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    Apostila

    de

    Massoterapia

    Aplicada

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    Sumrio:

    Capitulo 1- Introduo massoterapia aplicada......................................................3 Capitulo 2- Manejo da Massoterapia em Pacientes Hipertensos.............................4 Capitulo 3- Drenagem Linftica..............................................................................10 Capitulo 4- Massagem Desportiva.........................................................................30 Capitulo 5-Massagem Teraputica.........................................................................41 Capitulo 6- Massagem no Trax............................................................................48 Capitulo 7- Questionrios.......................................................................................49

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    Cap. 1: Introduo

    A presente apostila desenvolvida como parte do programa de ensino da disciplina de massoterapia aplicada. Nesta sero discutidos com abordagem clnica os seguintes temas: Drenagem Linftica Massagem Desportiva Massagem Teraputica

    O protocolo de drnagem linftica desenvolvido nesta apostila compreende o protocolo bsico de tcnicas. As tcnicas avanadas e destinadas ao ps operatrio so ensinadas no CURSO DE APERFEIOAMENTO EM DRENAGEM LINFTICA NO PS OPERATRIO.

    As tcnicas teraputicas manuais aplicadas a massoterapia, como presses, traes, mobilizaes e pompagens juntamente com outros contedos detem outro tipo de embasamento e por isso sero apresentados em outras apostilas.

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    Cap. 2: Manejo da massoterapia em pacientes hipertensos.

    O dbito cardaco o volume de sangue ejetado pelo ventrculo esquerdo durante um minuto. resultante do volume sistlico (VS) multiplicado pela freqncia cardaca (FC), sendo que o volume sistlico a quantidade de sangue que expelida do ventrculo cardaco em cada sstole (contrao); as variaes do dbito cardaco so grandes, sendo em mdia de 5 a 6 litros por minuto, podendo chegar a 14 litros por minuto durante um exerccio fsico. O VS deriva da frao de ejeo ou percentual ejetado ( % de ejeo) do total de sangue existente no ventrculo no final da distole (volume diastlico final). Geralmente o volume total de sangue no final da distole equivale a 110 ml. A frao de ejeo normal em geral de 60%, assim o volume sistlico (VS) passaria neste caso a ser equivalente a 70ml (60% de 110).

    DC = FC x VS (volume sistlico ejetado)

    Calcule o dbito cardaco nos casos abaixo: DC: 60bpm x 70ml = DC: 80bpm x 70ml = DC: 60bpm x 85ml = DC:150bpm x 85ml =

    Desta forma a freqncia cardaca que representa a cronotropia ou o numero de vezes que o corao pode bombear um dado volume de sangue, pode aumentar o volume total de sangue bombeado em um minuto (DC). Da mesma forma a hinotropia (fora de contrao) pode aumentar o % de ejeo do ventrculo, aumentando assim o volume de sangue ejetado em cada ciclo cardaco. (aumentar de 60% para 70% por exemplo.) Quanto maior for a quantidade de sangue bombeada em um minuto (dbito cardaco) maior ser o fluxo de sangue no vaso e isso ir aumentar a presso deste flido no compartimento. A resistncia perifrica (RVP) representada pela vasocontratilidade da rede arteriolar, sendo este fator importante na regulao da presso arterial mnima ou diastlica; dependente das fibras musculares na camada mdia dos vasos dos vasos, dos esfncteres pr-capilares e de substncias humorais como a angiotensina e catecolamina. A RVP inversamente proporcional ao dimetro dos vasos. Isto significa que quanto maior for a luz dos vasos, menor ser a resistncia vascular perifrica e subsequentemente menor ser a Presso na parede dos vasos (PA). Se houver vasoconstrico a luz do vaso ir diminuir (dimetro) assim a RVP aumentar e tambm a PA, pois a a RVP influencia na PA diretamente. A presso arterial (PA) fora que o sangue exerce sobre a parede das artrias. explicada pela relao PA = DC + RVP, onde DC o dbito cardaco e RVP significa resistncia vascular perifrica, sendo que cada um desses fatores sofre influncia de vrios outros. Se houver aumento do dbito cardaco (DC) haver aumento da PA e quando houver diminuio do DC tambm haver diminuio da PA se a RVP for a mesma. Tambm quando aumentar a resistncia vascular perifrica (RVP), ir

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    aumentar a PA, que tambm diminuir caso a RVP diminua considerando um mesmo dbito cardaco.

    PA = DC + RVP

    Massoterapia e Hipertenso O controle do aumento da presso arterial em pacientes com hipertenso um importante desafio mdico e social. A hipertenso arterial considerada uma das principais causas de ataques cardacos e derrames. Um fato interessante, no entanto, que de todos os casos de hipertenso, apenas 10 por cento dos pacientes tem uma causa estabelecida explicar sua condio. Por exemplo, o estreitamento da aorta, tumores adrenais ou glomerulonefrite produz hipertenso secundria. Em 90 por cento dos pacientes, a causa da hipertenso desconhecida. Nesses casos, o paciente tem hipertenso "essencial" ou EH. A medicina moderna convencional reconhece um desequilbrio entre as divises simptica e parassimptica do sistema nervoso autnomo, como o gatilho inicial de EH. Um aumento no tnus simptico produz vasoconstrio arteriolar com conseqente aumento na resistncia vascular perifrica. No incio, estas mudanas apresentam um carter transitrio e que o organismo utiliza mecanismos de auto-regulao para restabelecer o bom relacionamento entre os tons simptico e parassimptico. por isso que nos estgios iniciais, h episdios de aumento da presso arterial, sem sintomas de hipertenso. Com o tempo e repetidos episdios de ataques a hipertenso, o organismo repe receptores especiais, chamados barorreceptores, na circulao arterial para o novo nvel, a elevao da presso arterial torna-se contnuo.

    Fisiologia Primeiro, vamos analisar rapidamente como massagem afeta a presso arterial em pacientes com EH. H trs mecanismos importantes que os profissionais de massagem devem utilizar para ajudar os pacientes com hipertenso: Equilbrio das divises simptica e parassimptica do sistema nervoso autnomo, vasodilate das artrias vertebrais e reduzir a resistncia vascular perifrica. Estes trs mecanismos esto intimamente correlacionadas, da a necessidade de discuti-los juntos como partes de um mesmo processo. As artrias vertebrais surgem das artrias subclvias. Eles sobem atravs das vrtebras cervicais e entrar no crnio, onde eles se unem para formar a artria basilar, fornecendo a parte posterior do crebro. As artrias vertebrais tambm emitem dois importantes ramos arteriais que suprem toda a medula espinhal: A artria espinhal anterior e duas artrias espinhais posteriores. O caminho das artrias vertebrais atravs das vrtebras cervicais bastante complexa. O processo transverso de uma vrtebra cervical tem uma abertura especial chamado forame transverso pelo qual passa a artria vertebral. vrtebras cervicais esto posicionados em cima do outro de tal forma que estas aberturas forma um canal sseo atravs do qual as artrias vertebrais subir. As paredes das artrias vertebrais tm sua inervao simptica prprio plexo, que regulamenta a sua constrio e dilatao. Daqui resulta que qualquer irritao do plexo este poder resultar na sua contrao. Mesmo subluxao uma faceta pouco comum, que at pode no ser visvel atravs radiogrfico, podem produzir uma irritao ligeira compresso das artrias vertebrais. Esta constrio pode levar a uma diminuio do suprimento sanguneo para o crebro, que por sua vez, causam vasoconstrio mais na

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    tentativa de compensar a circulao comprometida. O resultado o inevitvel aumento da presso arterial ou EH. Outros mecanismos que podem causar uma diminuio do fluxo sangneo atravs das artrias vertebrais so espondilose cervical, estresse emocional e sobrecarga fsica do pescoo e msculos traseiros superiores. Como resultado desses, a hipertonia desenvolve nos msculos cervicais. A fim de manter a funo adequada, a perfuso cerebral diria deve ser de aproximadamente 2.000 litros de sangue arterial. Esta tarifa regulada por receptores especiais vascular arterial nas estruturas do crebro. Mesmo uma pequena reduo na quantidade de circulao do sangue provoca reaes compensatrias, como um aumento do ritmo cardaco, aumento do dbito cardaco e, sobretudo, um aumento da resistncia perifrica vascular. Resistncia vascular perifrica uma das principais foras de oposio ao trabalho do corao. Toda vez que o sangue ejetado do ventrculo esquerdo, a fora da contrao cardaca tem de vencer a resistncia dos vasos arteriais (especialmente no nvel das artrias de mdio porte, nos msculos esquelticos). Assim, um aumento do tnus simptico desencadeia vasoconstrio arteriolar, que aumenta a resistncia vascular perifrica, resultando no corao ter que trabalhar mais para bombear o sangue. O corpo tem um mecanismo de proteo que visa salvaguardar o suprimento de sangue para o crebro. Se a circulao nas artrias vertebrais diminui ainda que ligeiramente, relatrio receptores vascular perifrica para o centro vasomotor na medula espinhal e os aumentos da freqncia cardaca. Ao mesmo tempo, motor (eferente) impulsos so enviados para as estruturas vasculares nos msculos esquelticos se contraiam e reduo do fluxo sangneo arterial local. Esta alterao permite uma quantidade extra de sangue arterial devem estar disponveis para a restaurao da perfuso cerebral. A combinao de um aumento da freqncia cardaca e um aumento da resistncia perifrica vascular provoca hipertenso. Com uma vasoconstrio mais persistentes das artrias vertebrais, a hipertenso arterial se torna mais duradoura, resultando em maior sistlica e diastlica os valores da presso arterial.

    Massoterapia e RVP Com a massagem, podemos estimular os receptores parassimpticos, causando uma diminuio na RVP, com as manobras de compresso, estimulamos de forma endgena atravs da Adenosina, a hiperemia reativa local, que visa uma compensao do aporte sanguneo, pelo tempo que as clulas ficaram sem irrigao, causando assim uma vaso dilatao, ou seja diminuio RVP. Levando o paciente a um relaxamento fsico, emocional, e parassimptico podendo levar a uma baixa de PA.

    Massoterapia e DC As manobras de massoterapia possuem um sentido centrpeto, visando auxiliar no retorno venoso, aumentando a pr-carga, segundo a Lei de Frankstarling. No momento em que o corao recebe mais sangue, aumenta da fora de contrao (hinotropia), aumentando por sua vez a PA. Com o estimulo no SN exitatrio ( simptico), ocorre a liberao de adrenalina, aumento da FC e da Frao de ejeo e DC. Podendo levar o paciente a ter um aumento na presso arterial.

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    Em suma as tcnicas de massoterapia podem influenciar positiva e ou negativamente em parmetros como o DC e RVP que podem em promover alteraes diretas na PA ( Presso Arterial). Para entendermos como deve ser realizado o manejo massoteraputico dos pacientes hipertensos devemos compreender a natureza das tcnicas de massagem nos sistemas fisiolgicos de controle da PA. As tcnicas de massagem tendem em geral a produzir vasodilatao, fato que tende a reduzir a RVP e enfim diminuir a PA, considerando que quanto menor for a RVP, menor ser tambm a presso dentro do vaso. Mas sem sombra de dvida dependendo da tcnica exercida podem haver efeitos antagnicos, como por exemplo o das manipulaes de massagem muito excitatrias, como percusses e tapas que podem influenciar no aspecto emocional e psicolgico do paciente gerando estresse e assim aumentando descargas adrenrgicas que podem em si aumentar a fora de contrao ventricular (hinotropia) e a freqncia de contrao (cronotropia) ou freqncia cardaca (FC), aumentando o dbito cardaco e a RVP , aumentando assim as possibilidades de a PA elevar.

    Manobras Caractersticas Possveis efeitos na PA Deslizamento Calmante RVP diminui DC poucamente

    aumentado, dando maior tendncia a diminuio da presso arterial em funo da grande dilatao dos vasos

    Percusses Estimulantes RVP diminui DC aumentado, FC aumentada, dando maior tendncia a aumento de presso arterial, em funo da combinao de aumento de FC + DC + estimulo simptico.

    Frices Estimulante RVP diminui DC aumentado, FC aumentada, dando maior tendncia a aumento de presso arterial, em funo da combinao de aumento de FC + DC

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    Concluso sobre as manobras

    Todas as manobras possuem o poder de aumentar o fluxo sanguneo, porm o que vai determinar o aumento da presso arterial, a forma em que aplicamos a tcnica, por exemplo, se esta aplicada de forma vigorosa e estimulante, vamos estimular o sistema simptico fazendo com que a RVP seja aumentada, podendo aumentar tambm a FC, resultando em um aumento de DC, levando assim a um possvel aumento da PA. Porm se a mesma tcnica for aplicada de forma lenta e superficial, teremos o sistema parasimptico sendo estimulando, fazendo com que a RVP e FC sejam diminudas, e mesmo que a manobra eleve o fluxo sanguneo, no ser o suficiente para elevar a presso arterial.

    *Classificao dos nveis de presso arterial conforme a SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia).

    Acompanhamento do Paciente Hipertenso na Massoterapia O paciente com diagnstico de hipertenso que procura a massoterapia, deve estar sendo medicado. O acompanhamento mdico fundamental para este paciente e caso o paciente seja recebido na massoterapia com uma PA ( Presso Arterial) elevada acima do valor de referncia limtrofe por mais de duas vezes no gabinete do massoteraputa, conforme o quadro da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), o mesmo dever ser encaminhado para avaliao ou reavaliao do cardiologista. O uso do aparellho aferidor de presso arterial. (esfigmomanmetro) essencial para toda avaliao em massoterapia, mesmo que na anamnese o paciente no relate histrico pregresso ou histrico familiar. Caso o paciente apresente histrico da doena o mesmo dever ter sua presso avaliada a cada sesso e ou aps cada sesso, com anotaes dos ndices nas evolues em pasta(pronturio), sendo observado e recomendado os valores na tabela abaixo : (Tabela de Acompanhamento do Paciente Hipertenso na Massoterapia)

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    (Tabela de Acompanhamento do Paciente Hipertenso na Massoterapia) Tcnica de Massoterapia Nvel de Presso

    Desejado Categoria Observao

    Reflexoterapia 179/109 mmHg Avaliar o comportamento da presso arterial durante e aps a tcnica quando a presso estiver superior a 140-85 mm Hg.

    Massagen Relaxante 159/99 mmHg

    Massagem Desportiva Estimulante

    130/85 mmHg Avaliar a presso tambm aps a tcnica quando estiver logo acima do valor normal.

    Massagem Desportiva Desintoxcante

    159/99 mmHg Avaliar o comportamento da presso arterial durante e aps a tcnica quando a presso estiver superior a 140-85 mm Hg.

    Massagem Esttica 130-85 mmHg Avaliar a presso tambm aps a tcnica quando estiver logo acima do valor normal.

    Massagem Teraputica 140-85 mm Hg Avaliar a presso tambm aps a tcnica quando estiver logo acima do valor normal.

    Tui-na Sedativa ou para relaxamento com tcnicas de massagem suave, acuopressura leve.

    159/99 mmHg Avaliar o comportamento da presso arterial durante e aps a tcnica quando a presso estiver superior a 140-85 mm Hg.

    Tui-na Tonificante 130-85 mmHg Avaliar a presso tambm aps a tcnica quando estiver logo acima do valor normal.

    Drenagem Linftica 140-85 mm Hg Avaliar a presso tambm aps a tcnica quando estiver logo acima do valor normal.

    Tcnicas Manuais 140-85 mm Hg Avaliar a presso tambm aps a tcnica quando estiver logo acima do valor normal.

    Protocolo de Presses 140-85 mm Hg Avaliar a presso tambm aps a tcnica quando estiver logo acima do valor normal.

    Pompagem 130/85 mmHg Avaliar a presso tambm aps a tcnica quando estiver logo acima do valor normal.

    Qualquer tcnica no Paciente com desconforto ou dor, EVA (Escala Visual Analgica acima de 3)

    130/85 mmHg Avaliar a presso tambm aps a tcnica quando estiver logo acima do valor normal.

    Qualquer tcnica no Paciente com desconforto ou dor, EVA (Escala Visual Analgica at de 3)

    140-85 mm Hg Avaliar a presso tambm aps a tcnica quando estiver logo acima do valor normal.

    *observao: importante lembrar que se o paciente apresentar nveis de presso aumentados alem do limite previsto, os atendimentos sejam interrompidos e o mesmo seja encaminhado ao medico cardiologista. Todo o paciente hipertenso deve estar em acompanhamento medico.

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    Cap. 3 - Drenagem Linftica

    Trata-se de uma tcnica de Compresso manual dos tecidos, que utiliza presses intermitentes e tem como objetivo aumentar o fluxo da circulao linftica para tratamento de disfunes estticas, patologias e do edema intersticial.

    Na presente apostila, esta disciplina do curso de formao em massoterapia da escola SOGAB, visa desenvolver o aprendizado do Protocolo Bsico de Drenagem Linftica Manual que visa o atendimento de pacientes gestantes ou com edema intersticial em pacientes sadios visando a manuteno esttica e a diminuio de lquidos acumulados no corpo. A drenagem linftica para o tratamento de disfunes estticas e coadjuvante ao ps operatrios de tratamentos mdicos estticos e cirurgias estticas, como mamoplastias, lipoaspirao entre outros, ser visto no Protocolo Avanado de Drenagem Linftica Manual ensinado no Curso de Drenagem Linftica no Ps Operatrio.

    Histrico: O sistema linftico foi durante sculos o mais desconhecido dos sistemas do organismo. Na Antigidade, de acordo com a legenda mstica dos gregos, o deus Apolo (Deus da Medicina) suspeitava dos poderes secretos do sangue).

    Aristteles (384-322 AC) filsofo grego, discpulo de Plato, mdico e professor, citava a existncia de vasos que continham um lquido incolor.

    Herfilos, outro mdico grego, escreveu: Dos intestinos saem condutos (vasos) que no vo para o fgado, e sim a uma espcie de glndula que hoje conhecemos com gnglios linfticos.

    Em 1651, o pesquisador francs, Jean Pecquet, descobriu em um cadver humano, a existncia de um ducto torcico e uma espcie de receptculo no seu incio, que denominou de cisterna de Chily, ou cisterna de Pecquet.

    A primeira descrio a respeito da drenagem linftica aconteceu no sculo XIX, por Winiwarter, austraco, professor de cirurgia.

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    Em 1912, Alxis Carrel conquistou o prmio Nobel de medicina por seus trabalhos com o propsito de regenerao celular, mostrando o fundamental da linfa nos tecidos vivos. Realizou sua experincia com o corao de um frango cujas clulas estavam constantemente regeneradas pela linfa.

    Somente em 1930, o fisioterapeuta Dr Emil Vodder, tratou pacientes acometidos de gripes e sinusites, que viviam na mida e fria Inglaterra. Em suas observaes, manipulando suavemente os gnglios linfticos do pescoo, percebeu que estes se apresentavam inchados e duros. Intuitivamente iniciou o uso de uma massagem suave nos locais com a finalidade de melhorar o estado geral dos pacientes. Com os bons resultados, Dr Vodder disciplinou o mtodo e, seu primeiro relato escrito surgiu no ano de 1936, em uma exposio de sade em Paris.

    Na dcada de 60, o mdico Dr Fldi, estudou as vias linfticas da cabea e suas relaes com o lquido cerebral.

    Na dcada de 70, o professor Ledo demonstrou com uma filmagem e radioscopia, a ao da drenagem linftica manual.

    Aspectos Biolgicos

    O corpo humano composto abundantemente por lquidos, cerca de 40 litros ( 57% do peso total) em um indivduo mdio. Deste total aproximadamente 25 litros esto no meio intracelular, 12 litros no meio intersticial e no plasma sangneo a quantidade em torno de 3 litros. Paralelo ao sistema sangneo, existe o sistema linftico. Que auxilia o organismo a drenar o lquido intersticial e remover resduos celulares, protenas, de maior tamanho que o sistema sangneo no consegue coletar.

    O sistema linftico constitudo por capilares, pr-coletores, coletores, canal ou ducto torcico esquerdo e canal ou ducto linftico direito, linfonodos, vlvulas linfticas e linfa.

    A funo mais importante do sistema linftico a devoluo das protenas a circulao, quando vazam dos capilares sangneos. Alguns dos poros dos capilares so to grandes que permitem o vazamento contnuo de pequenas quantidades de protenas, chegando a atingir a cada dia cerca de metade do total de protenas da circulao.

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    Linfa: Lquido viscoso e transparente que circula atravs dos vasos linfticos sendo recolhido no espao intersticial. Sua composio semelhante do sangue, mas no possui hemcias, apesar de conter glbulos brancos, dos quais 99% so linfcitos (No sangue os linfcitos

    representam cerca de 50% do total de glbulos brancos). claro e incolor, exceto nos vasos do intestino nos quais leitoso, principalmente aps a digesto. Formao da linfa: A linfa formada a partir do liquido intersticial (lquido entre as clulas), que formado pelo plasma sanguneo que sai dos vasos para nutrir os tecidos. Este lquido que fica entre as clulas absorvido pelos capilares linfticos e conduzido novamente circulao sangnea. A sada de lquidos dos vasos para o meio intersticial regulada por duas presses, a presso

    hidrosttica e a presso onctica. A presso hidrosttica a prpria presso exercida pela passagem do sangue no vaso, esta favorece a sada de lquidos do meio intravascular para o interstcio. A presso onctica gerada pelas protenas plasmticas presentes no sangue, esta faz com que o lquido permanea no ou entre para o meio intravascular. Nas arterolas, a presso hidrosttica maior que a presso onctica, o que faz com que certa quantidade de liquido extravase para o meio intersticial, banhando e nutrindo as clulas. A este processo chamamos de filtrao arterial. J nas vnulas, a presso onctica maior, fazendo com que o lquido que banha as clulas (meio intersticial) retorne para o sistema venoso; processo denominado absoro venosa. Em geral, a filtrao ocorre em maior quantidade em relao a absoro venosa, fazendo com que sobre lquido no meio intersticial. Denominamos isso de quase equilbrio de Starling, pois nem todo liquido que extravasa do sistema arterial (arterolas) para os tecidos (interstcio) absorvido pelo sistema venoso (vnulas) gerando o lquido intersticial e portanto a linfa. Este desequilbrio revertido pelo sistema linftico, que auxilia na absoro venosa, captando o excesso de lquidos gerado pelo desequilbrio venoso/arterial, e conduzindo-o novamente ao sistema sangneo, desembocando nas veias cavas. Portanto, o sistema linftico um auxiliar na absoro venosa. Formao da Linfa:

    Quase - Equilbrio entre membrana capilar, quantidade de flido filtrado e quantidade de flido reabsorvido.

    Ligeiro desequilbrio das foras das membranas capilares provocando uma filtrao maior do que reabsoro.

    ...O equilbrio final dado pela ao do sistema linftico

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    Edema: O linfedema decorre porque os limites de drenagem fisiolgica do sistema so extrapolados.

    O sistema linftico atravs dos vasos linfticos est dedicado a suprir o dfcit do quase equilbrio de Starling evitando assim que haja acmulo de lquido nos tecidos do corpo. No entanto, algumas situaes permitem que haja um dfcit na absoro venosa ou absoro linftica do lquido intersticial. Quando o desequilbrio no revertido, ocorre um acmulo de lquido no espao intersticial que denominamos EDEMA.

    Edema

    Acmulo anormal de lquido no espao intercelular. Pode se apresentar nas cavidades do corpo ( articulao, pericrdio, pleura...). Resulta de um desequilbrio das presses que atuam para mover o lquido

    esternamente ao capilar sanguneo.

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    Efeitos da Drenagem Linftica Manual:

    - Aumento da capacidade de admisso dos capilares linfticos; -Aumento da velocidade da linfa transportada; - Aumento da quantidade de linfa filtrada processada pelos gnglios linfticos; - Aumento da oxigenao e desintoxicao da musculatura esqueltica; - Aumento do peristaltismo intestinal; - Aumento da diurese; - Otimizao das imunoreaes celulares; - Diminuio das aderncias e retraes cicatriciais; - Maior eficincia celular; - Maior eficincia da nutrio dos tecidos.

    INDICAES CONTRAINDICAES Circulao de retorno comprometida; - Tecido edemaciado; - Varizes; - Varicoses; - Cicatrizao; - Menopausa; - Cansao nas pernas; - Sistema nervoso abalado; - Gestao; - Celulite; - Pr e ps cirrgia plstica; - Linfedema

    Cncer ; - Tromboflebite; - Trombose; - Septicemia; - Hipertiroidismo; - Reao inflamatria aguda; - Insuficincia cardaca no controlada; - Processos virticos; - Febre; - Gestao de alto risco; - Hipertenso no controlada - Insuficincia Renal

    Sistema Linftico

    Paralelo ao sistema sangneo, existe o sistema linftico. Que auxilia o organismo a drenar o lquido intersticial e remover resduos celulares, protenas, de maior tamanho que o sistema sangneo no consegue coletar pela razo dos poros da membrana capilar do sistema venoso serem menos calibrosos.Ao contrrio do sangue, que impulsionado atravs dos vasos pela fora do corao, o sistema linftico no um sistema fechado e no tem uma bomba central. A linfa depende exclusivamente da ao de agentes externos para poder circular. A linfa move-se lentamente e sob baixa presso devido principalmente compresso provocada pelos movimentos dos msculos esquelticos que pressiona o fluido atravs dele. A contrao rtmica das paredes dos vasos tambm ajuda o fluido atravs dos capilares linfticos. Este fluido ento transportado progressivamente para vasos linfticos maiores

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    acumulando-se no ducto linftico direito (para a linfa da parte direita superior do corpo) e no duto torcico (para o resto do corpo); estes ductos desembocam no sistema circulatrio na veia subclvia esquerda e direita

    Ducto Linftico Direito Esse ducto corre ao longo da borda medial do msculo escaleno anterior na base do pescoo e termina na juno da veia subclvia direita com a veia jugular interna direita. Seu orifcio guarnecido por duas vlvulas semilunares, que evitam a passagem de sangue venoso para o ducto. Esse ducto conduz a linfa para circulao sangnea nas seguintes regies do corpo: lado direito da cabea, do pescoo e do trax, do membro superior direito, do pulmo direito, do lado direito do corao e da face diafragmtica do fgado. Ducto Torcico

    Conduz a linfa da maior parte do corpo para o sangue. o tronco comum a todos os vasos

    linfticos, exceto os vasos sitados acima (ducto linftico direito). Se estende da segunda vrtebra lombar para a base do pescoo. Ele comea no abdome por uma dilatao, a cisterna do quilo, entra no trax atravs do hiato artico do diafragma e sobe entre a aorta e a veia zigos. Termina por desembocar no ngulo formado pela juno da veia subclvia esquerda com a veia jugular interna esquerda.

    O sistema linftico constitudo por capilares, pr-coletores, coletores, canal ou ducto torcico esquerdo e canal ou ducto linftico direito, linfonodos, vlvulas linfticas e linfa.

    Capilares linfticos: Iniciam no espao intersticial. uma rede muito fina e corresponde a primeira estrutura do sistema linftico. Possui paredes muito permeveis, o que permite a entrada de macromolculas de protenas e minerais que no seriam absorvidos pelo sistema venoso.

    Pr- Coletores: Intermediam capilares e coletores. Suas paredes so formadas por tecido endotelial, estando o seu endotlio interno, coberto de tecido conjuntivo e fibras elsticas e musculares. Possuem vlvulas na membrana interna, por isso o fluxo da linfa unidirecional.

    Coletores: Continuao dos pr-coletores, com maior calibre, tambm possuem vlvulas e conduzem a linfa no sentido centrpeto. A parede dos coletores formada por fibras musculares lisas.

    Chegando nos linfonodos a linfa transportada por ductos eferentes at dois grandes coletores principais, o canal ou ducto torcico esquerdo e canal ou ducto linftico direito.

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    Canal Linftico Direito: termina no tronco das veias jugular interna direita e subclvia direita, na altura das clavculas. Recebe linfa do lado direito: da cabea, do pescoo, do trax e do membro superior direito.

    Canal Torcico Esquerdo: bem maior que o ducto linftico direito. Sua origem marcada por uma dilatao a cisterna do quilo ou de Pecquet onde sua extremidade superior continua como ducto torcico propriamente dito. Termina no tronco das veias jugular interna esquerda e subclvia esquerda. Trata-se de um tronco coletor de todos os vasos linfticos do corpo, com exceo do membro superior direito, e da metade direita da cabea, do pescoo e do trax . A juno das veias jugulares esquerda e direita terminam na veia braquioceflica esquerda que desemboca cava superior.

    Linfonodos :Esto dispostos em trajetos nos vasos linfticos, normalmente em grupos ou em sries. Os principais gnglios esto nas axilas, regio inguinal e no pescoo. Os vasos aferentes entram nos linfonodos na sua superfcie e os vasos eferente saem por reentrncias pequenas, denominadas Hilo. Em sua maioria possui cor acinzentada. Os linfonodos possuem a funo de produzir linfcitos e filtrar a linfa ( conglomerado de tecido linfide, memria imunolgica). So depuradores capazes de absorver, metabolizar e destruir alguns elementos provenientes da circulao linftica. Tm como mediadores os linfcitos macrfagos que evitam a formao de linfandenites ( inflamao aguda dos linfonodos) e linfangites (inflamao aguda dos canais linfticos) decorrentes de infeces por vrus e bactrias.

    Linfa: o lquido proveniente do espao intersticial que ao penetrar nos vasos linfticos recebe o nome de linfa.

    A linfa transportada dos capilares linfticos, para os canais pr-coletores, coletores e coletores principais da onde ir desembocar nas veias subclvia e jugular onde se misturaro com o sangue novamente. Devolvendo desta maneira as protenas plasmticas do lquido intersticial de volta ao sangue.

    Funes do Sistema Linftico:

    A funo mais importante do sistema linftico a devoluo das protenas a circulao, quando vazam dos capilares sangneos. Alguns dos poros dos capilares so to grandes que permitem o vazamento contnuo de pequenas quantidades de protenas, chegando a atingir a cada dia cerca de metade do total de protenas da circulao. Caso no fosse devolvida a circulao, a presso coloidosmtica do plasma da pessoa teria valor extremamente baixo, o que faria com que perdesse grande parte de seu volume para os espaos intersticiais, levando morte dentro de 12 a 24 horas.

    Circulao Linftica;

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    As vlvulas encontradas dentro dos vasos linfticos tm orientao centrpeta, de modo que a linfa s pode seguir neste sentido.

    Os vasos linfticos se contraem periodicamente, a cada 6 a 10 segundos. Quando um vaso distendido por excesso de linfa ele automaticamente contrai, essa contrao empurra a linfa para adiante da vlvula linftica seguinte. Alm da contrao intrnseca dos vasos linfticos, o bombeamento da linfa tambm pode ser provocado pelo movimento dos tecidos que cercam o vaso linftico. Por exemplo, a contrao dos msculos esquelticos adjacentes a um vaso linftico pode comprimir esse vaso e empurrar a linfa para frente.

    Intensidade do Fluxo da Linfa:

    Em funo do tempo, o fluxo de linfa varia dentro de extremos muito amplos de intensidade mas, na pessoa mdia, o fluxo total de linfa por todos os vasos, da ordem de 100ml por hora, ou cerca de 1 a 2 ml por minuto. Este uma intensidade muito pequena de fluxo muito embora ainda suficiente para remover o excesso de lquido e especialmente , o excesso de protena que tende a acumular nos espaos teciduais.

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    Posicionamento em gestante:

    Posicionamento em no gestante

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    Protocolo Introduo Drenagem em Gestante:

    a) Paciente posicionado em decbito dorsal, com travesseiro embaixo da cabea e rolinho na fossa popltea. Terapeuta posicionado na regio lateral da maca.

    b) 1 Estimulao da Cisterna do Quilo e dos ductos torcico e linftico ( 7 vezes associado com respirao diafragmtica do paciente);

    2 Desobstruo do ngulo venoso (7 vezes) 3 Desobstruo do Reglan (7 vezes) 4 Desobstruo da cadeia axilar (7 vezes) 5 Desobstruo da cadeia supraclavicular ( 7 vezes) 2 Desobstruo do ngulo venoso (7 vezes) 3 Desobstruo do Reglan (7 vezes) 4 Desobstruo da cadeia axilar (7 vezes) 5 Desobstruo da cadeia supraclavicular ( 7 vezes)

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    *Este protocolo deve ser sempre utilizado como introduo e finalizao da sesso de drenagem.

    Membro Inferior(Gestantes):

    Paciente posicionado em decbito lateral, com travesseiro embaixo da cabea e rolinho embaixo da perna flexionada. Para conforto da paciente pode ser colocado um travesseiro ou rolo p/ ela abraar. Terapeuta posicionado na lateral da maca.

    a) 1 Desobstruo dos gnglios inguinais (7 vezes)

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    2 Bombeamento andando regio gltea ( 2 vezes)

    3 Bombeamento andando da coxa( 2 vezes), de proximal para distal; 4 Desobstruo dos gnglios poplteos ( 7 vezes) 5 Bombeamento andando na perna ( 2 vezes) 6 Desobstruo dos gnglios no malolo medial e lateral do p ( 7 vezes)

    7 Bombeamento andando no dorso do p ( 2 vezes) 8 Passo de ganso em colunas no p (2 a 5 repeties) 9 Frices em espiral nos dedos do p (2 a 5 repeties) 10 Bombeamento andando na planta dos ps ( 2 vezes) 11 Bombeamento andando em todo membro (1 vez)

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    Membro Superior( Gestantes)

    Paciente posicionado em decbito lateral, com travesseiro embaixo da cabea e rolinho embaixo da perna flexionada. Para conforto da paciente pode ser colocado um travesseiro ou rolo p/ ela se abraar. Terapeuta posicionado na lateral da maca. Apoiar a mo do paciente sobre o ombro do terapeuta.

    1 Desobstruo dos gnglios axilares ( 7 vezes) 2 Bombeamento andando brao ( 2 vezes), de proximal para distal 3Desobstruo dos gnglios cubitais( 7 vezes) 4 Bombeamento andando antebrao ( 2 vezes) , de proximal para distal 5 Desobstruo dos gnglios da regio do punho ( 7 vezes) 6 Passo de ganso em colunas no dorso da mo ( 2 a 5 repeties) 7 Frices em espiral nos dedos da mo ( 2 a 5 repeties) 8 Bombeamento andando na palma da mo ( 2 vezes) 9 Bombeamento andando em todo membro ( 1 vez)

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    Dorso ( Gestantes) Paciente posicionado em decbito lateral, com travesseiro embaixo da cabea e

    rolinho embaixo da perna flexionada. Para conforto da paciente pode ser colocado um travesseiro ou rolo p/ ela se abraar. Terapeuta posicionado na lateral da maca.

    a) 1 Bombeamento andando.

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    Trax e Abdmen ( Gestantes)

    Paciente posicionado em decbito dorsal, com travesseiro embaixo da cabea e rolinho na fossa popltea. Terapeuta posicionado na regio da cabeceira da maca para realizar o trax e regio lateral da maca para abdmen, e vai realizar as manobras contralateralmente.

    1 Desobstruo dos gnglios axilares ( 7 vezes) 2 Desobstruo gnglios inguinais ( 7 vezes) 3 Bombeamento andando no trax ( 2 vezes), em direo a cadeia axilar 4 Bombeamento andando nos flancos( 2 vezes), em direo a cadeia inguinal 5 Bombeamento andando no abdmen ( 2 vezes), em direo a cadeia inguinal 6 Movimentos circulares em todo abdmen( 2 a 5 repeties) 7 Bombeamento andando em toda regio (1 vez)

    Protocolo Introduo Drenagem em Pacientes No Gestante:

    c) Paciente posicionado em decbito dorsal, com travesseiro embaixo da cabea e rolinho na fossa popltea. Terapeuta posicionado na regio lateral da maca.

    d) 1 Estimulao da Cisterna do Quilo e dos ductos torcico e linftico ( 7 vezes associado com respirao diafragmtica do paciente);

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    2 Desobstruo do ngulo venoso (7 vezes) 3 Desobstruo do Reglan (7 vezes) 4 Desobstruo da cadeia axilar (7 vezes) 5 Desobstruo da cadeia supraclavicular ( 7 vezes) 2 Desobstruo do ngulo venoso (7 vezes) 3 Desobstruo do Reglan (7 vezes) 4 Desobstruo da cadeia axilar (7 vezes) 5 Desobstruo da cadeia supraclavicular ( 7 vezes)

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    *Este protocolo deve ser sempre utilizado como introduo e finalizao da sesso de drenagem.

    Membro Inferior:

    Paciente posicionado em decbito dorsal, com travesseiro embaixo da cabea e rolinho embaixo do joelho. Terapeuta posicionado na lateral da maca.

    b) 1 Desobstruo dos gnglios inguinais (7 vezes)

    2 Bombeamento andando da coxa( 2 vezes), de proximal para distal; 4 Desobstruo dos gnglios poplteos ( 7 vezes) 5 Bombeamento andando na perna ( 2 vezes)

    6 Desobstruo dos gnglios no malolo medial e lateral do p ( 7 vezes) 7 Bombeamento andando no dorso do p ( 2 vezes) 8 Passo de ganso em colunas no p (2 a 5 repeties) 9 Frices em espiral nos dedos do p (2 a 5 repeties) 10 Bombeamento andando na planta dos ps ( 2 vezes)

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    11 Bombeamento andando em todo membro (1 vez)

    Membro Superior

    Paciente posicionado em decbito dorsal, com travesseiro embaixo da cabea e rolinho embaixo do joelho.Terapeuta posicionado na lateral da maca. Apoiar a mo do paciente sobre o ombro do terapeuta.

    1 Desobstruo dos gnglios axilares ( 7 vezes) 2 Bombeamento andando brao ( 2 vezes), de proximal para distal 3Desobstruo dos gnglios cubitais( 7 vezes) 4 Bombeamento andando antebrao ( 2 vezes) , de proximal para distal 5 Desobstruo dos gnglios da regio do punho ( 7 vezes) 6 Passo de ganso em colunas no dorso da mo ( 2 a 5 repeties) 7 Frices em espiral nos dedos da mo ( 2 a 5 repeties) 8 Bombeamento andando na palma da mo ( 2 vezes) 9 Bombeamento andando em todo membro ( 1 vez)

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    Dorso Paciente posicionado em decbito ventral, rolinho embaixo do tornozelo.

    Terapeuta posicionado na lateral da maca.

    b) 1 Bombeamento andando.

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    Trax e Abdmen

    Paciente posicionado em decbito dorsal, com travesseiro embaixo da cabea e rolinho na fossa popltea. Terapeuta posicionado na regio da cabeceira da maca para realizar o trax e regio lateral da maca para abdmen, e vai realizar as manobras contralateralmente.

    1 Desobstruo dos gnglios axilares ( 7 vezes) 2 Desobstruo gnglios inguinais ( 7 vezes) 3 Bombeamento andando no trax ( 2 vezes), em direo a cadeia axilar 4 Bombeamento andando nos flancos( 2 vezes), em direo a cadeia inguinal 5 Bombeamento andando no abdmen ( 2 vezes), em direo a cadeia inguinal 6 Movimentos circulares em todo abdmen( 2 a 5 repeties) 7 Peristaltismo 8 Bombeamento andando em toda regio (1 vez)

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    Cap. 4-Massagem Desportiva

    As massagens desportivas so utilizadas na preparao dos esportistas para a

    atividade, nos intervalos da atividade ou depois da atividade. So utilizadas diversas manobras de massagem: desintoxicantes, estimulantes, calmantes e tonificantes, a fim de promover ganhos no rendimento e qualidade do treino dos atletas.

    As manobras de massagem, assim como a velocidade e presso empregadas,

    devem ser coerentes com o objetivo e efeito fisiolgico almejado conforme o perodo em que for aplicada:

    1. Antes da atividade fsica sero utilizadas as manobras de massagem estimulante. 2. Depois da atividade fsica a massagem desintoxicante a mais indicada. 3. A massagem calmante deve ser utilizada em locais dolorosos e no perodo de recuperao

    de leses (quando indicada). 4. A massagem tonificante usada em perodos de preparao fsica do esportista.

    Fisiologia do Exerccio aplicada A Massoterapia

    Dores Musculares no Exerccio

    Existem diferentes tipos de atividades fsicas e desportivas. No entanto estas atividades fsicas se dividem em trs tipos de sistemas metablicos. O primeiro sistema metablico o chamado anaerbio altico e se caracteriza por um exerccio de

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    curtssima durao e elevada intensidade (exploso),sem usar de glicose ou oxignio e utilizando ATP , fosfocreatina e ressintese de ATP, sendo que todos estes componentes j se encontram dentro da clula muscular (comum em 100 metros rasos, arremesso de martelo e halterofilismo) O sistema anaerbio ltico, um sistema energtico que tem durao um pouco maior e tambm se diferencia pela utilizao da glicose, mas no chega a consumir oxignio , gerando assim cido pirvico, mas no oxidando satisfatriamente este na mitocondria provavelmente pelo tempo do exerccio no ser suficientemente longo a ponto de haver oxigenao, formando assim boa quantidade de cido ltico que apresenta uma certa toxidade ao organismo. O sistema aerbio se caracteriza por ter uma prolongadssima durao e uma intensidade baixa, alm de consumir bastante glicose e tambm oxignio em grandes quantidades impreterivelmente (maratona, cooper, caminhada constante). O sistema aerbio um timo condicionador do aparelho cardiovascular. importante lembrar que em muitas atividades fsicas ocorrem todos os sistemas metablicos mas em alguns momentos existe a predominncia de um destes, como em um jogo de futebol, dependendo do esquema ttico e da posio dos jogadores. Alguns atletas so mais caractersticos de exploso e outros so mais caractersticos de resistncia. O importante considerar que determinados sistemas metablicos promovem uma maior tendncia de desgaste especfico da musculatura, conforme o estresse que submetido.

    Sistema metablico Principal Tendncia a Leses ou Sintomas anaerbio altico 1 Estiramentos /Distenses 2 Contraturas anaerbio ltico 1 Toxidade pelo cido Ltico sistema aerbio 1 Cinbras 2 Contraturas 3 Toxidade pelo cido

    Ltico, quando no h uma boa recuperao ativa.

    As dores musculares so micro leses provocadas pelo esforo demasiado. O acmulo do cido ltico tambm pode provocar dor muscular pois acidose estimula as fibras do tipo "C" (lentas) provocando dor do tipo "queimao". Assim, para no ser acometido das temveis dores musculares, o esforo fsico tem que se dar de forma progressiva, para que a musculatura v se adaptando ao esforo e evitando-se a sobrecarga e conseqentemente as dores.Alm da sobrecarga no esforo, outros motivos podem provocar dores, tais como postura corporal na prtica dos exerccios, stress (o cara pode ser super condicionado, mas se

    estiver estressado por algum motivo, fatalmente ficar dolorido). Outro caso que

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    pode provocar dores musculares, se o atleta estiver gripado. Resumindo, qualquer variao na hora do treinamento, qualquer sintoma estranho e o atleta no parar imediatamente, as famosas dores musculares viro com certeza.

    Massagem Objetivo Principal Mecanismo Bsico Massagem Desintoxicante Massagem Teraputica

    Eliminao do cido Ltico

    Efeito varredura. O aumento da circulao (hiperemia reativa) provocado a varredura dos catablitos como o lactato do interstcio muscular, para a circulao sangunea.

    Massagem Calmante Preveno e tratamento de contraturas

    Tratamento de Hiperatividade Muscular ps exerccio extenuante.

    Relaxamento muscular, aumento da circulao, liberao de substncias endgenas causadoras de bem estar e alvio da dor. Re-organizao das estruturas e fibras elsticas do tecido muscular.

    Massagem estimulante Ativao da Musculatura para o exerccio. Realizada antes do exerccio ou durante. Ex intervalo de uma partida de futebol.

    Ativao do Sistema Nervoso e da musculatura, com estmulos tonificantes. Aumento da circulao sangunea para melhorar os fatores trficos para as clulas musculares.

    Acido ltico Para realizar quase todas as tarefas que nosso corpo necessita para a nossa sobrevivncia (funes biolgicas), ou para que possa realizar uma ao do nosso comando (movimentos e exerccios), necessrio um gasto de energia para que isto acontea. Esta energia proveniente de uma molcula chamada ATP (adenosina trifosfato uma molcula universal condutora de alta energia, fabricada em todas as clulas vivas como um modo de capturar e armazenar energia. Consiste de base prica adenina e do acar de cinco carbonos ribose, aos quais so adicionados trs molculas de fosfato). medida que o corpo vai realizando suas funes, o ATP degradado e, consequentemente, depois, restaurado por outra fonte energtica que pode ser proveniente da fosfocreatina (uma outra molcula geradora de energia), das gorduras, dos carboidratos ou das protenas. Conforme as necessidades energticas vo avanando, o corpo utiliza o pouco ATP que ele tem disponvel para realizar suas funes, a medida que o ATP acaba, solicitado o uso da fosfocreatina para ressintetizar o ATP, porm a fosfocreatina tambm pouca em nosso organismo. Ento as necessidades energticas continuam o nosso organismo solicita outro macronutriente para realizar a ressintese do ATP. Entretanto, neste momento o nosso corpo precisa fazer uma escolha, ele precisa determinar qual substrato energtico utilizar: gordura, na forma de triglicerdeos, ou carboidratos, na forma de glicose ou glicognio muscular. Essa escolha ir depender de dois fatores: (1) a velocidade do ATP; e (2) se h ou no a presena de oxignio durante o processo de transformao. Na presena de oxignio e na pouca necessidade de solicitao deste macronutriente, o organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP, uma vez que a gordura gera mais ATP que a glicose, e sua fonte praticamente ilimitada no nosso corpo, no levando-o ao risco de sofrer pela m utilizao deste substrato. Por outro lado, na necessidade de alta velocidade de ressntese do ATP o organismo ir optar pela glicose ou glicognio

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    heptico e muscular; como em exerccios extenuantes e muito intensos. Isso tambm ocorreria na ausncia de oxignio durante o processo de transformao para gerar energia, chamado de ciclo da gliclise. Esse ciclo seria capaz de gerar energia suficiente para ressintese do ATP, mas teria um efeito indesejvel, a produo de cido ltico (um subproduto "txico" gerado no decorrer do ciclo de ressintese do ATP), que faria com que o exerccio fosse interrompido minutos depois pela instalao da fadiga muscular dos msculos ativos (msculos exercitados).

    Como responde o organismo na presena do cido Ltico

    Depois que o lactato formado no msculo, se difunde rapidamente para o espao intersticial e para o sangue, para ser tamponado e removido do local do metabolismo energtico. Dessa forma, a gliclise continua fornecendo energia anaerbica para a ressntese do ATP. Essa via para a energia extra continua sendo temporria, pois os nveis sangneos e musculares de lactato aumentam e a regenerao do ATP no consegue acompanhar seu ritmo de utilizao. A fadiga se instala de imediato e diminui o desempenho nos exerccios. A maior acidez intracelular e outras alteraes medeiam a fadiga, pela inativao de vrias enzimas na transferncia de energia e pela deteriorao das propriedades contrteis do msculo. Entretanto, a maior acidez (pH mais baixo) por si s no explica a reduo na capacidade de realizar exerccios durante um esforo fsico intenso. O que acontece com o cido ltico e como o processo de sua remoo. O cido ltico removido do sangue e dos msculos durante a recuperao aps um exerccio exaustivo. Em geral, so necessrios 25 minutos de repouso-recuperao para remover a metade do cido ltico acumulado. A fadiga surge aps os exerccios nos quais se acumularam quantidades mximas de cido lctico, a recuperao plena implica remoo desse cido tanto do sangue quanto dos msculos esquelticos que estiveram ativos durante o perodo precedente de exerccios. Em geral, pode-se dizer que so necessrios 25 minutos de repouso-recuperao aps um exerccio mximo para se processar a remoo de metade do cido ltico acumulado. Isso significa que cerca de 95% do cido ltico sero removidos em 1 hora e 15 minutos de repouso-recuperao, aps um exerccio mximo.

    Existem quatro destinos possveis para o cido ltico:

    1) Excreo na Urina e no Suor Tomar bastante gua e fazer exerccios fsicos. Sabe-se que o cido ltico excretado na urina e no suor. Entretanto, a quantidade de acido ltico assim removida durante a recuperao aps um exerccio. Fazer sauna tambm bom.

    2) Converso em Glicose e/ou Glicognio J que o cido ltico um produto da desintegrao dos carboidratos (glicose e glicognio), pode ser transformado de novo em qualquer um desses compostos no fgado (glicognio e glicose hepticos) e nos msculos (glicognio muscular), na presena de energia ATP necessria. Contudo, a ressntese do glicognio nos msculos e no fgado extremamente lenta, quando

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    comparada com a remoo do cido ltico. Alm disso, a magnitude das alteraes nos nveis sanguneos de glicose durante a recuperao tambm mnima. Portanto, a converso do cido ltico em glicose e glicognio responsvel apenas por uma pequena frao do cido ltico total removido. Receber massagem teraputica ou desintoxicante elimina o cido ltico.

    3) Converso em Protena Os carboidratos, incluindo o cido ltico, podem ser convertidos quimicamente em protena dentro do corpo. Entretanto, tambm foi demonstrado nos estudos que apenas uma quantidade relativamente pequena de cido ltico transformada em protena durante o perodo imediato de recuperao aps um exerccio.

    4) Oxidao/Converso em CO2 e H2O O cido ltico pode ser usado como combustvel metablico para o sistema do oxignio, predominantemente pelo msculo esqueltico, porm o msculo cardaco, o crebro, o fgado e o rim tambm so capazes dessa funo. Na presena de oxignio, o cido ltico transformado, primeiro, em cido pirvico e, a seguir, em CO2 e H2O no ciclo de Krebs e no sistema de transporte de eltrons, respectivamente. evidente que o ATP ressintetizado em reaes acopladas no sistema de transporte de eltrons. O uso de cido ltico como combustvel metablico para o sistema aerbico responsvel pela maior parte do cido ltico removido durante a recuperao aps um exerccio intenso. Foi observado em pesquisas que, a elevao dos nveis de lactato observada nos indivduos treinados quando exercitados agudamente foi significativamente menor que a observada nos sedentrios. Tais resultados reproduzem os achados clssicos descritos na literatura, o que nos permite avaliar como eficazes, tanto na intensidade do exerccio agudo na determinao de modificaes no metabolismo energtico, quanto o protocolo de treinamento fsico na produo de adaptaes orgnicas. Em outras palavras, treinar para aumentar o limiar anaerbico. Receba massagem para eliminar o cido ltico e aliviar o stress.

    Efeitos do cido Ltico No corpo, todos os carboidratos so transformados no acar simples glicose, que tanto podem ser utilizados imediatamente nessa forma ou armazenados no fgado e nos msculos como glicognio para uso subseqente. medida que aumenta a intensidade do esforo, aumenta a liberao de insulina que se liga ao seu receptor na membrana das clulas fazendo com que aumente a translocao do GLUT4 (glucose transporter). Atravs do GLUT4, a glicose transportada para o interior da clula iniciando uma srie de reaes que dependem, principalmente, da atividade da enzima fosfofrutoquinase (PFK). O produto destas reaes o cido pirvico, que absorvido pelas mitocndrias. Quando a capacidade mitocondrial de absoro saturada o excedente transformado em cido ltico. O cido ltico um co-produto da gliclise anaerbia, e quando se acumula em altos nveis nos msculos e no sangue, produz fadiga muscular. O sistema cido ltico proporciona uma fonte rpida de energia, a glicose. Ele a primeira fonte para sustentar exerccios de alta

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    intensidade. Efeitos do cido ltico sobre a atividade muscular Atividade da PFK: Quanto maior a concentrao de cido ltico, menor o pH e conseqentemente, menor a atividade da PFK. Interferncia Neuromuscular: O lactato acumulado invade a fenda sinptica. Esse tipo de fadiga parece ser mais comum nas unidades motoras de contrao rpida. A incapacidade da juno neuromuscular em retransmitir os impulsos nervosos para as fibras musculares devida, provavelmente, a uma menor liberao do transmissor qumico ACETILCOLINA por parte das terminaes nervosas, devido acidificao do lquido intersticial e alterao das estruturas proticas (receptores de acetilcolina) pela ao dos H+. Interferncia Muscular: A acidose altera a permeabilidade do retculo, diminuindo a condutncia de Ca++. H uma menor liberao de Ca++ pelo retculo sarcoplasmtico e reduo na capacidade de ligao Ca++-troponina, em virtude do aumento na concentrao de H+ causada pelo acmulo de cido ltico. Efeito Algsico (dor pelo cido ltico) A acidose estimula as fibras do tipo "C" (lentas) provocando dor do tipo "queimao". Este sistema proporciona energia para atividades fsicas que resultem em fadiga de 45 -90 segundos. Tendo como exemplo atividades tipo: corridas de 400-800 m, provas de natao de 100-200 m, tambm proporcionando energia para piques de alta intensidade no futebol, basquetebol, voleibol, tnis. O denominador comum dessas atividades a sustentao de esforo de alta intensidade com durao de 1-2 minutos.

    ______________________________________________________________________

    * Recuperao Ativa O cido ltico removido do sangue e dos msculos durante a recuperao aps um exerccio exaustivo. Em geral, so necessrios 25 minutos de repouso-recuperao para remover a metade do cido ltico acumulado. A fadiga surge aps os exerccios nos quais se acumularam quantidades mximas de cido lctico, a recuperao plena implica remoo desse cido tanto do sangue quanto dos msculos esquelticos que estiveram ativos durante o perodo precedente de exerccios. Em geral, pode-se dizer que so necessrios 25 minutos de repouso-recuperao aps um exerccio mximo para se processar a remoo de metade do cido ltico acumulado. Isso significa que cerca de 95% do cido ltico sero removidos em 1 hora e 15 minutos de repouso-recuperao, aps um exerccio mximo. O termo repouso-recuperao se d pelo fato que o cido ltico mais velozmente removido se a recuperao ativa em baixa intensidade for empregada aps o exerccio, do que se o indivduo permanecer em repouso (inativo) logo aps o exerccio. Durante um exerccio submximo, porm rduo, no qual o acmulo de cido ltico no to grande, ser necessrio menos tempo para sua remoo durante a recuperao. Em condies aerbicas, o ritmo de remoo do lactato por outros tecidos corresponde a seu ritmo de

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    formao, resultando na ausncia de qualquer acmulo efetivo de lactato, isto , a concentrao sangnea de lactato se mantm estvel. Somente quando a remoo no mantm paralelismo com a produo, o lactato acumula-se no sangue.

    Oxidao/Converso em CO2 e H2O - O cido ltico pode ser usado como combustvel metablico para o sistema do oxignio, predominantemente pelo msculo esqueltico, porm o msculo cardaco, o crebro, o fgado e o rim tambm so capazes dessa funo. Na presena de oxignio, o cido ltico transformado, primeiro, em cido pirvico e, a seguir, em CO2 e H2O no ciclo de Krebs e no sistema de transporte de eltrons, respectivamente. evidente que o ATP ressintetizado em reaes acopladas no sistema de transporte de eltrons.

    1. Posio Para Execuo das Manobras: No h garantia de que existir uma cama de tratamento disponvel ao utilizar a

    massagem no esporte. Assegure-se sempre de que o teraputas seja hbil para realizar todas as tcnicas necessrias com a maior facilidade e que a pessoa que recebe esteja o tempo todo quente e confortvel. 2. Limpeza:

    Os participantes no podem entrar em uma arena de competio cobertos por leo. Um jogador de basquete com leo nas coxas pode pass-lo para as mos com desastrosos resultados. Sabo, gua e/ou loo adstringente devero estar disponveis na sala de tratamento. 3. Avisar o Paciente:

    Mesmo que o participante faa massagens freqentes, sempre avise-o sobre o que esperar como resultado dessa sesso, por exemplo, a massagem estimulante pire- competio pode induzir a uma sensao de calor mas as regras de aquecimento ainda precisam ser observadas.

    4. Acupressura:

    Na massagem desportiva a acupressura tende a ser para pontos deflagrados especficos. Esses pontos so identificados como tensos, algumas vezes duros, e sempre produzindo dor no msculo. Depois que o ponto a ser tratado foi identificado, o dedo ou polegar usado para aplicar presso naquele ponto especfico. A tcnica semelhante quela usada nas frices circulares mas apenas um dedo ou ponta do polegar usado. Existem muitas opinies quanto ao tempo de presso que deve ser mantido.Uma presso firme acompanhada com um movimento circular delicado aplicado por, no mximo, um minuto, relaxado e reaplicado trs ou quatro vezes, d bons resultados. O objetivo tentar obter o relaxamento muscular no mais curto espao de tempo possvel, tornando assim essa tcnica muito til imediatamente antes da atividade, removendo pontos determinados de tenso do msculo. 5. Massagem com Gelo:

    O uso da Crioterapia (terapia com uso de frio) se faz til para processo inflamatrios agudos. A aplicao do gelo nos locais agudamente inflamados produz analgesia, diminui

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    espasmo muscular, incrementa o relaxamento, permite mobilizao precoce, quebra do ciclo dor-espasmo-dor, diminui o metabolismo. Atua como um anti-inflamatrio natural. O mtodo mais conveniente de aplicao da massagem com gelo usar um copo de polietileno que foi enchido com gua depois congelado. Corta-se um anel de 1,25 cm do topo do copo e ento massageia-se a rea machucada com o gelo. Se for uma rea menor, um cubo de gelo envolto em um pano suficiente. 6. Massagem Desportiva Especfica: A massagem desportiva especfica aplicada por uma razo determinada e pode ser usada em seis situaes diferentes

    (1) Massagem no condicionamento (2) Massagem como tratamento (3) Massagem pr-competio (4) Massagem intercompetio (5) Massagem ps-competio (6) Massagem ps-viagem

    6.1. Massagem no Condicionamento:

    Indicao de Massagem: Desintoxicante Pode ser realizada no corpo inteiro, parte por parte, uma meia hora, meio corpo de meia

    hora a trs quartos de hora. Essa massagem pode ser feita diariamente durante o perodo de condicionamento, com a primeira massagem sendo realizada no dia anterior do primeiro dia de treinamento pesado. Objetiva: (1) Para promover recuperao de uma dura sesso de treinamento. Espera-se, aps um turno

    de exerccios, que o desportista experimente vrias dores e uma sensao de membros pesados. A massagem pode ser valiosa nesse perodo (Massagem Desintoxicante).

    (2) Para evitar o SMIR - sofrimento muscular de incio retardado (Massagem Desintoxicante). (3) Efeito Psicolgico: Nesse duro perodo de treinamento para um desportista, uma massagem

    realizada por um bom profissional pode fazer uma vasta diferena para seu bem-estar contnuo e pode realar os benefcios do perodo de condicionamento.

    6.2. Massagem como Tratamento:

    Indicao de Massagem: Calmante ou Teraputica A massagem utilizada como um tratamento para leses esportivas, podendo ser

    realizada depois de 48 horas, se toda a hemorragia e inchao tiverem cessado. No caso de hematoma, depois de quatro dias ou dependendo da tolerncia do paciente. Objetivos:

    (1) Estimular a circulao: Aps 48 horas do trauma importante limpar os fragmentos do incidente e remover o excesso de fluido do tecido.

    (2) Promover a recuperao da leso (3) Quebrar aderncias (4) Promover flexibilidade: Sempre massagear as reas proximais e depois as reas distais

    do corpo antes de concentrar-se adequadamente na rea do tratamento.

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    Durao: Dependendo da rea e da sensibilidade da rea a ser tratada, entre 10 a 30 minutos. O tratamento o pode ser usado diariamente dependendo do nvel de desconforto do paciente.

    6.3. Massagem Pr-Competio:

    Indicao de Massagem: Estimulante O aquecimento a preparao do corpo para a atividade fsica. Os objetivos so elevar

    a temperatura do corpo, preparando assim os msculos para o exerccio, auxiliando assim a execuo de alongamentos especficos necessrios para qualquer desempenho. A massagem realizada de forma rpida e profunda. Possui efeitos psicolgicos. um bom momento de reforar mensagens de otimismo e acalmar temores sobre medo de leses e o estado dos adversrios.

    6.4. Massagem Ps-Competio:

    Indicao de Massagem: Desintoxicante Objetiva eliminar os resduos do corpo. Permitindo que as funes do corpo voltem ao

    normal. No fim de qualquer perodo de atividade fsica o sistema cardiovascular talvez esteja trabalhando excessivamente, como forte resultado da cessao da atividade a presso pode cair subitamente. A massagem, especialmente o deslizamento centrpeto muito til para restaurar a normalidade. Promove a eliminao de resduos metablicos musculares adquiridos pela forte carga da atividade fsica. Tambm auxilia na reduo de dor e ndulos de tenso, havendo a suspeita de leso tecidual, pode-se aplicar a massagem com gelo. Utiliza-se manobras de massagens profundas e lentas.

    Tambm tem efeito psicolgico agregado.

    6.5. Massagem Ps-Viagem:

    Indicao de Massagem: Relaxante ou Teraputica Os problemas mais freqentes destacados aps longos perodos de viagem so as

    sensaes generalizadas de rigidez, dores especialmente nas costas, pescoo e ombros e inchao na parte inferior das pernas e ps. A massagem nesse caso objetiva melhorar a circulao venosa e linftica e assim remover inchao e rigidez. O alongar dos tecidos, para remove dores e aumenta a flexibilidade. Enfim esta massagem visa restabelecer o equilbrio do corpo e sensao de bem-estar. 7. Massagem Esportiva No Especfica:

    Indicao de Massagem: Relaxante ou Tonificante Essa massagem ocorre nos perodos onde no h competies. Nessas ocasies o

    atleta continuar mantendo o corpo em um estado de preparao para as atividades do futuro.

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    Objetiva aumentar uma sensao de bem-estar geral, promover relaxamento, monitorar as condies da musculatura do atleta. Para a manuteno da musculatura num melhor estado de nutrio e contratilidade muscular pode-se utilizar a massagem tonificante neste perodo. 8. Tipos de Massagem Aplicadas no Esporte:

    8.1. Massagem Desintoxicante

    No trabalho muscular h queima de materiais nutrcios aportados pelo sangue, essa combusto acompanhada por uma produo de resduos metablicos.

    Num trabalho moderado, esses resduos so evacuados a medida que se produzem, e so drenados pelo sangue at serem eliminados pelos rgos excretores. J num trabalho mais intensivo, a eliminao dos resduos no consegue seguir o ritmo de sua produo. Ento as toxinas se acumulam no msculo provocando fadiga. Neste caso necessrio um perodo de repouso para a eliminao das substncias responsveis pela fadiga. Para fim de uma recuperao mais rpida do atleta aps uma atividade fsica, deve ser aplicada uma massagem lenta e profunda no sentido centrpeto, pois esta promove uma melhor circulao venosa e linftica auxiliando na desintoxicao muscular, promove tambm ao atleta uma sensao de bem estar e relaxamento. Modo de Aplicao da Massagem Desintoxicante:

    Velocidade lenta Presso profunda Sentido centrpeto e gnglios linfticos Durao mdia de 30 a 60 minutos Pode ser aplicada no corpo todo, dando-se nfase aos grupos musculares mais

    exercitados

    Manobras de Massagem Desintoxicante: Deslizamento suave Deslizamento profundo Bracelete, Toro Amassamento Frico Presso com a mo Presso com o punho cerrado Vibrao

    8.2. Massagem Estimulante

    Um msculo so, em momentneo repouso alimentado por uma pequena quantidade

    de sangue e sua temperatura de 37C, aproximadamente. Quando est em plena ao, a massa sangunea que os irriga aumenta consideravelmente e pode ser at 8 vezes mais forte. Por essa razo compreende-se que o msculo no pode passar bruscamente da inatividade

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    para um trabalho intenso. A massagem enrgica e breve um meio natural de se promover essa transio. Com e massagem estimulante pode-se acelerar a circulao e estimular o sistema nervoso de forma gradual, preparando o organismo para uma atividade fsica mais intensa.

    Modo de Aplicao da Massagem Estimulante: Velocidade Rpida Presso Profunda Durao mdia 5 -6 minutos Trabalha-se os grupos musculares mais exercitados

    Manobras de Massagem Estimulante:

    Deslizamento Superficial Deslizamento Profundo Amassamentos Frices Frices com o punho cerrado Pinamento Percusses: Tapotagem e Batimentos Sacudidas

    8.3. Massagem Tonificante

    Um msculo em repouso permanente (como o caso de uma imobilizao por fratura,

    por exemplo) tende a atrofiar-se rapidamente. Por razo de sua inatividade, a clula muscular no absorve os materiais nutritivos do aporte sangneo. Ocasionando uma diminuio das propriedades fisiolgicas de elasticidade, contratilidade e tonicidade do msculo.

    Se aplicado sobre o msculo uma massagem rpida, enrgica, prolongada e repetida se consegue melhorar progressivamente a contratilidade muscular. O melhores resultados so observados quando o utiliza-se a massagem tonificante associada ao exerccio fsico.

    A massagem tonificante se distingue da massagem estimulante por sua ao mais prolongada.

    Modo de Aplicao da Massagem Tonificante e Manobras de Massagem Tonificante:

    Idem Massagem Estimulante, porm o tempo de durao mais prolongado, cerca de 10 a 15 minutos.

    8.4. Massagem Calmante:

    uma massagem superficial e lenta sobre uma regio dolorosa onde consegue-se mais

    ou menos rapidamente a sedao da dor. Ao aplicar uma massagem suave e progressiva sobre msculos contrados e sobre nervos muito excitados, tende-se a acalm-los e relax-los. Modo de Aplicao da Massagem:

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    Velocidade lente Presso Superficial Realizada sobre regies dolorosas (onde no haja processo inflamatrio agudo) Pode ser aplicada seno encima da regio lesionada, acima desta Durao mdia 10 minutos

    Manobras de Massagem Calmante:

    Deslizamentos suaves Frices Suaves

    IV. Vibrao

    Cap. 5-Massagem Teraputica 1. Introduo Massoterapia massagem teraputica pode ser definida como o uso de diversas tcnicas manuais que objetivam promover o alvio do estresse ocasionando relaxamento, mobilizar estruturas variadas, aliviar a dor e diminuir o edema, prevenir a deformidade e promover a independncia funcional em uma pessoa que tem um problema de sade especfico (De Domenico). Em 1952, Gertrude Beard (1887-1971) escreveu que massagem o termo usado para designar certas manipulaes dos tecidos moles do corpo; estas manipulaes so efetuadas com maior eficincia com as mos e so administradas com a finalidade de produzir efeitos sobre os sistemas nervoso, muscular e respiratrio e sobre a circulao sangnea e linftica local e geral.

    2. Indicaes Em transtornos musculoesquelticos em geral. Em distrbios circulatrios sob recomendao mdica pelo perigo de trombose venosa. Em transtornos reumatolgicos. Em cicatrizes, evitando ou reduzindo aderncias. Aps perodos de imobilizao. 3. Contra-Indicaes Desordens da pele, como o eczema, que poderiam ser irritadas pelo aumento do calor da

    regio ou pelo uso dos lubrificantes. Quando infeces superficiais estiverem supurando. Na presena de tumores malignos. Na presena de cicatrizes recentes, no-curadas ou feridas abertas. Em reas de equimose, embora no quarto dia a massagem til para o tratamento do

    hematoma. Uso de medicao anti-coagulante. 4. FUNDAMENTOS E TCNICAS DE MASSAGEM

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    DESLIZAMENTO Superficial Profundo

    EFFLEURAGE PTRISSAGE (PRESSO) Amassamento

    Beliscamento Torcedura Rolamento da pele

    PERCUSSO Cutilada Tamborilamento Palmada Batimento Socamento

    VIBRAO FRICO PROFUNDA

    Transversal Circular

    4.1. Deslizamento realizado unidirecionalmente com toda a superfcie palmar de uma ou das duas mos.

    til para dar incio a uma seqncia de massagem permitindo que o paciente se acostume com a sensao transmitida pelas mos do terapeuta e para que o terapeuta possa sentir os tecidos do paciente.

    O deslizamento pode ser realizado lentamente, para maior relaxamento tecidual, ou rapidamente, para efeito estimulante.

    Deslizamento superficial: lento e suave efeito relaxante. Deslizamento profundo: lento e com uma presso maior efeito estimulante para a

    circulao sangnea por isso geralmente realizado na direo do fluxo venolinftico ( muito semelhante effleurage).

    Efeitos Teraputicos: Possui efeito sedativo, aliviando a dor e o espasmo muscular Quando executado de maneira rpida e suave exerce um efeito estimulante das

    terminaes nervosas sensitivas, resultando num efeito generalizado de revigoramento;

    O alisamento profundo pode causar a dilatao das arterolas nos tecidos superficiais e mais profundos;

    Uso Teraputico do Deslizamento:

    Auxilia no relaxamento local e geral, o paciente se acostuma gradativamente com o toque do terapeuta;

    Informar o terapeuta sobre as condies dos tecidos do paciente; Auxlio da flatulncia e no peristaltismo intestinal; Melhora do sono;

    4.2. Effleurage

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    um movimento de deslizamento lento, realizado com presso crescente e na direo do fluxo venolinftico (direo centrpeta). Sempre que possvel o movimento termina com uma pausa definida, em um grupo de nodos linfticos superficiais.

    til para facilitar a circulao e para o acabamento de uma seqncia de massagem. realizada com a superfcie palmar de uma ou das duas mos, alternadamente ou de

    forma simultnea, sempre de distal para proximal. Ao final de cada movimento, pode-se deixar que as mos retornem a sua posio inicial por meio de um deslizamento suave, ou podem ser erguidas da superfcie do corpo, retornando pelo ar at a posio inicial.

    Efeitos da Effleurage: O fluxo de sangue impelido na direo do corao atravs da presso mecnica

    e quando a presso relaxada, as vlvulas existentes nas veias impedem o fluxo retrgrado;

    Remoo de produtos do catabolismo pela melhor circulao linftica; Estimula a circulao pelo aumento do fluxo nas veias e linfticos, aliviando a

    congesto nos capilares; Aumenta a mobilidade dos tecidos moles superficiais, melhorando a amplitude do

    movimento;

    4.3. Ptrissage (presso) Abrange diversos movimentos de massagem distintos que se caracterizam por uma firme

    presso aplicada aos tecidos. Seus efeitos so: melhora do fluxo sangneo e linftico, relaxamento muscular e

    analgesia.

    4.3.1. Amassamento: msculos e tecidos subcutneos so alternadamente comprimidos e liberados. O movimento ocorre em um sentido circular. Durante a fase de presso de cada movimento, a mos (ou mos) e a pele se movem conjuntamente sobre as estruturas mais profundas. Durante a fase de liberao (relaxamento), a mos (ou mos) desliza suavemente at uma rea adjacente, e o movimento repetido. Visa a mobilizao das fibras musculares e de outros tecidos profundos promovendo o funcionamento normal dos msculos. Tambm tem utilidade na mobilizao da tumefao crnica, sobretudo nos locais em que esta tumefao sofreu um processo de organizao e est impedindo a movimentao das articulaes e do respectivo membro.

    4.3.2. Beliscamento: um ou mais msculos so agarrados, erguidos dos tecidos subjacentes, comprimidos e soltos (liberados). O agarramento e a liberao so realizados em um movimento circular, habitualmente na mesma direo das fibras musculares. Visa aumentar a mobilidade muscular, facilitando o movimento articular.

    4.3.3. Torcedura: os tecidos so levantados com ambas as mos e comprimidos alternadamente entre os dedos e o polegar das mos em oposio. As mos movimentam-se alternadamente ao longo do eixo longitudinal do msculo, operando transversalmente s fibras musculares e estirando os tecidos.

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    Esta tambm uma tcnica realizada amplamente em tecido muscular, com a finalidade de mobilizao de msculos individuais ou grupos de msculos visando aumentar a mobilidade muscular, facilitando o movimento articular.

    4.3.4. Rolamento da pele: os tecidos subcutneos so rolados sobre as estruturas mais profundas visando a mobilizao entre a pele e as estruturas subcutneas facilitando o movimento articular que possa ter ficado comprometido por uma imobilizao excessiva da pele. As mos repousam completamente, lado a lado, sobre a superfcie cutnea, com os polegares esticados e afastados o mais longe possvel. Os dedos estendidos arrastam os tecidos na direo dos polegares produzindo uma prega de pele entre os dedos e os polegares. Em seguida, os polegares comprimem os tecidos na direo dos dedos rolando-os em torno daquela parte do corpo em um movimento ondular.

    Efeitos da Petrissage: Sobre a circulao:

    Pela compresso e relaxamento alternados dos msculos, das veias, e dos vasos linfticos (tanto superficiais quanto profundas) se esvaziam e se enchem alternadamente, melhorando o fluxo de sangue;

    Realizada de maneira vigorosa provoca vasodilatao na pele, podendo aumentar a temperatura;

    Nos Msculos: Aumenta irrigao sangnea; Melhora da remoo dos resduos no teis do metabolismo; De forma lenta e rtmica relaxa os msculos e reduz a dor; Na Pele e Tecidos Subcutneos:

    Melhora sua elasticidade; Uso Teraputico da Ptrissage: Facilitar a circulao profunda e superficial em determinada parte do

    corpo; Para mobilizar a contraturas musculares; Para mobilizar a pele e os tecidos subcutneos; Para ajudar na resoluo do edema crnico; Para ajudar e aliviar a dor e fadiga muscular; Promoo do relaxamento;

    4.4. Percusso Abrange vrios movimentos distintos de massagem que se caracterizam por partes

    variadas da mo golpeando os tecidos em uma velocidade bastante rpida. Habitualmente, as mos operam alternadamente, os pulsos so mantidos flexveis, de modo que os movimentos so leves, elsticos e estimulantes.

    4.4.1. Palmada: as mos em concha golpeiam rapidamente a superfcie cutnea,

    comprimindo o ar e provocando uma onda de vibrao que penetra nos tecidos.

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    As palmadas so realizadas com rapidez visando estimular os tecidos. Quando efetuadas sobre os pulmes ajudam a mobilizar secrees.

    4.4.2. Pancada ou batimento: um movimento em que as mos fechadas golpeiam, alternadamente, a parte do corpo, de modo que a regio dorsal das falanges mdias e distais dos dedos e a regio tnar e hipotnar da mo entrem em contato com os tecidos. Os objetivos so os mesmos da palmada.

    4.4.3. Cutilada ou acutilamento: um movimento realizado com uma ou duas mos, em que o bordo ulnar golpeia a superfcie da pele em rpida sucesso com o objetivo de criar um efeito estimulante e vigoroso.

    4.4.4. Socamento: o movimento em que as bordas ulnares das mos frouxamente cerradas golpeiam alternadamente e em rpida sucesso a superfcie corporal.

    Efeitos da Percusso:

    Efeito Mecnico: Aplicada adequadamente sobre o trax, a percusso pode auxiliar na

    eliminao do muco aderida no trato respiratrio; Efeitos Reflexo: A aplicao de cutiladas sobre os msculos espinhais pode induzir a uma sensao geral de calor e revigoramento. Executada sobre as fibras musculares produz um efeito de estiramento que reflexamente facilita a contrao muscular.

    Uso Teraputico da Percusso: Tratamento dos distrbios crnicos do trax; Efeito estimulante geral; Alivia a nevralgia aps amputao, traumatismo ou qualquer outro processo

    patolgico;

    4.5. Vibrao e Agitao

    Vibrao: uma tcnica praticada com uma ou duas mos em que um delicado movimento de agitao ou tremor transmitido aos tecidos pela mos ou pela ponta dos dedos.

    Agitao: similar a vibrao, porm feito com mais vigor. Efeitos da Vibrao e Agitao:

    Quando aplicados sobre o trax ajudam a eliminar o muco; Sobre o estmago e intestino, as manipulaes mobilizam gases; Melhoram o edema; Sobre os nervos podem aliviar a dor;

    Uso Teraputico da Vibrao e Agitao: Para os distrbios torcicos crnicos, auxilia expectorao; Alvio da flatulncia; Remover edema crnico;

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    Alvio de nevralgia;

    4.6. Frico Profunda (Frices de Cyriax) Consistem de movimentos breves, precisamente localizados e profundamente

    penetrantes realizados em uma direo circular ou transversal com o objetivo de mobilizar tendes, ligamentos, cpsulas articulares e tecidos musculares particularmente se estiverem presentes inflamaes ou aderncias crnicas.

    Para que seja obtido um firme contato com a pele no so utilizados lubrificantes.

    4.6.1. Frico circular: efetuada com a ponta dos dedos ou com os polegares em movimentos circulares. Os dedos devem ser pressionados obliquamente nos tecidos, em seguida so mobilizados em pequenos crculos se aprofundando ligeiramente a cada crculo sucessivo. Desta forma, os tecidos superficiais so mobilizados sobre os tecidos mais profundos. Ao ser atingida a profundidade necessria (comumente aps trs ou quatro crculos), a presso liberada gradualmente, e os dedos so levantados e pousam numa rea adjacente.

    Efeitos da Frico:

    Causa vasodilatao; Auxilia em casos de dor crnica;

    Uso Teraputico da Frico:

    Auxilia na reduo da fibrose ps trauma. So teis para o tratamento de laceraes musculares, leses musculoesquelticas

    PROTOCOLO: Coxa Anterior

    Paciente posicionado em decbito dorsal, com rolinho na fossa popltea e com um travesseiro em baixo da cabea. Terapeuta posicionado na borda lateral da maca, trabalhando homolateral.

    1 Deslizamento superficial; 2 Deslizamento profundo; 3 Effleurage; 4 Amassamento; 5 Beliscamento; 6 Torcedura; 7 Rolamento de pele; 8 Frico transversa; 9 Frico circular; 10 Cutilada; 11 Tamborilamento; 12 Tapotagem; 13 Batimento;

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    14 Socamento; 15 Agitao; 16 Vibrao;

    Coxa Posterior.

    Paciente posicionado em decbito ventral, com rolinhos nos tornozelos. Terapeuta posicionado na borda lateral da maca, trabalha-se homolateral.

    1 Deslizamento superficial; 2 Deslizamento profundo; 3 Effleurage; 4 Amassamento; 5 Beliscamento; 6 Torcedura; 7 Rolamento de pele; 8 Frico transversa; 9 Frico circular; 10 Cutilada; 11 Tamborilamento; 12 Tapotagem; 13 Batimento; 14 Socamento; 15 Agitao; 16 Vibrao;

    Dorso

    Paciente posicionado em decbito ventral, com rolinho nos tornozelos. Terapeuta posicionado na borda lateral da maca, trabalha-se contra-lateral.

    1 Deslizamento superficial; 2 Deslizamento profundo; 3 Effleurage; 4 Amassamento; 5 Beliscamento; 6 Torcedura; 7 Rolamento de pele; 8 Frico transversa; 9 Frico circular; 10 Deslizamento na escpula; 11 Frico na escpula; 12 Acupressura na escpula; 13 Descolamento da escpula; 14 Acupressura; 15 Deslizamento na cervical; 16 Amassamento na cervical;

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    17 Frico com o punho cerrado na cervical; 18 Cutilada; 19 Tapotagem; 20 Batimento; 21 Socamento; 22 Vibrao; 23 Agitao.

    Obs.: As manobras da massagem teraputica so profundas e rtmicas.

    Cap. 6-Massagem do Trax O trax uma caixa ssea constituda por costelas, que so ossos em forma de

    semicrculo, com uma extremidade articulada coluna vertebral e a outra ao esterno. Ele contm dois rgos cujo valor regula diretamente o rendimento fsico, o corao e os pulmes. O valor funcional do corao e dos pulmes dependem muito da estrutura da caixa torcica, um peito estreito e anquilosado no pode conter bem o corao e ainda menos efetuar respiraes profundas. No entanto, logo que o trax se desenvolve, se alarga, se torna flexvel, os pulmes se desenvolvem paralelamente, e o corao se libera.

    Quando o trax est na posio de repouso, as costelas ficam em posio oblqua, inclinadas para baixo. Durante a inspirao forada, sob a influncia das contraes musculares, as costelas se levantam at ocupar uma posio quase horizontal. Quando as costelas esto levantadas o dimetro do peito aumenta sensivelmente e, por conseguinte, a capacidade do trax muito maior, graas a esse aumento que se faz a entrada de ar no interior dos pulmes.

    Como o jogo articular no se executa nunca em toda a sua extenso, produzem-se anquiloses parciais que limitam consideravelmente os movimentos de abaixamento e levantamento.

    A prtica de atividades fsicas pode agir sobre a caixa torcica, ao fazer passar para os msculos uma corrente sangnea considervel, faz trabalhar o corao de maneira intensa, levando por conseguinte ao desenvolvimento de seu volume e de sua fora.

    Os processos de desenvolvimento torcico consistem essencialmente na ginstica respiratria e na ginstica de desenvolvimento dos msculos do pescoo, das costas e do peito. um processo que d notveis resultados.

    A massagem do trax, mobilizando as costelas, obrigando-as a se levantar e se abaixar sobre uma extenso cada vez maior, e forando a pessoa a respirar segundo uma cadncia adaptada aos movimentos da massagem, educa a funo respiratria, a ponto de, durante os maiores esforos, as respiraes profundas poderem ser feitas de maneira instintiva. Sendo ento uma tcnica de indispensvel conhecimento e aplicao de todo o bom massagista.

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    Questionrio de Presso Arterial (PA)

    1. Defina dbito cardaco. 2. Defina volume sistlico. 3. Qual a influencia da massoterapia na resistncia vascular perifrica? 4. Quais as possveis influncias da massoterapia sobre o Dbito Cardaco? 5. Quais as possveis influncias da massoterapia sobre a Presso Arterial? 6. Como a massagem pode afetar a presso arterial em pacientes com hipertenso

    essencial? 7. A massagem pode tanto diminuir como aumentar a presso arterial? Explique. 8. Como a massoterapia pode causar uma diminuio da resistncia vascular

    perifrica? 9. De que forma a massoterapia pode influenciar na presso arterial? Explique. 10. Como o massoteraputa deve proceder com um paciente hipertenso? 11. Preencha a Tabela:

    Tcnica ou condio Limite de PA para atendimento

    Justifique de acordo com as caractersticas e natureza das tcnicas e manobras os possveis efeitos fisiolgicos sobre DC , RVP e PA.

    Massagem Relaxante Massagem Teraputica Massagem Desportiva Reflexologia Drenagem Linftica Paciente com dor grau 7

    12 ESTUDOS DE CASO

    A. Paciente chega ao atendimento e durante a anamnese relate no ter casos de hipertenso na famlia, ao aferir a sua presso arterial, verifico que ela est elevada. Como devo proceder? Qual a tcnica mais indicada neste caso?

    B. Em uma anamnese com um novo paciente, este relata ser hipertenso e faz uso de medicamentos para a presso arterial a mais ou menos uns 10 anos, ao aferir verifico que est um pouco elevada. Como devo agir neste caso.

    C. Durante um atendimento de massoterapia verifico a presso arterial do meu paciente esta normal, mas hipertenso, ao final do atendimento verifico novamente e percebo que esta elevada aps uma sesso de tuin, o que ocorreu com o meu paciente.

    D. Paciente do sexo feminino, hipertensa, faz uso de medicao, chega na clinica para marcar um pacote de massagem esttica. Posso realizar esta tcnica em pessoas hipertensas? Se sim, como devo proceder com a minha cliente.

    E. Paciente com diagnstico de hipertenso a 15 anos , realizando avaliao nas 3 primeiras sesses de massoterapia a PA sempre esteve no valor ideal.

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    Porque o paciente no apresenta crises? Quais os cuidados que devemos ter com este paciente?

    Questionrio de drenagem linftica:

    1- De que constitudo o sistema linftica. 2- Qual a velocidade do fluxo linftico? 3-Quais as patologias relacionadas ao sistema linftico. 5-Diferencie linfoedema primrio e secundrio 6- Quais as tcnicas de massagem mais indicadas para uma gestante? 7- Descreva os efeitos da drenagem linftica em uma gestante. 8-Quais as contra indicaes da massagem para uma gestante? 9- No seu gabinete em que situaes voc indicaria drenagem linftica para um paciente? 10- Quais as indicaes da drenagem linftica? 11- Cite as contra indicaes da drenagem linftica? 12- Qual a