Agrofloresta - Reconstruindo Paisagens Sustentáveis

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  • 7/25/2019 Agrofloresta - Reconstruindo Paisagens Sustentveis

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    AGROFLORESTAReconstruindo Paisagens Sustentveis

    Jefferson Ferreira LimaHaroldo Borges GomesLaury Cullen Jr.Tiago Pavan Beltrame

    Teodoro Sampaio2003

    Instituto de Pesquisas Ecolgicas

    Ministrio do Meio Ambiente - PROBIO

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    Fone/Fax (55 18) 3282 3924

    www.ipe.org.br

    Rua Ricardo Fogaroli, 378 - Vl. S o Paulo

    Teodoro Sampaio, SP 19280-000, Brasil

    Instituto de Pesquisas Ecolgicas

    AGROFLORESTA

    Reconstruindo Paisagens Sustentveis

    Viveiristas

    Educadora

    Ambiental

    Reviso

    Projeto Grfico

    Ilustrao

    David Ferreira SoaresNivaldo Ribeiro CamposPaulo Ramos

    Maria das Graas de Souza

    Sandra Marques

    Mrcia Ditt CuryTeclagem Comunicao

    Miriam Ikeda

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    Manual Agroflorestal

    Este material foi elaborado a partir de experincias

    que ocorreram junto a agricultores assentados pelareforma agrria no Pontal do Paranapanema, extremo

    oeste do Estado de So Paulo.

    O projeto Ilhas de diversidade como corredores

    em paisagens fragmentadas implementado pelo IP(Instituto de Pesquisas Ecolgicas) com recursos do

    PROBIO/MMA nos proporcionou experimentar a

    possibilidade da adoo e do avano da cultura

    agroflorestal na regio do Pontal do Paranapanema.

    Neste convvio com os produtores e assentadospudemos identificar os fatores que promovem o resgate

    dos valores culturais das comunidades envolvidas no

    projeto e ainda alguns pontos de estrangulamento que

    ocorrem na dinmica de mudana da atual paisagem

    Num cenrio de grande diversidade cultural narelao homem e natureza, nasce um aprendizado que

    transcrevemos para este manual. Essas informaes so

    apresentadas de forma direta, traduzidas para uma

    leitura de fcil entendimento e de simples aplicao.

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    Este trabalho foi executado em parceria com

    outras instituies: O Parque Estadual Morro do Diabo

    do Instituto Florestal de So Paulo IF-SMA, a FundaoITESP (Fundao Instituto de Terras do Estado de SP), a

    COCAMP/MST (Cooperativa dos Trabalhadores Rurais

    Sem Terra do Pontal do Paranapanema), a ESALQ-USP

    (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) e o

    Wildlife Trust.

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    A relao

    homem-terra

    vem de longa

    data. Esses conhe-

    cimentos adquiridos sorepassados atravs das

    geraes com as carac-

    tersticas de seus costumes, religio,

    folclore e a sabedoria popular deste

    homem do campo. Nes teaprendizado em alguns casos criam-

    se tabus, que se transformam em

    barreiras na adoo de tcnicas para

    a conduo de uma agricultura mais

    diferenciada.

    Podemos encontrar um

    desses tabus quando se

    Introduo

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    fala de uma agricultura com a presena de rvores.

    Muitos agricultores afirmam que: onde tem rvore a

    roa e o pasto no sai. Esta afirmao merece ateno.Com a agrofloresta possvel imaginar uma agricultura

    associada a diversos tipos de plantas e animais em uma

    mesma rea e ao mesmo tempo. Quando bem estudada

    e planejada essa associao entre rvores e agricultura

    quase sempre resulta em uma explorao mais

    equilibrada sem degradar os recursos naturais

    disponveis. Aumenta ainda a eficincia da explorao

    da rea gerando maior lucratividade.

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    Manual Agroflorestal .............................................

    Introduo ............................................................

    Agrofloresta ..........................................................

    Vantagens de um Sistema Agroflorestal ...................

    Implantando um Sistemas Agroflorestal ...................1passo ...............................................................

    2passo ...............................................................

    3passo ...............................................................

    4passo ...............................................................

    5passo ...............................................................

    6passo ...............................................................

    7passo ...............................................................

    8passo ...............................................................

    Tabela de Espcies ................................................Minhocultura ........................................................

    Reflexo ............................................................

    03

    05

    08

    09

    1011

    12

    12

    13

    14

    15

    16

    17

    1820

    23

    SUMRIO

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    Agrofloresta

    Agrofloresta a mistura entre agricultura e

    floresta. Neste sistema, as rvores so plantadas em

    associao com as lavouras e/a pecuria. Essa mistura

    nos permite explorar racionalmente uma rea,

    proporcionando, como na natureza, um desen-volvimento equilibrado entre a presena de rvores,

    animais e outras culturas.

    Na agrofloresta os recursos naturais so

    conservados de forma a contribuir principalmente com a

    melhoria e a con-servao do solo. A

    cobertura de folhas e

    galhos que se forma

    junto vegetao ras-

    teira passa por um

    processo de decom-

    posio, transfor-

    mando-se em adubo

    orgnico, nutrindo as-

    sim todas as plantas

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    encontradas na rea. Essa cobertura morta ajuda

    tambm a manter a umidade na terra. A quantidade de

    gua preservada no solo pela cobertura de folhas e pelasombra das rvores um dos fatores que podem ser

    facilmente observados.

    Uma planta bem alimentada, que pode conseguir

    no solo os nutrientes necessrios para o seu

    desenvolvimento, tem mais resistncia contra as pragas e

    doenas.

    Vantagens de um Sistema Agroflorestal

    De fcil implantao, os sistemas agroflorestais

    proporcionam inmeras vantagens, rendendo ganhos

    Criao deAbelhasCriao de

    Abelhas

    Madeiraadeira

    Minhocasinhocas

    QuebraVentoQuebra

    Vento

    Adubaodo solo

    Adubao

    do solo

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    diretos e indiretos, tais como:

    Melhora a fertilidade dos solos;

    Aumenta a infiltrao da gua das chuvas,

    diminuindo a eroso e degradao do solo;

    Resgata os nutrientes que se encontram na

    camada de subsolo;

    Promove a descompactao do solo; Serve como quebra-vento;

    Cria um ambiente favorvel para o desen-

    volvimento de espcies que ajudam no controle de

    pragas e doenas;

    Fornece alternativas de forragens para pecuria;

    Fornece sombra e bons frutos;

    E muitas outras como a possibilidade da criao

    de abelhas e a prpria extrao da madeira.

    Os sistemas agroflorestais podem ter diversas

    configuraes. Podemos criar vrios desenhos, devendo

    Implantando um Sistema Agroflorestal

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    ser utilizado para

    isto os potenciais

    existentes na pro-priedade. Com o

    plantio das rvo-

    res, podem ser

    consorciados os

    mais diversos tipos de culturas anuais como: milho,

    feijo, mandioca, arroz etc.

    Como exemplo utilizaremos a cultura de milho,

    desejando no final da sua implantao obter um sistema

    com rvores e pastagens.

    Preparo do solo: O preparo do solo deve ser feito

    1 passo passo

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    de forma convencional, com arao e nivelamento.

    Plantio da cultura: O plantio da cultura a ser

    explorada deve obedecer ao modelo tradicional

    utilizado pelo produtor (feijo, milho, mandioca,

    algodo etc.), com espaamento e correo do solo.

    2 passo passo

    Nesta rea futuramente sero implantadas as linhas de

    rvores.

    Definio do espaamento entre rvores: O

    espaamento a ser definido pode ser variado. Devemos

    levar em considerao a espcie de rvore a ser utilizada

    e para que fim ser destinada.

    Como neste caso esta-mos propondo um

    desenho de um siste-

    ma que futuramente

    ser contemplado

    com a implantao de

    3 passo passo

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    pastagem junto s rvores (sistema silvopastoril),

    recomendamos que a distncia entre as linhas de r-

    vores no seja menor que 5 metros. Dessa forma haveruma significativa entrada de luz para o desenvolvimento

    da pastagem. O espaamento das rvores na linha pode

    variar de 2 a 4 metros.

    Quando se faz a utilizao de um espaamento

    muito pequeno, com um grande nmero de rvores por

    ha., ocorrer um comprometimento no desenvolvimento

    das rvores, ficando com um baixo dimetro de tronco e

    com um menor valor comercial.

    Abertura de covas e adubao: Recomenda-se

    fazer uma abertura de cova com as seguintes dimenses:

    4 passo passo

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    30cm largura x 30cm comprimento x 40cm de

    profundidade. rvores devem ser tratadas como uma

    cultura normal, tendo tambm necessidade de fazer-seuso de adubao. A utilizao de adubo orgnico

    (esterco de gado, galinha, sunos, hmus de minhoca,

    compostagem etc.) nas covas possibilita uma grande

    resposta no desenvolvimento das rvores.

    5 passo

    Plantio das rvores: Aps a germinao da cultura

    implantada, deve se fazer o plantio das espcies de

    rvores escolhidas. O plantio preferencialmente deve

    5 passo

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    ocorrer no perodo das

    chuvas com o solo mo-

    lhado.

    Manejo: O cuidado

    no desenvolvimento dasrvores torna-se essencial

    para o sucesso da im-

    plantao, principalmente

    no seu perodo inicial de crescimento. As linhas das

    rvores devem ser mantidas limpas. Recomenda-se o usode matria seca para servir como cobertura morta, para

    aumentar a umidade no solo e dificultar o crescimento de

    ervas daninhas. O controle de formigas cortadeiras de

    suma importncia para o sucesso do sistema.

    Formas de controle de formigas: Existem formas

    alternativas para o controle de formigas, com baixo

    impacto ao meio ambiente e com menores riscos

    sade. A reforma de pastagem e manuteno de boa

    cobertura de solo so prticas que servem comoalternativa para diminuir a expanso e disseminao das

    6 passo6 passo

    Manejo

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    formigas pela propriedade. A utilizao de garrafas

    plsticas de refrigerante, no entorno das mudas de

    rvore (como um tubo), em seu estgio inicial, sobarreiras que impe-dem que as formigas consigam subir

    e cortar as mudas.

    Implantao

    das pastagens: A

    cultura de entre-

    linha (milho, feijo,

    7 passo 7 passo

    mandioca etc.) pode ser cultivada por at 3 anos ou at o

    momento em que as rvores atinjam um tamanho e

    dimetro que no venham a ser prejudicadas pela

    presena do gado. Aps a colheita da ltima safra da

    cultura de entrelinha, deve se fazer a implantao dapastagem por muda ou semente. A implantao da

    pastagem deve seguir a recomendao apropriada para

    a gramnea utilizada, considerando nvel de Ph (acidez

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    do solo) e adubao.

    C o n d u o e

    manejo do sistema

    silvopastoril: O gado

    deve ser introduzido no

    sistema a partir domomento em que a

    pastagem atingir o

    tamanho indicado para

    a gramnea. O bom

    manejo da gramnea muito importante para o sucesso do sistema. Para isso

    deve ser respeitada a capacidade de suporte da

    pastagem. Devemos manter um nmero de animais por

    rea de forma que no se comprometa o rebrote da

    gramnea.O controle de formigas cortadeiras deve ser

    mantido sempre que se observar a sua presena. Mesmo

    depois do sistema estabelecido, as formigas cortadeiras

    podem causar prejuzos significativos s rvores e

    pastagem.

    8 passo passo

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    Tabela de Espcies Agroflorestais

    Espcies no frutferasEspcies permanentesspcies permanentes

    Accia (Acacia mangium)Albizia (Albizia lebeck)Alecrim (Holocalyx balansae) *Angico branco (Anadenanthera colubrina)*Angico do cerrado (A. falcata)*Cabreva (Myroxylun peruiferum) *Caf de bugre (Cordia ecalyculata) *Chuva-de-ouro (Cassia ferruginea) *Cedro (Cedrella fissilis) *Corao de negro (Poecilanthe parviflora)*Eucalipto (Eucalyptus spp)Farinha seca (Albizia hasslerii) *Ficheira (Schizolobium parahyba)Gliricdia (Gliricidia sepium)Gurucaira (Peltophorum dubium)*Ip amarelo (Tabebuia chrysotricha) *Ip amarelo (Tabebuia ochracea ) *Ip roxo (Tabebuia heptaphylla) *Ip tabaco (Zeyheria tuberculosa) *Jacarand mimoso (Jacaranda cuspidifolia)*Louro pardo (Cordia trichotoma) *leo de copaba (Copaifera langsdorffii)*Pau marfin (Balfourodendron riedelianum)*Pau jacar (Piptadenia gonoacantha) *Paineira (Chorisia speciosa) *Pau de tucano (Vochysia tucanorum)*Sobrasil (Colubrina glandulosa) *Sombreiro (Clitoria fairchildiana)Sucupira (Pterodon emarginatus) *Tamboril (Enterolobium contortisiliquum)*

    Principal funo agroflorestal

    le, po, qv, cs, tole, or, a, ap, av, cs, fa, fsmd, fa, ormd, cs, le, to, fs, memd, cs, le, to, fs, mem dmd, or, as, fs, faa, md, le, qv, cs, av, or, memd, ap, lemd, orle, md, me, po, qv, as, to, fale, as, a, av, md, or,or, fa, apa, ap, md, le, av, cp, cs, as, cvMd, as, or, famd, or, fa, apmd, or, fa, apmd, or, fa, apmd, oror, fa, mdmd, or, as, fsme, or, famd, le, ormd, le, me, apor, fa, fior, fa, mdmd, oror, mdmd, le, ormd, or, as, fa

    Principal funo agroflorestal

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    a = alimentao/forragem animal

    ap = apiculturaas = rvore sombra/consrcioav = adubao verdecp = controle pragascs = conservao solocv = cerca vivafa = uso faunsticofi = fibra

    fs = fertilidade solo

    go = goma

    hu = consumo humanole = lenhamd = madeira/construome = medicinalol = leoor = ornamentalpo = madeira polpaqv = quebra vento

    to = madeira/toras

    Legendas

    Espcies frutferas

    Espcies permanentesspcies permanentes

    Acerola (Malpiguia glabra)Amora (Morus sp)Araa (Psidium araa) *Caj (Anacardium occidentale)Carambola (Averrhoa carambola)Figueira (Ficus enormis) *Goiaba (Psidium guajava) *Inga de brejo (Inga uruguensis)*

    Inga liso (Inga laurina)*Jaca (Artocarpus heterophylus)Jambolo (Eugenia jambos)Jaracati (Jaracatia spinosa) *Jatob (Hymenaea courbaril) *Jenipapo (Genipa americana)Mamo (Carica papaya)Manga (Mangifera indica)

    Mutambo (Guazuma ulmifolia) *Pindaba (Duguetia lanceolata)*Pinha (Rollinia mucosa)Tamarindo (Tamarindus sp)Uvaia (Eugenia piriformis)*

    Principal funo agroflorestal

    hu, fa, qvhu, fahu, fa, md, lehu, qv, ol, le, as, fahu, qv, orhu, fa, as, mdhu, fa, md, leap, md, a, le, as, to, qv, fa

    ap, md, a, le, as, to, qv, fahu, a, md, le, qv, fahu, fa, or, qvhu, fa, qv, ormd, hu, fa, orhu, fahu, a, mdhu, a, qv, fa, as

    hu, fa, fi, a, mdhu, fahu, fahu, a, cs, fs, fa, le, to, qvhu, fa, qv

    Principal funo agroflorestal

    (*) Nativas da flora da regio do Pontal

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    Minhocultura

    O esterco de gado, galinha, suno etc pode ser

    transformado em um adubo de grande valor em

    nutrientes: o hmus de minhoca utilizado no sistema

    agroflorestal durante toda a conduo do processo. A

    criao de minhoca para a produo de hmus baseada em prticas simples e de baixo custo.

    Primeiramente devemos observar os produtos

    disponveis na propriedade que podero servir como

    material fonte. Este material pode incluir estercos

    diversos como tambm restos de culturas que passarampelo processo de decomposio. O local onde ser

    instalado o minhocrio dever possuir uma certa

    inclinao do terreno para o escoamento da gua das

    chuvas. Selecionado o local, deve se estender sobre o

    solo um pedao de lona plstica ou material similar. Esta

    lona plstica

    deve ser per-

    furara em to-

    da sua rea,para que no

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    retenha muita gua.

    Esta lona evita a mistura do material com a terra

    melhorando a qualidade do hmus. Depois da lonacolocada sobre o solo, devemos adicionar 1 a 2

    carriolas de esterco. Este esterco deve ter passado pelo

    processo de decomposio.

    Em seguida devemos colocar as minhocas nointerior do material. Recomenda-se que o minhocrio

    seja coberto por palha ou mesmo um saco de estopa,

    para manter a umidade, evitando o ressecamento do

    material, servindo ainda como barreira para predadores

    (pssaros, galinhas etc.).O tempo de transformao do esterco em hmus

    depender da quantidade de minhocas no minhocrio

    proporcionalmente quantidade de esterco disponvel.

    Outro fator importante so as condies fornecidas para

    o bom desempenho das minhocas, como:Boa umidade: O esterco no deve ser mantido

    encharcado ou muito seco;

    Temperatura: A temperatura deve ser observada

    principalmente no inverno, onde se recomenda que o

    Boa umidade

    Temperatura

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    minhocrio no esteja em local sombreado. A baixa

    temperatura diminui a eficincia das minhocas.

    Alimentao: Uma boa fonte de esterco umfator importante para a reproduo das minhocas.

    Deve-se observar sempre o ritmo de alimentao das

    minhocas, no podendo faltar esterco. Caso isto ocorra

    muitas minhocas deixaro o minhocrio em busca de

    alimento.

    A partir do momento que se observar a

    transformao do material em hmus, deve se fazer a

    retirada da minhoca para uma nova poro de esterco.

    Isso pode ocorrer atravs da prtica de peneirar o hmuse retirando-se as minhocas. Outra forma sim-

    plesmente colocarmos uma nova poro de esterco

    junto poro j transformada. As minhocas na-

    turalmente faro a migrao para a nova poro de

    alimento.A produo de hmus de minhoca uma prtica

    simples e eficaz. Se o produtor mantiver uma umidade

    satisfatria, o fornecimento de alimento na quantidade

    exigida e a ausncia de predadores, o sucesso na

    produo de hmus estar garantido.

    Alimentao

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    Reflexo

    Procure seguir esses passos e temos certeza de que

    em breve ter muito orgulho de sua propriedade. A

    agrofloresta mistura rvores na roa e nas pastagens,

    embeleza a propriedade, traz mais sade para a terra e

    satisfao para todos os envolvidos nessa luta pelaconservao da vida e de toda sua diversidade.

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