Apostila de Administração- 2014.2 - Prof Luciana Módulo IV

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PRONATEC/SEDUC-PI SADE COLETIVA II

ADMINISTRAO EM ENFERMAGEM NOES BSICAS

MDULO IV

PLANO DE CURSO1 DADOS DE IDENTIFICAO CURSOTCNICO EM ENFERMAGEM

DISCIPLINA:ADMINISTRAO EM ENFERMAGEM

CARGA HORRIA:40 H/A; Sendo; 02 H/A (T)

PERODO LETIVO:2015.1

1 COMPETNCIAS E HABILIDADES PROSPOSTAS 1. Discutir a dinmica do processo de trabalho na ateno de enfermagem individual, coletiva e na pesquisa, com a perspectiva de formar uma postura pessoal e profissional coerente com a cidadania.1. Reconhecer os princpios administrativos, sua influencia na estrutura e no funcionamento dos servios de sade, desenvolvendo o seu papel na unidade de enfermagem.1. Colaborar no planejamento e organizao da assistncia em Enfermagem.1. Executar o plano de cuidados de enfermagem, em conjunto com a equipe.1. Realizar o registro das observaes e prticas que constituem a assistncia de Enfermagem.1. Ajudar a estabelecer parmetros para avaliao da qualidade da assistncia de Enfermagem.1. Executar os cuidados de enfermagem observando os princpios cientficos.1. Interagir com a equipe de trabalho em prol da organizao e eficcia dos servios de Sade.1. Participar de negociaes coletivas trabalhistas.

5 BASES TECNOLGICAS Formas de Trabalho: emprego formal, cooperativas, cuidado domiciliar, contrato temporrio, trabalho autnomo, jornada de trabalho.1. Processo de Trabalho em Enfermagem: diviso tcnica do trabalho, planejamento e organizao da assistncia (plano de cuidados).1. Tcnicas e princpios de anotaes de ocorrncias e servios.1. Leis trabalhistas, contratos e organizaes de trabalho.1. Organizao, estrutura e funcionamento da Enfermagem dentro das instituies de Sade (hospitais, clnicas, ambulatrios, postos de sade, entre outras).

6 METODOLOGIA DE ENSINO6.1 O processo ensino aprendizagem dar-se- atravs de: Exposio dialogada, discusso em grupo, seminrios, grupo de discusso, estudo de caso, relatrio das temticas abordadas em sala de aula e apresentao de vdeos.6.2 Recursos didticos a serem utilizados: Data show, quadro de acrlico, pincel, aparelho de som, aparelho de DVD, Livro texto e internet.

7 AVALIAO DA APRENDIZAGEM Ao longo da disciplina sero realizadas quatro avaliaes (sendo: 02 provas tericas, 01 seminrio, alm de outras atividades). Onde sero considerados ainda considerados:1. Grupos de discusso;1. Dinmica de grupo;1. E pela participao em sala de aula.OBS: Ser considerado aprovado o aluno que obtiver nota igual ou superior a sete pontos (6,0) e frequncia igual ou superiror a setenta e cinco por cento (75%).

8 REFERNCIASCIANCIARULLO, Tamara Iwanow. Instrumentos bsicos para o cuidar: um desafio para a qualidade de enfermagem. So Paulo: Atheneu, 2005. CIANCIARULLO, Tamara Iwanow. Sistema de Assistncia de Enfermagem: evoluo e tendncias. So Paulo: cone, 2001. KURCGANT, Paulina. Administrao em enfermagem. So Paulo: EPU, 1991. MALAGN-LONDOO, Gustavo. Administrao hospitalar. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. MARQUIS, Bessie L. Administrao e liderana em enfermagem: Teoria e Prtica. Porto Alegre: Artmed, 2005. MOTTA, Ana Letcia Carnevalli. Auditoria de enfermagem no processo de credenciamento. So Paulo: Itria, 2003.LIMA, Idemilda Lopes de [et.al] Manual do Tcnico e auxiliar de Enfermagem, 6 ed. ver. ampl. Goinia: AB, 2000.RENATO, Bento et aliii Administrao Hospitalar / 1 Ed. Cultura Mdica, 1988.

9 NORMAS COMPLEMENTARES DA DISCIPLINA As avaliaes bimestrais obedecero s datas previstas no calendrio do PRONATEC, e no podem ser adiadas. Objetivando um bom desempenho acadmico, no ser permita a utilizao de aparelhos celulares durante as aulas. Os celulares devero permanecer no mdulo silencioso durante a aula. Estar aprovado o (a) aluno (a) que obtiver 75% de frequncia, porm bom lembrar-se que a permanncia do (a) aluno (a) em sala de aula, representa um dos itens da avaliao somativa. A avaliao discente pautada no Regimento Interno do PRONATEC. Para aprovao por mdio o aluno dever obter, no mnimo, mdia mnima: 6.0. Os trabalhos escritos, quando solicitados, devero obedecer s normas da ABNT.Observao: Esse plano de ensino poder sofrer alteraes durante o semestre em curso de acordo com as necessidades e adversidades surgidas no decorrer da disciplina.

SUMRIO

1CONCEITO DE ADMINISTRAO NO PROCESSO GERENCIAL DE ENFERMAGEM-------------------------------------------------------------------------------------------062UMA BREVE REVISO DA TEORIA GERAL DA ADMINISTRAO-------------------07 3 ADMINISTRAO EM ENFERMAGEM----------------------------------------------------------114 ADMINISTRAO-------------------------------------------------------------------------------------175 DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL DE ENFERMAGEM---------------------------------256 ESCALAS DE DISTRIBUIO DE PESSOAL DE ENFERMAGEM---------------------267 CONHECIMENTO DAS LEIS TRABALHISTAS-----------------------------------------------268 PUNIES----------------------------------------------------------------------------------------------329 ATRIBUIES DO TCNICO DE ENFERMAGEM DO TRABALHO---------------------3410 AUDITORIA EM ENFERMAGEM-----------------------------------------------------------------3511 RESOLUO COFEN N 311/2007-------------------------------------------------------------37 MATERIAL COMPLEMENTAR-----------------------------------------------------------------------38ATIVIDADES PROPOSTAS DE ADMINISTRAO EM ENFERMAGEM-----------------39REFERNCIAS-------------------------------------------------------------------------------------------42

1 CONCEITO DE ADMINISTRAO NO PROCESSO GERENCIAL DE ENFERMAGEM

Segundo Jnior (2010) ressalta que a administrao uma cincia multidisciplinar visto que os conhecimentos da mesma se advm e se aplica em diversas reas, no qual a importncia desta cincia nos servios de enfermagem tambm so preciosismos. Para o autor, este estudo tentou-se explorar a aplicao da cincia da administrao no cotidiano dos profissionais de enfermagem, especificamente a aplicao do conceito chave da administrao no processo gerencial do enfermeiro. Entendeu-se que os conceitos de administrao esto fortemente entrelaados com ao processo gerencial do enfermeiro. E que esses conceitos analisados, ao serem aplicados por esses profissionais eles se do de uma forma simultnea, no ordenada e variando relativamente com as circunstncias especficas de cada hospital. Para Jnior (2010) olhando a administrao como um corpo de conhecimentos organizados, esta "arte-cincia" vem ganhando espao em todas as espcies de organizaes; ainda tendo em vista que a administrao se desmembra em diversas partes, o processo administrativo embora seja visto de uma forma especfica ele est associado a todos os aspectos da vida humana, tanto na esfera profissional, quanto no familiar e no social. Tomando como apoio o fato de que a administrao se aplica em todos os departamentos da vida, a enfermagem tambm se inclui nessa globalizao. A enfermagem formada por uma equipe onde se encontra profissionais auxiliares de enfermagem, tcnicos em enfermagem e o enfermeiro que por sua vez o lder da equipe, ele tem como objetivo de conduzir os membros de sua equipe realizao de determinadas tarefas onde se espera a eficincia e a eficcia da mesma e dessa forma que se observa a administrao na enfermagem. O mesmo enfatizou sobre o conceito de administrao no processo gerencial do enfermeiro; analisando a aplicabilidade da cincia da administrao nesta esfera da sade, fazendo uma correlao teoria e prtica dos dois campos de atuao, onde o corpo de conhecimentos da primeira serve de base para melhorar o desempenho desses profissionais de sade na execuo da suas tarefas. E foi observado ainda a discusso sobre a importncia da administrao no que tange organizar, planejar, executar e controlar para o processo gerencial do enfermeiro.2.UMA BREVE REVISO DA TEORIA GERAL DA ADMINISTRAO Segundo Chiavenato (2003), a palavra administrao originou-se do latim, sendo, ad (direo, tendncia para) e Minister (subordinao ou obedincia) e tem como significado a realizao de uma funo sob o comando de outrem, ou seja, a prestao de um servio a outro. J como disciplina, Masiero (2007) entende que Administrao pode ser compreendida como integrao e coerncia entre o conhecimento das diferentes reas da atividade humana, aplicadas s organizaes, tendo em vista a sua sobrevivncia, sua eficincia e sua eficcia. E o Raymundo (2006), caracteriza a administrao como um conjunto de atividades multicientficos e multidisciplinar, ou seja, uma cincia que se aplica em todos os departamentos da vida antiga e moderna. Procurando trazer uma definio para o ambiente macro das empresas ou organizaes, Maximiano (2009), define administrao como o processo de tomada de decises utilizao de recursos para realizao de objetivos. Para o autor o processo de deciso no simplesmente tomar decises sem nenhuma estrutura, mas sim a partir dos recursos disponveis no momento da deciso. Raymundo (2006) acrescenta que administrar o processo que conduz as pessoas realizao de determinados trabalhos, pois , necessrio que exista no administrador a capacidade de influenciar as pessoas a realizarem suas tarefas. Ainda Maximiano (2004), acreditar que administrar agir, o processo de tomar decises e realizar aes que compreende cinco processos principais: organizao, planejamento, execuo, liderana, e controle (sublinhados acrescentados). Estes so os principais elementos que caracterizam a definio da administrao, o principal conceito adotado neste artigo, visto que a inteno correlacionar esta definio com o processo gerencial do enfermeiro. Demonstrar-se-, mais a frente, como esses elementos se enquadra no trabalho do enfermeiro. Segue as principais teorias da administrao:

2.1 TEORIA DA ADMINISTRAO CIENTFICA Quando se fala desta primeira corrente da administrao como cincia o destaque vai para o engenheiro norte-americano Frederick Winslow Taylor. Ele observou ao longo de sua carreira a deficincia das produes fabris, tais como: ausncia de noo clara de diviso de responsabilidades; muitos trabalhadores no cumpriam seu dever; as decises dos administradores eram baseadas em intuies e palpites; os departamentos das empresas no eram integrados, aos trabalhadores eram delegadas funes onde no possuam habilidade, dentre outras deficincias. Tendo em vista os problemas das produes fabris, Taylor achou por bem desenvolver o "estudo sistemtico e cientfico do tempo", o que consistia em cronometrar o tempo em que os funcionrios produziam determinados produtos no maior ritmo possvel. Este estudo tinha como objetivo analisar o tempo necessrio para o desenvolvimento de determinadas tarefas e o salrio correspondente, (MAXIMIANO, 2009). Ao passar dos anos Taylor observou que a questo do tempo e salrio unicamente no solucionaria o problema. Ento desenvolveu uma nova pesquisa que visava o aprimoramento dos mtodos de trabalho. Assim sendo ele apresenta uma nova concepo dos princpios da administrao de uma empresa, que so eles: Seleo e treinamento de pessoal, salrios altos e baixos custos de produo, identificao de como executar a tarefas da melhor maneira possvel e cooperao entre trabalhadores e administrao. Ainda outros aspectos foram abordos, entre eles: padronizao de ferramenta e equipamentos, sequenciamento e programao de operaes, estudo de movimentos, Convenincia de uma rea de planejamento, cartes de instrues pagamento de acordo com desempenho e clculos de custo. Aps esses estes estudos guru da teoria da administrao cientfica agregou ao seu estudo que o incentivo individual ao trabalhador atenderia o desejo do ganho material estimulando assim o crescimento pessoal, (MAXIMIANO, 2009).2.2 TEORIA CLSSICA DA ADMINISTRAO A teoria de administrao clssica foi fundada por Henry Fayol logo aps a primeira guerra mundial (1914-1917) e tem como ponto de parida o estudo cientfico da administrao. Fayol apresentou como novidade em sua poca a necessidade de um ensino organizado e metdico de administrao para formar administradores. A teoria clssica tem como estrutura a organizao; e ele acreditava que o comportamento administrativo deveria ter como modelo a organizao militar, ou seja, um sistema de hierarquizao. Onde haja uma cadeia de comando interligando as posies e definindo quem se subordina a quem (CHIAVENATO, 2003). Portanto, pode-se ver que a teoria clssica aborda a constituio de uma organizao baseada em uma cadeia de comando, pela qual existe um corpo executivo que controla todo um grupo de pessoas que hierarquicamente se subordinam.2.3 TEORIA DAS RELAES HUMANAS Na dcada de 1930 psiclogos e cientistas sociais, afirmavam que o homem s trabalha por dinheiro. Acreditavam que as aplicaes da administrao cientfica eram insuficientes para o xito profissional. Essas colocaes trouxeram resultados desagradveis como a desumanizao do trabalho, tendo em vista o modo rgido de superviso para realizao de tarefas. Os estudiosos da poca percebiam que rigidez das normas de trabalho dificultavam o relacionamento dos trabalhadores em meio ao ambiente de trabalho, (MASIERO, 2007). Na concepo de Helton Mayo, o mais importante contribuinte para a escola das relaes humanas realizou um estudo que visava em principio entender a produtividade e luminosidade no local do trabalho. Esperava-se que ao aumentar a luminosidade aumentaria o desempenho dos trabalhadores, assim como se diminusse a luminosidade, diminuiria o desempenho dos trabalhadores. No entanto ao trocarem as lmpadas por outras de uma mesma potncia notou-se a queda do desempenho dos trabalhadores levando a concluso de que o que realmente poderia levar em considerao era o estado psicolgico dos trabalhadores. Foi analisado entre outros fatores como horrio de descanso e alimentao. Porm os resultados foram diferentes do esperado, pois se notou novamente a influncia de fatores psicolgicos. Enfim foi realizado outro experimento pelo qual foi separado um grupo desses trabalhadores e colocado sob uma superviso mais branda onde foi encontrado um resultado satisfatrio, pois os trabalhadores se sentiam mais liberdade e motivao (MASIERO, 2007). Portanto com esta escola descobriu-se o "homem social" da organizao.2.4 TEORIA DE SISTEMA J na abordagem da teoria de sistema foi desenvolvida pelo Bertalanffy, que iniciou um movimento intelectual visando uma cincia unificada. Segundo Masiero (2007, p. 30) sistema seria "um conjunto de elementos que inter-relacionam de forma coesa e integrada, buscando atingir determinado objetivo". Mais tarde ela obteve a projeo definitiva a partir do trabalho de Katz e Kahn no ano de 1987. A abordagem da estrutura de sistema relaciona a estrutura (organizao) com o meio que lhe d suporte e afirma que a maneira de manter a organizao fortalecer os seus recursos humanos que a fonte motivadora da mesma. A palavra sistema est intimamente ligada com a palavra ambiente. O sistema necessita de constantes informaes vindas do ambiente, para ser analisado o desempenho de produo a fim de atingir os seus objetivos. (ARAJO, 2007). O pensamento desses autores leva a crer que a comunicao a essncia de uma organizao, visto que atravs da comunicao os diversos departamentos das instituies se interligam.2.5 TEORIA CONTINGENCIAL Uma caracterstica importante da teoria da contingncia que no se consegue sucesso na organizao partindo de um nico ponto, necessria diversidade de alternativas para encaminhar estudos, demandas organizacionais e problemas (ARAJO, 2007). Segundo Masiero (2007), Contingncia significa eventualidade, incerteza, ou seja, a teoria da contingncia aborda as diferentes formas de administrar, a forma de administrar "relativa", envolvendo uma srie de fatores, assim sendo, a maneira que uma organizao deve ser administrada est condicionada ao ambiente em que ela est inserida. O fato da teoria de contingncia considerar a forma de administrar relativa, dependendo do ambiente em que a organizao est envolvida limita o processo administrativo, pois no estabelece nenhuma tcnica padro, e por outro lado enriquece as habilidades do administrador.3.ADMINISTRAO EM ENFERMAGEM3.1CONCEITOS DE ENFERMAGEM A prtica de enfermagem uma das principais atividades profissionais da rea de sade, onde se abrange diversos departamentos de atuao. Em funo do desenvolvimento tcnico-cientfico e de sua prtica profissional, a enfermagem uma profisso que vem evoluindo muito ao longo dos anos, (SOUZA; SOARES, 2006). Para esses dois autores a enfermagem um conjunto de cincias humanas e sociais, uma profisso que vem evoluindo consideravelmente ao longo dos anos e vem sendo estudada e atravs disto observa-se uma grande contribuio de sua parte para o desenvolvimento de seu pessoal. Rothbarth, Wolff e Peres (2009) entendem que a mais importante responsabilidade do enfermeiro a assistncia em sade e tem como foco a excelncia de atendimento buscando o bem estar do cliente. A profisso de enfermagem exige de um profissional com um perfil que agregue um conjunto de caractersticas que o capacite para exercer sua profisso da melhor e mais adequada maneira possvel, sendo algumas delas: agilidade, decises assertivas, criatividade e agregao de valores instituio onde trabalha. No entanto, necessrio tambm que o enfermeiro esteja sempre buscando atualizao dos seus conhecimentos e tcnicas de trabalho, que seja capaz de atuar em diferentes campos de ao, oferecendo uma assistncia de excelncia em todos os setores em que atuar, (MARTINS et. al. 2009). Segundo Arone e Cunha (2007), so atribuies do enfermeiro: prestar ao cliente uma assistncia satisfatria e isenta de riscos a fim de passar confiana e desta forma contar com a colaborao do cliente para todo tipo e assistncia que for necessria ao mesmo.3.2 LIDERANA EM ENFERMAGEM Considerando que o enfermeiro o principal responsvel por sua equipe e tem como objetivo a realizao de determinadas atividades pelas quais depende do desempenho de sua equipe para a realizao de uma forma eficiente, entende-se que necessrio que haja no enfermeiro o perfil de lder, para que assim estimule e influencie sua equipe a alcanar os objetivos. Segundo Trevizan (2005) a palavra liderar vem do verbo ingls to lead e significa conduzir, dirigir, guiar, comandar, persuadir, encaminhar. O primeiro registro dessa palavra foi no ano 825 d.C. Os diversos conceitos ligados a ele esto ligados ao latim, ducere, que no portugus significa conduzir. Entre as dcadas de 30 e 40 a palavra lead foi adaptada ao portugus significando lder, liderana, liderar. Os primeiros estudos realizados sobre liderana tm a tendncia de classific-la como a capacidade de influenciarem seus respectivos liderados em prol de um objetivo comum, assim sendo liderana pode ser definida como o processo de coordenar e influenciar determinadas tarefas de membros de grupos variados, (PROCHNOW, 2007). comum o uso do termo liderana para definir a pessoa que est no comando, ou seja, que est frente de uma equipe e junto a ela busca um objetivo nico, (SANTOS; OLIVEIRA; CASTRO, 2006). Enquanto que Mendes (2007), liderana o processo de conduo de pessoas, a capacidade de influenciar e motivar s pessoas lideradas a realizao de uma tarefa da melhor maneira possvel de acordo com os objetivos do grupo ou da organizao. A liderana fator capaz de harmonizar a exigncia das organizaes com a necessidade das equipes. um processo que abrange todos os departamentos da vida, sejam eles familiares, acadmicos, trabalhistas, sociais e muitos outros mais. A liderana manifestada todas as vezes que aplicada a influncia sobre outras pessoas a fim de se realizar algum objetivo, (KOTTER, 2007). Segundo Kotter (2000), em quanto viso do administrador focada para o resultado final, a do lder voltada para o objetivo inicial, inspirando as pessoas a traar seus objetivos. Para Kotter (2000) o sucesso dos lideres esto entrelaados ao sucesso das pessoas ao seu redor, havendo uma atuao harmnica entre eles. Segundo Souza e Soares (2006), o exerccio da liderana uma das principais responsabilidades do enfermeiro tendo em vista que ser lder e saber administrar so condies absolutamente necessrias para o eficiente desenvolvimento do trabalho do profissional de enfermagem. Assim sendo podemos observar a importncia da realizao de liderana nos servios de enfermagem. Ainda Hunter (2004), afirma que ser lder no apenas influenciar, mas sim ter a capacidade de servir ao prximo. O autor acreditar que quando a pessoa se disponibiliza a servio de outro algum, isso causa um impacto profundo, onde a satisfao o retorno.3.3APLICAO DA ADMINISTRAO EM ENFERMAGEM Ao longo dos anos a prxis da enfermagem tem contribudo muito para o desenvolvimento da profisso o que faz com que ela necessite do apoio de outras cincias como a administrao para a sua expanso, (SOUZA; SOARES, 2006). Para Souza e Soares (2006), a administrao participativa no que diz respeito democratizao das tomadas de decises, estabelece uma melhor satisfao e aumento de produtividade no trabalho. A enfermagem busca na administrao uma cincia capaz de tornar a profisso operacionalmente racional, tendo em vista que administrao defendia como um instrumento de qualquer organizao e que pode ser aplicada em qualquer rea, (SOUZA; SOARES, 2006). Ao longo deste estudo vimos que o administrador tem como funo: planejar, organizar, coordenar, executar e avaliar os servios de uma organizao. Assim como o administrador o enfermeiro tambm exerce essa funo no que diz respeito aos servios de enfermagem os servios de enfermagem, (ARONE; CUNHA, 2007). bem verdade que em algumas ocasies tem sido necessrio que o enfermeiro resolva questes que no so de sua responsabilidade, fazendo com que ele se sinta sobrecarregado pondo em risco a eficcia de seu trabalho, (SOUZA; SOARES, 2006). Visando o acmulo de responsabilidades entende-se que necessrio que o enfermeiro/ administrador na resoluo de problemas busque no somente solues imediatistas, ou seja, curto prazo, mas tambm a mdio e longo prazo, atravs de planejamento e organizao evitando assim o acmulo de situaes problemticas e o estresse e sobrecarga do enfermeiro prejudicando assim seu desempenho.

3.4 PROCESSO GERENCIAL DO ENFERMEIRO

Segundo Weirich (2009), a gerncia deve ser entendida atribuio dos dirigentes na perspectiva de construo de um objetivo a fim de atender s necessidades da populao voltada para integralidade de atendimento. Para Pesut e Herman (1998) o processo do enfermeiro oferece outro sistema terico de resoluo de problemas e tomada de deciso. Os educadores de enfermagem identificam o processo de enfermagem como um modelo eficiente de tomada de deciso. necessrio que o enfermeiro tenha competncia para assumir a responsabilidade de gerenciar, tendo em vista que o gerenciamento de enfermagem corresponder a coordenar os servios de assistncia em enfermagem e de tomada de decises a fim de oferecer uma assistncia de qualidade. O enfermeiro deve estar sempre aprimorando suas competncias gerenciais, o que pode ser feito atravs de cursos, cursos de especializao, educao continuada, dentre outros (ROTHBARTH; WOLFF; PERES, 2009). E outro elemento importante no processo gerencial do enfermeiro a ser considerado o que Weirich (2009) salienta: uma caracterstica importante nas praticas gerenciais a incluso das relaes humanas, onde viabiliza as prticas para a administrao do trabalho de pessoas. Outro aspecto a ser salientado que no compete ao enfermeiro somente identificar a cultura da organizao e sua influncia no processo de gesto, mas tambm a compreenso de como aprendida e disseminada essa cultura pelos seus integrantes, possibilitando assim suas aes gerenciais. A definio comum de administrao como sendo o processo que inclu o administrar na esfera do trabalho do enfermeiro deve realizar diversas tarefas dentre elas temos o:1) Planejamento:planejar se consiste em arquitetar um plano, analisar recursos, criar uma estratgia para realizao de um objetivo.2) Organizao:este processo se d logo aps o planejamento e se consiste em colocar cada etapa do planejamento em seu devido lugar, ou seja, juntar as informaes e coloc-las de forma ordenada, delegar funes e atribuir responsabilidade e autoridade a pessoas.3) Liderana:aps o planejamento e a organizao, necessrio que haja uma influncia sobre as pessoas que iro realizar determinadas tarefas, motivando-as a realizarem o trabalho de uma forma eficaz.4) Execuo: o processo de realizar tarefas e consumir recursos cuja sua eficcia depende da forma pela qual a motivao e influencia foi exercida atravs do lder.5) Controle: onde se realiza o feedback da realizao de um objetivo, onde se verifica a mudana de estratgia, ou seja, a anlise do decorrer e da concluso de uma determinada tarefa. Na enfermagem, planejar e executar atividades so imprescindveis para garantir assistncia com qualidade. A funo de planejamento costuma figurar como uma das atividades desenvolvidas predominantemente pela enfermeira, dada a diviso social e tcnica do trabalho. Costuma tambm, ser associado imediatamente ao planejamento da assistncia de enfermagem ou ainda, Como uma funo das enfermeiras que desenvolvem predominantemente o processo de trabalho de gerenciamento do servio ou da unidade assistencial. A fase de planejamento do processo administrativo um elemento essencial que antecede todas as demais funes. Sem planejamento adequado, ocorre fracasso no processo administrativo, considera Marquis (2005). Desse modo, planejar pode ser considerado como uma funo proativa, necessria a todos os enfermeiros para que as necessidades e os objetivos pessoais e organizacionais possam ser alcanados. Ela se inicia medida que se determinam os objetivos a serem alcanados, se definem estratgias e polticas de ao e se detalham planos para conseguir alcanar os objetivos, se estabelece uma sequncia de decises que incluem a reviso dos objetivos propostos alimentando um ciclo de planificao. Contudo, Jnior (2010), ressalta que o papel da liderana no trabalho do enfermeiro, se concretiza a partir do planejamento, se d a organizao, execuo do trabalho, onde se podem incluir os demais dois elementos: a liderana e o controle. Essas funes coexistem no desempenho do trabalho do enfermeiro. Determinar quem faz o que e onde nas organizaes, assim como evidencia as relaes de autoridade e poder existentes entre os componentes organizacionais. A organizao um dos meios de que se utilizam as organizaes para atingirem eficientemente seus objetivos. E nesse processo o controle essencial, de horas, custos, salrios, horas extras, ausncia de doena, patrimnio, suprimentos, etc.

29PRONATEC/SEDUC-PI ADMINISTRAO EM ENFERMAGEM

4. ADMINISTRAO Sendo a administrao considerada uma rea da atividade humana, cuja finalidade principal estabelecer um ambiente em que as pessoas, atuando em grupos organizados, trabalhem eficientemente para alcanar as metas traadas pelos prprios elementos do grupo. Para Veras, as funes da administrao so:

Desenvolver planos organizacionais;

Estabelecer metas;

Agrupar as atividades afins;

Garantir liderana;

Delegar responsabilidades e autoridade;

Desenvolver linhas de ao;

Solucionar conflitos;

Tomar decises;

Desenvolver planos de longo alcance;

Manter linhas de comunicao;

Desenvolver o pessoal;

Manter a motivao dos funcionrios e propiciar a liderana.

4.1 ADMINISTRAO DE ENFERMAGEM O Servio de Enfermagem composto por um grupo de pessoas com atribuies especficas, em diversos tipos de atividades, que tem por objetivo a assistncia de enfermagem ao cliente. Este interage em todas as reas sob sua responsabilidade de forma independente, interada e com co-responsabilidade da qualidade no atendimento ao paciente, buscando atravs de tcnicas e condies ambientais solucionar os problemas eficaz e economicamente, objetivando o pronto restabelecimento do paciente e seu breve retorno famlia e sociedade.

A atuao desse servio sempre feita com responsabilidade, competncia, conhecimento tcnico-cientifica e muita dedicao. A viso da equipe de enfermagem deve ser direcionada no sentido de simplificar a assistncia, atravs de qualidade que deve ser desenvolvida no dia-a-dia, levando a prtica, por meio de providncias concretas, as relaes pessoais e profissionais de forma saudvel e compartilhando o trabalho de autogesto, para autonomia da equipe. O servio de enfermagem tem por misso desenvolver lderes capazes de servir de elo entre as pessoas e a Instituio, objetivando prepar-los para conduzir o servio com maestria, mesmo em situaes adversas e favorecendo-lhe condies para que possam prestar ao paciente um atendimento de qualidade. O servio de enfermagem organiza-se atravs dos seguintes instrumentos: Regimento Interno; Organograma; Sistema de Comunicao; Sistema de Controle; Rotinas e Tcnicas de Enfermagem.

A) REGIMENTO INTERNO DO SERVIO DE ENFERMAGEM Para Max (1998) este documento flexvel resultante de um ato normativo. O Regimento Interno do Servio de Enfermagem compe-se de:1) Finalidade: assistir o paciente integralmente, visando o ser humano como um todo, a fim de reintegr-lo sociedade, o mais rpido possvel; promover o melhor padro de atendimento, estimulando o melhor desenvolvimento tcnico - cientfico da equipe; criar um ambiente harmonioso, produtivo e desenvolver o trabalho em equipe, de forma promover um bom relacionamento profissional, entre outros.

2) Estrutura Organizacional e posio hierrquica: divide o trabalho em nveis de autoridade. Quanto maior a Instituio, maior tende a ser o nmero de nveis hierrquicos. A estrutura formal, representada por uma pirmide, organiza os nveis estabelecidos: no topo est direo, os executores ficam na base e as demais camadas hierrquicas ocupam o nvel intermedirio. O Servio de Enfermagem deve ser gerenciado por um Enfermeiro, com autonomia tcnico-cientfica e administrao prpria, que se reporte diretamente ao Diretor Administrativo.

3. Competncias dos Servios: cada unidade da Instituio deve ser responsvel pela execuo de suas atribuies, por ex:*unidade de internao (adulto-peditrica): proporcionar assistncia integral e personalizada aos clientes; controlar a movimentao dos pacientes nas unidades, atravs de um registro apropriado; facilitar os servios da nutrio e diettica, da higiene e outros na execuo de suas atividades, comunicando- lhes qualquer alterao, etc.

*servio do bloco operatrio (S.O. R.A. e CME): dar assistncia ao paciente que se submeter ao ato anestsico-cirrgico; atender necessidades da equipe cirrgica, durante o ato operatrio; registrar todas as cirurgias realizadas; receber o paciente e prestar os cuidados necessrios at sua estabilizao ps ato anestsico; receber, preparar, esterilizar, guardar e distribuir material, roupa cirrgica e instrumental, usados no CC e outras unidades, entre outros.

*servio intensivo (adulto/ peditrico): atender todos pacientes encaminhados UTI; manter a unidade preparada para atendimento de rotina ou qualquer emergncia; interagir com a equipe mdica e outros profissionais visando o melhor atendimento ao paciente, etc.;

*servios obsttricos (pr-parto, CO, puerprio, berrio e UTI neonatal): assistir parturiente e purpera, atendendo suas necessidades; verificar e controlar foco fetal; orientar a me na ateno quanto s necessidades do RN; manter UTI neonatal em condies de atendimento normal e de emergncia, etc.

*servios de atendimentos externos: - Unidade de Emergncia: manter profissionais preparados para atender urgncias, bem como atendimento prprio para o pronto atendimento; afixar escala dos mdicos em local visvel para facilitar chamadas urgentes; manter infra- estrutura local e interao com os servios complementares: exames laboratoriais, diagnsticos a fim de agilizar e facilitar o atendimento. - Ambulatrios: orientar os pacientes e ou familiares, aps consulta sobre retornos, locais de exames e outros; registrar procedimentos, nmeros de atendimento para controle da unidade e dados estatsticos mensais e anuais; auxiliar o mdico em suas necessidades, etc.

4. Requisitos Profissionais dos Recursos Humanos: a equipe de enfermagem constituda pelas seguintes categorias funcionais: Gerente do Servio de Enfermagem; Chefe de Servio; Supervisor de Enfermagem; Enfermeiro Encarregado pela Unidade; Enfermeiro Assistencial; Tcnico de Enfermagem; Auxiliar de Enfermagem.

5. Atribuies do Tcnico de Enfermagem: receber o planto, conhecendo e informando sobre todas as ocorrncias; auxiliar o mdico e executar cuidados de enfermagem aos pacientes sob sua responsabilidade; anotar os cuidados prestados e alteraes apresentadas, no pronturio do paciente; atender as chamadas dos pacientes e comunicar qualquer alterao ao Enfermeiro; atuar em unidades especializadas como UTI, RA, Hemodilise e outros; verificar o funcionamento das instalaes da unidade do paciente e comunicar ao servio responsvel sobre qualquer reparo necessrio; ajudar a prever e controlar material e medicamento para um ideal funcionamento da unidade; cooperar com os demais servios para melhor funcionamento da unidade e atendimento ao paciente; fazer registros, facilitando controles e estatsticas da unidade; executar tarefas afins.

5.1. Atribuies do Auxiliar de Enfermagem: receber o planto, conhecendo e informando sobre todas as ocorrncias; prestar cuidados integrais aos pacientes sob sua responsabilidade, de acordo com escala e distribuio de pacientes; auxiliar elementos da equipe na prestao de cuidados ao paciente; ministrar medicao via oral e parenteral, restringindo-se na aplicao de medicamentos que causem efeitos colaterais preocupantes, como Quimioterpicos e associaes medicamentosas, que exigem conhecimento especfico; controlar peso, fazer balano hdrico, entre outros; realizar curativo, inalao, nebulizao, SSVV, cuidados no perodo operatrio, aplicao de calor ou frio e outros procedimentos quando designado e sob superviso do Enfermeiro; transportar pacientes para exames e cirurgias; realizar mudana de decbito, movimentao, massagem de conforto no paciente acamado; comunicar qualquer alterao no estado do paciente ao Enfermeiro; zelar pela manuteno dos equipamentos e preparar instrumentais para esterilizao; registrar todos os procedimentos no pronturio do paciente; cooperar em todos os sentidos para o bom andamento da unidade e participar das reunies quando convocado, entre outras tarefas afins.

6. Horrio de Trabalho: o servio de enfermagem mantm planto durante 24 horas dirias nos sete dias da semana, dividindo-se em planto diurno (8 h/dirias ou 6 h/dirias = planto manh e tarde) e noturno (12 h, em dias alternados).

7. Disposies Gerais: contm informaes necessrias ao bom andamento do servio de enfermagem como: todos os funcionrios devem apresentar-se ao trabalho no horrio certo, conforme escala, devidamente uniformizados e com aparncia agradvel; devem manter conduta profissional, embasado em comportamento tico, sempre auxiliando pacientes e colegas, entre outros.

B) ORGANOGRAMA a representao grfica das inter-relaes departamentais de uma empresa ou de cargos e funes, que compem um departamento ou servio.

Fonte: Max; Morita, 1998.

C) SISTEMA DE INFORMAO O sistema de informao tem o processo de comunicao o seu principal componente. Sem comunicao, no existe trabalho, no h relacionamento humano e, portanto, no h grupo, organizao e sociedade. A comunicao est presente em todos os momentos e em todas as atividades. Entre os recursos de informao no Servio de Enfermagem esto:

Passagem de Planto;

Pronturio do Paciente;

Livro de Ocorrncias;

Comunicaes por escrito;

Ordens de servio;

Quadro de Avisos;

Relatrio Mensal e Anual.

D) SISTEMA DE CONTROLE

A enfermagem, ao longo da histria de sua prtica profissional, tem sido responsvel pela administrao do ambiente fsico das unidades nas instituies de sade onde a clientela recebe assistncia sade. Portanto tem exercido atividades referentes administrao de materiais em suas unidades de trabalho, sendo responsvel pela previso, proviso, organizao e controle desses materiais.A previso de materiais definida como um levantamento das necessidades da unidade de enfermagem, identificando a quantidade e a especificidade deles para suprir as necessidades.A proviso de materiais consiste na reposio dos materiais necessrios para a realizao das atividades da unidade, mediante o encaminhamento do impresso de solicitao aos servios que fornecem materiais. No caso so solicitados materiais para o servio de almoxarifado, farmcia, SND, lavanderia, entre outros.O controle de materiais envolve desde a quantidade (consumo), a qualidade, a conservao e reparos, at a proteo contra roubos e extravios dentro da instituio.A realizao de um controle adequado nos oferecem dados pra previso, propicia informao sobre a qualidade e a durabilidade do material, diminui extravios; de forma garantir uma utilizao adequada dos materiais, a continuidade da assistncia ao paciente e a diminuio dos custos relacionados aos materiais.

E) ROTINAS E TCNICAS DE ENFERMAGEM

essencial ao Servio de Enfermagem que as rotinas assegurem racionalizao, economia no trabalho, uniformidade na conduo do servio e melhor desempenho da Equipe de Enfermagem nas funes.Espera-se que os profissionais de todas as unidades tenham domnio das tcnicas de Enfermagem para assegurar aos pacientes um atendimento diferenciado e eficiente.Os manuais, instrumentos integrantes do sistema de informao da organizao, transmitem por escrito, orientaes aos elementos da equipe de enfermagem para o desenvolvimento das atividades.Segundo Kurcgant (1991), entende-se por manual de enfermagem o instrumento que rene, de forma sistematizada, normas, rotinas, procedimentos e outras informaes necessrias para a execuo das aes de enfermagem; tendo a finalidade de esclarecer dvidas e orientar a execuo das aes de enfermagem, constituindo-se de um material de consulta.O contedo do manual varia de acordo com a necessidade de informao existente na unidade onde ser implantado e poder conter:

Regulamento do Hospital, que tem por finalidade estabelecer como deve funcionar a instituio, explicar sua filosofia, finalidade, abrangncia de atuao, estrutura administrativa, atividades que sero desenvolvidas e por quem; Regimento do Servio de Enfermagem: contem diretrizes bsicas para o funcionamento do servio de enfermagem, especificando as disposies do regulamento do hospital; Filosofia do Servio de Enfermagem; Estrutura administrativa da instituio e do Servio de Enfermagem; Planta fsica da unidade; Descrio das funes que cada elemento da equipe deve realizar; Normas, rotinas e procedimentos relacionados ao pessoal, assistncia que dever ser prestada, ao material, etc.; Roteiros para a realizao das atividades de enfermagem; Descrio e funcionamento de equipamentos; Previso de materiais de consumo e permanentes; Quadro de pessoal da unidade; Orientaes especficas para o preparo dos elementos da equipe de enfermagem; Impressos utilizados na unidade e orientaes para seu preenchimento; Orientaes sobre os direitos e deveres dos elementos da equipe de enfermagem; Outros instrumentos que devero se consultados.

5 DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL DE ENFERMAGEM

O dimensionamento de pessoal de enfermagem a etapa inicial do processo de provimento de pessoal, que tem por finalidade a previso da quantidade de funcionrio por categoria, requerida para suprir as necessidades de assistncia de enfermagem, direta ou indiretamente prestada clientela.O pessoal de enfermagem compe cerca de 60% do quadro total na organizao hospitalar.Nos documentos bsicos de enfermagem do Conselho Regional de Enfermagem, consta a resoluo COFEN - 189, que estabelece parmetros para o dimensionamento do quadro de profissionais de enfermagem nas instituies de sade. Essa resoluo considera o carter disciplinador e fiscalizador dos Conselhos de Enfermagem: o aspecto quantitativo de profissionais de enfermagem por leito nas instituies de sade.Para o clculo do referencial mnimo para o quadro de profissionais de enfermagem, incluindo todos os elementos que compe a equipe nas 24 horas de cada unidade de servio, devem ser observados os seguintes fatores:

Caracterizao da clientela; Classificao do paciente, segundo as necessidades do cuidado (diretas ou indiretas), isto , s horas de assistncia de enfermagem, os turnos e a proporo funcionrio/ leito; Considerar como horas de enfermagem, por leito, nas 24 horas: 3h de enfermagem por cliente na assistncia mnima ou auto cuidado; 4,9h por cliente na assistncia de enfermagem intermediria; 8,5h por cliente na assistncia semi-intensiva; e 15,4h de enfermagem por cliente na assistncia intensiva; A distribuio percentual do total de profissionais de enfermagem deve observar a proporo de acordo com o Sistema de Classificao de Pacientes (SCP): - Assistncia mnima e Intermediria: 30% de enfermeiros e mnimo de 70% de auxiliares e tcnicos de enfermagem; - Assistncia Semi-intensiva: 40% de enfermeiros e 60% de auxiliares e tcnicos de enfermagem; - Assistncia Intensiva: 55,65% de enfermeiros e 44,4% de tcnicos de enfermagem.

OBS: A classificao dos clientes deve ser realizada pelo enfermeiro da unidade.

6 ESCALAS DE DISTRIBUIO DE PESSOAL DE ENFERMAGEM:

A distribuio de Pessoal de enfermagem uma atividade complexa que requer de quem a elabora preparo tcnico, conhecimento das necessidades da clientela, dinmica da unidade, leis trabalhistas e da equipe de enfermagem. Uma boa escala de pessoal a garantia de uma assistncia de enfermagem de qualidade sem nus para o paciente e para a equipe.

6.1 TIPOS DE ESCALA DE PESSOAL: Mensal a distribuio ao longo dos dias do ms. Diria objetiva dividir as atividades dirias da equipe. Frias a distribuio anual das frias da equipe.

Antes de iniciar falando sobre a escala mensal, sero expostos alguns pontos a serem considerados pertinentes com relao s escalas e leis trabalhistas.

7 CONHECIMENTO DAS LEIS TRABALHISTAS

Jornada de 8 horas dirias 44 horas semanais 2 horas excedentes (extra); Um dia (24 horas) de descanso semanal, exceto quando j previsto; Contemplar feriados civis e religiosos para os funcionrios; O trabalho noturno refere-se ao perodo de 22h s 5h; A mulher tem direito s 2h de descansos especiais para amamentao, at completar 6 meses; Para as jornadas que excedam 6h tero descanso de 1h s 2h, para repouso e alimentao (no contadas na jornada).

7.1 CONDIES EXCEPCIONAIS, SEM COMPUTAO DE FALTA: Licena doena (15d); Falecimento de cnjuge e dependentes (2d); Casamento (3d); Nascimento (5d-homens); Licenas eleitorais (de acordo com legislao) Abortos (15 dias-no criminoso); Doao de sangue (1d a cada 12 meses); Gestao (120 dias); Outros no previstos, mas amparados pela lei.

7.2 CONHECIMENTO DA DURAO SEMANAL DE TRABALHO NA INSTITUIO 30h, 36h, 40h, 44h, 12x36h e 12x60h, no podendo exceder 44h semanais. As folgas sero de acordo com as horas trabalhadas e feriados anuais.

7.3 CONHECIMENTO DAS CARACTERSTICAS DA CLIENTELA Conhecimento do funcionamento da unidade e suas particularidades. Conhecimento das caractersticas pessoais de cada elemento da equipe, de forma a evitar brigas e pouca capacitao do planto frente a adversidades.

7.4 HUMANIZAO DA ESCALA O ideal que o acesso a escala seja facultativo a todos. O funcionrio dever ter alocado, dentro do possvel, suas preferncias de folga e frias. A alocao em plantes dever ser avaliada em equipe. O rodzio de folgas importante para no haver favorecimentos. A escala dever ser disponibilizada com antecedncia para que todos consigam fazer suas atividades externas.

7.5 REQUESITOS NECESSRIOS PARA ELABORAO DE UMA BOA ESCALA Colocar o nome completo de cada funcionrio e o cargo que ocupa. Usar cdigos: M, T, N (PARA OS TURNOS). Ressaltar a escala de domingos e feriados. Evitar o acmulo de folgas, para no haver prejuzos posteriores. Atentar para o rodzio dos dias de folga nos finais de semana e para os diaristas no ultrapassar mais que 7 dias sem folga. Observar o retorno do funcionrio de frias. Dar continuidade na escala de ms a ms com base no ltimo dia. Verificar o nmero e o equilbrio da distribuio de pessoal. Estipular prazo para escolha dos dias de folga, entrega da escala na chefia e retorno ao setor.

7.6 ESCALA MENSALA escala mensal do pessoal o sistema utilizado para estabelecer o rodzio entre o quadro de funcionrios.

Esta escala se refere distribuio dos elementos da equipe de enfermagem em uma unidade, durante todos os dias do ms, de acordo com os turnos de trabalho (manh, tarde e noite). A escala mensal tambm chamada de escala de pessoal e de escala de folgas, pois nela em que so registradas as folgas, frias e licenas dos elementos da equipe.Para garantir um nmero satisfatrio de funcionrios durante 24 horas por dia, as folgas devem ser planejadas. Frequentemente a enfermeira-chefe a responsvel pela elaborao da escala mensal, podendo esta funo ser delegada a outra pessoa da equipe. Porm, a enfermeira-chefe dever supervisionar a elaborao da escala.

7.6.1 RECOMENDAES PARA ELABORAO DE ESCALA MENSAL: Colocar o nome completo de cada funcionrio e o cargo que o mesmo ocupa; usar cdigo para representar cada um dos turnos: M (Manh), T (Tarde), N (Noite), e F (Folga); Ressaltar na escala os domingos e feriados; Certificar-se do nmero de folgas correspondentes ao ms, registrando o mesmo no rodap da escala; Anotar, na margem direita da escala, o nmero de folgas que o funcionrio esteja devendo em relao escala anterior; Evitar deixar folgas de um ms para o outro, pois o acmulo de folga dificulta a elaborao das escalas; Verificar o dia da ltima folga do ms anterior, para que no haja perodo maior do que sete dias seguidos sem folga; Cuidar para que o retorno do funcionrio de frias ocorra em dia til; consultar a escala anterior para verificar o ltimo planto noturno em que o funcionrio compareceu ao trabalho no ms; Checar se h equilbrio em nmero e qualificao profissional do pessoal nos plantes; Fazer com que a distribuio das folgas dos funcionrios, em domingos e feriados, seja equitativa.

OBS 1: Logo em seguida, segue o modelo de escala mensal adotado e preconizado pelas normas estabelecidas pelo COREN e COFEN para que os hospitais pblicos, privados, as unidades Bsicas de Sade e os ambulatrios utilizem e fixem no quadro de aviso e na recepo de cada estabelecimento de sade para que os profissionais de sade e os usurios saibam quem so os profissionais escalados no planto diurno e noturno.

OBS 2: importante ressaltar ainda, que a Gerente de Enfermagem Geral deve enviar mensalmente est escala para que o COREN e COFEN e que a mesma tenha cincia de quem est trabalhando e exercendo suas funes de acordo com sua categoria profissional e se este profissional est inscrito no conselho e se um profissional habitado para desenvolver suas funes sem causar dano, seja de impercia e nem negligencia aos pacientes que esto em sua responsabilidade.

7.7 ESCALA DIRIA

Para SANCHES (2008) a escala diria tambm conhecida como escala de atividades e escala de servio, a escala diria tem por objetivo dividir as funes de enfermagem diariamente de maneira equitativa entre os funcionrios, a fim de garantir a assistncia e evitar a sobrecarga de alguns elementos e ociosidade de outros.A distribuio de tarefas pode ser feita baseada nos Mtodos de Prestao de Cuidados em uma unidade:

1) Mtodo funcionalDistribuio do atendimento, de acordo com as tarefas, s vrias categorias do pessoal de enfermagem.

2) Mtodo integralDesignao de um ou mais pacientes a uma enfermeira, que dar todo o atendimento a esses pacientes durante um turno de servio. Normalmente, este mtodo s utilizado em unidades de terapia intensiva.

3) Mtodo de trabalho em equipeDesignao de um grupo formado por alguns funcionrios da equipe de enfermagem, a fim de prestar todo o atendimento durante um turno de servio.

7.8 ESCALA DE FRIAS OU ESCALA ANUALSobre frias, a legislao trabalhista define:

So concedidas aps completar 12 meses de trabalho; A remunerao integral e acrescida de 33% pela nova lei; necessrio estabelecer critrios para concesso de frias ( recomendvel circular uma folha, na qual todos os funcionrios anotem os meses em que gostariam de estar de frias suas razes); proibido por lei acumular 2 anos consecutivos sem o desfrute de frias; Conhecer a dinmica da unidade e da instituio, evitando acumulo de funcionrios que precisam tirar frias; saber tambm sobre as frias nos meses de maior atividade e elaborar a escala de modo imparcial e justo.

30d sem mais de 5 faltas 24d 6 a 14 faltas 18d 15 a 23 faltas 12 d 24 a 32 faltas A concesso ser participada com no mnimo 1 ms de antecedncia O empregador quem decide a melhor poca. O empregado poder trabalhar 1/3, recebendo por isto. Quando ultrapassar o perodo de gozo das frias, o empregador pagar dobrada a remunerao. Os membros da mesma famlia gozaro frias juntos, caso queiram. O responsvel pela elaborao da escala dever dar a opo e escolha ao funcionrio e conhecer a dinmica da instituio de forma a no trazer prejuzo para a escala de pessoal.

8 PUNIES

Sero implementadas quando o funcionrio desrespeitar o Cdigo de tica Profissional ou as normas internas da Instituio.

8.1 Devem obedecer aos seguintes critrios:

1. Advertncia ou Repreenso verbal (2 ou 3, conforme as normas da instituio;1. Advertncia Escrita;1. Suspenso sem remunerao e1. Demisso por justa causa;

As punies precisam ser encaminhadas ao departamento de pessoal e anotadas no pronturio, com a assinatura e a cincia do funcionrio e de duas testemunhas. Se o funcionrio se recusar a assinar qualquer punio, pede-se que uma pessoa assine a punio, assegurando que o funcionrio recusou-se a assin-la.

8.2 DIREITOS, RESPONSABILIDADES E DEVERES DO SERVIO DE ENFERMAGEM

O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), representado pelo seu presidente Gilberto Linhares Teixeira adota resoluo de n 240/2000 que aprova o cdigo de tica dos profissionais de Enfermagem. Dentre outras questes importantes aborda:

8.2.1 DIREITOS- Recusar-se a executar atividades que no sejam de sua competncia legal;- Ser informado sobre o diagnstico provisrio ou definitivo de todos os clientes que estejam sobre sua assistncia;- Recorrer ao CRE, quando impedido de cumprir o presente cdigo e a Lei do Exerccio Profissional;- Participar de movimentos reivindicatrios por melhores condies de assistncia, de trabalho e remunerao;- Suspender sua atividade individual ou coletivamente quando a instituio pblica ou privada para a qual trabalhe no oferecer condies mnimas pra o exerccio profissional, ressalvadas as situaes de urgncia e emergncia, devendo comunicar imediatamente sua deciso ao CRE.- Associar-se, exercer cargo e participar das atividades de entidades de classe;- Atualizar seus conhecimentos tcnicos, cientficos e culturais.

8.2.2 RESPONSABILIDADES:- Assegurar ao cliente uma assistncia de Enfermagem livre de danos decorrentes de impercia, negligncia ou imprudncia;- Promover e/ou facilitar o aperfeioamento tcnico, cientfico e cultural do pessoal sob sua orientao e superviso;- Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe.

8.2.3 DEVERES:

- Cumprir e fazer cumprir os preceitos ticos e legais da profisso;- Exercer a enfermagem com justia, competncia, responsabilidade e honestidade;

- Prestar assistncia de enfermagem clientela, sem discriminao de qualquer natureza;- Garantir a continuidade da assistncia de enfermagem;- Respeitar e reconhecer o direto do cliente de decidir sobre sua pessoa, seu tratamento e seu bem-estar;- Manter segredo sobre fala, sigilosa de que tenha conhecimento em razo de sua atividade profissional, exceto nos casos previstos em lei;- Respeitar o ser humano na situao de morte e ps-morte;- Colocar seus servios profissionais disposio da comunidade em casos de emergncia, epidemia e catstrofe, sem pleitear vantagens pessoais;- Comunicar ao Conselho Regional de Enfermagem fatos que infrinjam preceitos do presente Cdigo e da Lei do Exerccio Profissional;- Comunicar formalmente ao COREN fatos que envolvam recusa ou demisso de cargo, funo ou emprego, motivado pela necessidade do profissional em preservar os postulados ticos e legais da profisso.

9 ATRIBUIES DO TCNICO DE ENFERMAGEM DO TRABALHO

9.1 PARTICIPAR COM O ENFERMEIRO:

a) no planejamento, programao e orientao das atividades de enfermagem do trabalho;b) no desenvolvimento e execuo de programas de avaliao da sade dos trabalhadores;c) na elaborao e execuo de programas de controle das doenas transmissveis e no transmissveis e vigilncia epidemiolgica dos trabalhadores;d) na execuo dos programas de higiene e segurana do trabalho e de preveno de acidentes e de doenas profissionais;

Executar todas as atividades de enfermagem do trabalho exceto as privativas do enfermeiro. Integrar a equipe de sade do trabalhador.

9.2 PERFIL AUXILIAR DE ENFERMAGEM DO TRABALHO

Executar as atividades de enfermagem do trabalho, sob a superviso do enfermeiro, no desenvolvimento dos programas nos trs nveis de preveno, integrando a equipe de sade do trabalhador.

9.2.1 ATRIBUIES DO AUXILIAR DE ENFERMAGEM DO TRABALHO

1. Auxiliar o enfermeiro na execuo de programas de avaliao da sade dos trabalhadores, nvel de sua qualificao;

a) observando, reconhecendo e descrevendo sinais e sintomas;b) executando aes de simples complexidade.

10 AUDITORIA EM ENFERMAGEM

Para Prado (1998) ressalta que a auditoria consiste no exame sistemtico e independente dos fatos obtidos atravs da observao, medio, ensaio ou outras tcnicas apropriadas, de uma atividade, elemento ou sistema, para verificar a adequao aos requisitos preconizados pelas leis e normas vigentes e determinar se as aes de sade e seus resultados, esto de acordo com as disposies planejadas. Atravs da anlise e verificao operativa, avalia-se a qualidade dos processos, sistemas e servios e a necessidade de melhoria ou de ao preventivo-corretiva/corretiva/saneadora.

Tem como objetivo maior propiciar alta administrao informaes necessrias ao exerccio de um controle efetivo sobre a organizao ou sistema, contribuir para o planejamento e replanejamento das aes de sade e para o aperfeioamento do Sistema.

Controle

Consiste no monitoramento de processos (normas e eventos), com o objetivo de verificar a conformidade dos padres estabelecidos e de detectar situaes de alarme que requeiram uma ao avaliativa detalhada e profunda.

Avaliao

Trata da anlise de estrutura, processos e resultados das aes, servios e sistemas de sade, com o objetivo de verificar sua adequao aos critrios e parmetros de eficcia, eficincia e efetividade estabelecidos para o Sistema de Sade.

Fiscalizao

Consiste em submeter atenta vigilncia, a execuo de atos e disposies contidas em legislao, atravs do exerccio do ofcio de fiscal.

Inspeo

Realizada sobre um produto final, sob uma fase determinada de um processo ou projeto, visa detectar falhas ou desvios.

Superviso

Trata da ao de orientao ou inspeo em plano superior.

Acompanhamento

Consiste no processo de orientao, em que o orientador mediante contato com o processo, servio ou sistema, acompanha o desenvolvimento de determinada (s) atividade (s) objeto do acompanhamento.

11 RESOLUO COFEN N 311/2007

De acordo com o site do COFEN (2007) ressalta e aprova a reformulao do Cdigo de tica dos Profissionais de Enfermagem. O Conselho Federal de Enfermagem COFEN, no uso de sua competncia estabelecida pelo art. 2, c.c. a Resoluo COFEN-242/2000, em seu art. 13, incisos IV, V, XV, XVII e XLIX;

CONSIDERANDO a Lei n. 5.905/73, em seu artigo 8, inciso III;

CONSIDERANDO o resultado dos estudos originais de seminrios realizados pelo COFEN com a participao dos diversos segmentos da profisso;

CONSIDERANDO o que consta dos PADs COFEN nos 83/91, 179/91, 45/92, 119/92 e 63/2002;

CONSIDERANDO a deliberao do Plenrio em sua 346 ROP, realizada em 30, 31 de janeiro de 2007.

RESOLVE:Art. 1 Fica aprovado o Cdigo de tica dos Profissionais de Enfermagem para aplicao na jurisdio de todos os Conselhos de Enfermagem.

Art. 2 Todos os Profissionais de Enfermagem devero conhecer o inteiro teor do presente Cdigo, acessando o site www.portalcofen.gov.br; www.portalenfermagem.gov.br e requer-lo no Conselho Regional de Enfermagem do Estado onde exercem suas atividades.

Art. 3 Este Cdigo aplica-se aos profissionais de Enfermagem e exercentes das atividades elementares de enfermagem.

Art. 4 Este ato resolucional entrar em vigor a partir de 12 de maio de 2007, correspondendo a 90 (noventa) dias aps sua publicao, revogando a Resoluo COFEN n. 240/2000.

Rio de Janeiro, 08 de fevereiro 2007.Dulce Dirclair Huf BaisCOREN-MS N. 10.244

MATERIAL COMPLEMENTAR: Para complementar os estudos acesse os links abaixo: que serviram de fixao dos assuntos abordados em sala de aula pelo docente.

SUGESTO DE VDEOS:

http://www.youtube.com/watch?v=2bishubppvohttp://www.youtube.com/watch?v=mYGtgn_8_KYhttp://www.youtube.com/watch?v=KRutDsQ9oJEhttp://www.youtube.com/watch?v=4H1K5eRvWRAhttp://www.youtube.com/watch?v=dP6YbtCjbJ4http://www.youtube.com/watch?v=jf0O60UqKqMhttp://www.youtube.com/watch?v=0xg5K-yWcXA

SITES:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_normas_auditoria.pdf.http://e.corens.portalcofen.gov.br/codigo-de-etica-resolucao-cofen-3112007

ATIVIDADES PROPOSTAS DE ADMINISTRAO EM ENFERMAGEM

ATIVIDADE 01

01. Conceitue administrao em enfermagem?02. Cite as funes da administrao?

03. Cite os instrumentos utilizados no servio de enfermagem?

04. Defina o conceito de regimento interno do servio de enfermagem?

05. Comente sobre a estrutura organizacional e posio hierrquica na administrao nos servios de enfermagem.

ATIVIDADE 0201. Cite as categorias funcionais na equipe de enfermagem?

02. Descreva a importncia do horrio de trabalho na rea de enfermagem.

03. Cite a importncia do organograma no servio de enfermagem?

04. Conceitue o sistema de informao no servio de enfermagem.

05. Cite os recursos utilizados na informao no servio de enfermagem?

ATIVIDADE 03

01. Conceitue planejamento?

02. O que administrar?

03. Descreva a importncia dos sistemas de controle no servio de enfermagem.

04. Comente a importncia das rotinas e tcnicas de enfermagem.

05. O contedo do manual varia de acordo com a necessidade de informao existente na unidade da sade e o que pode conter nos manuais?

ATIVIDADE 04

01. Qual a importncia do dimensionamento de pessoal na enfermagem?

02. Fale sobre a importncia das escalas na distribuio do pessoal na enfermagem.

03. Cite os tipos de escala de pessoal?

04. Comente a importncia das leis trabalhistas no servio de enfermagem.

ATIVIDADE 05

01. Comente sobre os requesitos necessrios para elaborao de uma boa escala.

02. Comente sobre a escala mensal e cite as recomendaes necessrias para elaborao da escala mensal.

03. Comente sobre importncia da escala diria.

04. Comente sobre a distribuio de tarefas pode ser feita baseada nos mtodos de prestao de cuidados em uma unidade.

05. Descreva a importncia da escala de frias ou escala anual no servio de enfermagem.

ATIVIDADE 06

01. Comente sobre as punies no servio de enfermagem.

02. Quais os critrios que devem obedecer as punies?

03. Cite as atribuies do Tcnico de Enfermagem do Trabalho?

04. Comente sobre os direitos, responsabilidades e deveres do servio de enfermagem.

REFERNCIAS

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