Amortecedores Elementos de Maquinas
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE RONDONÓPOLIS
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLÓGICAS
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
Rondonópolis-MT
2015
João Paulo Andreassa Pizza
Pedro Aires Teixeira Júnior
Vinícius Lopes Nogueira
AMORTECEDORES
Rondonópolis-MT
2015
João Paulo Andreassa Pizza
Pedro Aires Teixeira Júnior
Vinícius Lopes Nogueira
AMORTECEDORES
Trabalho apresentado como
exigência parcial para obtenção
de nota na disciplina de
Elementos de Máquinas I na
Universidade Federal de Mato
Grosso.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................4
2. DESCRIÇÃO.......................................................................................................5
3. APLICAÇÕES .....................................................................................................6
4. FUNCIONAMENTO ...........................................................................................7
5. TIPOS E MODELOS .........................................................................................9
6. CONCLUSÃO .................................................................................................. 11
7. BIBLIOGRAFIA................................................................................................ 12
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1. INTRODUÇÃO
Quando se iniciou a fabricação dos primeiros automóveis no final do século
XIX, um item imprescindível para garantir a segurança, conforto e estabilidade, não
equipava as suspensões destes veículos: o amortecedor. A falta dos amortecedores
trazia inúmeros transtornos. As irregularidades do solo deixavam o carro bastante
instável, o motorista perdia facilmente o controle nas curvas, pois a inclinação do
veículo não era compensada. A ausência do equipamento provocava um excesso de
vibração que passava das rodas para a carroceria do automóvel, os pneus furavam
constantemente, devido ao extremo impacto que sofriam.
Em vista deste cenário, a Monroe criou o eliminador de vibrações. Lançado
em 1926, o equipamento era hidráulico e possuía um pistão vertical interno
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2. DESCRIÇÃO
Os amortecedores são basicamente bombas de óleo, e o tipo mais usado
atualmente É denominado telescópico hidráulico. Um pistão é preso ao fim da haste
e trabalha de acordo com a movimentação do fluido hidráulico no tubo de pressão.
Como os movimentos de suspensão são na sua grande maioria vertical (para cima e
para baixo), o fluido hidráulico é forçado a passar por furos (orifícios) presentes no
pistão. Se os orifícios forem pequenos, a carga do amortecedor será alta, resultando
no maior controle da movimentação da suspensão. Caso contrário, se os orifícios
forem maiores, a carga do amortecedor será baixa, resultando no controle mais
suave da movimentação da suspensão.
O funcionamento do amortecedor hidráulico É definido pela constante
movimentação interna de óleo entre os tubos. Para isso, a primeira condição básica
para o perfeito funcionamento do amortecedor é estar com o tubo de pressão repleto
de óleo, sem a presença de ar. A sangria ou escorvamento é processo pelo qual se
extrai o ar do tudo de pressão.
Quando o amortecedor está no movimento de compressão (fechamento), a
haste juntamente com o pistão de desloca para baixo, deslizando pelo tubo de
pressão. De todo o óleo que estava abaixo do pistão, parte dele se desloca para a
parte superior do tubo de pressão, passando pela válvula do pistão, e a outra parte
restante vai para o tubo reservatório, passando pela válvula de base. Quando o
amortecedor está no movimento de extensão (abertura), a haste juntamente com o
pistão de desloca para cima deslizando pelo tubo de pressão. De todo o óleo que
estava acima do pistão, parte dele se desloca para a parte inferior do tubo de
pressão, passando pela válvula do pistão, e a outra parte restante é sugada do tubo
reservatório para o tubo de pressão, passando pela válvula de base. A velocidade
de movimento da haste e o tipo de válvula do pistão determinam a força de
resistência (carga) gerada pelo amortecedor na compressão e extensão. O nível de
carga de cada amortecedor dependerá da velocidade de movimentação da
suspensão, e mais uma série de características próprias do veículo. Ela será
definida pelo número e tamanho dos orifícios no pistão, mais a quantidade, e a
espessura dos discos de válvula. Quanto mais rápido a suspensão se movimenta,
maior carga terá o amortecedor, ou vice-versa.
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3. APLICAÇÕES
Um Amortecedor é um dispositivo mecânico ou hidráulico designado para
absorver e amortecer choques e impulsos. Ele o faz transformando a energia
cinética do choque em outra forma de energia (geralmente calor) que é então
dissipada.
Amortecedores pneumáticos e hidráulicos são usados em conjunto com
molas, um amortecedor de automóvel contém válvulas e orifícios para controlar o
fluxo de óleo através de um pistão interno.
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4. FUNCIONAMENTO
A menos que exista algum tipo de estrutura de amortecimento, uma mola
liberará toda a energia que a mesma absorver de maneira descontrolada. A mola
continuaria a se mover, seguindo sua freqüência natural até toda a energia
inicialmente absorvida ser usada. Por exemplo, uma suspensão feita somente com
molas resultaria em um carro descontrolado em quase qualquer terreno.
Para isso existem os amortecedores, um dispositivo que controla movimentos
indesejados realizados pela mola através de um processo conhecido como
amortecimento. Amortecedores desaceleram e diminuem a magnitude dos
movimentos vibratórios transformando a energia cinética absorvida pela mola em
calor que pode ser dissipado através de um fluido hidráulico.
Amortecedores trabalham em dois ciclos, o ciclo de compressão e o ciclo de
extensão.
Exemplo - Amortecedor de tubo duplo: Num amortecedor de tubo duplo, um
dos amortecedores mais comuns, o suporte superior é conectado à haste do pistão,
que está conectada a um êmbolo, que por sua vez está dentro de um tubo contendo
fluido hidráulico. O tubo interior é conhecido como tubo de pressão e o tubo exterior
é conhecido como tubo reserva, o tubo reserva armazena o excesso de fluido
hidráulico. Quando a roda do carro colide de alguma maneira e a mola enrola e
desenrola, a energia da mola é transferida para ao amortecedor através do suporte
superior, depois para baixo através da haste do pistão e até o êmbolo. Orifícios no
pistão permitem que fluido circule enquanto o pistão de move para cima e para baixo
no tubo de pressão. Por conta dos orifícios serem relativamente pequenos, apenas
uma pequena quantidade de fluido, sob altíssima pressão, atravessa os mesmos.
Isso desacelera o pistão, que por sua vez desacelera a mola.
O ciclo de compressão acontece quando o êmbolo se move para baixo,
comprimindo o fluido hidráulico presente na câmara abaixo do êmbolo. O ciclo de
extensão acontece quando o pistão se move para a parte superior do tubo de
pressão, comprimindo o fluido na câmara acima do êmbolo.
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FIGURA 1 – AMORTECEDORES DE TUBO DUPLO
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5. TIPOS E MODELOS
-DUPLO CILINDRO HIDRÁULICO
Os amortecedores mais econômicos são os hidráulicos com dois cilindros
concêntricos, que utilizam um pistão com duas válvulas, uma no topo e outra na
base, permitindo a passagem do óleo de um reservatório para outro.
- A GÁS
Tentando minimizar a formação de espuma no reservatório do amortecedor,
os fabricantes aumentaram a pressão a que o fluído está sujeito. Este processo só é
possível através de algo mais denso que a atmosfera.
É este o principio dos amortecedores a gás, que dispõem de duas câmaras
distintas, uma câmara de fluído e uma câmara de gás, separadas entre si por uma
membrana elástica.
Os mais simples amortecedores a gás contêm apenas gás na parte superior
do reservatório de óleo, conferindo às válvulas de expansão uma melhor capacidade
para trabalhar a regimes elevados.
- CILINDRO CELULAR
Outro tipo de amortecedores que utilizam gás são os chamados celulares,
que como o nome indica possuem uma célula fechada onde o gás se encontra
isolado do fluído. Impossibilitando assim a formação de espuma. No entanto, estes
amortecedores revelam-se ligeiramente mais duros quando se conduz fora de
estrada.
- DUPLO CILINDRO CELULAR
Dentro deste esquema de funcionamento existem os modelos de dois
cilindros a gás. Neles, o ar é substituído por um gás com maior pressão, o
nitrogênio. Essa pressão varia entre os 80 e 120 Psi.
Estes amortecedores revelam um melhor comportamento quando sujeitos a
elevados regimes, mas não estão livres da formação de espuma uma vez que o óleo
e o gás se encontram no mesmo reservatório.
- CILINDRO CONCÊNTRICO CELULAR
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Os amortecedores de cilindros concêntricos de gás celular funcionam
segundo o mesmo princípio, mas neste caso o gás encontra-se numa célula
estanque, não havendo assim mistura com o óleo.
Neste tipo de amortecedores o reenchimento do compartimento principal é
mais lento que nos modelos descritos anteriormente. Este aspecto pode ser
compensado com o fato dos celulares poderem ser montados ao contrário,
provocando assim uma diminuição do peso fixo aos chassis.
- MONOTUBO
Existem também os amortecedores monotubo ou de um único cilindro, que
apresentam uma construção bastante mais simplificada. A sua ação tem como base
o funcionamento de um pistão numa coluna de óleo, não existindo qualquer
reservatório exterior.
Este sistema apenas necessita de uma válvula no extremo do pistão,
enquanto outros modelos têm uma válvula na base.
Um compartimento com gás de alta pressão (300-400 Psi) está separado por
um pistão flutuante, evitando assim a formação de espuma ao mesmo tempo em
que controla a cavitação.
Como o óleo se encontra apenas num reservatório, o movimento do pistão
não provoca um sobreaquecimento, oferecendo assim uma me lhor resistência e
longevidade.
Este tipo de amortecedores é menos resistente a agressões exteriores ou a
um eventual desalinhamento do pistão, uma vez que as suas paredes são
extremamente finas.
- AMORTECEDOR VISCOELÁSTICO
Utilizados como materiais dissipadores da energia de vibração de uma
estrutura e, consequentemente, funcionando como parte de um sistema passivo de
controle de vibrações estruturais. Os materiais visco elásticos têm como principal
característica uma grande dissipação de energia por ciclo de oscilação.
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6. CONCLUSÃO
Chama-se amortecimento o processo pelo qual a energia é retirada do
sistema elástico. A energia é consumida por atrito entre as peças móveis do sistema
e/ou pelo atrito interno entre as moléculas das peças do sistema, havendo uma
dissipação de energia mecânica sob forma de calor e/ou som. Um amortecedor,
pois, é o componente do sistema mecânico que dissipa energia mecânica do
mesmo, assim como o resistor é o componente do sistema elétrico que dissipa
energia elétrica do mesmo. Na modelagem não se considera que o amortecedor não
tem nem massa e nem rigidez.
Uma importante consideração durante o design de um amortecedor é saber
para onde a energia irá. Na maioria dos amortecedores, a energia é convertida em
calor no interior do fluido viscoso. Em cilindros hidráulicos, o fluido hidráulico
aquece, enquanto que em cilindros de ar (pneumáticos), a energia dissipada pode
ser armazenada e utilizada depois.
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7. BIBLIOGRAFIA
Harris, William. 2005. How Stuff Works. [Online] Maio 11, 2005. [Cited:
Janeiro 27, 2015.] http://auto.howstuffworks.com/car-suspension2.htm.
Prof. João Paulo Barbosa, M.SC. 2011. Elementos de Máquinas. São
Mateus : s.n., 2011.
http://www.sa-tenneco-automotive.com/brasil/pdf/manual_amortecedor.pdf