Ano 15 | nº 89 | dezembro de 2011 União para conquistar ... filec posse b Nova diretoria na AMB...

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JORNAL DA ASSOCIAÇÃO MÉDICA DE GOIÁS | 1 ANO 15 | Nº 89 | DEZEMBRO DE 2011 c INÍCIO b União para conquistar melhorias Chapa Ação Integrada assume a diretoria da AMG em jantar dançante. Para o mandato, grupo quer trabalhar com coesão para atender as demandas da classe médica A Associação Médica de Goiás comemorou a posse da nova diretoria, no dia 14 de outubro, com um jantar dançante na Mansão Cristal. Rui Gilberto continua na presidência para o mandato de mais dois anos. Para o médico, a medicina está em festa, pois o evento que além de ser uma cerimônia é uma grande confraternização que visou celebrar momentos especiais que ocorreram neste mês. “Em primeiro lugar, o Dia Nacional do Médico, comemorado no dia 18 de outubro. Aproveitamos a ocasião para a chapa Ação Integrada, que foi eleita na AMG, tomar posse; e ainda comemoramos a posse de José Luiz Go- mes do Amaral, ex-presidente da Associação Médica Brasileira, que assumiu hoje em Montevidéu a presidência da Associação Mundial de Medicina”, explica Rui Gilberto. Dentre os planos da nova gestão está a implantação da nova filosofia de trabalho — a união das entidades médicas, que está sendo desenhada não só em Goiás, como também em todo o Brasil. “Esse novo princípio abrange tantos os conselhos de medicina, associações médicas e sindicatos. A ideia é enfrentar Continuação pág. 2

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Chapa Ação Integrada assume a diretoria da

AMG em jantar dançante. Para o mandato,

grupo quer trabalhar com coesão para

atender as demandas da classe médica

A Associação Médica de Goiás comemorou a posse da nova diretoria, no dia 14 de outubro, com um jantar dançante na Mansão Cristal. Rui Gilberto continua na presidência para o mandato de mais dois anos. Para o médico, a medicina está em festa, pois o evento que além de ser uma cerimônia é uma grande confraternização que visou celebrar momentos especiais que ocorreram neste mês. “Em primeiro lugar, o Dia Nacional do Médico, comemorado no dia 18 de outubro. Aproveitamos a ocasião para a chapa Ação Integrada, que foi eleita na AMG, tomar posse; e ainda comemoramos a posse de José Luiz Go-mes do Amaral, ex-presidente da Associação Médica Brasileira, que assumiu hoje em Montevidéu a presidência da Associação Mundial de Medicina”, explica Rui Gilberto.

Dentre os planos da nova gestão está a implantação da nova filosofia de trabalho — a união das entidades médicas, que está sendo desenhada não só em Goiás, como também em todo o Brasil. “Esse novo princípio abrange tantos os conselhos de medicina, associações médicas e sindicatos. A ideia é enfrentar

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Uma gestão liderada pela primeira vez por um

médico fora do eixo Rio-São Paulo começou no dia

23 de outubro, com a posse do cearense Florentino

de Araújo Cardoso Filho, que vai até 2014

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Rui GilbeRto FeRReiRA I PresIdente da aMG

Estamos assistindo pasmos a uma das maiores crucificações coletivas da história da medicina goiana. Os médicos que diri-gem os hospitais públicos goianos estão sendo apontados como responsáveis por fraudes que precisariam do aval da Secretaria de Saúde para serem concretizadas. É preciso lembrar que a gestão de um estabelecimento de saúde pública é algo penoso, tendo em vista os parcos recursos destinados a ele e à burocra-cia para conseguir utilizar esses recursos na compra dos mais básicos e necessários equipamentos de trabalho.

Acreditamos nos diretores do Hugo, HGG, HUAPA e HDT, que dividem a responsabilidade com a Secretaria Estadual de Saúde (SES) por eventuais gastos indevidos de dinheiro do Fun-do Rotativo da Saúde. O argumento é que, dentro do processo de compra, qualquer gasto de emergência que dispense licitação

Pelo esclAreciMeNto dos fAtos Há algo de nebuloso na denúncia de desvios de verbas de quatro

hospitais públicos goianos. como é que médicos tão ocupados e

preocupados com a saúde da população poderiam dedicar de seu

precioso tempo a formar quadrilha e desviar dinheiro público?

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as demandas de forma conjunta”, reforça o presidente.Rui Gilberto diz que uma das principais reivindicações é a

melhoria do salário da categoria, implantado pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam). Atualmente a remuneração está na faixa de R$ 2500 para 20 horas de trabalho, sendo que o ideal seria R$ 8 mil. Outra reclamação é que os con-vênios estão com os pagamentos defasados. “Precisamos atualizar as remunerações de acordo com que os planos repassam dos para os associados”, aponta.

Ainda faz parte da lista, o Sistema Único de Saúde (SUS). As reivindicações vão desde remuneração de salário e con-dições essenciais de trabalho. “Cerca de 80% da população goiana utiliza o SUS e o sistema não pode funcionar de manei-ra deficiente”, critica. Quanto ao Ipasgo, Rui Gilberto acredita que governo esteja se esforçando para melhorar o instituto, mas o serviço oferecido está aquém das necessidades reais.

AGRAdecimentoDurante a posse, a nova diretoria aproveitou o momento

para homenagear médicos que contribuem com a socie-dade goiana. Dentre eles, o ginecologista Dejan Rodrigues Nonato que recebeu uma medalha e um diploma de honra ao mérito. “Sinto-me feliz com a homenagem, pois sempre trabalhei em prol da classe e em busca de uma solidariedade dentro da sociedade goiana”, diz.

Dejan que também foi empossado como um dos dire-tores da AMG, frisa que a Ação Integrada tem uma grande

e recorra ao fundo só se realiza com autorização da SES ou de gerentes indicados pelo secretário da Saúde.

Concordamos com o presidente do Cremego, que vê na acusação uma tentativa de transferência governamental para os diretores do hospitais da atual situação crítica vivida pelos hospitais públicos. Esperamos que os verdadeiros culpados pelo desvio de verba — se é que houve realmente — sejam encontra-dos e devidamente punidos. E que os nossos colegas possam continuar a exercer sua função, se assim o desejarem.

E como estamos chegando ao final de mais um ano, deseja-mos que este Natal traga luz aos corações desesperançados e o próximo ano seja de maior união da nossa categoria por um exer-cício profissional digno e pelo bem maior da comunidade goiana.

Feliz Natal e um excelente Ano Novo a todos.

responsabilidade em manter coesa a classe, acesa a respon-sabilidade que todos os médicos têm com seu pacientes como ética e o desenvolvimento da área científica. “A AMG assume a missão em defender todos os interesses da classe médica”, destaca.

Antônio Faleiros, secretário estadual da Saúde de Goiás, fez questão de destacar que AMG tem uma luta mais que legítima em se unir em prol da melhoria profissional dos médicos. O secretário garantiu que o governo estadual tem se esforçado para que toda comunidade profissional tenha salário mais jus-tos, carga horária adequada para que alcancem a valorização profissional. “Chegará um dia que o Dia Médico será celebrado com muito mais alegrias que reivindicações”, frisa.

André Luiz Braga, diretor-geral do Hospital Geral de Goiânia, ao ser empossado como um dos membros da atual gestão, reforçou que o momento é uma nova fase para a AMG e para todo o Estado, pois a Ação Integrada trabalhará em prol e em defesa da classe da classe. Segun-do o médico, todos os diretores — atuais e antigos — têm a consciência que a medicina em Goiás só tem a ganhar com a congregação de novos ideais e união. Com isso, haverá um fortalecimento da classe médica em torno do ideal da profissão.

Para nova diretoria, qualidade profissional está em pri-meiro lugar. “Queremos valorizar a assistência integral da atividade médica, fortalecendo os direitos que o profissional tem adquirido”, explica André Luiz.

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Tomou posse na noite de 22 de outubro, em cerimônia realizada no Teatro Municipal, em São Paulo, a nova diretoria da Associação Médica Brasileira, eleita para a gestão 2011/2014. O novo presidente da Associação Médica Brasileira, o cirurgião oncológico Florentino de Araújo Cardoso Filho, do Ceará, agra-deceu, em seu discurso, à classe médica a confiança depositada em seu nome. “Podem ter certeza de que não decepcionarei cada voto recebido. Vamos trabalhar com afinco e dedicação. Por isso, tenho certeza de que colheremos vitórias as quais deverão ser creditadas à AMB e ao seu grupo de trabalho”, destacou.

Cardoso fez questão de agradecer o ex-presidente, José Luiz Gomes do Amaral, que assumiu a presidência da Associação Médica Mundial. “Com sua enorme capacidade profissional, o José Luiz fez um excelente trabalho à frente da AMB e não será diferente agora da Mundial”, falou Cardoso, agradecendo também a oportunidade de ter integrado a diretoria presidida por ele ao longo desses últimos seis anos, atuando fortemente na luta pela valorização do médico e da medicina.

O novo presidente prometeu dar continuidade a esse trabalho esperando contar com o apoio de todas as entidades representativas dos médicos brasileiros – Conselho Federal de Medicina e Federação Nacional dos Médicos — especialmente as mais ligadas à AMB como as Sociedades de Especialidade e suas respectivas federadas.

“Prometemos dialogar com todos no sentido de fortale-cer a categoria. Com isso, transformaremos a AMB numa entidade mais forte e representativa”, destacou Cardoso. Ele também citou algumas questões que demandarão especial atenção durante sua gestão: defesa profissional; políticas públicas de saúde; emenda constitucional 29, qualificação profissional, residência médica e saúde suplementar. Por fim, agradeceu aos familiares e se emocionou, sendo efusivamente aplaudido, ao falar do pai, a quem creditou ensinamentos e valores “éticos no rumo do bom caminho”.

PARticiPAção esPeciAl nA JoRnAdAFlorentino Cardoso foi um dos palestrantes da I Jornada

do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, quando abor-dou o tema Medicina Atual e o Mercado de Trabalho. Ele conta que fez um paralelo sobre o que é ser médico hoje, desde a graduação à pós-graduação e as diversas oportuni-dades de trabalho existentes. “Fizemos um paralelo entre o

público e o privado. Abordamos a intervenção indevida na autonomia do médico que tem sido feita pelos planos de saúde e avaliamos também as dificuldades encontradas, a precarização do trabalho em vários locais, os recursos insufi-cientes, a gestão com vieses políticos e a baixa remuneração pelos serviços prestados”, explica, completando que a saúde necessita de mais recursos e não mais impostos e que é possível conseguir uma otimização destes recursos por meio de uma gestão profissionalizada.

O presidente da AMB diz ainda que somente o reconhe-cimento da importância do trabalho médico assegurará boas condições no exercício da profissão e remuneração digna, tanto no SUS quanto na saúde suplementar. Florentino garan-te ainda que ele e sua equipe se empenharão para fortalecer também a parte científica, estabelecendo uma comunicação mais próxima com as Sociedades de Especialidades. “Seremos contumazes na defesa da boa formação médica, quer na gra-duação, quanto na pós-graduação, especialmente valorizando e mostrando a importância da residência médica”, declara.

Para Florentino, difundir conhecimento, assegurando atualização profissional e ensino médico continuado, são itens fundamentais para que o médico garanta o melhor atendi-mento à população. “E é exatamente a isso que esta jornada se propôs. Foi ótimo rever amigos, aprender, conhecer melhor a realidade do Brasil e comprovar a excelência da medicina praticada em Goiânia-GO”, conclui.

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ias bAMG quer tratamento mais cuidadoso a

médicos acusados pelo Ministério Público

De acordo com os quatro ex-diretores do

hospitais públicos, os gastos feitos com

dispensa de licitação em hospitais eram

autorizados pela Secretaria de Saúde ou por

gerentes indicados pela própria pasta

Diretores de quatro hospitais públicos de Goiás foram afas-tados dos cargos após o Ministério Público do Estado (MPE) protocolizar denúncia contra 21 pessoas na 10ª Vara Criminal do Poder Judiciário de Goiás, no dia 14 de novembro. A AMG, por meio de seu presidente, Rui Gilberto Ferreira, quer que o assunto seja tratado com muito cuidado e respeito pela história dos colegas envolvidos. Ele questiona como profissionais tão ocupados “e preocupados com a saúde da população poderiam dedicar de seu precioso tempo a formar quadrilha e desviar dinheiro público?” (veja editorial na página 2).

O afastamento provocou reação dos médicos, que além de apontarem co-responsabilidade da SES nos eventuais desvios, se disseram indignados e estarrecidos com a maneira como o gover-no anunciou suas ações. Reunidos na sede do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego-GO), no dia 16 de novembro, diretores e ex-diretores das quatro principais unidades de saúde do Estado concederam entrevistas à imprensa e foram unânimes em dizer que o fundo é usado de fato para outras compras, com valor acima de R$ 8 mil, mas com a orientação da própria SES. “O problema é que este fundo rotativo é o único recurso que a gente tinha para recorrer, por exemplo, para comprar medicamentos na pandemia de H1N1, em 2009”, diz Boaventura Braz, diretor do HDT. “Todos os hospitais geridos pelo Estado usam o fundo acima do limite, fracionando as compras. Ainda é assim que está funcionando”, alega.

“Os diretores eram orientados pela própria secretaria a fra-cionar (empenhos do fundo) para compra de medicamentos. A leitura que estamos fazendo é que houve uma tentativa de transferência de responsabilidade, das autoridades para diretores”, disse Salomão Rodrigues, presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremego), que assumiu a defesa política dos médicos. “Estamos estarrecidos e assustados com a forma como o gover-nador demitiu, pelo Twitter “, disse, em entrevista à imprensa. O presidente do Sindicato dos Médicos de Goiás (Simego), Leonardo Reis, antecipou não acreditar em “ações ilícitas por parte dos diretores”, salienta.

“Já estive presente em reuniões com a ex-secretária de Saúde Eny Ribeiro em que ela orientava os diretores a usarem o fundo

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de forma fracionada, para compras emergenciais. O governo tinha total conhecimento disso”, reforçou o presidente do Cremego, que trazia à mão dois documentos, um deles de janeiro de 2011, assinado por Marconi Perillo, que revigora até 31 de dezembro o prazo de adequação dos fundos rotativos. Outro documento, a portaria 55/2011 da Secretaria de Saúde, demonstra a inteira responsabilidade da SES para indicar os responsáveis pela gestão e distribuição do fundo rotativo.

O presidente do Cremego solicitou que nenhum médico assuma as vagas que foram deixadas vagas, tomando-se por base o Código de Ética Médica. “Nós somos uma pequena parte desse processo todo e estão nos colocando como coordenadores de tudo”, ponderou Gelson José.

O MP lista crimes como formação de quadrilha, falsificação de documentos, dispensa irregular de licitação e omissão de diri-gentes. A medida é resultado da operação Fundo Corrosivo, que apurou desvios e aplicação indevida dos recursos emergenciais do Fundo Rotativo das quatro principais unidades hospitalares do Estado: Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), Hospital Geral de Goiânia (HGG), Hospital de Doenças Tropicais (HDT) e Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa).

São citados no processo do MP os diretores Boaventura Braz de Queiroz (HDT), André Luiz Braga das Dores (HGG) e Gelson José do Carmo (Huapa). Além deles foram denunciados o ex-diretor-geral do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), Salustiano Gabriel Neto, atual superintendente de Controle e Avaliação Técnica, e a ex-diretora administrativa do Huapa, Lázara Maria de Araújo Mundim de Souza, hoje superintendente de Gerenciamento das Unidades Assistenciais.

Além de Lázara, a SES anunciou em nota a demissão de Ana Maria Barbosa Miranda, diretora administrativa do HDT; Silvana Maria Graziani Braga, ex-diretora administrativa do HGG; Leonízia da Silva Santos, gestora do fundo rotativo do HGG; e Eunice Terezinha Pinheiro Coelho, gestora do fundo rotativo do Huapa. Todas são servidoras efetivas da pasta.

Os cargos comissionados exonerados eram ocupados por Jane Freitas dos Santos Oliveira, ex-diretora administrativa do Hugo; Tânia Félix dos Santos, gestora do fundo rotativo do Hugo; Adail-ton Silva, do setor financeiro do Hugo; Telma dos Santos Sousa, gestora do fundo rotativo do HDT; e Eliane Tomé de Camargo, auxiliar administrativa de Compras do Huapa.

O relatório do MP diz que esquema de fraudes no Fundo Rotativo da Saúde pode ter desviado R$ 18 milhões dos cofres públicos e que, dos 300 procedimentos analisados pelo MPE, cerca de 90% foram feitos de forma irregular. O secretário An-tônio Faleiros (PSDB) anunciou exonerações de auxiliares e deu um prazo para diretores e superintendentes apresentarem defesa.

A prática de exercícios físicos em pacientes cardiopatas é essencial para um melhor tratamento de diversas situações clíni-cas que podem comprometer a sobrevida dessa população. Menores taxas de mortalidade têm sido amplamente descritas nos coronariopatas que praticam atividades físicas regulares.

Podem-se levantar dúvidas quanto à segurança de se submeter um indivíduo cardiopata a exercício. A verdade é que a re-alização de atividades físicas, em programas de reabilitação cardiovascular é extremamente segura. Estudo de 1986 realizado com 51.303 pacientes demonstrou uma frequência de paradas cardíacas de 1 para 111.996 participantes/hora aula.

Outro aspecto a ser considerado diz respeito ao desenvolvimento dos profissionais envolvidos no processo de reabilitação cardíaca, que devem receber treinamento em técnicas de suporte básico de vida, além de ter disponíveis materiais para aten-dimento de emergência como o desfibrilador externo automático.

A prescrição de exercício físico deve ser realizada de forma individualizada e criteriosa, de forma a proporcionar efeitos benéfi-cos para o paciente. Os programas de reabilitação cardiovascular devem privilegiar atividades como caminhada, corrida, natação e ciclismo, em intensidade que deve variar de leve a moderada. Com relação à frequência de realização, o ideal é que sejam realiza-das de três a seis sessões semanais, sempre preferindo dias alternados. Cada sessão deve durar de 30 a 60 minutos, em média.

Mudanças no estilo de vida, incluindo aí a atividade física regular e a melhora da dieta, são benéficas na população cardiopata. Demonstrou-se regressão da aterosclerose em pacientes seguidos em ambulatório, com 50% menos eventos cardiovasculares no grupo que fazia exercício.

Com base nos dados apresentados, o encaminhamento do paciente cardíaco a programas de reabilitação cardiovascular deve ser realizado pelo médico, sendo as evidências científicas claras no sentido da proteção cardiovascular proporcionada pela prática regular de atividade física. A simples orientação para realização de “caminhada”, feita em consultório, não basta para que se proporcionem os benefícios decorrentes do exercício.

BeNefícios dos exercícios físicos PArA cArdioPAtAs

É preciso estar ciente de que a simples caminhada não basta. A prescrição

de exercício físico deve ser realizada de forma individualizada e criteriosa

Prof. GiulliAno GARdenGhi | Coordenador téCnICo do InstItuto MovIMento reabIlItação esPeCIalIzada, fIsIoteraPeuta doutor eM CIênCIas Pela faCuldade de MedICIna da unIversIdade de são Paulo (área de concentração: cardiologia)

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