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AJES-INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL
EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS SERIES INICIAIS
Daniel Gomes Pereira
Orientador: Prof. Ilso Fernandes do Carmo
JUINA/2013
AJES-INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL
EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS SERIES INICIAIS
Daniel Gomes Pereira
Orientador: Prof. Ilso Fernandes do Carmo
“Trabalho apresentado como exigência parcial para obtenção do Título de Especialização em Educação Ambiental.”
JUINA/2013
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus Por ter concedido a oportunidade de
engessar em uma faculdade e futuramente na Pós-Graduação. Aos coordenadores
e professores da AJES.
Em especial os Professores Marina Silveira Lopes, Djalma Gonçalves,
Denise Peralta Lemes e Ana Letícia de Oliveira pessoas que pude contar sempre na
minha vida acadêmica.
Fico grato a colega Nilcineia Zocche que sempre esteve auxiliando e me
dando força.
DEDICATÓRIA
Dedico a Deus que me amparou nos momentos mais difíceis da minha vida
e as pessoas que duvidaram da minha capacidade, deixo aqui uma prova que até os
humildes foram lembrados por mim e foram cada um de vocês me deram forças o
bastante para terminar a minha faculdade.
“E que Você pode fazer coisas a um estante das quais se arrependerá pelo resto da
vida”
(William Shakespeare, 1984)
RESUMO
A educação pode ser definida como o processo de ensino-aprendizagem e
pode ser praticado em quaisquer órgãos ou lugares. Durante os séculos, a educação
passou por um processo de evolução que a tornou, hoje, um direito de quaisquer
cidadãos, desde as séries iniciais até o ensino médio. A educação infantil, antes
considerada uma obrigação da família, passou por várias evoluções e hoje está
garantida pela Constituição Federal e é considerada um direito de toda criança. Tem
como principal objetivo preparar a criança para o conhecimento e torná-la desde
cedo um ser humano mais consciente e sociável. Também, no mundo atual, uma
nova área vem ganhando importância na área da educação - a educação ambiental,
uma nova forma de conscientizar as pessoas de como preservar o meio em que
vivem. Este trabalho visa diagnosticar a importância da educação ambiental nas
séries iniciais, bem como a conscientização dos profissionais da educação sobre o
tema. Foram utilizados métodos de pesquisa bibliográfica, e a aplicação de
questionários na instituição de ensino infantil Criança Feliz, em Juína – MT, onde os
profissionais responderam sobre como ensinam a educação ambiental e seu
preparo para esta abordagem. Os resultados foram bastante proveitosos, onde se
pode concluir que nesta instituição a educação ambiental é aplicada e, os
profissionais responderam se sentem preparados para trabalhar o tema em sala de
aula, a maioria diz ser sua formação muito importante nas práticas de educação
ambiental, já que a mesma lhes proporcionou experiências nesta área. Desta
maneira, a educação ambiental se faz necessária em todas as séries e etapas de
formação do ser humano, pois o principal objetivo deste ensino é conscientizar os
cidadãos sobre os cuidados com o meio ambiente, e cidadão consciente, mundo
melhor.
Palavras chave: Educação Ambiental; conscientiza; educação infantil.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................................
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................
1.1. Educação......................................................................................................
1.2.Histórico da educação no Brasil....................................................................
1.3. A atual fase da educação brasileira..............................................................
1.4. A educação infantil no Brasil.........................................................................
1.5. A educação ambiental...................................................................................
1.6. A importância da educação ambiental nas series iniciais.............................
2. MATERIAL E MÉTODO...................................................................................
2.1. Saída de campo............................................................................................
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES.....................................................................
3.1. Localização do Município de Juína - MT.......................................................
3.2. Centro Educacional Criança Feliz.................................................................
3.3. Relatório das visitas in loco...........................................................................
CONCLUSÃO..................................................................................................
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................
ANEXOS.............................................................................................................
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INTRODUÇÃO
O termo educação trata-se do processo de ensino-aprendizagem e pode ser
praticado em quaisquer órgãos ou lugares. A educação durante os séculos, passou
por um processo de evolução que a tornou, hoje, um direito de quaisquer cidadãos,
desde as series iniciais ate o ensino médio.
A educação infantil, antes considerada uma obrigação da família, passou por
várias evoluções e hoje esta garantida pela Constituição Federal e é considerada um
direito de toda criança. Tem como principal objetivo preparar a criança para o
conhecimento e torná-la desde cedo um ser humano mais consciente e sociável.
A educação ambiental, atualmente é um dos assuntos mais importantes no
processo de ensino aprendizagem, pois envolve todo processo de inter-relação entre
o homem e o meio ambiente, já esta garantida pela Constituição Federal de 1988.
Os Planos Curriculares Nacionais (PCNs) abrangem de forma fundamental a prática
da educação ambiental nas escolas desde as series iniciais ate o ensino médio. E
trazem uma grande e grave problemática que é a forma como a educação ambiental
vem sendo praticada. A maioria das instituições de ensino não possui projetos
específicos ou trabalham de maneira errada o tema.
De acordo com os temas abordados, esta tem por objetivo principal
demonstrar a importância da educação ambiental nas séries iniciais.
Para se chegar ao diagnóstico final da pesquisa, primeiramente foi realizado
um embasamento bibliográfico, de forma a ajudar na compreensão da temática
proposta, contextualizando um breve histórico da educação e educação ambiental, e
definições objetivas em relação a importância da educação ambiental nas series
iniciais, sempre considerando a sociedade atual.
Realizou-se, a caracterização física e estrutural da área de pesquisa, onde
se considerou a demanda atendida, a formação dos professores e maneira como os
mesmos trabalham o tema educação ambiental com os alunos, foi abordada,
também, sucintas demonstrações das características físicas do município de Juína e
do Centro Educacional Criança Feliz, local de pesquisa in loco.
No último momento, tem-se os resultados dos trabalhos realizados nas
visitas in loco no CEI, e de acordo com os objetivos propostos e orientações
bibliográficas; a organização dos dados, bem como a análise da situação
encontrada; demonstrações da situação atual da creche ilustradas através de
imagens.
Finalizou-se então, com a conclusão, onde foi possível analisar a
importância da atuação do profissional de ensino no processo de ensino
aprendizagem da educação ambiental nas séries iniciais.
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1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este capítulo abordará os conceitos básicos de educação ambiental, terá
como base de estudo o Centro Educacional Infantil do município de Juína – MT.
Buscando de forma critica a interação do homem com a natureza.
1.1. EDUCAÇÂO
Quando usamos o termo educação rapidamente o ligamos ao termo escola.
Porém a educação é algo mais do que um ambiente de ensino, a educação pode ser
encontrada em quaisquer lugares e de diferentes formas. Sociólogos e estudiosos
do assunto indicam que se pode ter o processo de ensino-aprendizagem mesmo
sem estar necessariamente, num ambiente escolar.
Segundo BRANDÃO (2006),
A educação aparece sempre que surgem formas sociais de condução e controle da aventura de ensinar e aprender. O ensino formal é o momento em que a educação se sujeita à pedagogia (a teoria da educação); cria situações próprias para o seu exercício, produz os seus métodos, estabelece suas regras e tempos, e constitui executores especializados. É quando aparecem a escola, o aluno e o professor. (p. 12).
BRANDÃO (2006). ressalta que a educação esta contida no simples fato de
conviver e desta maneira serve para o exercício pratico da socialização.
Segundo o criador da sociologia da educação Èmile Durkhein,
A educação é a ação exercida pelas gerações adultas que não se encontram ainda preparadas para a vida social; tem por objeto suscitar e desenvolver na criança certo número de estados físicos, intelectuais e morais reclamados pela sociedade política no seu conjunto e pelo meio especial a que a criança, particularmente, se destina. (1978, p. 41).
Ele complementa ainda que a construção do ser social depende em boa
parte à educação, onde o ser humano passa a respeitar e executar as normas e
regras da sociedade em que vive.
Portando a educação é fundamental a todos os indivíduos e é garantida por
obrigatoriedade desde a educação infantil na Constituição brasileira
1.2. HISTÓRICO DA EDUCAÇÂO NO BRASIL
A educação no Brasil, por algumas vezes passou por algumas rupturas.
Quando os jesuítas aqui chegaram, em 1549, encontraram métodos de educação
contrários aos europeus. Os indígenas não tinham regras e controle de educação
aos olhos dos europeus, as crianças podiam fazer tudo o que queriam, subiam a
alturas inimagináveis, e todos das aldeias andavam nus.
Segundo BELLO (2001), a educação introduzida pelos europeus era cheia
de morais, costumes e a religiosidade européia; trouxeram também os métodos
pedagógicos.
O principal método de ensino dos Jesuítas, intitulado Ratio Studiorium,
elaborado pela Companhia de Jesus no final do século XVI, foi utilizado para
catequizar os povos da América, servindo aos interesses da metrópole colonizadora
e da Igreja contra-reformista.
Este método era composto de trinta conjuntos de regras, que indicava a
termos como responsabilidade, desempenho, subordinação e o tipo de
relacionamento dos membros da hierarquia, dos professores e dos alunos; além da
organização e administração escolar. Propunha também o conteúdo e a metodologia
a serem utilizados pelos professores. De modo geral, o programa dividia-se em três
cursos: Letras ou Humanidades, Filosofia e Ciências, Teologia ou Ciências
Sagradas. Neste método a avaliação deveria ser feita diariamente, observando o
interesse, o envolvimento e o desenvolvimento do aluno durante as aulas
O público-alvo era preferencialmente as crianças, pois com elas os padres recolhiam o material para a organização da língua e expandiam sua obra catequizadora, ensinando-os as cantigas pias, repetidas para os parentes em sua própria língua. O menino indígena foi, afinal, o eixo da atividade missionária no Brasil Colônia. Ali, gradativamente, o ensino foi organizado através de várias metodologias. O primeiro recurso metodológico utilizado para auxiliar a educação nos aldeamentos foi a música; através dela conseguiam despertar a atenção e a simpatia dos nativos, utilizando seus próprios instrumentos e elaborando um repertório no estilo indígena, cujas letras falavam do Deus cristão. Outro recurso pedagógico empregado pelos Jesuítas para atingir seu grande objetivo foi o teatro. Com ele, os religiosos promoveram a educação e evangelizaram os silvícolas, apresentando peças em tupi ou em português, chamadas autos, que versavam sobre a vida de santos e personagens das escrituras; apresentavam, também, textos de obras clássicas, devidamente adaptadas pela Igreja. Também a dança foi usada com fins pedagógicos. Era adaptada da tradição indígena e passava a fazer parte de festas religiosas católicas como a do Divino Espírito Santo e a de São Gonçalo. (TEIXEIRA E CORDEIRO, 2008. p.4,5).
Com a chegada da família real em 1808, segundo BELLO (2001), ocorreram
muitas mudanças na educação brasileira O ensino público é estatal e religioso,
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continuando como o do sistema colonial, favorecendo a elite brasileira. Foi um
período de grande resistência à criação da universidade brasileira. Pela Constituinte
a religião católica era a religião do estado. Este fator não significa que o ensino no
império fosse secularizado.
Depois da independência, segundo BELLO (2001), formaram-se dois
setores, o do ensino estatal (secular) e o ensino particular (religioso e secular).
Durante todo o período de Império, no Brasil, a educação foi deixada em segundo
plano, somente em 1920, foi inaugurada a Universidade do Brasil.
1.3. A ATUAL FASE DA EDUCAÇÂO BRASILEIRA
O Brasil possui regras de regulamentação do sistema educacional básico e
superior público ou privado. A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira
9394/96). A primeira LDB foi promulgada em 1961 (LDB 4024/61).
A LDB 9394/96 reafirma o direito à educação, garantido pela Constituição
federal. Estabelece os princípios da educação e os deveres do Estado em relação à
educação escolar pública, definindo as responsabilidades, em regime de
colaboração, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
Segundo a LDB 9394/96, a educação brasileira é dividida em dois níveis: a
educação básica e o ensino superior.
A educação se divide em:
Educação Infantil – creches (de 0 a 3 anos) e pré-escolas (de 4 e 5 anos) –
É gratuita mas não obrigatória. É de competência dos municípios.
Ensino Fundamental – anos iniciais (do 1º ao 5º ano) e anos finais (do 6º ao
9º ano) – São obrigatório e gratuito. A LDB estabelece que, gradativamente, os
municípios serão os responsáveis por todo o ensino fundamental. Na prática os
municípios estão atendendo aos anos iniciais e os Estados os anos finais.
Ensino Médio – O antigo 2º grau (do 1º ao 3º ano). É de responsabilidade
dos Estados. Pode ser técnico profissionalizante, ou não.
Ensino Superior:
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É de competência da União, podendo ser oferecido por Estados e
Municípios, desde que estes já tenham atendido os níveis pelos quais é responsável
em sua totalidade. Cabe a União autorizar e fiscalizar as instituições privadas de
ensino superior.
A educação brasileira conta ainda com algumas modalidades de educação,
que perpassam todos os níveis da educação nacional. São elas:
Educação Especial – Atende aos educandos com necessidades especiais,
preferencialmente na rede regular de ensino.
Educação à distância – Atende aos estudantes em tempos e espaços
diversos, com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação.
Educação Profissional e Tecnológica – Visa preparar os estudantes a
exercerem atividades produtivas, atualizar e aperfeiçoar conhecimentos tecnológicos
e científicos.
Educação de Jovens e Adultos – Atende as pessoas que não tiveram acesso
a educação na idade apropriada.
Educação Indígena – Atende as comunidades indígenas, de forma a
respeitar a cultura e língua materna de cada tribo.
1.4. A EDUCAÇÂO INFANTIL NO BRASIL
Durante séculos, a educação infantil era considerada responsabilidade da
família, desta maneira se educava nas tradições e culturas passadas de geração em
geração.
Na Europa, com a Revolução Industrial, no século XIX, houve uma maior
participação dos pais no trabalho das fábricas, fundições e minas de carvão,
surgiram outras formas de arranjos mais formais de serviços de atendimento das
crianças. Eram organizados por mulheres da comunidade que, na realidade, não
tinham uma proposta instrucional formal, mas adotavam atividades de canto e de
memorização de rezas (RIZZO, 2003). As atividades relacionadas ao
desenvolvimento de bons hábitos de comportamento e de internalização de regras
morais eram reforçadas nos trabalhos dessas voluntárias.
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Criou-se uma nova oferta de emprego para as mulheres, mas aumentaram os riscos de maus tratos às crianças, reunidas em maior número, aos cuidados de uma única, pobre e despreparada mulher. Tudo isso, aliado a pouca comida e higiene, gerou um quadro caótico de confusão, que terminou no aumento de castigos e muita pancadaria, a fim de tornar as crianças mais sossegadas e passivas. Mais violência e mortalidade infantil. (RIZZO, 2003, p. 31).
Desta forma as primeiras instituições na Europa e Estados Unidos tinham
como objetivos cuidar e proteger as crianças enquanto às mães saíam para o
trabalho. Desta maneira, sua origem e expansão como instituição de cuidados à
criança estão associadas à transformação da família, de extensa para nuclear. Sua
origem, na sociedade ocidental, de acordo com DIDONET (2001), baseia-se no
trinômio: mulher - trabalho - criança. As creches, escolas maternais e jardins de
infância tiveram, somente no seu início, o objetivo assistencialista, cujo enfoque era
a guarda, higiene, alimentação e os cuidados físicos das crianças. Mesmo com
estes princípios, as instituições de cuidados à criança já apresentava algumas
praticas pedagógicas, como passeios, atividades de artesanato e histórias contadas
em gravuras e livros.
Da mesma forma aqui no Brasil a criação de instituições educacionais para
crianças surge a partir do assistencialismo, para atender as mães que trabalhavam
fora e contou com outro elemento que contribuiu para o surgimento dessas
instituições, foram as iniciativas de acolhimento aos órfãos abandonados que,
apesar do apoio da alta sociedade, tinham como finalidade esconder a vergonha da
mãe solteira, já que as crianças “[...] eram sempre filhos de mulheres da corte, pois
somente essas tinham do que se envergonhar e motivo para se descartar do filho
indesejado.” (RIZZO, 2003 p.37). Numa sociedade patriarcal, a idéia era criar uma
solução para os problemas dos homens, ou seja, retirar dos mesmos a
responsabilidade de assumir a paternidade. Considerando que, nessa época, não se
tinha um conceito bem definido sobre as especificidades da criança, a mesma era
“[...] concebida como um objeto descartável, sem valor intrínseco de ser humano.”
(RIZZO, 2003 p.37).
Mas com o passar das décadas e o amadurecimento das ideologias da
sociedade, as creches passaram a cuidar e abrigar crianças da classe mais baixa.
No final do século XIX, com a abolição dos escravos, segundo RIZZO (2003),
aumentam a preocupação da sociedade com os cuidados das crianças, no intuito de
diminuir os índices de mortalidade e as tendências que acompanharam a
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implantação de creches e jardins de infância, no final do século XIX e durante as
primeiras décadas do século XX no Brasil, foram: a jurídico-policial, que defendia a
infância moralmente abandonada, a médico - higienista e a religiosa, ambas tinham
a intenção de combater o alto índice de mortalidade infantil tanto no interior da
família como nas instituições de atendimento à infância. Na realidade, cada
instituição tinha uma justificativa própria para a abertura de creches e instituições
infantis.
Até o final da década de 1970, segundo FERREIRA (2000), não existia
legislação que garantisse a oferta do ensino infantil no Brasil. Historicamente foram
necessários quase cem anos para que a criança tivesse seus direitos de educação
garantidos, somente com a Carta Constitucional de 1988 esses direitos foram
definitivamente garantidos.
Segundo FERREIRA (2000 p.184) essa Lei é mais do que um simples
instrumento jurídico, porque:
Inseriu as crianças e adolescentes no mundo dos direitos humanos. O ECA estabeleceu um sistema de elaboração e fiscalização de políticas públicas voltadas para a infância, tentando com isso impedir desmandos, desvios de verbas e violações dos direitos das crianças. Serviu ainda como base para a construção de uma nova forma de olhar a criança: uma criança com direito de ser criança. Direito ao afeto, direito de brincar, direito de querer, direito de não querer, direito de conhecer, direito de sonhar. Isso quer dizer que são atores do próprio desenvolvimento.
Hoje em dia o governo federal garante os direitos à da criança, através de
legislação competente, construção de creches e capacitação de profissionais para
cuidar dessa área de ensino. Além da fiscalização para saber se os pais estão
colaborando com as matriculas.
1.5. A EDUCAÇÂO AMBIENTAL
Quando se fala em educação ambiental, logo se pensa nas questões globais
que estão afetando o meio ambiente, como o aquecimento global, e como o homem
pode se desenvolver sem destruir o meio ambiente.
Com a terceira fase da Revolução Industrial e a ampliação dos meios de
produção, se fez necessário, segundo PERETTI (2011), pensar numa nova forma de
educação, buscando soluções para o novo cenário que o mundo vem apresentando,
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sendo a educação ambiental uma nova forma de conscientizar as pessoas de como
preservar o meio em que vivem, demonstrando que se não houver mudanças no
comportamento do homem perante a natureza, os prejuízos serão irreversíveis tanto
ao meio natural quanto ao próprio homem.
A educação ambiental (EA), segundo a AGENDA 21, surge como método de
ensino diretamente ligado ao movimento ambientalista, pois surge como discussão
sobre a conscientização da problemática ambiental, e como o homem pode se
prejudicar com ela, doenças provenientes do lixo, importância da coleta seletiva,
redes de tratamento de esgotos e a melhoria da qualidade de vida da população.
A temática sobre educação ambiental esta definitivamente relacionada à
interdisciplinaridade, e segundo a lei 9.795 de 27/04/99, que dispõe sobre educação
ambiental, é necessário rever os currículos escolares para a incorporação da
educação ambiental em todos os níveis de ensino, e passa a ser obrigatório em
todas as instituições de ensino.
O ensino da educação ambiental, segundo PERETTI (2011), deve estar
pautado no estudo histórico do processo sociocultural das sociedades, levando em
consideração todas as suas transformações.
O educador desta área, segundo PERETTI (2011), deve sempre buscar em
seu trabalho o apoio dos membros da sociedade, como políticos, autoridades
públicas, professores e lideres de bairros, além da imprensa por exemplo. A
educação ambiental não é somente um mais uma disciplina, mas sim uma
responsabilidade de todos os cidadãos.
1.6. A IMPORTANCIA DA EDUCAÇÂO AMBIENTAL NA EDUCAÇÂO INFANTIL
Atualmente a educação ambiental nas escolas encontra-se ainda em defasagem, percebe-se que à uma dificuldade em como estar trabalhando este tema através da interdisciplinaridade , que no qual exige total empenho por parte da escola e principalmente do professor. Trabalhar a educação ambiental nas escolas é muito mais que pintar desenhar em comemoração ao dia da árvore, a educação ambiental deve ser encarada como uma necessidade em salvar o meio ambiente, e portanto, a vida. (EDUCAÇÃO, 2012).
Segundo MORAES (2010), a educação ambiental nas series iniciais e no
ensino fundamental não vem sendo aplicada da forma correta, já na maioria dos
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livros didáticos os estudos de meio ambiente estão em “caixas isoladas”, onde,
muitas vezes não é aproveitado pelos alunos.
Uma das maneiras de trabalhar a educação ambiental nas séries iniciais é
usando a multidisciplinaridade, desta maneira os alunos terão diferentes olhares
para o mesmo assunto e assim, compreender o que é meio ambiente e as mais
diversas formas de usá-lo e protegê-lo.
As escolas devem implantar nos seus currículos este tema e executar
projetos, onde os alunos possam praticar seus conhecimentos.
A educação ambiental visa auxiliar o aluno a agir no espaço e a influir na sua
construção.
Segundo PERETTI (2011, p. 3-4)
efetivamente possibilita: atitude de participação ativa na construção e produção de moradia; co-responsabilidade em gestão territorial; valorização da vida no espaço; respeito ao direito das pessoas pelo deslocamento espacial e ética ambiental. Como formação e exercício de cidadania refere-se a uma nova forma de encarar a relação do homem com a natureza, baseada numa nova ética, que pressupõe outros valores morais e uma forma diferente de ver o mundo e os homens.
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2.0. MATERIAL E MÉTODO
A execução desse trabalho foi fundamentada, primeiramente, no
embasamento teórico mediante revisão bibliográfica. Posteriormente, foram
realizadas pesquisas de campo e aquisição do material básico, para
contextualização da importância da educação ambiental nas séries iniciais.
Algumas informações sobre o tema foram obtidas através de entrevistas
informais à educadores da educação infantil do município.
Foi realizada entrevista com a assessora pedagógica do município de Juína
para saber o que a secretaria de educação do estado do Mato Grosso propõe para
que as escolas e creches trabalhem com educação ambiental nas series iniciais.
2.1. SAÍDA DE CAMPO
Foi realizada, durante os meses de setembro e outubro de 2012, visitas in
loco no Centro Educacional Criança Feliz, no módulo 5. Nestas visitas foi realizado
um questionário com algumas professoras sobre a importância da educação
ambiental nas séries iniciais e como elas trabalham o tema com os alunos. As visitas
foram essenciais para as conclusões finais desta pesquisa.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
3.1. LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE JUÍNA – MT
Segundo MORENO e HIGA (2005), o município de Juína-MT possui 26
351,89 km², está localizado nas coordenadas 11º25’05” latitude sul. À 724 KM de
distância da capital Cuibá, possui 39 526 mil habitantes (IBGE, 2006).
Geograficamente localiza-se na Mesorregião Norte mato - grossense,
Microrregião Aripuanã. De clima equatorial quente e úmido, com 3 meses de seca,
de junho a agosto. Precipitação anual de 2.250 mm, com intensidade máxima em
janeiro, fevereiro e março. Temperatura média anual de 24ºC.
Geologicamente, Juína está localizada ao norte sobre uma área cratônica
(Cráton Amazônico), e ao sul na bacia sedimentar do Parecis, sendo assim
composto por rochas cristalinas e sedimentares. Geomorfologicamente esta
localizada no Planalto Parecis, ao sul, Planalto e Serras Residuais ao norte, e
Depressao do Norte de Mato Grosso ao centro. (MIRANDA e AMORIN, 2000).
3.2. CENTRO EDUCACIONAL CRIANÇA FELIZ
O Centro Educacional Criança Feliz se localiza na Rua..., no módulo 5, na
cidade de Juina –MT. Administrada pela prefeitura municipal. a creche atende ...
alunos, desde o maternal até... anos de idade e conta com o trabalho de ...
professoras, que trabalham nos períodos matutino e vespertino.
Fig 01: Chegada Centro Educacional Infantil Criança Feliz. Fonte: Arquivo pessoal do autor.
Possui parque com piscina, onde os alunos tem sua recreação, uma horta
(por a creche ter recentemente passado por uma reforma ainda não esta pronta), 09
salas e um refeitório.
Fig 02: Parquinho para recreação.
Fonte: Arquivo pessoal do autor.
Fig 03: Refeitório.
Fonte: Arquivo pessoal do autor.
Fig 04: Amplo espaço interno da CEI. Fonte: Arquivo pessoal do autor
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A instituição comporta um amplo espaço na área externa, com árvores e
gramado, onde as crianças podem ficar bastante à vontade para brincadeiras e
recreação, que lhes permitam interagir com o meio ambiente.
Fig 05: Amplo espaço externo da CEI. Fonte: Arquivo pessoal do autor
3.3. RELATÓRIO DAS VISITAS IN LOCO
As visitas in loco ocorreram nos meses de setembro e outubro de 2012. Nas
mesmas foi realizado questionário com as professoras e auxiliares de todos os
seguimentos de ensino, neste questionário foi possível constatar como as mesmas
trabalham a da educação ambiental com os alunos e como os alunos reagem ao
tema.
Constatou-se que a maioria das professoras são graduadas em Pedagogia,
e segundo elas tiveram disciplina exclusiva sobre educação ambiental, porém a
maioria disse não trabalhar constantemente o tema em sala de aula.
De acordo com as professoras que participaram da pesquisa, o tema
educação ambiental é freqüente, e esta vinculado na grade curricular da instituição.
Relataram que às vezes a creche participa de palestras sobre educação ambiental,
promovidas pelo município, então elas levam os alunos e eles prestam bastante
atenção e fazem perguntas. Também trabalham com desenhos em sala de aula,
normalmente retratando o espaço geográfico e a atuação do homem nele, exemplo
um lenhador que tira lenhas para vender, as educadoras apresentaram alguns
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temas de filmes infantis que tratam da educação ambiental, segundo elas é um
método que gera muitos resultados positivos, pois os alunos questionam as
imagens, perguntam e interagem com o filme.
Fig 06: Atividade para colorir usada pelas professoras na CEI. Fonte: Arquivo pessoal do autor
No centro educacional infantil a coleta seletiva de lixo é bastante
incentivada, as crianças aprendem a usar o lixeiro e a separar os materiais na
própria creche, é um método bastante incentivador e concientizador, pois o que as
crianças aprendem na instituição reproduzem em casa.
Percebe-se que as profissionais da educação que trabalham no CEI Criança
Feliz, tem consciência da importância da educação ambiental nas series iniciais,
para isso implantaram nas aulas o uso de gravuras, peças teatrais, vídeos e vários
outros recursos para trabalharem o tema.
Uma grande preocupação das professoras, relatadas durante as visitas, é a
falta de cursos de qualificação para trabalhar o tema em sala de aula, apesar de
terem estudado o assunto na faculdade, as mesmas disseram ser necessários
cursos de aperfeiçoamento na área.
Verificou-se que, apesar de toda dificuldades enfrentadas é possível sim
trabalhar educação ambiental nas series iniciais, e que apesar de não ser sempre, a
instituição de ensino em questão, executa papeis importantes na educação
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ambiental de seus alunos, pois incentivam ao conservacionismo do meio ambiente.
E para isto conta com profissionais qualificados.
Fig 07: Crianças brincando na área externa da CEI. Fonte: Arquivo pessoal do autor
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CONCLUSÃO
Foi possível diagnosticar, através da história da educação no Brasil, a
importância de se investir na educação infantil e ao mesmo tempo, a educação
ambiental que passou por varias formulações e hoje é parte fundamental no
currículo pedagógico das instituições de ensino desde as séries iniciais ate o ensino
médio.
A análise do Centro Educacional Infantil Criança Feliz, foi de suma
importância, pois pode-se ver, que por ser importante e estar proposta nos
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), a educação ambiental esta totalmente
inserida, na prática, no currículo pedagógico. Outra ressalva esta na formação das
professoras, onde elas disseram que as práticas da faculdade poderiam ser
melhores, mas isso não tem interferido nas suas práticas na sala de aula.
Diante desta situação, podem-se elencar algumas possíveis alterações para
que o ensino da educação ambiental seja realmente eficaz nesta instituição. Uma
proposta seria cursos de aperfeiçoamento de práticas pedagógicas em educação
ambiental para os profissionais da educação. E a proposta de um material
pedagógico específico para a área, desta forma ficaria bem mais fácil de trabalhar a
educação ambiental nas series iniciais.
O foco deste trabalho também esteve voltado à conscientização ambiental,
principalmente por parte dos professores, pois profissionais qualificados e
conscientes resulta numa educação de qualidade para todos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGENDA 21. [documento on line]. Disponível em: <www.mma.gov.br>. Acesso em 02 set. 2012. BELLO, José Luiz de Paiva. História da educação no Brasil. 2001. Disponível em: <http://www.pedagogiaemfoco.pro.br.>. Acesso em 15 dez. 2013. BRANDÃO, Rodrigues Carlos. O que é educação? São Paulo: Brasiliense, 2006. BRASIL. Lei nº 9.394/96 – das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 1996. DIDONET, Vital. Creche: a que veio, para onde vai. In: Educação infantil: a creche, um bom começo. Em Aberto/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, Brasília, v 18, n.73. p.11-28, 2001. DURKHEIM, Émile. Definição de educação. Educação e sociologia. 3. ed.. São Paulo: Melhoramentos, 1978. EDUCAÇÃO ambiental nas séries iniciais. Diponível em <www.educacaoambientalnasseriesiniciais.blogspot.com.br.>. Acesso em 15 set.2012. FERREIRA, Maria Clotilde Rossetti (Org.). Os fazeres na educação infantil. São Paulo: Cortez, 2000. KUHLMANN JR., Moisés. Infância e educação infantil: uma abordagem histórica. Porto Alegre: Mediação, 1998. MEIRA, Rômulo Lima, A educação ambiental e o desenvolvimento sustentável. 2012. Disponível em: <WWW.institutobrasilverdade.com.br>. Acesso em 03 set. 2012. MENDONÇA, Tânia Regina Broeitti. BRASIL: o ensino superior as primeiras universidades colônia – império – primeira república. Cascavel: Unioeste, 2005.. MIRANDA, Leodete; AMORIM, Lenice. Atlas geográfico do Mato Grosso. Cuiabá: Estrelinhas, 2000. MORAES, Maria Cândida. Ambientes de aprendizagem como expressão de convivência e transformação. In: MORAES, Maria Cândida; BATALLOSO NAVAS, Juan Miguel (Orgs). Complexidade e transdisciplinaridade em educação: teoria e prática docente. Rio de Janeiro: Wak, 2010. MORENO, Gislaene. HIGA, Tereza Cristina Souza. Geografia de Mato Grosso: território, sociedade e ambiente. Cuiabá: Entrelinhas, 2005. PERETTI, Vanessa Aline; DIAS, Aide Mara. Educação ambiental nas séries iniciais do ensino fundamental. Santa Maria: EADCOM, 2011.
RIZZO, Gilda. Creche: organização, currículo, montagem e funcionamento. 3. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003. TEIXEIRA, Olga Suely; CORDEIRO Rubério de Queiroz. Educação jesuíta: objetivo, metodologia e conteúdo nos aldeamentos indígenas do Brasil Colônia – Revista de Humanidades. UFRN. Caicó, v. 9. n. 24, p.1 - 6, set./out. 2008.
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ANEXO I
QUESTIONARIO CENTRO EDUCACIONAL INFANTIL CRIANÇA FELIZ
1) Quantos professores atuam na instituição?
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2) Possui vinculo estadual ou municipal?
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3) A instituição contempla quantos alunos?
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4) Quais as series de formação fornecidas pela creche?
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5) Possui quantas salas de aula?
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6) O tema educação ambiental esta no currículo pedagógico?
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ANEXO II
QUESTIONARIO APLICADO AO PROSSORES DO CEI CRIANÇA FELIZ
1) Qual sua formação?
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2) Como você trabalha com o tema educação ambiental com seus alunos?
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3) Você se sente preparado para trabalhar o tema educação ambiental?
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4) Sua formação te deu algum suporte para trabalhar o tema?
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5) Você acha importante ensinar educação ambiental nas series iniciais? Por quê?
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6) você já fez algum curso oferecido pelo estado ou município que abordasse o tema
educação ambiental?
( ) sim ( ) não
Qual?_______________________________________________________________
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