AD1 2014.2 Educação a Distância
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Coordenador: Marcos Silva.
Tutores: Flávia, Rosemary e Patrícia.
Alunos (polo São Pedro da Aldeia):
Fábio dos Santos Azevedo - 12112080073
Antonio Marcos Rodrigues Ribeiro - 12112080091
Gilmar Ercival Brand - 11212080400
Após a leitura dos comentários expostos no fórum “Superando a
Pedagogia da Transmissão” podemos afirmar que todos os alunos da
disciplina Educação a Distância tiveram uma educação tradicional onde
o ensino se dava do Professor, aquele que detinha todo o conhecimento,
para o aluno, aquele estava apto para receber todo o conhecimento.
Fica evidente, também, o questionamento com relação ao fato
de o EAD ainda não conseguir libertar-se da prática de ensino tradicional
a qual é notada nas formas de avaliações que ainda permanecem
pautadas nos modelos antigos.
Todavia, no emaranhado de disciplinas presente no curso de
Licenciatura em Pedagogia já conseguimos presenciar poucas
disciplinas que conseguem quebrar a barreira com o tradicional,
entretanto, o grande questionamento que os alunos fazem é: Porque nos
ensinam “teoria” da prática de ensino pautada na pedagogia libertadora
de Paulo Freire e na hora de efetivá-la ainda estão presos a uma modelo
de avaliação tradicional?
Não podemos deixar de considerar todo o contexto histórico que
cada geração está exposta, bem como a enorme variável que a envolve.
Não que isso sirva de álibi para práticas retrógadas, mas não podemos
julgá-las e sim buscar compreendê-las dentro do seu contexto e a partir
daí buscar rompê-la de maneira que não utilizemos as mesmas práticas
no nosso contexto.
Ao olharmos para o passado, verificamos o quão o sistema de
ensino era opressivo “professores jogavam apagador nos alunos”,
entretanto, podemos dizer que talvez pouco mudou, ou seja, a prática de
punição corporal não se faz presente, porém, a maneira como é dirigida
as aulas permanece a mesma, não acompanhando a evolução que
acontece fora da escola.
Atualmente, com o advento da internet, passamos por
mudanças muita rápidas, mudanças essas que as crianças
acompanham normalmente uma vez que faz parte da realidade delas,
porém, os profissionais de educação demonstram não estarem
preparados.
Anísio Teixeira ressalta em seu texto “como as escolas de
cultura geral do homem comum ficaram com os mestres preparados
para ministrar a cultura muito mais simples e paroquial do século
passado”, por outro lado “A Universidade conservou, a despeito de tudo,
um certo controle dessa cultura extremamente difusa e em explosiva
mudança, graças à alta qualidade dos seus professores e à vigorosa
institucionalização de sua independência e sua liberdade”.
Ou seja, temos uma universidade que segundo Anísio Teixeira
se diz mais aberta a receptividade das mudanças e ao acompanhamento
das inovações e um ensino básico que não consegue se desprender das
raízes tradicionais.
Dessa maneira o professor do ensino básico deverá estar
dotado de extrema perspicácia a ponto de poder acompanhar toda as
mudanças que ocorrem em um mundo cada vez mais globalizado
tornando o ensino prazeroso, bem como atuando como um
mediador/facilitador da aprendizagem.
A era das TIC’s tem marcado, no âmbito da sociedade, da cultura,
da economia, e outros uma nova forma de visualizar e interagir com o
mundo. Os valores, os princípios, os produtos, os processos, os
comportamentos, os instrumentos científicos e tecnológicos estão cada vez
mais globalizados a rotina das pessoas. Em casa, no trabalho, no lazer, nos
deslocamentos, nas comunicações, nos serviços e, entre outros, na
educação, o ser humano se vê obrigado a aprender, no seu dia-a-dia a
utilizar e obter os resultados que a tecnologia promete, conforme suas
necessidades pessoais e coletivas.
A incorporação crescente das TIC’s ao processo ensino-
aprendizagem, vem tornando a modalidade educacional EAD mais
extensiva em público e audiência, rompendo barreiras culturais, de língua,
de espaço geográfico, de tempo, tanto quanto vem dinamizando os modos
de ensinar e aprender, e de realizar as interações necessárias entre
"aprendiz/interface, aprendiz/conteúdo, aprendiz/professor,
aprendiz/aprendiz" (Hoffman e Mackin,1996).
Há algum tempo atrás o conhecimento era para poucos, o queos possibilitavam serem os donos do poder. mas isso mudou...
Essas mudanças contribuíram para uma sociedade formada
por cidadãos mais consciente, ativos, críticos, questionadores,
informados e participantes da sociedade. Sabedores e exerceres de
seus direitos e deveres.
“O futuro da educação está fora do campus tradicional,
fora da sala de aula tradicional”
Peter Drucker
“Em um mundo ideal, nós teremos acesso constante a todo o
conhecimento existente ... salas de aulas se formarão
espontaneamente em tempo real no ciberespaço, com pessoas
entrando e saindo constantemente ... nós poderemos aprender ou
frequentar aulas com quem quisermos, sempre que quisermos ...
nós teremos feedback de especialistas virtuais que nos
observarão e nos ensinarão ... e finalmente, aprenderemos em
nossos sonhos.”
John Seely Brown
Durante anos as formas de ensinar baseadas na Pedagogia da
transmissão, cujos alicerces são a memorização e a repetição dos conteúdos,
dominaram o cenário da educação formal. Tratava-se de práticas que pouco ou
nunca permitiam abordagens dialógicas do que se propunha a ensinar, e com
isso, diminuíam-se os espaços para a criação discente.
Com o advento das novas tecnologias da informação, tendo como
principal protagonista a internet, novas demandas foram criadas, e com isso, a
necessidade de novas formas de ensinar foram pensadas no intuito de atender
às novas gerações de aprendizes que anseiam pela interação e pelo
conhecimento.
É bem verdade que bem antes das mídias de massa surgirem,
pensadores como Paulo Freira e Anísio Teixeira já defendiam uma
abordagem educacional baseada no diálogo, permitindo a cocriação.
Onde os que ensinam também aprendem com os seus aprendizes.
Mas foi com o surgimento das mídias de massa que essas novas
formas de educação puderam ser postas em prática, modificando os
“espaçostempos” onde as mesmas se desenvolvem, transformando
assim os formatos das salas de aula e a forma de atuação daqueles que
se propõem a ensinar.
Saem as salas de aula com carteiras enfileiradas e entram em
cena novos layouts que permitem maiores interações e acesso às
tecnologias da informação. Aquele antigo mestre que era senhor e
detentor único de toda sabedoria, deu lugar ao facilitador e mediador do
conhecimento, utilizando as suas técnicas para possibilitar o
envolvimento dos alunos com os novos saberes.
Outro aspecto importante, está relacionado ao desenvolvimento das
tecnologias mediáticas e seu uso para a educação. Esse assunto nos faz
refletir sobre os porquês de essas tecnologias não terem a mesma eficiência
para a educação escolar e a formação humana, que possuem para o
entretenimento, a propaganda e o consumismo. Nos tornando escravos e
usuários passivos diante de sua vasta gama de possibilidades. Anísio Teixeira
em uma de suas obras defendia que:
“Toda essa imensa revolução dos meios de comunicação não poderia
deixar de criar, em sua fase inicial, antes a confusão do que o esclarecimento,
sobretudo porque esses meios não foram sequer conservados na posse dos
grupos responsáveis pela educação do homem, como a escrita e a imprensa,
por exemplo, de certo modo se mantiveram, mas se fizeram recursos para a
propaganda e a diversão comercializada, quando não para o condicionamento
político e ideológico do homem.”
Através das palavras de Anísio Teixeira, percebemos a sua grande
preocupação com os caminhos que a educação vem tomando frente às
novas tecnologias de informação para as massas.
Esse ilustre educador nos deixou o legado de que as escolas e as
universidades precisam se inserir nesse processo de transformação
científica que estamos presenciando, para que essa avalanche de
informações na qual estamos submetidos diariamente seja transformadaem conhecimentos indispensáveis à vida humana.
http://graduacao.cederj.edu.br/ava/mod/forum/discuss.php?d=148450. Acesso em 10 AGO 2014;
http://graduacao.cederj.edu.br/ava/pluginfile.php/191011/mod_resource/content/4/Superando%20a%20Pedaggia%20da%20Transmiss%C3%A3o.pdf. Acesso em 06 AGO 2014;
TEIXEIRA, Anísio. Mestres de amanhã. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro , vol. 40, nº 92, out./dez. 1963. P.10-19 ;
De Anísio Teixeira a Cibercultura: Desafios para a Formação de Professores ontem, hoje e amanhã. Disponível em: <http://graduacao.cederj.edu.br/ava/course/view.php?id=603>;
http://atividadecolaborativa.blogspot.com.br/. Acesso em 09 AGO 2014;
“O principal objetivo da Educação é criarpessoas capazes de fazer coisas novas e nãosimplesmente repetir o que as outras geraçõesfizeram.” (Jean Piaget)