Apostila 20

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Apostila 20 A CRIATURA Interrompemos a apostila anterior comentando que nas primeiras encarnações no reino Humano, a individualidade nascente vivencia uma pressão intensa de duas forças oponentes. (Vide figura !", apostila !#. "e um lado a força das tend$ncias instintivas pressionando para que o indiv%duo retorne &s pr'ticas, agora impr prias, dos costumes que vivenciou nos reinos anteriores. "o outro lado o irresist%vel flu)o de vida, impulsionando na direção do progresso. *este in%cio de vida individuali+ada a principal faculdade que atua nesse ciclo evolutivo de vida o sentimento de -go%smo. *essa etapaele indispens'vel. - ve amos porque. Annie Besant , a ilustre e competente sucessora de Helena /etrovna lavats1 na condução dos destinos da 3ociedade 4eos fica, portanto uma respeit'vel autoridade no assunto, em seu livro O PODER DO PENSAMENTO , editado pela-ditora /ensamento, fa+endo refer$ncia & imposição que mel5or caracteri+a o 3er, di+ que, para a 6onsci$ncia se tornar a 6on5ecedora das indescrit%veis e)peri$ncias que vivenciar', ter', antes, que convencionar um sistema que defina a posição entre ela e os corpos que usar'. Isto , definir quem quem. (/'gina 7 do citado livro#. Ve am isso numa figura. V e g e t a l 8 i n e r a l A n i m al - l e m e n t a l H um ano 9 i g . 2 0 A - : o v e r d a d e i r o c o n 5 e c e d o r 6 o n s c i $ n c i a ; - g o 6 o r p o s ; In s t r u m e n t o s d e 6 o n 5 e c i m e n t o A figura 20A nos descreve que a 6onsci$ncia o verdadeiro -u, sendo, portanto, o <nico 6on5ecedor. =s corpos usados nos difere reinos são apenas elementos de contato com am>ientes. =u se a, são instrumentos que tor poss%vel & consci$ncia fa+er;se con5ecida e con5ecer dali. 6oment'rio a respeito foi f apostila 0. Al m disso, a figura tam> m demonstra consci$ncia estimula os seus corpos lançan eles seu raio de vida, ao mesmo tempo em q por estes estimulada. /ortanto, uma via de d mãos de tr?nsito onde, ao final, todos os são >eneficiados. A 6onsci$ncia evolui com as e)peri$ncias col5idas atrav s de seus corpos, enquanto mat rias que formam estes dão tam> m um pa frente, poisque na pequene+ de seus 'tomos e)ercitam;se consci$ncias iniciantes. (9alaremos disso detal5adamente na apostila 2@#. Isso significa que entre a 6onsci corpo de que no momento se utili+a em algu de manifestação, 5' um entrelaçamento insepar'vel para que ocorra a duração da vi deste. 6onclusão se 5ouvesse alguma d<vid a 6onsci$ncia o entesupremo, formador e conservador desse con unto de que aqui se -m>ora, definitivamente convencionado quem, como demonstra a figura 20A, ac5am por m, que os coment'rios que se seguiram são suficientes para esclarecer a questão /or isso seguiremos nas informações. A consci$ncia, ou a 8Cnada, ao i e)peri$ncias no reino Humano ainda se misturada a tantas outras, igualmente sem pr pria de rumos a tomar. /ara solucionar a questão preciso do instrumento que l5e permita tomar decisões cada situação nova que as e)peri$ncias, da frente, e)igirão, pois que dela, doravante responsa>ilidades.

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De a Criatura

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PAGE A Criatura Apostila 20 Folha - 4

Apostila 20

A CRIATURA

Interrompemos a apostila anterior comentando que nas primeiras encarnaes no reino Humano, a individualidade nascente vivencia uma presso intensa de duas foras oponentes. (Vide figura 19D, apostila 19). De um lado a fora das tendncias instintivas pressionando para que o indivduo retorne s prticas, agora imprprias, dos costumes que vivenciou nos reinos anteriores.

Do outro lado o irresistvel fluxo de vida, impulsionando na direo do progresso. Neste incio de vida individualizada a principal faculdade que atua nesse ciclo evolutivo de vida o sentimento de Egosmo. Nessa etapa ele indispensvel. E vejamos porque.

Annie Besant, a ilustre e competente sucessora de Helena Petrovna Blavatsky na conduo dos destinos da Sociedade Teosfica, portanto uma respeitvel autoridade no assunto, em seu livro O PODER DO PENSAMENTO, editado pela Editora Pensamento, fazendo referncia imposio que melhor caracteriza o Ser, diz que, para a Conscincia se tornar a Conhecedora das indescritveis experincias que vivenciar, ter, antes, que convencionar um sistema que defina a posio entre ela e os corpos que usar. Isto , definir quem quem. (Pgina 51 do citado livro). Vejam isso numa figura.

A figura 20A nos descreve que a Conscincia o verdadeiro Eu, sendo, portanto, o nico Conhecedor. Os corpos usados nos diferentes reinos so apenas elementos de contato com ditos ambientes. Ou seja, so instrumentos que tornam possvel conscincia fazer-se conhecida e conhecer dali. Comentrio a respeito foi feito na apostila 10.

Alm disso, a figura tambm demonstra que a conscincia estimula os seus corpos lanando sobre eles seu raio de vida, ao mesmo tempo em que por estes estimulada. Portanto, uma via de duas mos de trnsito onde, ao final, todos os extremos so beneficiados.

A Conscincia evolui com as experincias colhidas atravs de seus corpos, enquanto que as matrias que formam estes do tambm um passo frente, pois que na pequenez de seus tomos exercitam-se conscincias iniciantes. (Falaremos disso detalhadamente na apostila 24).

Isso significa que entre a Conscincia e o corpo de que no momento se utiliza em algum plano de manifestao, h um entrelaamento lgico e inseparvel para que ocorra a durao da vida deste. Concluso se houvesse alguma dvida - : a Conscincia o ente supremo, formador e conservador desse conjunto de que aqui se trata.

Embora, definitivamente convencionado quem quem, como demonstra a figura 20A, achamos, porm, que os comentrios que se seguiram no so suficientes para esclarecer a questo no todo. Por isso seguiremos nas informaes.

A conscincia, ou a Mnada, ao iniciar suas experincias no reino Humano ainda se encontra misturada a tantas outras, igualmente sem definio prpria de rumos a tomar.

Para solucionar a questo preciso dota-la de instrumento que lhe permita tomar decises frente a cada situao nova que as experincias, daqui para frente, exigiro, pois que dela, doravante, se cobrar responsabilidades.

Para essa providncia entra em cena a fora aglutinante chamada Egosmo.

Esta outra figura, 20B, ajudar na compreenso da razo que justifica ser o sentimento de Egosmo necessrio e indispensvel nessa etapa.

No quadro A da figura temos o que se poderia chamar de indivduos iniciais. Os Elementais que estudamos nas apostilas 16 18. Destes, ainda no se pode cobrar responsabilidades pois pensam e agem em grupos sob tutela de um Deva diretor.

No quadro B aparecem os indivduos, agora, separados uns dos outros. Ao redor de cada um, foras aglutinantes formam um campo gravitacional, respectivo e exclusivo.

Essas foras aglutinantes so o que estamos chamando de sentimento de Egosmo, e o campo gravitacional, - estamos usando esse nome apenas para nossa convenincia de estudo - , se torna uma espcie de invlucro que vem de separar um indivduo do outro.

As palavras invlucro e separar as colocamos entre aspas porque denominam uma subjetividade. Isto , em realidade esse invlucro no existe e a idia de separatividade entre os seres a mais ilusria das iluses. (Desculpem a redundncia, mas proposital). Todavia, apesar da subjetividade, so indispensveis por um longo perodo da existncia inicial no reino Humano.

Prossigamos. Desse desenvolver formou-se a conceituao que a cincia psicolgica rotulou de Egocentrismos. Pela ao irradiante de tal campo, os corpos que dita conscincia, tambm chamada de EGO, vier a possuir, sero de exclusivo uso dela.

A figura 20C nos mostra que tudo que aos corpos influir convergir nica dona, a Conscincia Individualizada. Os efeitos de tudo que se originar exteriormente e vier a tocar nos corpos se centrar naquele EGO.

Sem esse magnetismo que o concentrador da Conscincia em si mesma, ela s poderia continuar a vivncia csmica desde que fosse junto a reinos grupais. Jamais viria a ser um Indivduo tal qual ns nos conhecemos.

Como toda a descrio acima apela, sobremaneira, para a imaginao, para facilitar o entendimento vejamos a seguir um exemplo comparativo numa outra figura.

A figura 20D uma tentativa para descrever porque nessa fase de formao definitiva do indivduo o sentimento chamado egosmo necessrio e at benfico.

O quadro A mostra a metade de uma laranja. A forma de representar a laranja para tornar visvel o que desejamos mostrar: o conjunto dos gomos da fruta. A laranja inteira representa o TODO de um sistema qualquer, no qual se acham encerrados incontveis indivduos. Alm disso, a palavra sistema faz subentender que h um limite. No exemplo, o limite do sistema a casca da fruta.

S para ficar bem claro, repetimos que dentro da casca, ou do sistema, se encerra um nmero incontvel de indivduos.

O quadro B, mostra uma parte daquele TODO, ou uma parte do Sistema. E um gomo da laranja. Tambm o representamos partido, no qual se v inmeras gotculas do sumo da fruta. Essa parte da figura significa: as gotculas representam os indivduos pertencentes quela diviso do Sistema, e a membrana que os envolve, dando forma ao gomo, representa, justamente, a separatividade entre as partes do Sistema. Isto , a membrana separa os indivduos situados numa partio do Sistema, dos demais situados nas outras parties.

Expliquemos: Num sistema os indivduos esto separados por classes, ou tipos, conforme os planos nos quais se encontram. Exemplo: os do plano Fsico esto separados daqueles outros contidos no plano Astral. No obstante, embora subjetivamente assim separados, o Sistema um s.

Tambm, por outro exemplo, podemos ver a membrana como divisria de regies geogrficas aqui no plano Fsico. Indivduos que habitam uma cidade e outros que residem noutra cidade. Cada cidade, em si, seria o invlucro que a membrana do gomo da laranja quer expressar. Apesar dos indivduos de uma cidade estarem, fisicamente, separados dos indivduos da outra cidade, todos, porm, habitam o mesmo planeta, num dos planos existenciais de um mesmo Sistema.

O quadro C, mostra, isoladamente, uma gotcula do sumo da fruta. Este o indivduo. Embora a seiva contida numa gotcula seja exatamente igual seiva de todas as demais gotculas da mesma laranja, para no se misturarem e se dilurem entre si, cada gotcula est encerrada numa embalagem cujo invlucro uma delicada pelcula.

E aqui vai a comparao que se deseja fazer com a descrio feita no incio desta apostila: Sendo a gotcula a representao do indivduo num Sistema, a delicada pelcula que o isola dos demais, representa o sentimento de Egosmo. Em razo dessa somatria de envoltrios que se superpem, representados que foram pela casca da laranja e da membrana do gomo, o resultado a consolidao total do Ser.

Para melhorar ainda mais nosso raciocnio refaamos a descrio acima usando de outras palavras. O sumo da fruta, usada como exemplo figurativo, o nosso EU, a conscincia ou EGO. A delicada pelcula que envolve a gotcula o sentimento chamado de Egosmo.

Nesse incio de individualizao esse sentimento se torna necessrio, como dissemos linhas atrs, para, por seu mecanismo e ao psquica, fixar naquele Ser o senso de individualidade.

Lembrem-se que ele est recm chegado dos reinos onde as criaturas l viventes no possuem individualidade, mas, ao contrrio, misturam-se anonimamente, desaparecendo no conjunto. Exatamente o oposto do que agora lhe acontece, onde se destaca dos demais por fora de sua exclusiva vontade.

Esse senso de individualidade ir, gradativamente, fora-lo a substituir os automatismos instintivos pelas tomadas de iniciativas que obrigatoriamente viro, devido ao necessrio uso da observao e comparao sobre as experincias que de agora em diante passar.

E o despertamento, no indivduo, a partir do nvel fsico, daqueles aspectos que se lhe fixaram na etapa de descenso, quando passou pelos planos tma, Bdhico, Mental Superior, Mental Inferior e Astral. Quais sejam, os aspectos Vontade, Sabedoria, Atividade, Pensamento e Sensao. Nas experincias que agora vai vivendo tem, e ter, as necessrias oportunidades de provar daqueles temperos.

Sem esta alavanca do Egosmo o indivduo permaneceria como, e apenas, animal pensante. Seria uma coletividade de annimos. Jamais individualizados, verdadeiramente. Tal qual se sucede com os gomos da laranja que espremida. Todo seu caldo, dantes separado em pequenas gotculas, volta a ser um s volume a encher um copo. Naquele volume no se distingue os indivduos que h bem pouco eram gotculas.

Nesse passo progressivo que irresistivelmente o arrasta na direo da evoluo, obscurece-se o animal que foi, e desperta o HOMEM !

Outro grande benefcio de tudo isso que, por ser o sentimento de Egosmo uma fora centrpeta, seus impulsos levam a individualidade nascente a solidificar-se em si mesma. Sem ele, como j se disse, ocorreria a possibilidade de, diante dos desafios da vida humana, o indivduo acovardado preferir diluir-se no conjunto para nele desaparecer. Alis, essa a impulso que leva um indivduo ao suicdio. Ilusria tentativa de fuga e desaparecimento, quando se sente impotente diante dos desafios.

Todavia, depois de definitivamente formada a individualidade, inicia-se no Ser outro processo desenvolvimentista. Desta vez para corrigir as anomalias causadas pelo excesso de centralizao do Ser em si mesmo, pois, neste caso, a sim, este estado de centralizao pode torna-lo perigoso para seus semelhantes. Como se trata de assunto de inquestionvel importncia, ele ser tratado ao longo das apostilas 21, 22 e 23.

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Ser que agora, aps toda essa descrio e exemplos figurativos, deu para entender ? Passemos, ento, a um esclarecimento adicional, e tambm indispensvel.

A forma conceitual que na atualidade se atribui ao sentimento de egosmo, nada se compara com a motivao justa que levou sua criao. O sentimento condenvel no o mecanismo do Egosmo de cuja conseqncia tem-se o indivduo, e que acima ficou esclarecido.

O que se condena a modalidade de procedimento do homem que, embora intelectualmente desenvolvido, teimosamente se comporta numa continuada exteriorizao dos reflexos de suas ltimas experincias nos reinos Animal e Elemental.

E essa forma hodierna se torna condenvel porque quando se juntam os reflexos do instinto animal somados ao raciocnio analtico que agora possui, temos, como resultado, uma criatura artificiosa no mal. Ou, um criminoso deliberado. No importa em que instncia atue com sua maldade e covardia. Sejam nos crimes da chamada marginalizao popular, ou nos que se apresenta como pessoa de bem, engravatado quando homem, ou em estilo socialite quando mulher.

So os executivos(as) das grandes empresas, os(as) polticos(as), os(as) governantes(as), os(as) legisladores(as). E, de fato, um (uma) criminoso(a) deliberado(a). E o requinte da inteligncia sendo usado nos planejamentos de ordem negativa. Mas essa questo veremos, com maiores particularidades, quando nosso estudo atingir a anlise do homem moderno, nas apostilas que se seguiro.

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Bibliografia

AutorTtuloEditora

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Andr Luiz/Francisco C. XavierNo Mundo MaiorFederao Esprita Brasileira

Andr Luiz/Francisco C. XavierEvoluo em Dois mundosFederao Esprita Brasileira

Andr Luiz/Francisco C. XavierLibertao pgina 60Federao Esprita Brasileira

Annie BesantA Vida do Homem em Trs Mundos pgina 62Editora Pensamento

Annie BesantO Poder do PensamentoEditora Pensamento

Arthur E. PowellO Corpo Causal e o EgoEditora Pensamento

ureo/Hernani T. SantanaUniverso e Vida pginas 59 e 110Federao Esprita Brasileira

Charles W. LeadbeaterO Plano AstralEditora Pensamento

Charles W. LeadbeaterCompndio de Teosofia pginas 13 e 19Editora Pensamento

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Edgar ArmondMediunidade pgina 14Editora Aliana

Elza BakerCartas de um Morto Vivo pginas 37, 85, 86, 93Livraria Allan Kardec Editora

Emmanuel/Francisco C. XavierA Caminho da LuzFederao Esprita Brasileira

E. Norman PearsonO Espao, o Tempo e o Eu pginas 71 e 72Edio Particular

Helena Petrovna BlavatskyA Doutrina Secreta Volume I pgs: 105-118-145-146-177-257-258-260-266-268-306-308Editora Pensamento

Helena Petrovna BlavatskyA Doutrina Secreta volume II pginas 56 e 198Editora Pensamento

Helena Petrovna BlavatskyA Doutrina Secreta Volume V pginas 69 e 90Editora Pensamento

Itzhak Bentov Espreita do Pndulo CsmicoEditora Cultrix/Pensamento

J. B. RoustaingOs Quatro EvangelhosFederao Esprita Brasileira

Pietro UbaldiA Grande SnteseLivraria Allan Kardec Editora

Ramatis/Herclio MaesMensagens do AstralLivraria Freitas Bastos

Zulma ReyoAlquimia Interior pginas 254, 255, 312 e 313Editora Ground

Distribuio Gratuita de toda a srie - Copiar e citar fonte

_______________________________________________________________________________________Apostila escrita por

LUIZ ANTONIO BRASIL

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Agosto de 2005