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ANNO III N. 122 mmmsmsi L¦ ^S^^^&^. ^*^íWÇiiltcrrnvP-CA PUBLICA-SE ás terças, quintas e sabbados (não sendo dia santo.) PROPRIEDADE DE ACTOMO HAXIMIÀM)MORANDO, ww_._l>or 3 mezes, 1^800.—Avulso, 40 rs.- Annuncios aO^ròorVinha. - Vende-se e assigna-se na rua do Ouvidor N. 158. ST As assiguaturas serão pagas adiantadas, - Aceita-se qualquer arligo gracioso e critico, grátis, não sendo politico offensivo â moral publica;, igos con. urgência, pagarão 40 rs. por liuha, seudo responsáveis seus autores ^^£títt\ RÍÕ^IÜÃNKÍÍ^^* »B NOVEMUUO DE 1852. SgYISITA DAS PRlMlMUsg^ licença priminha ? Seja bem vinda, priminha ingrata, tenho estado com bastante cuidado em você ; uão recebeu o meu Ll Recebi sim , amorsinho. e desculpe não ter vindo lia mais tempo. Se está zangadinha comigo, um abracinho para fazermos as pazes. _ Jilardavão essas seducioras expressões . ve- una elle.... Bntão como passou? Mi d*ga, dlv.rtio-se muito . foi á Kegala OU ás Corridas ? -O- gentes, pois não sabe que as Corridas forao transferidas? Apenas vi um pequeno ensaio dellas, no sabbado alarde...m , Zwe bom goslo , ir ao Prado, lão longe, para ver um ensaio; que paxorraasua. _ Pois enganou-se, não passei do Largoide S. Francisco de Paula, onde moilas pessoas virão tou- rlntaos dc palanque , como se costuma dizej; -AM vem alguma caçoada das suas. Coute-me o que vio priminha "^r___————_ FOI.METIHI O TESTAMENTO TALSO OU~ MARGARIDA. CASANDO CONTRA VONTADE Nova funesta. (Continuaçãodo n. 121.) Manoel Luiz, percebendo que ião dausar, levau- inn.se e dirigio-se a Margarida. Ê offereceu-lbe o braço, que cila aceitou sem pro- nunciar palavra, neui ao menos se dignou de enca- "«enrique ergueu-se, e um amigo velo lbe bater uo hombro. ²Então; vamos?„_„_ a™** _ OU : è verdade, disse Hcurlquc, cu uao danso agora. ²E como ha de ser isso ? ²Was dausarás com o senhor, e servlr-lhe-bás dc vis-a-vis. O que vi ? Uma falta de respeito , um abuso Intolerável; cu lhe conto. Atravessava eu o Largo de S Francisco de Paula , serião cinco horas da lar- de, e vi muita gente parada; perguntei o que era , e respondêríuwue - é um Inglez queasseutou fa- zer deste Largo, Prado Flumineuse - ri-me bastan- te da resposta, e por causa das duvidas , fui trepan- do pelos degráos do adro , para observar o desaforo do tal Sr.das corridas, n'utn logar de tanta passagem. Olhei, e vejo um carro lão pequeno., talvez a sua cadeira ue balanço seja iimi«» , guiado por nous foí^eavallos, dcstUue levan.ão as pata*i aiioa altura: dentro ia uu. Inglez lodo repimpado, verme- fho como um pimentão , com terrivel cbico e mane- "do com toda a destresa sobre os laes bichinhos. e ó dtoe X _ eu quero mata estas cavalias-pala- vrfs não erão ditas? vejo virar o calhambeque com anta dureza Vdaineima fórma que no*, despejai f^ríuM carga <le arêa. e o tal Bretão foi dando Xo costado no chão, Infelizmente cahio b,m. os assobios* algazarrapariiâo de toda a parte, os ?aX Soa toda a brida pelo largo.em fim era W perfeito inferno. O inglez ganha animo, e ten- -Sim. Sr. Silva, disse Manoel Luiz,sirva-me de aviso, que en disso pesco muito pouco. Oue diabo de lapoz é este, Henrique ? ²Caluda í E' o noivo de... Henrique approw- mnn.tip e fallou-lhe ao ouvido. MargarS ouvio perfeitamente o seu nome, e C°Tòra temos conversado, disse íilva voltando-lhe "SSUt^Cpara todos os lados ífíÇS falU.senhor? perguntou Henrique? ²o avise» ²Aqui estou eu. ²Uas não tendes dama» ;5ili fácil acba-la { não ba senhora que não ine queira para seu cavalheiro, ²Pois eulão arranje-se. Ileurique deixou-o. Margarida guarddu o maior silencio pira com seu cavalheiro.. lendo a contradansa começado, Henrique foi oc- cuparo U,gar que lhe compelia, enfrente de Marga- rida.

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ANNO III N. 122mmmsmsi ¦ ^S^^^&^.

^*^íW ÇiiltcrrnvP-CA

PUBLICA-SEás terças, quintas e sabbados

(não sendo dia santo.)

PROPRIEDADE DE ACTOMO HAXIMIÀM)MORANDO,

ww_ ._l>or 3 mezes, 1^800.—Avulso, 40 rs.- Annuncios

aO^ròorVinha. - Vende-se e assigna-se na rua do Ouvidor N. 158.

ST As assiguaturas serão pagas adiantadas, - Aceita-se qualquer arligo

gracioso e critico, grátis, não sendo politico o« offensivo â moral publica;,

aí igos con. urgência, pagarão 40 rs. por liuha, seudo responsáveis seus autores

^^£títt\

RÍÕ^IÜÃNKÍÍ^^ * »B NOVEMUUO DE 1852.

SgYISITA DAS PRlMlMUsg^Dá licença priminha ?— Seja bem vinda, priminha ingrata, tenho estado

com bastante cuidado em você ; uão recebeu o meuLl

— Recebi sim , amorsinho. e desculpe não tervindo lia mais tempo. Se está zangadinha comigo, dêcá um abracinho para fazermos as pazes.

_ Jilardavão essas seducioras expressões . ve-una elle.... Bntão como passou? Mi d*ga, dlv.rtio-semuito . foi á Kegala OU ás Corridas ?

-O- gentes, pois não sabe que as Corridas foraotransferidas? Apenas vi um pequeno ensaio dellas,no sabbado alarde... m ,

Zwe bom goslo , ir ao Prado, lão longe, paraver um ensaio; que paxorraasua.

_ Pois enganou-se, não passei do Largoide S.Francisco de Paula, onde moilas pessoas virão tou-rlntaos dc palanque , como se costuma dizej;

-AM vem alguma caçoada das suas. Coute-me o

que vio priminha ^r___————_

FOI.METIHIO TESTAMENTO TALSO

OU ~

MARGARIDA. CASANDO CONTRA VONTADE

Nova funesta.(Continuaçãodo n. 121.)

Manoel Luiz, percebendo que ião dausar, levau-inn.se e dirigio-se a Margarida.

Ê offereceu-lbe o braço, que cila aceitou sem pro-nunciar palavra, neui ao menos se dignou de enca-"«enrique

ergueu-se, e um amigo velo lbe bater uohombro.

Então; vamos? „_„_ a™**_ OU : è verdade, disse Hcurlquc, cu uao dansoagora.

E como ha de ser isso ?Was dausarás com o senhor, e servlr-lhe-bás dc

vis-a-vis.

— O que vi ? Uma falta de respeito , um abusoIntolerável; cu lhe conto. Atravessava eu o Largode S Francisco de Paula , serião cinco horas da lar-de, e vi muita gente parada; perguntei o que era ,e respondêríuwue - é um Inglez queasseutou fa-zer deste Largo, Prado Flumineuse - ri-me bastan-te da resposta, e por causa das duvidas , fui trepan-do pelos degráos do adro , para observar o desaforodo tal Sr.das corridas, n'utn logar de tanta passagem.

Olhei, e vejo um carro lão pequeno., talvez a suacadeira ue balanço seja iimi«» , guiado por nousfoí^eavallos, dcstUue levan.ão as pata*i aiioaaltura: dentro ia uu. Inglez lodo repimpado, verme-fho como um pimentão , com terrivel cbico e mane-"do

com toda a destresa sobre os laes bichinhos.e ó dtoe X _ eu quero mata estas cavalias-pala-vrfs não erão ditas? vejo virar o calhambeque comanta dureza Vdaineima fórma que no*, despejai

f^ríuM carga <le arêa. e o tal Bretão foi dandoXo costado no chão, Infelizmente cahio b,m.os assobios* algazarrapariiâo de toda a parte, os?aX Soa toda a brida pelo largo.em fim eraW perfeito inferno. O inglez ganha animo, e ten-

-Sim. Sr. Silva, disse Manoel Luiz,sirva-me deaviso, que en cá disso pesco muito pouco.

-¦ Oue diabo de lapoz é este, Henrique ?Caluda í E' o noivo de... Henrique approw-

mnn.tip e fallou-lhe ao ouvido.MargarS ouvio perfeitamente o seu nome, e

C°Tòra temos conversado, disse íilva voltando-lhe

"SSUt^Cpara todos os ladosífíÇS falU.senhor? perguntou Henrique?

o avise»Aqui estou eu.Uas não tendes dama»

;5ili fácil acba-la { não ba senhora quenão ine queira para seu cavalheiro,

Pois eulão arranje-se.Ileurique deixou-o.Margarida guarddu o maior silencio pira com seu

cavalheiro. .lendo a contradansa começado, Henrique foi oc-

cuparo U,gar que lhe compelia, enfrente de Marga-rida.

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ociona vingar-se dos cavallos , querendo novamentemetle-los no carro, sem haver um inspeclor ou pa-trulha que disto soubesse. Nesle inlerím , passavapor alli o fiscal Rocha, homem pouco affeclo a corri*das, principalmente no centro da cidade ; e prohibéque o Inglez continue a fazer correr o carro. O Iu-giez, mostrou cara de gato ao Fiscal, e dispunha-sea continuar; poréin o Fiscal Rocha que não é paragraças, foi lhe dizendo, muito politicamente que secontinuasse, passaria peiodesgosto de ir alé á cadea.O Inglez (que ne.la oceasião entendeu bem a linguaportugueza) foi metlendo a violla no sacco e retirou-se sem mais aquella ; e o povo ficou satisfeito, purier o Fiscal praticado umserviço digno de todo olouvor, evitando assim que alguém licasse pisado, esujeito ao capricho de uni lioinom que pouco casofazia do lugar em queso achava.

Vão lá cm Inglaterra correr assim no centroda cidade. Fez o Fiscal muito bem, Deos o ajude.

Mis olhe, priminha,!) Inglez depois pouco casofez, foi árua Nova do Ouvidor tomou oulros cavai-los, e lá se foi com os diabos, não sei para onde.

Que homem teimoso, priminha Seria bom quea autoridade competente olhasse para estes e oulrosabusos que todos os dias apparecem, porque d'a.quia pouco lião podemos andar por essas ruas.

No sabb.ulo á noite lambem aconteceu nm casomuito interessante, ouvia-se uma gritaria muito grau-(je — pega iadião, pega ladrão —segundo se dizia,cra um preto que tinha furtado um chapéo de sol.Foi agarrado no largo de S. Francisco de Paula,um preto que ia correndo com um chapéo, e to-dos dizião que era aquelle, foi preso, c elle paraobter soltura usou desta estratégia; perguntado setinha sido elle que tinlia roubado o chapéo, disse—Ku nada furtei senhores, este chapéo tomei-o da mãodo la d rão que vai correndo, e fiquei com elle paraõ entregar ;i suu iio»o p.noce que riésia iwmui.aqueria illudir o dono do chapéo e os pedesUcs queo Ihilno prendi lo . ! Poréin foi alé á cadèa.

Você hoje tein -me contado casos bem iuteres-sanles; se não enlra ahi algum carap.;lão....

Fallo verdade priminha.—Então diga-me, sempre foi ao baille da Sylpliidc?

Assisti no sabbado a essa concorrida e brilhau-té reunião, cada vez em mais progresso.

ú que tal priminha, coule-ine ludo, toda cu sou•ouvidos para a ouvir.

Que lhe poderei dizer desse baile, verdadeiranbobcd.i em que repercutem sempre os mesmos epacientes cchos ? Pintar-lhe um loilclc mais ou me-

nos bello, uma ou outra moça a quem a naturezadotou de inimensas graças; fallar-lhe de um dandy(mas não de tres ou quatro com calças de casemirade xadrozj fogoso na dausa, como Laconle, ou en-thusiasta na musica como Paganini ? Tudo isto sãocousas já sabidas. Dizer-lhe que esta sociedade temcerto náo sei que, para chamar ali muita moça bonita,já não é novidade ; cmíim dizer-lhe que :

Nympha sympaliiica e bellaQne de Emilia o nome lem,Não só ein mim imperouImpeiMu em mais alguém.

Tambem CarlotaBeija engraçada,Em muitos peitosFicou gravada.

—Qne é isso priminha, vai elogiar a Iodas as moças?Ainda me falta uma.

De Leonor o semblanteJá me havia fascinado,Minha estima augmentuuO seu dansar delicado.

—Basta, priminha, você hoje está com vela poética?—Ainda eu uão lhe contei que conversei com uma

moça muito engraçadinha, sp não me engano é Auicliao seu nome ; veja se a conhece pelos signaes:

A voz maviosaBella expressão,Palpitar fazUm coração. '

Voce não acabará (ngarella. Ali diga chegou acasa com muita cli uva ? logo que ella principiou acahir muitas vezes me lembrei de você.

Cheguei a casa enxutinha, graças aoofíereci-menlo de unia famjliáquc Ure cedeu seu carro.

Foi o (pie lhe valeu, se hão havia de soffrer demim uma repreiieusãosinha. Ein tempo de chuva nãodeve ir a bailes, pó le haver uma doença com a mo-lhadclla c dar-me esse desgosto.

boas, mesmo eu sou lolh ir nesses dias a pé.Apropozito de desgostos. Na segunda feira aomeio (liai partio da Praia de D. Manoel uma barca,não me lembra o nome, muilo bem pinladinha porfóra e por dentro ; e qual não foi o espanto dospassageiros quando chegarão ao Botafogo, para \*lva Regala, acharem-se lambem pintados, por se teremsentado nos taes banquinhos, que não deixarão en-chugar, com a pressa que tiverão üe pôr a barca a

üm susurro lavrou por todos os dansautes; todosos olhos se oecupavão do par de Henrique, da bellaescolha que elle fizera.

Era a sua dama uma horrenda velha, e ManoelLuiz mordia os beiços de raiva pelo bom aviso quelhe dava o bom do moço.

Então, senhora, disse Henrique passando porMargarida no chaine-anglaisc, nada perdemos.Certamente, antes visa-vis que par.Mas o Manocl Luiz é que se está mor deu do deraiva.

Onde fostes desencavar essa bruxa, Sr. doutor?E uma noiva para elle.Diabo ! murmurou Luiz, se eu soubesse disso

não d a usava.E estendeu as mãos para Margarida ; cra um tour

de mains.Que mãos de ferro lem esse homem, observou

M«i'garida.Dansa com garbo, ajunlou Henrique offere-

condo a mão esquerda a Margarida no ehaide dedaaic; lliai como dá com aquçligs coiuvcüy^ u íuúUj

de caixeiro de taverna que anda pela rua ás pressas.Senhora, disse Mauoel Luiz, haveis de consen-tir que tire as luvas, que estão todas rolas.

Ora, essa era boa, respondeu Margarida, poisnão vê les que os vossos calos rasgarão as minhascomo já rasgarão as vossas ?

Sois muito ríspida, D. Margarida, mais paramim que para um certo sujeito...

Pois sabeis disso ?Sei que...Ora dizeiHenrique...Acabai.Fmprcgais oplimamente o vosso tempo.E não faço bem ?Sim, porque ignorais quem elle seja.Outro tanto diria elle de vós se eu vos amasse,

não sei se com mais razão.Se eu vos amasse, repetio çllé entre os dentes.E para que essas rivalidades?Se elle não fosse um intrigante.

Continuou a dansar. [Continua.)

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O'rn. bar dinheiro, em prejuizo dos passageiros; per •

oerão se muito bons vestidos, algumas calças &.c. &c^eo tal pintor de meia cara, devia pagar as percas qulipuverão ; não faz idéa o desgosto em (fue ficara0muitas pessoas, entrarem para a barca com roupa dtíuma côr, e sahirem delia com duas!!

Não fossem lá; já fazia idéa da tal Regata.Boa ou má priminlrá ?Má, pois dá-se maior desaforo, caçoarem com

o povo que eslava ein terra que nada virão, gastandotanto dinhero em carros, seges, cabriolets, cavallos&c. &c. Sabe o que me lembrou este logro primi-nha, quando me contarão ? — Uo homem das botasde cortica em Lisboa, que devia atravessar o Tejo, eninguém o vio. - Ali foi o mesmo, abalou-se tanta

geiue para não verem nada. isto é, os que esliveraocm lerra. O que se lomou muito interessante, foifa-zerem os taes annuncios sen» dizerem — A Regatasera só para os que estiverem no mar— era um favorque fazião, e assim não enganavão talvez oito, ou dezmil pessoas, que esperavão vôr as corridas dus botesperto da praia, e não em uma distancia, que se pre-cizava de occulo. Em fim muito pacifico é o nossoPovo, priminha. .. , , , .

Estou adimirada ! Como vocô ja sabe de tudo,priminha! Quem lhe contou?

Ys nossas visinhas que nada virão, e gastarão,,'um carro, quarenta mil réis, ainda hoje chorãoseü dinheirinho, que tanlo lhe custou a gauhar emn.sluras. bem diz o Mercantil* *.

i- o que diz essa folha, priminha?Ah; você não tinha lido? Pois vá ouvindo :

« Fomos a itoma, não vimos o Papa ; fomos a Bo-tnfago, não vimos a líeirata. O Papa eslava enlao fu-

cido, e quando em Roma nem sempre e visível;

jusiillcaçlio mais <|.ie plausiv.l |tnra o logro quejeváinos. \ W-tói porém fez-se no logar indicado,o Sacco de Botafogo; ali vimos vapores, botes, lanchas,novo como formiga, rarros, cavalleiros, cabriolets,«mlim, tudo quanto lá havia, menos os boles do

PaNSÒ mercri! a população «lesta capilal ser tratada

ro.» lauto <lesp. «•/,.. v.*dai.do-se o gozo ^w£meutoáos queeslavãoen. terra, para oque formou-stuma liuha !le vapores, falúas e boles (le urn^o.ou onouto em que estavão as baliSas, ordenando* se qutco • esseu. os boles «Io lado do ...ar, pira qne quemestimseeni lerra uada pu-lcsse ver, e «M|üesle divertimento. Agora te.ubra-nos que (. h , Ma

quês Lisboa dirigia ..... dlv,rl.me..lo ,*.lo, axtnU < «

uma sociedade particular; que portanto estava em

seu direito vedando o aos que uao erao sócios . e

assim temos es< ripto sem razão.Pois eu priminha, vi ludo muilo a meu gosto ,

todos os escaleres das apostas passarão bem pertode nós

Então alugou bole? o*^ w«ni<._ Não, loime olTe.eci.lo pelo Sr. capi ao-tenente

Silva, o seu escaler, que aceitei de muito bonigra,Io,

e üvé por companhia sua amável família a quem ii-

q, èi sumamente agraílccUia palas »«*W«-neirase modo jovial com que me trala.ao.^A laiue

Jl,"i mim foi de muito praier; a viagem fo. de 2,

minutos do Pharoux a Botafogo.

Navegámos perto «le terra, e **»f™™ ° g|

inenâo novo, que existia pela praia adiante, ( e que

,ie .mu»»*. esc..b*res qu; eslavao e. f.u.te lo

Vapn.ylé (íuerra Recife. o«We ^^'^".S.,

''

,„,;„.„• * m sitido e outraspessoas -le ¦ lulng* •

üm tiro de peca. do culer Narc^ <»»« *e a(,,«lxa

jà&S M,rro*ieS. João, donde snl.iaoos es ale^

auuunciavão sua partida. O; pr.qiei qsecaleiu ue

se apresentarão i cor*er;fo.3o>: O uuauabdta. Hu-

perntriz, c Luzitana, este ultimo foi o vencedor. Se-guirão-se depois outros muitos escaleres, fazendo ototal de oito paréos. Era noite fechada finalisou esledivertimento, n^o havendo por isso vencedor dosvencedores,

Todos os escaleres diri&Mo-.se ao Vapor onde seachavão SS. MÁ., e o Sr. MarquesXisboa, classifi-cando de mais velozes o Luzitan*, do club porutguez,que ganhou grande vantagem sobre seus adversa-rios; assim cornou. George* doclub inglez, pre-mioua cada um dos patrões destes./escaleres comum vaso de prata dourada. Eis-aqui priminha, emresumo o que se passou iia Regata.

— Estou satisfeita primíu^a, e que mais tem acontar-me ?

-Uma acção digna de todo o elogio, praticada poralguns moços muito attenclozos que se achavãoperto de nós abordo de um culer Inglez; tudo rapa-ziada do tom, que se dignarão offerecer cerveja,vinho e refrescos, ás familias que ficarão junto ásua embarcação, as maneiras delicadas e modo at-tenclozo com que tratarão a todos não se pode des--.crever, são dignos dos maiores elogios. Emfim abordo deste culer nada faltava, e a sua mesa erafranca. Soube depois que quasi Iodos estes moçoserão caixeiros ou guarda livros de casas inglezas, e

portuguezas.Partimos deste lugar tão appreciavel depois de

Ave-Marlas. Se a viagem para la foi rápida, para camuito mais foi; porque viemos sempre cm p90ll.vua.daaposta, passando a todos os escaleres, Lotes,e faluasque se nos apresentavão na frente. O nosso escaler,podia dizer-se , que era tripulado pela ilòr da ma-ruja brasileira; o patrão attenciozo e bonila hgura, cos marinheiros rapazes desembaraçados e valentes,manejando com toda a destreza seus remos, quepara elles era um palito, Pena foi este ..escaler uaoer entrado nas corridas. Emfim chegamos ao Pha-

roiix sema menor novidade, onde desembarcamos.O Sr Silva dignou-se offerecer-me sua casa, onde liamuito bem recebida, tendo o immenso prazer de

cumprimentar sua mãi, scnbora merecedora de todaa estima, pelas maneiras attenciozas deque é dotada;assim con o a Ili.n.' Sr. • D.Clara, digna espoza desle

bello oflicia., e suas manas. Finalmente retirci-mccom saudades desta familia. t

A- Assim pòJe-se ir vôr a Regala, priminha.Quaudo haverá outra ?

Segundo dizem, no Sabbado. Todos os capi-lãcs de navios, de combinação, apresentarão esse

divertimento em melhor ordem, que ^P|>1"»^-nhores; que tão criticados tem sido, e sei ao, pelonovo que não era merecedor de tal caçoada.

Veremos isso, priminha, faço lençao de ir.

O' centes, como é tão tarde 1 E eu aqui comtanta costura por acabar. Vall.a-mc Deos. »^ulpe-

priminha, contar-lhe-hei mais alguma couza paia 4ouira vez. Adeos, adeos.

Adeos priminha, sonhe comigo, já vio ?

COlUiESPOiNDENCU

Sr. Redactor. - No seu n. 121, apparece um rao

ladrando, sem saber como; e como nao Pastamos at-

„.,„:,.. a cães leprosos, nem os.tlesejamns er, nos

„,„,„:- ao nosso arligo do ft. 120, prol«M. "O

,,,„„,,. i,i!,.utar-mps gil dao dc am***.J ' ,ll(y anos ler de hoje em diante o Perimbco ttoj.o

ílUamim quando nósmuito bem <m™ ^M

bora abaniga a'»gua uos appareça. - co,.- .....

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íPalavras a uma ingrata,

Sou infeliz em amar-teDebalde te quero bem,Tu só tratas com desprezoA quem por li paixão tem!

O tempo e o mesmo fadoMais depressa mudarão,Do que soffrer a mudançaO meu firme coração.

Resposta no estylo do SalafrárioSenhor Salafrário pai,

Aqui está o tal Tormenta,Que ante vós se apresentaPara quebrar uma lançaCom coragem, sem tardança.

Eu bem sei, não vos assusta. As ameaças gue faz

Este novo Ferrabraz,Mas emfim deste cavaco,Lcvarás p'ra o teu tabaco. y

E por vir aqui a pêllo,Te farei unVadvertencia,Terás santa paciência,Mas se queres fallar com geitoLiga o verbo c'o sugeilo.

Na defeza das morenasGastaste tinta e papel,Fizeste grande aranzel,Mas, olha, na tal meada,D'idéas não pilhei nada !

Faltas em neve e sorvetes,Quadros, farinha e gesso...Não é isso o que te peço,Diz-me em que a tez morenaVencer póde a d'assuceua V !

Não digo que a côr trigueiraNão tenha sua valia;Pois mesmo o escuro diaVale mais que a noite escuraE mais que esta, a clara e pura.

Moreninhas ha, que temSeus quindins, sua lindeza,Mas graça, mimo e belleza,Só o tem, por Venus juro !O typo claro e puro.

Adeos, velho Salafrário,Mette a viola no sacco,E não dês mais cavacoMas se le tornara dòr,

Aqui fico ao teu dispor.O Tormenta.

LOGOGRirO.Neste simples logogripho

O que eu aprezentar quero,li o nome de certo moçoA quem amo e venero.

A primeira syllaba somente,Se El lhe aceressentarLede os Mysleriosdo PovoQue lá me iiaveis de encontrar.

Se a segunda com a sétimaPor acazo se ajuntar,Vereis um íio mui finoQue uai bichinho hade dar.

A terceira com a primeira/?em eu o desejava serPara com o CreadorIr eternamente viver.

A quarta e primeira syllabaDeos me livrara de tal,Pois é muito abundanteNas matas de Portugal.

A quinta com a segundaE' nome de minha amada,E' nome de se ria nimphaPor Bocage celebrado.

A sexta e a décima segundaSe o O em A for mudado,Vós vereis que certamenteCem isto é o dia marcado.

A sétima com a undecimaSe a duodecima aceressentarMudando-lhe o A em /E' o que podes dezejar.

A oitava syllaba somenteSe La no fim lhe pozer,Este terrivel baixioDevem os navegantes temer.

A nona com a segundaSe o E em O muda res,Tem mui grande serventiaPara flores nelle piantares.

A décima syllaba sóSe um A no fim puzer,E' obra muito bem feitaQue se deve agradecer.

A décima primeira syllabaSe por So principiar,Em o dicionário das llôresNo principio me ás de achar.

A décima segunda syllabaSe Za lhe aceressentarE' própria para das floresO Império governar.

Conceito.E' moço muito de bem

Cincero uo seu tratar,E por ser muito amávelSempre o heide estimar. Uma.

A deci fração da charada do N. 118 e: — Pere«grmo.

ANNUNCIOS.^¦¦¦¦MHnH^BMMaBiHVSMBMMaHi^i^BHMMi^M ammmmmmmmmmWmammWBÊÊBÊ0**m^*aamamm*e

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