Almaraz: uma central nuclear fora de prazo e mesmo aqui ao ... · de refrigeração apresentou duas...

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Almaraz: uma central nuclear fora de prazo e mesmo aqui ao lado 07 Março 2016 624 partilhas CIÊNCIA » AMBIENTE O tempo de vida de uma central nuclear são 30 anos. Almaraz tem 35, mas ainda não há plano final para a encerrar. A 100 km de Portugal, os maiores riscos são a contaminação do ar e da água do Tejo. Vera Novais As centrais nucleares são um risco permanente 1

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Almaraz: uma central nuclear fora de prazo e mesmoaqui ao lado

07 Março 2016 624 partilhas

CIÊNCIA » AMBIENTE

O tempo de vida de uma central nuclear são 30 anos.Almaraz tem 35, mas ainda não há plano final para aencerrar. A 100 km de Portugal, os maiores riscos são a

contaminação do ar e da água do Tejo.

Vera Novais

As centrais nucleares são um risco permanente1

A Central Nuclear de Almaraz, na província de Cáceres em Espanha,completou 30 anos em maio de 2011. Numa situação normal este seria olimite de vida de uma central deste tipo, defendem os ambientalistas,mas o Governo espanhol alargou a licença de funcionamento até 2020.O ministro do Ambiente português, João Matos Fernandes, confia nascondições de segurança da central de Almaraz, mas o Bloco deEsquerda, Os Verdes e o PAN já manifestaram não partilhar da mesmaopinião.

“Almaraz já devia estar desligada há muito tempo”, diz aoObservador Carlos Pimenta, ex­secretário de Estado do Ambiente(1983­1984 e 1985­1987). “Quando fui secretário de Estado doAmbiente já tínhamos problemas com Espanha por causa das saídas demateriais radioativos.”

José Marques, vice­presidente do Instituto Superior Técnico (IST) parao Campus Tecnológico e Nuclear (Sacavém), tem uma opinião diferente:“Os reatores nucleares não têm prazo de validade”. Oinvestigador do Campus Tecnológico e Nuclear do IST diz aoObservador que só as inspeções periódicas podem determinar se acentral tem ou não condições para se manter em funcionamento. “Aidade não significa nada sobre se é ou não segura. É preciso ver noconjunto se está a operar em segurança.”

Os pequenos incidentes com a Central Nuclear de Almaraz têm­sesucedido, como é possível confirmar na página do Conselho deSegurança Nuclear espanhol (CSN) — um organismo responsável pelasegurança nuclear e proteção radiológica, independente daAdministração Central. Mas José Marques refere que a grande maioria

Uma central nuclear não se encerra de um dia para o outro2

Portugal não pode obrigar Espanha a fechar a central3

não dá o mínimo motivo para alarme.

A última situação que terá dado azo a alguma preocupação aconteceuem fevereiro: uma paragem automática do reator na unidade I no dia22. No dia seguinte, um pequeno incêndio num dos geradores deenergia, que estava em manutenção, associados à unidade II.

Localização da Central Nuclear de Almaraz, a 100 quilómetros da fronteira – GoogleMaps

Nenhum dos incidentes de fevereiro teve impacto nos trabalhadores,população ou meio ambiente, informa o CSN. Mais preocupante foi afalsificação de dados de fiscalização ao sistema de segurança contraincêndios, revelada há um ano. A empresa externa encarregue de fazer ocontrolo de vigilância assinava as rondas, mas não as fazia, segundo o ElPaís. Nuno Sequeira, membro da associação ambientalista Quercus, dizao Observador que “estes sinais periódicos dão conta da insegurança [dacentral]”.

Se houver um acidente nuclear em Almaraz, um dos riscos é a poluiçãoatmosférica. Ainda que os ventos sejam predominantemente de oeste­noroeste também temos ventos vindos de este e a fronteira com

Portugal está apenas a 100 quilómetros. Outro problema, mais grave, éa contaminação das águas do rio Tejo com materiais radioativos.Em situações normais, a água do rio que serve para a refrigeração dacentral não é contaminada, mas se houver uma fuga ou um acidente,que não sejam contidos pela bacia onde está instalada a central, haverácontaminação do rio que cruza Portugal.

Esclarecimento do Ministro do Ambiente

“Na sequência das notícias publicadas na comunicação social sobre o resultadosde uma inspeção realizada por cinco inspetores do Conselho de Segurança Nuclearde Espanha (CSN) em que alerta para a possibilidade de ocorrência de falhas nosistema de arrefecimento da Central Nuclear de Almaraz, deve referir-se quePortugal, através dos protocolos e acordos bilaterais estabelecidos, solicitou deimediato informação adicional sobre a situação da Central Nuclear de Almaraz aoCSN. Foi dada a garantia a Portugal através de comunicado do CSN que a CentralNuclear de Almaraz se encontra em condições de segurança.”

No final de janeiro, um grupo de cinco inspetores do CSN dissenão haver garantias suficientes de que o sistema derefrigeração da Central Nuclear de Almaraz pudessefuncionar com normalidade. Os inspetores frisaram que o sistemade refrigeração apresentou duas avarias em menos de quatro meses eque não é feita revisão periódica dos motores onde ocorreram as falhashá 19 anos, noticia o jornal El País.

Para Carlos Pimenta, esta central nuclear apresenta “problemas deconstrução e conceção que nunca foram resolvidos”, dando a Almaraz o“pior registo de funcionamento das centrais espanholas” e, certamente,um dos piores registos europeus.

Em resposta à denúncia feita pelos inspetores, a direção da central disseque as bombas do sistema de água estão a funcionar com normalidade eque existe uma quinta bomba que pode substituir qualquer uma dasoutras em caso de avaria, refere o jornal El País. A própria direção

técnica do Conselho de Segurança Nuclear veio contradizer os cincoinspetores. “O operador [responsável pela central] tomou asmedidas necessárias para obter uma garantia de razoável desegurança da operação”, diz o conselho em comunicado citado peloEl País. “Essa garantia considera­se suficiente.” Se o CSN tivesseaceitado o relatório dos inspetores, a central teria de ser encerradaimediatamente.

O Ministro do Ambiente, numa nota de esclarecimento enviada para ogabinete do secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, confirmaesta informação: “o operador da central adotou medidas mais restritivasque as previstas nas especificações técnicas de funcionamento” e“encontra­se também a realizar ações necessárias para determinar ascausas das falhas que originaram a inspeção do CSN”. “Com ainformação disponível atualmente, o CSN não consideranecessário requerer ações adicionais ao operador da central”,conclui o Ministério do Ambiente.

Carlos Pimenta mostra­se indignado com a falta de responsabilidadedos operadores das centrais nucleares e dos Estados que as financiam. Oex­secretário de Estado do Ambiente lembra que nenhuma centralnuclear sobrevive sem o subsídio do Estado e que só se justifica estadespesa quando o interesse do país no nuclear também tem finsmilitares. Carlos Pimenta acrescenta ainda que as centrais nucleares sãoa única atividade económica em que existe um limite máximo para ovalor das compensações em caso de danos e este é, normalmente, muitoinferior aos custos reais em situações de acidente.

As centrais nucleares são um risco permanente

Almaraz, como todas as centrais nucleares existentes, tem problemas eriscos inerentes à tecnologia, afirma Carlos Pimenta, que temtrabalhado na área das energias renováveis. “Não há solução.” Primeiro,

estas centrais precisam de arrefecimento permanente. Sehouver um problema nas bombas que levam a água de refrigeração atéao núcleo onde se dá a reação, este sistema pára. O resultado:aquecimento e aumento de pressão. “Se não houver evacuação do calordo núcleo podem acontecer acidentes gravíssimos.” Carlos Pimentaacrescenta que, com a tecnologia existente atualmente, – a cisão denúcleos de urânio – este problema “não é ultrapassável”.

O outro problema são os resíduos. Carlos Pimenta lembra que trabalhana área das energias há mais de 40 anos e que ainda não viu umasolução para este problema. Um acidente grave numa central não afetaapenas o material ativo, alerta, mas também todo o material que seencontra armazenado por baixo da central. Até se pode pensar emretirar os lixos tóxicos da central, mas ninguém sabe qual é o melhorsítio para os depositar. Não vale a pena tentar enterrá­los num qualquerlocal isolado, não há nenhuma formação geológicasuficientemente estável para conter este nível de radiação quelevará milhares de anos a desaparecer, reforça Carlos Pimenta.“Ainda não existe tecnologia que permita eliminar ou reciclar estesresíduos.”

E esta é uma das maiores dificuldades no que diz respeito aoencerramento de uma central. Para onde vão os resíduos radioativos ecomo se fará o transporte até lá? Naturalmente que as áreas periféricas,longe das grandes cidades, são as preferidas. No caso das centraisespanholas, a região junto ao Mediterrâneo não é opção, porque teriaimpactos negativos no turismo. Sobra a fronteira com Portugal, comolembra Nuno Sequeira. Mas a possibilidade de deixar lixo tóxico junto àfronteira no nordeste transmontano ou na Extremadura espanhola jáviu contestação da população portuguesa, mas também dos própriosespanhóis — ninguém quer lixo tóxico à porta de casa.

A Endesa, uma das empresas responsáveis pela Central Nuclear deAlmaraz, explica como funciona uma central deste tipo e como é feita arefrigeração.

Ainda assim, não chega levar os resíduos que estão armazenados. Cadatubo, cada peça, cada parafuso, estão contaminados. É preciso fazer adescontaminação de cada centímetro quadrado da central e da respetivaárea de implementação.

José Marques lembra que Espanha já tem locais para guardar resíduosradioativos, pelo menos os de baixa e média atividade, ou seja, aquelescuja radiação é menor, como os componentes da central. Os materiaisque estejam muito irradiados, que tenham um grande potencial deemitir radiação, como os combustíveis, ficam separados dos outros.Ainda assim, o investigador considera que os resíduos radioativos nãosão um problema.

EndesaEduca_Visita virtual a una central nuclear

Todo este processo de descontaminação poderia levar dezenas de anos ecustar milhares ou milhões de euros, refere Carlos Pimenta. ParaAlmaraz, como para muitas centrais que já estão paradas em todo omundo, “a solução mais barata é pôr arame farpado a toda avolta e pôr militares a vigiarem 24 horas por dia”. Isto até podeacautelar possíveis roubos dos materiais, mas será mais difícil evitar quealguém faça explodir uma bomba e em caso de haver um terramoto,então não há solução nem prevenção possíveis.

Manter uma central nuclear aberta, especialmente depois do fim devida, também não é solução, dizem os ambientalistas. As centrais maisvelhas, além de exigirem mais manutenção, têm gastos acrescidos com omelhoramento de sistemas antigos ou a introdução de novastecnologias, que visam, por exemplo, torná­las cada vez mais seguras. Etudo isto tem um preço alto. “A energia nuclear é o único tipo de energiaque ao longo do tempo, em vez de se tornar mais barata, está cada vezmais cara”, afirma Carlos Pimenta.

“[A energia nuclear] pode não ter emissões, masnão é uma energia limpa.”

Francisco Ferreira, presidente da Zero

O ex­secretário de Estado do Ambiente acrescenta que as centraisnucleares têm custos de construção que ultrapassam muitas vezes osorçamentos previstos, uma manutenção e atualização tecnológicadispendiosa, “problemas insolúveis” e “riscos insuportáveis” e que, porisso, “não há nenhum economista sério que possa defender o nuclear”.Francisco Ferreira, atualmente presidente da associação ambientalistaZero, reforça que “esta forma de produção de energia elétricanão é considerada sustentável”. “Pode não ter emissões, mas não é

uma energia limpa”, diz ao Observador.

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Uma central nuclear não se encerra de um dia para o outro

Com tantas falhas relatadas e com tanto prejuízo associado porque éque se mantém aberta a central? Em última instância “é uma decisãopolítica”, lembra ao Observador Nuno Sequeira, alertando que quantomais se adiar o desmantelamento maior é o risco. A central deveria terencerrado em 2010, mas estávamos em plena crise económica, e oencerramento traria para a região, já de si desfavorecida, um impactoeconómico negativo grande.

Contudo, alargar o período de funcionamento até 2020 não vai resolveros problemas económicos que podem advir do seu encerramento,porque mais tarde ou mais cedo terá mesmo de encerrar, reforçaFrancisco Ferreira. De qualquer forma, mesmo que as pessoas possamperder os empregos devido ao encerramento da central, terão de serempregadas pessoas para fazer a manutenção do espaço, garantir asegurança e evitar a libertação de radiação e a contaminação doambiente, diz o professor de energia e ambiente na Faculdade deCiências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

Em relação ao impacto na produção de eletricidade, Francisco Ferreiradesvaloriza: a paragem da central a carvão de Sines, prevista para 2021,“teria, em termos relativos, um impacto maior que Almaraz, masPortugal tem folga suficiente para isso”. E explica: “As centrais a gás sãomais eficientes [do que as centrais a carvão]”. Mas Francisco Ferreiratem uma crítica maior: “Espanha está a desinvestir nas energiasrenováveis e mantém um parque nuclear obsoleto”.

"Até agora não há compromisso, nemapresentação de um plano por parte dogoverno espanhol."

Nuno Sequeira, membro da Quercus

Nuno Sequeira defende que a região deveria apostar nas energias renováveis,

mas também na agropecuária e turismo como fonte de receita e de emprego

local, para evitar os impactos económicos negativos que possam advir do

encerramento da central. Mais, o ambientalista refere que Espanha “não

está [sequer] a fazer uma transição faseada para o encerramento”.

“Até agora não há compromisso, nem apresentação de um plano por parte do

governo espanhol”, diz o ambientalista.

E uma central nuclear não se encerra de um dia para o outro. “Devia seranunciada uma data de encerramento e até lá devia ser criado um planode ação para ser posto em prática”, diz Nuno Sequeira. As centraisnucleares requerem manutenção permanente para evitar fugas. Umencerramento da central não pode significar o abandono da mesma, nãosó pelos riscos ambientais diretos, mas porque a segurança do espaçotem de continuar a ser assegurada para que nenhum dos materiais sejaroubado.

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Portugal não pode obrigar Espanha a fechar a central

O antigo presidente da Quercus apresenta críticas contra o governoespanhol, mas também contra a “inoperância” do Governo português,porque considera que as autoridades portuguesas “não fazem pressãojunto do governo espanhol”. Francisco Ferreira acha que Portugal “não

tem praticamente margem de manobra” e só vê alguma possibilidade,do ponto de vista político, se for o PSOE a ficar no poder em Espanha.

Carlos Pimenta, por outro lado, acha que o Estado português podetentar fazer alguma coisa: pode estar atento e fazer um controlobacteriológico, químico e da radiação, e pode alertar as entidadeseuropeias sobre qualquer situação que seja pertinente. Mas não podeobrigar Espanha a fechar a central.

O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes,enviou uma carta ao homólogo espanhol solicitandoinformação detalhada sobre a Central Nuclear de Almaraz.“Portugal possui instrumentos bilaterais para acompanhar situaçõesanómalas em qualquer central nuclear em Espanha, através dosprotocolos e acordos estabelecidos entre autoridades espanholas eportuguesas”, esclarece ao Observador o Ministério do Ambiente.“Sobre as situações registadas mais recentemente, foi dada a garantia aPortugal pelo CSN de que a Central Nuclear de Almaraz se encontra emcondições de segurança.”

Mapa com as centrais nucleares e locais de armazenamento de resíduos radioativos

em Espanha (dados de julho de 2014) – Foro Nuclear (http://www.foronuclear.org/)

Mas Carlos Pimenta tem motivos para duvidar se os espanhóis fazemtodas as notificações, pelo menos com base na sua experiência enquantosecretário de Estado do Ambiente. “Em 1986 ou 1987, antes de existir abarragem de Castelo de Bode, quase tivemos de fechar o abastecimentode água a Lisboa por causa de uma fuga radioativa no Tejo”, contaCarlos Pimenta. “Só depois de confrontarmos Espanha com os nossosnúmeros [dados das análises à água do rio] é que eles admitiram queexistia uma fuga.”

Compete à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) estarvigilante em relação a qualquer risco ou incidente ambiental,assim como aos aspetos de segurança nuclear. É esta agência quemantém o contacto com a CSN. “A APA é também o ponto de contactojunto da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), enquantoAutoridade Competente para as Convenções de Notificação Rápida eAssistência de Acidentes Radiológicos e Nucleares, e junto da ComissãoEuropeia, ao nível do sistema European Community UrgentRadiological Information Exchange (ECURIE)”, acrescenta oministério.

Planos de Emergência

Entre os riscos tecnológicos considerados pelo Plano Nacional de Emergência deProteção Civil (PNEPC) e Planos Distritais de Emergência de Proteção Civil (PDEPC)figura o de “Emergências Radiológicas”. Tanto no PNEPC como nos PDEPC deCastelo Branco, Guarda e Portalegre, este risco está avaliado como tendo “Grau deRisco moderado”. Os Planos Municipais de Emergência de Proteção Civil destesconcelhos também preveem medidas mitigadoras no caso de ocorrência daqueletipo de acidentes.

Enquanto a APA vigia de forma contínua a radioatividade no ambientepara que possam ser detetadas situações de aumento anormal – RedeNacional de Alerta de Radioatividade no Ambiente ­, a Autoridade

Nacional para a Proteção Civil (ANPC) tem planos nacionais elocais de emergência que dão suporte às operações deproteção civil, em caso de iminência ou ocorrência deacidente grave ou catástrofe. “O PNEPC inclui como hipótese umcenário de acidente com origem na central de Almaraz, estandodetalhados os eventuais efeitos e ações a empreender pelos agentes deproteção civil. Este cenário tem, no entanto, uma probabilidade deocorrência considerada baixa”, explica a ANPC ao Observador.

A Proteção Civil esclarece que não só recebe como emite alertas enotificações rápidas (em articulação com a APA) de e para o estrangeiro,assim como faz pedidos internacionais para assistência mútua em casode emergência por intermédio da Agência Internacional da EnergiaAtómica (AIEA). Em caso de acidente nuclear, ou outro tipo deocorrências, “os mecanismos a adotar, à escala nacional, para aviso àpopulação, assentarão fundamentalmente na disseminação deinformação pública através dos órgãos de comunicação social(televisões, rádios nacionais e agências noticiosas) e da internet”, diz aANPC.

A Central Nuclear de Almaraz está em funcionamento há 35 anos eestará pelo menos mais quatro. Até lá, as instituições portuguesasdevem manter­se atentas ao mínimo sinal de alerta e reforçar oscontactos com o Governo espanhol. Da comunidade científica espera­seuma solução para os resíduos tóxicos e para o aumento permanente dasegurança nas centrais.

Atualização às 18h15: Cargo de José Marques: vice­presidente do Instituto Superior Técnicopara o Campus Tecnológico e Nuclear Esclarecimento do Ministério do Ambiente ao gabinete do secretário deEstado dos Assuntos Parlamentares

Texto de Vera Novais.

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As centrais nucleares são um risco permanente1

Uma central nuclear não se encerra de um dia para o outro2

Portugal não pode obrigar Espanha a fechar a central3