AGRUPAMENTO DE ESCOLAS · obra a concurso: The secret of Oldstone Hall, de Sue Arengo. Parabéns...
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EDITORIAL
Caros leitores,
Tempos excecionais implicam medidas excecionais.
Assim, dando continuidade ao nosso trabalho, vamos dar a conhecer as inicia-
tivas desenvolvidas no nosso agrupamento, ainda que à distância, na esperan-
ça de que elas sejam do vosso agrado.
Numa época de constrangimentos em termos de saúde, salienta-se o trabalho
de todos os intervenientes na Comunidade Educativa, realçando o papel dos
Professores e dos Encarregados de Educação, que têm sido fundamentais na
implementação deste novo modelo de ensino.
Boas leituras!
As Coordenadoras,
Paula Vieira e Isabel Timóteo
DESTAQUES:
Covid 19
Ensino à distância
Fique em casa
Para rir em tempos de COVID
As palavras cor-de-rosa
e as palavras cinzentas
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS Número 6 - março e abril 2020
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Concursos
Semana da Leitura
Dia Mundial da Língua
Portuguesa
Dia Mundial da Poesia
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Vivemos tempos difíceis, tempos de adaptação, metidos entre quatro paredes.
Desde 13 de março, sair à rua é tarefa árdua. Ver o sol, só através da janela e os mais audazes marcam
encontro com as autoridades a quem têm de prestar contas.
Quanto à escola, esta mudou-se para dentro de casa, uma aspiração que passou a ser uma obrigação.
Quem diria?
Os professores nunca pensaram ouvir os seus pupilos a dizer “Estou com saudades da escola, dos meus
colegas e dos meus professores.” Mas, efectivamente, é o que ouvem nas aulas síncronas.
Os Encarregados de Educação acumulam mais uma função: a de zelar pela “assiduidade” e cumprimen-
to das tarefas dos seus educandos, propostas quer pelos professores quer pelo #EstudoEmCasa.
Os docentes trabalham agora 24 sobre 24 horas. Recebem emails de toda a comunidade educativa: co-
legas de trabalho, alunos, Encarregados de Educação e, indiretamente, do Ministério da Educação.
São mesmo tempos difíceis!
Veio um vírus de um morcego chinês que, de repente, nos virou a vida do avesso e que nos continuará a
exigir uma resposta assertiva.
Andrà tutto bene. Vamos todos ficar bem!
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PARABÉNS a todos os professores que,
em tempo recorde, passaram a ensinar
os seus alunos à distância.
Neste caso, a classe dita envelhecida é
sinónimo de competência digital, profis-
sionalismo, inovação e zelo.
Foi preciso aparecer o Covid19 para da-
rem o devido valor a esta classe profis-
sional.
Agora, já são os heróis da segunda li-
nha.
O ensino à distância, concretizado através das múltiplas
plataformas, como Zoom, Skype, Google Classroom, Esco-
la Virtual, Aula Digital, Moodle, está a permitir aos profes-
sores concluir o ano letivo, promovendo algumas aprendi-
zagens e minimizando os efeitos do confinamento.
Haja flexibilidade e imaginação!
Confinamento
Este período de confinamento tem servido para mostrar
do que o ser humano é capaz de fazer em situações de
mudança de comportamentos e atitudes.
Eu, por exemplo, tive que mudar muito as minhas rotinas
diárias. Aquilo que fazia na escola, tenho que fazer em
casa, tarefas de estudo de forma autónoma.
No início, não foi nada fácil, precisei da ajuda dos meus
pais. Outra dificuldade sentida foi como me organizar no
trabalho proposto pelos professores. Também tenho
saudades dos meus amigos, das conversas e das brinca-
deiras que tínhamos nos recreios.
Apesar de eu já estar num ritmo mais adaptado a esta
realidade, sinto que me falta algum tempo para me di-
vertir. Estar fechada em casa, também não ajuda.
Mas tenho que compreender que esta nova situação é
para o bem de todos e juntos vamos vencer.
Mariana Dias da Silva 6º F
Parabéns a todos os Encarregados de
Educação que, nestes tempos difíceis,
têm conseguido acumular várias fun-
ções: “teletrabalhadores”, trabalhado-
res domésticos”, pais e “professores”.
Efetivamente, perante este grande de-
safio, tiveram de se adaptar e reorgani-
zar a vida familiar em casa.
Sem o apoio dos pais, o ensino à distân-
cia não era possível e os professores não
conseguiriam terminar o ano letivo.
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Com o Covid19, fomos e continuamos a ser obrigados a reinven-
tar o nosso mundo. Passamos a fazer tudo dento de quatro pare-
des.
As sugestões e ideias mirabolantes surgem de todos os lados:
Crie ementas saudáveis, equilibradas e variadas e divirta-se sozi-nho ou em família!
Há atividades para todos os gostos e em diferentes horários,
usando os materiais disponíveis em casa.
Visualize aulas no youtube e exercite o corpo e a mente!
Ponha as suas gavetas em ordem e arranje espaço vazio para receber no-vos objetos. Sentir-se-á mais leve e mais feliz!
Sente-se ou deite-se confortavelmente, arranje uma mantinha , se for caso disso, relaxe e desfrute ...
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Em tempos de pandemia, rir é o melhor remédio.
É natural que, sendo o novo coronavírus o tema do dia (da semana, do mês e do ano), se multipli-quem memes e vídeos sobre o assunto. A maior parte consegue arrancar gargalhadas, tão necessárias para desanuviar a cabeça. Divirta-se connosco!
Só me fazem disto. Disseram que para ir às
compras bastava levar luvas e máscara.
Mentirosos! Os outros iam todos vestidos.
Eu não estou aborrecido em casa. Não estou mes-
mo. Mas gostava de saber porque é que o pacote de
arroz do Pingo Doce tem 2357 grãos e o do Conti-
nente só tem 2151.
Pior que a Covid-19 é o Covid-izer.
Quem ainda não tem o Covid-19, já não vale a pena [ter].
Em setembro já vai sair o Covid-20, com muito mais fun-
cionalidades.
E, agora, um provérbio: ‘Março, marçagão, de ma-
nhã pijama, à tarde roupão’
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REFLEXÃO EM FAMÍLIA
Este texto faz-nos refletir sobre a sociedade
atual, em que as pessoas andam sempre mui-
to ocupadas e sem paciência umas para com
as outras.
Deste modo, são indelicadas, rudes, não pe-
dem por favor, nem agradecem, andam sem-
pre maldispostas, sem sorrir, só pensam nos
bens materiais e em si próprias. Esquecem os
valores da amizade, do respeito e do amor pe-
lo próximo, reclamando por tudo e por nada.
Também não conseguem ter tempo para apro-
veitar as coisas belas da vida, tal como apreci-
ar a beleza da natureza, como o nascer e o pôr
do Sol, brincar com os filhos, conviver alegre-
mente com a sua família e amigos, aprender
com as experiências vividas pelas pessoas
mais idosas, entre muitas outras coisas.
Que este tempo de quarentena sirva para que
nós possamos ter mais tempo, para chegar-
mos à conclusão de que podemos ser melho-
res pessoas e vivermos a nossa vida com valo-
res mais positivos, de forma a construirmos
um mundo melhor e mais feliz!
Maria Neves e Mafalda Neves 6.o I
Sophie Carquain
O que este texto nos pretende transmitir é que
devemos tentar ser simpáticos e educados para os
outros, mesmo nas alturas mais complicadas.
Em tempos difíceis, como este pelo qual o nosso
planeta está a passar, temos o dever e a obrigação
de ser mais humanos e mais solidários uns com os
outros, principalmente com os mais pobres, os
mais vulneráveis e os mais desfavorecidos. Por is-
so, não devemos “açambarcar” tudo e mais algu-
ma coisa, desesperadamente, como se os produ-
tos fossem acabar amanhã.
Assim, pensemos no seguinte: não adianta sermos
amáveis e solidários apenas em momentos bons
(na altura do Natal, por exemplo) se, nos momen-
tos difíceis, em que mais se precisa que mostre-
mos a nossa faceta, dita humana, acabemos por
revelar o que há de pior em nós, o nosso egoísmo!
Mas apesar de tudo, não podemos nem devemos
perder a esperança de que o ser humano saberá
agir em benefício de um bem maior!
Lucas 6ºI e Família
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A leitura de qualquer história ou livro é muito interessante quando é feita em grupo e, ainda mais, quando o fazemos em família!
Ler e ouvir a história “As palavras cor-de-rosa e as palavras cinzentas” foi um momento marcante nas nossas vidas, prin-cipalmente pelo facto de, agora, estarmos tanto tempo jun-tos, dadas as circunstâncias que enfrentamos a nível nacio-nal.
Verdade! Mais interessante do que um filme, tivemos as mes-mas reações em simultâneo, com a diferença de que estáva-mos a olhar uns para os outros e não para um ecrã.
No que diz respeito à história propriamente dita, foi incrível entender que, por vezes, distraídos no nosso quotidiano, não nos apercebemos da importância de uma só palavra. Sim, de facto, com uma palavra podemos mudar o dia de alguém: pa-ra melhor ou para pior e, a partir daí, essa pessoa vai também influenciar a vida do próximo, positiva ou negativamente. Torna-se uma cadeia, que podemos tão facilmente influenci-ar.
Os nossos comportamentos são manifestados sob diversas formas: por gestos, através de sorrisos, caras carrancudas ou, pior ainda, indiferentes; por palavras e já sabemos que às vezes até dizemos coisas de que nos arrependemos ou nem dizemos nada, quando devíamos; ou atitudes, como deixar alguém passar antes de nós, ajudar outro numa tarefa. Enfim… de diversas formas!
Concluímos que cabe a cada um, tal como o Pedro da história, tentar fazer melhor e fazer a diferença, num mundo em que queremos viver: cinzento ou cor-de-rosa?
Eu quero viver num mundo cor-de-rosa e com muitos brilhantes, de preferência! Por isso, vou agradecer a oportunidade de ter tido este momento tão agradável!
As palavras cinzentas, hoje em dia,
reinam na maior parte da sociedade,
pois as pessoas ficam “agarradas “ ao
telemóvel e tornam-se mais frias e
egoístas. Não têm sensibilidade a fa-
lar e acabam por dizer palavras cin-
zentas, em vez de dizerem palavras
cor-de-rosa, deixando de fora o
AMOR, o CARINHO, a AMIZADE, a
COMPAIXÃO, a PARTILHA e o CIVIS-
MO.
As pessoas deveriam respeitar mais
os antigos valores da sociedade, se o
fizessem seriam muito mais educa-
das e respeitadas pelos outros, logo
muito mais amáveis e calorosas.
Se este fosse o lema, o mundo seria
melhor e mais saudável!!
Francisco Silva 6ºI
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A Escola Básica Vallis Longus participou na atividade
“Miúdos a votos”, uma iniciativa da Visão Júnior em
parceria com a Rede de Bibliotecas Escolares, com um
Podcast realizado por um grupo de alunas do 8ºD, ori-
entadas pela professora Helena Silva, num trabalho co-
laborativo com a Biblioteca Escolar.
https://visao.sapo.pt/visaojunior/miudos-a-votos/2020-03-12-a-lua-de-joana-de-maria-teresa-maia-gonzalez-2/
A final do Campeonato de Gramática decorreu no dia 19 e 20 de fevereiro. Participaram três alunos de
cada turma, totalizando cento e vinte e nove alunos (trinta alunos no 5º ano, trinta e três no 6º, vinte e
um alunos no 7º, vinte e quatro no 8º e vinte e um alunos no 9º).
Os vencedores foram:
5º ano — Maria Cabeda, Carolina Oliveira, Diogo Marques (5ºA)
6º ano — Gustavo Moreira, Dinis Novais, Tomás Machado (6º F)
7º ano — Sara Ferreira, Cândida Rebelo, Mariana Santos (7º G)
8º ano — André Vale, João Martins, luana Pinto ( 8º E)
9º ano — Carolina Araújo, Luísa Anjos, Rita Silva (9º D)
Realizaram-se, também, na biblioteca escolar as finais da atividade "Weakest Link" de 5º e 7º anos. Os alunos revelaram um bom conhe-cimento da língua e da cultura inglesas.
No dia 12 de março, na sala M2, decorreu a final do "Reading Contest" para as turmas de 6º ano. Os alunos revelaram, igualmente, que leram com muita atenção a obra a concurso: “The secret of Oldstone Hall”, de Sue Arengo.
Parabéns aos Pares de Leitura pelas suas prestações! Todos foram vencedores!
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Leitura à hora marcada No dia 09 de março, iniciou-se a Semana da Leitura com a atividade "Leitura à hora marcada", em todo o Agrupamento. Assim, nas escolas do 1º ciclo, os professores dedicaram 10 minutos à leitura. O mesmo aconteceu no iní-cio de cada um dos turnos, às 9h00 e às 14h10, na escola sede. De facto, o ato da leitura é uma das oportunidades mais democráticas e acessíveis de desenvolvimento pessoal e profissional. É por meio dela que as pessoas se desligam do mundo real, quebram as fronteiras da imaginação e descobrem novos universos sem sequer sair do lugar.
O importante é encontrar tempo para dedicar à leitura!
Exposição fotográfica "O que estás a ler?" Durante a Semana da Leitura, esteve patente no poliva-lente da escola sede uma exposição fotográfica intitula-da - "O que estás a ler?".
Ler sempre! Ler em qualquer lugar!
Os alunos do 6º G desenvolveram um projeto DAC asso-ciando-se à iniciativa de abertura da Semana da Leitura - "Famosos à Solta". Assim, vestidos a rigor de acordo com a personagem es-colhida, os alunos distribuíram marcadores pelos mem-bros da comunidade educativa, desejando a todos BOAS LEITURAS e uma EXCELENTE SEMANA DA LEITURA! À turma do 6º G juntaram-se, também duas alunas do 9º D.
Famosos à Solta
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Uma das atividades que se realizou na Biblioteca da es-cola sede, no âmbito da Semana da Leitura, no dia 10 de março, foi a Biblioteca Humana. Nessa sessão, a turma do 9º A, acompanhada pelo pro-fessor Adriano Silva, esteve à descoberta de dois livros humanos que representaram a deficiência visual e o autismo. A Biblioteca Humana é uma atividade de educação não-formal, criada em Valongo para estudantes dos 14 aos 18 anos, que adotou o slogan "não julgues um livro pela sua capa". Esta iniciativa consiste em promover um diálogo infor-mal e construtivo entre os alunos e os “Livros Huma-nos” – pessoas voluntárias que representam grupos fre-quentemente alvo de preconceitos e estereótipos. Outras sessões estavam programadas para o dia 13 de março, mas impôs-se o seu cancelamento, como medi-da preventiva, tendo em conta a situação provocada pela pandemia de coronavírus.
Biblioteca Humana
Inserida na Semana da Leitura, decorreram na Biblioteca Escolar atividades do "English Mo-ments". Neste sentido, as turmas do 8ª ano, no âmbi-to da disciplina de Inglês, realizaram as suas dramatizações de acordo com a calendariza-ção definida pelo grupo disciplinar.
Na biblioteca da escola sede, no dia 10 de março, pe-las 16h30, decorreu mais uma sessão sobre a impor-tância da água, dinamizada pela Engenheira Elisabete Moura da empresa de Águas de Valongo, BeWater. É sabido que a Água é essencial à vida na Terra. Sem água, nenhuma espécie vegetal ou animal, incluindo o ser humano, poderia sobreviver. Cerca de 70% da nossa alimentação e do nosso próprio corpo são constituídos por água. Assim, é importante a sensibilização dos alunos para o consumo e qualidade da água da rede pública e pa-ra a necessidade de economizar a utilização deste recurso devido à sua escassez.
English Moments
Sessão sobre a água
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A Biblioteca Escolar e o Grupo Disciplinar de Português aderiram a um inquérito levado a cabo pelo PNL, que decorreu entre 23 e 30 de abril, acedendo à área de Formulários do PNL2027 e a preenchendo o for-mulário Ainda usamos estas palavras? O objetivo desta iniciativa é testar o uso de 27 palavras que ocorreram com baixa frequência num corpus de 332 332 textos escritos em português europeu, num total de 289 840 619 palavras, extraído do CRPC – Corpus de Referência do Português Contemporâneo, do Centro de Linguística da Universidade de Lis-boa (CLUL). Com este inquérito, procura-se verificar se às baixas frequências de ocorrência no corpus corresponde também um baixo (ou nulo) uso atual dessas palavras pelos falantes. Os resultados serão publicados no dia 5 de maio no portal e redes sociais do PNL2027.
Celebremos o Dia Mundial da Língua Portuguesa!
Com o país a viver numa situação de pandemia, a Biblioteca Escolar iniciou o 3º período com a Bibliotec@ em linh@. Este é um espaço que está disponível nos destaques do Blo-gue da Biblioteca AVVL, acessível em : https://biblioteca-avvl.blogspot.com/2020/04/blog-post.html. Desta forma, as professoras Bibliotecárias do Agrupamento Vallis Longus estão online na prestação de serviços de apren-dizagem, no contexto de "Estudo em Casa". Os utilizadores podem aí colocar as suas questões e/ou soli-citar a marcação de uma reunião através das plataformas digitais.
3º Período: Bibliotec@ em linh@
O Dia Mundial da Língua Portuguesa passa a comemorar-se a 5 de maio. Esta decisão foi tomada, por unanimidade, por todos os países Lusófonos e outros, em sede da Unesco, em Paris.
A equipa Escola Azul lança o Desafio Escola Azul O Oceano faz-nos falta! Os participantes podem fazer um vídeo, um desenho, uma foto, um poema ou uma música com o lema “Fazes-me falta” até ao dia 17 de maio. Devem usar a cor azul e participar nesta onda que vai inundar as redes sociais no dia 19 de maio! Sempre com as hashtags #diaescolaazul e #somosoceano. Este dia deverá ser capaz de unir alunos, professores, famílias, parceiros, municípios e comunidades locais.
Desafio: Dia Escola Azul -
19 de maio
Sabias que a Língua Por-tuguesa é a língua mais falada do Hemisfério Sul?
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O Dia Mundial da Poesia celebra-se todos os anos em 21 de março. Esta data foi criada na 30ª Con-ferência Geral da UNESCO em 16 de novembro de 1999.
O Dia Mundial da Poesia comemora a multiplicidade do diálogo, a liberdade na criação de ideias através das palavras e da criatividade. A data assinala a importância da reflexão sobre o poder da linguagem, pois a poesia contribui para a diversidade criativa, interferindo na nossa perceção e com-preensão do mundo.
Já em tempo de confinamento, a Biblioteca assinalou este dia, promovendo, nas Redes Sociais, um encontro com a poesia.
Desfruta destes momentos...
Sophia de Mello Breyner Andresen
Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar…
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos).
Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura…
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar.
Miguel Torga
Havia um menino
Que tinha um chapéu
Para pôr na cabeça
Por causa do sol.
Em vez de um gatinho
Tinha um caracol.
Dentro de um chapéu;
Fazia - lhe cócegas
No alto da cabeça.
Por isso ele andava
Depressa, depressa
Pra ver se chegava
A casa e tirava
O tal caracol.
Mas era, afinal,
Impossível tal,
Nem fazia mal
Nem vê- lo, nem tê- lo:
Fernando Pessoa
Não é galo nem galão,
nem padre nem sacristão:
é um animal esquisito,
entre peru e pavão,
tem barbas ruivas de milho,
tem olhos de crocodilo,
rabo de rato ou de cão,
ão ão ão!
Eugénio de Andrade