma composio semelhante em sua construo. Os hinos, eram, a princpio, cnticos de louvor a Deus ou a Cristo. Toda a ateno focaliza a sua pessoa, seu carter, vontade e ao. A principal distino entre salmo e hino o acompanhamento instrumental. O salmo era sempre acompanhado, o hino poderia ser ou no. Cnticos espirituais se refere a um tipo especfico de cntico sacro. Era-lhes permitido usar qualquer matria, e dirigir-se a qualquer objetivo. Na segunda metade, o significado que os cristos, cheios do amor de Deus e do sentimento de adorao a Deus, permitiro que o que sentem seja expresso externamente em grupo de adorao e de louvor e tambm no silencioso da meditao e da adorao ntima. Ou seja, o cntico ntimo e o externo, devoo privada e grupo de louvor. Colossenses 3: 16

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Nesta passagem compreendemos que o Apstolo tinha tambm outro princpio em seu modo de pensar. A nfase aqui est no ensino e na admoestao de um ao outro. Isso constitui um outro emprego da msica que somente hoje estamos comeando a compreender. Corretamente usada, a msica pode ser um dos nossos mais eficientes meios de educao. Coloca-se ao lado da educao visual como um meio principal de instruo. A finalidade da msica no simplesmente a de fazer o povo sentir-se bem, tornando-o feliz, a fim de que se mantenha numa atitude mentalmente predisposta para ouvir o sermo. A msica deve ser usada no ensino e na admoestao de uns aos outros. Paulo no deixou essa matria para a igreja, como facultativa, mas fez sua admoestao bem direta e positiva. A ADVERTNCIA DE TIAGO (Tiago 5: 13): Esta advertncia mais um elo na corrente dourada do canto cristo que se estende to delicadamente atravs das pginas do Novo testamento. Orao e louvor, elementos de igual importncia no culto a Deus, so enfatizados aqui. TRECHOS LRICOS CONSIDERADOS COMO HINOS: Nas epstolas de Paulo se acham certos trechos to evidentemente lricos que so considerados por muitos como citaes de hinos j existentes. Efsios 5: 14 1 Timoteo 3: 16 1 Timoteo 6: 15, 16 2 Timoteo 2: 11 13

O APOCALIPSE: O Apocalipse (...) cheio de fulgurante referncias ao canto como a mais alta expresso do esprito em adorao, indicando que no futuro como no passado, o canto foi e ser um dos meios mais nobres para a expresso do louvor. Assim escreve Garret Horder no seu livro, The Hymm Lover. A msica do Apocalipse a msica do futuro; a vastido dos coros quase que no pode ser concebida pela mente finita. Nunca houve nesta terra um coro, nem uma combinao de coros, que pudesse aproximar-se magnitude daquela multido cantando o cntico novo, o cntico de Moiss e do Cordeiro. A nossa preparao para nos unirmos com aquele coro imortal, que se levantar como a voz de muitas guas, comea aqui na terra, quando, numa congregao crist, erguemos as nossas vozes juntamente com outros cristos para elevar um louvor a Deus.

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:: PROGRAMA DE CULTO O QUE CULTO: um servio de adorao a Deus. No Culto h um encontro: Deus e o homem (dilogo). Deus fala e ns respondemos com louvor, confisso e edificao. Culto a viso de Deus. Estamos em Sua presena e o contemplamos. um acontecimento sublime, importante e necessrio na vida. Culto curvar-se diante de Deus; ser elevado, inspirado e impulsionado por Ele. Culto pode e deve ser usado para todos aqueles exerccios religiosos que constituem os meios rotineiros usados por qualquer grupo social para: 1) manter o relacionamento correto com a esfera do sagrado ou do santo e 2) receber os benefcios desse relacionamento, incluindo orientao nas diversas crises da vida. 3 Atos e palavras sagrados estabelecidos e regulamentados pela sociedade, em que se efetua, se desenvolve e se cumpre o encontro e a comunho da congregao com a divindade. a expresso visvel e audvel do relacionamento entre a congregao e a divindade. 4 Todos os atos pelos quais comunidades ou indivduos do expresso exterior sua vida religiosa, pelos quais buscam e efetuam o contato com Deus. A ao do ser humano na adorao cultual basicamente a resposta da criatura ao seu criador. 5 H VRIOS TIPOS DE CULTO: 1. 2. Cristo. Cultos pblicos oficiais proporcionar adorao comunitria. Ceia do Senhor anunciar o sacrifcio da salvao at a volta de

3. Culto de profisso de f e batismo proclamar publicamente a deciso e o compromisso do batizando. Integr-lo a comunidade crist. 4. Culto de ordenao transmitir autoridade. 5. Uno proporcionar cura e perdo ao doente. 6. Casamento impetrar a bno de Deus aos nubentes. 7. Bodas agradecer pelo tempo de vida conjugal e invocar a bno de Deus para um novo perodo de vida. 8. Debutantes agradecer pelos primeiros anos de vida e invocar a bno de Deus para a debutante. 9. Formatura agradecer pela concluso de uma etapa de estudos e invocar a bno de Deus para o exerccio da atividade profissional. 10. Apresentao de crianas invocar a bno de Deus sobre a criana e encorajar os pais para educ-la na presena e no temor do Senhor. 11. Lanamento de pedra fundamental estabelecer marco histrico no incio da construo de um templo, tendo em vista a preservao da histria denominacional.3 4

Johson, A. R. The Cultic Prophet in Ancient Israel, 29 30. Mowinckel. The Psalms in Israels Worship I, 15 16. 5 Vaux, Roland. Ancient Isral, 271.

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12. enlutada. msica. na cruz. recebido. com Deus. 13. 14. 15. 16

Culto fnebre solidarizar-se e trazer conforto divino a famlia Culto cantado todas as mensagens sero entregues em forma de Culto evangelstico tem o objetivo de falar do sacrifcio de Cristo Culto de ao de graas celebrar a Deus por algum ato poderoso Culto particular / individual culto dirio, momento de meditao

MODELO BBLICO PARA NOSSOS CULTOS: O relato de Isaas 6 nos apresenta uma experincia pessoal de culto que tem sido modelo para nossos cultos: 1. CONSCINCIA DE DEUS E SUA PRESENA VIVA: contemplao, viso, reverncia, temor, deslumbramento, Deus est presente. (vv. 1 e 2) o tempo do ajuntamento. Pessoas diferentes, com caractersticas diferentes, se renem para o culto. A celebrao festiva, com nfase na alegria comunitria. Alm da msica a viso do dirigente importante para este momento. Se forem dirigentes diferentes no programa do culto, este momento deve ser conduzido pelo lder que tem mais facilidade de comunicao, alegria, simpatia e eloqncia. 2. ADORAO: os atributos de Deus so reconhecidos aqui: santidade, onipresena, soberania, eternidade, supremacia. (vv 3 e 4). conseqncia da celebrao. A adorao parece mais um momento de glorificao a Deus. Neste momento a msica no precisa ser obrigatoriamente festiva. Adoramos a Deus pelos seus feitos, por sua grandeza, seu poder, seu amor, pela salvao de Jesus. Se forem dirigentes diferentes no programa do culto, este momento deve ser conduzido pelo lder que tem mais aptido para enaltecer a Deus e que consiga transmitir aos adoradores o valor de Deus na vida das pessoas. 3. CONFISSO: em reconhecimento do poder de Deus, vem o reconhecimento da fraqueza humana. (v. 5). Tempo para buscar a presena de Deus. Pessoas diferentes trazem expectativas diferentes, problemas tambm diferentes. Esto vivendo momentos de crises emocionais, que refletem tambm as crises espirituais. Se forem dirigentes diferentes no programa do culto, este momento deve ser conduzido pelo lder que tem mais carisma e demonstra quebrantamento e poder. Pessoas que tm o dom da orao so muito especiais para este momento. 4. PERDO: renovao da conscincia, purificao da alma que alcanada atravs da confisso e arrependimento. (vv. 6 e 7). 5. MENSAGEM OU EXORTAO: quando ouvimos a voz de Deus e a recebemos. (v. 8). A Palavra o centro deste momento e acontece normalmente no sermo. O pastor o lder deste momento. 6. CONSAGRAO: depois de purificados e reconciliados, respondemos dedicando nossas vidas no altar. (v. 9). Tempo para reflexo das pessoas. Em alguns casos o momento do apelo mais usual em nossos cultos. Embora nem todos os cultos tenham exatamente o apelo, todo culto precisa exigir do adorador uma resposta. Pode ser atravs de oraes individuais, hinos e cnticos coletivos, orao pblica do dirigente ou pregador. Tempo para as pessoas expressarem seus novos ideais. Tempo para o dirigente analisar se os objetivos esto sendo atingidos e orientar os adoradores para que reformulem seus conceitos e atitudes de vida.

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Em todos estes itens, a msica pode estar presente em forma de orao, textos bblicos, hinos, testemunhos. O culto do comeo ao fim louvor. Quando estamos prestando culto, trs pessoas esto envolvidas neste momento: Deus, o cristo e o prximo.

DEUS

CRISTO

CULT O

CRISTO (comunho) PRXIMO NO CRISTO (Evangelizando e testemunhando)

QUEM DEVE DIRIGIR O CULTO: Vivemos dias de mudanas. Hoje o dirigente de culto alm de ser um servo a disposio de Deus, um comunicador, tentando passar mensagens, conceitos e desafios para as pessoas. Por ser um processo de comunicao, o dirigente precisa ser o que tem maior aptido para essa interao entre as pessoas. Alguns requisitos: 1. Dependncia de Deus; 2. Convico de sua misso de servo; 3. Vida piedosa diante de Deus; 4. Experincias espirituais crescentes; 5. Uno do Esprito; 6. Humildade. Alguns requisitos tcnicos: 1. Facilidade de expresso; 2. Simpatia visual; 3. Eloqncia com capacidade de sntese; 4. Vocabulrio vasto, mas no exagerado (simplicidade nos temos); 5. Conhecimento do nvel das pessoas; 6. Liderana. Quando o dirigente for msico precisa ter: 1. Conhecimento da harmonia para fazer o encadeamento das msicas; 2. Capacidade de improvisao em algum instrumento para dar orientaes aos msicos; 3. Conhecimento de regncia; 4. Conhecimento de tcnicas vocal (voz falada e cantada); 5 Criatividade para diviso de vozes e de instrumentos; 6. Conhecimento da personalidade dos msicos.

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QUAL O OBJETIVO PRINCIPAL DO CULTO: O dirigente do culto precisa ter conscincia dos objetivos a serem atingidos na programao do culto. Todo culto precisa produzir nos adoradores resultados espirituais. Esses resultados nem sempre so medidos quantitativamente falando, mas acima de tudo qualitativamente. Por isso o dirigente precisa ter pleno conhecimento do que se pretende obter at o final do culto, conduzindo todas as partes do programa para a consecuo dos alvos propostos. Embora o culto seja uma experincia subjetiva, ntima, nem sempre mensurvel, o dirigente precisa transmitir aos adoradores valores, atitudes e conceitos espirituais para os participantes. Os objetivos gerais do culto devem ser transmitidos pelo pastor. Ele recebe isto de Deus quando est na busca do que Deus quer revelar para a congregao. Os objetivos especficos partem do geral para o particular e so vividos em momentos preciosos para o povo de Deus. No planejamento do culto temos que pensar se o culto ser dividido em tpicos ou se ser temtico. Vejamos a diferena: 1. Culto por Tpicos: quando dividimos no planejamento as diversas partes do culto. Exemplos: louvor, celebrao, adorao, contrio, proclamao. 2. Culto Temtico: quando o programa todo montado em funo do objetivo geral do culto. Pode ter os diversos momentos do culto por tpicos, mas tudo planejado de uma forma que o tema central do culto valorizado sempre. COMO SELECIONAR O REPERTRIO MUSICAL PARA O CULTO: 1. a msica. Tenha em mente os objetivos a serem atingidos quando for escolher

2. Repertrio variado, com estilo musical apropriado para o momento especfico a ser vivido na experincia de adorao. 3. Preocupe-se com a unidade do culto. As msicas de estilos diferentes devem ser planejadas de tal forma que estejam prximas, para evitar as quebras de emoo que a msica produz. 4. A passagem de uma msica para outra deve ser feita de maneira gil e com habilidade harmnica. O msico precisa estar consciente dessa mudana e criar o novo clima. 5. Os buracos na programao quebram e prejudicam a viso e percepo do todo. Mesmo que estejamos entrando em momentos diferentes, o repertrio musical precisa estar muito coerente.

COMO PREPARAR UMA ORDEM DE CULTO: 1. como base tpica. Junte informaes e materiais necessrios: Procure saber o ttulo do sermo e o texto bblico, para servirem

Tenha em mos e em mente qualquer nfase ou programao especial (Misses, Dia das Mes, Umap etc). Junte as ferramentas para fcil referncia: a) Bblia com concordncia. b) Hinrios diversos.

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c) Lista dos participantes nas partes musicais do culto: nome do coro e das msicas a serem apresentadas; nome do solista e/ou do conjunto; msica instrumental (preldio, posldio e interldio). Tenha por perto livros que ofeream algum auxlio especial: a) Livros devocionais. b) Publicaes denominacionais. Antigas ordens de culto e programas especiais. Prepare-se espiritualmente: Ore para que Deus o guie enquanto voc comea a encaixar tudo, e especialmente na escolha das partes musicais. Ore por um discernimento das carncias espirituais da sua prpria congregao num dado culto. Ore pelas pessoas envolvidas no planejamento, organizao e execuo do culto. Ore para que i Esprito Santo d sua fora aos lderes e a toda a congregao, para que o culto seja aceitvel a Deus e traga resultados de deciso e inspirao para cada um. 3. Consideraes especiais: O tipo de congregao: a) Metropolitana, suburbana, rural. b) Membros mais velhos e mais novos. c) Nvel cultural e educacional. d) Tradicional ou contempornea. Faa uma reviso da ordem escrita: Leia e releia o rascunho, identificando cada um dos elementos Passe a limpo o rascunho, para tirar as dvidas de digitao. 2.

4. delineados abaixo.

:: MINISTRAO DE LOUVOR NO CULTOExige total responsabilidade, entrega e dedicao do dirigente, por tratarse de um ministrio com peso pastoral. Fl 1: 10, 11 VALOR DO CULTO: 1Pe 2: 5; Mt 4: 10 Adorao quando a congregao se rene para celebrar o milagre da ressurreio de Jesus, da nova vida em Cristo, da comunho no Esprito e das conquistas espirituais. PREPARAO DOS MINISTROS: 2Tm 2: 15 NASCIDO DE NOVO: S quem j teve essa experincia poder fluir de maneira plena na presena de Deus, sendo sensvel ao Esprito Santo para, atravs de sua comunho com Deus, alcanar a orientao, a direo e a inspirao para servir e adorar ao Senhor juntamente com a igreja. SEPARADOS PARA DEUS: A consagrao a Deus fundamental para servi-lo de forma que O agrade. Aquilo que cantamos, via de regra, deve ser tambm o que vivemos e experimentamos em nossa prpria caminhada. O que legitima nosso ministrio, a nossa vocao, so os frutos do nosso servio, os frutos do Esprito que evidenciamos. Devemos dar muitos frutos. 3. HABITAR / ESTAR COM DEUS: 2. 1.

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Quem ministra tem a tarefa de auxiliar toda a igreja na adorao coletiva, a fim de que todos, ofeream sacrifcios a Deus. Somos responsveis por fazer com que as pessoas tenham um ambiente de louvor que as faa renovar sua aliana com o Senhor e para isso fundamental que o ministro esteja habilitado no conselho do Senhor Diferena entre um ministro de msica e um tocador de instrumentos: o primeiro se identifica com Deus e usa a msica e o instrumento para o seu crescimento espiritual; o tocador est identificado com o seu instrumento e visa apenas o seu desempenho musical. Sl 77: 13; Rm 12: 1 O msico que no tem comunho com Deus, que no prioriza a orao, a adorao, o jejum, est totalmente desqualificado para o servio na casa de Deus. CORAO DE SERVO: Principal motivao servir a Deus, famlia, aos irmos, aos que esto fora da igreja, ou seja, abenoar as pessoas. Ef 5: 18 21 O Esprito Santo s pode encher pessoas vazias de si mesmas, rendidas, prostradas aos ps do Senhor. Submisso / sujeitar-se queles que Deus colocou sobre voc. 1Cr 25: 2 os filhos de Asafe estavam submissos a ele que, por sua vez, estava sob as ordens do rei Davi. 1Cr 25: 6 Ef 4: 16 RELACIONANDO-SE COM A PALAVRA: Sl 119: 97. No algo imposto por uma cobrana externa. Sl 119: 111 e 140; 2Tm 2: 15; Ex 18: 19; Sl 138: 4 A Palavra tudo na vida de um ministro: ele deve manej-la bem, conhec-la, l-la, meditar nela, decorar, cantar, respirar, viver e am-la. Os levitas eram aptos porque eram homens da Palavra e lhes cabia a responsabilidade de ensin-la ao povo, profetizar com os seus instrumentos. 2Cr 5: 13, 14. 5. 4.

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ANEXOS :: A MSICA INSTRUMENTAL NA BBLIA As passagens bblicas que se referem aos instrumentos e seu uso so to numerosas quanto as que fazem aluso ao canto. Os hebreus possuam tanto capacidade de criao como versatilidade necessria para dominar os diversos instrumentos, e para modificarem o seu prprio uso, a fim de produzirem maiores variaes. A msica instrumental foi especialmente moldada aos Cultos de adorao e festivais sacros. As trombetas e outros instrumentos eram usados freqentemente, tanto para chamar o povo para o Culto como para a batalha. Os instrumentos utilizados pelos hebreus dividiam-se em trs categorias: instrumental de cordas, de sopro e de percusso. 1. CORDAS HARPA: (Gn 4: 21) Era porttil e fcil de ser carregada para acompanhar a msica vocal. Produzia um som doce e agradvel, sendo associado o seu uso com Cultos e ocasies festivas. SALTRIO: (Sl 150: 3) Possua doze cordas. Guardava aparncia com a nossa harpa de hoje. CTARA: (Dn 3: 5) Espcie de harpa. Era sustentada por uma ala de couro, que se passava atrs do pescoo e podia ser tocada enquanto o msico andava. 2. SOPRO FLAUTA: (Gn 4: 21) Podia ser uma gaita dupla ou consistia em vrias gaitas. FLAUTA DOCE: (1Sm 10: 5; Sl 150: 4; 1Rs 1: 40; J 21: 12) Consistia numa cana com maior ou menor nmero de orifcios, cortados e engenhosamente trabalhados. Passou a ser trabalhada na madeira, no osso, no chifre e no marfim. TROMBETA: (Nm 10: 1 10; 2Cr 5: 12) Cumprida e retilnea, de prata, as vezes de bronze. 3. PERCUSSO ADUFE: (Ex 15: 20; Gn 31: 27) argola de madeira, suspensos ao redor sinos de bronze ou chocalhos. Era utilizado no acompanhamento de danas sagradas. Tocado nas festas, nunca mencionado em conexo com os Cultos no Templo. Tambm citado como pandeiro, tamboril ou tamborim. CMBALOS: (2Sm 6: 5; Sl 150: 5; 1Cr 25: 1 e 6) Dois tipos: pratos e chocalhos. Eram usados pelo regente do coro para marcar o compasso. Havia uma grande variedade de instrumentos no Culto judaico, o que possibilitava a participao de muitas pessoas. Havia instrumentos prprios para as festas. No utilizavam no Culto, instrumentos que no induzissem adorao. Os instrumentos eram separados e consagrados para o trabalho religioso. :: CAMINHANDO E CANTANDO Abaixo apresento um resumo sobre os principais Cnticos registrados na Bblia, tanto no Antigo como no Novo Testamento. A literatura produzida e utilizada pelo povo de Deus, desde os tempos mais remotos, est recheada de poesia. Alguns defendem que o gnero potico precede o prosaico. Os Cnticos encontrados na Bblia constituem-se num valioso depsito de tradies poticas. Geralmente, essas canes tm um pano de fundo histrico e traduzem as experincias vivenciadas por uma pessoa ou um povo, em determinada poca e lugar. Elas retratam os anseios e vitrias de um povo que caminhava com f. Entretanto, o gnero potico no apenas universaliza a linguagem dos sentimentos, como tambm permite uma re-atualizao das experincias vividas e narradas no poema, tornando-o relevante para todos, em todas as pocas e em todos os lugares.

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1.

CANO DA VITRIA / CNTICO DE MOISS xodo 15: 1 21.

CONTEXTO HISTRICO: xodo 15 um dos mais belos poemas hebraicos. Ningum dispunha de melhores condies para compor este cntico do que Moiss. uma composio bem feita, repleta da influncia da poesia egpcia, ambiente bem conhecido de Moiss. H o paralelismo usual com variaes antitticas, sintticas e sinnimas. Mas a cadncia regular e interrompida por estrofes trplices. Considere melhor a cena: de um lado do mar, os cadveres dos inimigos e opressores boiavam nas guas; de outro, o povo celebrava a sua libertao. Uma orquestra simples, mas majestosa! Moiss cantava junto com os filhos de Israel; Miri e as mulheres com tamborins e danas repetiam, juntas, um coro que celebrava a vitria do Senhor. PARA PENSAR: Um cntico que nasce da experincia com o Deus vivo. Um cntico que exalta somente a Deus. Um cntico que celebra a vitria e garante novas conquistas.

2.

CANO DE LOUVOR / CNTICO DE MIRI xodo 15: 20, 21.

CONTEXTO HISTRICO: O contexto histrico em que surgiu o cntico de Miri o mesmo do cntico de Moiss. Alis, a composio cantada por Miri e as outras mulheres, nada acrescenta composio atribuda a Moiss. O cntico de Miri , na verdade, uma transcrio do incio do cntico de Moiss (Ex. 15: 1). Miri utilizou aqueles versos como um refro, celebrando a mesma vitria celebrada por Moiss, a saber: a travessia do Mar Vermelho e a derrota dos exrcitos de Fara. Entretanto, o contedo desse refro e a maneira como Miri o utilizou, colocam diante de ns preciosas orientaes e sugestes no que tange prtica do louvor. PARA PENSAR: O louvor pertence ao Senhor. O louvor deve ser uma expresso alegre e criativa com: instrumentos musicais. Expresso corporal; e, comunitrio. O louvor deve ser a expresso de um corao puro. 3. CANO DE GUERRA / CNTICO DE DBORA Juzes 5

CONTEXTO HISTRICO: Os estudiosos da Bblia, em geral, afirmam que Juzes 5: 2 31 apresenta um dos cnticos mais antigos das Escrituras. Alis, biblistas j observaram que todos os cnticos mais antigos da Bblia so de guerra. No h dvida que o cntico foi composto por uma testemunha ocular dos fatos narrados. O captulo 5 de Juzes apresenta, em forma potica, o que o captulo 4 apresenta em fora de narrativa: o sofrimento dos israelitas debaixo da opresso dos povos cananeus, e a libertao operada pelo Senhor, utilizando Dbora e Baraque. Vale a pena uma palavra sobre a poesia hebraica. Afinal, nenhum dos cnticos estudados obedece s normas da poesia escrita em portugus. Em nossa lngua, a principal caracterstica da poesia a rima, que a repetio de um som. No hebraico bblico, a principal caracterstica da poesia o paralelismo, que a repetio de um pensamento. H vrias formas de paralelismo. No cntico de Dbora, observam-se:

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Paralelismo Sinnimo a segunda linha repete o que a primeira j dissera. Ex.: Ouvi reis, dai ouvidos prncipes (v. 3)

Ouvi est em paralelo com dai ouvidos, e reis est em paralelo com prncipes. primeira. Ex.: Paralelismo Climtico a segunda linha acrescenta um detalhe

gua pediu ele, leite lhe deu ela. Em taa de prncipes lhe ofereceu nata (ou coalhada) (v. 25) Observe que a segunda linha tem um detalhe mais que a primeira. Paralelismo Antittico a segunda linha o contrrio da primeira. Ex.: Assim, Senhor, peream todos os teus inimigos! Porm os que amam, brilham como o sol, quando se levanta no seu esplendor! (v. 31) PARA PENSAR: O Deus eterno luta contra seus inimigos. O Deus eterno derrota seus inimigos. O Deus eterno conta com a participao do seu povo na luta contra seus inimigos. 4 CANO DE EXALTAO / CNTICO DE ANA I Samuel 2: 1 10

CONTEXTO HISTRICO: importante dizer que o primeiro livro de Samuel apresenta um momento histrico de grande importncia para o povo israelita. O povo estava passando do sistema tribal para o sistema tributrio. Com essa mudana, tudo ficaria concentrado em mos de um poder estatal. a passagem do perodo dos juzes para o dos reis. A histria de Samuel a abertura dessa nova fase. Samuel nascer de forma milagrosa, pois vem de uma mulher estril e humilhada, para ser o smbolo da fidelidade dentro desse novo sistema. Seu nascimento to importante neste contexto histrico, que sua me, Ana, canta jubilosa e agradecida, exaltando a pessoa de Deus. Este cntico celebra uma vitria do rei sobre os inimigos (v. 10). Certamente foi colocado aqui para expressar a esperana do povo de que o novo regime significasse, de fato, uma salvao: a funo do rei tornar visvel a prpria ao de Deus, que liberta dos inimigos (v. 1) e instaura o reino da justia (vv. 3 9). Para isso, espera-se que desapaream as desigualdades, e todos possam usufruir da liberdade e da vida. Mas, essa salvao cantada e expressa no versculo 1, pode significar, tambm, a salvao de Ana da perseguio de Penina (1Sm 1: 1 7). Acredita-se que essa poesia andava de mo em mo, e era cantada por ocasio das festas populares em Israel, nos tempos de paz e felicidade. Ela se constitui numa pea literria que mostra a cultura e o sentido potico da vida do povo. O Dicionrio Enciclopdico (Editora Vozes) informa: O nome Ana significa misericrdia, ou Deus compadeceu-se. O Seu cntico de louvor muito conhecido, e se constitui num salmo do gnero dos hinos, o qual serviu de exemplo para o Magnificat. A Bblia Vida Nova diz: Maria, me de Jesus, devia ter conhecimento desse cntico, pois os dois poemas se assemelham. (Lc 1: 46 55). Geralmente, o cntico uma manifestao de alegria e de exaltao. Essa exaltao de Ana pode ser compreendida de vrias maneiras. PARA PENSAR: Exaltao ao Deus Salvador, Santo, nico, Forte, Sbio e Justo. Exaltao dos fracos. Exaltao dos Ungidos.

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5.

CANO DA CONSAGRAO / CNTICO DE DAVI 1Crnicas 29: 1 22

CONTEXTO HISTRICO: O reinado de Davi foi o segundo da monarquia de Israel. Seu reinado durou cerca de 40 anos (1Cr 29: 27). Foram quarenta anos de vitrias e o povo j se acostumara com as batalhas e com a alegria do retorno de seus vitoriosos soldados comandados por um rei valoroso. No foram poucos os inimigos combatidos. Alguns internamente, mas a maioria desses inimigos era os vizinhos enfurecidos. O reinado de Davi se tornou para Israel smbolo de vitria e bom xito. Todavia, o rei envelheceu, e, avanado em dias, sem foras e prestes a morrer, ora a Deus. Olhando para a sua trajetria de lutas, com diversos obstculos, e relembrando as vitrias alcanadas, Davi louva ao Senhor e deseja construir um templo. Antes de passar o governo para seu filho, ele expressa sua alegria nessa orao. Podemos aprender com Davi, a celebrar as vitrias da vida, consagrando-nos mais e mais ao Senhor. PARA PENSAR: Uma viso correta de Deus um Deus eterno e imutvel, um Deus soberano e Senhor, um Deus providente e presente. Um viso correta do homem um miservel pecador, peregrinos e transitrios, mordomos dos recursos de Deus. Uma viso correta da obra com um envolvimento sincero, com a participao de todos.

6.

CANO DO SOCORRO / CNTICO DE EZEQUIAS Isaas 38: 9 22

CONTEXTO HISTRICO: O nome Ezequias significa: a fortaleza do Senhor, fortalecido por Deus ou Deus minha fora. Reinou 29 anos em Jerusalm (2Cr 29: 1). Percebe-se que ele colocou o reino de Deus em primeiro lugar, pois, no primeiro ano do seu reinado, mandou reformar as portas do templo, e determinou que elas estivessem abertas, facilitando o comparecimento dos adoradores (2Cr 29: 3); no seu reinado houve a maior celebrao da Pscoa, desde os dias de Salomo (2Cr 30: 26); fez em pedaos a serpente de metal que Moiss fabricou (2Rs 18: 4); um dos antepassados na genealogia de Jesus Cristo (Mt 1: 9). A Bblia apresenta este elogio ao rei Ezequias: Fez o que era reto perante o Senhor (2Cr 18: 5; 19: 10; 20: 3); orientou o povo para trazer ofertas de gratido, e este atendeu (2Cr 29: 31); Ezequias e os prncipes louvaram ao Senhor, agradecendo as bnos (2Cr 31: 8). O rei Ezequias, aps tomar conhecimento das ameaas do rei da Assria de invadir Jerusalm , entrou no templo, esperando a resposta do Senhor (2Rs 19: 1, 11 14). Ezequias e o profeta Isaas, depois da afronta de Senaqueribe (rei da Assria), clamaram ao Senhor (v. 20), pois o rei Ezequias era homem de orao (2Rs 20: 2 5); Deus ouviu e atendeu (vv. 21 23; 2Cr 30: 18 20). Mas Ezequias no era infalvel: exaltou-se, ficou gravemente enfermo; porm, clamou ao Senhor. E esse clamor o contedo do seu cntico. PARA PENSAR: O cntico de Ezequias mostra as limitaes humanas. O cntico de Ezequias revela a dependncia da graa divina. O cntico de Ezequias mostra caractersticas do louvor que agrada a Deus deve ser proclamado, deve ser contnuo, deve ser comunitrio.

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7.

CANO DOS EXILADOS / CNTICO DOS EXILADOS Salmo 137

CONTEXTO HISTRICO: Com a conquista e destruio de Jerusalm em 587 a. C., o povo de Deus foi levado cativo para a Babilnia, conforme relata os livros de Reis. neste ambiente de dor que nasce o cntico dos exilados. O Salmo 137 uma lamentao coletiva, uma obra-prima, conforme comenta a Bblia King James em que expresses profundas e pungentes da dor humana, pranto amargo de quem perdeu o que era mais caro, indignao violenta contra os causadores de tanto sofrimento: a expresso do drama de todo um povo, erradicado de sua terra, pisoteado em seus afetos mais ntimos, aviltado em sua honra por deportadores, que tripudiam sobre a desgraa deles, e insultado no que tem de mais sagrado: os sentimentos ntimos de sua alma, apegada a Sio. Com a perda de seus maiores referenciais a Ptria, o Templo e a Liberdade o povo coloca-se s margens dos rios da Babilnia, chora e lamenta, e indispe-se a cantar uma de suas mais fortes marcas. Porm, em seu silncio, o povo de Deus fala muito e desafia a experincia da f. PARA PENSAR: A cano dos exilados revela a condio humana da peregrinao. A cano dos exilados revela a condio de sofrimento da criatura humana. A cano dos exilados revela os desafios de nossa luta terrena.

8.

CANES DE LAMENTAO / LAMENTOS DE JEREMIAS Lamentaes 3: 22 28

CONTEXTO HISTRICO: Os cnticos de lamentao eram apresentados para relatar calamidades, lamentar situaes e pedir a Deus misericrdia. Assim, as Lamentaes de Jeremias so uma expresso da tristeza que invadia a sua alma pela situao na qual a cidade de Jerusalm se encontrava, bem como a desolao de Jud. Lamentar no reclamar de Deus, mas manifestar tristeza pelo que est acontecendo de ruim. No ano 587 a. C., aconteceu a destruio da cidade pelos babilnicos, sendo que toda a nao de Jud foi humilhada e subjugada pelos inimigos. essa situao que o autor lamenta em seus cnticos. Ele abre a sua alma e deixa transparecer toda a tristeza que nela havia, pelo fato de o povo ter se rebelado contra Deus, e este, por sua vez, t-lo entregado nas mos dos inimigos. Jeremias viveu 80 ou 100 anos depois do profeta Isaas. Seu ministrio proftico se estendeu por um perodo de 40 anos, aproximadamente. Suas atividades foram realizadas durante os reinados de Josias, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias os cinco ltimos reis de Jud. Coube a Jeremias profetizar em uma poca em que todas as coisas em Jud estavam convergindo para uma lamentvel catstrofe final; quando a inquietao poltica estava em seu auge; quando as piores iras dominavam vrios partidos; e os conselhos mais fatais prevaleciam (...) era ver o prprio povo, a quem amava com a ternura de uma mulher, lanar-se sobre o precipcio para a imensa e tumultuada runa (Dr. Moorehead, citado por J. Sidlow Baxter, em seu livro Examinai as Escrituras). Os cnticos de lamentao eram comuns nos tempos bblicos. Assim, o autor de Lamentaes estava dentro de uma tradio literria longa e respeitvel, diz R. K. Harrison, comentando este livro. Cada captulo do livro de Lamentaes contm um lamento. Em todos eles pode-se perceber a tristeza da alma e a esperana em Deus. PARA PENSAR: Explorao e opresso: fortes motivos para o choro da alma. Reconhecimento da culpa e confisso do pecado: evidncias de uma lamentao sincera. Misericrdia e justia de Deus: esperana para a alma que chora.

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9.

CANO DA CONFIANA / CNTICO DE HABACUQUE Habacuque 3

CONTEXTO HISTRICO: A profecia de Habacuque do perodo babilnico, por volta do ano 612 a. C., onde o profeta demonstra perplexidade diante do avano da maldade e da opresso violenta. Ele faz uma queixa perante Deus, e recebe a resposta divina do uso dos babilnios (caldeus), como instrumento de juzo ativo e terrvel contra as naes perversas (1: 5 17). Foi nesse tempo que os babilnios derrotaram os assrios e se tornaram o imprio mais poderosos do mundo. Mas, a surge a sua indagao: como Deus pode usar um povo pago e perverso para destruir gente mais justa do que ele? A opresso s vai aumentar. A, em seguida, no silncio, ele contempla a fortaleza divina e aceita o plano de Deus; e faz uma declarao grandiosa, reconhecendo que o justo viver pela sua f (2: 4). Ao perceber que a vitria est garantida pelo Senhor, sendo que a justia triunfar, ele apresenta esse cntico, que uma verdadeira profisso de f no nico Deus; um reconhecimento de que o Deus vivo age na Histria em tempos de crises. interessante notar que Habacuque encerra o seu livro com essa orao, em forma de salmo, onde so recordadas as aes de Deus no passado, que so o fundamento da ao e vitria de Deus no futuro. Trata-se de um canto litrgico: na liturgia que os justos celebram a esperana, certos de que ela vai se realizar. Da poder-se afirmar que os escritos de habacuque possuem uma semelhana com os Salmos. O profeta Habacuque no era apenas um profeta: era, tambm, um dos cantores levticos do templo (3: 19). Ele se constitui num autntico av da Reforma, pois a doutrina da Justificao pela F est presente nos seus escritos. O texto de Habacuque 2: 4 citado 3 vezes no Novo Testamento: Rm 1: 17, Gl 3: 11 e Hb 10: 38. No incio do captulo 3 (vv. 1, 2), Habacuque relembra as obras de Deus j realizadas, pedindo que realize uma nova libertao no presente. Esse pedido se fundamenta na lembrana do xodo, quando Deus realizou proezas para libertar o seu povo (vv. 3 7). Com imagens grandiosas, o cntico descreve Deus como o Senhor do universo e da Histria (vv. 8 15). A comunidade se emociona com a certeza da interveno com que Deus libertar o seu povo, punindo o opressor. O cntico termina com uma sincera profisso de f na libertao divina. Ainda que esteja acontecendo uma grande crise, no se pode abrir mo da confiana em Deus. pela fidelidade que Deus liberta o seu povo. PARA PENSAR: Uma declarao de confiana em tempos de crises. Uma demonstrao de alegria em tempos de crises. Uma certeza de vitria em tempos de crises.

10.

CANO DOS HUMILDES / CNTICO DE MARIA Lucas 1: 46 56

CONTEXTO HISTRICO: O cntico focalizado nesse estudo, cuja autoria atribuda a Maria, tem como contedo a experincia de uma jovem de Nazar da Galilia, chamada Maria, a qual recebeu a visita do anjo Gabriel, que lhe anunciou a sua escolha por Deus, para vir a ser a me do Messias prometido. Maria recebeu tal notcia com um notvel esprito de submisso e alegria: Aqui est a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua palavra (Lc 1: 26 38). Naqueles dias Maria se apressou em ir visitar sua prima Isabel. E nesse encontro ela teve uma confirmao de que as palavras ditas pelo anjo, da parte do Senhor, estavam, de fato, se cumprindo (Lc 1: 39 45). Imediatamente, Maria foi tomada de grande emoo e a sua alma irrompeu num belssimo cntico, onde ela reconhece o privilgio de sua escolha e celebra a chegada do tempo da libertao que Deus concede aos pequenos. Ao estudarmos esse cntico, veremos como um Deus to grande instrumentaliza criaturas to pequenas, para a realizao de seus propsitos. Conforme notas da Bblia Sagrada Edio Pastoral, o cntico de Maria o cntico dos

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pobres que reconhecem a vinda de Deus para libert-los atravs de Jesus. Naquele tempo, Maria e seu povo eram dominados pela grande Imprio Romano. PARA PENSAR: Maria celebra a excelsa grandeza de Deus. Maria celebra a infinita misericrdia de Deus. Maria celebra a libertao do povo de Deus.

11.

CANO DA VISITAO / CNTICO DE ZACARIAS Lucas 1: 67 79

CONTEXTO HISTRICO: A cano de Zacarias encontra-se em um contexto histrico muito interessante. A histria do casal Zacarias e Isabel (os pais de Joo, mais tarde conhecido como o Batista) a primeira contada por Lucas no evangelho que traz seu nome. Serve como preparao para a histria de Jesus, que Lucas apresenta como o Salvador do mundo. O comentarista Michael Wilcok observa como o incio do terceiro evangelho est repleto de elementos sobrenaturais, como aparies de anjos que trazem revelaes sobre o nascimento de crianas especiais (Lc 1: 11 14; 26 33). H, tambm, diversas referncias ao do Esprito Santo (Lc 1. 15, 35, 41, 67). Conforme o citado comentarista, estes elementos no texto preparam quem l (ou escuta) o evangelho para compreender um interveno especialssima de Deus na histria: o nascimento de Jesus, o Cristo, Salvador e Senhor. Conforme a narrativa do terceiro evangelho, Zacarias, autor do cntico, era homem piedoso e temente a Deus (Lc 1: 6). Havia entre os piedosos de Israel, naqueles dias, grande expectativa quanto ao cumprimento das antigas promessas e profecias referentes vinda do Messias. Apesar disso, no incio, Zacarias no acredita na mensagem angelical, e repreendido com mudez temporria. Mas, quando recupera a capacidade de falar, explode em alegria, e prorrompe em louvor com seu belo cntico. A antiga tradio litrgica crist d ao cntico o nome de Benedictus bendito, em latim. Pode-se dizer que o tema do cntico a visita que Deus faz a seu povo. PARA PENSAR: Visita preparada. Visita motivada pela misericrdia divina. Visita que abenoa o povo.

12.

CANO DA BOA NOTCIA / CNTICO DOS ANJOS Lucas 2: 8 20

CONTEXTO HISTRICO: Os acontecimentos relacionados com do nascimento de Cristo, no texto de Lucas 2: 8 20, deram-se num contexto simples e humilde. Os pastores, a quem foi comunicado o nascimento de Jesus, eram homens simples, que possuam uma profisso humilde. Devido ao seu trabalho, eles no tinham condies de observar todos os aspectos da lei judaica. Por isso, eram desconsiderados pela elite religiosa daqueles dias. A data do nascimento de Cristo no pode ser apresentada com exatido. A expresso naqueles dias (v. 8) se refere ao perodo do reinado de Csar Augusti, que se estende de 27 a.C. a 14 a.C. Possivelmente, os fatos aqui narrados tenham acontecido entre os anos 6 e 5 a.C. A cidade de Belm ficava a uns 10 km de Jerusalm, na parte montanhosa de Jud. Sendo a cidade dos antecessores de Davi, ficou conhecida como a cidade de Davi. O cntico dos anjos ecoa aos nossos ouvidos ainda hoje, lembrando-nos de que o verbo se fez carne para trazer a paz entre os homens. Diante de tal mensagem, a igreja convocada a se despertar para a misso a ela confiada.

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PARA PENSAR: Os cus baixam terra. A paz de Deus estabelecida entre os homens. Despertamento para a misso.

13.

CANO DA ESPERANA / CNTICO DE SIMEO Lucas 2: 25 38

CONTEXTO HISTRICO: O cntico de Simeo faz parte do conjunto de cnticos registrados por ocasio do nascimento de Jesus Cristo. Os dias de Simeo foram de profunda expectativa no que diz respeito chegada do messias. Israel vivia sob a opresso do Imprio Romano. A alegria e a paz do povo foram roubadas com a presena do inimigo dominador. No havia rei em Israel. O governo era exercido pelo representante do Imprio, sem nenhum compromisso com os propsitos de Jav. Foram dias de total desconsolo para o povo. Neste cenrio vivia Simeo, um homem justo e piedoso que esperava a consolao de Israel (Lc 2: 25). A figura de Simeo mostra que, no meio das maiores corrupes, existem coraes que, vivendo no mundo, no se tornam cmplices da decadncia moral e espiritual em que vivem. Existia um grupo de pessoas que esperavam a redeno de Jerusalm (Lc 2: 38). Provavelmente conheciam e esperavam o cumprimento das promessas de libertao existentes nas profecias do Antigo testamento. O Esprito Santo indicou a Simeo, de alguma maneira, a chegada do Messias. Simeo, no templo, toma o menino Jesus nos braos e com aquela grande calma, como quem estava diante da maior esperana alimentada pela maior certeza quanto sua salvao, deixa para o mundo um belssimo cntico de louvor a Deus. PARA PENSAR: A construo da esperana. O cumprimento da promessa. A salvao preparada por Deus.

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:: OS ELEMENTOS DA MSICA E SUA SELEO 1. RITMO: a parte da combinao dos valores, que marcam os tempos, elemento forte que prende a ateno, de difcil controle. O ritmo importante e sem ele a msica no existe. preciso muito cuidado e critrio no uso. 2. MELODIA: a parte cantante, o motivo pelo qual a msica existe: identidade. Deve-se ter cuidado na escolha, porque a msica muito fcil, muitas vezes intuitiva e apelativa e a msica difcil de entender perde o objetivo do louvor. A msica tem que ser compreensvel. 3. HARMONIA: a parte da combinao dos sons e serve para projetar diferentes estados da alma. Deve ajudar a descrever na mente o que est sendo proposto: louvor, consagrao, submisso, conceitos de Deus, seu amor, f. 4. FORMA: A msica em si: estilos, sonatas, preldios, clssica, balada, valsa, samba, hinos, arranjos. As formas devem inspirar, instruir, despertar para reverncia, humildade, louvor. 5. LETRA: Que expresse conceitos verdadeiros, princpios cristos. Pode deve ser contextualizada. baseados nas escrituras, nos

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:: CONCEITOS BSICOS DE TEORIA MUSICAL Abaixo apresento alguns conceitos bsicos de Teoria Musical: 1. SOLFEJAR: ler ou entoar os nomes das notas de uma pea musical. 2. NOTAS: so sinais que representam o som. As notas so 7: do, re, mi, fa, sol, la e si.

3.

PAUTA: reunio de 5 linhas e 4 espaos, que so lidos de baixo para cima. A pauta serve para escrever as notas musicais, tambm chamada de pentagrama.

4.

CLAVE: sinal que se coloca no incio da pauta e serve para dar nome s notas. As claves so 3:

Clave de sol 5.

Clave de d

Clave de f

VALORES: os valores podem ser positivos e negativos: Valores positivos: indicam o som.

w h q

semibreve mnima semnima

e x y

colcheia semicolcheia fusa

Valores negativos:indicam o silncio. Pausa da semibreve

Pausa da mnima

Pausa da semnima

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Pausa da colcheia Pausa da semicolcheia Pausa da fusa Pausa da semifusa 6. COMPASSO: tempos agrupados em pores iguais, constituindo unidades mtricas. Os compassos so separados por uma linha vertical chamada travesso. Os compassos so representados por fraes onde o numerador indica o nmero de tempos do compasso. O denominador indica a unidade de tempo, ou seja, a figura que vale 1 tempo. Os compassos de tempos se chamam binrios. dois Os compassos de tempos se chamam ternrios. trs Os compassos tempos se quaternrios. de quatro chamam

7.

MARCAO DOS TEMPOS TERNRIO 2 3 2 1 1 2 1 QUATERNRIO 4 3

BINRIO

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:: MODELOS DE ORDENS DE CULTO CULTO EVANGELSTICO TTULO: EU SOU JESUS I Eu Sou o Caminho 1. Preldio instrumental. 2. Leitura Bblica em Joo 14: 1 15. 3. Hino congregacional BJ 268 Jesus tudo para mim 4. Orao invocatria pelo dirigente. Eu Sou a Verdade 1. Avisos 2. Perodo de louvor:

II

Deus Supremo s No h Deus maior O nome de Jesus

III

Eu Sou a Vida 1. Preldio para a Mensagem poesia 2. Mensagem 3. Sublime Convite 4. Orao 5. Bno Apostlica

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CULTO CANTADO PARA A FESOFAP Liturgia feita em comemorao aos 50 anos da Federao em 1998. TTULO: A PROVIDNCIA FIEL DO SENHOR 1. Preldio Hino 261 BJ Conta as Bnos ............................ instrumentalista

2. Chamada ao Culto Leitura adaptada Sl. 89: 1; 36: 5 e 33: 4 (mf) Dirigente Cantarei para sempre as tuas misericrdias, Senhor; os meus lbios proclamaro a todas as geraes a tua fidelidade. (f) Mulheres A tua benignidade, Senhor, chaga at os cus, at s nuvens a tua fidelidade. (fff) Todos Porque a palavra do Senhor reta e todo o seu proceder fiel. 3. 4. Hino 343 BJ Dia Festivo ...................................................... congregacional Orao momento de splica pelas Sofaps.

5. Leitura Bblica Is. 41: 13 ....................................................... dirigente Porque eu, o Senhor teu Deus, te seguro pela tua mo direita, e te digo: no temas, eu te ajudarei. 6. 7. 8. Hino Tu s Fiel ..................................................................... solo

Testemunho palavra de gratido a Deus por uma mulher que participa da Sofap desde que esta se fundou ou a atual Presidente da Federao. Hino 261 BJ Conta congregacional as Bnos .............................................

9. Litania Bem aventurada a Sofap (autor desconhecido adaptao) DIRIGENTE: Bem-aventurada a Sofap edificada em Cristo, servo e Senhor. CONGREGAO: Porque ela ser uma sociedade fundada no amor e no servio. DIRIGENTE: Bem-aventurada a Sofap em que cada membro busca fraternalmente o interesse do outro.. CONGREGAO: Porque ela ter uma comunho destruidora do egosmo. DIRIGENTE: Bem-aventurada a Sofap que participa do sofrimento de pessoas carentes, como de suas prprias scias. CONGREGAO: Porque nela est o testemunho da vida crist. DIRIGENTE: Bem-aventurada a Sofap que estuda e planeja as suas decises como parte de sua fidelidade ao Senhor. CONGREGAO: Porque nela sero fortalecidos os laos da solidariedade e de responsabilidade para com o prximo. DIRIGENTE: Bem-aventurada a Sofap que busca na humildade da orao e no esforo do trabalho a soluo dos seus problemas comuns. CONGREGAO: Porque nela crescero o poder e a coragem para todos os momentos. DIRIGENTE: Bem-aventurada a Sofap onde o esprito de perdo determina novas oportunidade de vida para cada uma de suas scias. CONGREGAO: Porque nela pode perdurar a confiana mtua, a sade integral, assim como a compaixo para com o prximo em suas fraquezas. DIRIGENTE: Bem-aventurada a Sofap que identifica todas as pessoas como alvo do amor de Deus em Jesus Cristo, crucificado e ressuscitado para salvar o que se havia perdido. CONGREGAO: Porque nela ser fortalecida a responsabilidade de comunicar o evangelho, como a suprema ddiva de Deus para uma vida humana. DIRIGENTE: Bem-aventurada a Sofap que no vive para si mesma.

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CONGREGAO: Porque ela ser uma expresso viva do corpo de Cristo que a Igreja. DIRIGENTE: Bem-aventurada a Sofap que busca em primeiro lugar o reino de Deus e a Sua justia. CONGREGAO: Porque dela a sociedade recebe o verdadeiro recurso para a sua luta contra as foras demonacas do dio, do egosmo e das injustias. 10. Hino 10 BJ Trabalho Cristo ............................................... feminino coro

11. Mensagem pode ser em forma de agradecimento por 50 anos de providncia fiel do Senhor, ressaltando os fatos importantes que aconteceram no fundamento da Sofap e nos anos que a sucederam. 12. Orao de gratido. 13. Doxologia Hino congregacional 293 BJ Chuvas de Bnos .......................

14.Moto da Sofap e Bno Apostlica. 15. Posldio Hino 10 instrumentalista BJ Trabalho Cristo .................................

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CULTO DA NOITE PRIMEIRA IGREJA BATISTA EM CURITIBA ITEM 1. 2. 3. ASSUNTO Preldio Orao invocatria Hinos de Adorao: 1. HCC 462 Eu Perdido Pecador 2. Te Adoramos 3. Reina, Senhor Mensagem Musical Boa noite visitante Apresentar as congregaes Chico Mendes e Jd. Industrial testemunhos Momento de orao e gratido 1. Gratido pelos 305 anos de Curitiba 2. Construo desafios 3. Tarde da Esperana 5. feira 15h 4. Batismos de hoje Celebrando Batismos Mensagem Musical dzimos e ofertas Leitura Bblica e Sermo Momento de Consagrao Mensagem Musical Avisos da Semana 1. Campanha de Orao por Curitiba 2. Inscries Secret semana de 18 a 25/05 3. Tarde da Esperana 5. feira s 15h Sal e Luz Orao final e Bno Posldio RESPONSVE L rgo Dirigente 1 Congregao EXECUTANTE Dorcas Pr. Trcio Pr. Marclio rgo Piano Equipe Socorro Pr. Paschoal apresenta Deucir e Maria Jos 2 testemunhos Pr. Paschoal

4. 5.

Solo Dirigente 2

6.

Dirigente 2

7. 8. 9. 10. 11. 12.

Solo Apelo Solo

Pastores Socorro Pr. Nassiff Socorro Vera Lauer

13. 14. 15.

Congregao Dirigente 1 rgo

Pr. Marclio / equipe Pr. Trcio Dorcas

CULTO DE PROFISSO DE F IGREJA ADVENTISTA DA PROMESSA EM CIANORTE

Ordem de Culto - Organizadores Tema Texto Bsico Objetivos do Culto Profisso de F Hb 13: 20, 21 Encerramento do Trimestre da EB Apresentao dos candidatos ao Batismo Profisso Pblica de F

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Se q. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17

Hora 10h2 5 10h3 0

Item Avisos

Responsvel Pb. Ediel

Som Hudson Hudson Hudson Hudson

Retroprojet or no no no no Gabriela Gabriela Gabriela Gabriela no Gabriela no no no no Gabriela no no

Ilumina o no no no no Gabriela Gabriela Gabriela Gabriela Gabriela Gabriela Gabriela no no no Gabriela Gabriela no

Abertura Dc. Genivaldo Leitura Bblica Dc. Genivaldo Orao (Culto e Oferta) Dc. Genivaldo Louvores Cntico Cntico para Oferta 2 Cnticos Mensagem Hino BJ 27 Profisso de F Leitura Bblica Perguntas Candidatos Orao Hino BJ 317 Orao Final Bno Apostlica

10h3 5

Pb. Ediel Hudson Grupo de Louvor Hudson Grupo de Louvor Hudson Grupo de Louvor Hudson Pr. Vital Ester Pr. Vital Pr. Vital aos Dc. Genivaldo Pb. Ediel Ester Pb. Ediel Pr. Vital Hudson Hudson Hudson Hudson Hudson Hudson Hudson Hudson Hudson

11h0 5 11h3 0 11h3 5

11h5 0 12h0 0 12h0 3 12h0 5

BATISMO E CELEBRAO DA CEIA DO SENHOR IGREJA ADVENTISTA DA PROMESSA EM CIANORTE Ordem de Culto Organizadores Tem a Texto Bsico Objetivos do Culto

Batismo e Ceia do Senhor Rm 6: 1 14 Batismo e Celebrao da Ceia do Senhor

Seq . Hora

Item

Responsvel

Som

Retroproje tor

Ilumina o

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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

06h3 0 06h3 5 06h3 8 06h4 0 06h4 3 06h4 6 06h5 0 07h1 0 07h1 3 07h2 3 07h3 0 07h5 0 08h1 0 08h2 0

Avisos Abertura Leitura Bblica Orao Hino 24 Chamada dos Candidatos Mensagem / Batismo Hino 204 Ministrao do Batismo Dicono Auxiliar Orao Louvores Mensagem / Ceia Confraternizao Lava-ps Hinos (289/272/298)

Pb. Ediel Pr. Vital Pr. Vital Pr. Vital Pb. Ediel Pb. Ediel Pr. Vital Ester Pr. Vital Dc. Valdemar Pastor e Presbteros Pb. Ediel Pb. Ediel no

Hudso n Hudso n Hudso n Hudso n Hudso n Hudso n Hudso n Hudso n Hudso n no no Hudso n Hudso n no Hudso n no no no Hudso n no Hudso n no Hudso n Hudso n Hudso n Hudso n

no no no no Gabriela no no Gabriela Gabriela no no Gabriela no no

no no no no Gabriela Gabriela no Gabriela Gabriela no no Gabriela Gabriela no

Ester

Gabriela no no no no no no no Gabriela no no no

Gabriela no no no no no no no Gabriela no no no

16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 08h5 1 08h5 6 08h5 9 09h0 4 09h1 0 08h4 8 08h4 0 08h4 3

Diconos e Diaconisas em escala a parte (todos) Consagrao do Po Distribuio do Po Pr. Vital Dsa's Roseli/Elenir

Hino BJ 110 (1 a 3 estr.) Pr. Vital Consagrao do Vinho Pb. Ediel

Hino BJ 110 (2 a 3 estr.) Pr. Vital Distribuio do Vinho Hino BJ 196 Apelo Orao Bno Apostlica Dc's Genivaldo/Vademar Pr. Vital Pb. Ediel Pb. Ediel Pr. Vital

O LOUVOR AO SENHOR Alguns textos bblicos de celebrao de louvorxodo 15: 1 21 Deuteronmio 8: 10 Juzes 5: 1, 2 2 Samuel 22: 47 50 1 Crnicas 16: 7 43 1 Crnicas 29: 20 Esdras 3: 10 13 Salmo 9: 1, 2 Salmo 34: 1 3 Salmo 92: 1 4

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Salmo 100 Salmo 113 Salmo 135: 1 4 Salmo 146 Salmo 150 Isaas 12: 4 6 Isaas 26: 1 4 Isaas 42: 10 12 Jeremias 20: 13 Jeremias 31: 7 Daniel 2: 20 23 Joel 2: 23 27 Habacuque 3: 3 Sofonias 3: 19,20 Mateus 9: 8 Mateus 21: 15, 16 Lucas 1: 42 47 Lucas 2: 13,14 Lucas 2: 20 Lucas 18: 43 Lucas 19: 36 40 Atos 2: 46, 47 Romanos 15: 5 11 Efsios 1: 3 6 Efsios 5: 19, 20 Colossenses 3: 16, 17 Hebreus 13: 15 1 Pedro 2: 9 Apocalipse 5: 9 14 Apocalipse 7: 9 14 Apocalipse 19: 1 6

BIBLIOGRAFIA ALLEN, Ronald; BORROR, Gordon. Teologia da Adorao. So Paulo: Vida Nova, 2002. AMORESE, Rubem. Louvor, Adorao e Liturgia. Viosa, MG: Ultimato, 2004. CAMPOS, Adhemar. A Dinmica do Ministrio de Msica. So Paulo: Karys, 2002. DOUGLASS, Klaus. Celebrando o Amor de Deus. Curitiba, PR: Editora Evanglica Esperana, 2000. GOSSETT, Don. A Fora Explosiva do Louvor. Florida, EUA: Vida, 1974. KEITH, Edmond D. Hindia Crist. Rio de Janeiro: JUERP, 1987. McCOMMON, Paul. A Msica na Bblia. Rio de Janeiro: JUERP, 1995. OLIVEIRA FILHO, Marclio (Pr.). Oficina: Como Conduzir um Programa de Culto. So Paulo: V Musitec, 1999. SOUZA FILHO, Joo A. O Ministrio de Louvor da Igreja. Belo Horizonte, MG: Betnia, 1988. SHEDD, Russel P., Dr. Adorao Bblica, Ed Vida Nova, SP,1998

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