Cuspir e Berrar

Acasalamentos até a Meia-Noite

Depois de beber a bebida servida na conferência da UPAC,

Huckleberry só tinha um pensamento em sua mente... reivindicar um

companheiro. Ele pulou no primeiro desconhecido de boa aparência que ele

achava que não iria comê-lo, a necessidade maníaca assumindo. Infelizmente,

o homem que ele escolheu estava menos do que excitado. Peyton só queria ser

deixado em paz e manter a sua rigorosa agenda de trabalho. Isso era pedir

muito? Ele tinha ido à conferência da UPAC para cumprir a sua presença

obrigatória a cada década. Ele nunca pensou que ele iria levar alguém para

casa. Quando Huck tenta desesperadamente compensar o que ele fez com

Peyton e nada funciona, ele começa a trabalhar até a exaustão.

E com os problemas de raiva e as peculiaridades estranhas que seu

companheiro tem, ele não encontra o acasalamento amoroso que sempre

sonhou.

Será que isso vai mesmo durar os quatro anos necessários?

Comentário da Revisora Lika

"Simplesmente amei, para mim esse foi o livro mais

complexo que eu já revisei. Passei metade do livro odiando o

Peyton, mas depois... Agora o Hulk é uma delícia, amoroso e

ingênuo, sempre tentando agradar, mas que pega fogo no decorrer

do livro. Sem dúvida entrou na lista dos meus personagens

favoritos."

Capítulo 1

― Preciso acasalar. Realmente preciso acasalar. Hippo precisa

acasalar agora, ― eu cantava enquanto corria ao redor do salão, passando

pelo caos. Os anciãos tinham fodidamente encantado as bebidas, nos deixando

basicamente necessitados, e eu corria por duas finalidades. Encontrar alguém

para acasalar e me certificar que a pessoa não iria me comer... pelo menos não

de uma forma ruim. Eu vi um loiro, grande e quente tentando sair pela porta

quando o caos começou e corri pra ele. Por quê? Foda-se se eu sabia. Eu tinha

sido drogado e não poderia obter uma alça sobre meu cérebro.

― Hippo precisa acasalar, ― eu declarei quando me lancei em suas

costas.

― Que porra é essa? ―, Ele gritou e tentou me jogar no chão.

Segurei-o firme, empurrando meus quadris contra ele, tentando me livrar de

alguns feromônios. Hipopótamos não reivindicavam seu companheiro com sexo

ou mordida. Era como se nossa pele se tornasse viva com feromônios e se nós

não a esfregássemos em nosso escolhido perderíamos nossas mentes.

― Transando. Acasalando. Necessito acasalar ― , eu murmurei,

parecendo totalmente fora da minha mente.

― Você não vai me foder ou me reivindicar ― , ele rosnou e me

puxou para frente de seu corpo. Isso teve o efeito oposto de me parar, porque

agora ele estava coberto com o meu cheiro. Eu beijei ao longo do seu pescoço

enquanto esfregava o máximo de mim que eu podia em cima dele. Ele tentou

desesperadamente me puxar para fora, não sendo nada gentil sobre isso.

― Desculpe, ― eu suspirei de alívio quando terminou, caindo contra

ele como um macarrão molhado. ― está feito. ― eu gritei quando ele me

jogou longe dele, minha bunda aterrissando duro no chão do salão.

― Isso é muito ruim, porque eu não estou mantendo você ―, ele

zombou e saiu na direção oposta em que ele estava indo anteriormente. Eu me

levantei e corri atrás dele. Fiquei assombrado com a maneira como ele

suavemente saltou em cima do estrado onde os anciãos estavam reunidos. Eu,

por outro lado, tive que ir pelas escadas, porque se eu tivesse tentado fazer o

que o meu novo companheiro tinha feito, eu só me pareceria como um tolo,

grande e gordo.

― Ancião, eu posso falar com você um momento? ― Meu

companheiro perguntou suavemente, como se eles fossem velhos amigos.

― Não, Peyton, você não pode ―, o ancião praticamente rosnou.

Bem, acho que eles não eram amigos. ― Vá gravar o seu acasalamento.

― Não, eu não vou estar ligado a isso, essa coisa, ― Peyton rosnou e

acenou com a mão em minha direção. ― Ele se esfregou em mim como um

cão e diz que estamos acasalados. Isso é inaceitável. Eu quero que isso seja

anulado.

O ancião me olhou com um olhar que era obviamente de pena, me

fazendo começar a me preocupar com minha escolha. Então eu me virei para

Peyton e vi o olhar de nojo do meu companheiro.

― Se eu pudesse reverter isso, eu faria, mas apenas para salvar o

seu pobre companheiro, porque ninguém merece estar preso a você, Peyton.

Você é mau, você é frio, você é egoísta, e você está agindo o dia todo como

um idiota. Ele não é uma coisa, ele é um homem muito atraente. Você é um

dos motivos para que tívessemos que recorrer às medidas desesperadas. Se

não começarmos a nos preocupar com a nossa comunidade, nós não vamos

sobreviver. Então, puxe a cabeça para fora de sua bunda, comece a agir como

se você tivesse uma alma, e agradeça a todos os anciãos, pois esta é a única

maneira de você ter um companheiro. ― O ancião se levantou, se elevando na

frente de Peyton, mostrando exatamente quem tinha a autoridade ali. ― E eu

vou dar ao seu companheiro o meu número pessoal. Se ele me ligar dizendo

que você está maltratando-o, eu vou pessoalmente a ele e você sera punido de

acordo com nossas leis. Você me entende?

― Alto e claro Ancião Rice, ― Peyton praticamente cuspiu no homem

antes de virar as costas e caminhar para outro ancião que estava sentado na

frente de um grande livro.

― Peyton Fahey.

― E o seu nome, meu filho? ― O ancião me perguntou.

― Huckleberry Ike, senhor ―, eu respondi calmamente. Momentos

depois, senti uma dor lancinante na parte inferior das minhas costas e sabia

que agora eu tinha um selo de acasalamento com as nossas iniciais. Eu soltei

um grito alto e quase caí de joelhos na agonia, mas fui capaz de ficar de pé.

Fiquei bastante impressionado com o quanto a marca tinha me machucado.

― Boa sorte para você, Huckleberry ―, o primeiro ancião disse

baixinho, os olhos tristes, quando me entregou seu cartão de visita e um

envelope. ― Ele não é de todo ruim, mas ele viveu uma longa vida cheia de

muita escuridão. Espero que você seja o que ele precisa.

― Eu também, ― eu sussurrei enquanto observava meu

companheiro saltar para fora do palco e seguir para uma porta, não se

importando se eu estava ou não com ele. Agradeci o ancião e rapidamente

corri atrás dele. Porra, ele podia se mover muito rápido para alguém que

estava apenas caminhando. Tinha que ser aquelas pernas longas. Até o

momento em que eu o alcancei, ele tinha deixado o salão e caminhava por um

longo corredor.

― E agora?

― Agora eu acho que estou acasalado ―, ele rosnou para mim. Ele se

virou para mim ameaçadoramente e eu rapidamente dei um passo para trás,

pronto para levantar os braços, se ele me atingisse. ― eu não vou bater em

você!

― Desculpe, mas você parece realmente muito chateado.

― Eu não posso imaginar por que seria!

― Eu peço desculpas novamente, isso ajuda?― Eu perguntei

esperançoso. O olhar de desgosto em seu rosto me disse claramente que não.

― Eu vou descobrir uma maneira de fazer isso funcionar para você, Peyton. Eu

também não queria acasalar com ninguém, mas quando tive a bebida isso era

tudo o que eu conseguia pensar.

― Porque você é jovem e provavelmente muito fraco para ter algum

controle ―, ele zombou. Ele não parecia tão atraente quando era tão idiota. ―

Obtenha toda a sua bagagem e me encontre na porta da frente em 10 minutos

ou você pode encontrar seu próprio caminho para Omaha.

― Você mora em Nebraska? Há algo lá? ― eu perguntei quando nós

dois entramos na ala herbívora do castelo. Eu não sabia que tipo de shifter ele

era, mas pelo menos agora eu sabia que ambos erámos herbívoros.

― Não, é uma terra árida e é por isso que eu escolhi viver lá, ― ele

respondeu sarcasticamente.

― Então, eu estou indo morar com você? ― Eu queria manter minha

boca fechada, então eu não tinha que me sentir pior sobre a minha escolha a

cada vez que ele abria a boca, mas havia coisas que eu tinha que saber.

― Bem, eu não estou mudando toda a minha vida porque você não

tem controle sobre si mesmo. Obtenha sua merda e vamos sair daqui antes

que a minha sorte fique ainda pior. Ele abriu uma porta no final do corredor e

praticamente a bateu na minha cara.

Eu pisquei fora as lágrimas enquanto corria rapidamente para o meu

quarto. Eu não tinha muito, porque não podia pagar por muitas coisas. Mas

quando a convocação para a reunião da UPAC chegou, eu fiquei tão animado

que já tinha idade para participar da reunião que usei todas as minhas

economias para o bilhete de avião.

Isso mostrava o quanto eu era ingênuo.

Corri de volta para seu quarto e cheguei lá a tempo de ver Peyton

sair para o corredor.

― Sim, um bilhete de primeira classe para Peyton Fahey. Eu quero

mudar o meu vôo para o próximo disponível. E eu preciso de um lugar na

classe econômica para um ― Ele olhou para mim então. ― Qual é o seu

nome?

― Huckleberry Ike ― , eu disse, olhando para ele com os olhos

arregalados. Eu não tinha certeza se deveria estar emocionado por ele se

lembrar de certificar se havia espaço no vôo para mim... Ou ficar irritado que

ele estava em deixando na classe econômica enquanto ele ia de primeira

classe.

Ele continuou falando sobre os planos de viagem, enquanto

caminhávamos, mal reconhecendo os guardas que pediram para ver os selos

do nosso acasalamento. Peyton apenas levantou a camisa para mostrar o seu

bíceps, enquanto eu me virei e levantei a parte de trás da minha camisa para

mostrar que meu selo estava onde as pessoas faziam tatuagens.

― Muito bem, você é muito gostoso ―, disse o guarda, dando-me

uma piscadela. Peyton assistiu a interação com curiosidade e alguma coisa que

eu não podia nomear. Algo cintilou em seus olhos, mas rapidamente foi

embora. ― Cara, eu gostaria de ter estado no check-in para a conferência. Eu

estaria feito se você estivesse perto de mim quando eles fizeram o brinde.

― Oh, obrigado, ― eu respondi, corando, um tom de vermelho

quente e brilhante. ― eu fiquei um pouco louco por causa do feitiço. Não

consegui pensar em mais nada além de transar com alguém e reivindicá-lo.

― Você pode se esfregar todo em mim a qualquer dia, bebê ―, ele

ronronou. Eu sorri para ele de novo, e de repente estava sendo puxado para

longe do guarda atraente.

― Se você realmente o quer, pode ir a um dos anciãos e mudar meu

acasalamento para você e me dar uma chamada, ― Peyton disse, entregando

ao guarda o seu cartão. ― Caso contrário, eu estou preso a ele e temos que

pegar um avião.

― Cara, você é um idiota ―, o guarda disse em desgosto e então me

deu um olhar de pena. Por que eu tinha a sensação de que eu ia ter um monte

disso das pessoas agora?

― Se você diz, ― Peyton resmungou quando ele me puxou atrás

dele para a SUV esperando para nos levar ao aeroporto. Uma vez que ela

estava carregada e a caminho, eu olhei para o cenário, vendo o quanto era

bonito, mesmo no escuro. Meu companheiro ainda falava no telefone, e fez

uma pausa para me perguntar os dados do meu voo original.

Eu entreguei meu cartão de embarque, sem uma palavra, suspirando

em derrota. Este já não era o acasalamento que eu tinha sonhado e enquanto

isso era um desastre de minha própria autoria, eu não tive a intenção de fazê-

lo. Eu acho que eu nunca iria significar algo para Peyton, ele nunca iria me

aceitar.

Inferno, eu não significava algo nem para o meu chefe, mesmo

quando trabalhava horas extras...

O que dizia muito.

― Sua casa é muito bonita ―, eu disse agradavelmente quando nós

chegamos a uma enorme mansão horas e horas mais tarde. Peyton tinha

realmente viajado na primeira classe enquanto eu fiquei na classe econômica.

Mas pelo menos ele não me abandonou no aeroporto e me deixou ficar

selvagem, certo?

― Sim, é ―, ele concordou, ao invés de me agradecer pelo elogio.

Ele estacionou seu carro de luxo na garagem e o desligou. ― eu vou te

mostrar o quarto do outro lado do meu, e depois de ter sexo como as regras

dizem, vou deixar você se intalar.

― Tudo bem. ― eu não ia discutir ou fazer perguntas. Ele ia se

comportar como um idiota de qualquer maneira ou me dar outra resposta

sarcástica. Isso é tudo o que ele me mostrou até agora. Pelo menos ele se

acalmou um pouco na viagem de avião e parecia menos chateado comigo.

O segui para dentro da casa e subimos as escadas. Ele apontou para

uma porta, abrindo a que ficava diretamente em frente.

― Esse é o meu quarto. O seu quarto tem seu próprio banheiro

anexo, então eu sugiro que você tome um banho rápido e se apronte. Eu

gostaria de acabar logo com isso e depois tirar um breve cochilo antes de lidar

com as coisas que eu preciso para o trabalho.

Eu apenas pisquei para ele por um momento em estado de choque.

Deuses, ele era um asno. Eu balancei minha cabeça e entrei no quarto,

decidindo que não havia nenhum ponto em dizer alguma coisa. Abrindo a

minha bolsa, peguei meus produtos de higiene pessoal e rapidamente entrei no

banheiro. Não havia uma toalha ou qualquer coisa que eu poderia usar para

me secar. Suspirando, eu saí para procurar, já que pedir para o meu

companheiro não era uma opção.

Havia um armário enorme no corredor que era usado para o

armazenamento extra de quase tudo. Bem, pelo menos eu sabia agora onde

conseguir folhas de papel higiênico e tudo o que eu precisasse. Peguei o que

eu iria precisar e voltei para o meu quarto.

Tomei o banho mais rápido do mundo, me estendendo desde que ele

tinha dito para me certificar de que eu estava pronto. Chame-me louco, mas

Peyton não me parecia o tipo de amante que se preocupava em saber se o seu

parceiro estava confortável.

Quando eu terminei corri para fora do quarto com a toalha enrolada

em volta dos meus quadris e bati em sua porta.

― Porque você demorou tanto? ― Peyton exigiu quando abriu a

porta.

― Não havia uma toalha no meu banheiro e eu tive que encontrar

uma ―, eu respondi e passei por ele em seu quarto. ― Sinto muito.

― A empregada foi embora, então eu não sabia que os quartos não

estavam adequadamente abastecidos ―, disse ele. Essa era a sua maneira de

aceitar minhas desculpas ou me oferecer uma? ― eu gosto de um pouco de

oral antes de ter relações sexuais.

Ele olhou para mim e depois para o chão bem na frente dele.

― Essa é a maneira que você pede um boquete? ― eu soltei, meus

olhos arregalados enquanto entendia o que isso significava.

Ele estreitou os olhos para mim quando tirou sua própria toalha.

― Eu acho que isso é o mínimo que você pode fazer depois de se

acasalar comigo sem minha permissão.

― Você está certo, eu sinto muito, ― eu concordei. Eu me ajoelhei

na frente dele e corri minhas mãos até suas coxas. ― eu não tenho muita

experiência com isso, mas se você me disser o que gosta, eu posso aprender.

― Porra, o quão jovem você é? ― Ele perguntou enquanto balançava

a cabeça. ― Você pelo menos é maior de idade, né?

― Sim, eu completei 21 há alguns meses.

― Virgem?

― Não, mas eu só estive com alguns homens e eles não foram um

negócio de longo prazo, ― eu admiti com meu rosto esquentando de vergonha.

Não era por minha escolha que eles não tinham durado, eu simplesmente não

ouvia falar deles novamente depois que tivemos relações sexuais.

― Você é um sub? ― Ele me olhou com curiosidade, então, como se

eu pudesse ser de alguma utilidade para ele depois de tudo.

― Eu não penso assim, mas gosto de fundo. ― Ele acenou com a

cabeça e depois fez um gesto para seu pau como se dissesse para eu ir logo

com isso. Levei-o em minhas mãos, surpreso com o quão grande ele era. Eu

não tinha me esticado o suficiente para este pedaço de carne. Lambendo sob a

cabeça do seu pênis, eu sorri quando ele ficou totalmente duro.

O levei em minha boca, gemendo com seu gosto. Peyton agarrou

meu cabelo e empurrou mais de si mesmo, até que ele bateu na minha

garganta. Eu engasguei e começei a puxar para trás.

― Respire pelo nariz e relaxe ―, ele ordenou. Eu tentei fazer o que

ele queria, mas meu nariz estava entupido porque eu tinha lutado contra a

necessidade de chorar. Quando percebeu isso, ele soltou e recuou. ― Tudo

bem, chupe duro, em seguida apenas a cabeça e vamos trabalhar em seu

reflexo de vômito depois. ― Eu balancei a cabeça e fiz o que ele queria. ― Eu

realmente não posso acreditar que eu tenho que dar de professor para o meu

parceiro de cama permanente.

Senti lágrimas quentes queimando em meus olhos quando os fechei e

fiz o melhor que podia. Ele começou a entrar na minha boca, fazendo barulhos

tranquilos quando o pau dele começou a vazar pré-sêmen.

― Isso é o suficiente para que eu seja capaz de transar com você, ―

ele disse quando saiu da minha boca. Olhei para ele, sem saber o que fazer a

seguir. Ele suspirou e apontou para a cama. ― Em suas mãos e joelhos. Eu

pensei que você sabia como o sexo funcionava.

― Eu não sabia como você me queria ―, murmurei e corri para cima

da cama. Eu assumi a posiçao e ouvi o estalo de uma tampa e depois senti

algo frio, dedos lisos sondando meu buraco.

― Eu lhe disse para se preparar.

― Foda, eu não sabia que você era tão grande ―, me defendi. ― Me

estendi para um homem de tamanho normal.

― É justo. ― Ele rapidamente me esticou para alguém do seu

tamanho, me surpreendendo por se importar. ― Eu tenho um apetite grande

por sexo, e se eu vou ficar preso por estar acasalado, tenho que pelo menos

garantir que você não fique rasgado na nossa primeira vez juntos. ― Ele tirou

os dedos e se moveu atrás de mim.

Nossa, e eu que pensei que ele estava mostrando que nao era tão

sacana quanto eu pensei quando o conheci. Meu erro. Engoli em seco quando

ele enfiou seu pau no meu buraco. Droga! Eu nunca estive com alguém tão

grande antes. Ele foi devagar, acrescentando lubrificante extra enquanto se

afastava um pouco.

― Você está com dor? ― Ele questionou uma vez que estava

totalmente dentro de mim, como se estivesse tentando me distrair enquanto

esperava meu corpo se ajustar.

― Eu não sei, mas estou disposto a tentar, ― eu ofeguei.

― Cuide de si mesmo, porque eu não sei quanto tempo vou durar.

Tem sido um longo tempo para mim e você está realmente muito apertado.

Eu balancei a cabeça, satisfeito por ele pelo menos me dar um aviso

de que não estava disposto a fazê-lo sozinho. Então ele começou a empurrar,

esfregando minha próstata a cada vez que ele puxava seu pau e empurrava de

volta. Ele era tão grande que eu não podia ajudar, alem de bater contra ele.

― Oh, meus deuses ― , eu gritei, empurrando para trás para

conseguir mais. ― Isso é bom pra caralho. Foda.

― Diga que posso ir mais duro ―, ele grunhiu e depois bateu na

minha bunda. ― Você tem carne suficiente aqui para que eu possa ir mais

duro sem te machucar.

Eu estava experimentando prazer demais para me concentrar em seu

comentário. Mais tarde, eu tinha certeza de que estaria envergonhado. Eu

balancei minha cabeça, querendo mais também. Peyton bateu em mim,

agarrando meus quadris com firmeza e me levando a novos lugares. Deixei

meus ombros cair na cama para que eu não entrasse em colapso enquanto

apertava completamente meu punho.

― Peyton! ― Eu gritei quando gozei, atirando todo o meu sêmen na

cama abaixo de mim. Eu nunca tinha gozado tão duro na minha vida e minha

felicidade era quase demais para suportar. Ele me seguiu logo em seguida,

grunhindo enquanto enchia meu rabo com seu sêmen. Meu companheiro nunca

parou de empurrar, prolongando nosso clímax.

Exaustos, caímos na cama, Peyton se apoaindo em suas mãos para

não me esmagar. Ele gemeu quando se retirou da minha bunda, rolando para o

lado.

― Pelo menos você é uma boa foda, ― ele ofegou enquanto passava

a mão nas minhas costas e massageava minha bunda. ― eu poderia me

acostumar a ter alguns lançamentos assim algumas vezes por dia.

Eu respirei fundo por um momento. Virei a cabeça para olhá-lo,

chocado por ele estar olhando para mim. Encontrei seu olhar e disse a única

coisa que estava em minha mente. ― Isso significa que você me perdoa?

Ele jogou a cabeça para trás e riu. Teria sido um som muito bonito se

eu não soubesse que ele estava rindo de mim.

― Não, isso não chegou nem perto. Você roubou pelo menos quatro

anos da minha vida e me fez seu companheiro, sem o meu consentimento. Se

você acha que uma foda satisfatória anula isso você ainda tem muito que

aprender, garoto.

― Você pode pelo menos me beijar? ― Meu coração estava na minha

barriga, então eu percebi que de qualquer maneira ele poderia ser quebrado.

Ele procurou meus olhos e me deu um aceno de cabeça.

― Eu não sou um fã de beijar, mas você é jovem, então isso

provavelmente é algo que importa para você. Além disso, você foi muito

prestativo e fez sexo como eu queria. Mantenha isso e vou tentar ter a certeza

de que você desfrute do nosso tempo juntos.

― Ok, ― eu sussurrei quando ele me rolou e arrastou seu corpo

sobre o meu. Ele inclinou a cabeça e roçou os seus lábios sobre os meus.

― Bom?

― Sim ―, eu choraminguei tentando levantar a cabeça e obter mais.

Peyton se afastou, sorrindo para mim maldosamente. ― Por favor?

― Você aprende rápido.

Desta vez, ele me deu um longo beijo, com a língua, me forçando a

abrir para ele. Inferno, ele poderia ter cada pedacinho de mim e da minha

alma se fizesse a unica coisa que eu não tinha certeza que ele seria capaz...

me amar.

― Gostaria que eu cuidasse disso? ―, Ele perguntou sedutoramente

contra a minha boca enquanto acariciava meu pau.

― Sim. Sim, por favor, ― eu implorei enquanto abria minhas pernas

para ele.

― E o que você estaria disposto a fazer em troca disso, Huckleberry?

― Huck, apenas Huck ―, sussurrei e depois dei de ombros. ― O que

você quer? Diga-me o que você quer Peyton, e eu vou tentar o meu melhor

para fazer.

― Obediência. ― Eu concordei, não tendo certeza de que poderia dar

isso a ele, mas pelo menos eu poderia tentar. ― E alguém para cozinhar

minhas refeições até que os novos empregados possam ser contratados. Eles

não ficam aqui por muito tempo.

Eu mentalmente revirei os olhos. Não poderia imaginar por que.

― Eu posso lidar com isso se você me deixar usar o seu carro,

depois de eu tirar um cochilo ―, eu concordei. Ele olhou para mim com uma

nova apreciação, como se percebendo que ele poderia ter obtido do negócio

um marido para cuidar da casa.

― Isso é muito bom companheiro. ―, ele murmurou e me beijou,

antes de me dar o que eu queria.

Eu gritei enquanto ele me acariciava a conclusão, meu corpo se

sentindo como uma gosma por tanta excitação. Quando eu terminei, Peyton se

afastou de mim e entrou em seu banheiro. Fiquei ali, olhando para o teto. Para

um homem tão idiota, ele sabia ser um deus no quarto. Eu nunca tive alguém

que me fez gozar tão duro ou tão rápido somente com um trabalho de mão.

― Aqui, se limpe e então você pode voltar para o seu próprio quarto

―, disse ele, sua voz voltando ao tom altivo, entediado. Eu vacilei quando um

pano quente pousou no meu estômago. Eu não ia insistir em dormir com ele

em sua cama. Um, eu precisava ir para o meu quarto para pensar um pouco.

Dois, eu sabia o que ele diria. E três, eu já estava muito ansioso por qualquer

atenção e se lhe mostrasse o quão desesperadamente eu queria ser amado,

ele poderia usar isso contra mim.

Então, novamente, isso provavelmente já estava muito claro e ele era

muito idiota para vê-lo.

Capítulo 2

Um cochilo de quatro horas mais tarde e era só oito da manhã em

Omaha, com a diferença de fuso horário e do vôo. Eu nem tentei descobri qual

era essa diferença, apesar de parecer tão ruim. Eu olhei para o meu maldito

smartphone e era inteligente o suficiente para saber onde eu estava e há

quanto tempo estava lá.

Eu vesti o último conjunto de roupas limpas que tinha comigo e

agarrei as sujas. Tinha que haver uma lavanderia aqui até que eu pudesse ter

as coisas do meu minúsculo apartamento embaladas e enviadas para cá.

Quando abri a porta do meu quarto vi algo pendurado contra ela. Eu verifiquei

e vi que era de Peyton.

Parecia que ele tinha chegado antes de mim, e meus olhos se

arregalaram em choque quando percebi que ele me escreveu uma lista longa

de coisas a fazer. Eu levaria dias para conseguir tudo isso feito, para não falar

que eu só tirei alguns dias de folga do trabalho, para a conferência, então eu

sabia que em breve teria que fazer também o meu próprio trabalho.

Foda-se!

Eu não sabia o que iria fazer, então eu fui procurá-lo. Desci as

escadas direto para a cozinha, folheando o caderno onde ele descreveu tudo o

que eu precisava saber. Sim, era um caderno de merda, mas o lado bom era

que ele tinha uma caligrafia impecável, portanto, não houve qualquer dúvida

sobre o que eu estava lendo.

Ele deixou as chaves do seu carro, o controle remoto da garagem, e

seu cartão de débito em cima da mesa como ele disse. A lavanderia ficava por

fora da garagem então eu rapidamente joguei minhas roupas e peguei as

chaves do carro que pertencia a... porque, claro, havia uma dúzia de carros em

sua garagem.

Será que todos eram do meu companheiro e como ele tinha tudo

isso? Uau. Eu teria que fazer uma pequena pesquisa sobre o homem. Mas com

essa lista eu não teria tempo.

Entrei no carro e abri a garagem, pronto para ir até que percebi que

não tinha ideia de para onde estava indo. Isso era estúpido, porque Peyton

tinha desenhado um mapa ensinando como chegar ao supermercado em cima

da lista que ele tinha escrito. Uau.

No momento em que eu terminei o supermercado já eram mais de 10

horas, o que me deixou a tempo de pegar sua limpeza a seco. Então a sua

correspondência em uma caixa nos correios, e vários outros recados. Voltei um

pouco antes das onze, me perguntando se alguma coisa no carro ainda estava

congelada. Era apenas primeiro de março, e ainda não estava tão quente fora.

Eu estacionei na garagem e começei a descarregar, me encontrando

em um impasse quando encontrei Peyton sentado na cozinha, esperando por

mim.

― Agora, se meu almoço estivesse pronto como eu pedi, teríamos

tempo para cuidar de ambas as nossas necessidades ―, ele disse, sem tirar os

olhos de seu laptop.

― Desculpe, é mais difícil fazer supermercado para alguém do que

eu pensei ―, eu murmurei e começei a guardar as coisas. ― Você gosta de

certas marcas e eu tive que encontrá-las ao invés de apenas comprar qualquer

uma como sempre faço.

― Então, vamos tentar de novo e ver o quão bem você faz na

próxima vez ― Eu comecei a guardar o leite e algumas coisas no balcão atrás

dele. Ele olhou tudo e franziu a testa para uma das coisas em sua mão, um

pacote de biscoitos Oreo. ― Eu gosto do duplo recheado, Huck.

― Você não especificou então ele comprei o normal. ― Mostrei-lhe

onde ele estava na lista, provando para ele.

― Então eu não posso usar isso contra você, posso? ― Seus olhos

tinham um toque de diversão quando ele agarrou meus quadris e me puxou

entre suas pernas. ― Você parece perturbado meu companheiro forçado. Dei-

lhe muito para lidar?

E só assim, eu percebi que estava sendo testado.

― Não, claro que não. Vou pegar mais experiência quando começar a

conhecer melhor a área. ― Lhe dei um sorriso tímido, sabendo que ele ainda

não estava feliz. ― Ah, e parte do atraso foi porque algumas de suas roupas

não estariam prontas até depois de amanhã, mas como a maioria estava

pronta, pedi-lhes para aprontar o restante enquanto ia ao correio. Então, eu

realmente fui à lavanderia duas vezes.

― Então eu acho que posso te perdoar por ter atrasado meu

almoço―, ele sussurrou com voz rouca quando ele me puxou para mais perto

e beijou meu pescoço. ― Você já fez melhor do que qualquer assistente que

trabalhou para mim e você está certo, não conhecer a área faria qualquer um

mais lento.

― Obrigado por compreender e me dar a chance de fazer as coisas

para você ―, eu disse com um gemido. Sua mão se moveu para baixo na parte

de trás da minha calça jeans e ele deu um suspiro descontente.

― Eu compreendo você, mas preciso de você agora e você não está

usando um plug como eu pedi.

― Eu não tinha um e não sabia onde tem uma loja de adulto aqui.

― Você tem muitas desculpas, mas eu só vou permitir uma por hoje

―, ele disse firmemente enquanto me empurrou ara tras do seu banquinho e

ficou de pé, tirando suas mãos e lábios de mim. ― Ou você quer fazer as

pazes e fazer a minha vida mais fácil, me ajudando ou você vai me fazer falhar

em mantê-lo.

― Eu quero te ajudar e quero que você me perdoe ―, eu respondi

rapidamente e fiz a única coisa que consegui pensar. Caí de joelhos e estendi a

mão para o zíper de seus jeans. Fiz uma pausa como se pedisse permissão.

― Eu realmente não estou mais no clima ―, ele disse alegremente e

se afastou.

Baixei a cabeça na rejeição enquanto ele foi até o freezer, tirou uma

refeição congelada, e colocou no microondas. Então, ele saiu da cozinha e

levou toda a minha força para me levantar do chão. Coloquei tudo o que eu

tinha trazido longe, e quando voltei com uma segunda carga de material,

Peyton estava sentado na mesa comendo sua comida, me ingnorando

descaradamente.

Quando entrei com o último carregamento, ele tinha ido embora,

deixando sua bagunça para eu limpar. Suspirei em derrota enquanto joguei

fora o recipiente e enxaguei o garfo antes de colocá-lo na máquina de lavar.

Depois que tudo foi arrumado e a cozinha limpa, encontrei-me diante

de outro problema na lista que Peyton tinha me dado.

― O que quer dizer que você não vai mandar ninguém para esse

endereço? ― Perguntei ao serviço de limpeza.

― Olhe, nós enviamos pelo menos uma dúzia de trabalhadores para

o Sr. Fahey e todos pararam dentro de uma semana, porque ele é um homem

horrível. Os únicos que eu ainda não mandei são novos e que, provavelmente,

vão sair da minha empresa se ele os tratar como tratou os últimos.

― E se eu convencê-lo a não falar com eles? Estarei aqui para

mediar. Se houver um problema, eles podem me dizer e vou lidar com isso.

Estou acasalado ao Sr. Fahey, então vou estar aqui.

― Estou muito triste por você ―, ela deixou escapar.

―Eu acho que você não é a única ―, eu sussurrei, novamente com

lágrimas nos meus olhos. ― Por favor? Eu vou ter certeza que ele não vai

incomodá-los.

― Bem ― ela suspirou. ― Vou mandar alguém na primeira hora da

manhã, mas se ele grita com essa pessoa como fez com os outros, mesmo se

você aparecer aqui chorando não vai nos fazer trabalhar com ele novamente.

― Eu entendo. ― Nos despedimos e respirei fundo antes de fazer o

que vinha a seguir... falar com Peyton.

Segui seu cheiro e bati numa posta que assumi fosse do seu

escritório. Não houve resposta, então bati novamente. Quando ainda não

houve resposta, eu abri a porta.

― Peyton?

― Eu disse para você não entrar sem uma razão ―, ele rosnou. Eu

ignorei e entrei em seu escritório, mordendo de volta um suspiro de como era

legal. O que diabos ele fazia para viver? ― O que você quer?

― Falei com o serviço de limpeza e eles me informaram que não

iriam enviar alguém aqui porque, e estou somente citando, você é um homem

horrível, realmente horrível. Você pode me dizer o que fez para aqueles

empregados, para eu receber uma resposta tão forte assim?

― Então, encontre outro serviço de limpeza, porque eu não tenho

que me explicar para você ou para eles ―, respondeu ele, estreitando seus

olhos azuis claros para mim.

― Eu pedi a ela para enviar uma nova pessoa, mas prometi que você

não iria lidar diretamente com eles. Se houver um problema, eu gostaria que

você me disesse e eu lidarei com eles.― Ele me olhou por um momento, como

se estivesse decidindo se eu seria capaz de gerenciar isso.

― Tudo bem. Eu odeio lidar com qualquer forma de choro de

mulheres. Apenas se certifique de que eles façam o que é preciso.

― Você tem uma lista de tarefas e de como você quer as coisas? Eles

estão enviando alguém de manhã.

― Você conseguiu que eles viessem já amanhã? ― Ele levantou uma

sobrancelha, chocado e depois sorriu. ― Talvez você não falhe tanto comigo.

― Eu posso ser agressivo quando é preciso. ― Ele acenou para eu

chegar mais perto e eu andei até que estava na sua frente. Ele se virou da sua

mesa e os monitores quando eu entrei na sala, então não havia nada nos

separando.

― Eu gostei de você fazer isso em meu nome ―, ele disse quando me

puxou para me escarranchar em seu colo.

― Bem, eu agora também vivo aqui ―, eu murmurei corando com a

coisa mais próxima de um elogio que eu recebi dele.

― Ainda assim, eu acho que você não se importaria se você tivesse

que fazer sua própria limpeza, assim como eu me importo. ― Eu balancei a

cabeça. Isso era verdade. ― Peço desculpas pela maneira como eu agi na

cozinha. Acho que o vôo e o estresse das coisas tem chegado a mim mais do

que eu gostaria de admitir.

― Está tudo bem. Isso é difícil para nós dois. ― eu gemi quando seus

lábios encontraram novamente esse ponto no meu pescoço, exatamente onde

encontrava com meu ombro. Sua língua traçou um pequeno círculo lá e eu

tremi. ― Você quer que eu te foda de novo, Huck? Eu acho que talvez você

precise ver que eu não sou de todo ruim. Embora eu seja exigente, há um lado

bom em estar comigo. ― Me inclinei para trás e procurei seus olhos, tentando

descobrir qual resposta o faria mais feliz. Eu decidi dizer a verdade.

― Eu quero o que vai fazer você feliz, Peyton. Eu adoro fazer sexo

com você, mas não sei se você está me perguntando para me testar ou se

você realmente me quer. Ofereci para você um boquete e você me rejeitou. Eu

não acho que poderia lidar com isso duas vezes em um dia. Então, eu vou

fazer o que você quiser. ― Ele me deu um sorriso selvagem e eu não tinha

certeza se o que eu disse estava certo, mas eu desconfiava que sim, já que ele

estava sorrindo.

― Fique nu e em suas mãos e joelhos. Tenho tempo para algum jogo

rápido.

― Ok, ― eu chiei e desci do seu colo. Arranquei minha roupa e fiz o

que ele pediu, me espalhando para ele. Claro que ele acabou reclamando sobre

o tempo que levou para eu me esticar e que se eu estivesse usando o plug

anal como ele queria, poderíamos já estar fazendo sexo. Mas ele tomou seu

tempo para me preparar. Isso tinha que significar alguma coisa.

― Implore para mim ―, ele exigiu enquanto brincava com seu pênis

em meu burado.

Eu estava ficando irritado com seu tratamento e retruquei.

― Talvez eu devesse fazê-lo implorar pelo uso da minha bunda? ― eu

joguei de volta enquanto o olhava por cima do ombro. ― Eu não me lembro

de você pedir ou oferecer sua bunda para mim. E que tal um obrigado por tudo

o que eu fiz hoje?

Ele levantou uma sobrancelha e se levantou lentamente, fazendo

disso um show. Peyton acariciou-se enquanto olhava para mim. Eu não sabia o

que aquilo significava ou o que ele queria que eu fizesse, então eu não fiz

nada, esperando por algum sinal. Eu descobri seu ponto uns minutos mais

tarde, quando ele grunhiu e gozou em toda a minha bunda.

Eu assisti em estado de choque quando ele terminou e colocou

novamente suas calças antes de virar e voltar a trabalhar. Que porra era essa?

Eu me levantei e peguei minhas roupas, saindo de lá com as pernas trêmulas.

Essa foi a sua maneira de dizer que ele não precisa de mim? Ou era o seu

ponto para dizer que eu não significava nada para ele?

Ele não precisava me lembrar disso. Eu sabia.

Chorei todo o caminho de volta para o meu quarto e me limpei. Então

fiz a única coisa que podia para tentar não irritá-lo mais... Voltei para a lista.

Liguei para o meu chefe e disse-lhe que o meu endereço mudou. Fiz a

entrada de dados para uma empresa médica. Médicos fariam gravações digitais

de notas para arquivos de pacientes e os enviavam para o meu chefe para

serem colocadas em arquivos nos lugares certos. Era um certificado

especializado, juntamente com a codificação médica e faturamento que eu

fazia, mas o salário era muito bom para alguém que não tinha um diploma

universitário.

Então eu chamei meu vizinho para quem eu tinha dado uma chave

reserva e perguntei quanto ele cobraria para arrumar todas as minhas coisas e

enviá-las para mim. Estremeci com o preço, sabendo que era ainda maior do

que se tivesse feito com profissionais, mas o cara não iria deixar nada quebrar.

Ele concordou em me enviar metade agora e metade depois que eu o pagasse.

Não havia muito disso depois de tudo.

Peyton apareceu na cozinha as sete em ponto para jantar com uma

lista de responsabilidades para a empregada. Eu tinha tudo pronto a tempo e

nós nos sentamos para uma refeição em silêncio. Eu estava morrendo de fome

e comi mais do que normalmente faria, principalmente porque eu não tinha

comido no almoço devido a lista que ele tinha me dado.

― O que? ― Eu perguntei quando ele olhou para mim enquanto eu

comia a minha segunda porção.

― Só queria saber se você está pensando em ficar obeso, agora que

você está acasalado? ― Eu notei que ele foi direto para obeso, ao invés de

gordo, porque provavelmente aos seus olhos eu já era gordo. Sim, eu era

robusto, a maioria dos shifters hipopótamos eram, mas eu ainda estava dentro

dos limites saudáveis.

― Por que você tem que ser tão cruel? ― Sussurrei quando abaixei o

meu garfo. ―Eu não tomei café da manhã e pulei o almoço tentando realizar a

sua lista e tudo o que eu tinha que fazer na minha vida, agora que eu me

mudei. E eu nunca me opus à mudança, porque eu me acasalei a você sem

pedir. Mas tínhamos que acasalar com alguém de qualquer jeito e estou

começando a pensar que você não era a pessoa destinada a este negócio de

merda. Eu sei que sou pesado, mas controlo o meu peso da melhor maneira

que posso.

Joguei o resto da comida no lixo e sai pelas portas traseiras. Eu

precisava de um pouco de ar. Olhei ao redor dos vários hectares e percebi que

tinha outro problema. Não havia nenhuma lagoa ou piscina, não havia água.

Um shifter hipopótamo sem água. Grande, apenas grande pra caralho.

Eu esperei até que soube que Peyton teria ido antes de voltar para a

cozinha. Foi chocante encontrar a mesa do jantar completamente limpa e os

pratos empilhados ordenamente na pia, onde havia uma nota.

Huck,

Desculpe-me por ferir seus sentimentos. Eu não estou acostumado a estar perto de

pessoas e isso tende a me perturbar, o que me leva a evitar. O jantar estava maravilhoso, melhor

do que qualquer cozinheiro contratado já fez para mim. Obrigado por seu tempo e esforço para

fazê-lo.

Por favor, me encontre no meu quarto as nove para que possamos ter o nosso sexo

diário antes de dormir? Prometo tentar ser melhor para você.

Peyton

Bem, isso foi um começo. Eu coloquei a nota de lado e rapidamente

lavei os pratos. Eu tinha pouco mais de uma hora para ficar pronto e decidi

estar tão atraente como possível para o meu companheiro. Primeiro, joguei

minhas roupas na secadora, e programei a limpeza a seco. Então tomei banho,

me certificando de lavar todos os lugares, e raspei minha virilha.

Eu poderia ter bunda suficiente para duas pessoas, mas isso não

significava que não me importava com a minha aparência. Estirei-me

completamente, tendo a certeza de que estaria pronto para ele entrar em mim

imediatamente, sem precisar de qualquer preparação.

Eram 08h55min quando bati na porta dele. Esperei até que ele me

disse para entrar e abri a porta, fechando-a atrás de mim.

― Eu aceito o seu pedido de desculpas ―, eu disse baixinho, não

tendo certeza se era uma boa ideia reconhecer a nota ou que ele fez alguma

coisa errada ― eu realmente estou tentando, Peyton. Há tantas maneiras que

eu posso dizer que sinto muito pelo que eu fiz e tentar fazer as pazes com

você.

― Eu sei disso, mas você tem que entender que estou tendo

problemas para perdoar você ―, ele respondeu. Ele estava de pé ao lado da

janela, gloriosamente nu, com os braços cruzados sobre o peito e com os

ombros tensos. ― Você tirou a minha escolha em uma das mais sagradas

ligações entre duas pessoas. Parte de mim quer ser cruel com você, Huck.

Uma grande parte de mim. Quero puni-lo pelo que você fez e feri-lo do jeito

que você me feriu ao me forçar a acasalar com você.

― Se não fosse eu, ia ser outra pessoa lá.

― Eu sei disso e percebi que estou descontando em você minha raiva

pelo que os anciãos fizeram. Eu só posso dizer que vou tentar fazer melhor,

mas há uma razão para que o Ancião Rice dissesse o que disse sobre mim. Eu

sou um rato bastardo e não sei ser de outra maneira. Eu vou te machucar e

você não vai sequer perceber que eu fiz algo errado. Eu apenas não sou como

as outras pessoas. Eu não sou caloroso ou gentil, eu apenas gosto de ser

responsável e exigente.

― Talvez isso possa mudar se eu puder te mostrar que vale a pena

me amar? ― Pelo menos eu esperava. ― Eu posso te ajudar Peyton, ser bom

para você, se você me deixar. Mas precisamos querer a mesma coisa para que

isso aconteça.

Ele balançou a cabeça e então se virou para mim.

― Vou tentar e isso é tudo que posso prometer. Eu não posso

desfazer o que fiz antes, e nem dizer que não vai acontecer novamente,

porque isso seria uma mentira. ― Eu senti seu olhar em mim quando ele se

aproximou. ― Eu gosto que você seja mais cheio. Odeio foder alguém com

uma bunda magra.

― Bem, fico feliz com isso, porque mesmo se eu morrer de fome a

gordura não vai embora. Acredite em mim, eu tentei, ― eu ri nervosamente.

― eu sou um shifter hipopótamo. Nós somos um grupo robusto.

― Você é mais baixo do que eu teria pensado para um shifter tão

grande ―, ele disse e continuou a se aproximar até que estava em pé na

minha frente.

― Sim, eu também acho isso decepcionante. ― eu olhei para ele,

adivinhando que sua altura era cerca de 1.97 para os meus 1.60.

Ele inclinou a cabeça e me estudou.

― Eu acho que gosto do quanto você é baixo. ― Uau, se isso fosse

sua idéia de um elogio, não é de admirar que ele assustasse toda a ajuda. Eu

levantei uma sobrancelha para ele, deixando-o saber que ele devia tentar

novamente. ― Eu gosto de olhar para você e te comer, ok? Leve o elogio e

não se apegue a ele.

― Doce falador ―, ele murmurei enquanto caia de joelhos. Ele sorriu

para mim quando o levei na minha boca. Peyton foi muito paciente, deixando-

me explorar e tentar levar mais dele em meu próprio ritmo.

― Chega ―, ele ordenou e se afastou. Ele se abaixou e me lavantou

em seus braços, me jogando na cama. Estremeci com a forma como ele era

forte, me atirando ao redor como seu eu não pesasse nada. Observei-o

enquanto ele engatinhava na cama para mim, parecendo um predador.

― Que tipo de shifter você é? ― eu perguntei enquanto ele abria

minhas pernas.

― Uma lhama.

― Eu não sabia que existiam shifters lhamas.

― Somos muito raros ―, ele respondeu e depois ergueu a mão para

me impedir. ― Você pode me fazer todas as perguntas que quiser no café da

manhã, mas agora não é o momento para falar. ― Eu balancei a cabeça

quando vi o que ele tinha na outra mão, lambendo os lábios e balançando a

cabeça. ― Bom companheiro.

― Eu tento, ― Engoli em seco quando ele acariciou meu saco. Então

eu gemi quando ele empurrou o vibrador com nervuras na minha bunda, sem

nenhuma provocação. Ele ligou e o rodou dentro de mim, atingindo minha

próstata a cada rotação. ― Por quê?

― Por que torturá-lo e lhe fazer feliz? ― Eu mal podia falar por causa

do prazer intenso, então assenti. ― Eu posso não ter muito dinheiro e conforto

para lhe oferecer, mas eu tenho minhas habilidades no quarto. Você é jovem e

disse que ainda não experimentou muita coisa. Apreciei o jantar, sentindo

como se o meu companheiro quisesse cuidar de mim. E agora quero cuidar de

você neste caminho.

E então eu vi. O flash de vulnerabilidade em seus olhos. Ele

provavelmente nem percebeu que ele fez isso, mas não olhou para baixo

quando mencionou o seu dinheiro. Eu tive a sensação de que as paredes de

Peyton se fecharam e a sua rudeza era a sua defesa contra as pessoas que o

usavam pelo seu dinheiro.

― Continue assim e eu vou fazer waffles para você no café da

manhã, ― eu ofereci.

Ele sorriu para mim, um sorriso verdadeiro, como se ele estivesse

realmente feliz.

― Junte algumas batatas fritas e café e eu vou lhe dar três orgasmos

alucinantes.

― Batatas fritas, não café. Essa coisa chamada cafeteira é muito

confusa para mim ― , eu admiti, gemendo quando ele virou o brinquedo para

cima. Ele se inclinou sobre mim para que seus lábios estivessem apenas

tocando os meus, mas não realmente me beijando.

― O café está em um temporizador para que você não tenha que

fazer absolutamente nada além de derramá-lo.

― Certo. ― Sorri para ele antes de gritar seu nome para o céu

quando ele bombeou o brinquedo dentro de mim. Eu gozei com tanta força que

pensei que chamar isso de orgasmo alucinante não lhe fazia justiça. E fiel à

sua palavra... Peyton me deu mais dois.

Capítulo 3

― Alguma coisa está queimando ―, Peyton gritou enquanto corria

para a cozinha. Levantei a cabeça e enxuguei meus olhos.

― Porra! ― Eu puxei a panela do fogão e só então a forma de waffle

começou a apitar. Eu rapidamente cuidei deles antes que eles carbonizassem

como as batatas.

― Que diabos, Huck? ―, Ele perguntou, jogando as mãos para o ar.

― Você poderia ter posto fogo na casa.

― Os detectores de fumaça nem sequer saíram. Não seja uma rainha

do drama quando estou fazendo café da manhã para você ―, respondi. ― Os

waffles iam demorar alguns minutos, então talvez eu possa ter adormecido por

algum tempo.

Ele me olhou com cuidado enquanto eu jogava mais batatas na

panela e colocava de volta no fogão.

― Você dormiu em pé, cozinhando o café da manhã?

― Sim ―, eu respondi com um bocejo.

― Hum, por quê?

Eu levantei uma sobrancelha para ele, irritado, e apontei para o

relógio.

― Você se levanta às cinco e meia da manhã. Isso significa que eu

tive que me levantar as cinco para fazer a comida. Eu não sou uma pessoa da

manhã e café faz mal ao meu estômago. Eu fiquei tão ocupado obtendo tudo

em sua lista que eu não comprei uma única coisa para mim, o que significa

que não há Mountain Dew1 nesta casa.

Virei de costas para ele e virei as batatas, sorrindo para o seu rosto

chocado. Sim, eu poderia ser espinhoso às vezes. Ou, neste caso, apenas

levantar para mim. Se eu tivesse a cafeína eu não teria tido a coragem de

fazer isso ou os meus instintos de auto-preservação teriam chutado dentro.

― Você não me disse que não era uma pessoa da manhã ―, ele

disse quando se sentou em um dos bancos no balcão.

― Ter o seu café da manhã pronto não está na minha lista?

― Não, provavelmente não. ― Pelo menos ele foi honesto.

― Bem, então coma. ― eu resmunguei quando joguei as batatas

fritas em seu prato, que já continha os wafles. Ele deslizou por cima do balcão.

Já havia talheres café esperando por ele.

― Você quer voltar para a cama?

― Sim. ― É claro que eu queria. Era a porra da madrugada e

nenhuma pessoa sã devia estar acordada tão cedo, em minha opinião. Em vez

disso eu puxei o último waffle da forma e a desliguei. Então lavei a panela,

guardei tudo, enfiei o waffle na minha boca e olhei para a minha lista. ― Vou

precisar das senhas das suas contas bancárias e qualquer outra informação

1 Mountain Dew ou "Orvalho da montanha" é um refrigerante não alcoólico, de característica cor verde-limão, diferenciado de outras bebidas, fabricada pela Pepsi nos EUA

para que eu possa lidar com essa pilha de contas.

― Eu pensei que você ia voltar para a cama?

― Você perguntou se eu queria. Eu quero, mas não posso, porque

preciso começar com essa lista, e a empregada vai estar aqui em algumas

horas.

― Será que um beijo de bom dia vai torná-lo menos ranzinza?

― Provavelmente ―, respondi olhando para ele. Ele estava olhando

para mim engraçado como se não soubesse o que fazer comigo. Peyton pousou

o garfo e se virou no banco para que eu pudesse chegar até ele. Aceitei seu

convite e fui até ele. Ele me puxou entre suas pernas e segurou meu rosto.

― O que mais está errado que você não está me dizendo? ―, Ele

perguntou em voz baixa, mostrando a bondade que eu não sabia que ele era

capaz.

Dei de ombros, me sentindo bobo.

― Nova casa, nova cama, não consigo encontrar nada, e eu não

tenho nada das minhas próprias coisas. Tudo é estranho. Acordei às duas da

manhã e havia ruídos novos que eu não consegui descobrir o que eram e por

isso eu não dormi muito.

― Mesmo depois da noite que tivemos? ― Ele sorriu largamente e eu

retribui o gesto.

― Eu vou superar isso e ficar bem. É realmente muito frustrante

quando você está tentando cozinhar e a cozinha é desconhecida.

― Você pode preenchê-la com Mountain Dew e então você estará em

casa. ― Ele estava brincando, mas foi realmente muito verdadeiro. Ele se

inclinou e roçou os lábios sobre os meus, devagar, muito suavemente. Coloquei

meus braços ao redor de seu pescoço e aprofundei o beijo.

― Eu vou sair e conseguir um plug hoje, ― eu ofeguei contra sua

boca quando nos separamos. ― Há qualquer coisa que você gostaria que eu

pegasse, enquanto estou na loja de adulto?

― Não, eu já encomendei mais cedo algumas coisas que eu pretendo

usar em você.

Eu tremi com a ideia enquanto suas mãos percorriam minha bunda.

― Eu odeio estragar o clima, mas há algo sério que eu preciso falar

com você. ― Sua expressão ficou fria quando ele se afastou de mim. Ele me

deu um aceno de cabeça duro, me dizendo para continuar. ― Eu preciso

encontrar água por aqui. Você não tem uma piscina ou qualquer coisa

parecida.

― Você pode encontrar outra maneira de se exercitar, além da

natação.

― Hum, não é para me exercitar, Peyton. ― Ele olhou para mim sem

expressão, nem mesmo tentando descobrir onde eu estava indo com a minha

linha de pensamento. Eu suspirei. Talvez ele só pudesse cuidar de mim nas

pequenas coisas. E esta não era uma delas. ― Eu sou um shifter hipopótamo.

Eu preciso de água.

― Use a banheira, ― ele estalou e se afastou de mim, virando e

voltando para o seu café da manhã. ― eu não estou colocando uma piscina,

porque você não pensou antes de acasalar.

― Ai, Peyton, ― eu sussurrei e me afastei ― eu não estou pedindo

para você colocar uma piscina para mim. ― Apesar de que seria tudo de bom.

― Eu estava esperando que você me deixasse comprar uma piscina infantil ou

algo assim. Eu preciso de algo um pouco maior que uma banheira, no mínimo.

― Tudo bem, pegue o que quiser, mas eu não estou pagando por

isso.

― Eu não pedi isso para você ―, eu disse calmamente. Mais uma

vez, teria sido bom se ele pagasse, porque eu não ia ser capaz de pagá-lo até

o meu próximo pagamento. Mas, novamente, eu não tinha mais que pagar

aluguel. Eu simplesmente não tinha o dinheiro agora, depois das despesas da

viagem à Escócia e do meu material enviado para mim.

Suspirei quando vi a tensão de volta em seus ombros. Ele estava

irritado e realmente não se importava em tentar ajudar. Eu tinha empurrado

muito longe e rápido e agora ele se fechou novamente. E agora eu não tinha a

energia para tentar trazê-lo de volta.

― As senhas estão no caderno que eu escrevi para você ―, ele disse

quando terminou seu café da manhã. Ele se levantou e começou a sair,

parando para reabastecer sua caneca de café. Então ele me chocou vindo para

onde eu estava olhando as contas e beijou meu rosto. ― Esse foi um dos

melhores cafés da manhã que eu já tive. Por favor, pegue seu Mountain Dew

para que você não queime a minha casa.

― De nada ―, eu ri quando ele se virou e saiu. Que homem

estranho. Eu peguei o seu laptop extra, que ele disse que eu poderia usar. Eu

tinha o meu próprio, mas não tinha visto a necessidade de levá-lo comigo para

a Escócia. Uma vez que eu estava online entrei em seu banco e em suas

contas. Desviei o olhar quando e agarrei meu peito quando seu saldo

apareceu. ― Santo merda.

Olhando para trás, eu pensei que talvez tivesse lido o número errado.

Nope. Peyton tinha o suficiente em suas contas para comprar sua própria ilha.

E eu duvidava que esta fosse a única conta que ele tinha. Agora eu tinha

outros problemas do que apenas pagar suas contas em atraso. Elas não

estavam atrasadas porque ele não tinha o dinheiro, mas porque, obviamente,

ele não queria pagá-las.

O que mais ele não queria fazer que ele confiava a outra pessoa?

Inferno, ele mal me conhecia e me deu suas senhas como se não fosse nada.

Bem, eu era seu companheiro, mas ele não sabia se eu era ou não um ladrão.

Será que o seu último assistente tinha as suas senhas?

Eu rapidamente rolei a tela através dos seus lançamentos recentes e

vi que havia alguns milhares de dólares retirados enquanto estávamos voando

para casa. Então ele não poderia ter feito. Anotei os lançamentos e corri para

seu escritório.

― Peyton, por favor, não me ignore agora ―, eu rosnei depois que

bati na porta e não obtive resposta. Abri e nem sequer vacilei com o olhar puto

que ele me deu. ― Alguém transferiu o dinheiro de uma de suas contas

enquanto estávamos no vôo para casa. Quando foi a última vez que você

mudou suas senhas? Quem tem acesso a essas informações?

― Eu não acho que alguma vez mudei as senhas ― , ele respondeu,

piscando para mim em choque. ― Meus assistentes sempre faziam essas

coisas.

― Então, o último tem acesso a elas? ― Como ele podia ser tão

estúpido?

― Provavelmente, os últimos, porque não acho que alguém tenha

mudado desde Hank e eu tive três ou quatro assistentes depois dele.

― E há quanto tempo foi isso?

― Eu não consigo manter um por mais de um mês.

― Peyton! Eles provavelmente estão roubando você há meses! Você

quer que eu chame a polícia? Eu posso imprimir todas as transferências e nós

podemos descobrir as que você não autorizou e...

― Por que você é tão protetor com o dinheiro? ― Ele rosnou,

atirando punhais para mim. ― Não é o seu dinheiro.

― Eu sei disso, ― susurrei, me afastando dele enquanto balançava a

cabeça.

― Então, por quê? ― , Ele repetiu com raiva, enquanto se elevava

sobre mim.

― Eu não dou a mínima para o seu dinheiro, Peyton. Obviamente

você tem mais do que suficiente se você pode se dar ao luxo de ser

imprudente com ele. Eu me preocupo porque essas pessoas estão se

aproveitando do meu companheiro e isso me irrita!

― Por quê? ―, Ele perguntou de novo, seu tom de voz mudando

para algo mais suave, quase curioso. Ele me olhou por cima, como se eu fosse

um quebra-cabeça que ele não conseguia entender.

― É como tentar explicar a neve para alguém que só viu chuva ― ,

murmurei, sacudindo a cabeça de novo. ― eu vou pagar as contas e alterar as

senhas, mas se você quer o seu dinheiro protegido passe a fazer você mesmo.

Faça a sua própria merda. Eu não vou ser mordido porque me importo.

Saí do escritório, batendo a porta mais duro do que precisava. Eu não

poderia ajudá-lo. Eu tentei ser bom e ele era como um animal selvagem que

não conhecia as regras de uma casa ou como ser civilizado.

― Em algum momento eu vou chegar ao meu limite, e realmente

lamentar tê-lo encurralado e acasalado com ele contra a sua vontade, ― eu

murmurei para mim mesmo. Quem eu estava enganando? Eu nunca faria isso.

Eu continuaria tomando e aceitando a sua merda porque era isso que eu fazia.

Minha família sabia. Eu tinha amigos que eu evitava porque sabiam.

Eu era um capacho que levaria um quilo de merda das pessoas por

apenas um pouco de atenção. Na minha cabeça era assim que eu estragava

tudo. Anos sendo colocado para baixo por todos, mesmo pelas pessoas que

deveriam me amar, não importava o que, sempre os levavam a isso.

No tempo em que eu paguei todas as contas atrasadas, as coloquei

em débito automático e mudei suas senhas, já era a hora da empregada

chegar. A campainha tocou quando eu estava fechando o laptop e fui até a

porta da frente com um suspiro. Talvez agora que eu ia ter alguma ajuda para

cuidar do meu companheiro e das responsabilidades que veio com ele, eu

poderia obter algum do meu trabalho feito.

Mostrei-lhe a lista e apontei para onde ficava o escritório de Peyton,

especificando para não incomodá-lo, mesmo que a casa estivesse pegando

fogo. Então eu a deixei e sai correndo para a loja para adquirir meus próprios

suprimentos.

Uma vez que eu estava em casa, e se eu fosse honesto, ainda não

era a minha casa, eu comecei a trabalhar. Tive a certeza de estar na cozinha,

de modo que a empregada pudesse me encontrar e eu não me esquecesse de

fazer o almoço para Peyton.

O homem gostava de seus horários programados, isso era certo.

Exatamente a uma da tarde, ele estava na cozinha para a sua refeição. Servi-

lhe o seu sanduíche em silêncio, comendo o meu próprio enquanto continuei a

trabalhar.

― Você ainda está pagando as contas ―, questionou.

Fiz uma pausa na gravação que estava ouvindo, mas não olhei para

ele. ― Não, eu estou fazendo o meu próprio trabalho. Eu paguei as contas e

resolvi tudos antes da empregada chegar aqui. ― Eu arranquei uma página do

caderno que ele me deu e entreguei para ele. ― Aqui está a nova senha e eu

coloquei em debito automático todas as suas contas. Você contratou idiotas

como assistentes porque isso era tudo o que precisava para se certificar de que

suas contas sejam pagas a tempo.

― Você tem um emprego? ― Eu podia ouvir o choque em sua voz e

ele me olhava como se tivesse crescido uma segunda cabeça.

― Sim, é assim que eu pago as coisas, como o aluguel, ― eu

respondi, cheio de sarcasmo.

― O que você faz?

― O que você faz? ― Retruquei. Não é como se nós tivessemos tidos

tempo de nos conhecer.

― Eu tenho um estúdio de animação. Na verdade sou só eu, mas eu

trabalho mais rápidos que os humanos de modo que tecnicamente eu assumo

funções suficientes para ser um estúdio completo.

― Você faz filmes infantis? ― Eu não poderia estar mais chocado do

que se ele tivesse me dito que ele fazia filmes pornôs gays. Este homem

cínico, cansado, antissocial levava alegria para os filhos das pessoas? Sai fora!

― Sim. Eu tenho desenhado por alguns milhares de anos, por isso

parecia ser o passo seguinte, quando a tecnologia evoluiu dessa maneira. ―

Ele deu de ombros e voltou para a sua comida.

― Isso é muito legal. Será que eu já vi alguma coisa que você fez?

Agora, ele olhou para mim como se eu fosse louco.

― Como eu poderia saber o que você já viu?

― Certo, pergunta estúpida. ― Eu concordei. ― Você já fez algum

filme de grande nome?

― Sim. ― Uau, era maravilhoso conversar com ele. Fiz um gesto

para ele entrar em detalhes. Ele fez e eu fiquei chocado de quantos títulos eu

conhecia2. Vai entender né? Estar fechado e recluso o ajudou a fazer toneladas

de filmes para o mundo do entretenimento. Eu estava tão envolvido nesse

pensamento que perdi o que ele me perguntou, até que ele repetiu

novamente. ― O que você faz?

― Entrada de dados e digitação, ― eu murmurei, envergonhado por

ter um trabalho tão mundano enquanto o dele era tão legal.

― Ah bom ―, disse ele alegremente, dando-me um sorriso real. ―

Meu assistente digitava notas para mim. Estou feliz que você sabe como fazer

isso.

― Mais alguma coisa que eu posso fazer por você? ― eu fervia de

raiva e peguei meu prato, já perdendo a fome.

― Eu lhe dei uma lista, Huck ― , ele respondeu, piscando para mim

como se não tivesse entendido o que eu lhe perguntei.

― Sim, uma lista que você continuar a acrescentar mais coisas ―,

eu disse com um suspiro, esfregando as mãos sobre meu rosto depois de

colocar o meu prato na pia. ― eu sou apenas um, Peyton. Você quer que eu

seja seu chef pessoal, garoto de recados, assistente pessoal, assistente e

agora trabalhe para você. É isso que ter um companheiro significa para você?

― Bem, e nós temos o sexo também. ― olhei para ele por um

momento, perguntando se havia uma piada esperando por mim.

― Merda, você realmente fala sério, não é? ― , Sussurrei, querendo

chorar de como mal isso realmente foi.

2

― Claro que eu falo ―, ele respondeu, ficando chateado. ― Por que

eu iria mentir sobre uma coisa dessas?

― Eu esperava que você estivesse fazendo uma piada! ― joguei

minhas mãos no ar, exasperado.

― Por que isso seria engraçado, Huck?

― Porque, se isso é tudo que você pensa que um acasalamento é

meu companheiro querido, então você não teria que fazer o mesmo por mim?

Devo começar a lhe dar listas de como me ajudar? ― Eu o vi recuar pela ideia

e isso era resposta suficiente.

― Exatamente. Você sempre vê todas as maneiras de como pode me

usar porque tem essa ideia distorcida do que um companheiro realmente é.

Mas eu vou te dizer uma coisa a respeito de como um companheiro deve ser

que vai acabar com suas teorias, Peyton.

― E o que seria isso? ―, Ele perguntou sombriamente. Obviamente

eu o empurei muito longe novamente, mas naquele momento, ele não poderia

dar uma foda por isso.

― Igual ―, gritei enquanto pegava minhas coisas. Eu não poderia

estar na mesma sala que ele depois disso. ― Companheiros devem ser iguais.

Um não é o chefe do outro. Encontrar um companheiro não é o mesmo que

pegar um novo escravo.

― Eu não poderia estar mais de acordo, se a pessoa escolher um

companheiro que ama. Eu tive você como meu companheiro contra a minha

vontade ―, ele disparou de volta.

Eu balancei minha caabeça, a dor invadindo o meu peito como eu

nunca tinha sentido antes.

― Eu já pedi desculpas por isso, Peyton. Espero que você pegue isso,

pois eu não estou mais disposto a dizer que sinto muito.

― E o que virá a seguir? ―, Ele provocou me dando aquele olhar

sarcástico, arrogante e distante novamente.

― Ódio, Peyton. Então eu vou apenas odiar você ―, eu respondi e

sai. Eu não podia lidar com ele naquele momento e ele tinha muito a ser feito

para deixá-lo me provocar para a luta. Encontrei um local tranquilo na

biblioteca e voltei a trabalhar.

As cinco a empregada me encontrou e descreveu tudo o que tinha

conseguido fazer. Eu agradeci e montamos uma programação as segundas,

quartas e sextas, por pelo menos um mês. Poderíamos discutir um horário

normal após a casa ter uma boa limpeza. Na verdade não estava nojento ou

qualquer coisa, mas tinha sido dolorosamente óbvio que ninguém tinha

remotamente olhado em, pelo menos, um mês, talvez mais.

Sai da biblioteca, suspirando em derrota quando percebi que era hora

de fazer o seu jantar. Ele não queria vê-lo novamente hoje, muito menos ter

sexo porque tinha que fazer. Acho que não recebi nada do que eu queria hoje.

Nós tínhamos concordado com nove horas da noite novamente, ou

melhor, ele me disse para estar no seu quarto às nove. Eu mal tive tempo para

um banho ou a energia para me estirar. Depois de fazer o jantar, ainda tive

que limpar tudo e ligar os aspersores. O temporizador sobre eles estava

quebrado e Peyton não sabia como concertá-los ou como obtê-los fixados.

Acrescentei isso à lista de amanhã.

E eu ainda tinha meu próprio trabalho para terminar e tinha que fazer

algumas horas extras, precisando do dinheiro. Até o momento em que cheguei

ao meu quarto, tudo o que eu queria fazer era dormir. Eu estava acordado a

mais de quinze horas seguidas. Ontem tinha sido 12 horas e antes disso foi a

viagem de ida e volta para a Escócia.

Em outras palavras, eu estava exausto de uma maneira que nunca

tinha estado antes.

Eu bati em sua porta e caminhei direto para dentro do quarto, sem

nem sequer encontrar o seu olhar enquanto subi na cama e fiquei em posição,

debatendo se as regras dos anciãos para o acasalamento ainda valeriam se eu

caísse no sono durante a consumação, durante o sexo. Provavelmente não,

certo?

― É isso? Nenhuma saudação ou algo assim? ― Peyton parecia

chateado. Comovente! ― E o sexo oral que eu gosto?

― Venha aqui e o enfie na minha boca, se você realmente quer isso.

Eu não tenho a energia. Podemos acabar logo com isso para que eu possa ir

para a cama?

― Uau, isso é convidativo, ― ele resmungou enquanto subia na

cama. ― E eu que pensei que você ia obter um plug como eu pedi?

― O que você quer de mim, Peyton? ― eu sussurrei enquanto as

lágrimas que eu tanto lutei contra o dia todo para deixar cair queimaram

novamente. ― Você sempre me diz que você não me quer como seu

companheiro. Estou sempre tentando te agradar enquanto você só grita

comigo, a não ser quando estava batendo dentro de mim. Eu estou

arrebentando minha bunda para ajudá-lo e tentar me desculpar, inclusive

deixando de lado meu próprio trabalho e me mudando para cá. Eu estou

exausto e meus sentimentos feridos. Eu não me sinto bem para o sexo, então

vamos acabar logo com isso.

― Bem, então corte seu trabalho e seja apenas o meu companheiro

―, respondeu ele com um suspiro como se um tolo teria sabido a resposta.

― Certo ― , eu zombei, virando para lhe atirar punhais com o olha.

― Porque depois da maneira como você surtou sobre o dinheiro isso seria

simplesmente idiota da minha parte. Você explodiu comigo só pela ideia de me

conseguir uma piscina infantil, porque eu sou um hipopótamo. Eu não vou ser

mantido pelos quatro anos, tendo que correr para você a cada pequena coisa

que eu precisar. Eu prefiro me matar satisfazendo suas exigências impossíveis,

obrigado.

― Olha Huck, eu estou...

― Assim não ―, eu sussurrei e voltei para a posição em que eu

estava, em minhas mãos e joelhos. ― Não diga isso, porque amanhã você irá

agir novamente da mesma forma comigo. E mesmo dando-me uma minúscula

quantidade de esperança de que as coisas vão melhorar é muito cruel. Eu vou

descobrir como fazer tudo e estabelecer um ritmo. Mas, por agora, estou muito

cansado. Por favor, podemos apenas fazer isso?

― Tudo bem ―, ele murmurou, seu tom parecendo quase triste.

Bem-vindo ao meu mundo! Ele beijou as minhas costas e depois o meu

pescoço antes de beijar a minha bochecha. Sua mão se moveu sob a minha

cabeça, a levantando.

― Não, não esta noite, quando estou chateado. ― eu não podia

beijá-lo logo em seguida. Eu simplesmente não conseguia. ― Por favor,

Peyton? Por favor, apenas não, ok?

― Eu estou tentando fazer as coisas melhor, Huck.

― Só me leve antes de eu dormir ― , eu murmurei, enterrando meu

rosto no travesseiro e empurrando minha bunda para o alto. Ele suspirou e

então tornou a respirar profundamente. Por que ele estava tão chateado?

Eu gemia enquanto ele entrava em mim, seu pau batendo em todos

os lugares dentro de mim. Peyton levou as coisas devagar, levando seu tempo

comigo, o que quase doeu mais do que se ele tivesse feito duro e rápido.

Então, quando eu comecei a chegar perto, ele estendeu a mão e me acariciou.

Isso era outro teste? Era mais um dos seus jogos mentais? Ou será

que amanhã ele apenas ia deixar esse sentimento de se importar longe? Eu

não sabia, mas isso apenas foi acrescentando, de forma que eu me senti mais

cansado e confuso.

Mas eu sabia que não era verdade. Eu não tinha nenhuma

importância para ele.

Capítulo 4

Na semana seguinte, quase não falamos um com o outro. Era a lua

de mel dos meus sonhos. Ceeertoo. Peyton tentou algumas vezes me fazer

falar com ele, mas depois de algumas respostas de uma só palavra, ele se

cansou. Tivemos sexo todas as noites às nove horas em ponto e ele não tentou

me beijar novamente. Era horrível. Era como uma grande montanha-russa, um

rolo que eu não sabia como sair dele.

Eu suspirei quando meu telefone tocou, esperando que não fosse o

meu chefe reclamando sobre a quantidade de horas extras que eu estava

fazendo. O trabalho estava parado na minha fila, então tecnicamente ele

poderia fazer isso se quisesse. Ele não gostava de ter que me pagar por isso.

― Olá? ― Eu respondi, colocando no viva-voz para que eu pudesse

trabalhar no jantar ao mesmo tempo.

― Huckleberry Ike? ― Uma voz profunda perguntou.

― Sim, sou eu. Quem está falando? ― eu realmente esperava que

não fosse nenhum advogado. Incomodava-me quando alguém que eu não

conhecia tinha o meu número de celular pessoal.

― É o Ancião Rice. Como você está, filho?

― Oh, Olá, Ancião Rice. Eu estou bem. Como você está? ― Eu olhei

para o telefone como se fosse uma cobra viva. Como ele tinha conseguido o

meu número? E para que diabos o ancião dos herbívoros estava me

chamando?

― Você não parece bem Huckleberry ―, ele disse com cuidado,

provavelmente cavalheiro demais para me acusar de mentir. ― Você pode me

dizer a verdade, se as coisas não estiverem indo bem.

― Nós estamos bem, Ancião Rice, ― eu menti através de meus

dentes. ― É que tem sido um longo dia. Meu material chegou hoje então

estou exausto com a arrumação das minhas coisas.

― Então, Peyton tem sido bom para você? Você pode me dizer se o

acasalamento não estiver sendo fácil, tudo bem.

― Nós tivemos algumas desavenças ― , eu respondi, limpando a

mão em uma toalha e inclinando-me mais perto do telefone. ― Mas ele é

muito educado comigo. Ele está tentando muito duro, ancião. Ser acasalado

sob estas circunstâncias não é fácil. ― Fiz uma pausa, pensando sobre o que

dizer para desligar o telefone antes que ele me pegasse em uma mentira. ―

Eu estou feliz que me acasalei com ele e essa é a verdade. Minha vida está

bem melhor do que era antes do encontro na Escócia.

― De verdade? Você não tem que esconder de mim o que sente ―,

ele disse lentamente, como se estivesse tentando esconder seu choque.

― Sim e cada dia é melhor que o anterior. ― Bem, isso era verdade,

mas não da maneira que eu tinha certeza que ele iria levar. ― Nós cuidamos

um do outro e vejo esta relação se tornando duradoura. Agradeço por me

verificar, mas não há realmente nada para você se preocupar.

― Peyton está aí agora? ―, Ele sussurrou. Eu não pude deixar de rir.

― Não, ele está em seu gabinete de trabalho, enquanto estou

fazendo o jantar. Ele adora a minha comida e eu acho que é bom ter alguém

para apreciar o meu esforço. Cozinhar para uma pessoa só sempre me pareceu

um desperdício de tempo.

― Ok, bem, se você tem certeza de que está bem.

― Eu estou ancião. Se alguma coisa mudar prometo te ligar.

― Tudo bem então. Estou surpreso, mas se coisas alegres estão

acontecendo para você. ― Dissemos nossas despedidas e terminei a chamada.

Olhei para o telefone por um momento antes de virá-lo sobre a mesa para

terminar de pensar no que tinha acabado de fazer.

― Caramba! Eu menti para um ancião, ― eu sussurrei enquanto

todas as emoções que estava sentindo balançaram contra mim. Cobri o rosto

com as mãos e deixei escapar um soluço sem palavras enquanto caía no chão.

As lágrimas que eu tinha lutado para não derramar toda a semana que passou

vieram em uma corrida quando eu puxei meus joelhos no meu peito.

De repente, braços fortes me cercaram e eu soltei um grito. Me movi

tão rápido por causa da surpresa que bati minha cabeça sobre o armário da

cozinha. Mas era Peyton. Olhamos um para o outro por um momento, minhas

lágrimas ainda caindo.

― Por que você mentiu para ele por mim? ―, Ele sussurrou

enquanto empurrava meu cabelo da minha testa. ― Por que você apenas não

foi honesto com ele para ficar longe de mim?

― Eu não quero que você fique em apuros, ― eu soltei, fechando os

olhos para o quão estúpido isso soou. ― Você é meu companheiro e é o meu

trabalho estar ao seu lado.

― Mesmo enquanto eu não estou ao seu, embora ―, ele admitiu,

seu tom de voz cheio de temor. Eu não sabia o que dizer sobre isso, então dei

de ombros e comecei a me afastar dele. Em vez disso, ele estava do meu lado

em um flash, embalando meu rosto em suas mãos. ― Ninguém nunca me

defendeu antes ou esteve do meu lado. Você me confunde e me faz sentir

coisas que eu não sei como lidar. Mas eu estou feliz que você me escolheu

também, mesmo que eu não tenha a menos ideia do caralho de como mostrar

isso a você.

Eu não tive nem tempo para pensar em uma resposta, muito menos

dizer algo antes dos seus lábios estarem nos meus. Eu me derreti contra ele,

deixando-o me consumir com o beijo. Afastei-me quando senti minhas roupas

sendo arrancadas do meu corpo. Eu estava prestes a dizer não quando Peyton

falou primeiro.

― Eu te quero tanto, Huck ―, ele sussurrou, os olhos dardejando

entre os meus, tão inseguro de si mesmo.

― O que? ― Eu engasguei. Eu nunca tinha o ouvido falar isso antes.

― Eu quero. Não é só porque nós temos que ter sexo ou porque

gosto de fazer sexo com você. Eu quero você. Quero ser conectado a você e

senti-lo como ninguém mais pode. Quero te fazer feliz e quero que você grite o

meu nome como fez na primeira noite. Eu quero a felicidade em seu rosto

novamente e quero saber que fui eu que a coloquei lá.

O que alguém diz sobre isso? Especialmente alguém como eu, que

ansiava deseperadamente carinho?

― Sim.

― Sim? ― Ele procurou em meus olhos e esperou até que eu assenti.

― Sim.

― Bom.

Ele me levantou do chão e em seus braços, beijando-me novamente

enquanto me levava até as escadas e para o seu quarto. Quando estávamos lá,

ele me deitou suavemente na cama.

― O que... ― eu comecei a perguntar, não tendo certeza do que ele

ia me dizer quando ele me interrompeu, balançando a cabeça.

― Deixe-me tomar conta de tudo, meu companheiro querido ―, ele

sussurrou. Eu balancei a cabeça e relaxei na cama. Peyton tirou minha camisa,

beijando minha pele exposta quando fez. Então ele fez o mesmo com as

minhas calças, gemendo quando viu que eu não estava usando cueca. Tenho

certeza que ele achou que era sexy. Eu não tive coragem de dizer a ele que era

porque estava muito ocupado para lavar a minha roupa.

Por que arruinar seu humor?

― Você estava usando este plug o dia todo? ― Ele olhou para o meu

rosto, enquanto mexia nele, espalhando mais as minhas pernas.

― Eu pensei que se estivesse com ele hoje à noite e você visse que

eu estava te obedecendo, isto poderia ajudar a consertar as coisas. ― Ele

franziu a testa e eu não sabia o que tinha feito de errado.

― Eu sinto muito. Estou tão triste, Huck. Eu não tinha percebido que

isso era minha culpa, até que ouvi você mentir para Rice sobre como as coisas

estavam. Então, foi como se alguém abrisse as cortinas e eu pude ver o

quanto eu fui um diota.

― Está tudo bem. ― Eu balancei a cabeça enquanto ele se moveu

entre as minhas pernas e puxou o plug. Eu gemi quando ele mergulhou no

meu corpo disposto.

― Não, não está. Eu estava tão envolvido em minha indignação por

ter minha escolha sobre o acasalamento tirada de mim, por ter um

companheiro, e ter que conviver com alguém que eu não queria que eu não

tive noção de que também estava tirando as suas escolhas. Eu tenho sido um

vilão bem pior do que você jamais poderia ter sido e eu não estava drogado.

― Então você finalmente me perdoa? ― Eu perguntei, sentindo

medo e esperança bem no fundo do meu intestino.

― Sim, Huck. Cem vezes sim, eu te perdôo. Vou fazer as pazes com

você agindo diferente, de modo que você possa me perdoar um dia também.

― Se você só me deixar entrar e realmente esquecer o que eu fiz,

então não há nada a perdoar ― , eu respondi, dando um salto de fé. ― Eu só

quero que seja real Peyton. Eu não quero manter a pontuação de quem erra

mais com o outro.

― Eu não mereço você, mas eu vou mantê-lo de qualquer maneira

―, ele sussurrou enquanto as lágrimas brilharam em seus olhos. Ele piscou

rapidamente e, em seguida, enterrou o rosto no meu pescoço enquanto me

levava lentamente. ― Eu não posso ir mais rápido desta vez como quando fiz

você gritar. Eu preciso ser gentil com você. Eu não tenho certeza de como ser,

mas eu quero ser. Isso faz sentido?

― Sim. Eu quero lento também, ― ofeguei, envolvendo meu corpo

em torno dele. ― Faça amor comigo, Peyton, não apenas transe comigo neste

momento.

― Eu vou tentar. ― Ele moveu a mão no meu corpo e na minha

bunda, me ajudando a levantar para que ele pudesse ir mais fundo. Eu gemi e

arqueei as costas, tentando ainda mais. Peyton levantou a cabeça e olhou para

mim. ― Você é tão lindo.

― Não, eu não sou ― , eu neguei, balançando a cabeça. ― Eu sou

gordo e simples. Como minha mãe sempre disse, e sempre sou ignorado. Eu

nunca me destaquei em nada.

― Você se destacou para mim. Você fez isso antes mesmo de sermos

acasalados ―, ele admitiu, suas bochechas esquentando. ― Eu vi você na

conferência quando chegamos. Você estava dançando pelo corredor, ouvindo

música enquanto olhava o seu quarto. Então eu fui atraído para você, sua

aparência e sua energia. Eu até dei alguns passos em sua direção, antes

mesmo que eu percebesse que estava fazendo isso.

― Por que você não me disse isso? ― Eu perguntei, congelando

meus quadris até que ele percebeu e parou.

― Porque fazia séculos desde que alguém tinha me afetado assim e

eu não gostei da maneira de como isso me fez sentir. Fiquei preocupado. Eu

me preocupava de que você iria acabar sendo outra pessoa que iria me querer

pelas razões erradas e quebrar meu coração depois de andar em cima de mim

como o resto. Eu não queria deixar ninguém entrar novamente, Huck. Eu me

machuquei muito ruim no passado.

― Eu não quero você por causa do seu dinheiro. Eu não sabia sobre

isso ou me importei quando eu descobri ― , admiti, vendo que precisávamos

tirar isso do caminho. ― Eu simplesmente vi alguém lindo na minha névoa

hiper-drogada e saltei em você. Tudo o que eu queria era o seu corpo. ―

Balancei as sobrancelhas até que ele sorriu.

― Eu acredito em você, mas isso não significa que você não vai

quebrar meu coração.

― Você poderia facilmente quebrar o meu, Peyton. ― Ele balançou a

cabeça e eu me atirei de encontro ao seu corpo. Ele pegou a sugestão e

começou a se mover novamente.

Nós não falamos mais, nossos corpos dizendo tudo o que

precisávamos. Eu nunca tinha experimentado nada parecido com o que nós

compartilhamos em sua cama naquela noite. Ele olhou em meus olhos o tempo

todo e nós gozamos juntos como se fôssemos um. Foi incrível, fantástico, e

muito mais do que eu poderia ter esperado.

Agora, se pudéssemos apenas não voltar para a forma como as

coisas eram amanhã eu seria um homem feliz.

Na manhã seguinte acordei na minha cama com um bilhete dizendo

para eu tirar o dia de folga, que Peyton iria lidar com tudo. Olhei para o meu

telefone e engasguei quando vi que eram dez horas da manhã. Ele tinha

desligado o meu alarme?

― Oh não, a empregada está vindo hoje ―, sussurrei em horror.

Puleu da cama e rapidamente escovei os dentes, ignorando a minha aparência

ou que estava vestindo apenas calças de pijama. Correndo para baixo, eu

queria bater a cabeça contra a parede quando ouvi vozes furiosas.

― Por que você não pode simplesmente limpar essa bagunça? ―

Peyton gritou em desespero. ― Eu já disse que estou arrependido por ter feito

isso, mas você é a empregada, por isso não é o seu trabalho limpar?

― E eu estou dizendo a você que me foi dito para apenas receber

ordens e orientações do Sr. Ike e ele me disse que sempre iria lidar com o

trabalho na cozinha, assim eu nunca precisaria lidar com você ―, ela retrucou.

― Eu estou aqui, estou acordado ―, eu disse rapidamente enquanto

corria entre os dois. ― eu sinto muito, Christy. Peyton estava tentando ser

gentil e me deixar dormir um pouco mais. Por favor, não fique brava com ele.

Nós não planejamos isso de modo que eu não pude atualizá-lo sobre o que

precisa ser feito.

― Bem, isso foi legal da parte dele ―, ela falou, olhando-me com um

sorriso. ― Você fica bem descansado.

― Ele fica ― Peyton respondeu e me puxou de volta contra seu

peito. Suas mãos corriam sobre meu corpo territorialmente e Christy só me

deu uma piscadela.

― Você quer que eu limpe isso, Sr. Ike? ― , ela perguntou,

apontando para a cozinha. Minha boca se abriu em choque. Era como se uma

bomba recheada com comida tivesse explodido!

― Hum, como isso aconteceu? ― Olhei para Peyton e sorri quando

ele corou.

― Eu disse que não sabia cozinhar. Eu deveria simplestemente ter

pegado cereais e levado para você, para um café da manhã na cama.

― Eu vou limpar isso, Christy, ― eu ri, balançando a cabeça. ― Você

pode ir em frente com a lista que você está trabalhando.

― Como você quiser. ― Ela praticamente saiu correndo da cozinha

antes que eu mudasse de ideia, parecendo bastante aliviada.

― Você está bravo? Eu só pedi para ela me ajudar ―, ele disse, e eu

podia praticamente ouvir o beicinho em seu tom.

― Não, eu acho que é muito doce que você tentou me fazer o café

da manhã, ― eu ronronei enquanto girei em seus braços e caí de joelhos. ―

Quer que eu te mostre o quanto isso significou para mim?

― Hoje era para ser tudo sobre você. ― Ele mordeu o lábio e

assentiu. ― mas eu teria que estar louco para deixar passar o que você está

oferecendo.

― E nós dois sabemos que você não é louco.

Meu companheiro se encolheu com a palavra e eu me perguntei se

havia algo que ele não estava me dizendo. Decidi que essa era uma conversa

para outro dia. Despi suas calças e o levei na minha boca, sugando-o com tudo

o que eu tinha.

― Eu nunca tive um boquete tão entusiasmado como esse antes. ―,

ele elogiou enquanto seus dedos corriam pelo meu cabelo. ― É

impressionante como você aprendeu rapidamente a tirar mais de mim, Huck.

― Não foi a melhor conversa de travesseiro, mas era um elogio e ele estava

tentando. Eu tomaria qualquer um que viesse dele.

Ele gozou com um grunhido, atirando profundamente em minha

garganta. Quando ele estava gasto, caiu para trás em uma das cadeiras de

mesa da cozinha e me puxou para o seu colo.

― Eu quero dizer algo, mas não sei como e não quero te ofender ―,

ele falou enquanto segurava meu rosto. Eu balancei a cabeça para ele ir em

frente. ― eu percebi que você ainda não comprou a sua piscina e você disse

que precisava de uma. Eu poderia comprá-la para você, como um

agradecimento por toda a ajuda que você me deu? Pensei em lhe pagar como

eu faria com um assistente normal, porque você está fazendo tudo o que eles

fizeram no passado. Mas eu não sei se isso seria grosseiro.

Eu procurei em seu rosto, vendo apenas o desejo honesto de ser

bom, e acenei com a cabeça.

― Eu adoraria um presente tão amável do meu companheiro. Eu

estava esperando meu próximo salário para obtê-la. Mas me pagar por todo o

resto não é necessário. A casa em que vivemos é sua, você compra os

mantimentos, e paga a empregada. Eu estou mais do que disposto a ajudar e

trabalhar como uma equipe para manter a nossa vida funcionando. ― Levantei

a mão quando ele foi falar. ― Dito isto, eu apenas gostaria de uma pausa de

vez em quando.

― Ontem à noite, depois que fizemos amor, quando você disse que

deveríamos pedir pizza ao invés de eu cozinhar, isso significou muito para mim.

Seria bom se pudéssemos pedir para entregar comida ou sair para jantar

algumas noites por semana. E eu preciso que você pare de assumir que o meu

tempo é seu para o que você precisar. Eu estou bem com as listas, se você me

pedir, por favor, quando quiser que eu lide com as coisas para você.

― Eu posso fazer isso ―, ele concordou. Em seguida, franziu a testa.

― Só não me faça ir a restaurantes. Eu odeio sair em público.

― Por quê? O que você não está me dizendo, Peyton? ― Eu

perguntei suavemente. Se houvesse uma razão que o fazia agir dessa maneira,

além de apenas ter sido ferido no passado, era a minha vez de saber sobre ela.

― Você disse que sabia que eu não era louco, mas eu sou ―, ele

sussurrou enquanto abaixava a cabeça de vergonha. ― Eu tenho TOC3 e não é

um caso leve. Sempre que há alguma mudança na minha vida, eu surto e me

torno tão furioso que é difícil de controlar.

― Como conseguir e ter que manter um companheiro que você não

pediu ―, eu disse suavemente, algumas das peças se encaixando.

― Sim. Ou as pessoas entrando em meu escritório, meu espaço, ou 3 O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é um transtorno de ansiedade caracterizado por pensamentos obsessivos e compulsivos no qual o indivíduo tem comportamentos considerados estranhos para a sociedade ou para a própria pessoa; normalmente trata-se de ideias exageradas e irracionais de saúde, higiene, organização, simetria, perfeição ou manias e "rituais" que são incontroláveis ou dificilmente controláveis.

na minha cama.

― Por que você não me contou?

― Porque, se os anciãos souberem que eu não confio em ninguém,

eles vão tentar levar a minha riqueza. Eu fico incrivelmente paranóico às vezes

e isso é uma das maneiras que se manifesta. ― Então ele olhou em meus

olhos. ― Além disso, eu sabia que nunca poderia ter um companheiro de uma

forma normal de forma que me assustou que eu tinha um, embora uma parte

de mim quisesse mantê-lo. Se você soubesse, eu pensei que você ia correr e

eu irira perder a única chance de alguém me amar, mesmo com todos os

problemas que eu tenho.

― Oh, Peyton, ― eu sussurrei enquanto o abraçava com força. ―

Será que a minha conversa com o Ancião Rice provou a você que eu não quero

sair? Você tem que ser honesto comigo a partir de agora ou eu não posso te

ajudar. Havia coisas que eu poderia ter feito para fazer essa transição muito

mais fácil para você.

― Você não entendeu? ― Ele rosnou quando se levantou, me tirando

do seu colo. ― Eu não quero que você mude por mim. Eu quero ser normal e

que sejamos normais juntos. Eu sou o mais velho, com rios de dinheiro. Eu

deveria estar fazendo a sua vida mais fácil, mas ao invés disso eu te tratei

como um escravo e te machuquei.

― Ei, nós dissemos que estava tudo no passado, quando fizemos

amor na noite passada ― , eu disse com um grande sorriso. ― Todas as três

vezes que fizemos amor.

― Isso te agradou? Eu mostrar que realmente quero te fazer feliz e

que você seja realmente meu? ― Seus olhos estavam correndo ao redor,

frenéticos esperando.

― Sim, sim, você fez, ― eu ronronei. Ele suspirou, mas ainda

parecia fora de si e, em seguida, algo me bateu. ― Você não está seguindo

sua agenda e isso é difícil para você, não é?

― Sim, mas você merece um dia de folga ―, ele murmurou. ― eu

tenho sido horrível para você e queria fazer algo para você hoje.

Então eu tive uma ideia, uma que não faria as coisas mais difíceis

para o meu companheiro.

― Que tal você fazer isso de outra maneira?

― Como quê? ― Ele perguntou hesitante.

― Vá cuidar da sua rotina, mas depois do jantar, em vez de fazer o

que você faz antes de termos relações sexuais passamos algum tempo juntos.

― Eu balancei as sobrancelhas para ele novamente. ― Você poderia me

mostrar esses itens adultos que você disse que iria comprar para mim?

― Eu gostaria disso ―, ele suspirou e me abraçou com força. ―

Obrigado por ser tão maravilhoso sobre isso. Eu sabia que tinha que lhe dizer

depois do que nós compartilhamos na noite passada, mas eu estava com tanto

medo de você correr para as montanhas.

― Isso não vai acontecer ―, eu respondi com firmeza. ― Vá

trabalhar enquanto eu limpo isso. Vou pedir a minha piscina e lhe mostrar o

quanto eu apreciei o presente fazendo algo especial para o jantar dessa noite.

Ele balançou a cabeça e se afastou. Peyton parou quando chegou à

porta da cozinha, mas não se virou. ― Eu realmente quero te amar, Huck. Eu

quero tudo o que as pessoas encontram no amor, junto com você. Eu só não

sei como.

Eu o deixei sair sem dizer nada. Eu precisava de tempo e ele também

depois da bomba que caiu sobre mim. Comecei a trabalhar na limpeza da

bagunça que ele fez, sabendo que quando terminasse eu iria pesquisar o que

exatamente era o TOC e como eu poderia ajudá-lo. Eu me senti melhor porque

ele me confiou o seu transtorno. Agora, se eu soubesse o que fazer em relação

a isso, minha vida ao lado de alguém que sofria dele seria muito mais fácil.

Capítulo 5

Eu acabei encomendando a piscina que queria e paguei a mais para

entregarem no dia seguinte e montá-la. Não havia nenhuma maneira de que

ele poderia ter feito isso por mim. Não era uma piscina enorme, mas de

qualquer forma seria um elemento permanente no quintal. Agradeci a eles e

acrescentei uma gorjeta com o restante do meu dinheiro antes que o meu

cheque fosse depositado amanhã.

Então eu encontrei a mangueira do jardim e liguei. Eu ri ao ver a

escada em formato de pateta que vinha com a piscina de um metro e meio de

profundidade. Ela tinha quinze metros de diâmetro e seria grande o suficiente

para eu mudar e passear dentro dela, e eu só queria saber quanto tempo

levaria para encher.

― Uma piscina infantil, hein? ― Peyton riu atrás de mim. Eu olhei

para o meu telefone e amaldicoei porque já era hora do almoço.

― Tem crianças na caixa por isso é uma piscina infantil, ― eu me

defendi quando me virei para olhar para ele. Eu não fiquei chateado, mas

decidi jogar o jogo dos feridos. Eu lhe dei a minha melhor cara de amuo e

andei até ele. ― eu me transformo em um hipopótamo de cinco metros de

comprimento, meu companheiro. Eu não podia simplesmente comprar uma

piscina pequena que pode arrebentar.

― Eu estou bem com isso, realmente ―, disse ele com um sorriso,

me puxando para os seus braços. ― Eu pensei que isso iria me assustar, mas

estou satisfeito que o meu companheito esteja recebendo o que ele precisa, o

que me importa mais do que uma mudança no quintal.

― Eu estou tão feliz. ― Eu fiquei na ponta dos pés e beijei seu

queixo. ― Isso significa que nós podemos ir nadar nus depois que ela estiver

cheia?

― Se não for tão frio quanto à água da mangueira e não congelar as

minhas bolas. ― Ele olhou para mim com luxúria em seus olhos. ― Eu estou

com fome, mas não de comida.

― O que você gostaria? ― eu ronronei, movendo suas mãos para

minha bunda. Eu descobri que Peyton realmente gostava da minha bunda, o

que me ajudou a superar os meus problemas com o tamanho dela. ― O que

você quer de mim?

― Eu quero que você me cavalgue e pegue o que quiser do meu

corpo ―, ele admitiu timidamente. Isso era algo que eu não tinha feito ainda, e

eu gostei da ideia tanto quanto ele, se o tesão que ele estava ostentando fosse

qualquer indicação.

― Eu estou usando o plug e estou todo liso, ― eu disse enquanto

comecei a desabotoar a camisa. ― Como você se sente com um pouco de

sexo ao ar livre?

― Eu nunca fiz isso ―, ele respondeu enquanto olhava ao redor. ―

Estou disposto a tentar.

― Nós podemos ir para dentro, se isso for demais para você. ― Eu

entendi um pouco melhor o TOC depois de fazer algumas pesquisas ontem.

Muita gente tinha problemas em reatribur coisas. Se a cama era para dormir e

sexo, sexo em outro lugar poderia perturbá-lo e jogar seu temperamento para

fora de equilíbrio.

― Eu quero tentar ―, ele disse, com firmeza e começou a se despir.

Ele olhou para a grama e suspirou. ― Talvez fosse melhor pegar um cobertor.

― Isso é fácil de resolver. ― Dei-lhe uma piscadela e corri para

dentro da casa. Voltei com uma toalha de piquenique que encontrei na

lavanderia, hesitando quando vi meu companheiro de pé, gloriosamente nu,

olhando para sua propriedade com um olhar triste em seus olhos. ― Peyton?

― Esta não é a vida que você merece Huck ―, ele sussurrou

enquanto enxugava os olhos. ― Você é muito doce para ficar com alguém

como eu. ― Ele repirou profundamente. ― Eu vou chamar o Ancião Rice e lhe

dizer a verdade, para que ele o liberte do nosso acasalamento.

Eu o ignorei e abri o cobertor.

― Sente-se, ― eu exigi, apontando para ele e arranquei meus shorts.

Ele fez o que eu queria, apesar de se recusar a me olhar. Eu me ajoelhei,

montando em seu colo enquanto corria minhas mãos até seu peito

impressionante e tonificado. ― Não faça isso, Peyton. Não se deprecie assim,

e o mais importante, não se atreva a tomar decisões por mim.

― Você não pode realmente querer uma vida como esta comigo ―,

ele disse com tristeza.

― Como o quê, Peyton? O que tem sido tão mal nestes últimos dias

que eu gostaria de virar as costas e correr? ― eu levantei uma sobrancelha

para ele como se estivesse o desafiando a abrir a boca. ― Foi o sexo

alucinante e a ternura que você me mostrou? Sim, isso foi horrendo. Oh, eu

sei, foi meu grande presente de agradecimento.

― Talvez eu devesse correr a partir do telhado porque eu tenho um

companheiro exuberante, que cuida das minhas necessidades com comida,

eletricidade, necessidades básicas e, provavelmente, nunca pensou em me

cobrar aluguel ou exigiu que eu contribuísse com os custos da casa? ― Sua

boca abriu e fechou em choque e ele sabia que era verdade. Isso nunca passou

pela sua mente. ― Eu quero estar aqui. Todo o acasalamento ou casamento

tem problemas para se trabalhar. Então, o nosso não é perfeito? Eu quero isso

com você.

Ele procurou meus olhos por um momento, enquanto eu puxei o plug

do meu buraco e sentei em seu pênis. Peyton não disse qualquer coisa quando

eu me abaixei sobre ele, recostando-se em suas mãos e me deixando ter o

controle total. Quando eu estava sentado todo o caminho, me contorci um

pouco para achar a melhor posição. Debrucei-me sobre ele e coloquei minhas

mãos em seus cabelos, mantendo meus lábios a um sopro dos seus.

― Posso me movimentar e tentar uma nova posição com meu

companheiro ou você quer chamar o Ancião Rice? ― Eu perguntei em um

ronronar.

― Não me odeie por ser egoísta ―, ele sussurrou. Eu não tinha

certeza do que ele quis dizer com isso, mas ele agarrou meus quadris e se

enfiou em mim, duro o suficiente para que eu quase caísse de seu colo. Seu

corpo caiu para o cobertor para que ele pudesse obter alavancagem, levando-

me com ele. Mudei minhas mãos para a sua cabeça, tentando ajudar, mas ele

se movimentava com tal velocidade e paixão que eu mal podia fazer algo,

apenas manter-me de pé.

― Oh foda, Peyton. Porra, isso é incrível, ― ele gritei. ― Sim, me

fode duro e profundo com toda sua paixão! ― Sim, o que eu disse não fazia

sentido, mas eu estava ligado e querendo. Eu gemi quando senti meu pau

batendo contra o seu estômago, em uma tortura total de prazer.

Peyton moveu sua mão para o meu pau, mal equilibrando-nos

enquanto me acariciava. ― Goze em mim. Mostre-me que você quer que

fiquemos juntos e que você está feliz.

Meus olhos se arregalaram com a demanda vinda de seus lábios. Eu

joguei a cabeça para trás e gritei seu nome quando meu pau explodiu. Porra,

eu precisava disso! Momentos depois Peyton encheu-me enquanto soltava um

berro. Segurei-o através das ondas de sua felicidade, percebendo que eu

nunca tinha o visto gozar assim antes. Quando estávamos gastos eu cai contra

meu companheiro.

― Não chame o ancião, ― eu ofegava.

― Não, eu amo essa bunda demais ―, ele grunhiu enquanto

acariciava e balançava a minha bunda.

― E o proprietário da referida bunda? ― Eu brinquei e passei a mão

sobre seu peito.

― Eu acho que estou começando a sentir o mesmo por ele, mas

ainda preciso de um tempo para tomar uma decisão de tal importância.

― Leve o tempo que você precisar, meu companheiro ―, sussurrei

contra o seu rosto antes de beijá-lo. ― Leve o tempo que você precisar, desde

que você continue me mostrando como você se sente sobre mim.

Vários dias mais tarde, eu fui para a cozinha fazer o almoço para

Peyton com um sorriso no meu rosto. As coisas entre nós estavam muito

melhores e ficando melhor a cada dia. Não era só o fato de que não

conseguíamos manter as mãos longe um do outro, mas era a ternura e o

carinho que eu sentia cada vez maior entre nós.

Embora nosso desejo um pelo outro tivesse saído da mão algumas

vezes e a pobre empregada tinha visto mais do que ela deveria.

― Foi ótimo você parar aqui, mas eu tenho trabalho, Peter. Divirta-se

em sua viagem, ― meu companheiro disse apressado, obviamente tentando

se livrar deste Peter. E quem era esse homem?

― Bobagem. Eu viajei até aqui para ver você ―, o homem

respondeu assim que eu entrei na cozinha.

― Estão teremos mais um para o almoço? ― Eu perguntei hesitante,

não tendo certeza de que era a melhor maneira de anunciar que eu estava na

cozinha.

― Sim, e seja rápido porque estou morrendo de fome ―, Peter disse

rapidamente. Ele tinha o mesmo tom altivo que Peyton tinha às vezes, mas

não se preocupou em olhar para mim. Eu percebi que ele pensou que eu era

um empregado. Peyton me lançou um olhar de desculpas e se virou para o

homem.

― Peter, eu gostaria que você... ― ele começou.

― Então, onde está este seu companheiro? ― Peter interrompeu,

sentando-se à mesa da cozinha como se fosse o dono do lugar. Eu corri para

fazer o almoço. Peyton iria lidar com isso e deixar esse cara saber quem eu

era. ― Eu quero conhecê-lo. A mãe e o pai estão em alvoroço porque os

anciãos deixaram você se acasalar a um plebeu. Eu juro que eles deixaram

mensagem após mensagem para o Ancião Rice, mas o homem insuportável

não vai chamá-los de volta. É verdade o que você disse ao pai?

Pelo menos agora eu sabia que eles eram irmãos. Bem, isso e que eu

era um plebeu. Burro insuportável. Quem falava assim hoje em dia?

― Eu mal falei com o pai desde que estou de volta ―, Peyton falou.

― Olha Peter...

― Ele me disse que não queria empurrar as coisas com o Ancião Rice

porque era apenas por quatro anos. Algo sobre você falar que nem sequer

anunciou o acasalamento ou saiu em público com ele, porque ele era gordo e

feio e apenas um garoto. O pai pareceu se aclamar depois que você lhe

assegurou que o sujeito estava fora de seus padrões e que você planejava

simplesmente usá-lo para uma brincadeira até que você pudesse sair disso. Ele

pelo menos é bom na cama? Isso faria estar preso a alguém suportável.

Peyton olhou para mim com horror, enquanto as lágrimas desciam

pelo meu rosto. Peter estava alheio ao que se passava ao seu redor, olhando

para o papel em cima da mesa como se estivessem falando de esportes ao

invés do companheiro de Peyton.

― Responda seu irmão, Peyton, ― eu sussurrei enquanto meu

coração despedaçava. ― Eu sou mesmo uma boa brincadeira? Pode um gordo

e feio ser uma? Ou você simplesmente imagina alguém em sua cabeça quando

transa comigo?

― Você é o cara? ― Os olhos de Peter se arregalaram quando ele se

levantou e me olhou. ― Então por que você está fazendo o almoço?

― Isso é o que os plebeus fazem, certo? ― Eu zombei dele. ― Vir

do dinheiro não deveria fazê-lo ser rude. Eu trabalho para ganhar a vida e

posso fazer o meu próprio almoço.

― Ele é cheio de fogo, eu posso ver isso, ― Peter disse para Peyton

como se estivessem falando de coisas diferentes. ― Se você não está

pensando em mantê-lo após os quatro anos, se importa se eu passar um

tempo com ele? Nós sempre compartilhamos nossos homens.

Engoli em seco enquanto olhava entre eles. Peyton não podia sequer

olhar para mim.

― Não, Peter, eu não vou compartilhar. Ele significa muito para mim.

― Então, você mentiu para o pai? ― Peter parecia quase eufórico

com a perspectiva.

― Não, sim, bem, não. Eu disse a ele a verdade no momento, que eu

iria sair do acasalamento quando passassem os quatro anos ―, ele explicou,

olhando entre nós dois. ― Mas eu menti sobre a sua aparência. ― Ele fez um

gesto para mim, enquanto olhava para seu irmão. ― Você pode vê-lo. Ele é

lindo e você sabe que o pai odeia que sejamos gays. Eu lhe disse que Huck era

feio como se isso fosse um castigo adequado ao pai por eu ser gay.

― Mas você disse ao seu pai que você não iria sair comigo em

público porque eu não era bom o suficiente para você, mas você me deu uma

razão diferente ―, sussurrei em horror, percebendo que havia sido enganado.

― Por que você não me contou que a sua família iria se opor ao saber de onde

eu vim? Como eles sabem de onde eu vim? Será que eles pesquisaram sobre

mim?

― É claro que a nossa família pesquisou, seu idiota ―, Peter

retrucou, não mais olhando para mim como um companheiro de cama

potencial, mas como um aborrecimento. ― Uma família como a nossa tem que

se proteger do lixo. ― Ele me circulou como um predador enquanto eu olhava

para Peyton, esperando que ele parasse de olhar o maldito chão e me dissesse

a verdade. Eu gritei quando Peter bateu duro na minha bunda. ― Você estava

certo de que ele é gordo. Mas eu gosto quando elas saltam.

― Não me toque ―, eu assobiei enquanto me afastava dele. Porém

Peter foi mais rápido, agarrando o meu pulso e dando um puxão para que eu

caísse contra ele.

― Lembre-se de seu lugar, menino ―, ele zombou quando se

inclinou sobre mim ameaçadoramente, colocando a mão no meu quadril e

apertando muito duro. ― Você não é nada, basicamente somente o

empregado e sexo. Se ele quiser transar com você, você tem que estar feliz

por isso.

― Foda-se ― , eu cuspi, lutando contra ele. Eu chorei quando ele me

acertou duro no rosto, sangue saindo do meu nariz e se espalhando sobre os

meus lábios.

― Basta! ― Peyton gritou quando me puxou para longe do seu

irmão. ― Este é o meu companheiro, Peter, não uma das prostitutas que

imploram por sua atenção. Você vai lhe mostrar respeito ou dar o fora da

minha casa. Pode ir correndo de volta para a mãe e o pai e lhes dizer o que

você descobriu aqui. Eu menti. Eu o quero, e não estou desistindo dele!

― Eu sabia que você não era o filho perfeito que eles sempre

acreditaram. Você vai desgraçar essa família por causa do seu acasalamento

com esse lixo.

― Ele não é lixo ―, Peyton rosnou, mais chateado do que eu já tinha

visto. ― Ele é meu companheiro e ele é bom de uma forma que a nossa

família nunca irá entender. Cresça e entre no século atual! Eu nem frequento

mais qualquer coisa nesses círculos, então eu poderia dar o rabo de um rato

para o que eles pensam.

― Certo, por causa da sua condição ―, Peter riu enquanto estendia a

mão e agarrou seu casaco. ― Você precisa ensinar ao seu companheiro

algumas boas maneiras, Peyton, antes que você o leve para a casa do pai. Se

ele agir assim na frente deles, o pai vai mantê-lo amarrado até quebrar o seu

acasalamento.

― Nós não estamos indo para sua casa.

― Oh, não mencionei o convite? ― Peter perguntou, fingindo choque

enquanto seus olhos dançavam com malícia. ― Eles estão lhe oferecendo uma

festa de aniversário para o seu 25º centésimo ano e insitiram que você traga o

seu companheiro. ― Ele jogou um envelope no balcão e sorriu quando passou

por nós. Peter estendeu a mão e passou os dedos sobre o meu queixo. ― Eu

verei você em breve.

― Saia, ― Peyton rosnou enquanto me empurrava para trás. ― Eu

não aceito o convite e você pode dizer isso aos nossos pais.

― Com prazer ―, Peter disse, rindo quando saiu da cozinha. Ele

ainda ria quando o ouvi sair pela porta principal da casa. Quando ele se foi,

Peyton suspirou e estendeu a mão para mim.

― Não me toque, ― eu fervia enquanto me afastei dele e fui até a

pia da cozinha. Eu molhei uma das toalhas em água fria e a segurei em meu

nariz, fazendo uma careta de dor.

― Eu sinto muito ―, Peyton sussurrou.

― Você disse isso antes e eu te perdoei. Eu não tenho certeza se isso

é o suficiente neste momento ―, eu disse honestamente antes de sair da

cozinha. Eu segurei minhas lágrimas até que eu cheguei ao meu quarto.

Deitando na cama com cuidado, eu mantive a toalha na minha cara enquanto

eu chorei.

Que porra tinha acontecido e o que era verdade? Qual Peyton era o

real, o que se abriu para mim ou o que havia dito ao seu pai essas coisas

horríveis sobre mim? E seu irmão realmente achava que ele iria me

compartilhar?

Eu não sabia de mais nada, tudo o que eu sentia era dor. Este

acasalamento não ia dar certo e eu fui um tolo ao sonhar que iria. Um tolo.

Capítulo 6

Fiquei trancado no meu quarto o resto do dia, ignorando Peyton

quando ele veio bater na minha porta na hora do jantar, implorando para eu

deixá-lo entrar. Eu estava grato por termos feito sexo pela manhã, pois pelo

menos eu não teria que vê-lo até que completassem as vinte e quatro horas.

Foi apenas demais. O que aconteceu foi muito para digerir. Todas as

mudanças na minha vida desde a Escócia foram demais. Meus sentimentos por

Peyton eram muito grandes enquanto ele basicamente me traiu. As histórias

diferentes que estavam girando na minha cabeça eram demais.

E eu não conseguia parar de chorar. Não apenas porque Peter tinha

quebrado meu nariz, mas porque tudo estava uma bagunça e eu não sabia

mais no que ou em quem acreditar.

Uma vez que todas as minhas lágrimas secaram, eu virei e percebi

que não ia conseguir dormir tão cedo. Eu vi que eram duas da manhã e decidi

ir para um mergulho. Meu hipopótamo precisava disso e a água sempre me

tranqüilizou.

Na saída para o quintal, fui até a cozinha. Parei na despensa e peguei

os Oreos de Peyton. De qualquer maneira era culpa dele eu estar tão chateado,

e eu esperava que ele não tivesse um desejo por eles amanhã, porque eu

provavelmente iria comer todo o pacote. Eu comi diversos biscoitos enquanto

chegava à piscina, tirando meus shorts e colocando-os de lado.

Eu ouvi um barulho enquanto subia a escada e virei-me na direção.

Parecia que eu não era o único que estava tendo um momento difícil e

precisava deixar o seu animal para fora. A menos que Peyton normalmente

tivesse uma lhama, considerando que eu ainda não o tinha visto. Eu o ignorei e

me abaixei na água, minhas bolas se entorpecendo por causa do frio.

Eu agradeci por ser uma noite quente em Omaha, mas a água ainda

estava fodendo de fria. Eu precisava descobrir como obter um aquecedor para

a piscina, isso era certo. Eu mudei e flutuei ao redor, tentando deixar a água

acalmar meus nervos como sempre fazia antes, mas não estava funcionando.

Principalmente porque eu achava que a situação era muito fodida e demais até

para a água fria trabalhar.

A razão também poderia ser meu companheiro olhando para mim,

em forma humana. Eu bufei, espirrando água para ele em uma clara indicação

de que queria ser deixado em paz.

― Eu sei que você quer que eu vá embora ―, ele sussurrou

enquanto se inclinou sobre a borda da piscina. ― eu estava voltando para

dentro para deixá-lo sozinho, mas simplesmente não consegui. Não até te

explicar algumas coisas.

Revirei os olhos. Como se eu tivesse uma escolha? Eu não poderia

gritar com ele em minha forma animal.

― Meu pai é um duque ―, ele suspirou. ― Eu tenho quase dois mil

e quinhentos de idade, mas ele é mais velho, mais de três mil. Viver tanto

tempo deixa um paranormal forte. Ele sempre foi a realeza de alguma forma,

nasceu sob um sistema há muito tempo morto, mas eram como as coisas eram

na Inglaterra. Eu nunca quis essa vida, nunca quis ser um duque, mesmo que

eu não seja o primeiro da fila. Isso ainda está enraizado na maioria dos

membros da realeza e eu me odiava por isso. Eu não conseguia lidar com

todas as pessoas e com o ambiente em constante mudança.

― Ele é um homem rude, pior do que Peter. Eu admito, eu sei que às

vezes eu também sou, mas pelo menos eu aprendi alguns limites. Servos e

plebeus para eles não são melhores do que escravos. Porém eu não sou assim,

eu nunca fui. Eu não vejo onde nascer em riqueza nos faz melhor do que todos

os outros. Sim, eu posso ser louco, exigente e difícil de lidar. Isso é porque eu

acredito que uma pessoa deve obter o que paga.

― Eu pago bons salários para as pessoas e por diversas vezes não

consegui o que deveria ter com eles. Esta empregada doméstica é excelente e

quando eu estava exigindo dela, eu apreciei sua ética de trabalho. E eu tenho

certeza que a dona da empresa nunca disse que havia uma razão para eu

brigar com as outras empregadas. Eu apenas fui justo. Eu as pegava jogando

conversa fora ou falando em seus telefones ao invés de trabalhando. Eu

encontrei uma dormindo em uma cama no quarto de hóspedes.

― Sim, eu explodo e sou cruel quando estou chateado. Eu não me

desculpo por isso, porque realmente não é pedir muito fazer o trabalho que já

foi pago.

Eu realmente concordoei com isso, mas desde que eu tinha estado no

final da recepção e sabia como Peyton podia ser duro, eu também podia ver

como a dona do serviço de limpeza estava chateada com ele. Eu fiquei apenas

esperando ele para voltar para o que estava tentando me explicar.

Ele suspirou e esfregou as mãos sobre o rosto em frustração.

― Meu ponto é que eu pelo menos sou lógico em minhas exigências.

Minha família não é. Você não faz parte dos círculos em que eu nasci, assim

em seus olhos você não é nada. Um cidadão de segunda classe que foi

colocado neste planeta para atendê-los. Apesar de todos os meus defeitos, eu

não sou assim.

Eu concordei com isso e acenei com a cabeça para que ele pudesse

me ver e saber que eu estava ouvindo.

― Eu menti para o meu pai ―, ele admitiu, seus dedos arrastando

através da água. ― Falei com ele no dia em que nós acasalamos na Escócia.

Eu estava com raiva de você e do mundo, mas ele ficou louco. A única maneira

que eu pude pensar para acalmá-lo foi mentir. Eu não tenho orgulho disso,

mas o meu pai é um homem assustador e com uma grande quantidade de

energia. Ele disse que, se eu não pudesse lidar com as coisas com o Ancião

Rice e obter nosso acasalamento quebrado, então ele mesmo iria quebrar a

ligação.

Senti frio e não tinha nada a ver com a água. A única outra maneira

de quebrar uma ligação de acasalamento era matar uma das pessoas

envolvidas. Eu não achava que o pai de Peuyton pensou em seu filho.

― Entrei em pânico e menti, dizendo-lhe que você era um shifter

hipopótamo porco e gordo, e que eu nunca seria pego em público com você.

Eu disse que, como estaria saindo do acasalamento após os quatro anos

obrigatórios, eu estava feliz com o rumo dos acontecimentos, porque você era

subserviente, obediente e talentoso nas maneiras que um homem quer que

seu companheiro seja. Então ele se afastou um pouco.

― Ele me lembrou de que ele não iria ficar parado e me deixar

realmente me acasalar com um homem, mas ele poderia viver com o fato de

eu brincasse durante os quatro anos, se eu pudesse esconder dos outros. Eu

estava bem com isso, mas não por causa de você, Huck. Por causa de mim. Eu

gosto de ser recluso e não estar em público. Claro que, de vez em quando eu

saio para assistir a um espectáculo ou vou para Nova York para ver a ópera ou

uma peça e quando estou lá vou a alguma festa a pedido dos meus pais.

― Mas, além disso, eu odeio esse mundo. Odeio as pessoas egoístas

e a falsidade. Eu não sabia o que ia acontecer com a gente, mas eu meio que

já gostava de você e não importa o que, eu não quero que o meu pai mande

alguém para te matar!

Mudei de volta, tremendo na água fria, e caminhei para a escada.

― Estou feliz que você queria me proteger, mas você prometeu que

não haveria mais segredos, Peyton. Porra, este é um segredo muito grande em

meu livro.

― Eu posso ver isso agora ― , ele concordou, balançando a cabeça

em um aceno rápido.

― Mas eu não pensei nisso. Meu pai é uma cadela e reclama de

quase tudo. Ele acalmou e eu pensei que tinha terminado. Eu não estava

escondendo isso de você, mas ainda não tínhamos falado de nossas famílias.

Você sabia que eu vinha do dinheiro, que tinha dinheiro, e isso é tudo que a

maioria das pessoas parecem se preocupar quando se trata de onde eu vim.

― Eu não sou a maioria das pessoas ―, eu disse, meus dentes

batendo enquanto pegava meus biscoitos e shorts. Corremos para dentro da

casa e Peyton me guiou em direção à sala de estar. Ele me envolveu em um

cobertor enquanto corria para iniciar o fogo na lareira. ― Eu posso ratejar na

cama e me esquentar, Peyton. Você não tem que passar por todo este trabalho

por mim.

― Você vale qualquer trabalho, Huck ―, ele sussurrou e acendeu o

fósforo. ― Eu quero te segurar diante do fogo e terminar de me explicar. Você

tem sido tão bom ouvindo minhas explicações e minhas divagações, que o

mínimo que eu posso fazer é acender o fogo.

― Obrigado. ― Ele estava certo, mas era bom que ele entendeu. E

não importa se ele era a razão que eu estava tão chateado, a ideia de ser

abraçado e confortado me soava maravilhosa. Quando ele terminou, eu abri o

cobertor e ele deslizou ao meu lado, me puxando para o seu colo.

― Meus pais não se importam mais com que eu faça desde que eu

não seja um embaraço. Eu pensei que a coisa toda seria abandonada. Eu não

tinha certeza do que ia acontecer entre nós e não estava tão certo do que ele

pensava. Talvez, se as coisas dessem certas e nós realmente nos tornássemos

um casal, nenhuma porcaria com a minha família teria importância. Eu odeio ir

para a sociedade e eu percebi que se nós ficássemos juntos você tambem

odiaria.

― Então, você está dizendo que não era que você estava escondendo

tudo isso de mim, você só não achou que era tão importante como corrigir os

problemas mais urgentes entre nós?

― Sim, isso é exatamente o que eu quero dizer. ― Ele suspirou de

alívio e me segurou mais apertado. ― Você não podia sequer olhar para mim

depois de eu ter sido tão babaca. Eu queria consertar isso e me pareceu mais

importante do que os meus pais horríveis que vivem no exterior.

― Porque você deixou Peter falar de mim daquele jeito e não disse

quem eu era imediatamente? ― Eu perguntei depois de um momento de

silêncio.

― Eu fiquei em choque ―, ele disse, seu tom cheio de vergonha. ―

Meu irmão nunca veio a esta casa, mesmo após as centenas de anos que vivi

aqui. Nunca em um milhão de séculos eu pensei que ele ia aparecer, mesmo

sem ligar. Eu estava confuso com isso quando você entrou na cozinha.

― Você estava tentando se livrar dele antes de eu anunciar que

estava lá, Peyton. Por quê? Você estava tão envergonhado de mim que queria

apressá-lo para fora da porta antes que ele me visse?

― O quê? Não! ― , Exclamou, virando-me ao redor em seu colo,

então eu estava de frente para ele. ― Queridos deuses, não! Ele é um

valentão, Huck. Eu o odeio, e ele é a última pessoa que eu queria sujeitar a

você, ao lado domeu pai. Inferno, eu vejo meu irmão mais velho e me lembro

de quando era criança e ele costumava me bater e implicar comigo. Hoje cedo,

foi a primeira vez na minha vida que eu levantei minha voz para ele. Eu fiquei

puto quando ele te tocou e isso anulou o meu medo.

Eu procurei seu rosto, não vendo nada além de uma necessidade

desesperada de me fazer entender.

― Será que você realmente teria me compartilhado com ele? Você

compartilhou outros homens?

― Não, nunca, meu companheiro doce, doce ―, ele sussurrou

enquanto enterrou seu rosto contra o meu pescoço. ― eu nunca compartilhei

ninguém com ele. Peter acha que tem direito a tudo, porque ele é o próximo

na linha de sucessão. Ele começou a cortejar os homens que eu levava para

cama, e depois ria dizendo que eles gostavam mais deles ou queriam que nós

dois os compartilhassem. Meu irmão pode ser muito charmoso se ele quiser e

eu era um idiota que gostava de desenhar e socialmente desajeitado. Mas a

partir do momento em que eu nasci, ele me viu como uma ameaça ao seu

título. Não importa o quanto eu tentei mostrar a ele que eu não queria aquela

vida, ele não entende porque uma pessoa não iria querer isso. Ele acha que eu

ter me afastado e ter ficado por conta própria foi uma forma de minar a ele e

mostrar que eu era o melhor filho.

― O que quer dizer ficar por conta própria? ― Eu perguntei

hesitante. Eu tinha conhecido algumas pessoas ricas que usaram o mesmo

termo quando tomavam posse de seu fundo ficuciário e usavam para criar uma

empresa. Isso não era ficar por conta própria, em minha opinião. Ele levantou

a cabeça novamente e olhou para o fogo.

― Quando eu tinha 300 anos de idade, saí da casa dos meus pais.

Eu levei o pouco dinheiro que eu tinha e algumas jóias e saí. Meu pai deixou

claro que, se eu saísse de casa, eu estava por minha conta. Mas isso foi há

milhares de anos. A dúzia de moedas de ouro e um punhado de jóias não me

deram esse tipo de riqueza.

― O que você fez quando saiu? ― Minha raiva tinha derretido

quando vi o quanto tudo isso tinha ferido o meu companheiro e agora eu

estava simplesmente curioso sobre a vida que ele levou. Quer dizer, o que ele

deve ter visto vivendo tanto tempo!

― Eu sempre quis ser uma artista e eu tinha um talento natural para

retratos e desenhos. ― Ele deu de ombros como se não fosse grande coisa a

admitir, como se soubesse a tabuada. Ele não era egoísta. Ele só sabia que era

talentoso. Isso era óbvio, já que ele era um animador rico. ― Mas isso

realmente não era uma profissão. Então meu pai me encontrou e fechou um

acordo. Eu iria ser seu embaixador desde que ele precisava de um e eu queria

ficar longe deles.

― Eu viajei para províncias, outros países e terras por várias

centenas de anos. Eu costumava fazer desenhos de famílias como um gesto de

boa vontade do meu pai. Eu chegava e dizia que tinha um presente para eles,

e esboçava seus retratos, os pintando quando havia tinta disponível, e eles

ficavam emocionados. Então, quando eu deveria ter idade suficiente para

morrer, eu mudava meu nome e me tornava o meu filho.

― Foi muito divertido. Eu viajava e via todo o mundo, mas nunca

tinha que ficar tempo suficiente para realmente lidar com as pessoas. Eu era

como um dignitário estrangeiro que chegava, era muito bem tratado, e depois

seguia em frente. O Renascimento foi um dos meus momentos favoritos antes

desta era moderna porque as pessoas apreciavam artistas. Eu adquiri uma boa

quantidade de riqueza com a minha arte. Tenho centenas de pinturas em todo

o mundo sob diferentes nomes.

― Eu normalmente contratava alguém para ser meu homem de

frente, porque as pessoas podem descobrir que era sempre eu e realmente

não era. Então eu pintava o que desejava, ele obtia os créditos e nós

dividíamos o dinheiro. Quando as colônias começaram eu vim quase de

imediato, trazendo toda a minha riqueza comigo. ― Peyton sorriu largamente

em seguida. ― Meus pais não souberam disso até que eu estava muito longe.

― O mar era difícil de atravessar naquela época e eles não iriam

arriscar a viagem para me buscar. Assim, por alguns séculos, eles me

deixaram sozinho. O momento mais tranquilo da minha vida. Quando as

pessoas mudaram para o oeste eu encontrei esta terra e me apaixonei por ela,

a melhor de todas as estações do ano, em minha opinião. Eu comprei um

enorme pedaço de terra, eu tenho mais de 400 hectares, e construi essa casa.

Uma vez que os paranormais saíram e eu não tive mais que esconder que era

imortal, eu voltei a usar o meu nome de nascimento.

― As coisas que você deve ter visto, ― eu sussurrei, mas depois

bocejei.

― Hora de dormir ―, ele disse suavemente e beijou meu rosto.

― Sim, mas nós não terminamos esta conversa ― , eu respondi,

olhando-o. ― Mas eu te perdoo e acredito em você. Não faça eu me

arrepender, Peyton. Amanhã, se houver quaisquer outros esqueletos ou

familiares loucos que eu deva saber, sugiro que você me diga. Se vamos

realmente ser companheiros, então isso significa que nós somos parceiros e

não devemos manter as coisas um do outro.

― Vou tentar ―, ele concordou enquanto se levantava, comigo em

volta dele. ― eu não posso dizer que vou saber o que é importante para lhe

dizer já que não há muito a dizer, mas eu vou tentar ser mais aberto com

você, Huck.

― Bom negócio ― , eu murmurei, começando a cair no sono.

― Podemos fazer amor para significar o fim dessa luta? ―, Ele

sussurrou no meu ouvido hesitante quando chegou até o seu quarto.

― Dormir primeiro, então você pode me acordar com seu pênis

gordo. ― Sorri para a ideia, meus olhos já fechados. ― eu amo o seu pênis e

a maneira que você o usa.

Ele me deitou na cama e engatinhou para perto de mim, puxando as

cobertas sobre nós. Eu percebi que estava em seu quarto e nós realmente

iríamos dormir na mesma cama pela primeira vez. Isso era um passo enorme

para Peyton e eu não queria fazer disso uma grande coisa e arriscar assustá-lo.

Embora por dentro eu estivesse comemorando. Eu me aconcheguei em seu

abraço com o coração quente e um grande sorriso.

Peyton sussurrou algo para mim e eu não podia ter certeza, mas eu

juro que ele disse:

― Eu te amo, você todo, Huck.

Talvez eu estivesse apenas sonhando, mas ainda era o que eu queria.

Peyton me acordou algum tempo depois para fazermos amor. Acordei

quando ele tinha quatro dedos em mim antes de tirá-los e os substituir pelo

seu pau. Ele me levou lentamente, carinhosamente enquanto me agradecia

mais e mais por me dar a ele e o perdoar.

Eu poderia me acostumar a esse tipo de tratamento. Quando

gozamos, depois de muitos beijos e carícias, eu caí no sono novamente. Eu

acho que o drama de tudo o que vinha acontecendo havia pegado em mim,

porque eu estava simplesmente esgotado.

Na manhã seguinte eu acordei sozinho em sua cama. O homem se

levantava muito cedo. Eu rolei para fora da cama e usei seu banheiro. Eu não

acho que ele ficaria bem comigo usando sua escova de dente. Eu tinha lido que

a maioria das pessoas com TOC eram muito protetores de seus pertences e as

pessoas brincando com as suas coisas era como acender um foguete e depois

perguntar o que o fez explodir.

Enquanto eu caminhava para a porta para ir até o meu quarto para

acabar de me limpar, eu vi uma grande caixa branca com um laço azul

brilhante que tinha o meu nome. Eu ri como um idiota. Eu nunca tinha tido um

amante me comprando um presente antes. Ajoelhando em frente a ela, eu

engasguei quando a abri. Era um manto de veludo marrom-chocolate com

fiação de ouro nas lapelas. Eu li o bilhete que estava dentro e quase desmaiei.

Para combinar com os olhos mais lindos que eu já vi.

Todo o meu amor,

Peyton

Wow! Eu poderia me acostumar a ser mimado assim! Não era o

presente, e sim o fato de que ele se importava o suficiente para querer me dar

algo. E ele fez um trabalho perfeito combinando com a cor dos meus olhos. Eu

semprei achei eles chatos e maçantes, mas Peyton dizendo que eles eram

especiais fez o meu estômago doer.

Eu escorreguei no item de luxo, imaginando o quanto um manto

desses custaria. Então corri para escovar os dentes antes de ir em busca do

meu companheiro.

― Obrigado, Christy, ― Peyton disse em um tom calmo quando

cheguei à cozinha. ― eu não saberia onde conseguir tudo isto pronto.

Agradeço a ajuda.

― Não tem problema, Sr. Fahey. Eu gosto do Sr. Ike e todo mundo

merece ser mimado de vez em quando ―, ela respondeu com uma risadinha.

― eu só espero que ele não entre em sobrecarga de açúcar com todas essas

guloseimas.

― Eu não sei do que ele gosta.

― Você ―, sussurrei enquanto entrava na cozinha. ― eu gosto de

você, Peyton.

― Sério?

Eu balancei a cabeça, ainda não olhando para ele. A cozinha parecia

como se ele tivesse roubado uma loja de flores, uma padaria, e uma empresa

de chocolate. Quando ele comprou tudo isso? Eram só dez da manhã!

― Por quê? ― Eu perguntei, minha voz quase trêmula quando

encontrei seus olhos.

― Eu vou dar-lhes um pouco de privacidade ― , Christy disse

rapidamente. Ela me deu uma piscada antes de sair precipitadamente para

fora da cozinha.

Peyton respirou fundo e caminhou ao redor da ilha da cozinha. Ele

parou na minha frente e respirou novamente antes de descer em um joelho.

― Porque eu te amo, Huck.

― Sério? ― eu perguntei, querendo verificar novamente se ele quis

mesmo dizer isso. Eu sorri quando ele balançou a cabeça e tirou uma caixa do

bolso. Era grande demais para ser uma caixa de anel, mas eu engasguei

quando abri. Ali, pousada em veludo, estava uma pulseira grossa mascumina,

de ouro branco com diamantes sobre ela. No centro havia uma placa de ouro

com a figura de um hipopótamo gravada sobre ela.

― Meus deuses, Peyton.

― Você gostou? ― Ele se levantou, abaixando a caixa e pegou meu

pulso.

― É incrível. ― E então um pensamento me atingiu. ― Você não

pegou isso essa manhã enquanto eu estava dormindo.

― Não ― , ele riu, balançando a cabeça e apertando a pulseira em

mim. ― Eu fiz um pedido urgente há poucos dias com um joalheiro local. Eu

peguei esta manhã enquanto Christy corria para a loja de flores. ― Ele alisou-

a sobre o meu pulso e sorriu. ― Ajuste perfeito. Você vai usá-la?

― Sempre ―, eu ri enquanto o derrubei de volta para o chão e

sentei em seu colo. ― Exceto quando eu mudar porque isso vai quebrá-la. Eu

amei isso, Peyton, e eu te amo.

― Você? ― Ele parecia tão chocado que era quase cômico. ― como

alguém tão doce e maravilhoso como você pode amar alguém como eu?

― Você não é tão ruim, ― eu provoquei quando abaixei meus lábios

para os seus. Mmm, eu provei o café especial, muito caro, em cima deles. ―

Você é mais doce do que se dá crédito e está tentando duro para me fazer

feliz. A maioria das pessoas não iria tentar e eu vejo o verdadeiro você. Como

eu poderia não me apaixonar por você?

― Você vai dizer isso de novo? ―, Ele gemeu quando eu beijei ao

longo do seu pescoço, antes de desabotoar sua camisa para expor seu peito.

― Eu te amo, Peyton Fahey, ― eu ronronei enquanto acariciava seus

peitorais esculpidos até que cheguei ao seu mamilo. Lambendo-o antes de

morder levemente, eu sorri quando ele engasgou e estremeceu debaixo de

mim. ― Eu amo o quão duro você está tentando fazer este trabalho e me

fazer feliz. ― eu lambi uma linha para o outro mamilo antes de fazer o mesmo

com ele. ― Eu adoro a forma como você se importou o suficiente comigo para

empurrar os limites do seu transtorno e me deixar dormir em sua cama,

segurando-me e me fazendo sentir seguro.

― Foi realmente muito mais fácil do que eu pensei ―, ele admitiu

segurando o meu rosto. ― Eu me senti tão bem tendo você lá, foi como se

estivesse faltando alguma coisa e eu nunca soube, até que eu te segurei em

meus braços a noite toda.

― Bem, não a noite toda ―, eu ri e balançei as sobrancelhas. ―

Você fez outras coisas para mim. ― Eu fiquei sério por um momento e depois

beijei as palmas das suas mãoss. ― Obrigado também pelo presente, Peyton.

― Ele levantou uma sobrancelha questionando e eu respondi. ― Eu sempre

pensei que meus olhos eram chatos e sem graça. Mas quando abri a caixa e vi

esse manto cor de chocolate no fundo eu sabia que você realmente acredita

que eu tenho olhos lindos. Você me faz sentir especial.

― Você é tão especial, meu querido companheiro ―, ele sussurrou

antes de trazer a minha cabeça de volta. ― Diga-me que você pode deixar o

seu trabalho de lado por um dia, porque eu tenho algumas surpresas

planejadas.

― Para você? Qualquer coisa, ― eu ronronei, me esfregando contra

ele como uma gata no cio.

― Haverá tempo para isso também ―, ele riu e bateu duro na minha

bunda. Nós nos levantamos do chão e ele me puxou para a mesa. Eu sorri

quando ele se sentou e me ajeitou em seu colo como se fosse uma regra. ―

Abra.

Eu lhe dei o meu melhor sorriso sedutor e espalhei minhas pernas

abertas para que o manto mostrasse que eu não tinha nada por baixo.

― Pequeno burro ―, ele brincou e depois me deu uma pequena

mordida de bolo. Oooh! Eu queria isso. Inclinei-me para frente e abri minha

boca obedientemente. ― Seria errado se eu dissesse que isso me excita?

― Não, não mesmo ―, eu respondi honestamente depois que comi a

primeira mordida. Eu me virei em seu colo, então eu estava de frente para ele.

Então, quando ele levantou outro pedaço para mim, eu segurei sua mão e

lambi o topo. ― Mmm mousse de queijo, o meu favorito. ― Eu senti meu

companheiro ficar duro sob minha bunda e sabia que eu tinha sua atenção. Eu

coloquei o pedaço na minha boca, certificando-me de gemer meu prazer.

― O que você gostaria agora, meu companheiro amoroso? ―, Ele me

perguntou, sua voz profunda com desejo.

― Eu vou pegar isso ― , eu falei e pulei de seu colo. Dizer que eu ia

pegar leite não soaria sexy, mas eu precisava de uma bebida. Ele sorriu

quando voltei para ele e coloquei o copo na mesa, escarranchando em seu colo

novamente. ― Então este é o seu show ou o meu?

― O que você quer dizer? ― Ao invés de responder eu peguei uma

fatia de bolo e esfreguei a cobertura sobre minha clavícula antes de colocá-lo

na minha boca. Peyton pegou muito rápido o que eu quis dizer. Ele abriu meu

robe. ― Não gostaria de obter cobertura no veludo. Eu estou com fome.

Engoli em seco quando ele se inclinou e trancou os lábios em minha

carne, chupando duro o suficiente para fazer um hematoma. Ele nunca tinha

feito este tipo de preliminar erótica, mas agora era um fã muito, muito grande.

Quando ele lambeu toda a cobertura, esfreguei uma mini torta de chocolate

em seu mamilo e começei a trabalhar na limpeza.

― Chocolate vai manchar sua camisa branca, ― eu murmurei

quando abri sua camisa, a tirando de seus ombros. Eu tracei meus dedos para

baixo do centro do seu corpo, mergulhando-os em suas calças e provocando-o.

― Eu me pergunto qual seria minha cobertura preferida para você me

alimentar.

― Foda-se, bebê ―, ele gemeu, seus olhos praticamente rolando em

sua cabeça. ― Eu ia te tomar lentamente e mimá-lo, mas você é muito

tentador.

― Eu amo que você fez tudo isso para mim ―, eu arrulhei enquanto

desfiz meu roupão e o deixei cair, ficando completamente nu em seu colo. ―

Mas eu também adoro quando você não pode controlar o seu desejo e vir todo

selvagem em mim.

― Nós só fizemos isso uma ou duas vezes ―, ele disse enquanto

bebia do meu corpo.

― E isso não é uma vergonha? ― Meus lábios tremeram com um

sorriso travesso quando eu vi os olhos de Peyton se iluminar com a ideia.

― Sim, sim é.

Capítulo 7

Em um flash Peyton afastou alguns pratos da mesa e me tinha

espalhado sobre ela. Ele ficou sentado, aproximando a cadeira entre as minhas

pernas. Antes que eu pudesse dizer alguma coisa ele espalhou um pouco de

cheesecake4 sobre minha virilha até o meu buraco.

― Frio! ― eu gritei e depois gemi quando ele enterrou seu rosto em

minha virilha. Ele chupou minhas bolas.

4 O cheesecake americano é uma torta normalmente constituída por uma base de bolacha, um recheio à base de queijo, creme e ovos, e uma cobertura de fruta.

― Belisque seus pequenos mamilos rosados ―, ele rosnou.

Acho que isso respondia quem estava liderando este jogo! Eu fiz o

que ele queria, gemendo no quão sensível eles estavam com todo o estímulo

que eu estava recebendo. Em seguida, ele comeu minha bunda, hesitante,

como se nunca tivesse feito isso antes. Eu nunca tinha feito isso para ninguém

e estava tendo problemas para ficar quieto.

― Você não tem que fazer isso, se você não gosta, ― eu disse e ele

parou.

― Estou realmente chocado com o quanto eu gosto disso. Eu nunca

gostei de dar oral antes e a idéia de comer a bunda do meu parceiro não era

atraente ―, ele murmurou.

― Por que agora? ― Eu tinha que o ouvir dizer as palavras.

― Porque a sua bunda é tão malditamente deliciosa e eu só quero

fazer tudo o que posso com ela. ― Ele segurou minha bunda e a apertou. ―

Você vai me deixar bater em você algum dia?

― Eu nunca tentei isso, mas eu estaria disposto a fazer com você ―,

eu sussurrei enquanto minhas bochechas se aqueciam.

Ele me deu um sorriso maligno e depois voltou para a sua

alimentação. Então eu senti alguma coisa fresca deslizar contra o meu buraco

antes de ele empurrar dois dedos.

― Onde você conseguiu isso?

― Eu ainda tenho o saco de brinquedos que pedi. Eu o escondi

debaixo da mesa.

― Foda-se ―, eu gemi e tentei manter a calma.

― Eu pretendo ―, ele rosnou, seu dedo me fodendo mais rápido. ―

O que o meu companheiro amoroso quer?

― Você, eu quero você, Peyton! ― Eu chorei quando ele pregou meu

ponto doce.

― Vamos ver quantos orgasmos eu posso dar ao meu companheiro

em seu dia de folga, no dia em que tudo é sobre ele.

― Ok, ― Eu rangi quando ele engoliu o meu pau. O primeiro

orgasmo veio poucos momentos depois, e quando eu estava voltando do meu

clímax ele escorregou algo na minha bunda. ― O que é isso?

― Estou trabalhando no seu segundo orgasmo ―, ele disse

enigmaticamente. Ele me puxou para fora da mesa para eu me escaranchar

em seu colo novamente e me deu uma cereja coberta com chocolate. ― Não

há nada mais belo neste mundo do que o seu rosto quando você goza Huck.

― Duvido disso, ― eu ri e pegei outra cereja. ― Você tem viajado

por todo o mundo, viu tanto. Não posso competir com toda a arte e maravilhas

do planeta que você já viu.

― Você está dizendo que eu estou mentindo? ― Seu rosto ficou

escuro e eu vi a raiva mexendo em seus olhos. Merda.

― Não, claro que não ―, eu respondi rapidamente, passando minhas

mãos pelo seu peito. ― acho que eu pensei que você só estava sendo muito

gentil, meu companheiro. Eu não consigo entender como eu poderia competir

com tudo.

― Tudo bem. ― Ele balançou a cabeça e, em seguida, mordeu meu

mamilo como se estivesse me punindo. Sim, esse tipo de punição, porque eu

me senti fabuloso.

― Contanto que você não duvide do que eu digo. Tenho visto muito e

nada se compara ao meu companheiro no auge da paixão.

― Obrigado. ― Corei tão duro com o elogio e atenção que quase me

senti tonto. Então eu choraminguei de choque quando o brinquedo na minha

bunda enviou uma pulsação contra a minha próstata que reverberou pelo meu

corpo. ― O que foi isso?

― Modificação comportamental ―, ele respondeu com um sorriso

enorme. ― Toda vez que você duvidar de algo bom que eu digo de você eu

vou pressionar um desses botões. ― Ele levantou um controle remoto

pequeno, com oito botões vermelhos. ― Cada um corresponde a quanto

tempo a pulsação vai durar e quão forte ela é. Você gostou de como se sentiu?

― Eu não tenho certeza. Foi diferente de tudo que eu já senti e me

pegou desprevenido. Eu não sei se gosto. ― Então eu tive um pensamento de

algo que ele me disse antes. ― Você não gosta quando eu coro. Você quer que

eu pare?

― Não, eu acho você corando sexy. Mas você se envergonhou

porque tem dificuldade em entender por que alguém iria dizer isso sobre você

Eu não gosto do quanto você duvida de si mesmo e isso me faz sentir como se

você duvidasse de mim.

― Eu não quis dizer isso assim, ― eu disse firmemente enquanto

passei os meus braços em volta do seu pescoço e o abracei. ― É muito difícil

para eu ver o que você vê depois de tantos outros me colocar para baixo por

toda a minha vida. Por favor, não tome isso pelo lado pessoal ou pense que eu

acho que você está mentindo para mim.

― Eu sei querido. Eu sei. Eu só quero me divertir um pouco e

lembrá-lo de que acho que você é o homem mais sexy do mundo.

Ele deve ter sentido eu recuar com o elogio, incapaz de acreditar

porque outra pulasação passou pelo meu buraco e na minha próstata, dessa

vez por um tempo mais longo.

― Oh deuses, oh deuses, oh deuses! ― eu gemi e me contorci

enquanto ela passava. Quando ela parou eu caí contra ele, ofegando por ar.

Era difícil colocar em palavras o que eu senti. Era quase como se eu

estivesse tendo mini orgasmos e meu buraco não podia controlar os espasmos,

o que me fez tremer e cair contra ele.

― Toda vez que eu olho em seus olhos eu penso em café ou

chocolate derretido. E quando eles brilham com luxúria ou com alegria ainda

há vestígios de ouro, o que faz você simplesmente brilhar, meu companheiro

adorável.

― Sério? ― eu me inclinei contra a mesa para que pudesse ver seu

rosto. Ele balançou a cabeça e eu abaixei a minha com o elogio. Peyton ligou o

brinquedo novamente e eu estendi as mãos, colocando-as sobre seu peito para

o apoio enquanto montei o prazer. ― Por favor!

― Por favor, o quê?

― Toque-me! ― Eu gritei enquanto meus quadris começaram a

empurrar por conta própria. Felizmente Peyton teve pena de mim e não jogou

como eu pensei que ele iria. Ele acariciou o meu pau enquanto eu vibrava em

seu colo, suspirando quando a pulsação parou. ― Puta merda, isso é incrível e

estranho ao mesmo tempo.

― É para fazer você cruzar essa linha, pronto para gozar sem

empurrar demais, mas fazendo você se sentir como se estivesse em seu

clímax, mas sem estar lá.

― Essa é uma boa maneira de descrever ―, eu concordei enquanto

me abaixava de volta contra mesa, como se eu estivesse em uma boa

brincadeira e agora estivesse exausto. Peyton me provocou um pouco,

esfregando meu pau enquanto lambia mais guloseimas dos meus mamilos.

― Eu acho que o seu corpo é mais doce e mais saboroso do que

qualquer bolo. ― Eu levantei minha cabeça o suficiente para levantar uma

sobrancelha para ele. Nada era mais saboroso do que os pequenos bolos que

ele tinha comprado. Ele sorriu abertamente e eu percebi o meu erro uma

fração de segundo antes da pulsação começar novamente.

― Eu sinto muito. Sinto muito! ― Eu gritava enquanto esfregava

meu pau contra o seu corpo. ― Eu sei que você me ama. Eu sei que você

gosta do jeito que eu olho e acha que eu sou sexy! Eu acredito em você!

― Você acredita que eu acredito. Isso não é o mesmo ―, ele

sussurrou enquanto lambeu meu lábio inferior e me acariciou mais rápido. ―

Não há um homem gay neste mundo que não iria ver que eu quero você. E se

eles soubessem como o seu corpo é doce, estariam lutando para prendê-lo e

afastá-lo do meu quarto.

― Eu sou seu, Peyton. Eu não quero nenhum deles. Eu pertenço a

você ― , eu engasguei e resmunguei, tentando entender enquanto o meu

corpo se sobrecarregava com as sensações.

― Resposta certa. ― Ele me acariciou mais rápido e um pouco mais

um dos meus mamilos. Eu gritei e gozei novamente, atirando entre nós dois.

Desta vez, quando eu voltei do meu clímaz, ele me segurou perto, ajudando a

me envolver em torno dele. Eu gemi quando ele puxou o brinquedo e o

escondeu de novo. Como se eu tivesse mais energia eu iria querer ver como

essa coisa se parecia. ― Eu te amo tanto, Huck.

― Eu também, ― eu murmurei contra seu ombro, pronunciando

devagar as minhas palavras. Isso tinha sido um inferno de um orgasmo do

caralho. Meu corpo ainda estava tremendo. ― Tão bom para mim.

― Eu estou tentando ser. Tenho que tratá-lo bem antes de você

perceber que é muito bom para mim e ir embora ―, ele disse calmamente

antes de beijar minha bochecha. Eu suspirei enquanto ele deslizava o manto

sobre minhas costas, o veludo macio e quente contra a minha pele. ― Tire

uma soneca enquanto eu limpo você e quando você acordar, eu tenho uma

surpresa.

― Não mais comida ou minha barriga pode doer de tanto doce. ―

Além disso, você não precisa gastar dinheiro comigo assim. Tinha de haver

centenas de dólares em flores e provavelmente mais em alimentos.

Eu devo ter dormido depois disso porque acordei em algum tipo de

sofá, recém-lavado. Estiquei-me e bocejei enquanto tentava realmente

acordar... E congelei. Meus olhos escanearam a sala em volta de mim, mas eu

não acho que eu realmente estava processando o que estava vendo. Eu cheirei

Peyton lá, mas me levou duas tentativas para encontrar a minha voz.

― Onde estamos Peyton? ― eu sussurrei, preocupado de que

tínhamos sido sequestrados e nossos captores pudessem nos ouvir.

― Em um quarto no porão da nossa casa ― , ele respondeu

facilmente. Eu sorri. Ele realmente estava tentando fazer tudo o que podia

para me deixar saber que eu não era apenas um hóspede. Nossa casa. Isso

soava bem. ― Eu disse que não haveria mais segredos. ― Ele disse, olhando

em volta do quarto.

― Então você está em BDSM? ― Ou isso ou ele torturava suspeitos

de terrorismo ali. Talvez ex-namorados também se o material nas paredes

fosse qualquer indicação.

― Tipo isso ―, ele respondeu. Sentei-me e olhei para ele. ― Não é

tanto sobre o sexo, mas sim sobre o controle.

― Então eu vou ser o seu sub? Eu não vou usar uma coleira ou me

sentar aos seus pés.

― Isto não é para você ―, Peyton sussurrou e depois levantou os

pulsos. Eu estava tão distraído com o que estava ao meu redor que eu perdi

completamente que seus pulsos estavam presos em grilhões. Eu segui as

correntes com os olhos e vi que passavam por dois anéis de aço no teto e

podiam ser amarrados ao longo da parede.

― Não, isso é para mim ―, ele repetiu ao perceber que eu não

estava entendo uma grande parte de algo. Ele gesticulou para a mesa ao meu

lado e eu vi que ele tinha deixado uma Mountain Dew laranja para mim. Eu

sorri e fiz sinal para ele ir em frente e explicar. ― Me bateu de como eu sinto

falta daqui. Para a maioria das pessoas em minha vida que chegaram muito

perto e viram o meu verdadeiro eu pensaram que eu estava possuído, que só o

diabo poderia fazer alguém agir da maneira que eu agia.

― Você não é ruim, Peyton. Eu nem teria sequer imaginado que você

tinha TOC ―, argumentei.

― Obrigado, meu companheiro querido, mas isso foi depois de mais

de um século de trabalhar nisso. Eu não estive sempre nessa condição. No

início de 1900, um homem chamado Freud5 publicou que não era possessão, e

sim um transtorno de ansiedade que ele chamou de TOC e descobriu maneiras

para gerencia-lo.

Reconheci o nome, não sabendo mais sobre Freud do que alguns

princípios básicos e que eu pensava que ninguém deveria ouvir sobre a saúde

mental de um homem.

― Sim, eu também não era um fã dele ―, ele riu quando viu a

minha cara. ― No entanto, nisso eu concordava com ele. Eu li tudo o que ele

escreveu quando saiu e tentei fazer o que ele sugeria. E isso ajudou, mas

ainda havia sempre aquela sensação de que eu ia perder a minha mente e

minha sanidade permanentemente. Então eu continuei procurando mais. Eu

conheci um homem na década de 1960 que dirigia um núcleo com programas

demasiadamente duros sobre TOC. Eu pensei, por que não, e eu descobri que

ele era um paranormal, então eu não tinha que esconder o que eu realmente

5 considerado o pai da psicánalise

era.

― Até então drogas haviam sido produzidas para ajudar o

transtorno, mas éramos shifters. Nós a queimavámos muito rápido e de

qualquer maneira eu não sabia o que elas poderiam fazer. Eu decidi tentar o

programa de Bret. Eu voei para longe daqui para o programa personalizado e

deixeu ele me estudar. Só isso já me tinha preparado para enlouquecer de vez,

ter pessoas me vendo ou me olhando sobre o meu ombro enquanto eu estou

distraído ultrapassou minha zona de conforto.

― Mas após me observar por uma semana ele havia descoberto

várias coisas que iriam me ajudar. Por um lado, eu precisava começar a

controlar rigidamente as coisas que são percebidas como normais, em vez de

tentar lutar com tudo de uma vez. Você mencionou a minha agenda. Ele

colocou isso no lugar. Sim, ela é exata e eu a sigo bem de perto, mas para a

sociedade isso é normal e me ajuda a me sentir no controle.

― Ele me explicou que, pelo que ele percebeu, eu era um homem

dominante, principalmente decorrente da minha criação e que eu era um

homem alto. Era o que a sociedade esperava de mim, e algo primitivo dentro

de mim. Não há nada de errado com isso. Mas, um dos principais componentes

do TOC é a incapacidade de se deixar ir. A maioria das pessoas que ficam

obsessivas e escravas do seu trabalho, não aprendem a relaxar ou parar, tem

pelo menos um pouco de TOC.

― Sim, eu tive alguns chefes que poderiam ser assim ―, eu

concordei. ― Não é que eles eram perfeccionistas, era mais como se você não

pudesse fazer as coisas da maneira que eles faziam você estava errado.

― Exatamente. Às vezes, é tudo sobre o processo e não,

necessariamente, o resultado final é o mesmo. ― Ele acenou com a aprovação

como se eu tivesse acabado de ganhar uma estrela de ouro em seu livro. ―

Trabalhamos juntos por mês, chegando com pequenas formas em que eu

poderia provar para mim mesmo que estava no controle da doença e ela não

me controlava. Pequenas coisas, como deixando uma bagunça na cozinha

intencionalmente ou ter a roupa suja no chão.

― Ficou mais fácil. Se eu dissesse a mim mesmo que a bagunça

estaria lá por apenas algumas horas e que o mundo não iria acabar, eu poderia

controlar. Em seguida, algumas horas se transformavam em um dia. Mas ainda

havia mais que Bret pensou que eu poderia fazer para combatê-la e me ajudar.

Até então tínhamos construído uma base sólida de confiança e eu acreditava

em seus caminhos. Então ele me trouxe a esta sala e deslizou a corda do teto.

― No começo eu me apavorei ― , ele riu, balançando a cabeça. ―

eu lutei com ele até que ele me deu um tapa no rosto e me disse que eu era

responsável por uma hora e que eu precisava ficar calmo ou ia me machucar

lutando contra ele. Eu concordei. Eu podia lidar com uma hora. E Bret era

ainda maior do que eu, nada menos que um shifter tigre. Eu não era um jogo

para ele, então eu sabia que isso estava superado.

― Então Bret se tornou seu amante?

― Sim, mas não foi como você normalmente se refere ao termo. Não

nos beijamos, não erámos íntimos fora desta sala, e apenas duas vezes por

semana. Claro que ele era bonito e ele me achava atraente, mas ele era muito

macho alfa para fazermos algo real disso.

― E isso te ajudou? Usar floggers6 e palmatórias7 ajudou você a se

controlar?

6

― Sim ―, ele admitiu, seu rosto aquecido em embaraço. ― Eu

confiava nele o suficiente para ficar calmo. Trabalhamos por mais alguns meses

sobre isso e ajudou-me ao ponto onde ninguém poderia dizer que havia algo

diferente em mim e até mesmo sair em público foi mais fácil. Mas então ele

teve que voltar para Nova York. Tentamos por mais uma década para fazer o

trabalho me ajudar.

― Eu voava para lá para um fim de semana ou ele viria aqui, mas

com o passar do tempo o espaço entre as visitas tornaram-se mais longos. Ele

me implorou para encontrar outra pessoa que eu pudesse confiar para me

ajudar e para não desistir, mas isso era mais difícil do que eu pensava. Eu

encontrei alguns Doms ao longo dos anos que me levavam para um fim de

semana, mas normalmente eles queriam todo o pacote submisso e isso não é

comigo.

― Ou houve alguns que não tinham um ponto de parada, não

importa o quanto eu usei a minha palavra segura. Isso estava mais me

machucando do que me ajudando. Então eu parei. Eu parei de tentar encontrar

alguém, eu parei de fazer parte da terapia, e eu já estava conformado, de

muitas formas.

― Por que você está acorrentado agora, Peyton? ― eu perguntei

depois de alguns momentos de silêncio. Ele levantou a cabeça, seus olhos

azuis esperançosos enquanto olhavam para os meus.

― Porque eu tenho alguém em quem confio mais do que qualquer

coisa agora. Eu te amo, Huck, e eu quero ser melhor novamente como eu era

7

anos atrás, para que as coisas fiquem melhor para você, para nós. Eu não

tenho certeza se você pode fazer isso, mas peço-lhe que, por favor, tente, por

mim. Faça isso duas vezes esta semana e, se você não notar a diferença na

minha disposição, eu nunca vou pedir isso para você novamente.

― Eu não acho que posso te machucar, Peyton, ― Sussurrei quando

saí do sofá e caminhei até ele. ― eu estou bem com alguns tapas, cócegas e

os floggers suaves, mas algumas das coisas que você tem nas paredes iria

machucá-lo.

― Então, não os use ―, ele concordou com um aceno de cabeça. Ele

pegou minhas mãos nas suas e as levou aos lábios. ― eu não estou pedindo

para você me fazer sangrar ou fazer qualquer coisa permanente, Huck. Eu

estou lhe pedindo para me vendar, me conter e fazer o que quiser comigo. É

sobre controle. Eu estou dando o meu controle da situação para você porque

eu confio em você.

Engoli alto e balancei a cabeça, um pouco chocado com o rumo dos

acontecimentos.

― Ok, eu vou tentar.

― Obrigado, meu companheiro amoroso ―, ele disse com um

sorriso. Ele se levantou e então ele se inclinou para um beijo profundo. ―

Minha palavra segura é pickles. Coloque a venda em mim, levante meus braços

para cima, e amarre as correntes. Em seguida, defina o relógio para uma hora

e faça o que quiser de mim. Só não me deixe ser chefe ou que eu diga-lhe o

que fazer. Esse não é o propósito.

― Tudo bem. ― Eu rapidamente fiz o que ele queria, muito nervoso

e com medo de estragar tudo. Mal. Quando ele estava na posição e tudo

estava pronto, eu coloquei a cadeira em que estava sentado fora do caminho.

Sorri quando percebi que isso poderia ser um privilégio muito grande. ―

Então, se eu sou o chefe, você tem que fazer o que eu digo, certo?

― Sim, é tudo sobre me mostrar quem é que manda agora e me

possuir.

― E se eu exigir que você responda a algumas perguntas?

― Eu tenho que responder. ― Ele franziu a testa e, em seguida,

lambeu os lábios. ― Você não vai se apreiveitar disso, certo?

― Não, mas isso não significa que eu não vou pescar elogios e te

interrogar um pouco, ― eu ronronei enquanto acariciava seu saco. Então eu

me afastei e peguei um dos floggers menos assustadores. Eu bati em sua coxa

e a cara de Peyton se transformou com pura felicidade. ― Você sentiu agora o

que eu tenho. Existe algum lugar que eu não deveria bater em você com isso?

― Não, exceto na virilha ou no rosto. Há alguns na parede oposta

que você pode usar, se você quiser ―, ele respondeu, com o peito arfando de

excitação. ― Eu te amo, Huck.

― E eu te amo. ― Só por isso eu dei ao seu pênis um puxão. Então

eu bati o chicote contra suas costas, observando seu rosto enquanto ele

gritava. Ele realmente queria isso. ― Como você se sentiu quando acordou e

eu estava na cama com você?

― Completo e querido.

― Você já sentiu minha falta antes, quando eu fui para a minha

própria cama? ― Eu comecei a circular ele e, aleatoriamente, estalando o

chicote contra sua carne.

― Os últimos dias quando você saiu ou eu te levei de volta, quando

eu voltava para a minha cama, eu comecei a sentir como se algo estivesse

faltando. Mas eu ainda não estava pronto.

― Obrigado por ser honesto e admitir isso, ― eu elogiei enquanto

me inclinei e mordi sua bunda. Peyton gritou de prazer e eu me movi em torno

dele para ver que seu pênis estava muito duro e vazando. ― Você gosta de

mordidas?

― Parece que eu gosto ―, ele ofegou. ― eu não me lembro de

ninguém que tenha feito isso comigo antes.

― Ainda bem que eu posso ser a sua primeira vez para alguma coisa

―, eu ri. Tinha sido duro para eu perceber que nunca seria o seu primeiro para

qualquer coisa.

Ele franziu as sobrancelhas, o suficiente para que eu pudesse ver com

a venda nos seus olhos. ― Você é o primeiro homem que eu já disse que amo,

Huck. Você é a primeira pessoa que eu sou realmente apaixonado.

― Sério? ― eu sussurrei, me movendo até que o meu corpo estava

alinhada com o seu.

― Sim, meu companheiro querido. Eu nunca mentiria sobre algo

assim. Eu nunca me preocupei com ninguém como eu me preocupo com você.

― Eu também. ― Eu sorri e o surpreendi por bater-lhe com o chicote

novamente. Isto não era grande coisa. Eu poderia fazer isso, se era o que

Peyton precisava. Claro que haveria algumas marcas vermelhas em seu corpo,

mas não mais do que de uma palmada e não iria ferir.

― Duro, dá-me mais duro ―, ele implorou. Fiquei imóvel, cruzando

os braços sobre o peito por alguns minutos. ― Huck?

― Eu ainda estou aqui.

― O que você está fazendo?

― Estou à espera de um pedido de desculpas ― , eu respondi,

mordendo de volta uma risadinha. ― Quem é o chefe aqui, Peyton?

― É você ―, ele admitiu baixando a cabeça. ― Eu fiquei mandão de

novo, não foi?

― Você exige muito, mas eu posso acabar com esse hábito. Agora

diga as palavras, Peyton.

― Você é o meu chefe, Huck. Você é meu dono.

― Bom companheiro, ― eu arrulhei e dei um tapa duro em sua

bunda. Ele engasgou e então gemeu quando eu esfreguei. Encontrei uma

palmatória na parede de brinquedos e peguei o lubrificante, decidindo que eu

ia para o topo pela primeira vez na minha vida. Quem melhor do que eu para

experimentar isso com o meu companheiro? ― Quanto tempo faz desde que

alguém esteve na sua bunda?

Ele endureceu e limpou a garganta.

― Mais de uma década.

Eu lubrifiquei um dedo, sabendo que se isso fosse demais ele iria usar

sua palavra segura. Eu usei a palmatória em sua bochecha direita enquanto

empurrava o dedo em sua bunda. Peyton abriu as pernas mais afastadas para

ajudar no que eu estava fazendo.

Cinco minutos mais tarde, sua bunda estava vermelha e quente e eu

tinha quatro dedos transando com ele. Ele estava ficando selvagem, puxando

contra as algemas. Eu fiquei feliz que elas eram forradas de veludo.

― Peça para eu foder você ―, eu zombei enquanto movi meu pau

para frente e para trás contra o seu buraco. ― Admita que eu tenho você e

me implore para lhe trazer prazer.

― Por favor, Huck? ― Ele choramingou, tentando empurrar para trás

e conseguir o que queria. ― Você é meu dono, ok? Eu sou seu e não amo

mais ninguém. Por favor, só me fode e me deixe entrar!

― Tudo bem então ―, eu ri e empurrei meu pau nele em um tiro por

todo o caminho. Eu já tinha deixado cair o remo e agarrei seus quadris.

Mergulhei dentro e fora do seu corpo com tudo o que eu tinha, gemendo no

quão apertado ele estava. Foi incrível e eu sabia que não ia ser a única vez que

eu faria isso.

Porque tanto quanto a terapia era para Peyton, serviu para mim

também. Eu gostei da mudança, ser o responsável dominante por uma vez.

Isso me fez sentir competente, como se eu fosse digno de estar no comando e

ajudar Peyton. Era realmente muito bom para a minha falta de autoestima.

Eu chorei quando gozei, enchendo meu companheiro com a prova

mais carnal do meu desejo por ele. Era difícil ficar de pé e não cair contra ele,

mas eu não queria puxar suas algemas mais do que o necessário.

― Essa não foi sua primeira vez no topo ―, ele ofegou quando eu saí

dele.

― Na verdade foi. ― Eu ri. Eu tropecei para longe dele e depois quis

me bater na testa. Que amante egoísta que eu tinha sido! Peyton não havia

gozado. ― Merda, me desculpe.

― Pelo quê? Isso foi incrível, meu companheiro talentoso.

― Você não terminou.

― Oh, Bret nunca me deixou gozar até o momento que o nosso

tempo acabava. Eu não esperava isso nesta primeira vez.

― Eu não sei se eu gosto de ser comparado a um de seus outros

amantes, mas eu acho que isso é relevante, por agora, ― eu resmunguei.

― Gostaria de te abraçar e te confortar, se eu não estivesse

acorrentado, ― ele sussurrou enquanto virava a cabeça em minha direção. ―

Eu te amo, Huck. O que eu tive com ele nem se compara com o que temos.

― Obrigado. ― eu corei com o elogio e peguei o flogger novamente.

Eu observei o cronômetro e continuei a bater nele, mudando os brinquedos e

os locais, até cinco minutos antes de o tempo acabar. Então eu me ajoelhei na

frente do meu companheiro e lhe dei o sexo oral mais apaixonado que eu já

tinha feito. Peyton gritou e gozou mais duro do que eu já tinha presenciado

antes.

No momento em que ele terminou gasto e eu tinha engolido todo o

seu sêmen, eu me levantei e soltei suas correntes. Ele caiu lentamente de

joelhos, se soltou das amarras e tirou a venda dos olhos.

― Obrigado ―, ele sussurrou, sua voz cheia de emoção enquanto eu

beijava as marcas vermelhas em seus pulsos. ― Foi horrível para você? Eu

pedi muito de você?

― Não, Peyton, ― eu disse suavemente, mas com firmeza enquanto

olhava em seus olhos. ― eu faria qualquer coisa por você, meu amor. Se isso

ajuda você, então eu sou totalmente a favor. Acho que foi bom para mim

também.

― Eu não tenho certeza se entendi ―, ele admitiu assim que nos

levantamos. Eu não estava certo de como explicar o que senti, mas eu fiz o

meu melhor quando saímos do porão e nos dirigimos para o seu quarto. Nós

nos aconchegamos sob as cobertas, enrolados em torno um do outro. ―

Obrigado por não pensar em mim como uma aberração.

Era verdade. Ele não era. Ele era apenas um homem com problemas

e eu também, mas, juntos, éramos melhores do que sozinhos. E isso era o que

eu sempre quis em um companheiro.

Capítulo 8

― Eu não me importo com o que você quer pai, ― Peyton rosnou em

seu telefone no dia seguinte quando ele entrou na cozinha para o café.

Eu suspirei. Nós não poderíamos simplesmente ter um dia sem algo

de errado acontecendo? Ontem foi incrível embora ainda estressante depois de

aprender tudo o que aprendi sobre Peyton e experimentar algo tão novo. Eu só

queria que hoje o dia fosse mais calmo e fácil.

― Eu não estou largando tudo para voar para a Inglaterra, porque

você e a mãe decidiram me fazer uma festa, sob o pretexto do meu

aniversário, quando na verdade você só quer tentar quebrar o meu

acasalamento. Eu o amo e ele não vai a lugar nenhum, quer você goste ou

não!

Eu tinha uma audição excelente para um shifter para que pudesse

ouvir seu pai, como se o homem estivesse de pé ao meu lado.

― Traga esse plebeu aqui para que possamos ver se ele é homem o

suficiente para lidar com o fato de ser seu companheiro. Não me faça ir todo o

caminho para a América, Peyton, porque nós vamos.

― Sim, mas eu posso simplesmente não deixá-lo entrar em minha

casa. Então não se incomode em pegar um avião ―, ele respondeu. Eu tinha

que dar o crédito ao meu companheiro. Ele estava lidando com isso muito

melhor do que tinha lidado com Peter. Talves o que aconteceu ontem

realmente o ajudou? ― E você já ameaçou matar Huck então por que eu vou

levá-lo para perto de você?

― Eu nuncar iria sujar minhas mãos assim ―, respondeu seu pai, o

nojo em seu tom. Sim, porque contratar alguém para fazer isso é tão menos

vergonhoso.

― Coloque-o no alto-falante ―, eu disse alto o suficiente para os

dois me ouvirem. Peyton balançou a cabeça e seus olhos se arregalaram. ―

eu posso lidar com isso, meu amor. Ele não é o primeiro pai exigente e mal-

intencionado que eu já tive por perto.

― Tudo bem ―, ele resmungou e abaixou o telefone, apertando o

botão de viva-voz. ― Pai, você está com o meu companheiro agora.

― Por que eu quero falar com ele? ― Seu pai perguntou

genuinamente perplexo.

― Você não vai falar comigo, mesmo se decidirmos visitá-lo? ― eu

joguei de volta. ― Além disso, eu sou a sua melhor chance de conseguir que

Peyton diga sim.

― Eu pensei que você disse que ele era obediente? ― Eu amei que o

homem estava falando com Peyton e não diretamente comigo. Caralho.

― Eu estou com Peyton, mas ele é meu companheiro e eu o amo por

isso eu não lhe obedeço cegamente. Eu respeito ele. Você é apenas um

espinho na nossa bunda e eu me recuso a respeitar pessoas que não

merecem. Eu sou americano e você continua a dizer a palavra obediente como

se quisesse dizer prostituta.

― Olhe o seu tom comigo, garoto, ― ele rosnou.

― E eu começo a perceber que você não tem nenhuma autoridade

sobre mim, e embora seja o pai de Peyton e uma espécie de duque grande e

mau, aqui isso não significa nada. Você não pode falar com o Ancião Rice por

telefone de acordo com Peter, mas ele me chamou para checar como estava

indo o nosso acasalamento e me deu seu telefone direto, no caso de eu

precisar de alguma coisa. Quer ver quem pode ficar em apuros primeiro?

Houve uma pequena pausa.

― Você não soa como a doninha chorona que Peter descreveu.

― Por favor, ele não chorei nem mesmo depois que ele me bateu e

quebrou meu nariz. Ele só ficou chateado porque eu não o toquei com um de

50 metros. Ele foi rude, grosseiro, e um idiota. Eu achava que pessoas com

essa educação tinham boas maneiras.

― Ele deixou de fora o detalhe de que feriu você.

― Por que não estou surpreso? ― eu perguntei, revirando os olhos

para Peyton ver. ― Então, você é obviamente um homem de palavra, sendo

da realeza e tudo?

― Eu sou ―, ele concordou hesitante.

― Então, vamos falar da festa. A maior razão para Peyton não pegar

um avião é o medo por minha segurança, então vamos discutir isso primeiro.

Você pode garantir a minha segurança, me protegendo de sua família, de

quaisquer assassinos contratados, ou de seus guardas? Se eu for, você pode

me assegurar de que ninguém vai tentar me matar?

― Eu posso e eu vou.

― Bom, porque eu estou chamando o Ancião Rice e lhe dizendo

exatamente o que está acontecendo e onde nós vamos estar, e que se houver

o menor rumor que ele fique pronto para agir sobre isso. E se eu sumir ou

aparecer morto, ele vai saber de quem é a culpa.

― Você fez o seu ponto, meu jovem. Sua vida não está em perigo

enquanto estiver aqui.

― Agora, para o seu filho Peter. Você pode controlá-lo? Eu não quero

que ele me toque e ele deixou bem claro que me teria se me visse novamente,

se eu concordasse ou não.

― Peter será avisado e controlado ―, ele disse, desgosto em seu

tom. ― Eu tenho a sensação de que ele estava testando você. Por todas as

faltas do meu filho, eu duvido que ele recorra ao estupro quando há sempre

uma fila de pessoas que querem estar com ele.

― Eu posso entender o teste e não estou dizendo que o seu filho é

um estuprador. Eu só estou expressando minhas preocupações e delineando

seu comportamento anterior em relação a mim. ― Veja, ele poderia ser

simpático e educado, até mesmo diplomático. Então eu estiquei a minha língua

para Peyton, quando ele levantou uma sobrancelha para mim.

― Eu aprecio sua sinceridade. O que mais é motivo de preocupação?

― Uau. Eu coloquei meu pé no chão e o homem estava realmente sendo

decente para mim. Por que ele não podia simplesmente ter começado dessa

maneira?

― Quando é a festa e por quanto tempo teremos que ficar?

― Você não sabe o aniversário do seu próprio companheiro? ― Ele

parecia quase pronto para rir como se isso fosse alguma indicação quanto à

probabilidade de formarmos um casal. Corei, porque ele tinha me pego no

fato.

― Festas não são sempre realizadas na data exata para acomodar os

hóspedes ―, eu respondi pegando um bloco de notas e rapidamente perguntei

ao meu companheiro quando era seu aniversário. A data que ele respondeu

era quase a duas semanas de distância. Porcaria. Fale sobre prazo curto.

― Você está certo, mas desde que seu aniversário é no final de

semana, faz sentido vocês viajarem uma semana antes. Uma visita normal

seria composta de pelo menos uma semana.

Peyton realmente ficou pálido com a idéia e meu estômago se

sacudiu. Nossa resposta era a mesma, de jeito nenhum, porra.

― Devido ao convite em cima da hora, eu não posso ter certeza de

que possamos largar tudo. Peyton tem um horário de trabalho apertado e um

projeto importante acontecendo. Eu poderia ser capaz de convencê-lo a ir para

um fim de semana prolongado.

― Compromisso, muito apropriado ―, seu pai respondeu. ― Então,

vocês não vão vir?

― Não, eu ainda preciso discutir este assunto com o meu

companheiro ―, respondi com firmeza. ― Seria rude falar em seu nome. Um

de nós vai chamá-lo de volta em uma hora.

― Muito bom. Estou ansioso para conhecê-lo. ― Eu ouvi o clique do

fim da chamada e olhei para Peyton.

― Sim, ele simplesmente ignorou o que você disse e decidiu que

concordamos ―, ele resmungou enquanto deixava sua cabeça cair no balcão.

― Eu não quero ir.

― Eu também não, mas você acredita na ameaça do seu pai de que

eles vão vir aqui?

― Ah sim, ele adoraria ter um motivo para jogar de ferido e aparecer

aqui por pelo menos algumas semanas.

Eu engoli alto com a notícia.

― Então, este é realmente o menor de dois males.

Peyton levantou a cabeça e olhou para mim.

― Você não tem que fazer isso, Huck. Eu posso ir sozinho e lidar com

eles.

― Eu não vou deixar você lidar com os lobos sozinho ―, eu respondi

com firmeza. Então eu percebi uma coisa. ― A menos que você não queira

que eu vá, porque você está preocupado com o que eu vou dizer ou fazer?

― Não, meu companheiro querido. Você sendo potencialmente um

embaraço é a coisa mais distante da minha mente. Eu não quero te submeter

às pessoas da minha família.

― Eu faria isso por você. ― Dei-lhe o meu melhor sorriso enquanto

peguei sua mão. ― Vamos acabar com isso e então podemos levá-los da

melhor maneira possível a partir de agora. ― Ele assentiu, ainda parecendo

muito pálido. ― Você reserva os bilhetes de avião e eu vou ver com o meu

chefe se posso fazer algumas horas extras para conseguir alguns dias de folga.

― Danesse isso ―, ele rosnou quando pegou o telefone. ― Eu estou

fretando um avião para esta viagem. Eu quero garantir que possamos dar o

fora da Inglaterra se for preciso. É sempre bom ter um plano de fuga.

Será que o fato de que provavelmente iríamos precisar de um me

preocupava? Claro que sim porra!

Quase duas semanas depois estávamos pousando em uma pista

privada atrás da propriedade de seus pais em algum lugar na Inglaterra.

Inferno, a viagem e tudo tinham sido tão apressados, e tendo que fazer

trabalho extra para que eu pudesse ficar um tempo fora, eu nunca tive a

chance de olhar para onde estávamos indo.

― É a segunda vez que eu venho para a Europa e eu ainda não

consegui ver nada, ― eu resmunguei quando o avião parou e peguei minha

bolsa. Peyton tinha dormido a maior parte do vôo e, mesmo eu pegando no

sono por algumas horas, eu estava muito assustado para realmente relaxar.

― Talvez devêssemos ter uma lua de mel no sul da Itália ― , ele

ofereceu, mexendo as sobrancelhas para mim. ― Praias tropicais, praias de

nudismo, ilhas divertidas e muito para ver.

― Eu não estava tentando ganhar uma viagem, Peyton, ― eu disse

enquanto a emoção passou por mim com a idéia. Ele estava sendo muito

generoso ultimamente e eu não queria que ele duvidasse da razão de eu estar

com ele. ― Eu estou apenas preocupado e irritado.

― Exatamente por isso que você precisa de um período de férias

depois de todo esse drama. ― Ele me deu uma piscadela, pegou minha bolsa

de mim e colocou a alça no ombro. Eu sorri para ele e dei de ombros. Este

novo Peyton, muito mais relaxado era incrível. Na verdade, eu me apaixonei

por ele antes que ele estivesse melhor, mas era bem melhor quando ele estava

calmo.

Uma semana antes da viagem tivemos uma hora em sua sala de

jogos todos os dias. Eu nunca teria imaginado que o encadeamento teria

funcionado tão bem para ajudar a sua doença... Mas a prova estava nos fatos,

como o britânico dizia. Claro, ele ainda tinha problemas com a sua agenda

sendo interrompida, e coisas como Christy ter tentado limpar seu escritório o

pertubaram. Mas eu estava ficando melhor em lidar com ele.

Enfiei minha mão na sua, e depois desembarcamos do avião. Havia

uma limusine esperando e o motorista nos ajudou com as malas. Ele ia voltar

para buscar o piloto depois que ele estacionasse e fizesse outros arranjos. O

piloto iria ficar em um dos quartos de empregados enquanto ficássemos aqui,

estando pronto para o caso de precisarmos de uma fuga rápida. E sim, os pais

de Peyton tinham quartos de empregados. Amordace-me.

― Relaxe e seja você mesmo. ― ele disse em voz baixa quando

passou o braço em volta de mim. A limusine já estava em movimento e agora

nós estávamos assistindo a vista da casa do diabo se aproximar mais e mais.

― Eu amo você do jeito que você é. Isso é tudo o que importa para mim. Eles

podem ir a merda com isso por tudo que me importa.

― Eu espero que você ainda se sinta assim quando estivermos de

voltando para casa porque eu fui expulso da Inglaterra por insultar alguém da

realeza.

― Ele não é como o primo da rainha ou qualquer coisa ―, ele riu e

beijou meu cabelo. ― É complicado, pois ele é mais velho do que a rainha e

agora que shifters são conhecidos ele recebeu um título superior de Duque,

porque é um descendente direto.

― Nem tente explicar isso para mim novamente. Isso fez minha

cabeça doer na última vez. Ele é um duque, sua mãe é uma duquesa. Eu me

curvo quando formos apresentados e então eu me refiro a eles como Sua

Graça. Eu posso lidar com isso.

― Tudo vai ficar bem. Eu prometo. Se isso começa a ser demais, a

qualquer tempo, entramos no avião e voltamos para casa. Ou para a Itália, se

eu achar que você precisa relaxar.

― Sim, o meu chefe estaria feliz se eu apenas fugisse para a Itália

por um tempo ―, eu brinquei quando a limusine parou. Eu virei em meu

assento e franzi o cenho ao ver o quanto Peyton parecia preocupado. ― O que

há de errado? Você está mudando de ideia em estar aqui?

― Não, não é isso. Eu quero algo de você, mas não sei se tenho o

direito de perguntar ―, ele respondeu com um suspiro. ― E agora não é

realmente o momento certo para discutir o assunto.

― Provavelmente não, mas você não pode me levar para os leões

deixando esta questão misteriosa flutuando sobre minha cabeça! ― Eu me

movi para me escaranchar em seu colo quando não parecia que ele ia ceder.

― Fala logo ou eu não vou fazer sexo enquanto estivermos aqui ― , eu

ameacei, sorrindo quando sua cabeça se voltou para olhar para mim, os olhos

arregalados em choque. ― Por favor, diga-me e deixe minha mente livre.

― Eu quero que você saia do seu trabalho ―, ele sussurrou

enquanto movia seus braços em volta de mim. ― Preciso de ajuda com o meu

negócio e você tem sido tão bom em cuidar de mim e de nossa casa. Porque

você não pode apenas ter o seu próprio cartão de débito para as minhas

contas? Eu nunca olho para elas. Você não tem que me pedir dinheiro. Eu te

amo, Huck, e eu quero tornar a sua vida mais fácil, pois você faz a minha

maravilhosa.

― Eu tenho dinheiro suficiente para nós dois para o resto de nossas

vidas. Você não deveria ter que perder viagens ou estar esgotado por tentar

lidar com tudo. Eu trabalhei duro o suficiente por nós dois, século após século.

Isso deve contar para alguma coisa e para dar ao meu companheiro, que eu

amo, um pouco de liberdade e tempo para relaxar.

Eu não fiquei chocado porque estávamos tendo essa conversa. Eu

tinha a sensação de que ela iria chegar em breve. Eu só não tinha certeza de

que isso estava certo. Pesquisando em seus olhos, eu não encontrei nada,

apenas seu amor por mim e preocupação. Ele estava certo. Eu estava

queimando a vela em ambas as extremidades, uma vez que tinha acasalado e

um pouco mais de um mês depois, ficava cansado e sempre privado de sono.

― Eu vou pensar sobre isso, mas estou inclinado para o sim. Seus

pontos são lógicos, não egoístas, e eu estou cansado demais. ― Eu soltei um

grito quando ele me jogou de volta no banco e moveu seu corpo sobre o meu.

― Eu te amo, Huck ―, ele gemeu quando beijou ao longo do meu

pescoço. ― Eu te amo muito pra caralho, querido. Você não tem ideia do

quanto isso tem me preocupado. Eu estava tão assustado que estava matando

você porque sou tão exigente e precisava de ajuda. Eu quero que você viva

uma vida longa e feliz comigo.

― Eu quero isso também, meu companheiro sexy ― , eu respirei,

vacilando quando o condutor da limusine abriu a porta. ― Peyton, nós não

podemos fazer isso aqui. ― Suas mãos se moveram para a minha bunda e eu

mordi de volta um gemido. ― Eu não vou me encontrar com seus pais com

uma ereção!

― E ainda assim eu posso ouvir você ―, a voz de uma mulher

chamou. Eu oficialmente queria morrer de vergonha. Peyton congelou e eu

sabia que isso não era bom.

― Essa é a sua mãe, não é? ― Ele acenou com a cabeça e eu lhe

atirei punhais com o olhar. ― Eu vou chutar o seu traseiro por todo o lugar.

― Eu mereço isso.

Peyton limpou a garganta quando sentou-se, me ajudando a ajeitar o

terno que ele começou a tirar de mim. Eu tinha que admitir, eu gostei dos

ternos que ele tinha comprado sob medida para mim. Eu nunca tinha tido um

antes e eles me fizeram me sentir elegante. Exceto quando a sua mãe nos

pegou. Ele passou por cima de mim e saiu da limusine antes de mim. Sim,

depois disso ele devia se postar diante do pelotão de fuzilamento primeiro.

― Mãe, é tão bom ver você de novo ―, ele disse calmamente,

agindo como se nada tivesse acontecido. Eu deslizei para fora da limusine bem

a tempo de vê-los dar um abraço leve e um beijo no rosto um do outro.

Estranho. Ela era muito bonita, e eu podia ver que Peyton herdou seus olhos.

― Eu gostaria que você conhecesse o meu companheiro, Huckleberry Ike.

― Encantada. ― Ela estendeu a mão para mim. Eu dei um passo à

frente e me curvei enquanto peguei a mão dela e a beijei.

― Você é linda. Eu teria pensado que era uma princesa e não uma

Duquesa, ― eu soltei. Oh deuses, isso era ruim. Ela usava um vestido

requintado, que fluia e delineava sua figura perfeitamente.

― Ele é sempre tão bom em beijar um traseiro? ― Ela perguntou a

Peyton, levantando uma sobrancelha perfeitamente cuidada para mim

enquanto eu soltei a sua mão. Uau. Eu estava corando tão ruim agora que

quase me senti tonto.

― Não, mãe. Um dos encantos em Huck é a sua honestidade e

inocência quando se trata de interagir com as pessoas. Ele tem um bom

coração e acredita em partilhar seus bons pensamentos quando os sente, ―

Peyton respondeu suavemente enquanto passava o braço em volta da minha

cintura. ― É uma das coisas que eu mais amo nele.

― Honestidade e inocência? ― Seus lábios se contraíram antes que

ela soltasse uma rápida risada. ― Nós não vemos isso muito aqui. Deve ser

uma mudança refrescante.

― Obrigado pela compreensão, Sua Graça ―, eu disse calmamente.

― Isso tudo é muito novo para mim e eu tenho um sentimento que não

poderia ser capaz de controlar a minha boca.

― Eu já lhe aviso para morder a língua, pelo menos em torno de

meu marido. Mas tenho a sensação de que seria mais divertido se você falar

livremente. ― Ela balançou a cabeça e voltou para a casa. ― Vamos agora.

Temos um chá e lanche à espera na sala de recepção onde o seu pai e seu

irmão nos esperam.

― Nossas malas? ― Sussurrei enquanto nós a seguimos.

― O motorista vai levá-las até minhas suítes de infância, ― Peyton

explicou. Eu balancei a cabeça enquanto caminhava com ele. Ele se moveu

para sua mãe, comigo em seu outro lado. ― Eu vejo que você fez alguma

remodelação.

― Bem, você não tem vindo ao lar há pelo menos 500 anos. É claro

que o lugar mudou ―, ela repreendeu. ― Nós adicionamos várias facilidades,

e manteve-se com o tempo. Temos agora um spa completo, ginásio e piscina

nos níveis mais baixos.

― Eu poderia precisar de uma piscina se continuar a me

envergonhar. ― eu gemi quando percebi que tinha dito isso em voz alta a

partir do olhar que ambos me deram.

― Meu companheiro muda para um lindo hipopótamo, ― Peyton

disse, sua voz com orgulho. ― eu admito, nunca achei que eles eram animais

majestosos até que eu o vi mudar. Um nadador gracioso, apesar do seu

tamanho.

― Isso explica o peso extra sobre ele ―, ela respondeu em tom de

desaprovação. Eu nem sequer pestanejei. Peyton tinha me avisado que as

coisas eram assim na casa de seus pais e na corte. Um insulto nunca era

realmente um insulto, mais como uma declaração envolta em um.

Além disso, ela sabia muito bem o que eu era e como eu me parecia.

Peyton tinha me dito que eles sabiam mais sobre mim e minha familia que o

Imposto de Renda. Eles procuravam fundo para achar alguma sujeira. Pessoas

doces, certo?

― Eu estou um pouco abaixo da linha de obesos ―, eu disse

calmamente, nem mesmo dando-lhe um olhar, como se não fosse importante.

A casa era realmente incrível por isso eu não tive dificuldaxde em olhar para a

decoração. ― E eu tendo a não me preocupar com isso desde que Peyton

adora o jeito que eu sou. Minha dieta é saudável, além de uma pequena

dependência de Mountain Dew, mas eu acho muito melhor do que beber álcool

com frequência ou em excesso.

Eu joguei a última parte porque Peyton mencionou que sua mãe

nunca tinha ido a uma festa que ela não tinha se acabado na bebida.

Mesquinho de mim por trazer isso? Foda-se sim, mas eu estava nadando com

os tubarões e não jogar seu jogo era o mesmo que anunciar que eu era a

comida.

― Meu filho sempre foi atraído por homens mais baixos, mas

normalmente eles eram bem magros ―, afirmou. Ela era boa. Ela nem sequer

reconhecer meu jab (soco). ― O que aconteceu com o menino que esteve

com você por algumas décadas, Peyton? Aquele pequeno que você bajulava

tanto?

Eu vacilei em primeiro lugar. Droga. Peyton tinha deixado de fora que

ele teve um amante há décadas e me disse que eu era o único que ele já

amou!

― Miles ―, ele respondeu, me dando um leve aperto enquanto

continuamos andando. ― eu definitivamente não o bajulava. Eu gostava dele,

mas nunca foi mais do que isso. Acredito que Peter o cortejou de minha cama

com a promessa de riquezas e em seguida, o atirou para fora após uma noite.

― Ah, sim, um jogo tão estranho que você e o seu irmão jogavam

sobre os homens. ― Ela parou quando chegamos a uma porta que se abriu

imediatamente. ― Presumo que este vai ser diferente, pois ele usa o selo de

acasalamento com suas iniciais? Mesmo que ele não esteja em seu gosto

normal.

― Como eu amadureci eu tenho outro gosto para homens ―, ele

respondeu e eu podia facilmente ver a raiva incendiar em seus olhos. ― Eu

prefiro um homem exuberante, saudável a um corpo magro em qualquer dia.

― E eu nunca trairia Peyton, nem por todas as riquezas do mundo ―

, acrescentei, dando-lhe um olhar aborrecido. ― eu nem sabia que ele tinha

dinheiro quando nos encontramos na conferência. Eu ainda trabalho e

mantenho minhas próprias contas. Há mais coisas na vida do que dinheiro e

encontrar alguém para acasalar por algo tão trivial é superficial e chega a ser

patético. Além disso, eu me acasalei com o mais formoso dos dois irmãos. Eu

não tenho vontade de estar perto de Peter, muito menos sozinho com ele como

eu discuti com o seu marido.

Ela me deu um sorriso.

― Depois de tudo você só poderia fazê-lo através deste fim de

semana.

Eu suspirei depois que ela entrou na sala de recepção. Eu odiava essa

merda. Peyton segurou meu rosto e me deu um breve beijo.

― Eu te amo muito e só amei você.

― Eu sei disso. ― Apesar de todos os seus defeitos, Peyton não era

um mentiroso.

― Senhor Peyton Fahey e seu consorte, Huckleberry Ike ―, um cara

anunciou quando entramos na sala. Eu me virei e olhei para Peyton com os

olhos arregalados.

― Deixou de fora alguns detalhes? ― eu murmurei quando ele me

deu um olhar envergonhado.

― Eu tentei me lembrar de tudo que precisava dizer. Eu juro que eu

fiz. ― Eu balancei a cabeça e o deixei fora do gancho. Eu não tinha certeza se

gostei do título de consorte, mas eu poderia ter sido anunciado como o Senhor

Huckleberry. Caminhamos até a sua família, que agora estavam de pé. Havia

também algumas mulheres de vestidos iguais ao da mãe de Peyton, e eu dei

uma pausa.

Qual era o jogo agora?

Abaixei quando Peyton se curvou para o seu pai, mas nós

conversamos sobre minha reação a Peter. Recusei-me a me curvar para o

homem e Peyton disse que não era necessário, porque como seu companheiro

eu era igual a Peter. Além disso, o filho da puta me bateu, então ele poderia

beijar minha bunda se ele achava que eu ia fazer algo mais do que

cumprimentá-lo com um aceno.

― Você não deve ter explicado ao seu companheiro plebeu como agir

na presença de um Senhor e próximo na linha para ser Duque, ― Peter

anunciou muito mais alto do que o necessário. Sim, todo mundo ouviu você,

idiota!

― Na verdade eu fiz, e uma vez que ele é meu companheiro, ele não

tem que se curvar para você, ― Peyton praticamente rosnou. Enfiei minha mão

na sua e me enrolei em torno de seu braço para o conforto. Senti seus

músculos tensos relaxarem quase que instantaneamente.

― E desde que você entrou em nossa casa, me insultou, me

pressionou e quebrou meu nariz, eu nunca iria dar-lhe o respeito devido―,

acrescentei. ― Mas você já sabia disso, então vamos cortar os jogos e nos

sentar como pessoas civilizadas.

A raiva de Peter explodiu em seus olhos e em suas narinas, antes de

ele se recompor e responder educadamente.

― Nós não vamos sentar, não até que você e Peyton cumprimentem

as candidatas a se tornarem Lady Peyton Fahey.

― O que? ― O tom de Peyton estava tão frio que eu quase estremeci

a partir dele. Então, novamente, eu estava muito ocupado tentando não

vomitar em toda parte.

― Bem, você se acasalou a um homem ―, o Duque respondeu em

um acesso de raiva. ― Você não pode trazer um homem como sua esposa

para encontros da sociedade ou para sua festa amanhã. Vocês ainda estão

autorizados a se casar pelas leis do país, uma vez que o acasalamento não é

reconhecido como um matrimônio oficial.

― É por isso que você decidiu de repente lhe dar uma festa de

aniversário, ― eu sussurrei, o horror da situação finalmente afundando em

mim ― Você queria que as mulheres desfilassem em frente a ele na esperança

de que ele escolhesse uma e se case, para lhe dar herdeiros e salvar sua

família.

― Veja, seu consorte entende. Ele pode manter esse título e o de

companheiro, mas você teria uma esposa que seria Lady Fahey.

― Eu não disse que entendo ―, eu rebati. ― eu disse que pude ver

seu raciocínio por trás disso.

― Vamos para casa, meu companheiro querido, ― Peyton disse. ―

eu não vou tolerar isso.

― Eu disse que ele não poderia lidar com uma simples discussão

sobre seus deveres sem fugir ― , Peter disse e riu, olhando para Peyton com

ar satisfeito.

― Tente dar a mínima para alguém, mas por mais de cinco minutos

e encontrer um companheiro que você ama e adora. E depois se sente e julgue

a minha reação, irmão, ― Peyton fervia. ― Isto é uma vergonha para ele,

para o nosso acasalamento, e um fodido insulto. Eu não vou deixa-lo ser

submetido a essa merda. ― Ele passou o braço em volta de mim. ― Vamos

para casa.

― Espere, ― eu sussurrei, piscando para conter as lágrimas. ― Você

sabe que se sairmos agora eles só vão nos visitar e levar essas mulheres com

eles. Tê-los em nossa casa seria muito pior. ― Olhei para o Duque. ― Você

tem todas as melhores mulheres e as mais bonitas aqui esperando para

conquistar o meu companheiro?

― Eu tenho ―, ele respondeu, olhando-me mais como se eu de

repente me tornei interessante.

― Eu vou fazer com você um negócio se você me der a sua palavra

de honra de que se fizermos isso, termina após este fim de semana.

Ele compartilhou um olhar com a sua mulher e então me deu um

aceno de cabeça.

― Faça a sua proposta.

― Nós ficamos e conhecemos todas as mulheres que você quiser. ―

Meu companheiro engasgou com a minha declaração, mas eu levantei minha

mão para ele esperar. ― Se qualquer uma delas puder despertar o desejo em

meu companheiro gay e ele a achar desejável o suficiente para produzir

pequenos herdeiros, eu não vou ficar no caminho disso.

― Huck, não ―, ele sussurrou quando eu balancei a cabeça e me

afastei dele.

― No entanto, ele não vai se casar com a noiva e levá-la de volta à

nossa casa, onde eu teria que lidar com ela. Você quer que ele lhe dê uma

Senhora Fahey, que é basicamente apenas no nome. Ela pode ficar aqui, ser

sua esposa na corte, ou o que você quiser. Se nenhuma delas o tentar, então

isso acaba. Eu não quero ouvir de novo que sou apenas seu companheiro ou

seu consorte.

― Eu vou ter o mesmo respeito de um casamento real e

acasalamento como se eu fosse uma mulher. E de qualquer forma, eu não vou

ser um segredo sujo que ele tem que esconder na frente de estranhos do

caralho porque você acha que ser gay é uma vergonha. A UPAC reconhece o

acasalamento do mesmo sexo assim como reconhecem o seu. Eu sou um

cidadão americano e sigo as leis que o meu ancião define. Não o governo

britânico ou os pais do meu companheiro. Eu me fiz perfeitamente claro?

― Será que você concorda com estes termos? ― O Duque perguntou

a Peyton.

― Não, não, eu não concordo, mas eu acho que o meu companheiro

é mais sábio do que eu nisso ―, ele respondeu desanimado. ― Você não vai

desistir nunca. Ele está certo de que você nunca vai nos deixar em paz. ― Ele

virou para mim então. ― Você está realmente bem com isso?

― Foda-se não, mas eu vejo isso como o menor de dois males. Eu

nunca iria ficar no caminho de você ter filhos e, se você não fizer um acordo e

acabar com isso agora, eles poderiam nos incomodar para o resto de nossas

vidas muito longas. Eu não posso ter isso pairando sobre nossas cabeças para

sempre.

E assim, fizemos um pacto com o diabo com base que ele o manteria

até o fim.

Capítulo 9

Eu estava sentado à mesa de jantar, observando as mulheres ao

redor do meu companheiro dando em cima dele. Eu odiava jogar Peyton aos

lobos como esses, mas isso era uma bagunça criada por sua família, e eu

duvidava seriamente que era mais duro para ele do que para mim. Por outro

lado, eu decidi lidar com isso ficando bêbado.

Eu estava tão ocupado focando em meus problemas que mal capturei

o que a duquesa estava dizendo para mim. O duque estava na cabeceira da

mesa, Peter à sua direita, e depois a mulher de Peter. Sim, isso me chocou

também. Em seguida, a duquesa e, por fim, eu. O significado disso não foi

perdido para mim. Embora ele achasse estranho que a duquesa não se sentou

ao lado do duque.

Depois do aperitivo eu descobri por quê.

― Você não pode estar falando sério, ― eu resmunguei enquanto a

mão da mulher encontrava a minha coxa. Eu me virei para ela, atirando-lhe

punhais. ― Eu estou pronto a para jogar seus jogos ou ser gentil. Você quer

afastar meu companheiro de mim.

― Não, nós apenas queremos ter certeza que ele consegue tudo o

que ele tem direito e que não pode ser dado a ele por um homem ―, disse ela

com um insulto leve. Bom, nós dois estávamos caindo de bêbados. ― Mas,

enquanto ele está ocupado não significa que você não possa se divertir. ― Ela

segurou minha virilha e eu simplesmente levantei uma sobrancelha para ela.

― Você está mole.

― Sim, você tem seios, ― eu ri, me perguntando se era por causa

do vinho que eu bebi. Isso não faz absolutamente nada para mim, irmã. E você

é a mãe do meu companheiro. Quer dizer, eww.

― Bem, você não tem que ser tão rude sobre isso ―, ela retrucou e

retirou a mão.

― Rude é estar mexendo com o companheiro do seu filho.

― Eu acho que é maravilhoso que você trata os plebeus como se

fossem nossos iguais ―, uma das candidatas disse a Peyton. Enquanto falava,

ela brincava com o colar que estava sobre seu peito enorme. Quero dizer,

meus deuses, como ela ficava de pé com isso? Eu era muito gay, e nunca

sequer pensei ou quis uma mulher, e ainda assim eu não podia deixar de olhar.

― Eu tenho vivido na América desde antes de se tornar um país.

Aprendi que todos nós somos apenas homens e mulheres. Nós todos queremos

as mesmas coisas na vida e ter dinheiro ou um título não faz de alguém uma

pessoa melhor ―, Peyton disse firmemente enquanto olhava para a mulher

com nojo. ― E uma mulher que se sente de outra forma não seria alguém que

eu gostaria que criasse meu filho. ― Ele olhou para o duque e eles trocaram

um olhar.

― Ela não teria sido minha escolha também ―, o duque concordou.

E foi assim que ela foi escoltada da sala e outra tomou seu lugar.

― É como assistir um leilão de gado ou cavalo ―, eu disse, um

pouco mais alto do que pretendia. ― Se ela falhar, vamos trazer outra tão

disposta a ser usada como uma égua de criação.

Peter bufou e depois tossiu depois de engasgar com sua bebida.

Peyton mordeu o lábio para não rir enquanto as quatro mulheres ao redor dele

atiraram punhais para mim. Sim, eu não ia querer ser rotulado como uma

égua de criação, mas elas não davam a mínima para Peyton. Inferno, o acordo

não era para que eles fossem realmente casados. Talvez ele fosse bater uma

punheta e deixá-la na corte.

Eu não tinha respeito por alguém que estivesse de acordo com esses

termos.

― Pelo que eu ouvi você é apenas o garoto de recados e não tem

espaço para julgar ―, uma delas disparou. ― Curve-se mais para as suas

refeições, certo?

Eu sorri para ela.

― E, assim, você também se foi. Valeu a pena fazer esse comentário

quando nós dois sabemos que Peyton me ama?

― Um homem gay é apenas um homem que não encontrou a mulher

certa ―, ela rosnou quando um dos servos a puxou para fora de sua cadeira ao

sinal do duque.

― Na verdade eu concordo, ― a duquesa ronronou quando tentou

novamente. Revirei os olhos e encontrei o olhar de Peyton.

― Eu sinto muito, eu amo você, mas sua família fodida faz a minha

parecer normal.

― Você nunca me falou de sua famíli, mas eu não acho difícil de

acreditar. ― eu podia ver o desconforto na expressão do meu companheiro

quando outra mulher sentava ao lado dele. Quantas mulheres eles tinham à

espera? Todas as mulheres disponíveis e com boa criação em toda a

Inglaterra?

― Sim, já que ele lembrou vamos discutir a família de seu consorte.

―, disse o duque com um brilho maligno em seus olhos.

― Vá em frente, eu estou bêbado o suficiente para discutir isso

abertamente ―, eu ri antes de beber mais vinho. Então eu me virei para a

duquesa. ― Não me toque.

― Eu só estava tentando consolá-lo ―, ela disse inocentemente e

retirou a mão.

― Voltando para a sua família ―, o duque interrompeu, mas eu nao

tinha acabado de mexer com a sua família.

― Então, você sempre se certifica de que todos os seus servos são

quentes, homens jovens, de forma que você tenha entretenimento? ― Eu

perguntei, olhando entre os dois. Foi a vez da mulher de Peter engasgar.

Maravilhoso. Eu estava ficando bom em quebrar seus personagens perfeitos.

― Não, meu marido entrevista e contratata todos os funcionários ―,

a duquesa respondeu, franzindo as sobrancelhas em pensamento.

Olhei com os olhos arregalados para Peyton, que também estava

sorrindo.

― Então, não é que ele odeia o fato de você ser gay. Ele odeia que

você se declara abertamente gay e ele não pode! Incrível. ― eu me virei para

os servos que estavam parados na parede à espera de uma ordem. ― quantos

de vocês têm entretido o duque?

Duas mãos subiram antes que eles percebessem o que tinham

acabado de admitir.

― Realmente, Pai? ― Peter engasgou.

― Isso explica muito ―, Peyton resmungou.

― É um absurdo! ― O duque gritou, mas ele sabia que o pegamos.

Marque um ponto para o plebeu. Ele me deu um olhar que me faria tremer se

eu não estivesse bêbado. ― Além disso, nós estávamos discutindo sua família.

Como sua mãe cometer suicídio depois de matar sua irmã e tentar matar você.

Então, todos os olhos estavam sobre mim, principalmente olhares de

horror. Mas eu estava preparado para isso, não que ainda não machucava.

― Minha mãe enlouqueceu depois que eu mudei pela primeira vez,

quando tinha 13 anos. Ela não sabia que meu pai era um shifter, e ele nos

abandonou quando éramos pequenos. Você esqueceu esse detalhe, Sua Graça.

Minha irmã era humana, apenas eu era um shifter. Ela sempre foi um pouco

instável depois que ele saiu, ele tinha sido o amor de sua vida. Mas, quando

ela percebeu que deu à luz uma abominação, ela achou que minha irmã mais

velha também era. Ela atirou em minha irmã e em mim, antes de se matar.

― Eu sobrevivi porque era um shifter e pedi ajuda. Eu vivi em um

orfanato até que tinha dezessete anos quando me mudei para Nova York,

terminei o ensino médio, e arrumei um trabalho. Eu ainda estou no mesmo

emprego, trabalhando para a mesma pessoa que deu uma chance a um garoto

pobre e com um passado terrível. ― Eu dei ao duque o olhar mais frio que eu

era capaz. ― Então você vê, me chamar de plebeu não chega nem perto da

pior coisa que eu já foi chamado.

― Como você não me disse isso, Huck? ― Peyton perguntou,

parecendo esmagado.

― Sinceramente, pensei que você sabia desde que Peter disse que

sua família fez uma pesquisa sobre mim. Não faria sentido seu pai não enviar

toda a sujeira que encontrou para você. Eu presumi que você sabia e nunca

quis discutir o assunto.

― Eu não tinha ideia.

― Então eu sinto muito. Não era para você ficar sabendo disso

assim. ― Levantei-me e tive problemas para ficar de pé depois de tudo o que

eu bebi. ― Você jogou seu Áses, Sua Graça. Eu acho que não estou mais com

fome, por isso, se você me der licença eu estou indo para o nosso quarto. ―

Peyton ficou de pé e eu balancei a cabeça. ― Não, não, você fica aqui e veja

se pode encontrar uma Senhora Fahey. Quanto mais cedo você terminar com

isso melhor. Tenho certeza de que vai ter mais pretendentes para você

amanhã.

― Eu te amo.

― Eu sei e eu também te amo ―, eu respondi com um sorriso triste.

― Mas isso não quer dizer nada para os outros, não da maneira que é para

nós. Vejo você mais tarde, quando você terminar com o seu dever.

Eu me afastei da mesa e sai da sala. Ignorei o que todo mundo

estava dizendo, provavelmente era sobre o quão rude e mal educado eu era.

Eu tinha duas palavras para isso. Fodam-se. Eles. Eles podiam

mascarar a sua grosseria e chamá-la de conversa por tudo o que eu queria.

Mas pelo menos eu fui honesto e não havia uma maldita pessoa na sala, além

de Peyton, que poderia dizer o mesmo.

Levei três tentativas, mas finalmente encontrei o quarto. Tirei meus

sapatos caros que provavelmente custaram mais do que eu ganhava em uma

semana e cai de cara na cama. Eu não consumia álcool muitas vezes, mas

parecia que hoje eu fiz a coisa certa. Eu desmaiei antes mesmo de alcançar a

cama.

― Oh, meu companheiro querido, ― Peyton sussurrou infeliz no meu

ouvido. Eu gemi e rolei enquanto ele tirava meu paletó. Olhei no relógio e vi

que estive dormindo por cinco horas.

― Você está cheirando a perfume barato ―, eu choraminguei e o

empurrei. ― Você esolheu uma delas.

― Eu não escolhi ―, ele disse firmemente e depois seus lábios

estavam nos meus. Eu gemi e me abri para ele, com a necessidade de sentir a

conexão com ele. ― Eu te amo, Huck. Eu sou gay. Nenhuma dessas mulheres

fez nada por mim e elas foram horrendas. Se mais uma esfregasse seu peito

acidentalmente contra o meu braço eu ia vomitar. Elas não entendem que se

jogando em mim não vão ganhar nada.

― Quantas candidatas você descartou? ― Eu perguntei enquanto ele

me despiu e pendurou as minhas roupas.

― Uma dúzia ―, ele suspirou. Eu observei meu companheiro lindo

também tirar a roupa. O homem ficava muito bem vestido. Embora nu fosse de

tirar o fôlego. ― Meu pai diz que há mais de uma dúzia se hospedando aqui e,

provavelmente, mais de duas dezenas, estarão na festa de amanhã.

― Me desculpe por não lidar bem com isso ―, eu admiti, enquanto as

lágrimas ardiam nos meus olhos. ― Eu pensei que não seria um grande

negócio. Você me ama, é gay e não quer isso. Mas vê-las tratá-lo como a

galinha dos ovos de ouro só me irritou. Elas não se importam que você seja

gentil e doce. Elas não querem te conhecer ou descobrir o amante apaixonado

que você é. É tudo sobre dinheiro e um título estúpido. Ficar bêbado soou bem

no momento.

― Ei, nenhum companheiro deveria ter que aturar essa merda ―, ele

disse suavemente enquanto se moveu sob as cobertas e se juntou a mim. ―

Eu acho que você é incrível por ter cogitado esse acordo. Eu não acho que teria

sido forte o suficiente, se a situação se invertesse. ― Ele me segurou perto

enquanto beijava meu ombro, se ajeitando por trás de mim. ― Sinto muito

sobre sua família. Eu percebi que você não gostava de falar sobre eles, mas eu

nunca teria imaginado que algo tão horrível tivesse acontecido com você.

― Por que você diz isso?

― Você é tão normal, Huck. Você tem o controle da sua vida e pode

lidar com qualquer coisa. Eu não esperaria isso de alguém que teve um trauma

como esse! Sua irmã morreu pela mão de sua mãe, ela atirou em você, e

depois se matou. Qualquer uma dessas coisas levaria a maioria das pessoas a

viverem em um quarto acolchoado para o resto de sua vida.

― Porém você não sabe como realmente é dentro do meu cérebro, ―

eu admiti, desejando calar a boca e ser um bêbado quieto.

― O que mais você não me disse? ―, Ele perguntou em um tom

escuro. Ele estava chateado que eu não tinha sido aberto com ele. Eu podia

entender isso. Suspirei e virei em seus braços.

― Passei toda a minha vida não sendo querido. Quando o meu pai

nos deixou minha mãe nos odiava porque éramos lembranças dele. Eu não

tenho certeza se ela queria filhos. Talvez ela nos teve para tentar mantê-lo.

Quem sabe? Mas ela nunca me amou enquanto eu crescia. E a assistência

social não foi melhor para mim. Eu estava por mim próprio com 17 anos, louco

e sozinho no mundo, desesperado para alguém me dar um momento de

atenção. Eu não sou totalmente estável Peyton.

― Eu pensei que você fosse um pouco louco para colocar-se em

todas as minhas merdas e não correr depois que acasalamos. Eu fui horrível

com você.

― Mas eu fiz isso porque queria sua aprovação. Eu queria que você

me desse atenção e cuidasse de mim. Isso também não é. Eu acho que é por

isso que eu gosto tanto do seu quarto de brinquedos. Quer dizer, eu sei que ele

é para você, mas isso me ajuda muito.

― Eu lhe dou bastante amor agora? Você realmente sabe o quanto

eu quero e preciso de você? ― Eu balancei a cabeça depois de um momento.

― Ótimo. Porque eu morreria se você me deixasse, Huck. A vida não significa

nada sem você agora que eu te encontrei.

― Você vai me mostrar? ― Eu sussurrei quando as lágrimas

começaram a cair. ― Eu preciso que você me mostre agora, Peyton. Tudo isto

foi demais para mim e eu preciso sentir o amor do meu companheiro.

― Com prazer ―, ele ronronou.

Eu gritei quando ele se abaixou para debaixo das cobertas e enterrou

a cabeça entre as minhas pernas. Estendi a mão para o criado-mudo e peguei

o lubrificante entregando para ele. Ele me agradeceu empurrando sua língua

na minha bunda e me comendo completamente. Ele me deu um orgasmo

glorioso antes mesmo de me estender totalmente.

Então ele afastou as cobertas e se enfiou duro em mim. Eu me

contorci e gemi sob ele, me abrindo completamente como se ele fosse o dono

do meu corpo.

― Eu nunca mais quero enfiar meu pau em qualquer coisa que não

seja essa bunda doce, nunca mais ―, ele grunhiu, seus olhos queimando de

desejo e desespero. ― Você pertence a mim e eu não me importo se eles me

fizerem conhecer uma centena de mulheres, isso nunca vai mudar. Você é

quem eu escolho Huck. Ninguém nunca vai me dar o prazer que eu recebo do

seu corpo perfeito e de quando você está em meus braços.

― Eu te amo ―, eu choraminguei quando envolvi meus braços ao

redor de seu pescoço e o puxei para um beijo. Ele encheu meu corpo

completamente, fazendo meu coração inchar com a perfeição que éramos

juntos. Peyton fez com que eu gozasse e depois me seguiu. Quando

terminamos ficamos ali abraçados, nossos corpos tremendo enquanto

recuperávamos o fôlego. Era como se não pudessemos nos mover ou piscar,

para não quebrar o momento.

― Nós poderíamos ser sempre aquele casal incoveniente que está

sempre tocando e beijando amanhã. Isso pode assustar algumas das

candidatas.

― Grande conversa de travesseiro, ― eu ri. Ele tinha um brilho mal

em seus olhos e eu sabia que ele não estava pensando sobre isso durante o

sexo. Era mais como se o sexo foi tão impressionante que ele estava achando

maneiras de manter suas mãos em mim amanhã. ― Mas eu aceito. Acho que

devemos deixar todo mundo ver o nosso amor.

― Só não a sua bunda ―, ele rosnou quando ele a apertou. ― Esta

é minha bunda.

― Sim. Sim, é. ― Amém a isso.

No dia seguinte, no café da manhã, todos estavam em trajes civis. A

duquesa entregou os horários dos eventos do dia e quando era necessário

estar e o local. Droga. As pessoas ricas eram estranhas. A festa não poderia

ser uma festa... tinha que durar o fim de semana inteiro? Devia ser bom.

E nós paramos de jogar pelas suas regras. Nós tínhamos dado a eles

o suficiente. Eu não me importava que o meu lugar era ao lado da duquesa,

em frente ao meu companheiro. Eu esperei até que Peyton se sentou antes de

sentar em seu colo como se estivesse em casa. Bem, às vezes, a maioria das

vezes eu realmente sentava em minha própria cadeira.

Nos encaramos e fizemos o que aquelas pessoas apaixonadas e

irritantes faziam. Então eu decidi fazer um pouco mais.

― Nós temos algumas horas antes dos convidados começarem a

chegar, ― eu ronronei a Peyton. ― Quer ver se conseguimos quebrar outra

cama? Ou talvez nós pudessemos jogar com aquele brinquedo especial? ― Eu

golpeei meus cílios para ele inocentemente.

― Corra ―, ele rosnou. Eu gritei e sai correndo da sala. Llamas não

eram animais agressivos, e era exatamente por isso que a parte homem do

meu companheiro gostava de ir à caça.

Nós nos divertimos tanto que perdemos a noção do tempo e

estávamos atrasados para receber os convidados. Oh, droga.

O almoço foi um tédio e parecia que todos estavam combinados para

nos manter separados. Então nós tivemos uma pausa para nos preparar para o

jantar antes do baile. Peyton e a bola. Peyton e eu aproveitamos esse tempo

de melhor forma.

No momento em que nos sentamos para jantar, eu estava me

contorcendo no lugar, porque a minha bunda estava queimando. Peyton me

deu um olhar astuto e eu podia praticamente sentir as ondas de orgulho saindo

dele por um trabalho bem feito.

― Senhor Fahey, você gosta do meu vestido? ― Uma mulher jovem,

do outro lado de mim perguntou, inclinando-se sobre mim como se eu não

estivesse lá.

― Você é maior de idade? ― eu empalideci. Parecia que ela tinha

quinze anos.

― Eu tenho 18 ― , ela respondeu em um tom arrogante. ― Não que

eu deveria ter que responder ao empregado.

― É isso que eles estão dizendo às pessoas que eu sou? ― Ela

pareceu confusa e depois assentiu. Eu não pude deixar de rir.

― Sim, você era motorista de Peyton e o enganou no acasalamento.

― Uau, eu não deveria estar surpreso que seus pais estão

recorrendo à mentiras, mas isso não poderia estar mais longe da verdade. ―

Eu olhei para ela novamente. ― Por que você quer está concordar com tudo

isso?

Ela pegou o guardanapo como se fosse limpar a boca, mas na

verdade era para cobrir os lábios no caso de alguém estar prestando atenção.

― Eu não concordei. Meus pais querem o status que vem do

casamento com Peyton. Eu quero me apaixonar, mas não posso dizer não a

eles.

― Bem, eu posso tirá-la da lista de candidatas ―, eu disse

suavemente antes de me inclinar sobre Peyton. ― A menina que está perto de

mim só está fazendo isso porque seus pais estão forçando-a. Você pode ser

capaz de descartá-las mais rápido do que você pensa, se você simplesmente

lhes perguntar se elas querem mesmo isso.

― Eu nunca pensei nisso. ― Eu podia ver o choque em seu rosto

antes dele se inclinar e me beijar. ― Companheiro inteligente.

― Eu tento.

Depois do jantar, eles vieram com um saco cheio de truques novos

para nós. Ou seja, ver se eles poderiam tentar-me a ser infiel. Eles devem ter

chamado cada homem grande e gay na área que queria um cara baixinho e

robusto porque os malditos estavam por toda parte.

― Você está fora ―, eu ouvi Peyton rosnar para uma mulher. ― Eu

não quero uma mulher e me oferecer ménages com suas irmãs não a torna

mais atraente aos meus olhos.

Oh deuses! O que algumas dessas mulheres não fariam para prender

ele?

― Eu estou bem com ménages com outros homens, Senhor Fahey

―, outra ronronou enquanto passava a mão por seu braço. ― É só se livrar do

hipopótamo gordo e podemos trazer todos os tipos de bissexuais quentes para

a nossa cama.

― Oh foda-se, vadia ―, eu zombei dela. ― Eu não tenho um vestido

de arco para esconder o tamanho da minha bunda, e não atire pedras em

casas de vidro porque você também não é magra.

― Você está fora ―, Peyton confirmou enquanto caminhava para

mim. ― Posso ter esta dança?

― Eu não sei dançar ― , sussurrei, percebendo que muitas pessoas

estavam me observando.

― Basta seguir minha liderança, meu companheiro querido. Eu não

vou deixar você cair ou se envergonhar ―, ele me assegurou.

Eu concordei e ele me levou para a pista de dança. Era divertido

quando relaxei. Ele girou-me aqui e lá e foi bom ter uma desculpa para estar

perto dele. Quando eu pensei que a música estava prestes a terminar, ele

mergulhou e me deu um grande beijo. Eu gemi e o beijei de volta.

Quando necessitamos de ar, Peyton me puxou de volta e me virou de

modo que eu estava de costas para o seu peito. Ele me segurou com força e só

então eu me dei conta de que a música tinha parado e todos os olhos estavam

sobre nós.

― Este é o meu companheiro, Huckleberry Ike ―, anunciou em voz

alta. ― eu o amo e ele é quem eu escolhi para passar o resto da minha vida.

Ele é um homem bom, que eu o conheci na conferência da UPAC. Ele não era

meu motorista ou servo, e ele nunca foi um prostituto ou stripper. Ele é doce,

gentil, acolhedor, inteligente e um homem melhor do que eu jamais vou ser.

Ele sempre será o único para mim e ele não vai a lugar nenhum. ― Ele

respirou profundamente. ― Agora, existem mais candidatas que eu posso

negar?

Nós esperamos por um momento, mas ninguém se aproximou. Girei

em seus braços e olhei para ele.

― É isso que você pensa de mim? ― eu sussurrei enquanto olhava

para aqueles olhos azuis que eu amava.

― Com todo o meu coração, meu companheiro querido. Não

podemos casar oficialmente, mas no meu coração, você é muito mais que um

marido para mim. Você é a minha alma.

― Eu te amo tanto, Peyton, ― eu jorrei, tentando me manter

comportado desde que estávamos em público.

― Quer me mostrar no vôo para casa? ―, Ele sugeriu. Eu não pude

deixar de rir quando ele balançou as sobrancelhas para mim.

― Sempre. Eu sempre quero te mostrar.

― Ótimo. ― Ele me deu um beijo rápido e me pegou em seus

braços. Em seguida, ele procurou seus pais. ― Nós cumprimos nossa parte do

acordo. Eu já neguei todas as suas candidatas ou elas recuaram. Você vai

honrar os termos do acordo?

― Nós vamos, ― seu pai disse enquanto apertava os dentes.

― Então nós vamos vê-lo em mais algumas centenas de anos ou

mais, ― Peyton respondeu rapidamente. ― Obrigado pela linda festa. Estou

tocado por meus pais se importarem tanto com a minha felicidade que

jogaram todas essas mulheres em mim ou tentaram fazer meu companheiro

me trair. Uma família tão amorosa que temos.

― Nós só queremos o que é melhor para você ―, a duquesa disse

com um suspiro. ― Não estávamos tentando ser intrometidos.

― Eu tenho o que é melhor para mim em meus braços e ele é tudo o

que eu sempre quis. ― Peyton me deu um sorriso antes de se voltar para eles.

― Percam o meu número. Esqueçam meu endereço de e-mail. Nunca

apareçam na minha porta, porque vocês não serão bem-vindos. Eu tenho toda

a família que preciso agora e ele realmente se importa com o que eu quero e

me ama.

E com isso meu companheiro se virou e deixou o salão, ainda me

segurando como seu eu fosse a coisa mais preciosa do mundo. Uma hora

depois, estávamos no ar em direção a casa. Nossa casa.

Ah, e devido a forma como ele se levantou para mim e me mostou

até onde ele iria para me reclamar como seu, eu decidi que o mínimo que eu

podia fazer era sair do meu trabalho e me focar em ajudá-lo. Quanto mais

ajuda ele tivesse com o seu trabalho, mais tempo teríamos para brincar. E eu

adorava brincar com Peyton.

Fim.