Analise Postural Na Transferencia de Pacientes

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AnAnáálise Postural na Transferência de Pacienteslise Postural na Transferência de Pacientes

8º Congresso InternacionalSegurança, Higiene e Saúde do Trabalho

Análise Postural na Transferência de Pacientes

Manuel Freitas

Porto, 04 Julho 2008

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ENQUADRAMENTOENQUADRAMENTO

� As LMERT tem merecido destaque nos últimos anos pelas principais organizações internacionais;

� O Observatório Europeu dos Riscos tem vindo a relatar as LMERT como um dos riscos emergentes, alertando para o aumento da incidência e prevalência destes nos trabalhadores;

� As lesões músculo-esqueléticas são o problema relacionado com o trabalho mais comum na Europa:

� Cerca de 24% dos trabalhadores da UE-25 declaram sofrer de lombalgias;

� Cerca de 22% queixam-se de dores musculares;(FACTS, nº 71, Agência Europeia SST, 2007)

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LMERT NOS PROFISSIONAIS DE SALMERT NOS PROFISSIONAIS DE SAÚÚDEDE

� A Saúde é um dos maiores sectores de emprego na Europa, abrangendo um vasto leque de actividades profissionais;

� Cerca de 10% dos trabalhadores da UE desempenham a sua actividade profissional no sector da Saúde e da Protecção Social;

� Este sector apresenta já uma elevada taxa de incidência de LMERT, nomeadamente, ao nível das lesões nas costas.

Research on work-related low back disorders, Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, 2000

� Os profissionais de enfermagem têm mais 30% de dias de absentismo devido a dores nas costas do que o resto da população.

(Hignett, 1996)

� Os auxiliares de acção médica são considerados outro grupo de risco. (Marras, 1999)

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� Frequência, força e posturas associadas à transferência e posicionamento dos pacientes;

� Características dos utentes, em particular, as suas limitações, grau de dependência;

� Conhecimento e aplicação correcta de técnicas para transferência e mobilização de pacientes;

� Existência e uso apropriado dos equipamentos de apoio para transferência e mobilização de pacientes;

� Concepção dos espaços e layout do local de trabalho;

� Organização do trabalho;

� “Crença” de que as LMERT “fazem parte do trabalho”.

FACTORES DE INFLUÊNCIAFACTORES DE INFLUÊNCIA

(Occupational Health and Safety Agency for Healthcare, 2006)

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FACTORES DE INFLUÊNCIAFACTORES DE INFLUÊNCIA

� Esta multiplicidade de factores poderá, em muitas situações, dificultar a eliminação ou redução da ocorrência de LMERT nestes profissionais;

� Adicionalmente, os profissionais de saúde podem ainda estar expostos a outros factores de risco:

� Exposição a agentes biológicos, químicos e físicos;

� Manuseamento de materiais cortoperfurantes;

� Quedas ao mesmo nível;

� Riscos psicossociais;

� Factores organizacionais.

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AVALIAAVALIAÇÇÃO DO RISCO DE LMERT ÃO DO RISCO DE LMERT

Metodologias de Avaliação do Risco

� REBA – Rapid Entire Body Assessment(Hignett, S.; McAtamney, L; 2000)

� DINO – DIrect Nurse Observation instrument for assessment of work technique during patient transfers

(Johnsson, C.; Kjellberg, K.; Kjellberg, A.; Lagerström, M.; 2004)

� MAPO - Movement and Assistance of Hospital Patients(Battevi, N.; Menoni, O.; Ricci, M.; Cairoli, S.; 2006)

� QEC – Quick Exposure Check(David, G.; Woods, V.; Li, G., Buckle, P,; 2008)

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“ O ser humano adulto é um fardo estranho para se levantar ou carregar. Pesando até mais de 91 kg, não tem pegas, não é rígido e é susceptível a graves danos se for mal agarrado ou deixado cair. Quando deitado numa cama, o paciente é posicionado inconvenientemente para o levantamento e o peso e deslocamento duma carga tão grande é tolerada por poucos profissionais. ”

(Editorial do “The Lancelot”, 1965; cit. Evanoff, 2003)


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EXEMPLO DE APLICAEXEMPLO DE APLICAÇÇÃO ÃO

� Aplicação do método REBA em dois serviços de uma unidade hospitalar do Porto;

� Actividades de mobilização e transferência de pacientes(tanto pela via vertical como pela via horizontal);

� Transferências entre a cama, cadeira, casa de banho e banheira, bem como a levantar e ao sentar o paciente na cama; (Owen, 1999)

� Intervenção executada, habitualmente, por enfermeiros e/ou auxiliares de acção médica;

� Requer grande esforço físico e utilização adequada da mecânica corporal pelo profissional de saúde; (Evanoff, 2003)

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� Aplicação de um Questionário Nórdico (Standardized NordicMusculoskeletal Quest.) ao profissionais de saúde:

� Caracterização da prevalência das queixas músculo-esqueléticas dos profissionais de saúde destes serviços;

� Aferição das queixas e do grau de desconforto físico em 9 segmentos corporais: pescoço, ombros, cotovelo, punho/mão, zona dorsal, zona lombar, coxas, joelhos e tornozelos/pés;


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Questionário Nórdico (Standardized Nordic Musculoskeletal Quest.)

� A dor foi o sintoma comum a todos os segmentos do corpo em análise, excepto para o cotovelo, assumindo um valor elevado, em particular, na zona lombar;

� Outros sintomas evidenciados por estes foram o ardor, a cãibra, o formigueiro, o inchaço e a perda de sensibilidade;


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Caracterização do REBA (Hignett, S.; McAtamney, L; 2000)

� Grupo A – efectua-se a análise da postura ao nível do tronco, pescoço e pernas;

� Grupo B – efectua-se a análise da postura ao nível do braço, antebraço e punho;

� Factores Adicionais – carga/força, actividade e pega;

Intervenção imediataMuito alto11-154

Intervenção a curto prazoAlto8-103

Intervenção NecessáriaMédio4-72

Pode ser necessáriaBaixo2-31

DesnecessáriaNegligenciável10

AcçãoNível do RiscoResultado REBANível de Acção

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Transferência do paciente da cama para a cadeira

� Divisão em sub-tarefas:

� Baixar a cama;� Descer os lençóis da cama;

Sentar o pacientena cama

Ajudar o pacientea colocar-se de pé

Estabilizar o paciente

de pé

Ajudar o pacientea sentar-se


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Resultados Obtidos

Médio5Ajudar o paciente a sentar-se

Alto9Estabilizar o paciente de pé

Médio7Ajudar o paciente a colocar-se de pé

Alto8Sentar o paciente na cama

Baixo3Descer lençóis da cama

Negligenciável1Baixar a cama

Nível de RiscoResultado REBASub-tarefa

� os segmentos do tronco e do braço são aqueles que mais contribuem para o nível de risco alto;

� Dificuldades ainda ao nível da pega e peso do paciente;


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MEDIDAS PARA O CONTROLO DO RISCO MEDIDAS PARA O CONTROLO DO RISCO

Medidas de Engenharia

� Criar dimensões apropriadas nas instalações (corredores, casas de banho, enfermarias, etc.), de modo a que não haja limitações de espaço durante a realização das tarefas de transferência;

� Equacionar a possibilidade de implementar um sistema de mobilização mecânica de pacientes, aplicados à própria estrutura do edifício;

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Equipamentos Auxiliares

� Utilização de equipamentos de ajuda técnica portáteis (mecânicos) para a elevação, mobilização e transferência de pacientes;

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Equipamentos Auxiliares

� Utilização de equipamentos de ajuda técnica (manuais) de auxílio para o posicionamento e transferência de pacientes;

Tábua de Transferência

Disco de Transferência

Cinto de Transferência

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Formação, Informação e Consulta

� Realização de acções de formação dirigidas a todos os profissionais de saúde que realizem estas tarefas no dia-a-dia:

� Treinar as técnicas adequadas a aplicar na mobilização e transferência dos pacientes;

� Adquirir as competências necessárias para o (correcto) uso dos meios e dos equipamentos auxiliares existentes;

� Promover a participação dos profissionais de saúde, tanto na identificação das situações de risco como envolvendo-os no processo de melhoria dos locais de trabalho;

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CONSIDERACONSIDERAÇÇÕES FINAIS ÕES FINAIS

� Os estabelecimentos de saúde devem definir uma estratégia de actuação concertada nesta área específica;

� Necessidade de avaliar periodicamente o risco de LMERT a que os profissionais de saúde podem estar sujeitos durante as actividades de mobilização e transferência de pacientes;

� A conjugação de diferentes medidas de controlo é necessária para reduzir o risco de LMERT dos profissionais de saúde durante a execução destas actividades;

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F I MObrigado pela vossa atenção

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