ANAIS DO III SEMINÁRIO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO SEPEDUC · que completa 50 anos orgulhando-se de...

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III SEMINÁRIO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO ANAIS DO RESUMOS SEPEDUC ISBN: 978-65-81515-00-3

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III SEMINÁRIODE PESQUISAEM EDUCAÇÃO

ANAIS DO

RESUMOS

SEPEDUC

ISBN: 978-65-81515-00-3

S621 Seminário de Pesquisa em Educação – SEPEDUC (3. : 2019 : Joinville, SC)

Anais do III Seminário de Pesquisa em Educação – SEPEDUC: resumos [recurso eletrônico] / Organizadores: Juliano Agapito, Roselaine Regis Maciel Pietra, Joinville/SC : ACE/FGG, 2019.

ISBN: 978-65-81515-00-3Disponível em: 1.Ensino Superior - Educação. I. Agapito, Juliano; II Pietra, Roselaine

....Regis Maciel. III. Título. IV. FGG-Faculdade Guilherme Guimbala - FGG

CDD 370

Ficha catalográfica elaborada por : Luciane Varini Jardim - CRB 14/1291

Juliano AgapitoRoselaine M. R. Pietra

Organizadores

ANAIS DO III SEMINÁRIO DEPESQUISA EM EDUCAÇÃO

SEPEDUC

Joinville - SCACE/FGG

2019

Resumos

ANAIS DO III SEMINÁRIO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃOCURSO DE PEDAGOGIA

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PALAVRAS DO DIRETOR ..................................................................................................................................... 06PREFÁCIO ................................................................................................................................................................. 07APRESENTAÇÃO .................................................................................................................................................... 08 TEXTOS SUBMETIDOS COMO PÔSTER .......................................................................................................... 09

• Comparação entre Protocolos de Desmame Ventilatório em pacientes com Disfunção Ventricular Esquerda Sistólica ........................................................................................................................................................................... 10

• Grupo de Estudos e Pesquisas: Formação de Professores e Práticas de Ensino ............................................. 11• Práticas Pedagógicas no Atendimento Educacional Especializado ................................................................. 12• A atuação de psicólogas(os) de Joinville/SC junto às práticas que emergem na atualidade ........................ 13• Atividades lúdicas: uma questão de autocuidado .............................................................................................. 14• GEPTEA: Grupo de Estudo e Pesquisa do Transtorno do Espectro Autista ................................................. 15• Atividade de Extensão: Pedagogia Hospitalar ................................................................................................... 16• Laboratório de Aprendizagem ............................................................................................................................. 17• O impacto metodológico dos jogos na aprendizagem ...................................................................................... 18• Cine’18:30 ................................................................................................................................................................ 19

TEXTOS SUBMETIDOS COMO COMUNICAÇÃO ORAL ............................................................................ 20

• (Des)cobertas no faz-de-conta: contribuições da Psicanálise para educadores da Educação Infantil ........ 21• Escola: um lugar de experiências, de afeto e de saberes? .................................................................................. 22• Entre cores e formas, colorimos um novo mundo! ........................................................................................... 23• Metodologias ativas de aprendizagem: como abordar na Educação Infantil? ............................................... 24• A compreensão de professores e alunos de 4º ano e 5º ano do Ensino Fundamental acerca da aplicabilidade

da Matemática na vida cotidiana ................................................................................................................................. 25• Pesquisa na formação de professores .................................................................................................................. 26• O brincar e o desenvolvimento infantil ............................................................................................................... 27• Educação inclusiva e alfabetização ...................................................................................................................... 28• Educação sexual ..................................................................................................................................................... 29• As condições de trabalho das professoras e auxiliares da Educação Infantil na cidade de Joinville/SC......30• Projeto “o Haiti é aqui”: aprendendo juntos: relato de experiência ................................................................. 31• Protagonista de si: aprendendo com o adoecer .................................................................................................. 32• Oito anos de NEXT: a experiência do Núcleo de Estudos em Xadrez & Tecnologias com atividades de

extensão desenvolvidas na universidade .................................................................................................................... 33• A Terapia Ocupacional aplicada a Cinoterapia: o impacto nas funções executivas da criança autista ....... 34• Uso da Cinoterapia em treino de habilidades sociais com crianças da Educação Especial ......................... 35• Aspectos neurofisiológicos da Atenção Seletiva Visual e suas implicações pedagógicas ............................ .36• Neurofisiopatologia de indivíduos com Transtorno do Espectro Autista ........................................................ 37• Alianças conservadoras na elaboração da lei 7.595/2018: uma análise do percurso metodológico ........... 38• Implantação do Programa de Acolhimento Multiprofissional nos serviços escola da Faculdade Guilherme

Guimbala ........................................................................................................................................................................ 39

SUMÁRIO

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• Doença renal crônica e desempenho cognitivo: uma revisão ..................................................................... 40• Laboratório Interdisciplinar de Saúde Coletiva: uma possibilidade para o desenvolvimento de ações

transversais no Ensino Superior .................................................................................................................................. 41• Evasão escolar como consequência do Bullying .......................................................................................... 42• Percursos de uma professora andarilha na Educação Infantil: narrativas (auto)biográficas ................. 43• A Educação no Sistema Prisional ................................................................................................................... 44• A dislexia e o processo de ensino-aprendizagem ......................................................................................... 45• Educação Especial nas escolas ........................................................................................................................ 46• Espectro Autista: experiências inclusivas em uma turma de primeiro ano ............................................. 47• LIBRAS na Educação Infantil ........................................................................................................................ 48• A Violência Simbólica e o processo de avaliação escolar: uma revisão bibliográfica das obras de Pierre

Bourdieu sobre o sistema de ensino ........................................................................................................................... 49• O Capital Cultural no contexto urbano: primeiras visões a partir de Pierre Bourdieu e sua influência no

contexto escolar ............................................................................................................................................................. 50• A Violência Simbólica no contexto escolar: relações com o Arbitrário Cultural ..................................... 51• A influência da Mídia no aprendizado infantil ............................................................................................ 52• Representações sobre Direitos Humanos ..................................................................................................... 53• Projeto para implantação de um Espaço Infantil na FGG/ACE ................................................................ 54

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A ACE tem orgulho do papel histórico na formação de profissionais graduados em Joinville e região. Foi a primeira instituição de ensino superior particular da cidade. Hoje, com 50 anos de história, traz na sua trajetória centenas de profissionais formados nas áreas de Direito, Pedagogia, Psicologia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional.

Com a missão de promover o conhecimento como elemento de transformação, a instituição prepara o futuro profissional para assumir seu papel como agente de mudança e possibilita, por meio de diversas ações à comunidade, o aprendizado prático, bem como a oportunidade de exercer grande influência nas melhorias da comunidade local.

A ACE conta com um corpo docente qualificado, formado por especialistas, mestres e doutores e profissionais com vasta experiência no mercado de trabalho, contribuindo ainda mais com uma formação ética e solidária de seus acadêmicos. Tudo isso faz da ACE a mais tradicional faculdade do norte catarinense, que completa 50 anos orgulhando-se de suas origens e traçando novos caminhos de modernidade e de responsabilidade social.

PALAVRA DO DIRETOR

UM ESPAÇO PARA O APRENDIZADO, DESCOBERTA,INOVAÇÃO E PARTICIPAÇÃO NA SOCIEDADE.

Guilherme Guimbala NettoPRESIDENTE DA ACE – DIRETOR GERAL DA FGG

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Fundada em 03 de março de 1969, sob o lema “DISCE DOCENDO ADHUC”, (aprende enquanto ensinas), a FGG – Faculdade Guilherme Guimbala, instituição de ensino superior, tem como missão, “promover a Educação Superior pelo aprimoramento da relação ensino-aprendizagem, da pesquisa multidisciplinar e da prestação de serviços à sociedade.”

Neste sentido, esta coletânea de pesquisas, relatos de experiências e atividades de extensão, inicia as publicações de resumos apresentados no III Seminário de pesquisa em Educação – SEPEDUC -, formalizando sua trajetória por meio da interlocução entre pesquisas, atividades de extensão e relatos de experiência de acadêmicos e profissionais de diversas áreas do conhecimento, que tenham como foco a Educação.

O ponto principal desta publicação são pesquisas na área da educação, desenvolvidas por acadêmicos e professores de diversos cursos e instituições da cidade de Joinville.

PREFÁCIO

Roselaine Maciel Regis PietraGESTORA DO CURSO DE PEDAGOGIA DA FGG

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O Seminário de Pesquisa em Educação (SEPEDUC) teve sua primeira edição no ano de 2017, e foi criado com o objetivo de promover a socialização de pesquisas, atividades de extensão e relatos de experiência de acadêmicos e profissionais de diversas áreas do conhecimento, tanto da Faculdade Guilherme Guimbala/Associação Catarinense de Ensino (FGG/ACE) quanto de outras instituições, que tenham suas pesquisas ou campos de atuação em interlocução com a Educação.

O III SEPEDUC, realizado entre 28 e 30 de outubro de 2019, manteve como premissa o foco na Educação, atentando para os dilemas contemporâneos a serem superados, considerando ser essencial que as Instituições de Ensino Superior (IES) se engajem em propostas que promovam amplamente o debate acerca das nuances do campo educacional. Diante disso, os objetivos específicos definidos para esta III edição do evento foram: (1) aproximar investigações científicas ou experiências das diversas áreas do conhecimento que tenham como eixo norteador a Educação, e (2) problematizar a Educação contemporânea e as possibilidades de pesquisa a ela relacionadas.

Destaca-se, como público-alvo do III SEPEDUC, acadêmicos e professores do curso de Pedagogia e dos demais cursos da FGG/ACE, acadêmicos e professores de outras instituições (Ensino Médio e Superior), bem como docentes e demais profissionais dos diversos níveis e modalidades de ensino. A participação no evento se deu mediante inscrição como ouvinte ou participante, tendo em vista que este último grupo se refere às pessoas que submeteram seus trabalhos para apreciação da comissão científica a fim de apresenta-los, seja na modalidade pôster ou comunicação oral.

No que tange aos participantes no ano de 2019, foram aprovados 11 resumos a serem apresentados na modalidade pôster e 37 trabalhos como comunicação oral, contando com 95 autores assinando a autoria deste total de 48 trabalhos apresentados. Cabe ressaltar que, neste documento, serão apresentados os resumos que obtiveram prévia autorização para publicação de seus respectivos autores.

Quanto às instituições, além da FGG/ACE, participaram 4 universidades, 1 faculdade, 3 institutos federais, 1 hospital, 1 escola da rede estadual de Santa Catarina e 1 secretaria municipal de educação.

No intuito de manter a tradição de trazer à noite de abertura profissionais de reconhecida experiência no âmbito da pesquisa em Educação, o III SEPEDUC contou com a presença da Me. Miriane Zanetti Giordan (UNESP), que proferiu a palestra intitulada ‘pesquisa em Educação: nuances históricas e perspectivas atuais’. A partir deste viés, a palestrante levou ao público presente a conceituação da pesquisa especificamente para a Educação, fazendo um resgate histórico com ênfase na realidade brasileira, apontando os impactos desta pesquisa na profissionalização e no desenvolvimento profissional docente, culminando nas perspectivas atuais para este campo de atuação.

De modo geral, o III SEPEDUC promoveu três dias de intensos debates em torno de temáticas relacionadas à Educação, levando acadêmicos, professores, pesquisadores e demais profissionais a ampliar suas concepções de ensino, pesquisa e extensão por meio da socialização de conhecimentos. Na esteira deste envolvimento, espera-se que a publicação destes anais possa ampliar o alcance das discussões ocorridas no evento, a fim de que novas problematizações sejam elencadas, fomentando, cada vez mais, a pesquisa em Educação.

APRESENTAÇÃO

Professor Me. Juliano Agapito

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TEXTOS SUMBETIDOSCOMO PÔSTER

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Bárbara Antonacci de Mello – FGG/ACEEduardo Lafaiette de Oliveira – FGG/ACE - HRHDS

Josiane Cristina Colvero – HRHDSAnderson Luís de Souza – HRHDSRafael Arthur Baldessin – HRHDS

Resumo: A retirada precoce da ventilação mecânica (VM) nos pacientes em unidades de terapia intensiva (UTI) é fator redutor de morbimortalidade. No entanto, fatores como, idade avançada, sexo feminino, disfunção ventricular, baixo débito cardíaco e variações da volemia estão associados com o aumento do tempo de ventilação mecânica e dificuldade de desmame. Ainda não há um consenso na literatura se os pacientes com disfunção ventricular esquerda sistólica se beneficiam com algum método específico de desmame ventilatório (DV). Sendo assim, o objetivo dessa pesquisa foi analisar qual método de DV foi mais eficiente para o sucesso de extubação de pacientes com insuficiência cardíaca sistólica com fração de ejeção menor ou igual a 40%: o método convencional com teste de respiração espontânea por 30 a 120 minutos em Tubo T (TT) ou desmame mais lento com pressão de suporte com redução gradativa associado à pressão expiratória final nas vias aéreas (PEEP/PSV). Participaram da pesquisa homens e mulheres, submetidos à VM num período maior que 48 horas, por qualquer uma das indicações clássicas e/ou pós-operatório de cirurgias cardíacas e não-cardíacas, com pontuação na Escala de Coma de Glasgow acima de 8, e que apresentavam concomitante ao quadro, disfunção ventricular esquerda do tipo sistólica com fração de ejeção menor ou igual a 40%. Foram excluídos traqueostomizados. A escolha dos grupos (A e B) foi de forma aleatória. Desta forma, o primeiro paciente apto para o desmame realizou o teste com o TT, sendo este método sorteado através de um envelope fechado, e o paciente consecutivo com PEEP/PSV, ou seja, alternadamente até o fim da análise. O grupo A contou com 9 pacientes que utilizaram TT e o grupo B com 9 pacientes submetidos ao método PEEP/PSV. O perfil dos pacientes foi semelhante no que diz respeito ao índice de massa corporal e fração de ejeção, porém estatisticamente diferente em relação à idade. O sucesso de extubação ocorreu em 83,3% dos pacientes, sendo que o grupo A teve sucesso de 53,3%, em relação ao grupo B com 46,7%. Nas variáveis desfecho e tempos de VM, internações no complexo de terapia intensiva e no hospital não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos. Concluímos com essa pesquisa, que os pacientes tiveram resultados favoráveis quanto ao sucesso de extubação, independente da modalidade de DV.

Palavras-Chave: Desmame Ventilatório; Unidade de Terapia Intensiva; Fisioterapia Intensiva.

COMPARAÇÃO ENTRE PROTOCOLOS DE DESMAME VENTILATÓRIO EM PACIENTES COM DISFUNÇÃO VENTRICULAR ESQUERDA SISTÓLICA

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Juliano Agapito – FGG/ACE - UFSCMarcia de Souza Hobold - UFSC

Maria Aparecida Lapa de Aguiar - UFSC

Resumo: Este texto tem como propósito apresentar o Grupo de Estudos e Pesquisas: Formação de Professores e Práticas de Ensino – FOPPE, bem como as ações que o grupo vem desenvolvendo em seus dois anos de funcionamento. O FOPPE começou a ser idealizado em 2017, pelas Professoras Doutoras Márcia de Souza Hobold, Zenilde Durli e Maria Aparecida Lapa de Aguiar, vinculadas ao Centro de Ciências da Educação, da Universidade Federal de Santa Catarina. Tendo em vista a experiência destas três pesquisadoras e o interesse nestes campos de estudo, foi-se elaborando os objetivos do FOPPE e sua forma de funcionamento. Neste movimento inicial de criação do grupo, definiu-se que o seu objetivo central seria realizar pesquisas sobre a profissão docente, relacionadas principalmente a aspectos que circunscrevem processos de formação de professores, práticas de ensino, condições de trabalho, identidades e saberes docentes, currículos e suas implicações no trabalho dos professores (FOPPE, web). A partir deste objetivo, o FOPPE passou a ser constituído por três linhas de pesquisa: (1) Formação e Condição de Trabalho dos Professores; (2) Políticas de Formação de Professores; (3) Práticas Educativas e Pedagógicas dos Professores. As reuniões do grupo iniciaram em março de 2018, e duas professoras convidadas merecem destaque no início das reuniões do FOPPE: Professoras Doutoras Leda Scheibe e Vera Bazzo, que fizeram uma retrospectiva sobre o campo da Formação de Professores no Brasil, por meio da forte inserção que tiveram na Associação Nacional dos Profissionais da Educação – ANFOPE, bem como, na Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação – ANPEd (FOPPE, web). O FOPPE congrega professores do CED, de outras instituições de ensino superior, estudantes da pós-graduação (mestrado e doutorado), estudantes de iniciação científica (PIBIC), estudantes dos diferentes cursos de graduação da UFSC e do Instituto Federal Catarinense – IFC de Camboriú, professores das redes de ensino (municipal, estadual, federal e privada) que, juntos, estudam referências importantes do campo da Formação de Professores e da Didática, bem como, desenvolvem pesquisa coletivamente e realizam interlocução com outros pesquisadores de outros núcleos ou grupos de pesquisa. No ano de 2019, os membros do grupo optaram por fazer o estudo da obra “O Cotidiano e a História”, de Agnes Heller. A opção pela referida obra se deu pela congruência entre a perspectiva teórica de Heller e a epistemologia que se pretende adotar e desenvolver nos estudos do FOPPE. No que tange ao desenvolvimento de pesquisas, o grupo tem se debruçado sobre um balanço das produções acadêmicas desenvolvidas no âmbito do PPGE/UFSC, mais especificamente acerca das teses e dissertações defendidas neste programa, ao longo de sua história. Para esta pesquisa, estabeleceu-se como objetivo geral mapear as teses e dissertações em torno da Formação de Professores e Didática produzidas no PPGE/UFSC, desde sua criação (1984) até o ano de 2018. Tendo em vista tratar-se de uma pesquisa em andamento, espera-se que seus achados contribuam para a consolidação do FOPPE como um espaço articulador das pesquisas sobre Formação de Professores e Didática do PPGE da UFSC, com as demandas atuais destas áreas de estudo.

Palavras-Chave: Formação de Professores; Didática; Grupo de Estudos e Pesquisas – FOPPE.

GRUPO DE ESTUDOS E PESQUISAS: FORMAÇÃO DE PROFESSORES E PRÁTICAS DE ENSINO

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Jéssica Bianca dos Santos Laufer – FGG/ACE Jéssica Cássia Oliveira da Rocha Sochodolosch – FGG/ACE

Resumo: O presente artigo relatará sobre as Práticas Pedagógicas no Atendimento Educacional Especializado, onde será observada as Práticas de ensino utilizado na sala de Recursos Multifuncionais em escolas públicas de Joinville. O problema de pesquisa é o seguinte: Quais os métodos de ensino utilizados com os alunos que participam do Atendimento Educacional Especializados nas Salas de Recurso Multifuncional? Para conhecimento de que forma de ensino e como são feitas as práticas pedagógicas no local em pesquisa. O objetivo é verificar como o AEE é oferecido e como ocorre o ensino na SRM, mais especificamente verificar como ocorre o funcionamento do AEE na SRM; identificar materiais disponíveis que são utilizados pelos professores; analisar se o atendimento prestado pelos profissionais que atuam na SRM é suficiente para a evolução da aprendizagem dos alunos. Para o embasamento teórico deste estudo, será abordada a Política Nacional de Educação Especial e o AEE, bem como referências sobre a SRM. Para o embasamento teórico de pesquisa nos autores Brasil (2011), Bedaque (2014), Gil (2002) e Alves (2006) serão utilizados para fundamentar o artigo. No que se refere à metodologia, o estudo está sendo realizado por meio da análise documental, que será pautada em documentação existente, conferindo se o planejamento se assemelha com as respostas no questionário. Será feita, também, uma coleta de dados mediante questionário entregue para a professora responsável pelo AEE na escola, e a observação sistemática de suas aulas. As pesquisas esperam encontrar, em todo o levantamento de dados, pistas para auxiliar e instigar na aprendizagem dos alunos, que vejam estes como crianças passando por um novo processo e ciclo que ainda não está tão consolidado em sua mente, e novos métodos pedagógicos que podem ser explorados e compartilhados nesta pesquisa.

Palavras-Chave: Atendimento Educacional Especializado; Sala de Recurso Multifuncional. Educação Especial Inclusiva.

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

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Caroline da Silveira de Andrade – FGG/ACEEliane Schmoller Blazios Rodrigues – FGG/ACE

Gabriela Kunz Silveira – FGG/ACE

Resumo: A presente pesquisa está relacionada ao Trabalho de Conclusão de Curso realizada no ano de 2018. Teve como objetivo principal: mapear o envolvimento junto às práticas emergentes na atuação das (os) psicólogas (os) egressas (os) de um curso de Psicologia na cidade de Joinville/SC, formadas (os) nos anos de 1990 a 2017. Sobre o curso de psicologia, vale destacar que Joinville é cidade pólo em formação destes profissionais, contando atualmente com três instituições que oferecem a graduação em psicologia, sendo escolhida a instituição com curso mais antigo da cidade. Procurou-se também compreender o entendimento dos participantes da pesquisa quanto ao conceito de práticas emergentes; investigar o percurso do profissional, buscando práticas emergentes realizadas e identificar as principais práticas na cidade de Joinville/SC. O método que nos serviu como ferramenta de trabalho foi à pesquisa exploratória, aliada a estratégia metodológica baseada no Método Misto, que tem por base a coleta ou análise de dados quantitativos e qualitativos em um único estudo. Através do método de análise de conteúdo, uma análise inicial foi realizada de forma individual pelas pesquisadoras, e permitiu emergir os conteúdos que chamaram a atenção de forma geral das ideias principais e seus significados. Em seguida, as pesquisadoras analisaram em conjunto os conteúdos destacados em cada pergunta. Optou-se em analisar de modo geral as perguntas e respostas que mais emergiram, de modo a abarcar os objetivos da pesquisa, sendo criadas três categorias conforme os temas se transpassaram, sendo elas: a) perfil dos respondentes, b) conhecimento do termo práticas emergentes e por fim c) inovação. Levando em consideração os dados analisados, compreendemos que a Psicologia no âmbito nacional e municipal tem em sua maioria atuante o gênero feminino e que na cidade de Joinville muitas destas profissionais entraram no mercado de trabalho rapidamente após a formação. Sobre o conhecimento do termo práticas emergentes, verificamos que existem diferentes visões e percepções frente à multiplicidade de olhares sobre esta temática. Desse modo definimos o termo práticas emergentes como a ampliação da atuação profissional para novos campos do saber, levando a psicologia para todos os lugares através das demandas que surgem. Sobre inovação, entendemos que as (os) profissionais utilizam a abordagem que embasa sua atuação para alinhar as práticas de seu trabalho. Desse modo, averiguamos que quando esta abordagem não abarca as demandas apresentadas no contexto que estão inseridas (os) as (os) mesmas (os) buscam aprimoramentos como cursos, outras especializações e atualização das técnicas existentes. Portanto, entendemos que é de suma relevância que os profissionais atuantes na área da psicologia procurem novas formas de trabalhar com as demandas da atualidade, através do conhecimento de novas práticas. Por fim, recomendamos que novas pesquisas sejam realizadas para aprofundamento da compreensão dos profissionais quanto a suas percepções em relação às demandas atuais e modo de trabalho, destacando as diferenças entre início da carreira e o presente momento.

Palavras-Chave: Práticas Emergentes; Psicologia; Atuação Profissional.

A ATUAÇÃO DE PSICÓLOGAS (OS) DE JOINVILLE/SC JUNTO ÀS PRÁTICAS QUE EMERGEM NA ATUALIDADE

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Thais Da Silva Franco - IFSC Polo UAB/JoinvilleFernanda de Fátima Cassimiro - PMJ/IFSC Polo UAB/Joinville

Resumo: O objetivo da pesquisa é levantar questões sobre a importância do lúdico para o autocuidado na 3ª idade. Acredita-se que o enfoque na educação para o autocuidado dos idosos e o lúdico seja algo urgente a se pensar nos cursos de formação de professores e um dos caminhos que possam contribuir para que venham a se cuidar com precisão, sendo assim o processo educativo consiste em projetar no indivíduo a possibilidade de apropriar-se de sua própria experiência e de partilhar com os outros. Uma vez que a educação baseia-se no encorajamento e apoio para que as pessoas e grupos sociais tenham maior controle sobre sua saúde e suas vidas. As ações pedagógicas e educativas contribuem para mudanças de conduta, favorecendo o estado de saúde. Alguns pesquisadores iniciaram estudos, utilizando jogos pedagógicos, e observaram que esta forma de aplicar as atividades propicia uma melhoria na saúde dos idosos, trazendo tanto ao pedagogo quanto aos indivíduos na 3ª idade a autoestima elevada o que eleva a felicidade e melhora a qualidade de vida. Denota-se que os jogos educativos auxiliam no desenvolvimento da 3ª idade, apresentando e proporcionando um aprendizado mais prazeroso, no qual, o educador torna-se um facilitador. Considerando que o envelhecimento pode ser uma experiência positiva e ainda visando qualidade de vida e momentos de felicidades, torna-se necessário investir nas ações de cuidado, preservação e controle de doenças próprias do idoso, a fim de elevar sua autoestima através do carinho e no desenvolvimento das atividades a serem trabalhadas de acordo com as idades.

Palavras-Chave: Educação; Lúdico; Formação de Professores.

ATIVIDADES LÚDICAS: UMA QUESTÃO DE AUTOCUIDADO

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Emelly Schreiber – FGG/ACEJéssica Mayara Ribeiro – FGG/ACE

Miriam Marcia de Abreu Ruben Carvalho – FGG/ACERosemar Almeida Dlugokenski – FGG/ACERoselaine Maciel Regis Pietra – FGG/ACE

Resumo: O projeto de pesquisa GEPTEA (Aron Schimersk) baseia-se os estudos do autismo conforme a LEI 12.764 de 27/12/2012, na qual afirma que a pessoa com transtorno do espectro autista é considerada um portador de deficiência intelectual e apresenta todos os direitos que o autista possui diante de toda a sociedade, dentre elas destacamos seus direitos na saúde, na escola, e no mercado de trabalho. O grupo enfatiza os estudos para a inclusão dos autistas nas escolas, mostrando que o principal objetivo da mesma nos dias atuais é de, acolher o autista e ter um campo de visão amplo para suprir as necessidades educacionais de cada um, além da inclusão nas escolas, o grupo também analisa o autista na sociedade em geral voltando seus estudos para as famílias, tendo o contato e conhecendo um pouco mais da rotina, aprofundando os estudos para bem orienta-los. O grupo tem como principal objetivo orientar família autista a superar seus desafios diários aprofundando nas leis que regulamentam os direitos dos autistas no âmbito escolar, esclarecendo as possibilidades pedagógicas do segundo professor e estender todo este conhecimento recebido nos dias atuais, para as futuras gerações da área de pedagogia mostrando o quão importante é ter o cuidado e o conhecimento desta síndrome.

Palavras-Chave: Inclusão; Família; Deficiência Intelectual.

GEPTEA: GRUPO DE ESTUDO E PESQUISA DO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

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Francieli Bonato – FGG/ACEMonnik Ap. da Silva Dall Agnol – FGG/ACE

Sarah Bento Ferreira da Silva – FGG/ACE

Resumo: A criança tem direito ao conhecimento e à garantia da continuidade do seu processo de desenvolvimento, ainda que hospitalizada. Esse direito é assegurado pela Lei de Diretrizes e Bases 9.394 (LDB/96). Baseada nessa premissa, e também sabendo que o conhecimento pode ser adquirido de diversas maneiras, em qualquer ambiente, o Ministério da Educação, em parceria com o Ministério da Saúde criam a Pedagogia Hospitalar. Essa modalidade da Pedagogia atende crianças internadas, sem possibilidade de frequentarem a escola por algum tempo. Através do pedagogo, são realizadas atividades de aprimoramento das habilidades e estimulação cognitiva. São utilizadas histórias, desenhos, jogos, brincadeiras, enfim, diversos meios para que a criança se expresse e seja estimulada também. O tratamento da enfermidade dificulta, mas não impede a continuidade do ensino para o internado. A presença do pedagogo com essa criança é importante para mantê-lo preparado para voltar à sala de aula, com o mínimo de atraso no conteúdo possível. Além disso, existe uma forte influência afetiva nesse processo, pois entende-se que nessa situação (a hospitalização da criança), o indivíduo encontra-se mais fragilizado física e emocionalmente. É natural através do convívio, das conversas e risadas, a criação de laços afetivos. Isso é um grande aliado, tanto no aprendizado, quando no tratamento das crianças, e também na estabilidade da família durante a internação. Cabe ao pedagogo discernir cada criança e família na hora de atender, sempre com ética, afetividade e claro, visando o progresso nos níveis de conhecimento e desenvolvimento das habilidades. A doença é levada em consideração nos planejamentos, o que limita um pouco as opções de atividades, mas isso depende de cada caso. A Faculdade Guilherme Guimbala está engajada nesse campo de atuação, através do projeto de Pedagogia Hospitalar, realizado em parceria com o Hospital e Maternidade Dona Helena, em Joinville. O projeto acontece de segunda a sábado, das 10h às 11h30, e das 14h às 15h30. A faixa etária atendida é de 2 a 10 anos. Com o objetivo de transportar a criança do momento dolorido que ela está passando, para um “lugar” onde ela poderá se expressar, rir, esquecer um pouco do processo difícil ao qual está submetida, o hospital cede uma sala no setor de internação da pediatria para realização do projeto. Contudo, muitas crianças são oncológicas, quase sempre não podendo sair do quarto devido ao tratamento. Fica claro, para as monitoras e gestão envolvida, a importância que o projeto exerce dentro do hospital, recebendo cada dia mais reconhecimento da instituição hospitalar e das famílias, enquanto o papel social do pedagogo é exercido.

Palavras-Chave: Pedagogia Hospitalar; Conhecimento; Processo.

ATIVIDADE DE EXTENSÃO: PEDAGOGIA HOSPITALAR

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Aline Sena Neves – FGG/ACEAline Zimmermann– FGG/ACE

Maria Eduarda Eccel– FGG/ACEAna Caroline Vieira– FGG/ACE

Bruna Eloize Taborda Ribas– FGG/ACE

Resumo: Este projeto conta com a orientação e coordenação da Professora Dra. Roselaine Maciel Regis Pietra, onde durante algumas discussões em sala de aula, apontou-se uma necessidade em contemplar o atendimento a comunidade escolar que apresentava dificuldades para ter um acompanhamento pedagógico extraescolar, assim como trazer ao curso de pedagogia uma aproximação aos desafios escolares existentes em nosso atual cenário. O uso da metodologia correta, pretende ter uma aprendizagem muito mais eficiente e prazerosa. Com a preocupação em desenvolver novas habilidades e competências e considerando a necessidade de estímulos, conhecimentos e metodologias que corroboram com as necessidades de nossos alunos, o laboratório de aprendizagens se conceitua além de um espaço de recuperação de conhecimentos, um lugar fundamentado numa ação lúdica que se desenvolve através de uma proposta pedagógica. O objetivo do Laboratório de Aprendizagem, é despertar habilidades socioemocionais, estimular e desenvolver a capacidade intelectual das crianças com baixo rendimento escolar nos anos iniciais do ensino fundamental, por meio de jogos de expressão e raciocínio, assim como promover a aproximação das acadêmicas bolsistas do curso de Pedagogia ao universo dos alunos com dificuldades de aprendizagens. No decorrer dos atendimentos, os alunos são monitorados durante as atividades lúdicas pautados nos pilares da educação para desenvolver suas competências e habilidades. Como aporte teórico trouxemos os autores, Castro (2005); Franco (2012); Freire (1996); Oliveira (2011); Perrenoud (2000); Rodrigues (2017); Siegel (2015) e Walonn (2000). Acredita-se que o Projeto do Laboratório de Aprendizagem tem como base a compreensão da singularidade do aprendente, considerando sua subjetividade na maneira mais produtiva de aprender. Os resultados que se obtém nesta experiência, indicam que as metodologias do uso de materiais estruturados são inspiradoras tanto para o aluno, quanto para o professor/monitor, pois ambos se inspiram pelo entusiasmo e pela diversão ao aprender, o que leva a futuras pesquisas para o foco e desenvolvimento em metodologias atualizadas, de acordo com a forma atípica de aprender.

Palavras-chave: Laboratório de Aprendizagem; Metodologia; Jogos Pedagógicos.

LABORATÓRIO DE APRENDIZAGEM

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Ana Caroline Vieira – FGG/ACERoselaine Maciel Regis Pietra – FGG/ACE

Resumo: O presente trabalho tem como principal objetivo descobrir qual é o impacto metodológico que os jogos pedagógicos têm na vida escolar dos estudantes do ensino fundamental nos anos iniciais. A grande motivação para este tema está relacionada a atividade de extensão realizada no Laboratório Pedagógico da Faculdade Guilherme Guimbala, com o propósito de atender crianças de seis a doze anos que apresentam dificuldade no ensino regular referente ao processo de aprendizagem, tendo como ferramenta principal dos atendimentos em questão os jogos pedagógicos, os quais podem desenvolver os conhecimentos relacionados à linguagem, lógica, noções espaciais e temporais entre outros, sendo competências básicas tanto dos aspectos cognitivos quanto dos motores e sociais e interpessoais. O ingresso no Laboratório só se fez possível através da bolsa de pesquisa e extensão Programa de Bolsas Universitárias do Estado de Santa Catarina (UNIEDU), fornecida pelo Governo Estadual. Partindo da situação atual da educação com relação aos diferentes níveis de dificuldade na aprendizagem, é necessária a utilização de novas práticas metodológicas que se diferenciem das já utilizadas em sala de aula. Uma demanda que atenda aos indivíduos de forma subjetiva, a fim de compreender e abranger suas necessidades e desafios, facilitando assim a absorção e compreensão dos conteúdos necessários para a formação escolar básica. A pesquisa está em processo de fundamentação teórica tendo como foco os educadores e profissionais da área da educação que sejam referência no estudo dos jogos e brincadeiras, bem como os especialistas nas fases do desenvolvimento infantil. Já foi iniciada também a observação dos estudantes atendidos no Laboratório e a mesma é realizada com foco nas diferentes metodologias que podem ser utilizadas partindo do jogo como principal componente do processo de aprendizagem, e será posteriormente aprofundada partindo das seguintes ferramentas de análise: Observação, fundamentação teórica, coleta de dados e análise dos resultados obtidos. O resultado desta pesquisa poderá ir além dos limites acadêmicos, contribuindo para a boa prática realizada em sala de aula, instigando educadores e demais profissionais da área à utilização de jogos como um norteador no processo de aprendizagem, além de contribuir para futuros pesquisadores descobrirem as utilidades e vantagem das novas metodologias dentro da escola.

Palavras-Chave: Jogos; Metodologia; Aprendizagem.

O IMPACTO METODOLÓGICO DOS JOGOS NA APRENDIZAGEM

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Dayane Rodrigues – FGG/ACE

Resumo: O projeto Cine’18:30 foi idealizado pela acadêmica de Pedagogia Amanda Ponciano em 2017 com o objetivo de “ampliar a leitura de mundo dos acadêmicos, funcionários e a comunidade acadêmica por meio da linguagem audiovisual, propondo um espaço semanal para a inserção de filmes relevantes para o público”. O Cine’18:30 acontece todas as quintas-feiras nas dependências da Faculdade Guilherme Guimbala, gratuitamente e sem a necessidade de haver inscrição prévia e vale como horas complementares para toda a comunidade acadêmica da FGG. Os filmes apresentados são curtas metragens entre 15 a 30 minutos que abordam diversas temáticas (social, política e cultural), antes de cada exibição é realizado uma síntese oral do curta, e após o término do mesmo, é aberto uma roda de conversa para debater sobre os assuntos abordados pelo filme e solicitar temas para os próximos curtas. Os curtas exibidos no segundo semestre de 2019 até a presente data foram: “Parece Comigo” que abordava a questão de haver poucas bonecas negras no mercado de brinquedos e até em que ponto isso pode gerar um descaracterização na identidade da criança; o segundo curta apresentado foi o “Mundo sem porteiras – Um alerta contra a exploração sexual de crianças e adolescentes” que focava na questão da prostituição infantil nas estradas brasileiras e em como é difícil acabar com ela, pois até mesmo os donos de postos de gasolinas fazem parte do esquema. Também foi apresentado o curta “A cidade” que conta a história dos moradores do Hospital Colônia Itapuã, que é uma cidade que foi construída e projetada nos anos 40, para abrigar os portadores de hanseníase e que está em funcionamento até hoje. O último curta apresentado foi “Sobre viver: precisamos falar sobre o suicídio” que mostra a importância de falar sobre o suicídio dentro de casa e em como uma conversa pode mudar as coisas. Esse projeto busca através de temáticas polêmicas, pouco conhecidas ou até mesmo ignoradas pela sociedade uma nova visão de mundo para quem os assiste, com a intensão de trazer conhecimento e reconhecimento dos temas abordados para que possa haver possibilidades de remodelar o mundo em que vivemos.

Palavras-chave: Linguagem Audiovisual; Sociedade; Comunidade Acadêmica.

CINE’18:30

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TEXTOS SUMBETIDOSCOMO COMUNICAÇÃO ORAL

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Francieli Loureiro Ramos - FGG/ACEMarilene Wittitz - FGG/ACE

Resumo: O objetivo do presente estudo é analisar o brincar sob a perspectiva da psicanálise e, a partir disso, mediar um olhar aos educadores da educação infantil. Para a obtenção de resultados utilizou-se o método Estado da Arte, que é uma sistematização da produção de dados sobre uma área de conhecimento, perante diferentes aspectos que geraram produção. Foram coletados artigos nas bibliotecas eletrônicas da Pepsic e SciELO. A partir da seleção do campo: assuntos, os seguintes termos foram utilizados para coleta: Brincar & Psicanálise no portal da Pepsic e Educação Infantil & Brincar na biblioteca SciELO. Foram então, encontrados oito artigos para os termos: Brincar & Psicanálise e sete para Educação Infantil & Brincar. Postulou-se para seleção apenas textos em português, produzidos nos últimos dez anos, assim sendo, foi feito um recorte de quatro e seis artigos na Pepsic e SciELO, respectivamente. A relevância de entender o brincar, especialmente pelos educadores da educação infantil, se dá pelo fato de ser nessa primeira etapa da educação básica que se deve contemplar o desenvolvimento integral das crianças em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social. Ademais, é comum ver adultos que não suportam e não estimulam o brincar infantil, pois entendem a atividade como “bagunça”. Nesse caso, o espaço do ambiente escolar, muitas vezes, é o único momento de a criança brincar, correr, jogar, fazer de conta... Para a psicanálise, na brincadeira, fica permitido aquilo que na realidade expõe uma enorme violação à ordem moral, ou seja, brincando pode-se realizar simbolicamente os desejos, enquanto na vida, por conta da interdição, a realização dos desejos é sempre incompleta. Ao brincar, a criança pode reviver uma situação de forma ativa. Brincando, o sujeito se apropria do mundo, monta uma fantasia do seu lugar no circuito familiar e, inclusive, repete algo que lhe foi desagradável, descarregando assim, sua tensão psíquica. A psicanálise salienta o brincar como a busca de prazer e ressalta que brincando se introduz elementos na construção subjetiva. A partir do aparato teórico, conclui-se que o faz-de-conta não é apenas uma mera descarga psíquica, mas sim, uma construção, onde a experiência pode ser especificada e nomeada no laço social. Nessa composição, é primordial que o educador tenha o propósito de dedicar tempo, criar e ampliar espaços para brincadeira. Para mais, outros arranjos que podem fazer a diferença na hora de brincar é a disposição de lugar, tempo e materiais na escola.

Palavras-Chave: Brincar; Psicanálise; Educação.

(DES)COBERTAS NO FAZ-DE-CONTA: CONTRIBUIÇÕES DA PSICANÁLISE PARA EDUCADORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL

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Francieli Loureiro Ramos - FGG/ACEMarilene Wittitz - FGG/ACE

Resumo: A questão mobilizadora dessa investigação iniciou com a seguinte indagação: como se dão as relações de afeto entre professor e crianças no ambiente escolar, tendo como alicerce práticas educativas sensíveis e narrativas infantis, e quais as implicações no sentimento de autoria e autonomia das crianças? Pretendemos com esta pesquisa destacar três aspectos para a construção das práticas educativas: o afeto, as narrativas e a autoria da criança, a partir de uma educação pelo sensível. Esses aspectos, especialmente o afeto, por vezes são desconsiderados na escola, pois geralmente, a importância centra-se na transmissão de conhecimento pelo professor e a sua reprodução pelas crianças. Portanto, nossa intenção é refletir sobre a importância dos processos sensíveis tão necessários quanto os cognitivos nos processos de aprendizagem da criança. Os autores fundantes que subsidiarão a pesquisa são em Práticas Educativas, Freire (1995; 2000), Educação pelo Sensível, Meira; Pillotto (2010), Duarte Jr. (2002; 2010), Infância, Kohan (2002; 2004) e Ostetto (2008; 2017), Experiência Larrosa (2002; 2013). E em Percursos Narrativos, Clandinin; Connelly (2015), Nóvoa (2001; 2014) e Benjamin (1975; 1994; 2012). A pesquisa terá como campo de investigação a Escola Municipal Içá Mirim, localizada na zona rural do município de Garuva/SC, com 18 crianças do 2° ano. A abordagem terá como fio condutor a narrativa e como instrumentos de investigação, serão realizadas sete oficinas estéticas, durante o decorrer das aulas. Nestas oficinas, serão realizadas observações/interações, registros (gravações em multimídia, fotografia, anotações e narrativas infantis). A análise da pesquisa estará centrada nas narrativas das crianças (oral, escrita, em produções visuais e sonoras), que podem sinalizar as relações de afeto entre elas e a professora, e quais implicações destas nas práticas educativas e no sentimento de autoria e autonomia das crianças. As práticas educativas que serão desenvolvidas nessa pesquisa, partem do pressuposto que as mesmas podem ser criadas coletivamente entre professor e crianças, levando-se em conta não apenas a cognição como também o sensível, que se (entre)laçam em múltiplas ideias e sentidos. Os percursos e processos/resultados da pesquisa serão constituídos ao longo da investigação, os quais poderão contribuir para melhor compreendermos o que significa para professores e crianças uma educação pelo sensível. Esperamos que ao final da pesquisa, possamos contribuir para a reflexão de professores, gestores e comunidade de uma forma geral, sobre uma educação que prima pelas relações de afeto na constituição de um sujeito crítico e sensível.

Palavras-Chave: Práticas Educativas; Educação pelo Sensível; Percursos Narrativos.

ESCOLA: UM LUGAR DE EXPERIÊNCIAS, DE AFETO E DE SABERES?

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Tainara Librelato - Sociedade Educacional Santo Antônio

Resumo: O projeto “Entre cores e formas, colorimos um novo mundo!” foi desenvolvido com uma turma de maternal, com crianças entre dois e três anos. Sabendo da importância das experiências na primeiríssima infância e que as mesmas criam conexões que a criança leva para toda a sua vida, é imprescindível que enquanto professor devemos planejar e oportunizar essas experiências para que a criança se desenvolva de forma saudável e cada vez mais crie novas conexões neurais. É por meio da linguagem visual, com o desenho, a pintura, as construções tridimensionais, a modelagem, a colagem, entre outras modalidades, que a criança amplia suas experiências estéticas e culturais. Na educação infantil é importante propiciar a criança à uma vivência artística plena, com a exploração de novos materiais, suportes e muito estímulo à criatividade. De acordo com a BNCC (2017, p.39), “conviver com diferentes manifestações artísticas, culturais e científicas, locais e universais, no cotidiano da instituição escolar, possibilita às crianças, por meio de experiências diversificadas, vivenciar diversas formas de expressão e linguagens, como as artes visuais (pintura, modelagem, colagem, fotografia etc.), a música, o teatro, a dança e o audiovisual, entre outras. Com base nessas experiências, elas se expressam por várias linguagens, criando suas próprias produções artísticas ou culturais, exercitando a autoria (coletiva e individual) com sons, traços, gestos, danças, mímicas, encenações, canções, desenhos, modelagens, manipulação de diversos materiais e de recursos tecnológicos. Essas experiências contribuem para que, desde muito pequenas, as crianças desenvolvam senso estético e crítico, o conhecimento de si mesmas, dos outros e da realidade que as cerca”. O projeto “Entre cores e formas, colorimos um novo mundo!”, oportunizou a criança a exploração dos processos de elaboração artística, desenvolvendo suas habilidades, imaginação e seu potencial criativo. Percebemos que na turma do Maternal A algumas crianças ainda demonstram receio com o contato a alguns materiais, como a terra e a tinta. Nosso objetivo principal com o projeto foi propiciar experiências significativas utilizando diversas técnicas de pintura, buscando assim expressar a sensibilidade e estimular a criatividade. Além das técnicas de pintura, também exploramos algumas obras de arte, realizando assim, releituras, rodas de conversa acerca dos temas e uma inesquecível visita ao museu. Propomos uma visita ao Instituto Juarez Machado para que as crianças pudessem ter novas experiências, e o retorno deles foi fantástico! Durante a nossa visita guiada surgiram vários questionamentos e observações sobre as obras, a turma demonstrou-se bastante atenta e envolvida com a proposta.

Palavras-Chave: Artes; Infância; Pesquisa.

ENTRE CORES E FORMAS, COLORIMOS UM NOVO MUNDO!

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Tainara Librelato - Sociedade Educacional Santo Antônio

Resumo: Na educação tradicional, tínhamos o professor como centro da sala de aula e como provedor do saber, tendo em vista o aluno apenas como receptor de conhecimento e a aprendizagem limitava-se somente a sala de aula. Ouvimos todos os dias que estamos em nova era, nossos alunos estão nascendo já imersos nesta tecnologia. Mas observando suas habilidades, as crianças são realmente ativas ou utilizam essa tecnologia somente na superficialidade? A aprendizagem ativa é uma técnica de ensino, dividida em diversas metodologias, que tem como fundamento um significativo envolvimento dos alunos, que são instigados a estudar utilizando leituras, debates, estudos de caso e trabalhos. A prática, normalmente, desenvolve a reflexão sobre os assuntos e promove ricas discussões em sala de aula, oportunizando assim, que o aluno se expresse e seja o próprio agente de sua aprendizagem. A aprendizagem ativa, segmenta-se em diversas metodologias, são elas: aprendizagem baseada em problemas e projetos, aprendizagem entre pares ou times, sala de aula invertida e estudo de caso. Agora como professor de educação infantil, como posso trazer as metodologias ativas para a minha prática pedagógica e inclui-la em meu planejamento? Uma das metodologias ativas é a vivência por meio de projetos, os projetos trazem uma grande abertura para que as crianças possam expressar o que têm curiosidade e gostariam de aprender. Se observarmos com cautela, podemos perceber que as metodologias se “conversam” e é possível desenvolvê-las em conjunto em sua sala de aula. A aprendizagem baseada em problemas questiona o aluno de como resolver e encontrar a solução para algo, um exemplo: desenvolvo um projeto sobre a natureza com a minha turma, gostaria de trabalhar também a questão do cuidado e preservação do meio ambiente, no modelo tradicional você traria imagens, passaria um vídeo ou até mesmo contaria uma história. Mas, agora como um professor mediador, como proceder? Podemos realizar uma roda de conversa e propor que as crianças exponham suas ideias para o grupo, estaremos dando voz para esta criança e desenvolvimento diversas habilidades, como: adquirir maior autonomia, desenvolver confiança, passam a enxergar o aprendizado como algo tranquilo, tornam-se aptos a resolver problemas. Além destas metodologias também temos a aprendizagem por times ou pares e estudo de caso. Nosso objetivo principal em sala é experenciar conteúdos de forma lúdica e divertida, agregando as metodologias ativas, atividades e recursos tecnológicos, como: oportunizar a criança que crie seus próprios registros fotográficos e vídeos das atividades, propor que eles narrem as experiências, para assim vermos nitidamente como a criança entendeu o que foi proposto, produzir experimentos científicos capaz de produzirem novos conhecimentos, realizar tour virtual por museus, cidades e países, criar jogos simples utilizando o PowerPoint, elaborando quiz, montando equipes e propondo que a turma converse para chegar em um consenso, desenvolvendo assim o trabalho em equipes ou pares. As possibilidades de trabalho são inúmeras, e com certeza você como professor verá com clareza o resultado do seu trabalho e o entusiasmo e satisfação dos seus alunos.

Palavras-Chave: Mediador; Tecnologia; Inovação.

METODOLOGIAS ATIVAS DE APRENDIZAGEM: COMO ABORDAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL?

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Adriane Coutinho – FGG/ACEPriscila Avelino – FGG/ACE

Josiane Aparecida Jacinto Joaquim – FGG/ACE

Resumo: A matemática está por toda parte, nas brincadeiras, nas partidas de futebol, na culinária, direta ou indiretamente. Os números estão em todos os lugares, seja na vida pessoal, profissional, social ou acadêmica. Utilizamos os números sempre: na escola, na igreja, na cozinha, no shopping, no supermercado, entre outros. Sendo assim, é notável que a matemática está presente no dia a dia das pessoas e é tão necessária. O tema escolhido surgiu do interesse da dupla, pois as duas pesquisadoras gostavam de matemática no ensino fundamental. Porém, ao ingressar no ensino médio, algumas dificuldades começaram a aparecer, os temas ficaram mais complexos, os professores eram mais exigentes, pareciam não se importar com o rendimento da turma e com as vivências dos alunos, o que ocasionou certo medo ou insegurança na disciplina em questão e, consequentemente, um distanciamento na relação professor-aluno. Pensando nisso, como objetivo geral decidiu-se (1) verificar se há e como é feita a relação da matemática com a vida cotidiana das crianças de 4º e 5º ano do ensino fundamental. Como objetivos específicos foram determinados os seguintes: (2) Conhecer as metodologias utilizadas para o ensino da matemática nas turmas de 4º e 5º ano dos anos iniciais e (3) Identificar a relação da matemática escolar com o cotidiano das crianças. Desta forma, buscou-se compreender a contribuição dessa aprendizagem matemática. A matemática está presente e sempre esteve na sociedade, mas a maioria dos seres humanos não se dá conta da importância que ela tem para a sua vida. A disciplina de matemática na escola, por muitas vezes, é estereotipada, não se sabe a sua aplicação e utilização na vida diária, ela acaba acontecendo através de mera repetição de exercícios ou compreensão pré-existente de conceitos desprendidos da realidade atual. Segundo Soares (2009, p. 06): “interessante ressaltar que uma grande parte da matemática do cotidiano pode ser aprendida em atividades práticas, sem necessariamente haver uma contribuição da escola. Um pintor, por exemplo, aprende a calcular a quantidade de tinta necessária à pintura de uma casa a partir de sua experiência profissional”. “Da mesma forma, muitas vezes calculamos as quantidades de ingredientes utilizados em uma receita culinária sem que seja preciso qualquer conhecimento adquirido na escola”. O autor trata da matemática no cotidiano e da relação com a escola, sua importância dentro e fora do meio escolar, destacando que ela pode ser entendida e estudada à medida que se precise utilizá-la no dia a dia, sem necessariamente estar inserida no contexto escolar. Sendo assim, muitas vezes o que se aprende fora da escola, além de ser útil para a vida, também serve de base para o conhecimento teórico e formal estudado na escola, porém, não significa necessariamente que todas as pessoas adquirirão conhecimento e relação da mesma forma, pois, para medir algo, conferir se o troco do supermercado está correto ou até mesmo se a quantidade de leite para completar a receita de um bolo está correta, vai depender do contexto histórico e social que cada indivíduo está inserido e principalmente da necessidade de utilização do conhecimento.

Palavras-Chave: Matemática; Aplicabilidade; Matemática no Cotidiano.

A COMPREENSÃO DE PROFESSORES E ALUNOS DE 40ANO E 50 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL ACERCA DA APLICABILIDADE DA MATEMÁTICA

NA VIDA COTIDIANA

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Evelin Alves Hipólito – FGG/ACEGabriela Ramos – FGG/ACE

Resumo: A presente pesquisa, em andamento, tem como temática a Pesquisa na formação de professores, onde se delimitou as Temáticas pesquisadas nos Trabalhos de Conclusão de Curso de Pedagogia da Associação Catarinense de Ensino – Faculdade Guilherme Guimbala na cidade de Joinville/SC. O problema de pesquisa se delineou em identificar: Quais foram as temáticas pesquisadas nos Trabalhos de Conclusão de Curso de Pedagogia da Associação Catarinense de Ensino – Faculdade Guilherme Guimbala na cidade de Joinville/SC?. A partir desse problema foi definido o objetivo geral que é caracterizar as pesquisas desenvolvidas como Trabalho de Conclusão de Curso no curso de Pedagogia da Faculdade Guilherme Guimbala, mantida pela Associação Catarinense de Ensino, juntamente com os objetivos específicos, que são: (1) mapear os Trabalhos de Conclusão de Curso de Pedagogia no período de 40 anos da instituição; e (2) analisar os Trabalhos de Conclusão de Curso da instituição a fim de identificar as pesquisas desenvolvidas no curso de Pedagogia da FGG/ACE. O embasamento teórico se deu a partir de conceitos da Pesquisa em Educação e Pesquisa na Formação Inicial de Professores, através de autores como ANDRÉ (2013); LUDKE (2013); e BRAVO (1991). Para a realização do estudo foi escolhida a pesquisa exploratória, tendo em vista que se pretende levantar informações sobre as pesquisas já realizadas na instituição de ensino. O método de investigação aplicado é a pesquisa documental e o instrumento de coleta de dados que está sendo utilizado é um roteiro de análise documental. Nesta etapa é realizada a coleta de dados, junto aos documentos da biblioteca física e online da instituição, onde de modo consequente está sendo realizada uma análise dos dados obtidos, ainda estamos buscando materiais juntamente com a secretaria do curso, para obtermos mais informações sobre os TCC’s mais antigos e realizaremos uma entrevista com a responsável da biblioteca, para colhermos mais informações. O resultado esperado é descobrir quais foram os temas abordados nos Trabalhos de Conclusão de Curso, durante os 40 anos do curso de Pedagogia desta instituição e também mostrar que este estudo será de grande importância para a instituição, acadêmicos, professores, funcionários e comunidade deste estabelecimento de ensino.

Palavras-Chave: Pesquisa em Educação; Formação de Professores; Curso de Pedagogia.

PESQUISA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

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Ana Claudia Do Prado Lima - UNIASSELVI

Resumo: Este trabalho tem o intuito de mostrar o quanto as brincadeiras e os jogos infantis têm características que levam a criança à evolução do pensamento e do agir, observando a importância do brincar na socialização da criança e em seu desenvolvimento. Considerando que a evolução do desenvolvimento infantil atrelado ao brincar ocorre também de acordo com a fase do desenvolvimento em que a criança está inserida, bem como com as suas vivências e relacionamento com o meio social. Este artigo mostra em seu escopo o brincar e como a criança realiza brincadeiras sociais desde o período sensório-motor, no qual a criança explora e descobre o espaço até o jogar com regras no período pré-operatório. E nesse contexto se faz necessário a investigação das crianças no processo do brincar, processo esse que também é uma construção cultural e social, para isso se fez indispensável um estudo sobre a construção social da criança e da infância constatando o brincar como direito constitucional conquistado, que nem sempre é legitimado, pois é visto com diferentes olhares em diferentes infâncias e culturas. Sabendo que muitas crianças vivenciam o brincar de formas diversas coube a este estudo situar a concepções de criança e infâncias, já visto que isso influenciará como o brincar é tratado nas diversas sociedades. Então diante do exposto este trabalho tem o objetivo de construir um estudo bibliográfico sobre a temática da brincadeira buscando suporte teórico e metodológico. Sendo um estudo que vê a criança como autora de sua própria história, baseada nos conceitos de criança cidadã esta pesquisa visa conhecer como ocorre à construção do brincar da criança, percebendo e refletindo sobre o que elas têm a nos dizer além das palavras, pois o brincar vai além do lúdico, vai além do pensamento ele ocorre no corpo, a criança mostra seu brincar com seus atos e sentimentos. Essa pesquisa também tem a intenção de superar uma visão reducionista em torno da infância e das crianças, enfatizando um lugar importante nos ambientes sociais destacando outras formas de pensar o ser criança e suas infâncias, no intuito de proporcionar aos educadores de Educação Infantil uma proposta de ação pautada nos valores éticos, morais, afetivo e social, auxiliando na legitimação do direito da criança de brincar.

Palavras-Chave: Brincar; Infância; Desenvolvimento.

O BRINCAR E O DESENVOLVIMENTO INFANTIL

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Mariane Cristina Gonçalves – FGG/ACEThamires Meris – FGG/ACE

Dirlene Glasennapp – FGG/ACE

Resumo: O presente artigo tem como tema Educação Inclusiva e Alfabetização e tem como objetivo conhecer os métodos utilizados pelos professores para alfabetizar os alunos com deficiência intelectual. A pesquisa seguiu uma abordagem qualitativa em que se utilizou como instrumento de coleta de dados um roteiro de entrevista semiestruturada, tendo como sujeitos de pesquisa duas professoras alfabetizadoras da Rede Municipal de Ensino de Joinville/SC e uma supervisora escolar. Os principais aportes teóricos que sustentaram as discussões são: no âmbito da alfabetização, Soares (2017) e no viés da perspectiva da educação inclusiva, Mantoan (2015). Os resultados encontrados revelam que as entrevistadas possuem entendimento sobre a concepção de deficiência intelectual e tendo consciência da demanda existente utiliza-se de diferentes recursos metodológicos em sua prática docente conseguindo, portanto, ter êxito na aprendizagem dos alunos com deficiência intelectual. Também compreendem a importância de uma avaliação pautada no que os discentes conseguem desenvolver dentro de suas especificidades e limitações, partindo do pressuposto de que todo aluno tem capacidades de desenvolvimento, porém faz-se necessária a mediação e o acompanhamento visando à obtenção do conhecimento de forma significativa. Portanto, é possível afirmar que para alfabetizar alunos com deficiência intelectual faz-se necessário compreender as especificidades do aluno, assim como, suas potencialidades, desenvolvendo o uso de metodologias diferenciadas que busquem a apropriação do sistema de escrita alfabética, é de fundamental importância entender que o aluno é um sujeito cultural, que dispõe de sua subjetividade no processo de ensino. Sendo assim, os métodos utilizados pelas professoras alfabetizadoras entrevistadas nesta pesquisa, são eficazes e segundo estas, propiciam aos discentes o desenvolvimento de seu intelecto e de suas relações sócio afetivas. Esta pesquisa foi realizada como Trabalho de Conclusão de Curso e submetida para avaliação da banca examinadora no ano de 2018 a fim de promover a titulação de ambas em Licenciatura Plena em Pedagogia, dessa forma, este foi aprovado em dezembro do ano de 2018 e promoveu grande evolução em vista da aquisição de novos conhecimentos e possibilidades em relação as áreas de atuação do curso de pedagogia.

Palavras-Chave: Educação Inclusiva; Alfabetização; Deficiência Intelectual.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA E ALFABETIZAÇÃO

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Gabriela Thaís Webber – FGG/ACE

Resumo: O tema a ser apresentado se intitula Educação Sexual, sendo sua delimitação a importância da educação sexual nas escolas, com o seguinte problema de pesquisa: a educação sexual realizada em escolas públicas traz resultados positivos? Seu objetivo geral corresponde a conhecer dados sobre a educação sexual realizada nas escolas públicas municipais e estaduais de Jaraguá do Sul / SC, e seus objetivos específicos condizem com investigar casos de abuso sexual que foram relatados na/após aula de educação sexual e conhecer sobre abusos sexuais intrafamiliares identificados pelo Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos – PAEFI, este é um serviço de orientação e acompanhamento de famílias e/ou indivíduos em situação de vulnerabilidade, como ameaça ou violação de direitos, dentre eles o abuso sexual. Serão discutidos os tópicos sobre a violência sexual intrafamiliar, que aborda sobre os abusadores estarem, na maioria das vezes, dentro da própria casa ou na família e também o fato de que a violência sexual é a quarta violação mais cometida contra crianças e adolescentes no Brasil, e o segundo tópico se aplica à educação sexual na escola como possibilidade de combate à violência sexual, que trata do importante papel que a escola têm na prevenção desta violência, pois é neste contexto que o aluno passa grande parte do seu tempo e cria vínculos de confiança, levando em consideração também o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, e suas leis, que garantem segurança para todos os menores. Citando como principais autores, tem-se Santos (2011), Ippolito (2011) e Habigzang (2005). Quanto a metodologia, a pesquisa se denomina descritiva e como instrumentos para a coleta de dados serão utilizados dois roteiros de entrevista, um para as duas escolas e outro para o PAEFI. No momento aguarda-se as autorizações de ambas as escolas para realizar as entrevistas, obter os resultados e seguir o cronograma. Espera-se responder o objetivo geral com clareza e que seja possível visualizar a educação sexual acontecendo dentro das escolas municipais e estaduais, pois para muitas crianças este local acaba se tornando mais seguro que sua própria casa e deve oferecer toda segurança que for possível.

Palavras-Chave: Educação Sexual; Abuso Sexual; Violência Sexual.

EDUCAÇÃO SEXUAL

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Amanda Ponciano – FGG/ACE

Resumo: O presente estudo propõe-se a apresentar pesquisa na área de Trabalho e Educação. Ainda em curso, discorrerá sobre as condições de trabalho vividas por professoras e auxiliares da Educação Infantil na cidade de Joinville/SC. O estudo tem como objetivo geral identificar as condições do trabalho docente, dando ênfase à influência de tais condições sobre a qualidade de vida das pesquisadas. Os objetivos específicos são estabelecer o perfil pessoal e profissional das docentes que atuam em salas de aula da Educação Infantil na cidade de Joinville/SC, demonstrar a satisfação que as professoras e auxiliares manifestam em relação às condições disponíveis para o trabalho na Educação Infantil e verificar em que medida as condições de trabalho influem sobre a qualidade de vida das pesquisadas. Tardif e Lessard (2014) apontam que a docência é uma atividade de limites imprecisos e variáveis já que as profissionais da educação estão sujeitas às circunstâncias que tangem a sua prática pedagógica. Verificar dados que medem quantitativamente as condições de trabalho, tais como horas trabalhadas, quantidade de alunos em sala, condições materiais da instituição ou a faixa salarial docente auxiliam na compreensão do contexto no qual a docente está inserida, no entanto, a análise permeada pelo levantamento da influência das condições na qualidade de vida docente, exige uma abordagem mais subjetiva, buscando delinear o contentamento com a própria identidade profissional. Zabalza (1998) destaca que, para atingir uma Educação Infantil de qualidade, um dos aspectos importantes a ser considerado é um clima de trabalho satisfatório para todos os envolvidos no processo educativo, ou seja, professoras, auxiliares, comunidade, pois, ainda mais do que outras profissões, a docência existe no meio das relações pessoais. Portanto, para o autor, o aspecto da qualidade de vida docente constitui-se como um dos caminhos para atingir uma Educação Infantil de alto nível. Foi realizado um balanço de produção acadêmica no segundo semestre de 2018 na plataforma ANPED. A partir desta análise, foi possível verificar fundamentações teóricas que sustentam a relação do trabalho no contexto da educação, no entanto, não foi possível encontrar pesquisas que desenvolvessem relações entre Trabalho, Educação Infantil e Qualidade de Vida. Para medir a qualidade de vida dos indivíduos pesquisados, serão utilizados como base perguntas dos questionários elaborados para este fim da Organização Mundial da Saúde. A coleta dos dados nesta pesquisa será mediante questionário online, produzido por meio da plataforma Google Forms e enviado por e-mail para as participantes. Espera-se que com este estudo seja possível lançar luz às particularidades e necessidades das profissionais que atuam no primeiro nível da educação básica – a Educação Infantil.

Palavras-Chave: Educação Infantil; Condições de Trabalho; Qualidade de Vida.

AS CONDIÇÕES DE TRABALHO DAS PROFESSORAS E AUXILIARES DA EDUCAÇÃO INFANTIL NA CIDADE DE JOINVILLE/SC

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Fernanda Gonçalves - E.E.B. Dr. Jorge LacerdaMarta de Oliveira dos Santos - E.E.B. Dr. Jorge Lacerda

Sandra Felício Roldão - E.E.B. Dr. Jorge Lacerda

Resumo: Atualmente as instituições escolares têm-se deparado com constantes desafios, conflitos e tensões que contribuem para um posicionamento de pesquisa, reflexão e aprendizado dos atores sociais envolvidos. Nessas tensões estabelecidas, a instituição escolar proporcionará ações pedagógicas que oportunizem aos estudantes o acesso ao conhecimento científico e a oportunidade de conviver com o outro. O outro que desperta o interesse nas diferenças, o outro que nos convida a renunciar nossas verdades, proporcionando o diálogo, a reflexão e o exercício de alteridade. Nessa esteira de reflexões, percebemos que nos últimos anos houve um crescimento considerável das matrículas de alunos imigrantes haitianos na cidade de Joinville (SC), evidenciando as barreiras linguísticas, cultural e social. O percurso migratório da criança e do adolescente é repleto de vivências e aprendizagens, possuem uma carga emocional exaustiva e carregam alta expectativa projetada pelos pais. Sentem medo e receio pela nova terra, dos novos amigos e do novo idioma. Afinal, quem são essas crianças e adolescentes imigrantes que estão no ambiente escolar na cidade de Joinville? Como eles serão considerados ativos em seu processo de aprendizagem se os professores ainda adotam o modelo assimilacionista? Como ensinar a Língua Portuguesa para um estudante bilíngue? São muitas indagações que norteiam o assunto e muitos caminhos poderão ser percorridos para entendermos e propormos novas ações e metodologias. Diante dessas indagações, as instituições escolares devem estabelecer novos olhares, e práticas educativas de acolhimento, desenvolvendo o sentimento de pertencimento nas crianças e adolescentes imigrantes. Nesta perspectiva, apresentamos um relato de experiência do projeto “O Haiti é Aqui”: Aprendendo Juntos, desenvolvido pelos estudantes do Curso de Magistério da E.E.B. Dr. Jorge Lacerda, em parceria com a Universidade da Região de Joinville (Univille). O objetivo do projeto é contribuir para a inclusão social de crianças e adolescentes imigrantes haitianos, através do ensino/aprendizagem da Língua Portuguesa, e da inserção e interação nas instituições escolares. O projeto atende cinco escolas pertencentes à rede pública de educação, na cidade de Joinville e, aproximadamente, (40) quarenta estudantes imigrantes haitianos foram atendidos pelo projeto nos anos de 2018 e 2019. Para o desenvolvimento do projeto os estudantes participam de reflexões em torno de temas como: imigração, direitos humanos, propostas e metodologias do ensino de Português como Língua de Acolhimento (PLAc). No processo de acolher e ensinar, as/os estudantes do magistério, futuras/os professoras/res, apreendem que a educação é para todos, e com suas especificidades. Essa experiência de docência com as crianças e adolescentes imigrantes contribui imensuravelmente para a formação de professoras e professores sensibilizados às mudanças, e desafiados ao enfrentamento e ao “aprendendo juntos”.

Palavras-Chave: Educação; Imigrantes Haitianos; Português como Língua de Acolhimento.

PROJETO “O HAITI É AQUI”: APRENDENDO JUNTOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

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Andreia Cristina Maia Züge – FGG/ACECamilla Beyersdorff – FGG/ACEPriscila Moser Lessa – FGG/ACE

Gabriela Kunz Silveira – FGG/ACE

Resumo: A Insuficiência Renal Crônica (IRC) se caracteriza pela deterioração progressiva e irreversível da função renal impossibilitando que os rins sejam capazes de manter o equilíbrio hidroeletrolítico e metabólico do organismo. De acordo com o Manual de Diretrizes Clínicas do Ministério da Saúde às principais funções dos rins são: remover os resíduos de diversos metabolismos, produzir hormônios, eliminar o excesso de água do organismo e controlar a pressão arterial. A evolução é assintomática, porém, o paciente poderá apresentar náuseas, vômitos, falta de apetite, cansaço, fraqueza, coloração pálida da pele, hálito semelhante à urina, redução da diurese, alterações cardíacas e do estado emocional e cognitivo. Os principais fatores etiológicos responsáveis pela falência renal são: a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), a Diabete Mellitus (DM), Rins Policísticos (doenças hereditárias) e Lúpus (doenças sistêmicas). Dentre as morbidades estão: Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Doenças Cardiovasculares (DCV) e Diabete Mellitus (DM). Sendo irreversível, os pacientes acometidos pela IRC recebem atendimento integral, configurado como tratamento conservador e organizado de acordo com o estágio da doença: estágios 1 a 3 (pré-diálise), estágios 4 e 5 (não dialítico) e terapia renal substitutiva no estágio 5 (dialítico). Desta forma, cabe ressaltar que, o estilo e condição de vida, são fatores determinantes para a qualidade do prognóstico e para os recursos necessários para o enfrentamento da IRC, influenciando diretamente na compreensão dos aspectos da doença crônica, no autocuidado, nas restrições do seu papel social, na qualidade de vida e nas repercussões emocionais devido ao impacto do diagnóstico e alterações que ocorrem na vida cotidiana do paciente. Neste contexto, surge o presente trabalho como resultado do estágio de processos educacionais de psicologia (estágio em licenciatura), realizado numa unidade renal, na cidade de Joinville. A aproximação com o campo teve início no mês de março de 2019, por meio de um ciclo de observações ativas e roteiro de entrevista, no qual, teve como resultado oito categorias referente às percepções dos pacientes face ao processo de adesão ao tratamento, assim, em quase todos os discursos, surgiram falas e expressões alusivas ao autocuidado, autonomia, luto, espiritualidade, papel social e suas relações e lazer. A partir disso, foram compiladas três categorias, sendo: autocuidado, autonomia e luto que serviram como ponto de ancoragem para o desenvolvimento das práticas educativas que acontecem todos os sábados, neste presente ano, configuradas em diferentes ciclos de atividades que visam ampliar as percepções dos pacientes renais. Ao longo do tratamento os pacientes passam a viver de forma passiva na monotonia da rotina que segue as sessões de hemodiálise, desta forma, as práticas educativas realizadas nesta unidade renal vêm proporcionando diversão, interação e de certa forma, apoio terapêutico, representando novas perspectivas em relação à doença crônica. Por fim, acontecimentos que promovem a subjetividade estão presentes a cada prática educativa realizada, através de relatos imbuídos de sentimentos e percepções acerca da doença renal e do tratamento conservador – responsável pela manutenção da vida, fornecendo a cada encontro registros por meio de falas, desabafos, sorrisos, esperança e afeto de vidas que se cruzam em diferentes condições existenciais.

Palavras-Chave: Doença Renal Crônica; Qualidade de Vida; Práticas Educacionais de Psicologia.

PROTAGONISTA DE SI: APRENDENDO COM O ADOECER

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Kariston Pereira – UDESCIandra Pavanati – INESA

Resumo: O NexT (Núcleo de Estudos em Xadrez & Tecnologias) visa proporcionar aos alunos, professores e funcionários da UDESC (Universidade do Estado de Santa Catarina), com ênfase na participação da comunidade externa, a oportunidade de aprender, praticar, treinar, competir, estudar e pesquisar o xadrez e suas tecnologias dentro da Universidade. Na busca desse objetivo, o NexT tem desenvolvido diversas ações de ensino, pesquisa e extensão deste 2011. Entre elas o Projeto “Jogue Xadrez na Universidade”, inicialmente denominado de “Sextas Xadrez na Universidade”, porque acontecia às sextas-feiras e, atualmente promovido às quartas-feiras, com o desenvolvimento de sessões lúdico-didáticas orientadas de xadrez, para propiciar a integração dos participantes e possibilitar a troca de experiências entre os mesmos e o Projeto “Jogue Xadrez na Universidade”, nomeado no início como: “Torneios de Xadrez na Universidade”, com a realização de competições e treinamentos entre os membros e potenciais membros do NexT. Vinculadas a este projeto, o NexT também desenvolve competições seletivas no CCT (Centro de Ciências Tecnológicas) para os Jogos de Integração dos Acadêmicos da UDESC (JIUDESC), bem como a preparação dos atletas selecionados. Outro projeto de grande destaque no NexT é o Projeto “Aprenda Xadrez na Universidade”, anteriormente denominado “Cursos de Xadrez na Universidade” que, a cada ano, conduz duas turmas no curso de xadrez de nível básico, denominado “Curso de Xadrez para Iniciantes”, permitindo aos aprendizes o acesso ao conhecimento enxadrístico elementar e também duas turmas do curso de nível intermediário, alternando temas como fundamentos de finais e tática. Além desses projetos, também foi desenvolvida a Atividade Especial Ensino de Xadrez para a Terceira Idade: ensino de xadrez para o público de terceira idade do projeto “Universidade do Idoso” (CCT/UDESC). Na pesquisa, o NexT já orientou trabalhos na Graduação e Dissertações de Mestrado. Vale também salientar conquistas tanto internas como nacional do NexT enquanto programa de extensão, já que obteve a nota máxima no Edital ProExt 2014 do Ministério da Educação e, em 2018, foi avaliado como o melhor programa de extensão da UDESC. Com o desenvolvimento continuado deste núcleo e suas ações vinculadas, tem-se consolidado na UDESC uma comunidade de prática e treinamento enxadrísticos junto a um ambiente de pesquisa e estudos interdisciplinares, em que o jogo de xadrez é o elemento integrador.

Palavras-Chave: Jogo de Xadrez; Tecnologias; Interdisciplinaridade.

OITO ANOS DE NEXT: A EXPERIÊNCIA DO NÚCLEO DE ESTUDOS EM XADREZ & TECNOLOGIAS COM ATIVIDADES DE EXTENSÃO

DESENVOLVIDAS NA UNIVERSIDADE

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Amabelle Cristine Vechter Rank - IFC/AraquariEsther Midori Konell Maehara - IFC/Araquari

Resumo: Atualmente, o Transtorno do Espectro Autista – TEA, apresenta uma estimativa de 1% de pessoas diagnosticadas no mundo. No TEA, a alteração de Funções Executivas - FE pode ser facilmente identificada na escassez do brincar simbólico, na presença de interesse e comportamentos repetitivos, e na dificuldade da dimensão pragmática da linguagem. Ao longo da vida, a alterações nessas funções podem gerar uma problemática, visto que a função executiva é um conjunto de processos cognitivos que possibilitam autorregulação da demanda de estímulos mentais e ambientais. Nesse contexto, a Terapia Assistida por Animais – TAA, surge com uma possibilidade de intervenção, pois é uma abordagem executada por profissionais da área de saúde em que o cão é integrante dos atendimentos como coterapeuta, e aplicado de forma individual ou coletiva para desempenho físico, social, emocional e cognitivo do paciente, fazendo-se todo o processo avaliado e documentado. Assim, a pesquisa busca relatar evidências da cinoterapia e seus impactos nas áreas primordiais do desenvolvimento e nas funções executivas. Para isso, o relato de caso contou com a participação de uma criança de quatro anos, diagnosticada com autismo (baixa funcionalidade), cadastrada no programa de estimulação precoce da APAE Araquari, onde num período de três meses passou por atendimentos semanais em equipe multidisciplinar pelos profissionais fisioterapeuta, psicólogo, terapeuta ocupacional e um grupo de servidores docentes e discentes do curso de medicina veterinária do IFC Araquari, e quinzenalmente pelo fonoaudiólogo. O protocolo avaliativo do participante contempla anamnese com o cuidador e a escala Denver II. Os cães utilizados na cinoterapia passam por treinamento semanal e sua aptidão é avaliada pelo adestrador. Este estudo foi aprovado e está registrado no Comitê de Ética no Uso de Animais e Experimentação em Humanos. O tratamento inicial inclui o terapeuta, a criança e o cão com seu tutor em sessões de 20 minutos, incentivando a criança a interagir com o animal para fortalecimento de vínculo, sendo fator motivador para a mesma. Posteriormente, em sessões de 40 minutos, introduziu-se gradualmente atividades secundárias, como: escovar, nomear, jogar a bolinha e jogos de encaixe. Nos parâmetros das avaliações, dado que o paciente pontuou em avalição inicial idade Denver de 2 anos e 1 mês e na parcial atingiu idade Denver 2 anos e 8 meses, a intervenção resultou em sete meses de evolução em escala geral. Até o momento pode-se observar que a terapia ocupacional aplicada a cinoterapia trouxe melhoras significativas do neurodesenvolvimento no paciente com espectro autista, estabeleceu relações sociais afetivas, bem como a presença dos animais favoreceu os aspectos emocionais, gerando bem-estar e um momento lúdico, enfatizando a motivação e troca de afeto. Dessa forma apresentou avanços notáveis na memória de trabalho, e também vem apresentando melhoras controle inibitório e flexibilidade cognitiva, podendo ser observado por meio de atividades elaboradas e na rotina de atendimentos. Corroborando, essas melhoras também foram relatadas pela cuidadora e pela escola em suas rotinas diárias.

Palavras-Chave: Terapia Ocupacional; Terapia Assistida por Animais; Transtorno do Espectro Autista.

A TERAPIA OCUPACIONAL APLICADA A CINOTERAPIA: O IMPACTO NAS FUNÇÕES EXECUTIVAS DA CRIANÇA AUTISTA

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Puella Caelis Silva da Silveira – IFC

Resumo: A educação e o processo escolar estão intimamente relacionado às habilidades sociais, onde o ser humano, em tenra idade, é introduzido num ambiente o qual ele inicialmente desconhece e nisto emerge-se a necessidade de relacionar-se socialmente com seus pares, consideramos então, a escolarização, uma porta de entrada para o desenvolvimento de processos sociais, porém, quando tratam-se de crianças atípicas, as dificuldades encontram-se em proporções muito maiores, visto que dependendo destas limitações ou deficiências, este se torna um fator mais complexo, necessitando-se de intervenções que poderão auxiliar neste processo. O Treino de Habilidades Sociais (THS), são técnicas da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), na psicologia, onde propõe-se criar estratégias para o desenvolvimento de um bom desempenho social, que neste estudo, procura auxiliar crianças com necessidades especiais que frequentam o Ensino Regular e o serviço de Estimulação Precoce da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), com o auxílio de cães terapeutas (Cinoterapia), treinados semanalmente por discentes e docentes do curso de Medicina Veterinária, num projeto de extenção do Instituto Federal Catarinense (IFC) onde promovem-se atividades que trazem maior prazer, satisfação e aderência de crianças com autismo, mielomeningocele, síndrome rara, entre outras deficiências, que semestralmente passam por avaliação na Escala Denver II, onde aferem-se seus ganhos no aspecto Pessoal-Social.

Palavras-Chave: Cinoterapia; Habilidades Sociais; Psicologia.

USO DA CINOTERAPIA EM TREINO DE HABILIDADES SOCIAIS COM CRIANÇAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

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Francine Veiga da Silva – FGG/ACEGabriela Janaina Pirovano – FGG/ACEMarcos Antonio dos Anjos – FGG/ACE

Resumo: Introdução: O processo de aprendizagem envolve quatro grandes pilares: atenção, engajamento ativo, erro e consolidação. No presente estudo abordaremos a atenção seletiva visual, o primeiro pilar e de grande relevância dentro do ambiente escolar. Desenvolvimento: A mesma é caracterizada por mecanismos responsáveis pela capacidade neuronal de processamento de uma informação em detrimento de outras que estão no campo visual, sofrendo influencia por circuitos top-down, com base em motivações internas, objetivando a aprendizagem consciente, por exemplo, quando o profissional aponta determinada informação como supostamente tema de alguma futura avaliação. Os outros circuitos são conhecidos por bottom-up, baseados em características físicas das informações periféricas como cor, luminosidade, movimento e aparição repentina, observando-se como exemplo a utilização de cores vibrantes para destaque de alguma informação. Os receptores da retina originam as vias retino-calcarina e retino-tectal que chegam ao córtex visual e colículo superior, respectivamente. No trajeto das vias o teto mesencefálico, principal componente para a atenção involuntária, apresenta modulação glutamatérgica, gabaérgica e colinérgica, promovendo seleção, amplificação e projeção do impulso nervoso a áreas talâmicas, interagindo com núcleos que promovem o holofote da atenção e ainda com núcleos da base e cerebelo, envolvidos com a motricidade ocular e da cabeça. O colículo superior atua na indução de respostas reflexas a um detalhe no campo visual e projeções a áreas corticais para processamento de alta fidelidade. O córtex pré-frontal antes de vinte e um anos de idade apresenta dificuldade em manter a atenção sustentada, o mesmo é responsável pelas funções executivas (controle inibitório, planejamento e memória de trabalho), que controlam aspectos cognitivos como a tomada de decisão e consequentemente a atenção voluntária. A motivação do estudante faz com que sinais de seleção visuo-espaciais sejam emitidos pelo córtex pré-frontal, atingindo o tálamo, para focalização de um estímulo; a área intraparietal lateral, para tradução em sinais retinocêntricos, e a mesma comunica-se com o campo ocular frontal, gerando coordenação do redirecionamento ocular. Outro conectoma envolvido na atenção voluntária é a ativação do giro cingulado, relacionado a processos emocionais, pelo córtex pré-frontal, estimulando interneurônios inibitórios no córtex visual. Ocorre ainda a participação dos núcleos da base e do tronco encefálico, mantendo o nível de alerta e auxiliando na coordenação motora para os movimentos futuramente realizados, com participação dos neuromoduladores citados acima, acrescidos de dopamina, noradrenalina e serotonina. Objetivos: Identificar os circuitos envolvidos no processo de atenção visual seletiva e a partir disto elaborar estratégias de intervenção visando melhorar o processo ensino-aprendizagem. Métodos: A coleta de dados foi realizada a partir de livros e plataformas de pesquisa e busca online Pubmed, Scielo e Lillacs. Considerações finais: A compreensão da circuitaria envolvida na atenção seletiva visual, bem como do que a estimula e do que a prejudica é fundamental no ambiente escolar para a atuação do profissional do ensino na escolha da metodologia que irá aplicar.

Palavras-Chave: Atenção Seletiva Visual; Aprendizagem; Neurofisiologia.

ASPECTOS NEUROFISIOLÓGICOS DA ATENÇÃO SELETIVA VISUAL E SUAS IMPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS

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Vinicius Moreira – FGG/ACE Douglas Felipe Schneider – FGG/ACE

Resumo: O transtorno do espectro autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento, caracterizado por dificuldades na interação social, coordenação motora e realização movimentos estereotipados e repetitivos. A etiologia ainda não é totalmente definida, podendo encontrar hipóteses genéticas e ambientais. Sua epidemiologia é de cerca de 1 para cada 59 crianças, e essa incidência vem aumentando nos últimos anos, de forma preocupante para toda a comunidade cientifica. O aspecto neurológico mais estudado seria a diminuição do número de neurônios espelhos, todavia, outras áreas cerebrais e cerebelares apresentam alterações. Objetivo: Identificar de acordo com a literatura pesquisada, áreas encefálicas que estariam comprometidas em indivíduos portadores do TEA. Hipótese: através desta revisão bibliográfica, tentar identificar os aspectos neurofisiopatológicos envolvidos no transtorno do espectro autista. Metodologia: A coleta de dados foi realizada através das plataformas de pesquisas e busca: pubmed, medline, scielo e lillacs. Foi utilizado critério de corte de 2000 a 2019 para referências presentes neste projeto. Resultados: Indivíduos com TEA podem apresentar níveis reduzidos de neurônios espelhos, sendo este sistema importante para o aprendizado motor e interação social, já que este possui ligações com o lobo parietal, lobo temporal, córtex frontal e pré-frontal. Além do menor número de neurônios espelhos, existem outras afecções no encéfalo. No córtex frontal pode ocorrer distúrbios no equilibro excitação/inibição, podendo haver declínio no número de receptores GABAérgicos e menor quantidade de monoamina oxidase (MAO), sendo está última essencial na degradação de serotonina. Além do córtex frontal, outras regiões apresentam alteração no equilíbrio excitação/inibição, áreas do córtex visual, auditivo e somatossensorial, podem apresentar níveis reduzidos deste neurotransmissor, acarretando alterações nos cinco sentidos básicos, audição, olfato, visão, tato e paladar. No córtex parietal o nível reduzido de GABA pode trazer alterações na sensação de estímulos vibráteis e mecanismos de feedback e feedforward. Já no lobo occipital, além do nível reduzido de GABA, foi identificado diminuição da função do fascículo longitudinal inferior, trazendo prejuízos para a percepção global. No lobo temporal foram identificadas alterações em regiões de amígdala e hipocampo. Outra estrutura encefálica que apresenta alterações é o cerebelo, este apresenta um menor número de células de purkinje além de uma menor conexão córtico-cerebelar, principalmente com áreas de giro temporal superior, córtex pré-frontal, giro fusiforme direito e estriado ventral. Conclusão: A compreensão dos aspectos anatômicos e funcionais de indivíduos com TEA facilita o entendimento do comportamento desses sujeitos e é determinante para a abordagem terapêutica.

Palavras-Chave: Neurodesenvolvimento; Neurofisiopatologia; Autismo.

NEUROFISIOPATOLOGIA DE INDIVÍDUOS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

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Maria Angela Nolli – UNIVILLEMarialva Linda Moog Pinto - UNIVILLE

Iana Gomes de Lima - UFRGS

Resumo: O estudo está inserido na linha de pesquisa Políticas e Práticas Educativas do Mestrado em Educação da Universidade da Região de Joinville e apresenta o percurso metodológico realizado para atingir seus objetivos. Evidencia-se nos últimos anos, a elaboração de projetos e leis que proíbem a discussão de gênero nas escolas, inclusive em materiais didáticos e em textos legais, e ao que tudo indica essas decisões estão inspiradas por movimentos conservadores que tomaram força no país, como o caso da “Escola sem Partido”. Assim, o estudo tem como tema a Lei 7.595/2018 do município de Jaraguá do Sul-SC, que proibiu aos profissionais da educação a inserção e orientação pedagógica, quanto à exposição de livros, cartilhas, panfletos ou similares que contenham ou se refiram, direta ou indiretamente, à ideologia de gênero, orientação sexual e congêneres nas escolas privadas ou públicas. Diante disso, esse trabalho tem como objetivo apresentar o percurso metodológico realizado para alcançar os objetivos da pesquisa em questão. A pesquisa insere-se em uma abordagem qualitativa de cunho interpretativo e foi desenvolvida a partir da análise da lei e de entrevistas semiestruturadas com três vereadores, um representante da instituição religiosa Assembleia de Deus e um representante do Movimento “Escola sem Partido”. O corpus da pesquisa foi constituído pela transcrição de entrevistas gravadas em áudio e estão sendo analisadas por meio da técnica de coleta de dados e análise de conteúdo. Foram elaborados quadros de análise de forma a analisar inicialmente as respostas dos participantes em cada pergunta. Após agrupou-se em um segundo quadro as respostas por aproximação do assunto contido nas respostas. Em um terceiro quadro analisou-se as categorias a posteriori que estavam contempladas e assim buscou-se no referencial teórico que conceitos e categorias estavam sinalizadas pelos respondentes. Assim, foi possível iniciar a análise das categorias encontradas. Para tanto, utiliza-se como referencial teórico-metodológico os estudos de Villazón (2015), Miguel (2016), Peroni (2017), Lima; Hypolito (2019) e ainda, os estudos de Apple (2003), que detectou nos anos de 1980 a aliança conservadora: movimento social e político de direita liderado pelos neoliberais em que há diferentes grupos com objetivos (comuns-concessões e contraditórios-discussões), mas que de todo modo, apresentam como norte a imposição da lógica mercantil. A partir das análises das entrevistas foram detectados até o momento as seguintes categorias: “controle do trabalho docente”, “escola ensina, família educa”, “papel de gênero”, “proteção da criança” “autoridade da família” “idealização da família” e “falta de moralidade”. A partir disso, é possível verificar que a Lei jaraguaense, possui o condão de evitar que o professor afronte as convicções morais dos pais e ao que tudo indica motivados por influência da direita liberal e conservadora, a qual desloca o discurso político do pluralismo sob o argumento de proteção à família e da neutralidade política, afastando a possibilidade de contribuição da escola para o exercício da cidadania, liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber.

Palavras-Chave: Educação; Gênero; Conservadorismo.

ALIANÇAS CONSERVADORAS NA ELABORAÇÃO DA LEI 7.595/2018: UMA ANÁLISE DO PERCURSO METODOLÓGICO

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Caroline Evelyn Sommerfeld-Ostetto – FGG/ACEJelson Budal Schimidt – FGG/ACE

Milena Regina da Silva – FGG/ACELuiza Camila de Souza – FGG/ACE

Manuella Bittencourt – FGG/ACE

Resumo: Os serviços escola constituem-se em potente ferramenta do ensino superior, capaz de proporcionar aos acadêmicos meios de interação com a realidade, onde a associação entre conteúdos teóricos e práticos e, a união de diferentes campos do conhecimento é favorecida. Nessa perspectiva, instituir a prática do acolhimento coletivo nesses espaços é uma forma de ampliar a atenção a quem busca atendimento, pois possibilita que a fala do usuário aponte aspectos que vão além da queixa principal, bem como de favorecer a comunicação e integração entre as diferentes áreas envolvidas. O presente trabalho tem como objetivo apresentar a proposta de implantação do Programa de Acolhimento Multiprofissional nos serviços escola da FGG/ACE. Trata-se de um projeto de extensão, do tipo pesquisa-intervenção, desenvolvido através da articulação entre os serviços escola dos diferentes cursos ofertados pela Faculdade Guilherme Guimbala, conjuntamente com o Laboratório Interdisciplinar de Saúde Coletiva. O processo de implantação teve início no segundo semestre de 2019 e tem perspectiva de implementação através de processo avaliativo formativo. Primeiramente foram identificados e avaliados indicadores de acesso e da qualidade do atendimento dos serviços ofertados pela instituição, posteriormente ações consideradas estratégicas pela equipe do Programa (composta por profissionais de referência dos serviços, gestores dos cursos e direção da instituição) serão implantadas, além da constante avaliação do Programa, a partir das diretrizes do MEC, do Programa Político Institucional e dos Projetos Pedagógicos dos Cursos. A partir da avaliação dos indicadores de acesso e da qualidade dos atendimentos, foi identificada a existência dos seguintes serviços escola na FGG: Núcleo de Práticas Jurídicas; Núcleo de Atividades Complementares do Curso de Direito; Serviço de Pedagogia; Serviço Escola de Psicologia; Clínica Escola de Fisioterapia; Clínica Escola de Terapia Ocupacional e; Centro de Reabilitação Infantil. O tempo de acesso aos serviços foi variável, podendo chegar a um ano de espera em alguns casos. A maioria dos usuários chega aos serviços por demanda espontânea, mas ocorre também encaminhamentos da rede local. A condição de integração dos serviços da FGG é fraca, pois embora ocorram encaminhamentos de um serviço para outro, não há comunicação entre as áreas quando uma pessoa é atendida por mais de um serviço simultaneamente. A articulação com a rede local acontece em alguns casos, porém ainda de maneira pouco efetiva. O diagnóstico apontou fragilidades e potencialidades dos serviços, especialmente em relação à prática interprofissional, ao tempo de acesso aos serviços e ao atendimento das demandas dos usuários. A comunidade acadêmica foi receptiva diante da proposta, pois entendeu que a implantação de tal formato de atendimento pode contribuir com o atendimento aos usuários, além de potencializar a formação dos alunos. A partir do reconhecimento das potencialidades e fragilidades no atendimento à comunidade e no processo de formação acadêmica, o acolhimento multiprofissional foi considerado estratégico para a integração dos serviços escola da Faculdade Guilherme Guimbala, na perspectiva de promover um percurso acadêmico que incentive a construção de discussões coerentes com as novas formas de atuação.

Palavras-Chave: Acolhimento; Serviço Escola; Interdisciplinar.

IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE ACOLHIMENTO MULTIPROFISSIONAL NOS SERVIÇOS ESCOLA DA FACULDADE GUILHERME GUIMBALA

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Andreia Cristina Maia Züge – FGG/ACEPriscila Moser Lessa – FGG/ACEHudelson dos Passos – FGG/ACE

Resumo: O presente trabalho é resultado de uma pesquisa realizada durante o estágio de processos educacionais de psicologia (estágio de licenciatura), em uma instituição que atende pacientes renais crônicos na cidade de Joinville. O estágio tem por objetivo fomentar as práticas educativas proporcionando maior qualidade de vida aos atores presentes neste campo. Portanto, a problemática desta pesquisa surgiu durante a realização destas práticas, onde verificou-se que pacientes apresentavam declínio cognitivo e estados de humor comprometidos havendo a necessidade de investigar se estes fenômenos poderiam estar relacionados ao tratamento dialítico. A insuficiência renal (IR) consiste numa condição que resulta na incapacidade dos rins de realizar as funções de eliminação de resíduos e filtragens das toxinas presentes no organismo, ocasionando na perda da função renal caracterizada como parcial ou crônica. O tratamento dialítico consiste na eliminação dos elementos tóxicos do organismo, contribuindo para a manutenção da vida, havendo duas diferentes modalidades de tratamento: diálise peritoneal e hemodiálise. Alguns estudos desvelam que o tratamento dialítico pode contribuir com os riscos de demência e do declínio cognitivo, assim, o presente artigo consiste numa revisão bibliográfica dos aspectos relacionais entre doença renal crônica e o tratamento dialítico em interface com a qualidade de vida e o declínio cognitivo. Durante cinco anos foi realizado um estudo longitudinal tendo por objetivo analisar se a evolução da IR corrobora com o declínio cognitivo, revelando que o diagnóstico e tratamento realizados com precocemente diminuem os prejuízos cognitivos. Em relação a depressão, o delirium e a demência, resultados de um estudo demonstraram uma complicação na evolução do quadro do paciente renal crônico. Uma outra pesquisa comparou as funções cognitivas e o risco de demência num grupo de pacientes submetidos a diálise peritoneal e hemodiálise, observou-se que os pacientes que utilizavam a modalidade peritoneal apresentavam melhores funções cognitivas e menor risco de demência que pacientes que faziam a hemodiálise. No caso de pacientes pediátricos com IR uma pesquisa desvelou importantes implicações, associando as desordens genômicas a progressão do comprometimento neurocognitivo. A doença renal impacta o contexto social do paciente conforme apontam estudos transversais ao verificar que o nível de satisfação em relação ao tratamento é preconizado por fatores biopsicossociais. Entretanto, algumas pesquisas revelam benefícios para a atenção e a memória, por meio da eliminação das toxinas e dos resíduos no organismo. A qualidade de vida (Eq5D), de pacientes em diferentes tratamentos substitutivos, realizada através de um estudo de corte-transversal, avaliou que mesmo contendo respostas díspares, de forma geral, os pacientes apresentaram os maiores prejuízos nas dimensões ansiedade/depressão, atividades do cotidiano e dor/desconforto. Em relação aos idosos renais crônicos, a análise do nível de esperança durante o tratamento hemodialítico, mostrou maior evidência no sexo masculino (Escala de Esperança de Herth); com usuários com IR pré-dialítica (< 65 anos), o rastreio do Comprometimento Cognitivo Inicialmente Leve, apresentou evidências de comprometimento (MoCA ≤ 24) em 73,6% dos usuários. Por fim, os resultados apresentados nos diferentes estudos em relação ao declínio cognitivo, em pacientes renais crônicos, possuem divergências, porém, a revisão bibliográfica contribuiu com importantes evidências.

Palavras-Chave: Doença Renal Crônica; Declínio Cognitivo; Práticas Educacionais de Psicologia.

DOENÇA RENAL CRÔNICA E DESEMPENHO COGNITIVO: UMA REVISÃO

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Caroline Evelyn Sommerfeld-Ostetto – FGG/ACEMilena Regina da Silva – FGG/ACE

Juliana Strapazzon – FGG/ACESandra Daniela de Miranda Lima – FGG/ACE

Jelson Budal Schimidt. – FGG/ACE

Resumo: As transformações no sistema de saúde e as mudanças no perfil epidemiológico impõem desafios à formação e à atuação profissional. Partindo da premissa que um espaço onde o encontro de conteúdos teóricos, com o cotidiano do trabalho em saúde e a implementação de atividades junto à comunidade favorecem a fixação do aprendizado adquirido em sala de aula e instrumentaliza o aluno para análise crítica-reflexiva sobre as atribuições específicas inerentes a sua profissão e atribuições gerais como agente promotor de saúde e transformador social, em maio do presente ano, foi instituído o Laboratório Interdisciplinar de Saúde Coletiva na Faculdade Guilherme Guimbala - LISC/FGG, conforme relatado a seguir. Desenvolvimento: O LISC/FGG tem suas bases nos cursos da área de saúde, mas visando o alcance da integralidade do cuidado tece relações diretas com os cursos de Pedagogia e Direito da Instituição. São objetivos específicos desse Laboratório: proporcionar a reflexão crítica sobre políticas de saúde; inserir e apoiar os estudantes em vivências de pesquisa e extensão na rede local de saúde; implementar ações fundamentadas na lógica da Educação Permanente em Saúde; desenvolver e divulgar experiências e pesquisas; instituir espaços de estudos e fomentar eventos acadêmicos. Para tanto, o Laboratório conta com um espaço físico, dentro da instituição e desenvolve ações internas e externas. Atualmente, o grupo de trabalho do LISC é composto por um aluno bolsista de extensão, 3 bolsistas de pesquisa, 2 alunas monitoras, uma professora pesquisadora, além de professores colaboradores que desenvolvem atividades sem remuneração direta. As ações de ensino, pesquisa e extensão são desenvolvidas dentro de três grandes áreas de concentração, coordenadas por docentes que lecionam na Instituição em disciplinas correlatas, que se complementam no campo da Saúde Coletiva: Gestão em Saúde e Práticas do Cuidado; Epidemiologia e; Saúde e Sociedade. Em agosto o Laboratório promoveu o 1º. Seminário Interdisciplinar de Saúde Coletiva da FGG/ACE, em setembro três grupos de estudos foram constituídos (sobre as temáticas de saúde coletiva, saúde da criança e determinantes de saúde), alguns projetos de pesquisa estão em andamento (relacionados ao trabalho multiprofissional, aos cuidados paliativos e ao suicídio) e, projetos de extensão em desenvolvimento (acolhimento multiprofissional, saúde do trabalhador e acompanhamento da primeiríssima infância). Além disso, o Laboratório tem mediado o contato da faculdade com multiprofissionais da rede local de atenção à saúde permitindo o desenvolvimento de ações e práticas pontuais com os alunos. Considerações: Através da instituição de grupos de estudos, do desenvolvimento de pesquisas e ações de extensão transversais, o LISC tem possibilitado aos estudantes a ampliação de conhecimentos e de vivências, funcionando como uma estratégia de ampliação do aprendizado, do exercício do trabalho multiprofissional e da articulação em rede.

Palavras-Chave: Ensino; Pesquisa; Extensão.

LABORATÓRIO INTERDISCIPLINAR DE SAÚDE COLETIVA: UMA POSSIBILIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES TRANSVERSAIS

NO ENSINO SUPERIOR

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Gislaine Maia da Rocha - FGG/ACE Larissa Tank - FGG/ACE

Resumo: Será apresentado duas pesquisas que estão em nível de andamento em referencial teórico, ambas se relacionam e tem objetivos semelhantes. O objetivo principal de ambas as pesquisas é perceber por que ocorre a evasão escolar e demais danos no processo de ensino-aprendizagem do aluno. Especificamente o bullying tem como uma das suas consequências a evasão escolar e dessa forma pretende-se relacionar e melhor compreender a semelhança entre os dois temas. Será abordado as principais causas e consequências do bullying e evasão escolar, levantado questionamentos referentes ao papel do professor acerca dessas situações. Referente ao fenômeno bullying sabe-se que existem inúmeras consequências cognitivas, emocionais e sociais e a evasão escolar a consequência mais agravante na aprendizagem e assim precisa-se entender o que faz com que esses alunos saiam das escolas e para onde vão e o que fazem na sociedade após evadirem. O objetivo geral de cada pesquisa se relacionam, pois o objetivo da pesquisa referente a evasão escolar é descobrir os motivos que levam estudantes de uma escola pública de ensino médio abandonar a escola, enquanto o objetivo da pesquisa de tema bullying escolar é compreender as possíveis causas e consequências do bullying, ambas as pesquisas pretendem perceber os motivos do tema pesquisado acontecer. Será abordado diversas situações que o bullying escolar pode ocasionar, que muitas vezes gera um alto estima negativa o que contribui para a evasão escolar. Também será abordado os motivos e justificativas da relevância de ambos os temas, bem como as questões pessoais e cientificas que levaram as pesquisadoras a estudar estes temas em especial. Outro fato que será levantado é as possíveis formas de trabalhar com esses problemas, afim de tentar preservar com qualidade o processo de ensino e aprendizagem, por isso é muito importante um apoio geral e conscientização sobre o bullying pois o mesmo não é mera brincadeira, e causa tanto danos físicos como psicológicos, e sobre a evasão, pois quando estes jovens não voltam a estudar seja em escolas regulares ou em educação de jovens e adultos comprometem o seu futuro profissional. Deve-se trabalhar em um triângulo, escola, família e comunidade, todos em busca de um único objetivo, o desempenho pleno dos educandos em relação a sua formação para a cidadania, sendo assim prevenir e adotar campanhas de conscientização do bullying é indispensável. Ainda é importante ressaltar a necessidade de os dois temas serem mais estudados e analisados cientificamente para evitar ruídos no processo de ensino-aprendizagem.

Palavras-Chave: Bullying; Evasão Escolar; Aprendizagem.

EVASÃO ESCOLAR COMO CONSEQUÊNCIA DO BULLYING

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Patrícia Regina de Carvalho Leal – FGG/ACESilvia Sell Duarte Pillotto - UNIVILLE

Resumo: A pesquisa/dissertação Percursos de uma professora andarilha na Educação Infantil: narrativas (auto)biográficas aqui apresentada e defendida no início do ano de 2019, integrou o Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE), na linha de pesquisa Políticas e Práticas Educativas e no Núcleo de Pesquisa em Arte na Educação (NUPAE), sob orientação da professora Silvia Pillotto. A partir da minha trajetória docente na Educação Infantil, acompanhada de inquietações referentes às práticas educativas, indaguei-me: como minha (auto)biografia enquanto professora na Educação Infantil pode contribuir para a reflexão sobre minhas práticas educativas e experiências sensíveis com as crianças hoje? Com base na questão, o objetivo da pesquisa/dissertação foi o de refletir sobre as práticas educativas na Educação Infantil a partir da minha (auto)biografia docente, destacando as experiências de ontem e de hoje como imprescindíveis para uma educação pelo sensível. O suporte teórico teve sua sustentação na pesquisa narrativa e autobiográfica em autores, como: Clandinin; Connelly (2015); Benjamin (2012); Josso (2004); Kastrup (2014); Ostetto; Leite (2004); Kohan (2015); Cunha (2012); Meira; Pillotto (2010) e Duarte Jr (2010). A metodologia proposta envolveu: pesquisa bibliográfica, do tipo qualitativa e com viés narrativo, tendo como abordagem a cartografia. Para a produção dos dados biográficos, utilizei fotos, registros docentes e narrativas da infância e da docência, destacando as memórias que me auxiliaram na constante reflexão e na análise dos dados, a qual ocorreu durante o percurso da pesquisa/dissertação. Ao revisitar as memórias vividas, compreendi que essa relação com o meu fazer docente hoje, ocorreu quando priorizei a arte como um fio condutor das minhas práticas educativas bem como o afeto e as experiências sensíveis vividas com as crianças. Ou seja, são considerações de uma professora que se faz andarilha pela Educação Infantil, um continuum...

Palavras-Chave: Educação Infantil; Práticas Educativas; Narrativas (Auto)biográficas.

PERCURSOS DE UMA PROFESSORA ANDARILHA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: NARRATIVAS (AUTO)BIOGRÁFICAS

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Emanoel Cardoso Dionísio – FGG/ACEJessica Felizardo – FGG/ACE

Lara Elise da Anunciação – FGG/ACELenir Nere. – FGG/ACE

Resumo: Neste trabalho, iremos apresentar a importância da educação dentro do sistema prisional brasileiro, como está previsto no artigo 205 da Constituição Federal de 1988, afinal a educação é direito de todos sem exceção e dever do Estado. Diante do sistema prisional brasileiro, iremos ter como base o que temos no presídio de Joinville que, no geral abrange as dificuldades que os demais presídios dentro do nosso país encontram no processo de ressocialização diante do ensino, como questões internas do presídio, como a infraestrutura, e a disposição de agentes penitenciários. Como bem sabemos os presos tem a opção de escolha entre trabalhar e estudar, onde grande parte deles escolhe o trabalho, para obter salário e assim poder ajudar suas famílias. Iremos abordar a dificuldade de presos que escolhem pela formação dentro do cárcere, assim como a decisão de um magistrado em ir ao encontro da pessoa do preso e mostrar a eles que existe outro caminho, e ainda garantir que os direitos dos presos sejam cumpridos conforme a lei. Torna-se inevitável não falar sobre os preconceitos existentes a esse meio de ressocialização, a falta de oportunidades para quem sai da cadeia é enorme, dessa maneira é notável que a pessoa voltará para o crime. Vale lembrar que de acordo com a Lei n° 7.210 de 11 de julho de 1984 além de receber o conhecimento, o preso pode diminuir tempo de cumprimento da pena. Segundo o artigo 126 da mencionada lei, para que o preso que cumpre pena em regime fechado ou semiaberto diminua um dia de sua pena, terá que cumprir 12 horas de frequência escolar, que devem ser divididas em no mínimo 3 dias. O cárcere tem o papel de punição para com aqueles que praticam atos ilícitos e ainda como mostraremos é possível trazer para o apenado uma oportunidade diferenciada daquele meio que ele vive. Para que haja ressocialização é fundamental que se tenha educação, ainda assim nos deparamos com falta de estrutura, falta de qualidade do ensino, falta de profissionais capacitados assim como o receio de ser professor no sistema prisional. A cela pode ser transformada em um lugar de saber, conhecimento do mundo, conhecimento de si e através dos livros levar as pessoas aos mais belos sonhos e esperança.

Palavras-Chave: Sistema Prisional; Educação; Ressocialização.

A EDUCAÇÃO NO SISTEMA PRISIONAL

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Monnik Aparecida da Silva Dall Agnol – FGG/ACEVictória Lis Schroeder Grassel – UNISOCIESC

Marcos dos Anjos – FGG/ACE

Resumo: Dislexia é um distúrbio específico de leitura e linguagem que compromete habilidades como consciência, memória fonológica, discriminação e nomeação. Objetivo: Identificar anormalidades encefálicas envolvidas no distúrbio da dislexia, a partir disso elaborar estratégias de intervenção visando melhorar o processo ensino-aprendizagem. Desenvolvimento: A etiologia da dislexia é heterogênea, compreendendo fatores biológicos, ambientais e cognitivos. Devido a pluralidade de causas pode ser dividida em dois tipos: dislexia do desenvolvimento, associada a fatores genéticos apresenta índices de 0,4% a 0,8% de herdabilidade e a dislexia adquirida relacionada aos fatores ambientais, condizentes a baixa estimulação, prematuridade, uso de drogas dos pais, erro no processo de aquisição de dominância lateral e falhas no processo de alfabetização. Sobre os fatores cognitivos, teorias neuropsicológicas sustentam que tal distúrbio está relacionado a uma disfunção cerebral específica comprometendo o funcionamento do cérebro. Hipótese: Os estudos neuroanatômicos do disléxico apresentam alteradas ativações em todo o encéfalo, portanto é no ambiente escolar que estas anormalidades aparecem de forma crucial sendo tarefa dos profissionais da área não menosprezá-los devido as suas dificuldades mas garantir adaptações individuais pedagógicas para um bom aprendizado. Métodos: A coleta de dados realizada a partir de livros e plataformas de pesquisa e busca online Pubmed, Scielo e Lillacs. Na maioria dos indivíduos com dislexia ocorre simetria ou assimetria reversa morfofuncional do plano temporal. As principais anormalidades cerebrais detectadas nesses indivíduos são nas áreas cerebrais mais posteriores do córtex, incluindo córtex parietal inferior, região têmporo-parietal, occipto-temporal e lobo temporal posterior. Com base nas regiões citadas acima podemos enfatizar a área de Wernicke responsável pela interpretação da linguagem, área de Broca cuja função está associada a área motora da fala e giro fusiforme relacionada a identificação direta das palavras. Sendo assim ambas se tornam importantes para aquisição e compreensão do processo de leitura e escrita. Na camada molecular do córtex existe a possibilidade de existirem mais neurônios ectópicos, estes escapam para a primeira camada cortical através de uma brecha na membrana limitante glial externa ocasionando a desorganização nas camadas corticais subjacentes. A partir de estudos de neuroimagem é possível identificar que o cérebro disléxico é totalmente comprometido como também o cerebelo que apresenta simetria ou assimetria reversa. Achados psicológicos sustentam a maior incidência de depressão ou comportamento depressivo, com possibilidade de experimentar ideação e tentativas suicidas, abandonar a escola e usar drogas. Concluímos que o encéfalo disléxico apresenta várias áreas comprometidas prejudicando o processo ensino-aprendizagem e consequentemente o aspecto psicossocial.

Palavras-Chave: Dislexia; Morfofuncional; Ensino-Aprendizagem.

A DISLEXIA E O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

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Jady Cardoso – FGG/ACESarah Schroeder Gonçalves – FGG/ACE

Resumo: Esta pesquisa, que se encontra em andamento, possui como tema a Educação Especial nas Escolas, delimitado como o trabalho dos professores com os alunos da Educação Especial, incluídos no Ensino Fundamental em escolas Municipais de Joinville\ SC, tendo como problema de pesquisa, o seguinte questionamento: Como o professor do Ensino Fundamental trabalha com os alunos da Educação Especial? O objetivo geral é conhecer as estratégias que os professores utilizam com os alunos da Educação Especial, e especificamente, investigar a maneira como os professores incluem os alunos da Educação Especial e verificar as metodologias que os professores usam com os alunos dentro da sala de aula. Busca-se conhecer os métodos realizados para incluir esses alunos no seu cotidiano e atentar para a forma com que os professores realizam os seus planejamentos e os desafios enfrentados no dia a dia. Teoricamente, serão discutidos os seguintes tópicos: Como o professor trabalha com os alunos especiais; A metodologia que o professor traz para esses alunos; As dificuldades que encontra com os alunos especiais; Os obstáculos presenciados com os alunos especiais; Como o professor inclui esses alunos; Serão utilizados como base os autores, Cirino (2016), Diniz (2012) e Pacheco (2007). Será realizada a pesquisa descritiva. O instrumento de coleta de dados utilizado na pesquisa é o questionário, os sujeitos serão professores das escolas que trabalham com alunos da Educação Especial Inclusiva do Ensino Fundamental. Até o momento não houve nenhum contato com as escolas, sendo assim não há como afirmar ao certo quantos professores serão questionados. E no momento espera-se a resposta da Secretaria Municipal de Educação de Joinville, para iniciar a aplicação dos questionários. Espera-se alcançar os resultados, obtendo respostas que permitam entender a forma com que os professores trabalham e incluem esses alunos no ambiente escolar, e conhecer algumas metodologias e estratégias aplicadas pelos professores para incluir os alunos de forma que eles não se sintam inferiores a seus colegas. E também trazer um preparo há mais, para depois de formada saber como trabalhar com os alunos de educação especial de forma significativa.

Palavras-Chave: Educação Especial; Educação Inclusiva; Atendimento Educacional Especializado.

EDUCAÇÃO ESPECIAL NAS ESCOLAS

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Ana Claudia Do Prado Lima - UNIASSELVI

Resumo: Este artigo traz reflexões em torno das experiências, como professora do primeiro ano do Ensino Fundamental experiências inclusivas e significativas, carregadas de construção e desconstrução do saber e da prática pedagógica, pois esse relato traz narrativas de uma turma relativamente pequena, com 10 alunos, sendo um aluno autista que necessitava de um planejamento e um olhar diferenciado. Este texto fala antes de tudo de inclusão, se baseia na oportunidade de vivenciar experiências para a construção coletiva do saber e da autonomia profissional levando a desenvolver coletivamente o planejamento das ações a serem trabalhadas. Um relato cuja narrativa traz experiências de uma turma que também se desconstruiu para se reconstruir aprendendo com seu colega autista. Ao planejar as atividades há uma construção coletiva do saber pela troca de conhecimentos, criando um fio condutor entre a teoria e a prática, permitindo que a turma percebesse a necessidade de adequações das aulas para que todos pudessem ser contemplados nas atividades e aprendizagens. Essa troca permitiu construir o saber ao invés de recebê-lo pronto do exterior, contribuindo para formação dos alunos como seres engajados e altruístas, sobre tudo na constituição de seu sujeito social. Proporcionou também uma busca pelo conhecimento relacionado ao espectro autista, conhecimento este que foi extremamente importante e contribuiu a os envolvidos no processo de ensino aprendizagem. O mais significativo foi a oportunidade que todos tiveram de refletir e vivenciar a inclusão. O que nos fez perceber que o princípio para a inclusão e a legitimação dos direitos das pessoas com deficiência começa dentro de nós mesmos, ultrapassando pensamentos e discursos retóricos em torno do sujeito que possui alguma limitação ou diferença, e o fundamental é buscar o conhecimento em relação ao nosso papel perante a inclusão, buscando sempre a emancipação e a autonomia do sujeito independente de suas limitações. Foi preciso ultrapassar a preocupação com as dificuldades e focar nas possibilidades, que são muitas e devem ser buscadas em cada indivíduo, sem medo do fracasso. E envolver o aluno na busca de suas capacidades buscando até mesmo sua propensão é o princípio da autonomia e do respeito a diferença. Na rotina escolar percebemos que não se pode apenas trabalhar com o aluno como se ele estivesse ausente, ele está presente e faz parte da sua própria inclusão, é preciso que a inclusão ultrapasse os espaços geográficos e se dê na sociedade, no social. E para isso foi preciso ouvir, perceber, refletir e buscar junto com o aluno estratégias e métodos para auxiliar em sua aprendizagem. Se os alunos ditos “normais” possuem seu próprio tempo, com o deficiente não é e não pode ser diferente ele também tem seu tempo. Então não busquemos obstáculos, busquemos forças para romper o meio termo e lutar por uma educação inclusiva que busque o respeito ás diferenças e não a sua adequação.

Palavras-Chave: Educação Inclusiva; Saber Coletivo; Espectro Autista.

ESPECTRO AUTISTA: EXPERIÊNCIAS INCLUSIVAS EM UMA TURMA DE PRIMEIRO ANO

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Katiane Andretti Gregolon – FGG/ACE

Resumo: O presente trabalho é um relato de experiência sobre o ensino da Língua de Sinais Brasileira – Libras e busca demonstrar que é possível ser ensinada desde a educação infantil. A Libras é uma língua com estrutura gramatical própria e assim como o português, inglês e outros idiomas ela não é universal, cada país possui a sua Língua de Sinais. Em 2002 foi oficialmente reconhecida como a segunda língua dos brasileiros, mas é evidente que esta lei não é de conhecimento da maioria da população brasileira e existem poucos esforços para que se torne uma realidade. Segundo estudos e pesquisas quanto mais cedo uma pessoa é exposta ao aprendizado de uma nova língua mais fácil é aquisição deste conhecimento. A criança por estar em um constante desenvolvimento cognitivo tem uma maior facilidade de assimilar novos conhecimento. Pesquisadores apontam que a criança com deficiência auditiva deve ser envolvida com a Língua de Sinais desde os primeiros meses de vida, quanto mais cedo o contato e os estímulos mais rápido será a sua aprendizagem e inclusão social. Ao tomar ciência da importância do conhecimento da Libras para inclusão social e acessibilidade, foi instantânea a iniciativa de tentar ensinar a nova língua para turma com que trabalho, apesar de serem crianças de três anos com limitações orais e motoras por conta da faixa etária, o resultado surpreendeu. Na turma temos um aluno com deficiência auditiva o que motivou e, até mesmo, facilitou a aquisição de conhecimento para as crianças. A experiência foi desenvolvida no mês de setembro de 2019 através de um planejamento simples. Primeiramente foi feita uma roda de conversa sobre problemas auditivos e surdez, apresentação da Libras e sua utilidade, tudo conversado de forma lúdica e compreensível para a idade. Após foi ensinado o primeiro sinal. E então repetido por alguns dias adicionando, a cada dia, mais dois sinais e depois deixando um intervalo de dias para voltar a falar do assunto e assim perceber se houve real aprendizado. No total foram ensinados cinco sinais e quatro desses foram aprendidos pelas crianças.

Palavras-Chave: LIBRAS; Educação Infantil; Inclusão.

LIBRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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Leticia Hostin Goulart – FGG/ACE

Resumo: De acordo com o sociólogo Pierre Bourdieu, todo o conhecimento e vivências adquiridas pelo meio em que se está inserido, inclui-se neste família, amigos e entorno social mais próximo ao indivíduo, é chamado de capital cultural. A partir deste conceito, é possível afirmar que cada criança possui então seu próprio capital cultural, e que este pode chocar-se com outros capitais presentes na sociedade em si e no sistema de ensino. Portanto, o desempenho escolar de uma criança não depende apenas de suas habilidades individuais, mas também do meio social em que esta se encontra. Para Bourdieu, as escolas e professores, ignoram essas diferenças sociais existentes no ambiente escolar e, ainda que não-intencionalmente, classificam os estudantes com base no nível de noções, experiências e ideias que cada um possui e que a classe dominante determina. Sendo assim, as instituições de ensino, desconsideram o capital que cada aluno detém e reproduz os valores e normas deste extrato dominador, padronizando o sistema educacional e praticando, consequentemente, violência simbólica perante seus alunos, ao impor um poder arbitrário cultural. Incluída nas bases curriculares dos colégios, a avaliação escolar surge como um método de mensurar a aprendizagem da criança, ao mesmo tempo em que avalia a moral, a fala e escrita culta, a disciplina e o capital cultural delas. Com isso, tais exigências de comportamento só serão plenamente atendidas por aqueles indivíduos que previamente já tiveram contato com estes valores, acarretando desta forma na perpetuação da desigualdade social, mesmo que estes princípios não sejam uma exclusividade das classes dominantes. O fato é que as avaliações escolares atuais prezam por um modelo de pensamento e selecionam os estudantes conforme os juízos e concepções sociais que as escolas julgam ser os mais adequados. Em vista disso, o capital cultural de cada criança não é levado em consideração durante a aplicação de testes e esta padronização de conduta e intelecto exercida pelas escolas, suscita em uma categorização de desempenho ao calcular resultados e prestigiar os alunos que alcancem pontuação elevada em provas e atividades avaliativas. Esta seleção de performance acadêmica pode ocasionar alguns problemas na vida escolar das crianças, principalmente daquelas que não atingirem a nota desejada pela escola e por elas mesmas. Deste modo, esta pesquisa busca apresentar uma revisão bibliográfica sobre o conceito de violência simbólica sofrida pelos estudantes, e levantar hipóteses sobre a relação destas violências com os diferentes métodos de avaliação utilizados pelas instituições de ensino da rede privada e pública de Joinville, e suas consequências, contribuindo, assim, para a nossa pesquisa em andamento, com financiamento pela FAPESC.

Palavras-Chave: Capital Cultural; Pedagogia; Avaliação Escolar.

A VIOLÊNCIA SIMBÓLICA E O PROCESSO DE AVALIAÇÃO ESCOLAR: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA DAS OBRAS DE PIERRE BOURDIEU SOBRE O

SISTEMA DE ENSINO

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Cinara Leski Lemos – FGG/ACECharles Henrique Voos – FGG/ACE

Resumo: Para Bourdieu o conceito “capital” é uma forma de recurso, termo usado na economia para definir elementos ou componentes, que o indivíduo possui. O autor classifica de três formas: capital econômico, social e cultural. O que vamos nos aprofundar nesse trabalho será o capital cultural, como influencia no desenvolvimento escolar e quais os reflexos da urbanização através desse conceito para Bourdieu. O capital cultural segundo Pierre Bourdieu, é o que explica o fator de fracasso escolar ou um desenvolvimento mais elevado de conhecimento entre os indivíduos. A forma como um indivíduo desenvolve-se em sala de aula ou não se desenvolve, para Bourdieu está atrelado ao que ele trouxe da sua casa como capital cultural. A estrutura familiar delimita o quão cultural será a pessoa e o que daquilo ela poderá aproveitar em seus estudos. Os pensamentos sobre o mundo, a facilidade em línguas estrangeiras, a forma de se portar e bens culturais, como livros por exemplo, serão aspectos que irão definir o capital cultural de uma pessoa. E quando entrado em choque com o ambiente escolar, mostra exatamente qual o capital cultural familiar do indivíduo, de qual espaço geográfico ele vem e de alguma forma premedita o desenvolvimento dele na sociedade. Falando-se de urbanização sendo a materialização de várias condições sociais, para Bourdieu o espaço que um indivíduo ocupa é como uma extensão em uma hierarquia, onde, quem possui um capital cultural mais abastado ocupa uma posição em meio a sociedade de grande valia. Dessa forma, podemos ver que a desigualdade social acaba sendo produzida pelo espaço físico onde se encontra cada pessoa. E os mais pobres acabam tendo maiores dificuldades em poder expandir o seu conhecimento, pois geograficamente são excluídos dos mais ricos, onde se encontram melhores escolas, estilo de vida diferenciado do popular e culturas de uma classe mais rica. Iremos ver nesse trabalho que a má distribuição de recursos para urbanização afeta diretamente as periferias, fazendo com que as pessoas com capital cultural mais baixo acabem permanecendo e passando de geração em geração a cultura que já está estabelecida através daquele ambiente em que vivem. Com isso, essa comunicação contribuirá na busca de novas percepções sobre a nossa pesquisa em andamento, bem como na investigação sobre o desempenho da educação básica em diferentes contextos urbanos, evidenciando, como nossa hipótese central, uma desigualdade conforme a origem social dos alunos que compõem determinada instituição escolar.

Palavras-Chave: Educação; Bourdieu; Urbanização.

O CAPITAL CULTURAL NO CONTEXTO URBANO: PRIMEIRAS VISÕES A PARTIR DE PIERRE BOURDIEU E SUA INFLUÊNCIA NO CONTEXTO

ESCOLAR

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Amanda Rautenberg Pereira – FGG/ACECharles Henrique Voos – FGG/ACE

Resumo: O termo violência simbólica (criado pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu), condiz com o padrão de vida estimado por aqueles que dominam a sociedade. Levando esse termo para o contexto escolar, ele abrange o modelo de estudante exemplar, aquele que sempre tira boas notas, que é disciplinado, consegue dominar diversas áreas do conhecimento e tem facilidade com todos os conteúdos ao longo de sua trajetória acadêmica. Nesse sentido, esse modelo de aluno é supervalorizado enquanto aqueles que têm mais dificuldades, ou que não se desenvolvem com tanta agilidade e rapidez, são menosprezados pelos professores podendo até mesmo serem reprovados. A violência simbólica, nesse contexto, portanto, é justamente essa vantagem e desvantagem dos alunos enquanto a sua facilidade com os conteúdos. A grande crítica desse autor, porém, é o fato de que o modelo educacional, o qual prioriza determinados alunos sobre outros, desconsidera todo o contexto familiar, social e cultural desses. Isto é, desconsidera-se o capital cultural (os valores que esses alunos possuem, conhecimento de mundo, cultura, interesses...), daqueles alunos que são ditos como exemplares e daqueles que são ditos como “alunos com dificuldades”, sendo que o motivo que leva os alunos exemplares terem esse título é justamente sua condição privilegiada de estrutura familiar, social e cultural na sociedade. Diante desse contexto, pode-se afirmar ainda que a violência simbólica está pautada no arbitrário cultural, ou seja, no padrão idealizado pela elite social. Esse padrão está difundido em todas as áreas da nossa sociedade, mas dentro do contexto escolar, o arbitrário cultural é o padrão de aluno exemplar almejado, o único que é de fato valorizado e incentivado. Sendo assim, esta comunicação pretende apresentar as primeiras impressões bibliográficas de nossa pesquisa financiada pela FAPESC, bem como indagar sobre o processo de construção da percepção escolar sobre a violência simbólica, tanto internamente, quanto socialmente. Por fim, pode-se caminhar rumo ao entendimento de como o contexto escolar possui um arbitrário cultural, o qual legitima o capital cultural que é repassado pelo sistema de ensino e, assim, violentando simbolicamente os alunos, com vistas à manutenção da desigualdade social e trajetórias de poder dos grupos sociais dominantes.

Palavras-Chave: Violência Simbólica; Capital Cultural; Arbitrário Cultural.

A VIOLÊNCIA SIMBÓLICA NO CONTEXTO ESCOLAR: RELAÇÕES COM O ARBITRÁRIO CULTURAL

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Dayane Kloczko – FGG/ACELeticia de Souza Andrade – FGG/ACE

Resumo: A pesquisa em andamento, aqui apresentada, trata sobre a mídia e o aprendizado infantil, na qual estarão sondadas as vantagens e desvantagens que estes meios têm durante o aprendizado, tendo como objetivo discutir sobre a influência da mídia no aprendizado infantil, diferenciando a rede particular e a rede municipal de Joinville. Ao decorrer da pesquisa apontam-se como pais e professores podem utilizar de forma correta os diversos meios de comunicação sem que estes prejudiquem o aprendizado das crianças. Esta pesquisa tem como finalidade descrever de maneira qualitativa, ou seja, partindo do pressuposto de interpretação das concepções e conceitos acerca do tema abordado no decorrer do projeto. Neste âmbito, visa à relevância social deste tema como indagação e embasamento a outros pesquisadores para novos estudos nesta área, observando as mudanças que ocorreram no ensino desde o início da era digital, como está sendo o aprendizado na geração Alpha, crianças nascidas a partir de 2010, em que seu cotidiano gira em torno das tecnologias e mídias alternativas. Constatam-se os modos de uso de mídias digitais, especialmente da Internet, em contexto escolar e no tempo livre, as habilidades e defasagens desenvolvidas por estas crianças a partir do uso incorreto destes meios. Para tal, está sendo realizada uma pesquisa descritiva, em duas instituições de ensino de Joinville, sendo uma particular e outra pública, e através de questionários mistos, entregues a pais e professores, será verificado os meios mais utilizados e comentados, o que se entende por este tema e se as crianças utilizam destas ferramentas. Sendo assim, é necessário que tanto pais como professores, indiquem para as crianças quais mídias devem ser vistas, como programas de interação, jogos de raciocínio e questionamento, vídeos educativos, pesquisas em sites confiáveis e outros. Mas, para que isso aconteça de forma eficaz, é essencial que o adulto esteja presente e atento a cada movimento da criança, para que, assim, possa interferir e ensinar a forma correta de utilizar estes tipos de mídia. Portanto, observa-se que as mídias podem favorecer o aprendizado das crianças, pois é através dela que eles mantêm um contato com assuntos atuais e de interesse próprio, porém, é necessário um cuidado redobrado, analisando onde elas estão mexendo ou o que estão assistindo, para que não sejam encontrados assuntos inadequados ou indesejáveis.

Palavras-Chave: Aprendizado; Mídia; Criança.

A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NO APRENDIZADO INFANTIL

ANAIS DO III SEMINÁRIO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃOCURSO DE PEDAGOGIA

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Juliano Agapito – FGG/ACEAline Zimmermann – FGG/ACE

Silviane da Luz Kohler – FGG/ACE

Resumo: Este resumo traz um relato de experiência desenvolvido pelas integrantes do Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas e Práticas Pedagógicas Inclusiva – GEPPPPI, sob orientação do professor Juliano Agapito, coordenador do referido grupo, no 1º semestre de 2019. Este grupo vincula-se ao curso de Pedagogia da Faculdade Guilherme Guimbala / Associação Catarinense de Ensino – FGG/ACE. A temática trabalhada refere-se aos Direitos Humanos, mais especificamente às representações que as pessoas têm acerca deste conceito O trabalho desenvolvido refere-se a um experimento social realizado nas dependências da FGG/ACE, no qual foram espalhados cartazes pela instituição, com a seguinte frase: “O que são Direitos Humanos? Para que servem? Participe!”. Juntamente com os cartazes, foram disponibilizadas canetas para que as pessoas expressassem suas representações sobre o tema. Conceitualmente, o grupo tomou como base a Declaração Universal dos Direitos Humanos, datada de 1948, além de textos contemporâneos em que esta temática tem sido discutida, como os trabalhos de Lapa e Rodrigues (2016) e materiais produzidos pelos órgãos públicos que atuam nesta esfera, como a Cartilha educativa ilustrada por Ziraldo (BRASIL, 2008), e o Relatório mais recente sobre Direitos Humanos no país (BRASIL, 2018). A participação das pessoas no experimento, em sua maioria acadêmicos da própria instituição, foi considerada satisfatória, tendo em vista que nos três cartazes fixados, em pontos de maior circulação de pessoas, houve manifestação escrita de quem se interessou em participar. As análises preliminares do material indicam que houve posicionamentos em defesa dos Direitos Humanos, reconhecendo-os como uma forma de assegurar a dignidade humana, especialmente daquelas e daqueles que têm seus direitos (humanos) diariamente negligenciados pela sociedade (em especial pelo poder público). Do mesmo modo, houve também manifestações críticas em relação à temática, indicando a ideia difundida no senso comum, de que os direitos humanos deveriam estar voltados apenas àquelas pessoas que agem dentro de determinadas expectativas da sociedade, reforçando o jargão de “Direitos Humanos para Humanos Direitos”. Diante das contribuições dos sujeitos, o grupo já iniciou a escrita de seu relatório final da atividade, porém, pretende ainda aprofundar suas discussões e análises para, posteriormente, publicar os resultados finais por meio de artigo científico.

Palavras-Chave: Direitos Humanos; Educação em Direitos Humanos; Representações Sociais.

REPRESENTAÇÕES SOBRE DIREITOS HUMANOS

ANAIS DO III SEMINÁRIO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃOCURSO DE PEDAGOGIA

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Maria Andressa da Costa - FGG/ACEAna Paula Rosa da Silva – FGG/ACE

Miriam Marcia de A. R. Carvalho – FGG/ACEDayane Rodrigues – FGG/ACE

Resumo: Este projeto foi desenvolvido pelos integrantes do Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas e Práticas Pedagógicas Inclusivas – GEPPPPI, vinculado ao curso de Pedagogia da Faculdade Guilherme Guimbala, mantida pela Associação Catarinense de Ensino, e coordenado pelo professor Me. Juliano Agapito. A proposta apresentada refere-se à implantação de um espaço de acolhimento para crianças, cujas mães, pais ou responsáveis estudem e/ou trabalhem na FGG/ACE, a fim de que possam comparecer e cumprir suas atividades acadêmicas, mesmo nos momentos em que não tiverem onde, ou com quem, deixar suas crianças. A ideia surgiu a partir de reflexões que ocorreram nos encontros do GEPPPPI no semestre 2009-I, em especial na ocasião em que se discutiu, no mês de maio, as demandas das mulheres/mães estudantes. Com base no texto de Santana (2013), o grupo levantou as demandas destas estudantes mães, que enfrentam diversas dificuldades para conseguir concluir, com êxito, seus cursos de graduação, haja vista as demandas específicas geradas pela condição da maternidade, e que muitas vezes sobrecarregam as mulheres. Certamente, as crianças foram geradas também por seus pais, possuem outros familiares, pessoas com quem convivem e que compartilham seus cuidados, porém, historicamente na sociedade brasileira (e em outras também), a mulher acaba sendo colocada em um espaço de principal (e as vezes a única) responsável pelos cuidados com as crianças pequenas. Esta situação já vem sendo discutida a bastante tempo por grupos que se dedicam a reivindicar a igualdade de direitos para as mulheres, mas o que se vê ainda são diversas situações em que as mulheres/mães acabam não ingressando na Educação Superior, ou desistindo de seus cursos por não conseguir conciliar as funções de mãe, trabalhadora e estudante. Tendo em vista que esta ideia nasce de discussões oriundas do curso de Pedagogia, é importante ressaltar o número significativo de mulheres neste curso (97,6%), contudo, os demais cursos da FGG/ACE também contemplam muitas mães em seu corpo discente. Ademais, é essencial ressaltar que a proposta que se busca justificar, prevê a atenção às crianças filhas de estudantes da instituição, sejam mães ou pais, contudo, a argumentação se ancora na premissa de que são as mulheres, na maioria das vezes, que enfrentam dificuldades para ingressar, permanecer ou concluir seus cursos, em função dos cuidados de seus filhos. Em suma, acredita-se que com a oferta de um espaço de acolhimento para estas crianças, a FGG/ACE passará a contar com um excelente diferencial em relação às demais Instituições de Ensino Superior da cidade, ao mesmo tempo em que concorrerá para o fortalecimento de sua visão voltada à responsabilidade com as questões sociais referentes a todos aqueles e aquelas que fazem parte de sua comunidade acadêmica.

Palavras-Chave: Espaço Infantil; Mães Estudantes; Acolhimento.

PROJETO PARA IMPLANTAÇÃO DE UM ESPAÇO INFANTIL NA FGG/ACE