Aconselhamento de Enfermos

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Aconselhamento de Enfermos 1. Uma visão equilibrada das enfermidades Deparamo-nos todos os dias com pessoas adoecendo, algumas com doenças leves e passageiras, outras com doenças crônicas e algumas com doenças terminais. Como cristãos, podemos ficar perturbados com algumas situações que nos cercam e que podem colocar em risco nossa fé em Deus e em Sua Palavra. Por isso, precisamos procurar entender muito bem o que as Escrituras dizem a esse respeito. Alguns pensam que cada doença é um julgamento de Deus para um pecado específico; outros pensam que se alguém não está sendo curado é porque não há uma fé verdadeira; outros pensam que as doenças estão sob o comando e autoridade de Satanás. É claro que tudo isso é falso. Um texto das Escrituras que irá nos ajudar a ter uma visão correta desse assunto é Rm 8:18-27: Rm 8:18-27 18 Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós. 19 A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. 20 Pois a criação está sujeita à vaidade , não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, 21 na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. 22 Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora. 23 E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo . 24 Porque, na esperança, fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera? 25 Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos. 26 Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. 27 E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos. 28 Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito . 1.1. A origem das enfermidades O texto acima afirma que toda a criação encontra-se sob o juízo de Deus devido à queda do homem, que vive hoje numa condição de aprisionamento à corrupção e à decadência. A princípio todas as enfermidades, assim como a morte, são resultado do pecado do homem, da queda. Ninguém está excluído, nem mesmo os filhos de Deus. Que isso se aplica também aos nossos corpos pode ser visto no versículo 23, que fala da futura redenção dos nossos corpos desse cativeiro. Assim, todo homem fica doente. 1

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Estudo visando a capelania hospitalar a visitação de enfermos.

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Aconselhamento de Enfermos1. Uma viso equilibrada das enfermidadesDeparamo-nos todos os dias com pessoas adoecendo, algumas com doenas leves e passageiras, outras com doenas crnicas e algumas com doenas terminais. Como cristos, podemos ficar perturbados com algumas situaes que nos cercam e que podem colocar em risco nossa f em Deus e em Sua Palavra. Por isso, precisamos procurar entender muito bem o que as Escrituras dizem a esse respeito. Alguns pensam que cada doena um julgamento de Deus para um pecado especfico; outros pensam que se algum no est sendo curado porque no h uma f verdadeira; outros pensam que as doenas esto sob o comando e autoridade de Satans. claro que tudo isso falso. Um texto das Escrituras que ir nos ajudar a ter uma viso correta desse assunto Rm 8:18-27:Rm 8:18-27 18 Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente no podem ser comparados com a glria a ser revelada em ns. 19 A ardente expectativa da criao aguarda a revelao dos filhos de Deus. 20 Pois a criao est sujeita vaidade, no voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, 21 na esperana de que a prpria criao ser redimida do cativeiro da corrupo, para a liberdade da glria dos filhos de Deus. 22 Porque sabemos que toda a criao, a um s tempo, geme e suporta angstias at agora. 23 E no somente ela, mas tambm ns, que temos as primcias do Esprito, igualmente gememos em nosso ntimo, aguardando a adoo de filhos, a redeno do nosso corpo. 24 Porque, na esperana, fomos salvos. Ora, esperana que se v no esperana; pois o que algum v, como o espera? 25 Mas, se esperamos o que no vemos, com pacincia o aguardamos. 26 Tambm o Esprito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque no sabemos orar como convm, mas o mesmo Esprito intercede por ns sobremaneira, com gemidos inexprimveis. 27 E aquele que sonda os coraes sabe qual a mente do Esprito, porque segundo a vontade de Deus que ele intercede pelos santos. 28 Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propsito.

1.1. A origem das enfermidadesO texto acima afirma que toda a criao encontra-se sob o juzo de Deus devido queda do homem, que vive hoje numa condio de aprisionamento corrupo e decadncia. A princpio todas as enfermidades, assim como a morte, so resultado do pecado do homem, da queda. Ningum est excludo, nem mesmo os filhos de Deus. Que isso se aplica tambm aos nossos corpos pode ser visto no versculo 23, que fala da futura redeno dos nossos corpos desse cativeiro. Assim, todo homem fica doente.Causas Naturais: infeces, epidemias, hereditariedade, influncia do meio ambiente, influncia de alimentao, influncias sociais, acidentes, degenerao pela idade. Causas Espirituais: influncia demonaca (a mulher encurvada em Lc 13:10-17, o rapaz que tinha um esprito mudo em Mc 9:17-25), pecados (envelhecimento dos ossos em Sl 32:1-5, o paraltico em Mt 9:1-8, participar indignamente da Ceia do Senhor em 1Co 11:27-30), falta de perdo (raiz de amargura em Hb 12:14-15), para expressar um propsito de Deus (Lzaro em Jo 11:1-4, o cego em Jo 9:1-3).1.2. Jesus levou sobre si as nossas enfermidadesJesus veio para nos redimir de todo pecado e de suas consequncias:

Is 53:5-6 5 Mas ele foi ferido por causa das nossas transgresses, e esmagado por causa das nossas iniqidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. 6 Todos ns andvamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqidade de todos ns.1.2.1. A redeno dos nossos corpos.Certamente, na cruz, Jesus levou sobre Si os nossos pecados e as nossas enfermidades. Ele veio para nos salvar, e essa salvao completa, agindo no nosso homem integral: esprito, alma e corpo. Contudo, o ensino das Escrituras nos mostra que a salvao do nosso esprito j se realizou plenamente quando o recebemos como Senhor e Salvador e nos tornamos filhos de Deus (Jo 1:12, 3:16), a salvao da nossa alma est sendo realizada dia a dia quando buscamos fazer a vontade de Deus (Fl 2:12), e a redeno do nosso corpo vai se realizar no Dia da Redeno (Ef 4,30). O texto acima de Rm 8:18-27 nos mostra este ltimo aspecto muito claramente. O Dia da Redeno (em que nossos corpos sero resgatados da corrupo e degenerao para a liberdade dos Filhos de Deus). no aconteceu ainda, mas acontecer. essa a nossa viva esperana:1Pe 1:3-9 3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericrdia, nos regenerou para uma viva esperana, pela ressurreio de Jesus Cristo dentre os mortos, 4 para uma herana incorruptvel, incontaminvel e imarcescvel, reservada nos cus para vs, 5 que pelo poder de Deus sois guardados, mediante a f, para a salvao que est preparada para se revelar no ltimo tempo; 6 na qual exultais, ainda que agora por um pouco de tempo, sendo necessrio, estejais contristados por vrias provaes, 7 para que a prova da vossa f, mais preciosa do que o ouro que perece, embora provado pelo fogo, redunde para louvor, glria e honra na revelao de Jesus Cristo; 8 a quem, sem o terdes visto, amais; no qual, sem agora o verdes, mas crendo, exultais com gozo inefvel e cheio de glria, 9 alcanando o fim da vossa f, a salvao das vossas almas.

Essa verdade confirmada em outros textos das Escrituras: - Fp 3:20-21: o corpo da nossa humilhao ser transformado para ser conforme ao corpo da sua glria;

- Ap 21:3-4: Deus mesmo enxugar de nossos olhos toda lgrima; e no haver mais morte, nem haver mais pranto, nem lamento, nem dor;- 2Co 4:16-18: embora o nosso homem exterior se corrompa, o nosso homem interior se renova de dia em dia; e a nossa leve e momentnea tribulao produz para ns eterno peso de glria.

- 1Co 15:50-58: ao soar a ltima trombeta os mortos ressuscitaro incorruptveis e o vivos sero transformados. Este corpo corruptvel se revestir da incorruptibilidade, e o corpo mortal da imortalidade. Ento, se cumprir a palavra que est escrita: Tragada foi a morte pela vitria.

Chegar o Dia de Cristo, mas ainda no chegou. E, para nos dar certeza disso, nos concedeu o Esprito Santo como Sua garantia: 2Co 5:4-7: 4 Pois, na verdade, os que estamos neste tabernculo gememos angustiados, no por querermos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida. 5 Ora, foi o prprio Deus quem nos preparou para isto, outorgando-nos o penhor do Esprito. 6 Temos, portanto, sempre bom nimo, sabendo que, enquanto no corpo, estamos ausentes do Senhor; 7 visto que andamos por f e no pelo que vemos.1.2.2. O antegozo da nossa redenoEnquanto esperamos aquele dia, atravs do Esprito Santo, Cristo tem nos possibilitado que experimentemos um antegozo da redeno prometida. Vejamos! O ministrio de Jesus em sua primeira vinda foi caracterizado por cura e libertao:

Mt 11:4-5 4 Respondeu-lhes Jesus: Ide contar a Joo as coisas que ouvis e vedes: 5 os cegos vem, e os coxos andam; os leprosos so purificados, e os surdos ouvem; os mortos so ressuscitados, e aos pobres anunciado o evangelho. 6 E bem-aventurado aquele que no achar em mim motivo de tropeo.

Por que motivo de tropeo? Porque diante do povo de Israel, poucas pessoas foram curadas, poucos mortos foram ressuscitados. No tanque de Betesda havia uma multido de enfermos, mas Jesus curou apenas um (Jo 5:1-9). Ser que no curou a todos porque no tinham f, ou porque Ele no teve misericrdia de todos? Claro que no! Era porque em sua primeira vinda, seu objetivo no era a completa redeno desta era cada, mas veio para morrer pelos pecadores e torn-los filhos de Deus. Contudo, ele nos deu um antegozo do mundo porvir ao revelar seu carter e seu poder. Assim, ele curou pessoas e ressuscitou mortos para mostrar ao Seu povo que Ele tem poder para fazer o mesmo na Sua segunda vinda.

Jesus tambm instruiu seus discpulos a fazerem o mesmo:

Mt 10:8 Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demnios; de graa recebestes, de graa dai.

Mc 16:17-18 17 Estes sinais ho de acompanhar aqueles que crem: em meu nome, expeliro demnios; falaro novas lnguas; 18 pegaro em serpentes; e, se alguma coisa mortfera beberem, no lhes far mal; se impuserem as mos sobre enfermos, eles ficaro curados.

Desse modo, mesmo nesta era, podemos experimentar um antegozo da redeno dos nossos corpos, incluindo curas e ressurreio de mortos. Aleluia! O texto de Marcos acima diz que se impusermos nossas mos sobre os doentes, eles ficaro bem. Que promessa maravilhosa!Deus certamente cura no tempo presente em resposta s nossas oraes, mas no sempre. Se no compreendemos bem isso, poderemos nos deixar levar a extremismos, como temos visto. claro que vamos continuar a impor nossas mos para curar os doentes, como Ele mandou, mas entendendo bem o contexto em que estamos praticando a Palavra de Deus. Muitos tm tentado impor a esta era o que Deus reservou para a prxima. Ao orarmos pelos enfermos, alguns sero curados, outros parcialmente, e outros no sero. Deus soberano e coerente com Seus propsitos.O objetivo primrio de Deus para esta era no de livrar-nos de doenas e dor, mas, purificar-nos de todo vestgio de pecado e que, em nossa fraqueza, nos apeguemos a Ele como nossa nica esperana. Para esse propsito, as lutas e provaes tem um papel fundamental. Hb 12:6-7 6 porque o Senhor corrige a quem ama e aoita a todo filho a quem recebe. 7 para disciplina que perseverais ( Deus vos trata como filhos ); pois que filho h que o pai no corrige?Sl 119:71 Foi-me bom ter eu passado pela aflio, para que aprendesse os teus decretos.Tg 1:2-3 2 Meus irmos, tende por motivo de toda alegria o passardes por vrias provaes, 3 sabendo que a provao da vossa f, uma vez confirmada, produz perseverana.

Rm 5:3-5 3 E no somente isto, mas tambm nos gloriamos nas prprias tribulaes, sabendo que a tribulao produz perseverana; 4 e a perseverana, experincia; e a experincia, esperana. 5 Ora, a esperana no confunde, porque o amor de Deus derramado em nosso corao pelo Esprito Santo, que nos foi outorgado.Finalmente, podemos confiar no poder e na bondade de Deus, mesmo nas horas mais difceis. Os que dizem que os crentes devem sempre ser milagrosamente curados do a entender que a qualidade da f de uma pessoa medida pelos resultados que alcana, enquanto que o ensino bblico nos diz que a qualidade da f medida pela perseverana diante do sofrimento (Hb 11.33-40).

2. O trabalho de aconselhamento dos enfermos2.1. Desenvolvendo uma relao adequadaO que deve nos mover ao aconselhar os enfermos um cuidado e um genuno interesse pela pessoa que est enferma. No devemos permitir que nossa atuao seja orientada exclusivamente para as enfermidades. Deveremos nos orientar para a pessoa em sua totalidade. Quando aconselhamos, como em qualquer outra relao, devemos ter em mente que o grau de nosso impacto ou influncia sobre a vida das pessoas est diretamente relacionado com a maneira como nos percebem. por isso que o envolvimento to importante no processo de aconselhamento. Usualmente resulta efetivo s quando se estabeleceu um nvel aceitvel de identificao com a pessoa.

2.1.1. Identificao atravs da CompaixoA maneira mais efetiva de nos identificarmos com os enfermos atravs da compaixo. Vejamos o exemplo do Senhor Jesus. Ele se compadecia ao ver as multides necessitadas e tinha cuidado delas. Todos os seus intentos estavam impregnados de compaixo:Mt 14:14 Ao desembarcar, viu Jesus uma grande multido, compadeceu-se dela e curou os seus enfermos.Mc 1:40-42 40 E veio a ele um leproso que, de joelhos, lhe rogava, dizendo: Se quiseres, bem podes tornar-me limpo. 41 Jesus, pois, compadecido dele, estendendo a mo, tocou-o e disse-lhe: Quero; s limpo. 42 Imediatamente desapareceu dele a lepra e ficou limpo.Muitas passagens que se referem compaixo de Jesus dizem primeiro que Ele viu as pessoas ou que olhou para elas. Por exemplo, Mateus 9.36 diz: E ao ver as multides, teve compaixo delas. E o relato da dor da viva de Naim declara: Quando o Senhor a viu teve compaixo dela (Lc 7.13).

Estes versculos indicam que Jesus olhou atentamente para aqueles que experimentavam dificuldades; colocava-se em seu lugar e procurava sentir o que eles sentiam. Sua compaixo surgia de sua simpatia, isto , da sua capacidade de compartilhar alegrias e tristezas com outros. Hebreus 4.15 nos diz que, atualmente, temos nos cus algum que pode compadecer-se de nossas fraquezas.

2.1.2. Identificao atravs da Brandura

A compaixo, muitas vezes se expressa exteriormente em brandura no trato com as pessoas, especialmente quando temos que confront-las com algum pecado. Precisamos compreender que muitas vezes as pessoas enfermas esto estressadas e podem reagir de forma agressiva e inconveniente. Porm, as Escrituras nunca aprovam palavras rudes ou que ferem, mesmo que se esteja falando a verdade:

Ef 4:15 Mas, seguindo a verdade em amor, cresamos em tudo naquele que a cabea, Cristo.Gl 6:1 Irmos, se algum for surpreendido nalguma falta, vs, que sois espirituais, corrigi-o com esprito de brandura; e guarda-te para que no sejas tambm tentado.2Tm 2:24-26 24 Ora, necessrio que o servo do Senhor no viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente, 25 disciplinando com mansido os que se opem, na expectativa de que Deus lhes conceda no s o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade, 26 mas tambm o retorno sensatez, livrando-se eles dos laos do diabo, tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade.Pv 16:21 e 24 21 O sbio de corao chamado prudente, e a doura no falar aumenta o saber. 24 Palavras agradveis so como favo de mel: doces para a alma e medicina para o corpo.2.1.3. Identificao atravs da Considerao

As pessoas que aconselhamos, especialmente os enfermos, precisam sentir que as amamos e as temos em grande estima e considerao.

Fp 2:3 Nada faais por partidarismo ou vanglria, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Hb 10:24 Consideremo-nos tambm uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e s boas obras. Rm 12:9-11 9 O amor seja no fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem. 10 Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. 11 No sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no esprito, servindo ao Senhor; 1Tm 5:1-2 1 No repreendas ao homem idoso; antes, exorta-o como a pai; aos moos, como a irmos; 2 s mulheres idosas, como a mes; s moas, como a irms, com toda a pureza. A seguinte lista nos ajudar com algumas atitudes que mostram considerao por uma pessoa:a) Olhe a pessoa de maneira que demonstre ela objeto de sua ateno. No fixe a vista de maneira que se sinta incmoda, mas mostre interesse verdadeiro por ela;b) Preste ateno no que a pessoa est lhe dizendo. Se possvel, oua mais e fale menos;c) Mantenha um volume e tom de voz que no seja irritante nem difcil de ouvir. Sempre deixe que sua voz denote ternura e compaixo;2.2. Cuidando de aspectos especficos2.2.1. Infundindo esperana nas pessoas que aconselhamosA esperana talvez seja o elemento mais necessrio para aqueles que se encontram em situaes difceis. Sem dvida, pessoas que se encontram enfermas precisam de esperana. Se desejamos ajud-las, precisamos buscar graa de Deus para infundir esperana em seus coraes. Para isso, muito importante que todo nosso conselho se apoie em bases bblicas para no cairmos no erro de infundir falsa esperana. A falsa esperana pode ser motivada por vrias fontes: - Desejo humano: Porque pedimos, voc vai ser curado;

- Fuga da Realidade: No aceite a doena;

- Misticismo: gua ungida;

- Erros doutrinrios: aplicar para esta era o que Deus tem para a futura.A verdadeira esperana aquela que leva a pessoa a confiar em Deus como seu pai amoroso, independente do fato de Ele curar ou no. aquela que mostra que Deus est sempre conosco e que tudo na vida de seus filhos est sob o seu controle e com algum propsito que visa o nosso bem.

Rm 8:18-28 18 Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente no podem ser comparados com a glria a ser revelada em ns. 19 A ardente expectativa da criao aguarda a revelao dos filhos de Deus. 20 Pois a criao est sujeita vaidade, no voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, 21 na esperana de que a prpria criao ser redimida do cativeiro da corrupo, para a liberdade da glria dos filhos de Deus. 22 Porque sabemos que toda a criao, a um s tempo, geme e suporta angstias at agora. 23 E no somente ela, mas tambm ns, que temos as primcias do Esprito, igualmente gememos em nosso ntimo, aguardando a adoo de filhos, a redeno do nosso corpo. 24 Porque, na esperana, fomos salvos. Ora, esperana que se v no esperana; pois o que algum v, como o espera? 25 Mas, se esperamos o que no vemos, com pacincia o aguardamos. 26 Tambm o Esprito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque no sabemos orar como convm, mas o mesmo Esprito intercede por ns sobremaneira, com gemidos inexprimveis. 27 E aquele que sonda os coraes sabe qual a mente do Esprito, porque segundo a vontade de Deus que ele intercede pelos santos. 28 Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que so chamados segundo o seu propsito

Assim, nossa principal misso com os doentes que aconselhamos procurar manter viva sua esperana em Deus.

Pv 18:14 O esprito firme sustm o homem na sua doena, mas o esprito abatido, quem o pode suportar?2.2.2. Mostrar que Deus pode curar agoraDevemos orar pelas pessoas, impondo nossas mos e ungindo-as com leo. claro, num ambiente hospitalar, devemos procurar ser os mais discretos possveis.Mg 5:13-15 13 Est algum entre vs sofrendo? Faa orao. Est algum alegre? Cante louvores. 14 Est algum entre vs doente? Chame os presbteros da igreja, e estes faam orao sobre ele, ungindo-o com leo, em nome do Senhor. 15 E a orao da f salvar o enfermo, e o Senhor o levantar; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-o perdoados.Mg 5:16 Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficcia, a splica do justoMc 16:17-18 17 Estes sinais ho de acompanhar aqueles que crem: em meu nome, expeliro demnios; falaro novas lnguas; 18 pegaro em serpentes; e, se alguma coisa mortfera beberem, no lhes far mal; se impuserem as mos sobre enfermos, eles ficaro curados.2.2.3. Mostrar que as provaes fazem parte do nosso crescimento espiritualMuitas pessoas quando doentes podem ficar confusas, deprimidas e at mesmo revoltadas com sua situao. nessa hora que devemos buscar graa de Deus para sabermos ouvir seus dilemas, nos identificarmos com seu sofrimento e trazer uma palavra da sabedoria divina para mostrar a elas que, quando os ventos da adversidade nos afligem, o corao que se refugia em Deus tem a capacidade de desfrutar de uma vida cheia de propsito e significado: Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericrdias e Deus de toda consolao, que nos consola em toda a nossa tribulao, para que tambm possamos consolar os que estiverem em qualquer angstia, com a consolao com que ns mesmos somos consolados por Deus (2 Corntios 1: 3-4)Bem-aventurado o homem que suporta a provao;para, quando for provado, receber a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam (Tiago 1:12)

Meus irmos, tende por motivo de toda alegria o passardes por vrias provaes, sabendo que a provao da vossa f produz a pacincia.Porm, a pacincia a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, no faltando nada (Tiago 1: 2-4)2Co 12:7-10 7 E, para que no me ensoberbecesse com a grandeza das revelaes, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satans, para me esbofetear, a fim de que no me exalte. 8 Por causa disto, trs vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. 9 Ento, ele me disse: A minha graa te basta, porque o poder se aperfeioa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo. 10 Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injrias, nas necessidades, nas perseguies, nas angstias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, ento, que sou forte.3