Caçadores da meia noite (original)

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Capitulo -1 Colégio De Cacciville. Theo, se apresse, a aula de química vai começar e você ainda não saiu desse banheiro, anda cara! - Clark, cale a boca, não está vendo que eu estou morrendo?! -Não exagere seu idiota, você só levou um soco na cara e um chute, caiu e bateu a cabeça na quina da mesa do refeitório. Tá certo, você está morrendo. -Vem aqui, me ajuda, não estou conseguindo segurar. -O quê? Você ficou louco?! Eu não vou segurar seu, seu, é... Você sabe o quê. - Clark, você ficou louco? Nem morto eu deixaria você ver isto! Eu apenas queria ajuda pra segurar o pedaço de pano, para poder enrolar ele no meu machucado. -Ah. Era isso. -Clark entrou no banheiro masculino e foi até onde o amigo se encontrava. -Certo o que tenho que fazer? -Aí, segura esse pedaço da minha camisa nova, que minha mãe comprou e tenho quase certeza que ele vai me matar quando ela vê ela desse jeito. -Calma cara não é tão ruim assim... Oh meu Deus, isso aqui está horrível, com quem você andou brigando? Com um cachorro? Ou algo pior? 1

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tudo e possível no mundo sobrenatural

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Capitulo -1

Colégio De Cacciville.

Theo, se apresse, a aula de química vai começar e você ainda não saiu

desse banheiro, anda cara! 

- Clark, cale a boca, não está vendo que eu estou morrendo?!

-Não exagere seu idiota, você só levou um soco na cara e um chute, caiu e

bateu a cabeça na quina da mesa do refeitório. Tá certo, você está

morrendo. 

-Vem aqui, me ajuda, não estou conseguindo segurar.

-O quê? Você ficou louco?! Eu não vou segurar seu, seu, é... Você sabe o

quê. 

- Clark, você ficou louco? Nem morto eu deixaria você ver isto! Eu apenas

queria ajuda pra segurar o pedaço de pano, para poder enrolar ele no meu

machucado.

-Ah. Era isso. -Clark entrou no banheiro masculino e foi até onde o amigo se

encontrava. -Certo o que tenho que fazer?

-Aí,  segura esse pedaço da minha camisa nova, que minha mãe comprou e

tenho quase certeza que ele vai me matar quando ela vê ela desse jeito.

-Calma cara não é tão ruim assim... Oh meu Deus, isso aqui está horrível,

com quem você andou brigando? Com um cachorro? Ou algo pior? 

-Foi o Christopher, aquele idiota. Argh.  Ele quase me matou, e eu não fiz

nada pra ele! 

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-Nada mesmo? - Clark olhou para o amigo de relance.

-Tá certo, coloquei o pé na frente dele.

-Deixa eu adivinhar o resto, ele caiu na frente de todo o colégio e depois te

bateu como sempre ?

-Olha se eu não te conhecesse, diria que você é um vidente, apesar de não

ser tão inimaginável.

- É, eu sei, mas como você sabe eu conheço você e sei bem o seu caso com o

Christopher. - Diz, e vê o amigo revirar os olhos.

- Argh, não aperta.

-Cala a boca Theo, eu estou fazendo um favor pra você, deveria me

agradecer. -Clark diz, dando o nó na camisa, e apertando bem- Pronto, acho

que agora o sangue vai estancar.

-Sabe, acho que meu braço está ficando roxo, você não acha que tá meio

apertado?

-Será? Porque me parece um ótimo castigo pelo que você aprontou.

-Ah não, de novo com isso não! foi só um mal entendido. 

-Um mal entendido ?! Você me atacou ontem! 

-Era lua nova, você sabia bem que isso iria acontecer.

-Nem vem Theo, você disse que já tinha controlado, além do mais, sua mãe

cercou a casa toda com freixo para você sair de lá só com uma boa reza, ou

rompendo o círculo.

- Bem, por isso que estou preocupado, algo aconteceu ontem de noite, algo

estranho. - Diz e observa o amigo que estava sentado ao lado da pia ficar

em pé.

-Algo estranho? Como o quê?

-Não sei dizer, foi como se algo tivesse fugido de algum lugar.

-Certo - Clark diz agora andando de um lado para o outro com os braços

cruzados - Então você acha que algo, ou alguém fugiu de um lugar como a

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delegacia?

-Não Clark, não era alguém, era algo. - Disse se perdendo em pensamentos.

-Você acha que seja ele?

-Não sei, mas algo vai acontecer algo de muito ruim.

-Hey garotos, o que vocês tanto faz ai dentro?- Ouviram a voz conhecida e

saíram do banheiro.  -Teresa? Ó que você está fazendo aqui?

-hello, eu estudo aqui também? Lembra? Desde o  segundo ano, com vocês

dois, somos amigos de infância.

-Tá, disso a gente lembra, mas e a aula de química? Você sempre gostou

tanto de estudar por que está aqui?

-Espera vocês não tão sabendo?

-Sabendo do quê? - Clark se escorou na porta olhando para Teresa.

-Uma nova família veio para a cidade, chegaram agora e como sempre

temos a passagem de boas vindas. - Theo e Clark trocaram olhares.

-Uma família nova?  -Falaram os dois, ao mesmo tempo. 

-Anda Teresa, tem algo cheirando mal aqui.

- Clark, a gente tá parado na porta do banheiro masculino, é lógico que algo

vai esta cheirando mal.

- Clark olhou para ela com desdém- Você me entendeu, vamos. 

- O que deu nele?- pergunto Teresa, curiosa, para Theo.

-Ontem à noite foi lua nova e eu o ataquei.

-Ai meu Deus, é por isso.

-Não. Não e só isso, eu senti que algo estranho aconteceu ontem de noite,

como se algo perigoso estivesse solto.

-Deixa eu adivinhar,  ele acha que a família é a coisa perigosa ?

-Não exatamente, mas ela deve fazer parte disso. -Observou a garota

revirando os olhos.

-Ah, qual é Theodor? Você acredita mesmo nisto ?

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-Não, mas pense bem Teresa, quantas famílias você já viu que vieram morar

aqui?

-Nem uma nunca ninguém veio pra cá.

-Bem por isto, se isso for só uma coincidência será ótimo, caso contrário

temos um problema.

-Quê? Como assim? Nem louca eu volto á participar de tudo isso de novo.

-Teresa não tem escolha, a gente deve proteger a cidade lembra?- A garota

olha fixamente para Theo e logo desvia o olhar para Clark

-Pela cidade. 

-Pela cidade.

Theo e Teresa alcançaram Clark no momento em que ele virou a esquina do

corredor.

- Clark, espere por nós.- Theo grito dando uns passos maiores que os de

Teresa.

  Viraram na esquina e se depararam com todos os alunos, caminhando para

a mesma direção, a porta que levava pada o pátio do colégio.

-Certo, a gente já treinou isso várias vezes, acho que colocar em prática não

deve ser tão difícil. - Teresa suspirou ao falar.

-esperamos que não - Theo olhou para ela  que parecia estar com medo - ah,

qual é Teresa, não deve ser tão ruim assim, como você mesma disse, deve

ser só uma família normal. 

-Mas e se você e o Clark estiverem certos? e se a família for como você?

-Você quis dizer como a gente.

-Thom eu anida não me acostumei com a idéia de ter um espírito dentro de

mim.

-É realmente e difícil ser a líder. -Teresa riu com o comentário de Theo.

-Talvez você esteja certo, eu nem poderes tenho.

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-Hey, olhe pra mim. -Theo levou a mão até o rosto da garota- é claro que

você tem poderes, olhe pra nós, você acha que eu e Clark seríamos assim

sem você?-Teresa riu novamente.

- Você faz eu me sentir tão bem.

-Talvez seja a união de irmãos. - Theo abraçou a irmã e a beijou no rosto -

sempre estarei com você. Prometo.

-Não tenho dúvidas disso. - Teresa sussurrou.

-Ok, isso é lindo, mas tem uma família suspeita entrando na cidade,

lembram?-Clark estava parado na frente dos dois com braços

cruzados.Teresa e Theo riram ao mesmo tempo.

- O que seríamos sem ele?! - Theo se solto da irmã.

-Sabe, acho que seríamos felizes. - Teresa falou com sarcasmo e beijou a

bochecha de Clark . O mesmo paralisou e ficou vermelho.

- É...vamos indo, todos estão lá fora já.

-Ah sim, vamos.

-Cara você ta apaixonado pela minha irmã?- Theo se aproximou de Clark .

-O quê?!sim, quero dizer, não, é..ah cara, ela me deixa louco. -Clark falou

fitando Teresa, que caminhava à alguns passos na frente deles.

-Então por que você não fala com ela?

-Mas eu falo todos os dias. 

-Não apenas conversar, seu idiota, diga a ela que a ama, se declare. 

-Acho melhor não, sabe, ela não deve gostar de mim.

-Como você sabe se nunca perguntou?

-Vocês poderiam parar de resmungar e começar a caminhar mais rápido. -

Teresa falou lá da frente e os dois se assustaram.

-Ok Maninha, já estamos indo. Vai lá cara, tenta. -Theo piscou para Clark, 

deu um riso, e saiu correndo, abandonando-os.

-Você faz tudo parecer tão fácil -Teresa falou com a cabeça baixa -Theo

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indagou com as palavras -como assim Teresa ?

-Sabe, ser um coiote parece ser algo tão, sei lá, especial. -Theo riu baixo

com o comentário da irmã - acredite eu adoraria ser como você.

-Sério mesmo?

-É claro, por quê não? sabe, enxergar as formas sobrenaturais das pessoas

durante o dia deve ser fantástico, fico imaginando como deve ser ver a

verdadeira cor dos olhos deles sem a transformação, sem a máscara. -

Teresa riu - são lindos, os olhos deles. Durante a transformação são

horríveis, mas durante o dia são lindos. Verdes, azuis, violetas, todas elas

são deslumbrantes em um corpo humano.

-Viu só?! eu não posso ver isso.

-Mas você pode ter isso.

-Você queria ter uma cor pra distinguir sua espécie?

-Sim, mas a vezes acho que eu nem tenho uma espécie, que eu apenas sou

uma garota que vê demais.

-Duvido muito, pra mim você é especial. 

-Tá falando isso só pra me fazer sentir melhor.

-e não é só eu quem pensa assim -Theo olho para o amigo que caminhava

atrás dela, com as mãos nos bolsos da calça,  olhando para o chão.

-Teresa riu de novo -viu? só você não precisa de uma espécie pra ser feliz,

mas sim de amigos. Agora venha aqui, me dê outro abraço.-Teresa abraçou

o irmão de novo, mas desta vez olhando para Clark. -o mesmo ficou sem

jeito e apenas deu um sorriso de leve meio falso.Teresa retribuiu o sorriso.

Escutaram uma música animada tocando no lado de fora da escola. 

-Já começou, a família deve ter chegado.

-Então vamos nos apressar, quero ver sé eles tem um filho lindo com quem

posso conversar. -Teresa solto o irmão e foi para fora. Clark se perdeu em

pensamentos.

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-Não fica assim, ela só deve estar brincando.

-ah, acho que sim, vamos logo. -ao saírem pra fora se depararam com toda a

cidade parada na beira da rua, esperando a familia chegar. Os três pararam,

um do lado do outro, bem próximos à porta da escola, onde daria pra eles

entrarem na escola, o que era óbvio que não iria acontecer.

-A família parou o carro e desceram: O  homem e a mulher. uma terceira

porta se abriu, o que significava que tinham filhos.Theo tombou para trás ao

ver uma garota de cabelos vermelhos como o fogo e pele clara descer do

carro.

-Quem é ela?-perguntou Teresa.

Theo respondeu com uma voz trêmula.

-Não sei, e nem quero saber.-ele deu meia volta e saiu correndo,

abandonando os amigos para trás.

-O que deu nele?-perguntou Teresa para Clark.

-Não sei, vamos atrás dele.O prefeito anunciou o sobrenome da família

como era de costume.

-Sejam bem-vindos Cacciatori, à nossa pequena cidade, espero que gostem

de morar aqui

Theo cadê você cara- Clark gritava Theodor Velark, apareça agora!

-Onde esse desmiolado foi?- perguntou Clark sentado na beira da rua.

-Você pergunta isso pra mim?!Você que e o rabo dele - Clark levantou as

sobrancelhas. O quê? Você me entendeu. Ninguém melhor do que você para

saber onde ele está.

-Ah claro, sou vidente agora.

-Clark você conhece meu irmão como ninguém, faça um esforço, lembre-se.

-Ok, quando a gente brigava ou ele fugia da escola ele ia sempre pro mesmo

lugar.

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-Que lugar e esse?

-A casa da árvore. - ambos saíram correndo na direção da floresta.

-Você tem certeza disso Clark? aquele lugar foi abandonado a séculos.

-Eu sei, mas ele insiste em querer ir pra lá.

-Certo, isso é estranho, mas faz sentido, foi lá que tudo começou. -Teresa

diminuiu os passos.

-O que foi Teresa? até parece que viu um fantasma?

-Não é isso, é que, sabe, foi lá que o Theo descobriu o que ele era, você se

lembra?

-Como se fosse ontem.

2 anos atrás

-Venha me pegar. -Teresa gritava para o irmão e o amigo.

-Ah, qual é Teresa?! desce daí, é muito perigoso.-Theo falava olhando para

Teresa que estava no topo de uma àrvore.

-ah qual é, vocês dois são muito medrosos. -Teresa pulou do topo da àrvore

caindo em pé na frente dos dois.

-Você ficou louca? poderia ter morrido.- Theo falou desesperado olhando

para a irmã.

-haha, foi tão legal quero fazer de novo. -Teresa já estava subindo

novamente na arvore- hey gente, olhem aquilo.-Teresa apontou para uma

àrvore um pouco mais longe deles.

-Caramba, aquilo é uma casa na àrvore?-Clark perguntou-é o que parece,

vamos lá dar uma olhada.

-Não Theo, aquilo deve ser de alguém. 

-Clark, aquilo parece ser de alguém?-Theo apontou o dedo para a casa na

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arvore que estava praticamente em destroços.

-Tá certo, pode ser que não tenha dono, mas vai estar cheia de bichos. 

-O único bicho aqui é você Clark, anda cara, vamos, no máximo vai ter são

aranhas. 

-Sem graça você, sabe que tenho pavor desse bicho dos infernos.- Theo riu

com a careta que o amigo fez.

-Cadê a Teresa? - Theo perguntou preocupado.

-Tô aqui.- Teresa gritou de dentro da casa da àrvore.-oh, meu Deus! desça

daí garota. -Clark parecia estar assutado -deve estar cheio de aranhas.

-Clark, cale a boca, é tão legal aqui, dá pra ver toda a cidade. 

-Anda Clark, vamos. -Theo gritou enquanto subia a escada da àrvore.-Theo

sentiu uma dor profunda na cabeça como se tivesse sido espancado até a

inconsciência.

-Theo, você tá bem?-Clark pergunto assutado. -Theo cambaleou para trás e

caiu de costas na terra molhada da floresta.

-Theo!- Teresa gritou apavorada, descendo da árvore. -Theo estava

desacordado, mas apenas podia respirar, parecia estar morrendo.

-Hey, acorde, não faça isso agora, Theo.Anda, levanta cara.-Clark parecia

apavorado com a situação.-estava anoitecendo, logo, logo seria noite e o

caminho para casa seria difícil.

-Clark, ele não tá acordando.-Teresa resmungava em meio à lágrimas.

-Pobre Theo, tão fraco. Mas posso deixar você forte, apenas me deixe

entrar.

-Quem é você o que você quer comigo? 

-Quero proteger você e a quem você ama, anda, Theo não étão difícil assim.

Olhe nos meus olhos.

-Theo fitou o homem. Os seus olhos eram de uma cor verde tão intensa que

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parecia uma selva. 

-Viu?! não foi difícil. Agora imagine você com estes olhos, Theo.

-O que você é?-Theo resmungou com raiva.

-Sou o espírito guardião, sou uma lenda, sou o coiote da selva.-o homem

aumento o timbre de sua voz ao falar.

-por que você fez isso?

-chega de perguntas! seu tempo se esgotou, você foi escolhido e eu farei o

que for preciso para entrar em você.

-Do quê você está falando?-Theo parecia confuso com tudo aquilo -o homem

se transformou em uma névoa verde e se jogou contra o peito de Theo.

-Theo acordou com um suspiro abrindo os olhos.-Clark e Teresa se

afastaram de medo.

-O que foi?por que vocês estão com essa cara?

-Seus...Seus olhos Theo, eles estão diferentes. 

-Como assim Clark? fale direito.-Teresa não conseguia pronunciar nem uma

palavra de tanto medo.

-Eles estão verdesn

-Do quê você está falando Clark? pare de falar merda.-Theo se parou de pé.

-Olhe você mesmo.-clark apontou para o espelho do carro.

Theo deu alguns passos em direção ao retrovisor do carro 

-Meu Deus como isso é possível?

-também quero saber, algo aconteceu com você Theo, algo que não foi

bom. 

-Clark, você pode descobrir o que e isso? por favor, preciso de sua ajuda.

Tempo atual.

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-Depois daquele dia eu passo horas, às vezes até noites inteiras estudando

sobre espíritos guardiões. -Clark falou com voz triste.

-Mas pelo ao menos ele aprendeu a esconder os olhos, ate mesmo durante a

noite.- Teresa falou alegre.

-Bom, isso sim, mas olhe para ele, e chegar a lua nova e o espírito dele

vence a batalha e consegue dominar o corpo dele.

- Clark, você não pode se culpar por todos os erros do mundo. -Clark riu.

-Você ouviu isso?

-Isso o quê?-Teresa perguntou, preocupada.

-Barulho de algo quebrando.

-Os dois se olharam.

-Theo. -a resposta foi de ambos.

Saíram correndo pela floresta.t

-Pelo jeito ele não foi para a casa da àrvore, mas sim...

-Teresa cortou Clark no meio da frase.- No ferro velho.

-Isso mesmo.-chegaram juntos no portão de ferro velho cujo estava aberto,

o que significava que tinha alguém lá dentro.

-Acho que acertamos. -Teresa entrou caminhado lentamente no local

abandonado.

-Como me acharam? - a pergunta veio de uma pilha de sucata.

-Qual é Theo?o ferro velho?não tinha lugar melhor?!

-Clark você deveria deixar de ser meu rabo. -Clark levanto as sobrancelhas e

olhou para Teresa. A mesma apenas piscou para ele.

-Theo, a gente se preocupa com você. 

-E, Theo por que você saiu correndo daquele jeito?

-Meus olhos estavam ficando verdes. -Theo abaixo a cabeça e começou a

pensar.

-Mas e o controle? você não tava controlando?

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-Clark você acha que e fácil ter um espírito faminto por vingança dentro

você? e ter que controlar pra não matar alguém? Você mesmo viu o que eu

fiz ontem com você, tentei te matar. -uma lágrima escorreu dos olhos de

Theo.-foi horrível ver que eu tava te atacando e não poder fazer nada.-Clark

abaixou a cabeça

- Quer saber?! não me importo você pode tentar me matar, quantas vezes

você quiser eu nunca vou desistir de você, entendeu?nunca.- uma lágrima

desceu do seu olho também.

Theo levantou o rosto.

-Agora desça daí e se te faz feliz, aquela família não me pareceu nada

estranha.

-Mas aquela garota sim.

-Como assim?

-Ela... Já tentou me matar nos meus sonhos

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Capitulo -2

Clark abaixou a cabeça como se uma faca tivesse atingido seu coração.

-O que houve Clark?- pergunto Teresa.

-Nada não, só essa coisa de tentar matar em sonhos, é algo tão normal pra

mim.-falou enquanto secava as lágrimas.

Theo estava perdido em pensamentos.

-Theo, hey, acorde! -Teresa estalou os dedos na cara dele.- Qual é cara,

para com isso, você até parece um idiota.

Theo acordou do devaneio

-Ok, tô bem, mas esta história toda, sabe?! tá me deixando louco.

-Calma cara, não e só você. -Clark se sentou do lado do amigo que ficou

sério.

-Vocês ouviram isso?-perguntou ele surpreso.

-Isso o quê?-perguntou Clark. -Eu não ouvi nada.

-Esse barulho.-Teresa saiu andando adentrando na floresta . Theo se

levantou e seguiu a irmã.

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-Hey, e eu? o que eu faço?! Ah, droga, sempre tenho que ficar para trás. -

Clark se levantou e seguiu os dois . Vida chata, nunca posso fazer o que

quero, é sempre assim, "Aí, meu Deus, um barulho." e "vamos ir atrás dele".

- Clark reclamava em voz baixa .

-Vejo que você tem problemas com seus amigos, garotinho.

-Eu não sou um garotinho.-Clark resmungou com voz baixa.-Espera, quem é

você? -disse preocupado.

-Não ligue para isso, venha, quero te mostrar uma coisa.- A voz continuava

a soar em todas as partes da floresta.

-E como vou saber se não é uma mentira? -Clark perguntou com sarcasmo,

pois claro, já sabia que era uma mentira. 

-Olhe bem nos meus olhos e diga o que vê. - Um pequeno brilho ofuscado

proveio de trás de uma das arvores.

-Não vejo nada, só seu brilho idiota apagando.

-Exatamente. Eu estou morrendo Clark, e preciso de você para continuar

vivo.- a voz parecia mais cansada como se tivesse acabado de correr uma

maratona inteira.

-Haha, eu salvar alguém como você?! corta essa, conheço bem esse mundo,

sei o que você quer. - disse enquanto apressava os passos para alcançar os

amigos. 

-Não, espere, só um aperto de mão.

-Eu disse que não.-Clark apenas parou e pronunciou as palavras, nem se

quer se virou para olhar. - o homem furioso foi para cima de Clark, se

jogando contra ele, o garoto viu a sombra enorme o engolindo, mas não

soube o que fazer, porén antes do homem se chocar contra ele Theo

apareceu e se jogou contra o corpo do homem que estava a centímetros de

atingi-lo, podendo apenas encostar uma mão nas costas de Clark. O baque

dos corpos fez com que Clark caísse no chão sentado.

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-Clark, você tá bem?- Teresa apareceu perguntado.

-O que foi aquilo? - Clark parecia assustado.-Os olhos dele eram brancos, eu

nunca vi nada como isso.

-Não se preocupe, Theo assustou ele, não sei como, mas ele foi embora

assim que a gente chegou.

-Não, ele conseguiu o que queria.- Clark resmungo em meio a lamentos.

-Do que você tá falando Clark? ele foi embora.-Theo ajudou o amigo a se

levantar .

-Me escute. Ele ou ela, sei lá o que aquilo é, encostou em mim. Nas minhas

costas. Será que um de vocês pode olhar pra ver o que é? -Theo e Teresa se

entreolharam 

-Clark, calma cara, não deve ser nada.

-Theo, apenas olhe. -Clark começou a tirar a camisa.

-Clark, pare com isso.-Theo praguejou.-

-Aí,meu Deus!-Theo se surpreendeu. Teresa deu um pequeno grito, quase

inaudível.

-O que foi, é tão ruim assim?! -Clark parecia assustado.

-Quando foi que você fez uma tatuagem?- Theo perguntou 

-Tatuagem?Como assim?!

Clark tentava olhar as próprias costas, coisa que era impossível, pois ele

tinha ombros largos.

-Qual de vocês vai me contar que merda tem nas minhas costas?!

-Ok Clark, calma, não é nada. -Theo disse apontando as mãos na direção de

Clark que suspirou fundo 

-Eu tô calmo. -Clark passou a mão no cabelo - mas vou ficar muito nervoso

se um de vocês não me disser que merda tem nas minhas costas! -Theo fez

uma careta abaixando as mãos.

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-Ok Clark, tem uma árvore linda nas suas costas.-Teresa falou com

tranquilidade e Clark a olhou 

-Nossa, por que ele não e assim?! -disse apontando para o peito de Theo

que olhou para o amigo e levantou uma sombrancelha.

-Ok, tem uma àrvore em mim?

-Não, tem uma árvore tatuada em você. -Teresa se aproximou dele e passou

a mão sobre a tatuagem no que Clark se arrepiou.

-Não tô gostando nada disso.

-Nem deveria.- uma mulher respondeu pegando a camisa de Clark, que se

encontrava jogada no chão.-Toma, coloque essa camisa, não temos muito

tempo.

-Hey, espera aí, a gente nem te conhece e você já acha que pode sair

mandando?! -Teresa retirou a mão das costas do amigo.

-Cala a boca garota, sou a única salvação de seu amigo, deveria ter um

pingo de vergonha nessa cara e me escutar. -Teresa se surpreendeu com a

resposta e Theo que ate então estava calado, se manifestou.

-Espera, quem é você?E como veio parar aqui?

-Meu nome é Aurora Telles, sou uma celta. -Theo ficou perdido no o olhar da

mulher. Era de um azul escuro como o céu em dia de tormenta. Tinha os

cabelos pretos cacheados e a pele morena.

-Hey garoto, acorda, seu amigo foi atacado por um espírito da águia, uma

criatura maligna. Ela suga os poderes de outras criaturas que são mais

fortes que ela.

-E o que isso tudo tem haver com ajudar o Clark? -Theo perguntou

suspeitando da mulher que até então estava examinando a marca de Clark.

Respondeu sem tirar o olhar das costas do Clark:

- Seu amigo está infectado. A palavra acertou Theo como uma flecha. 

-Isso quer dizer que...

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-Exatamente, ele está morrendo. Clark se afastou dos três que insistiam em

falar dele como se não estivesse ali. 

-Chega disso!Parem de falar com uma mulher que aparece do nada, fingindo

querer ajudar!

-Clark, acalme-se. -a mulher falou com voz doce.-Eu realmente quero te

ajudar.

-Cara, deixa ela tentar, ela não vai te matar, eu garanto. -Theo prometeu

para o amigo apertando seu ombro.

A mulher se afastou deles e pegou Theo pelo braço arrastando ele junto.

- Escute bem,se eu não levar ele até a minha cabana ele morre, deu pra

entender?- a mulher olho dentro dos olhos de Theo esperando uma resposta

. Theo apenaa balançou a cabeça em concordância.

-Ótimo, agora vá até lá e traga ele.

-Só uma pegunta, por que você faz tanta questão de nos ajudar?

-Sei o que você é Theo, esse é meu dever, salvar vocês, agora vá.

Clark e Teresa conversavam sobre a tatuagem e sobre a loucura de uma

mulher que nunca viram querer ajudar .

-Certo, vamos com ela. -Theo disse com desdém.

-O quê?Com ela?Você ficou louco ?eEu não vou nem morto. -Clark cuspiu as

palavras com raiva.

-aNão faça pedidos como esse garoto, nunca se sabe o que pode acontecer.-

Aurora falou séria.

-Não confio em você.

- foi Teresa quem se contrapôs. Aurora olhou para o céu. 

-Ok, vejo que não tenho escolha.-disse enquanto pegava algo de seu cinto.

-O que é isso?- Theo perguntou preocupado.

-É pó de hibisco selvagem, um ótimo entorpecedor.- disse enquanto pegava

um pouco na palma da mão.

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-E o que você pretende fazer com isso?

-Olhe.- Aurora assoprou o pó em Teresa e Clark fazendo que caíssem no

chão inconscientes.

-Meu Deus, você ficou louca?- Theo se ajoelhou do lado dos corpos

inconscientes do amigo e da irmã.

-Certo, você leva ela, quero levar o bonitinho comigo.-Aurora se abaixou e

puxou Clark por cima dos ombros e saiu andando entre as àrvores. Theo não

quis perder tempo e fez o mesmo com a irmã. Caminharam por cerca de 30

minutos seguidos até chegarem em uma parte da floresta que para Theo era

nova, tinha uma pequena cabana cercada de arbustos de tramoeira de fogo.

-Achei que esse arbusto tinha sido extinto.- Theo falou rompendo o silêncio

entre os dois.

-Na verdade não, é uma longa história sobre ela, e não temos tempo pra

isso.- ela respondeu abrindo a porta da casa.-Agora entre, temos que cuidar

dele antes que seja tarde. Theo adentrou na casa aconchegante da mulher

com um pouco de desconfiança sobre tudo isso. A casa da mulher não era

assim tão mal, apesar dos grandes frascos espalhados por prateleiras na

sala toda e uma mesa de aço no centro.

-Coloque ela ali.- a mulher apontou para uma cadeira no canto da sala,

colocando Clark sobre a mesa de aço. -Venha aqui, vou precisar da ajuda de

um coiote. -Theo se espantou com o comentário da mulher.

-Coiote?como assim?

-Depois eu te conto tudo, o que você quiser saber, só venha aqui e me

ajude. Ele está morrendo. -Theo caminhou até a mesa e olhou para o amigo

inconsciente.

-Tá vendo essa mancha preta aqui? - Aurora virou o pescoço de Clark

deixando visível uma mancha preta horrível que tomava conta de seu

pescoço.

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Page 19: Caçadores da meia noite (original)

-Eu tô sim, é impossível não ver. 

-Isso é uma infecção causada por uma fera de Ledam.

-Fera de Ledam?! mas você falou que era um espírito de águia.

-Fera de Ledam é o nome dado pra uma águia assassina, deu pra entender?

-Sim.

-Agora tome, segure a mão dele.

-Por quê?

-Eu disse que iria responder suas perguntas idiotas depois que ele Fosse

salvo. -Theo pegou a mão do amigo. -Se concentre nos olhos dele, quero

que me mostre a cor de verdade deles.

-Mas é dia, não dá pra tirar a máscara.

-É claro que dá, só querer, é pelo seu amigo Theo, ele ta morrendo. -a voz

da mulher parecia que iria morrer a cada palavra pronunciada.

Theo fechou os olhos e começou a imaginar os melhores momentos que ele

e Clark tiveram juntos desde o dia em que Theo caiu da escada do escorrega

e quebrou o braço, quando Clark estava lá, segurando sua mão, tentando

fazer a dor passar. Theo não chorava, mas Clark sim. Theo dizia para ele se

acalmar, mas a única coisa que o amigo respondia era a mesma coisa: "Não

vou deixar você Theo, nunca.". Theo abriu os olhos que agora eram verdes

como a selva, ele sentia uma forte onda de poder sendo sugada dele pelo

amigo, que, agora recuperava a cor original. A mancha preta sumiu e os

olhos dele se abriram. Uma única frase saiu de sua boca antes de voltar a

dormir. "Amigos para sempre.".

Theo soltou a mão do amigo e caiu para trás sendo segurado pela mulher. 

-Muito bem Theo, foi ótimo agora seu amigo poderá dormir em paz. Theo

apagou com essas palavras pairando na mente. Foi o último a acordar.

Quando abriu os olhos pôde escutar Clark e Teresa rindo. Rindo?, como

assim?! ele se levantou em um pulo e foi até a sala onde eles se

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Page 20: Caçadores da meia noite (original)

encontravam sentados conversando com a mulher

-olha só que acordou.- Aurora falou se levantando e indo em sua direção.-

Dormiu bem? -Theo não respondeu apenas ficou encarando Clark .

-Que foi cara?! eu tô bem.-Clark se levantou da cadeira e pulou.-Viu? tô me

sentido ótimo.

-Que horas são? -foi o único que conseguiu pronunciar.

-Faltam 20 minutos para começar a aula. -Teresa respondeu-Acho melhor

irmos.

-Concordo. - desta vez foi Clark quem falou. Theo saiu em direção a porta e

a abriu.

-Vamos, ficamos tempo demais aqui.

Os dois se levantaram e foram na mesma direção que Theo.

-Muito obrigado por tudo, se tiver como te agradecer algum dia.

-Mulher- interrompeu Theo- só quero que sobrevivam -

-Theo se virou e saiu para fora seguido dos amigos -o que houve Theo? Você

está estranho.- Teresa disse preocupada.

-Você tem noção que a gente passou a noite fora de casa?! nossos pais vão

matar a gente.

Clark passou a mão no cabelo.

-Então acho melhor a gente arrumar,só faltam 15 minutos.

Já na escola, todos os três foram para suas respectivas aulas. Theo foi para

a aula de história, Teresa aula de matemática e Clark de física.

-Ok Clark, não é nada, só uma matéria idiota que você insiste em se dar

mal. -Clark resmungava sozinho.

-Senhor Denovan, poderia dar as honras de entrar e sentar no seu lugar?-

Clark levantou a visão e viu seu professor de física parado em sua frente de

braços cruzados.

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Page 21: Caçadores da meia noite (original)

-Sim, senhor.- Clark entrou correndo na sala, foi até seu devido lugar e se

sentou.

-Hoje temos uma aluna nova na sala de aula, espero que ela não tenha

problemas com minha matéria, assim como alguns de vocês. -O professor

falou olhando para a cara de Clark que desviou o olhar do professor

tentando achar a garota nova, mas ele não à via em nenhum lugar.

-Por favor, senhorita, levante-se e nos diga seu nome.- O professor cruzou

os braços e se escorou na parede. Clark sentiu um movimento atrás dele

seguido de um barulho de cadeira sendo arrastada e por instinto olhou para

trás, e por um momento achou que estava no céu. A garota tinha os cabelos

loiros, pele clara, seus olhos eram verdes claro. Era esguia, não muito

magra nem gorda. Era perfeita.

-Olá a todos, meu nome é Rachel Victorian. -Clark saiu de seu devaneio

-Victorian? 

-Sim.-Clark se assustou com a resposta. Merda, ela me escutou, pensou ele.

A garota se sentou novamente em seu lugar atrás de Clark.

-Que droga, se antes eu já não aprendia, imagina agora?! -sussurrou ele pra

si mesmo. Algumas horas se passaram e o sinal tocou.

-Ufa, finalmente vou poder sair daqui.

-Concordo com você.-Clark se assustou com a resposta.-nem liga sou assim

mesmo, gosto de me meter.Clark riu um pouco.

-Bom, acho melhor a gente ir, essa sala me causa coisas perigosas. -Rachel

riu com o comentário de Clark e se aproximou dele.

-Clark. -Teresa entrou correndo na sala no momento em que Clark e Rachel

estavam pra se beijar.

-Ah, acho melhor eu voltar outra hora, vocês devem estar bem ocupados.

-Não, espera Teresa, volte aqui, droga! - Clark saiu correndo para fora

esquecendo completamente da garota. 

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Page 22: Caçadores da meia noite (original)

-E lá vamos nós pra mais um ano sendo esnobada -a menina sussurrou

baixinho pegando sua mochila da mesa e saindo andando pelo corredor.

-Teresa. -Clark chamou seu nome tentando encontra-lá dentro da quele

colégio enorme. -Ah, Qual é Teresa? você sabe.- Clark avistou ela sentada

no pátio embaixo de uma àrvore. -Sério mesmo, aqui é seu lugar secreto?

-Clark, vai embora Theo tá te procurando. Vai lá ver o que ele quer. -Teresa

respondeu sem olhar para trás.Clark apenas se virou e foi em direção a

porta do refeitório.

-por que tudo e tão difícil? nem a garota que amo quer me ter por perto .

-Hey, Clark, venha cá, quero falar com você. - Theo gritou enquanto Clark

atravessava a porta surpreso pela recepção do amigo.-Anda Clark, vem logo

.-Theo balançou o braço para o amigo.Clark se aproximou da mesa e se

sentou.

-Cadê a Teresa? mandei ela atrás de você.

-É, ela foi atrás de mim e viu o que não devia.

-Gomo assim Clark? você tava matando alguém? - Theo se debruçou sobre a

mesa olhando fixamente para Clark.

-É claro que não, seu idiota.- Clark deitou-se sobre a cadeira se esticando.

-Então o que é?Anda cara me conta.

-Hoje entrou uma garota nova na escola, ela se senta atrás de mim na aula

de física, e na hora da saída ela tentou me beijar.-Theo ficou com a boca

aberta.

-Teresa entrou na sala e viu?-Clark suspirou fundo se ajeitando na cadeira

-Sim.

-Argh, ela tava disposta a conversar com você. 

-Como assim?

-Ela queria te convidar pro baile de boas vindas.-Clark caiu com a cara na

mesa.

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Page 23: Caçadores da meia noite (original)

-Que merda que eu fiz.-resmungou ele com a voz abafada pela mesa. Theo

apenas o olhava.

-Vai conversa com ela, fala que foi só um mal entendido.-Clark levantou a

cabeça.

-Você acha que isso vai funcionar?

-É claro, vai firme, tenho certeza que ela vai te escutar. -Theo deu uma

piscadela para ele. Clark deu um meio sorriso e ficou sério de repente.

-o que foi cara?- Theo se surpreendeu com a mudança súbita facial do

amigo.

-Ela tá vindo em nossa direção.

-Ela quem?- Theo olhou para trás- aí meu deus, ela e a garota?

-Sim, cara você tem que me ajudar, se ela me ver aqui já era.

-Acho que já é tarde pra isso. A garota chegou e se sentou do lado de Clark.

-Oi, sabe você me abandonou na sala sozinha?! -Clark não sabia o que falar,

então apenas balançou a cabeça em concordância. Theo fico surpreso com a

resposta do amigo e o chutou por baixo da mesa. Clark virou subitamente o

olhar para o amigo que fazia caretas pra ele e sussurrava uma coisa.

-Fala com ela seu trouxa.

-É...então, como você me achou aqui? -Theo se seu um tapa ma testa e fez

uma careta.

-Cara, não foi isso que eu quis dizer. Rachel levantou o olhar da sua comida

e fitou Clark por um certo tempo.

-Você é bonitinho, pena que já é comprometido. -Clark se assustou com o

comentário da garota.

-Oi gente.-a voz soava familiar, era Teresa que se aproximava. - convidei ela

pra sentar com a gente sera que tem algum problema? -Theo e Clark se

entreolharam. -como assim?!

-Algum problema, amor? -Teresa falou enquanto se sentava do lado de Clark

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Page 24: Caçadores da meia noite (original)

e o beijava na bochecha. -É bom você concordar.- ela sussurrou durante o

beijo.

-Sim... 

-E você maninho? tem algum problema?! -Teresa deu um chute no irmão

fazendo ele gemer com o impacto do bico da bota dela.

-Por mim tudo bem.

Todos começaram a comer sem nem um problema a não ser pela história

dos novos namorados.

Capitulo -3

Que história é essa de você e o Clark estarem namorando? -Theo fala

com raiva -Você ao menos deveria ter pedido ele em namoro!

-Theo cala a boca, fiz isso por uma boa razão.

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Page 25: Caçadores da meia noite (original)

-Boa razão?! poderia ter sido boa se não fosse a parte de a gente ficar de

castigo .

-Theo, a gente ter ficado de castigo não tem nada a ver com eu ter dito que

tava namorando com o Clark.

-Ok, isso é verdade mais e se isso que você falou for verdade, sobre a

garota ter os olhos brancos como o do homem que atacou ele?!

-Theo, eu tenho certeza disso, eram os mesmos olhos do homem que atacou

ele.

-Temos que avisar ele o quanto antes.

-Só temos um pequeno problema, a mãe dele.

-Grande idéia a sua né Clark?! passar a noite na floresta,  meu Deus! não foi

pra isso que te criei. 

-Mas mãe...

-Cala a boca e vai pro seu quarto, você vai ficar de castigo, sem Tv.

-A Tv tá estragada.

-Sem internet.

-Preciso dela pra escola.- Clark se escorou na parede do corredor.

-Então...sem Theo e Teresa .

-O quê?! sem eles dois?- ele levantou de súbito.

-Isso mesmo,  enquanto você não tomar juízo, você vai ficar sem ver eles . -

Clark foi pra dentro de seu quarto e fechou a porta. -Que merda de vida.-

ele se jogou na cama.Tec.

  Um barulho veio da janela. Tec, tec. -Clark se levantou da cama correndo e

foi até a janela.

-Theo, o que você tá fazendo aqui?

-Precisamos falar com você, e urgente.

-Vocês tão loucos?! se minha mãe pegar vocês aqui, já era todas as

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Page 26: Caçadores da meia noite (original)

esperanças de eu ver vocês de novo.

-Clark, escute bem. -era Teresa quem falava. -Aquela garota.

-A Rachel?

-Ela mesmo, ela é o homem que te atacou na floresta ontem.

-O quê?! -Clark deu um pequeno grito de surpreso.

-Clark não adianta gritar, eu não vou reconsiderar minha escolha. -era a

mãe de Clark quem respondia.

-Você tem certeza disso?

-É claro. Os olhos dela eram brancos como o do homem. e também por que

ela iria se aproximar de você?

-Talvez porque ela goste mim?- Clark se debruçou sobre a janela .

-Clark escute a Teresa, aquela menina não é nada normal.

-Ok, vou pensar sobre isso até amanhã.- Clark fechou a janela e entrou pra

dentro.

-Eles já foram.

-Ai que ótimo, tava cansada de esperar. -era Rachel sentada em uma

cadeira no canto do quarto.

-O importante é que você tá aqui. -Clark deu um meio sorriso e foi em

direção a garota levantando-a da cadeira e beijando ela com vontade.

-Ainda bem que você me contou que ela tava mentindo sobre essa história

de vocês serem namorados. -Rachel o beijou novamente.  

Clark pegou ela pela cintura e a trouxe pra mais perto dele. -Você é bem

selvagem.-Rachel resmungou entre os beijos ofegantes .

-Você não viu nada ainda.- Clark jogou ela na cama e foi subindo sobre ela

lentamente tirando a camisola dela e beijando sua barriga. Segurou os

braços dela pra cima e começou a morder o pescoço dela.

-Ai meus deus, você vai me levar a loucura desse jeito.

-Ótimo, então estou fazendo exatamente o que eu quero. -Clark sussurrou

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Page 27: Caçadores da meia noite (original)

pra ela ficando a milímetros de sua boca -você quer mesmo isso? 

-Nunca tive tanta certeza na minha vida. -Rachel pronunciou as palavras

com atitude em quanto abria as calças dele. Clark não perdeu e no embalo 

arrancou sua camisa ficando apenas de cueca.

-Você é lindo assim. - ela beijou a barriga dele e foi subindo lentamente até

chegar na boca. Clark deitou sobre ela e apertou suas mãos com a dela e a

beijou profundamente. -Clark -ela sussurrou e apertou a mão dele. Clark

continuava a beijar o pescoço dela -Eu estou pronta, eu quero isso. Ele

parou de beija-lá e a olhou soltando as mãos dela. Ela levou as mãos até as

costas dele e se preparou. Ele beijou ela no exato momento em que ela

fincou as unhas nas suas costas Ela gemeu e Clark a beijou.

  Amanheceu e ambos estavam dormindo. Ele estava encostado nela

formando uma conchinha. Ela acordou primeiro e saiu deixando ele

dormindo. Clark acordou e se virou pra ver se ela ainda estava lá, mas a

decepção veio junto com o desgosto. Ela tinha ido e deixado ele sozinho.

-Clark! - a mãe dele entrou no quarto gritando -anda, menino, levanta !

-Já tô indo mãe. -Clark se virou ficando de costas pra mãe e olhando pela

janela.

Escola de cacciville

-Teresa -Theo chamou a irmã- cadê o Clark?

-Ele ainda não chegou?-Teresa se espantou.

-Não, ele deveria tá aqui com a gente na aula de geografia.

-Ok, ele deve ter acordado tarde como sempre.- Um barulho na porta

chamou a atenção de todos. Era Clark.

-Oi professora.

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Page 28: Caçadores da meia noite (original)

- Bom dia, Clark. -Theo e Teresa olharam para o amigo.

Clark foi até sua mesa que ficava na frente da de Theo.

-Clark você tem uma mordida no seu pescoço. -Clark levantou a gola do

casaco tampando o pescoço.

-É, eu sei, foi...foi minha cachorran

-Sério?! porque isso parece mordida de humanos.- Teresa resmungou com

sarcasmo.

-Isso não é da conta de vocês.

O sinal tocou e todos saíram das salas, Clark foi o primeiro a sair correndo.

- Hey Clark, volta aqui! - Tereza chamou - Quero falar com você!

Clark apenas deu uma olhada para trás e continuou seu trajeto.

-Mas o que? -Teresa se surpreendeu com a reação do amigo, Theo estava

parado ao lado da irmã - Ele tá muito estranho. Isso começou logo depois do

encontro com a tal garota. Teresa revirou os olhos. Clark virou a esquina do

corredor e se chocou com alguém, tombando para trás, com uma núvem de

papéis voando pelos ares. 

-Aí, vê se olha por onde anda, garoto! - era uma menina que falava. Clark

conhecia aquela garota, ele sabia bem quem era, era a filha da nova

familia. 

- Desculpa, tô apressado, tenho que me encontrar com alguém - Clark

ajudou a garota a ajuntar suas coisas que estavam espalhadas pelo corredor

inteiro 

- Como é seu nome? - Clark pediu, enquanto pegava um papel do chão e o

colocava na pasta da garota.

- Lunna. - ela respondeu com raiva - Agora vê se vai embora e me deixa.

- Lunna? Nome bonito.

- A garota o encarou - Você quer ficar estéril?

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Page 29: Caçadores da meia noite (original)

- Clark a olhou surpreso - Isso mesmo, é só você fazer mais uma pergunta e

adeus filhos pra você. 

- Clark se levantou e saiu dali sem dizer uma palavra sequer.

-Theo e Teresa dobraram a esquina no momento em que Clark entrou na

sala da próxima aula dele - Teresa olhou para a garota ajuntado os papeis

no chão 

- Theo olha - Teresa o chamou - É ela a garota da família.

- É, tô vendo, e acho que o Clark ajudou a fazer essa bagunça.

- Como assim?

- Qual é Teresa? A gente tá falando do Clark, o ser humano mais

atrapalhado da face da Terra.

- Teresa apenas concordou com a cabeça - Mas ele tá muito estranho, ele

sequer se dá as honras de nos comprimentar!

- Tem algo a ver com aquela tatuagem, tenho certeza. - Theo fez mensão de

se virar e sair andando 

- Então você acha que seja melhor a gente ir atrás da Aurora?

- Eu não acho, tenho certeza. -Theo saiu andando em direção a porta de

saída - E temos um mês pra descobrir o que ouve com ele. 

- Um mês? Como assim ?

- A festa de boas-vindas tá se aproximando, não podemos deixar ele sozinho

durante a festa.

- Não to entendendo o porque Theo, ele é grande o suficiente pra se

proteger. 

- Teresa a festa vai ser durante uma lua cheia! O dia em que todas as

criaturas, sem exceção, ficam loucas.

- Oh meu Deus! Vamos atrás daquela vaca agora! - Teresa saiu atropelando

todos em seu caminho indo em direção a saída. 

- Espera Teresa! A gente nem sequer sabe onde é a casa dela. 

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Page 30: Caçadores da meia noite (original)

- Teresa parou no momento em que ia empurrar a porta para sair. - Então

vamos procurar, nem que leve uma semana pra isso, a gente vai procurar. -

Teresa empurrou a porta e saiu, Theo foi logo atrás dela.

- Agora sim estamos perdidos. -Theo se virou e olhou para a irmã

- Sério, eu percebi isso já faz meia hora! - Teresa replicou contra o irmão.

- É tão bom ver vocês de volta, mas cadê o bonitinho?- Aurora estava

sentada em uma árvore cortada.

- É sobre ele que viemos falar. - Theo encarou Aurora                                      

- Olhe, não sei do que você está falando, mas garanto que não tenho culpa

de nada.- Teresa fitou a garota por um certo tempo - OK, se for esse o

problema eu peço desculpas por te atacar na sua própria casa. - Theo

encarou a irmã 

- Como assim, você atacou ela!?

- Desculpas aceitas, mas ainda não consigo entender o por que de um coiote

vir atrás de mim, sua raça é intrigante, eles odeiam gente como eu.

- Eu sequer sei quem sou direito, o único que sei é que meus olhos ficam

verdes durante a lua nova e eu tento matar meu melhor amigo.

- Pra mim já basta, Clark está agindo estranho desde que a gente saiu da

sua casa - Teresa interrompeu a conversa.

- Já fiquei sabendo disso - Aurora desceu do tronco cortado da arvore - Só

não sei por que vocês acharam que eu ajudaria vocês de volta.

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Page 31: Caçadores da meia noite (original)

- Theo encarou a mulher - Mas você disse...

- Eu disse que salvava a vida de vocês, não de seres humanos medíocres

como o bonitinho.

- Então por que você o ajudou na primeira vez? - Teresa parecia surpresa - E

pare de chamar ele de bonitinho, ele tem nome, e é Clark.

- Bem, por isso, porque ele é bonitinho - Aurora virou as costas para eles.

- O que posso fazer pra você voltar a ajudar a gente? - Theo perguntou sem

exitar 

- Traga-me uma prova concreta de que seu amigo realmente está agindo

estranho por fatos sobrenaturais. 

- Como assim?

- Só posso ajudar se ele realmente estiver sendo assombrado por algo -

Teresa a fitou por um longo tempo. Ela sabia que isso não seria uma prova

concreta, mas ela precisava dizer, poderia ser a salvação de seu amigo, ela

devia dizer.

- A tatuagem - Teresa resmungou. 

- A o que garota?

_ a tatuagem está apodrecendo a pele dele - ela disse com toda a força

vocal que pode -se você não salvar ele aquela coisa vai mata-lo.

- Aurora ficou surpresa com o comentário de Teresa - Traga-o para cá o mais

rápido possível, antes que seja tarde.

- Oi Clark, eu já estava preocupada com você, sabia ? - Rachel falou com voz

meiga 

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Page 32: Caçadores da meia noite (original)

- Eu sempre causo preocupação - diz ele com um ar de deboche por meio de

um sorriso.

 Rachel morde o lábio inferior enquanto tirava a camisa dele - Sabe hoje eu

tô querendo algo selvagem?

- Selvagem como? - Clark perguntou com ironia enquanto beijava o pescoço

dela. 

- Seja meu lobo esta noite - ela sussurrou para ele o deixando

completamente louco, a pegando pela cintura e sentando ela na mesa da

cozinha 

- Seu lobo, é?

- Sim, só meu. 

Clark abriu a camisa dela com a boca arrancando botão por botão enquanto

passava a mão pela sua virilha 

- Quer assim ou quer pior? - ele perguntou com ironia 

- Quero um lobo, não um cachorro de rua - ela riu com seu próprio

comentário, deixando Clark com mais vontade ainda. Ele terminou de abrir a

camisa e foi direto para o abdômen dela fazendo movimentos delicados com

a lingua ao redor do umbigo e subindo lentamente até chegar ao fecho do

sutiã o arrancando com os dentes, Rachel soltou um suspiro com a sensação

da lingua dele na sua barriga, Clark viu que ela estava gostando 

- Acho melhor a gente continuar no quarto - Rachel soltou um suspiro

enquanto falava 

- Não, acho melhor a gente continuar no quintal 

-Rachel o encarou e deu um meio sorriso - Acho que você esta quase

chegando no lobo quase desejável 

-Ah é? Espera só pra ver o quem vem por ai - Clark enfiou a mão por dentro

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Page 33: Caçadores da meia noite (original)

do shorts dela 

- Rachel mordeu o lábio inferior e sorriu.

Clark a pegou no colo e a levou até o quintal a colocando sobre a cadeira de

banho de sol. 

- Acho melhor eu ficar por cima. 

- Achei que eu deveria ser o lobo.

- Mudei de ideia, vamos fazer um joguinho - Rachel se levantou e jogou ele

na cadeira e se sentou por cima.

- Que tipo de jogo?

- Eu faço uma pergunta, se você responder errado faço algo com você.

- E se eu responder certo? - ele pergunta com um sorriso malicioso no rosto 

- Aí você faz o que quiser comigo - Rachel falou enquanto deitava por cima

dele chegando a centímetros de sua boca - Começando agora. - ela

sussurrou - Quantos anos eu tenho?

-Clark a encarou - Eu não sei, definitivamente, não sei.

- Hum... Que pena - ela disse sussurrando para ele 

- O que você vai fazer comigo?

- Te amarrar na sua cama - ela disse se levantando e o agarrando - Vamos,

depois a gente volta aqui, se acaso você ainda conseguir fazer algo. - ela

pisca para ele 

Rachel o amarrou na cama com umas cordas improvisadas e se sentou sobre

ele - Amanha vamos comprar uns brinquedinhos pra gente usar. - ela piscou

-Vamos para a próxima pergunta da noite, hum deixa eu ver... Já sei! Qual é

minha banda favorita?

- Todas as perguntas vão se tratar sobre você?

- Essa não é a resposta que eu esperava, mas, tudo bem. - ela pegou um

lenço preto - Vamos ver se você consegue pensar melhor com olhos

vendados - disse ela enquanto amarrava o lenço nele. 

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Page 34: Caçadores da meia noite (original)

- Próxima pergunta, espero que essa você acerte, quem foi meu primeiro

namorado ?

-Clark sorriu com a pergunta - Eu, é claro.

-Rachel riu - Felizmente você errou. - Rachel deitou sobre ele de novo, e

começou a lamber o abdômen dele lentamente, descendo até chegar no

botão da calça dele.

-Clark arrepiou com a sensação da língua da namorada. Um ruído na porta

faz os dois pararem.

- O que foi isso? - Um estrondo de uma bomba explodindo fez tudo tremer..

Clark e Rachel desceram as escadas cuidadosamente para ver o que estava

fazendo todo aquele barulho. 

-shhh- Clark olhou para Rachel

Os dois desceram e foram para a cozinha pra ver o motivo de tudo.

-Clark espiou tentando fazer o minimo de movimentos possíveis- a ta

brincando com a minha cara, né spark -Clark entrou na cozinha.

-o que? - Rachel perguntou entrando na cozinha atrás dele -

spark era o cão de Clark 

-não acredito que era seu cachorro 

-é, pelo incrível que parece era ele 

-ambos os dois viraram as costas e foram em direção as escadas quando

outro barulho ecoou na casa

-a spark já deu por hoje -Clark se virou rapidamente -vou te....-Clark engoliu

o restante das palavras 

-no lugar do cachorro avia uma criatura cheia de penas preta é de olhos

brancos, que chiava em um barulho constante parecendo uma águia, a

criatura avançou sobre ele.

-Clark se Agache !!- Rachel gritou para ele 

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Page 35: Caçadores da meia noite (original)

-Clark por efeito do susto não se moveu, a águia pulou sobre ele com a boca

aberta duas fileiras de dentes pontiagudas brilharam. Rachel se jogou sobre

Clark empurrando ele para longe. Clark desmoronou para o lado se

chocando contra a mesa

-Clark você ta bem ?

-ai, com um pouco de dor de cabeça

A criatura continuava a avançar sobre Clark com os olhos ardendo em raiva,

como se a criatura o conhecesse de outros lugares, mas de lembranças nada

amigáveis 

-a criatura por fim deixou de chiar-" et elegit vos "-a criatura voou pela

porta e se foi 

-Clark estava perplexo pelas palavras da criatura 

-Clark você ta bem ??

Clark sucumbiu no chão inconsciente 

-Clark !!!- Rachel gritou se jogando sobre o corpo do "amigo" 

Théo e Teresa entraram na casa observando todo o estrago 

-mas o que aconteceu aqui!? - Theo pergunto chutando um pedaço de

madeira solta.

-Clark !!!- Teresa berrou quando entrou na cozinha e se deparou com o

corpo do amigo debruçado no chão ao lado de Rachel- o que foi que você fez

com ele sua...

-hey calma ai eu também não faço ideia do que aconteceu, aquela coisa

entro aqui e saiu destruído tudo e ainda por sima ela ameaçou ele 

-ameaçou ele ? Como assim? Do que você ta falando, e que criatura e essa ?

-Teresa calma -era Theo - ela ta nervosa vamos esperar um pouco 

-mas e o Clark ?

-levaremos ele ate o quarto dele, acho que deve ser o único lugar da casa

que não foi destruída.

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Page 36: Caçadores da meia noite (original)

Theo pegou Clark pelos braços deixando as pernas para que Teresa e Rachel

pegassem, subiram as escadas lentamente cuidando para não pisar nos

degraus quebrados e desviando de escombros que encontravam no trajeto

-ele é pesado pra um garoto magro -Teresa resmungo.

-se chama ossos -Theo suspirou, suor escoria do seu rosto. 

Assim que chegaram no quarto os três colocaram o corpo inconsciente do

amigo na cama.

-que cheiro estranho e esse ?-Teresa perguntou tampando o nariz com a

mão.

-e enxofre -Rachel resmungo em protesto 

-mas por que teria cheiro de enxofre no quarto dele ?

-sinal de espíritos-uma voz afeminada sussurrou.

o trio olhou para trás buscando a origem da voz

-você ?-Theo perguntou apavorado -mas como...

-sem perguntas, seu amigo esta em perigo.

-desde quando você se preocupa com a gente, você nem se quer conhece a

gente- Teresa protestou com irônica.

-meu nome e lunna, e vim salvar o humano, e matar o resto de vocês- a

garota sacou uma pistola prateada da cintura e apontou para Theo -

principalmente você sua especie e muito perigosa quando se trata de

sobrevivência.

-hey, calma ai atiradora de élite -Rachel protestou.

-não me faça de idiota katrina -o olhar da garota tomou uma cor

avermelhada como o fogo como se sua íris tivesse entrado em combustão.

-katrina? Seu nome e katrina -Theo ficou surpreso com a revelação.

-sim eu não poderia deixar vocês saberem meu nome de verdade, se vocês

chegassem a encontrar o diário da cidade tudo estaria perdido pra mim -

Rachel ou melhor katrina se sentou na beira da cama e cruzou os braços na

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Page 37: Caçadores da meia noite (original)

frente do corpo.

-como assim? Do que você ta falando?

-deixem de conversa, deixarei vocês viverem por hoje mas se na próxima eu

encontrar vocês sozinhos eu mato todos, e sobre seu amigo ele esta

possuído mas ele e forte algo me diz que ele e especial, 

-especial? Como assim ?-Theo ficou observando o corpo do amigo inerte na

cama ele parecia esta morto, pálido como papel e os lábios contraídos

tomaram uma cor avermelhada.

-parte deste mundo mas parte do outro também-lunna sussurrou- ele deve

esta em uma luta constante dentro da própria mente.

-luta ?- Teresa perguntou surpresa.

-sim, e temos de ajudar ele a ganhar ou ele perde 

-mas se ele perder... O que ele perde ?

-o próprio corpo -lunna falou as ultimas palavras com tanta certeza que

todos sentiram os pelos do corpo arrepiar

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Page 38: Caçadores da meia noite (original)

Capitulo- 4

Sem ar, sem luz, sem vida, ara assim que eu me sentia... Algo pesava

dentro de mim algo estava me segurando pra baixo, mas eu não podia ver

estava tudo escuro!!!, vozes soaram ao longe mas não são vozes

conhecidas, são vozes estranhas que eu nunca tinha ouvido antes todas

elas sussurrando meu nome de uma forma sombria e calma ao mesmo

tempo, me assustando cada vez mais.. Clark. Clark. Clark. As vozes foram

diminuindo o tom, e ficando cada segundo mais perto de mim ate que.. eu

abri os olhos...... 

-eu estava em uma pequena cidade, eu não sei bem onde seria mas pela

aparência diria Itália mas isso não vem ao caso, observei uma pequena

placa pendurada na vitrine do que parecia ser uma loja o nome me

espantou.

"cacciville confecções " ela tinha o nome da minha cidade, mas aquilo tudo

não era verdade, a cidade nunca foi tão sombria! Onde estava Theo, Teresa,

onde estavam todos!! Ninguém ali parecia se importar comigo, ninguém

excepto ele. Um homem que vestia uma grande túnica bordo e um par de

botas pretas seu rosto era completamente sem expressão, nada,

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Page 39: Caçadores da meia noite (original)

absolutamente nada nem mesmo a vida parecia estar naquele ser.

-hey, garoto- uma voz grave me tirou de meus devaneios olhei nas

redondezas procurando sua origem e me deparei com um homem grande e

musculoso todo sujo de pó e carvão - pare de ficar olhando para o nada

assim vão achar que você e louco como aquela garota lá, como era o nome

dela... A lembrei katrina.

quem era aquele sujeito? E quem e essa tal de katrina ? Tudo esta tão

confuso.. Quero minha casa de volta minh familia meus amigos....

Me virei para olhar de volta aquele homem, mas ele já não estava mais lá. 

O céu começou a escurecer tomando um tom negro, as pessoas nem se

deram o trabalho de se importar, eles agiam como se tudo fosse normal,

corvos começaram a sobrevoar a pequena cidade alguns ate desciam para

baixo e se apoiavam nos ombros das pessoas inclusive cheguei a ver um

corvo comendo o olho de uma mulher!!!.

Os corvos começaram a aumentar seu número cada vez mais corvos

desciam atacando as pessoas, crianças e idosos nada fugiu do ataque dos

corvos.

Eu fui a próxima vítima os corvos vieram todos em minha direção feito

abelhas enfurecidas,abaixei a cabeça na tentativa de me proteger das

bicadas mas não funcionou a dor aguda começou a percorrer toda as

extensão do meu corpo, ate que cai ajoelhado no chão com as mãos

protegendo a cabeça.

-pare !!!. Por favor pare- uma voz soou dentro de minha cabeça.

-ande Clark isto e seu mundo, você decide o final dele.

Eu não prestei atenção na voz, fingi não ter escutado ela e continuei a gritar

por socorro 

-Clark me escute, preste muita atenção, tudo isso aqui e você, apenas você

pode controlar.

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Page 40: Caçadores da meia noite (original)

Eu não queria ouvir a dor era muito grande

-Clark fuja de si mesmo, agora !!!

-eu não quero mais isso!!!- eu gritei como eu nunca tinha gritado antes,

cada celula do meu corpo gritou junto, e tudo silenciou, era um silêncio

reconfortante mas ao mesmo tempo tenebroso, levantei a cabeça

lentamente, eu não me encontrava mais na cidade agora eu estava em um

campo aberto com plantações mortas,uma pequena cabana se erguia a mais

ou menos 10 metros de onde eu estava uma alta quantidade de pássaros

voou de dentro da casa pela janela quebrada, o céu estava em um tom

alaranjado, tentei caminhar ate a casa mas algo me prendia no chão, tentei

levantar o pé e cai, olhei para meus pés na tentativa de descobrir o que me

prendia naquele lugar,meu corpo gelou, senti tudo dentro de mim se

retorcer, eu podeira imaginar qualquer coisa mas nada seria tão horrível

como aquilo... uma criatura mórbida negra estava tragando meu pé!!! Ele já

tinha conseguido colocar pra dentro todo meu pé e uma parte da perna, o

medo e pavor tomaram conta de mim, tentei me desvencilhar daquela coisa

mas o esforço foi em vão.

-me solta sua coisa nojenta!!- comecei a desferir golpes com o outro pé na

criatura, tive alguns acertos mas a grande maioria foram golpes no ar.

-lembre-se Clark, este mundo e seu. A voz veio outra vez mas agora eu a

escutei com clareza, e a obedeci....

-você não e real, isto e um sonho e eu mando!!!.

A criatura parecia não me dar ouvidos,como se eu não estivesse ali...

-Fechei os olhos, pensei na casa, pensei na minha casa. Abri os olhos e tudo

tinha sumido ate mesmo a criatura agora uma vasta floresta se erguia em

minha frente no lugar da casa, um vento frio soprou e varias folhas secas

voaram e dançaram em torno de mim,comecei de caminhar indo em direção

a floresta chegando cada vez mais perto, um cheiro de flores incendiou

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Page 41: Caçadores da meia noite (original)

minhas narinas,era um cheiro fascinante tão real. Continuei a caminhar

agora adentrando a floresta, a cada passo mais escuro e tenebroso ficava o

ambiente o vento ainda continuava frio,escutei corvos gritarem e algumas

aves sobrevoar as copas fechadas das arvores mais altas, tudo parecia cada

segundo mais misterioso.

-olhe só ele veio- uma voz ecoou de longe junto com uma risada. Busquei

sua origem mas em nem um lugar ela estava.

-não busque aquilo que você quer em lugar onde você não esta, Clark

Velark. Continuei a buscar.

-foi difícil trazer você ate aqui mas agora tudo se tornou mais fácil, te

ensinar a lutar e te guiar para se salvar.

Tudo estava confuso nada fazia sentido, cai de joelhos no chão peguei um

pouco de terra com as mãos, era tudo mentira nada era verdade, era

apenas um sonho tudo era um sonho.

-calma, neste momento o único que importa e sua calma,sei que esta difícil

de entender mas tem algo morando dentro de você e só a um jeito de tira-

lo.

Levantei o olhar e soltei a terra- se realmente a um jeito por que você não

aparece e me mostra?

-não é fácil, você deve aprender a se proteger mas para isso precisa ser

atacado.

-levantei do chão afirmando os pés- então me ensine...

-ótimo, no coração desta floresta a uma pequena cabana, entre nela.

-só isso ? Entrar em uma cabana ?

-não, tente não morrer, você tem 30 minutos começando agora !

Eu corri como nunca tinha corrido antes, quando alcancei a parte mais

ampla da floresta senti todos meus músculos arderem, minha boca estava

seca pedindo por agua, avistei a cabana ela estava a uns 8 metros de

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Page 42: Caçadores da meia noite (original)

distância, diminui a velocidade começando a caminhar lentamente ate que

um vulto negro cortou minha visão panorâmica, parei de súbito e analisei

todo o lugar em busca do vulto, avistei ele parado de costas, ele parecia

estar comendo algo, seu olhar desviou da sua refeição e me encarou, ele

tinha olhos pretos como a noite e a pele mais branca que já vi em toda

minha vida, dentes afiados cobertos de sangue brilharam formando um arco

o que parecia ser um sorriso!!! Aquela coisa estava sorrindo para mim, não

pensei duas vezes antes de começar a correr novamente mas agora com

mais força e vontade, a criatura não perdeu tempo e começou sua

perseguição ansiando sua mais nova refeição, eu observei a porta da

cabana aberta esperando por mim, corri como eu nunca tinha corrido, e a

criatura continuava cada passo mais perto de mim ela soltava um grunhido

agudo, ouvi barulhos de folhas por instinto olhei para a copa das arvores, o

corpo gelou, ele não estava sozinho tinha mais 4 como ele pulando de

arvore em arvore 2 deles desceram para o chão para seguir a perseguição

em terra, a porta estava perto faltava tão pouco,cheguei nos degraus da

escada que levava ate a porta subi os 4 degraus em um único pulo para não

perder tempo, atravessei a porta e a Fechei empurrei meu corpo contra a

porta esperando o baque surdo dos corpos cotra ela, 3 minutos se passaram

e tudo permanecia no mais puro silêncio esperei mais alguns minutos para

ter certeza que eles tinham desistido.

-muito bem agora acorde.

Pulei da cama onde eu estava deitado, estava escuro e chovia lá fora

trovões iluminavam a janela e algumas partes do quarto, eu estava todo

molhado de suor e meu corpo doía, ouvi um guincho e olhei para a porta,

ela estava abrindo lentamente, me preparei para o pior, a porta se abriu por

completo e nada se manifestou apenas uma escuridão total, relaxei os

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Page 43: Caçadores da meia noite (original)

nervos e me deitei novamente observando a porta, um par de olhos

vermelhos brilhou no meio da escuridão, uma faca foi arremessada em

minha direção,pulei da cama a tempo vendo a faca afundar em meu

travesseiro e transforma-lo em uma bola de penas, outra faca brilhou vindo

em minha direção esta me acertou de raspão no ombro deixando um

ferimento aberto e doloroso,levei a mão ate o machucado e segurei ele com

força, um riso maléfico soou pelo corredor e barulho de passos correndo

ecoou pelo chão.

Acordei, mas desta vez era de verdade.

-Clark, ai meu deus, ate que em fim você acordou-Teresa estava sentada a

seu lado.

-e cara ficamos preocupados com você- era a voz de Theo mas Clark não

avistou o amigo.

Ele se sentou na cama e olhou todo o aposento onde ele se encontrava-

minha cabeça ta doendo muito.

-bom acho que isso e o mínimo que você vai sentir depois de todo esse

tempo dormindo -Theo apareceu e o ajudou a se ajeitar.

-por quanto tempo eu dormi? Umas 5 horas desde o ataque ?

-não Clark, você dormiu 3 semanas seguidas, a gente achou que você estava

morto ate um certo tempo mas dai você começou a resmungar e a se mexer

como se estivesse lutando com algo ou correndo de alguém.

-eu dormi por 3 semanas? Isso e loucura parece que tudo aconteceu ontem ?

-é, eu sei como você se sente, e a Aurora aproveitou pra cuidar da sua

tatuagem misteriosa.

-Clark permaneceu imóvel todo o tempo sem dizer nada apenas observando

o rosto do amigo....

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Page 44: Caçadores da meia noite (original)

Aurora disse que você vai ficar bem e questão de tempo até seu corpo

voltar a funcionar normalmente.

-Clark você não vai falar nada?- Teresa se colocou na frente do amigo e

ficou encarando rosto dele.

-onde está a Rachel?- foi o único que Clark pronunciou.

-ela fujiu, depois que você foi atacado ela saiu correndo pela porta e até

agora não volto mais- Teresa se prontificou.

-ela se foi ? E me deixo aqui ??- Clark fala cada palavra com uma voz vazia.

-a gente sabe que não vai ser fácil esquece-lá, mas faça um esforço- Teresa

o encara com um rosto meigo, pegando na mão dele e acariciando-a. Clark

recusou ao toque afastando a mão do toque dela.

-vocês falam como sé tudo estivesse normal !!!, parem com isso eu já estou

cheio com vocês!!- Clark se levantou da cama e saiu pela porta correndo.

-eu não vou aceitar, não vou.

O corredor do quarto continuou a se prolongar nunca chegando ao fim,

Clark se apavorou parando instantâneamente de correr e começar a

observar ambos os lados do corredor.

-não pode ser, isso ainda e um sonho.

-Pobre Clark, demorou tanto para perceber que tudo era um jogo, foi tão

inocente que nem se deu conta- uma voz ecoava pelo corredor- eu não

estou aqui para brincar Clark velark, eu quero você para mim cada celula

sua me pertence, agora me entregue o poder completo do seu corpo.

-não, isso não, você não existe isso tudo e um sonho- Clark repetia para si,

na tentativa de fugir dos próprios medos.

-vamos Clark eu confio em você, te dei o poder de lutar pela sua salvação,

agora lute!!!- era a mesma voz que guiou Clark pela floresta, o instruindo

cada passo.

-você me quer, você terá que me conseguir- Clark se colocou ereto e fechou

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Page 45: Caçadores da meia noite (original)

os punhos com força.

-você não e pário para mim Clark, eu posso machucar as pessoas que você

ama.

Theo e Teresa apareceram de pe em frente a ele o olhando com um olhar

triste e roupas rasgadas.

-você quer ver eles mortos Clark, você quer perder seus amigos por uma

bobeira e um erro seu? Você vai aguentar sobreviver cada dia com essa

memoria?.

Clark diminuiu a pressão das mãos e uma onda de pavor percorreu todo seu

corpo (vamos Clark isso e mentira ele não vai machucar seus amigos ), Clark

pronunciou as palavras mentalmente para si mesmo- eu não acredito em

você, sei que e mentira.

-a voz riu com tom desaprovador- vamos ver se você muda de ideia com

isso.

Os dois amigos sumiram e uma neblina espessa se formou no lugar, a

neblina foi se ajeitando ate tomar forma de uma parede, imagens

começaram a aparecer no começo estava meio embaçado mas logo tudo

tomou forma era Teresa ela caminhava de um lado para o outro com as

mãos cruzadas atrás das costas, ela caminhava com uma densidade tão alta

que parecia que algo a estava remoendo por dentro, um vulto apareceu do

lado dela, era Theo ambos os dois olharam para a direção de Clark com cara

de espanto, a imagem começou a se contornar até ficar na mesma posição

dos dois amigos mostrando assim ele deitado em uma cama completamente

imóvel a pele estava branca e os lábios roxos, exatamente como um cadáver

deveria estar, aquilo le fez sentir medo, um medo que nunca sentiu, a

neblina explodiu no ar e junto a imagem.

-acho que agora você entendeu o que eu queria dizer, não é? 

Clark começou a suar frio, seu corpo estremeceu.

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Page 46: Caçadores da meia noite (original)

-por favor não faça mal à eles, por favor.

-não sou eu quem decide isso, você e o único que pode dizer se seus amigos

vivem ou se eles devem morrer.

A neblina começou a se formar novamente mas agora trazendo uma pessoa

com ela, tinha corpo escultural e um cabelo curto negro como a noite seus

olhos eram de um cinza opaco sem vida ele trajava um terno

completamente vermelho sangue.

-é então Clark velark, qual e sua escolha ?- o demônio pronunciou cada

palavra com um tom amargo na voz.

-o que você quer de mim.

-apenas me deixe tomar controle, o resto não vai passar disso "resto"- o

homem se aproximou de Clark ficando um metro de distancia dele.

-ok, pelo bem dos meus amigos, eu me entrego.

Um sorriso maléfico se estampou no rosto do homem, cada parte daquele

ser estava sorrindo junto.

-ótima escolha...

Um silêncio tomou todo o ambiente, um silêncio avassalador os minutos

passavam lentamente...ate que.... Aconteceu, uma nuvem negra começou a

se erguer em minha volta eu tentei correr mas algo me prendia no chão meu

corpo clamava por ajuda mas ele não consegui se meche eu estava

paralisado, a nuvem começou a ficar mais densa e mais grande tampando

toda minha visão, tentei gritar mas foi inútil, a nuvem começou a escorrer

para dentro da minha boca entrando lentamente logo depois pelas orelhas e

narinas, um gosto amargo de sangue e ferro tomou conta de toda minha

boca, um cheiro de carne em descomposição invadia o ambiente, comecei a

sufocar eu não estava mais respirando, tentei inalar ar mais não funcionou,

cai de joelhos no chão com as mãos na garganta, eu definitivamente estava

morrendo

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Page 47: Caçadores da meia noite (original)

-eu escolhi você, e agora você escolheu a mim...

Foi a ultima coisa que eu ouvi antes de perder os sentidos....

Capitulo -5

Clark Velark

Acordei em uma floresta completamente nú, não sei como vim parar ali

muito menos o motivo, percebi que eu estava a alguns minutos da minha

casa, comecei a caminhar, levei certo tempo ate encontrar o caminho certo

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Page 48: Caçadores da meia noite (original)

mas no fim eu encontrei, cheguei em casa e a vi toda destruída, vidros

quebrados portas arrancadas, tudo por culpa daquela criatura nojenta,

entrei e subi ate meu quarto com o proposito de colocar uma roupa para

poder ir ate a escola. Vesti uma camisa bordo justa e uma calça tectel preta,

sai para fora e coloquei um tênis vermelho desbotado.

-por que eu sinto que tudo esta normal !! Eu acabei de acordar no meio da

floresta e simplesmente sinto que isso e normal, e se tudo for um sonho

ainda ? Vivi tantos sonhos que destingir a realidade mé e difícil.

Fui até a escola, entrei como um aluno qualquer faria, mas algo ali estava

diferente, não só pela decoração do baile de boas vindas, mas sim por algo

misterioso, preciso encontrar Theo e Teresa eles devem saber de algo.

Observei todo o corredor em busca deles dois, mas não conseguia ver eles

em lugar algum, se passou uns 10 minutos ate que vi a mochila do Theo.

-Theo,hey onde você estava?- corri até ele e segurei sua mochila, ele se

virou e me encarou apavorado.

-aonde eu estava, eu deveria fazer essa pergunta pra você !!! Você some

por 6 dias e vem com toda essa calma do mundo.

-como assim ? Do que você ta falando ?

-Clark - Teresa gritou meu nome enquanto corria ate onde eu e Theo

estávamos.

-Teresa, você pode me explicar o que ouve com o Theo, ele ta estranho, fica

dizendo que eu fiquei fora por 6 dias!!

-Clark, ele ta certo, ficamos preocupados colocamos fotos suas por toda a

cidade, saímos de casa em casa e ninguém sabia onde você estava,

chegamos a conclusão de que você fugiu, mas isso era improvável por que

aquela criatura te levou entre as guerras dela.

-como assim !! Eu não tô conseguindo entender vocês, eu me lembro de ser

atacado e de acordar na floresta, só isso.

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Page 49: Caçadores da meia noite (original)

- tá ok, isso a gente já percebeu, mas você não consegue se lembrar de

nada mesmo.

-não gente, não mesmo, membro da criatura me atacando e depois uma voz

na minha cabeça dizendo que eu era dela, depois disso não lembro de mais

nada, só de ter acordado na floresta completamente pelado!!! - gritei a

ultima palavra , sei que não foi o certo mais eu estava apavorado nem meus

amigos sabiam me dizer o que estava acontecendo.

-vamos para a biblioteca, lá poderemos conversar melhor- Theo foi quem

deu a ideia brilhante depois de 2 minutos em silêncio completo, concordei

com a cabeça, nada que eu tentava pronúncia sairia agora.

Chegamos na biblioteca, ela estava vazia como sempre, nessa nova época

que vivemos ninguém se interessa por livros todos pensam em celulares e

internet.

-vamos subir a escada e sentar lá me cima pra garantir que ninguém veja a

gente- Theo deu mais uma vez a ideia brilhante.

Fomos ate a ultima mesa do corredor e sentamos, cada um em um lado da

mesa.

-certo eu e a Teresa vamos contar o que aconteceu enquanto você estava

inconsciente, você ficou 4 horas deitado em sua cama, chamamos a Aurora

para cuidar de você, mas antes dela chegar a criatura voltou e agarrou

você.

-espera, aquela mesma criatura veio de novo mas desta vez ela me levou

com ela?

-sim, tentamos impedir ela mas ela foi rápida de mais pra gente.

-então aquela coisa me levou com ela, e me deixou na floresta pelado ?

-isso a gente já não sabe, mas e bem provável, mas o que mais me preocupa

é você ficar 6 dias sem comer e sem beber e ainda assim ter uma paciência

tão normal.

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Page 50: Caçadores da meia noite (original)

Um barulho proveio do fundo das prateleiras de livros mais alta.

-o que foi isso ?- Teresa perguntou assutada.

-algo bom não deve ser, vamos dar uma olhada.

Caminhamos um ao lado do outro ate o local do barulho, cada passo era

uma luta contra a secção de algo não estar bem.

Livros caíram no meio do corredor e uma risada soou pela biblioteca, um

riso fino e estridente.

-o que diachos foi isso- Theo resmungo tropeçando em um livro grande pelo

jeito da capa era de Romeu e Julieta.

-a pelo o amor de deus- gritei com raiva- ou você aparece ou eu vou ate no

inferno atrás de você.

-inferno?- a voz vociferou- adoro aquele lugar mas vocês não podem ir até

lá.

-quem e você? - Theo perguntou.

-bom sou uma criatura de raça pura, pra ser mais específica sou uma

raposa.

-uma o que ? - não aguentei e gritei.

-uma raposa, sou boa em trocadilhos e humor negro, essas são minhas

especialidades, e também o sarcasmo.

-ok, muito interessante, mas onde você está.

-hahahahah- ela soltou uma risada histérica- não vou deixar vocês me

verem até passaram pelos jogos da madrugada.

-jogos da madrugada? Mas o que diabos e isso?

-umas técnicas da minha raça, eu quero ajudar vocês, mas para isso terão

que passar pelo teste..... Nem mais

uma pergunta- a voz afeminada se prontificou quebrando o silêncio- vamos

começar agora, sem rodeios, sem mais intervalos.

-como assim ? Do que você ta falando ?- Theo se exaltou com a garota.

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Page 51: Caçadores da meia noite (original)

-estou falando disto- um barulho de palmas agitou o ambiente que ate antes

estava calmo. 

-hahahahaha, isso só pode ser brincadeira- Theo estava rindo falsamente

isso era óbvio, por que ele não sabia fingir um risso.

-deixe de rir, seu idiota, e olhe para os lados.

Os três olharam para os lados esperando ver as prateleiras de livros, mas

não foi isso que apareceu, no lugar de toda a biblioteca uma vasta floresta

se erguia, avia um sículo no centro da floresta, era ali que eles estavam.

-perfeito, agora poderemos começar, o jogo e simples, aquele que

sobreviver ganha.

-espera a gente tem que se mata?- Teresa se prontificou.

-não, preciso de todos vocês vivos, haverá coisas para fazer esse trabalho,

existe apenas uma regra.

-e qual seria ?- Clark perguntou.

-sobreviver.

A voz se calou e um rugido estremeceu o chão.

-mas o que diabos foi isso?- Theo se colocou em posição de combate- elem

de nos deixar em uma floresta magica, ela nos deixa desarmados.

Tof, um barulho de algo caindo na grama, chamou a atenção deles.

-um livro ? Ela manda um livro ? E serio isso.

Clark pegou o livro o começou a olhar as páginas-- isso e um manual de

instruções, ensinando como jogar.

-ela disse que era um jogo, então teremos que jogar- Teresa se enrolou nas

palavras.

-Temos uma roupa que nos ajuda a controlar todas as manobras possíveis,

temos também um inventario, ele se abre esticando o braço direito para

frente e girando o punho em sentido horário,

-Theo fez o movimento e um holograma se formou encima de seu braço

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Page 52: Caçadores da meia noite (original)

mostrando vários quadros vazios a não ser por um que continha uma

espada- isso e bem interessante, continue lendo, pode haver mais coisas--

Theo pegou a espada e começou a manusear ela.

-ok vou continuar, tem também uma sessão de feitiços e armadilhas, basta

você passar a mão por cima do inventario e ele mudara de pagina

mostrando esses itens, e só isso, e no final diz pra gente sobreviver.

-Teresa estava vendo seu inventário, nele avia duas adagas.

-Clark abriu o dele, havia um arco e um conjunto de 50 flechas comuns.

-bom acho que agora só nos basta entrar na floresta e começar a lutar- Theo

colocou a espada em sua bainha na lateral da cintura.

-espera tem mais uma sessão do livro que eu não tinha visto, o titulo e bem

interessante, "como jogar ", o jogo se divide em 3 partes, a floresta o

deserto e a masmorra, cada parte tem baús escondidos com tesouros que

poderão ajudar no trajeto do jogo também haverá armadilhas pelo caminho

alem dos monstros, tome cuidado com os lugares que você entra.

-espera, quer dizer que este aqui e apenas o nivel um de três?- Teresa

estava segurando as adagas na mão pronta para atacar qualquer coisa que

apareça.

-sim, pelo menos e isso que diz aqui.

-que droga, a uma semana atrás eu apenas era um adolescente com

poderes sobrenaturais, agora sou um adolescente com poderes

sobrenaturais e tentando sobreviver a um jogo sobrenatural de uma menina

maluca- Theo esbravejava só.

-vamos, quanto antes terminamos, melhor.

Os três saíram caminhando pela floresta, tudo estava calmo, na verdade

calmo até de mais.

Um barulho no topo das arvores chamou a atenção deles.

-o que foi isso?- Teresa perguntou assutada.

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Page 53: Caçadores da meia noite (original)

-não sei, mas seja lá on que for, não quero saber -Theo sussurrou e

continuou caminhado segurando a espada entre as mãos.

Algo surgiu de entre as folhas pulando na direção deles.

-Theo, Teresa, cuidado!!!- Clark empurrou os amigos e se jogou no chão

para desviar do ataque da fera que tinha pulado sobre eles, Theo já estava

em pé pronto para atacar com sua espada, Teresa tentava se equilibrar, a

criatura era verde de pele viscosa,ela se apoiava em 4 patas e tinha um

rabo cobrido, os seus olhos eram azuis e uma fraca fumaça verde toxico saia

de sua boca.

A criatura pulou sobre Theo apontando suas garras na direção do pescoço

dele, Clark armou o arco e soltou o fio lançando a flecha na direção da

criatura e atravessando a garganta dela, a criatura caiu imóvel sobre os pés

de Theo que ficou paralisado com a cena, uma segunda criatura avançava

sobre Teresa que estava indefesa, Clark fez o mesmo movimento com o arco

e a flecha atravessou a criatura pela cabeça jogando-a contra a árvore.

-como você fez isso ?- Theo perguntou surpreso com as coisas que o amigo

acabara de fazer.

-não sei, só queria salvar vocês- Clark colocou o arco nas costas- não,

Teresa !!! Atrás de você!!!!- Clark começou a correr ná direção da amiga.

Teresa Denovan

-senti uma fisgada nas costas, algo acabara de arrancar meus membros

internos para fora com as garras, o único que escutei antes do mundo

escurecer foi os berros de Clark gritando meu nome.

-Teresa!!! Atrás de você!

-acordei dentro de uma caverna úmida e fedendo a mofo, um frio castigava

meu corpo, tentei me sentar, mas o mundo girou em torno de mim como

uma roda gigante, olhei para os lados e não vi sinal nem um dos garotos,

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Page 54: Caçadores da meia noite (original)

onde eu estava, e onde eles estavam, depois de uns 5 minutos deitada

olhando o teto da caverna senti uma dor atordoante percorrer toda a

extensão do meu corpo, Meu deus o que diabos aconteceu comigo ??, tentei

me levantar pela segunda vez, mas a dor não me permitiu, me arrastei ate

um canto da caverna e me sentei escorada na parede, comecei a erguer

minha blusa lentamente senti que minha pele subia junto com a blusa, olhei

por todo meu abdômen, não avia nada, passei a mão pela minhas costas foi

então que um frio cortou todo meu corpo, havia um buraco em minhas

costas!!! Um buraco de verdade.

-Teresa você esta bem?- era a voz de Clark, eu a conheceria a quilômetros.

-Clark me ajude, eu não sei o que aconteceu comigo, tem um buraco em

minhas costas!!

-eu sei Teresa, a gente já tentou cuidar disso,Theo foi buscar alguma coisa

pra gente comer, tente não se mexer muito.

-Clark você não ta entendendo, tem um bura..- minha voz foi cortada por

uma boca quente sendo pressionada contra a minha, senti todo meu corpo

vibrar junto com o beijo um trovão soou no céu a chuva desceu, o beijo foi

curto mas foi o suficiente para a dor ser substituída por euforia-por que

você fez isso??-falei entre o respiração pesada e o barulho de chuva, o

ambiente era perfeito mas não nesta ocasião.

Clark ficou me encarando, nem uma palavra saiu da sua boca desde o beijo

apenas a respiração pesada dele e o calor do seu corpo emanando, foi ai

que percebi que ele ainda estava sobre mim, seu corpo estava próximo ao

meu mas não o suficiente para encostar

-Clark, diga algo, vai ficar mundo-falei olhando fixamente para a cara dele

que ainda estava sem expressão - a é, você vai continuar calado-peguei o

colarinho da camisa que ele estava usando e a puxei, trazendo todo o corpo

dele para mais perto do meu, senti que as pernas dele roçaram em minha

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Page 55: Caçadores da meia noite (original)

parte intima enviando uma corrente de sensações pelo meu corpo, fixei meu

olhar no dele, agora era possível ver que ele estava assustado com minha

reação.

Clark Velark.

-eu não conseguia pronunciar nem uma palavra se quer, eu tinha ficado

mudo, olhando para ela e lembrando do gosto de seu beijo.

Senti que algo me agarrou pelo colarinho, um solavanco me puxou para

mais perto dela, meu corpo sinalizou ao toca-la, aquele olhar dela me

prendia cada vez mais, ficamos assim por 3 minutos, ate que ela tomou as

rédeas da situação e me beijou.

Teresa Denovan.

-sustentei o olhar por um pequeno tempo até que meu corpo tomou conta,

quando percebi já estava beijando-o, eu poderia parar, mas algo me prendia

nele, comecei a explorar todo seu abdômen com as pontas dos dedos, cada

detalhe, a firmeza dos seus músculos do peitoral, as ondas que seu

"tanquinho" não definido fazia, foi ai que me dei conta que eu estava com a

mão por baixo da camisa dele, mais Deus era impossível deixar de toca-lo,

senti que a mão dele também desejava andar pelo meu corpo, mas ele não

se arriscou, foi então que tomei a melhor decisão de toda minha vida,

peguei uma das mãos dele e a levei ate meus peitos, e a outra posicionei

entre a parede e meu quadril.

-espero não estar atrapalhando nada - Theo raspou a garganta na entrada

da caverna.

Senti que Clark puxou rapidamente as mãos e as encolheu, fiz o mesmo que

ele antes que seja tarde.

-eee... Eu... -Clark estava preso nas próprias palavras.

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Page 56: Caçadores da meia noite (original)

-ele estava refazendo o curativo, pedi para ele fazer isso-falei com tanta

convicção que eu mesma me assustei.

-ha sim, ok então-eu conhecia Theodor Denovan, estava na cara que ele não

tinha acreditado.

Vi Clark se ajeitando no canto oposto da caverna.

Theo se sentou no meio da caverna e começou a empilhar um monte de

gravetos para fazer uma fogueira -bom vamos descansar amanha teremos

que sair para continuar o jogo, aquela garota raposa, sei lá o que ela é,

mandou um recado dizendo que se a gente não se apresar ela vai colocar

um cronômetro.

Um silêncio estava comendo todo o ambiente, ninguém falou nada nem

mesmo eu, me virei de lado e tentei dormir, ate que foi fácil, peguei no sono

lembrando do beijo que dei no Clark.

O dia amanheceu rápido de mais, eu ainda me sentia cansada, Theo falou

que era pela ferida exposta, mas eu acho que possa ser pelo pouco tempo

de sono que tive, Clark continuava calado arrumando suas coisas e

colocando tudo em ordem com a ajuda do Theo.

-Theo parou na frente da entrada da caverna- bom vamos sair agora, Clark

vai na Retaguarda para atirar em qualquer coisa que se aproxime, eu vou à

frente com você Teresa para poder te ajudar.

-eu não preciso de ajuda Theo-resmunguei.

-não e o que me parece.

Virei a cara e me deparei com o olhar indecifrável do Clark, ele desviou o

olhar com rapidez para o arco e as flechas, mas eu consegui captar o rosto

dele com vislumbre, como todas minhas expectativas ele era gostoso,

literalmente gostoso.

Theo veio em minha direção-tente não olhar muito ele pode perceber-ele

deu um piscadela e saiu. Ele sabe bem como me irritar.

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Page 57: Caçadores da meia noite (original)

-vamos, temos pouco tempo- Clark já havia saído, só faltava eu e Theo, mas

uma pergunta não me deixa em paz, algo que me deixo em duvida desde a

noite passada, uma pergunta que terei resposta ou eu não me chamo

Teresa Denovan, ¿Por que diachos o Clark me beijou e agora está me

evitando?... Passou

uma hora desde que os amigos saíram da caverna, a caminhada era calma

nem uma criatura apareceu para atacá-los, apenas os pássaros cantavam

sobre suas cabeças.

-Theo, tem algo de errado nesse lugar- Teresa sussurrou no ouvido do

irmão.

-do que você está falando Teresa?

-percebeu como as arvores sempre são iguais, e os pássaros estão cantando

no mesmo ritmo desde que saímos.

-mas isso não e motivo de se preocupar, eu acho.

-não e isso Theo, eu quero dizer que..- um rugido interrompeu a conversa.

-você ouviu isso? - Theo perguntou para a irmã.

-seria impossível não ter escutado, o que foi isso?

-Clark interveio na conversa- corram - foi a única palavra que ele falou.

Mais outro rugido e as arvores começaram a se agitar, a terra começou a

vibrar como se algo grande estivesse caminhando sobre ela.

-eu disse corram- Clark gritou e saiu empurrando os amigos, as pisadas

bruscas estavam sé aproximando.

-por aqui, ontem durante a noite eu sai pra caminhar e vi uma caverna aqui

entre as árvores.

Theo e Teresa seguiram o amigo entre os cipós, e lá estava a entrada da

caverna.

Clark estava parado na entrada- entrem, vou tampar a entrada com alguns

gaios das árvores.

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-Clark você tem alguma ideia do que possa ser? - Theo pediu sussurrando.

-não faço a maior ideia, mas e algo grande, vamos ficar aqui ate ele passar

para depois continuar a caminhada.

Teresa Denovan.Esta caverna e igual a outra em que estávamos, isso não pode ser uma coincidência, tem lago muito suspeito.

Emilly Morton (raposa)-não, a garota já ta percebendo, isso e impossível, eles sempre levam horas para perceber, e eles então a meia hora no jogo, terei de tomar medidas drásticas...irei matar a garota..

As vibrações na terra foram aumentando a cada segundo ate que alas soaram na entrada da caverna, era possível escutar a respiração da criatura, os passos pararam bem na entrada da caverna e um vulto negro ocupou todo o espaço da entrada.-fiquem quietos - Clark aconselhou.Os galhos da entrada começaram a se meche com violencia.-pessoal - Teresa sussurrou - isto aqui e tudo falso nada e real.-Teresa fique quieta - Theo aconselhou.-mas gent...- a voz de Teresa foi interrompida, algo a calou.

Teresa Denovan.Algo me agarrou pela boca e começou de me puxar com forza para uma abertura no final da caverna uma abertura que antes não estava ali, eu tentei me desvencilhar mas as maos que me agarravam eram muito mais fortes que eu, senti algo úmido sendo pressionado contra minha boca e meu nariz, senti um cheiro horroroso, o mundo começou a embasar perdi as forças, desmaiei...

-Teresa ta tudo bem ?- Theo falava mas não olhava para trás- por que você se calou tão rápido - Theo olhou para trás e não viu nada apenas a escuridão - Clark ! A Teresa sumiu, Clark! Olhe pra cá deixe essa coisa pra lá.Clark demorou um pouco para desviar o olhar da entrada da caverna para o amigo que estava parado no fundo - do que você esta falando? Ela não pode ter sumido daqui, e impossível. - parece que não e mais.

Emilly Morton.- escute aqui garota - Emilly encarava Teresa com raiva. - não sei quem você é, mas não vou permitir que uma zinha qualquer estrague meu jogo - dei um tapa na cara dela.-eu não brinco em serviço garota, aqueles dois garotos vão passar por todo o teste e ninguém vai interferir.

Teresa Denovan.meu rosto ardeu em chamas com o tapa, eu não entendia o por que ela

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estava me batendo mas sei que era relacionado com os garotos.-você vai fica ai calada - a mulher gritou as palavras em meus ouvidos, e uma segunda onda de dor percorreu meu rosto.Se passaram minutos e ela não parava de me espancar uma poça de sangue se formava em meus pés, para mim já fazia horas que ei estava ali amarrada em uma parede esperando por ajuda.

- Theo e impossível ela ter sumido, ela deve tá em algum lugar - Clark estava abrindo caminho pela vasta mata que circulava a caverna.-eu sei Clark mas para onde ela foi então.

Emilly Morton-tem algum pedido antes da sua morte Sra. Teresa Denovan?Teresa estava toda ensanguentada, com os pulsos amarrados em extremidades opostas em uma parede - tenho sim - ela resmungo entre meio um gemido de agonia - quero que...- a cabeça dela desmoronou para baixo em um golpe.Eu não permitiria que tudo acaba-se dese jeito, eu precisava contar para o Clark o que realmente estava acontecendo ali, eu estava morrendo, cenas da minha vida começaram a passar pela minha cabeça, cenas do Theo me erguendo no colo e me jogando dentro da piscina da casa do Clark, ah esse nome "Clark" ele me trás tantas recordações, lembro do dia em que cai e machuquei o joelho, eu estava chorando muito mas Clark estava lá pra me consolar, eu não permitiria que ela matasse meu motivo de viver nem hoje nem nunca!, levantei a cabeça, forçei os pulsos para frente olhei fixamente nos olhos dela senti meu sangue fervendo em minhas veias, meu olho ardia em chamas invisíveis - eu quero que você morra! - gritei entre dentes e as dobradiças das correntes que me seguravam explodiram em um fogo prateado, me coloquei de pé , peguei ela pelo pescoço - eu não sei quem e você, mas garanto que mais ninguém saberá- meus olhos estavam em uma cor prateada, senti uma forte vontade de cantar, foi então que... Eu cantei como nunca tinha cantado antes, me impressionei com minha própria voz ela era perfeita, mas a garota gritava e com as mãos nas orelhas, ate que ela começou a caminhar em direção ao poço, cada palavra que eu cantava era um passo dela,ela estava a um passo de cair no poço quando ela começou a dizer varias coisas sem sentido, eu não entendia nada o único que me chamo a atenção foi a palavra "dama". As ultimas letras da música fizeram sentido - vá para a morte, cada passo seu e uma alegria minha, pule por mim vá para seu fim..Ela pulou e eu parei de cantar, nunca me senti tão vazia, senti toda minhas forças se esvaziar,cai no chão debruçada sobre minha própria posa de sangue, eu acabara de cantar para a morte, uma verdadeira percursora dela..

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Capitulo – 6

Teresa Denovan 

Eu jamais podeira contar para os garotos o que acabara de acontecer ali,

eles me julgariam eternamente.

A biblioteca começou a aparecer de novo, primeiro veio o chão de madeira,

depois as prateleiras de livros.

Escutei as vozes dos garotos - Teresa, o que ouve?- era Theo. 

-não sei, eu desmaiei e quando acordei tava aqui.

-sempre temos uma sorte incrível com essas coisas - Clark resmungo, se

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Page 61: Caçadores da meia noite (original)

apoiando em uma das cadeiras das mesas de estudo. 

-e sempre sera assim, anda vamos voltar para casa, já esta anoitecendo.

Clark Velark 

A palavra noite me causava medo, ouvi-lá me dava arrepios.

-concordo plenamente.

Desde quando eu tinha medo da noite? Faz tanto tempo que eu não me

preocupo com isso, eu tinho 10 anos desde a ultima vez que dormi com a luz

ligada, e olha só agora, pareço uma criancinha abandonada com medo de

monstros dentro do armário..

Theo e Teresa deixaram Clark em un hotel junto com a mãe, eles inventaram

uma desculpa esfarrapada sobre uma depressão na terra o que fez com que

a casa caísse, ela acreditou.

-Teresa eu tenho medo do que possa acontecer com o Clark a partir de

agora- Theo estava dirigindo o carro pela rua e conversando com a irmã- a

lunna falou que ele poderia sofrer de esquizofrenia.

-Theo vamos com calma, ela disse que ele pode sofrer, não que ele vai

sofrer, alem do mais ele me parece super bem (e como ele ta bem).

- sim eu sei, mas pense ele esta tão estranho, você não percebeu?

-percebi sim, ele agiu de modo estranho comigo hoje. 

-isso e o que me preocupa- Theo virou a direita entrando em uma

propriedade privada, na propriedade da familia Denovan.

Clark Velark.

Eu não consegui dormir, passei o tempo todo rolando na cama de um lado

para o outro, algo me incomodava.

Uma voz sussurrou em minha mente.

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-venha Clark, vamos matar esta noite, um pequeno jogo de sobrevivência,

onde você e o personagem principal.

-------------------------------------------------

Acordei em um deserto, completamente sozinho sem sinal de vida, observei

uma coisa brilhando a uns 4 metros de distância de onde eu me encontrava,

caminhei até ela e encontrei um arco com uma aljava de flechas, o arco era

completamente preto com detalhes em dourado as flechas seguiam as

mesma características, junto havia uma carta, peguei para ler.

Desta vez aprenderemos a lutar com armas, siga em direção ao norte e não

se perca.

Era apenas isso, não havia mais nada escrito, olhei de ambos os lados do

papel para ter certeza.

Uma caminhada pelo deserto não deve ser tão ruim assim, coloquei a aljava

de flechas nas costas e comecei a caminhar, por 30 minutos caminhando eu

ouvi algo se mexer embaixo da areia.

-o que foi isso- disse a mim mesmo, esperando por uma resposta.

Algo negro apontou para fora da areia parecia ser uma bolha gigante com

um gancho com a ponta vermelha escorrendo um líquido viscoso e

transparente, a coisa se agitou, foi então que vi que se tratava de um rabo,

ela desferiu vários golpes, todos passaram raspando em me acertar,a calda

se acalmou e a areia começou a subir para cima, em menos de 3 minutos um

escorpião de 2 metros de altura saltou para fora afirmando as patas nas

rochas da montanha que se erguia do meu lado, ela agitou o rabo e lançou

ele em minha direção, errando o golpe, preparei o arco para atirar tentei

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Page 63: Caçadores da meia noite (original)

mirar na calda mas vi que seria inútil, aquilo era uma carcaça dura de mais,

o rabo veio a meu encontro novamente, mas desta vez sera certeiro o golpe,

me abaixei e senti o algo passando por cima da minha cabeça a centímetros

de me acertar, foi então que vida uma falha na armadura, vi uma parte no

abdômen do escorpião onde a pele estava exposta, peguei uma flecha e

atirei, errei, a flecha caiu no chão estilhaçada depois de acertar a carcaça,

me preparei novamente, atirei mas desta vez acertei no lugar, o escorpião

cambaleou para trás com um chio de doer os tímpanos, ela desmoronou no

chão morta...

-------------------------------------------------

Acordei novamente em uma floresta, mas desta vez com roupa, isto jê

estava me preocupando eu precisava falar com a Aurora, neste exato

momento.

Andei ate o hotel, inventei uma desculpa para minha mãe dizendo que eu

estava bem só fui respirar um pouco de ar puro, peguei minhas coisas e fui

para a escola, antes de ir de encontro com Aurora eu precisava ir falar com

Theo e Teresa.

-Theo, Teresa- preciso falar com vocês.

-tem que ser agora? - Teresa parecia exausta.

-sim, mas não aqui.

-então aonde? - Theo perguntou coçando a cabeça e ajeitando a mochila.

-na casa da Aurora, tenho que falar com ela, tive um sonho muito estranho

essa noite e acordei novamente na floresta...

Um barulho de sirene cortou a conversa.

- o que sera que aconteceu? - Theo perguntou olhando para a ambulância

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Page 64: Caçadores da meia noite (original)

que passava correndo pela rua acompanhada por duas viaturas da polícia.

- aqui parados não vamos descobrir nunca - Teresa entrou no carro e

chamou os garotos - anda vamos. 

Os três seguiram na mesma direção que a ambulância e as viaturas,

chagando no destino eles viram um grande movimento em volta de algo que

não era possível ver de onde estavam, se aproximaram e conseguirem ver.

Era um corpo de um homem, ele estava debruçado no chão com uma flecha

no abdômen, Clark estremeceu. 

-temos que ir ver a Lunna agora - Clark agarrou Theo pelo braço e começou

a puxa-lo.

-Clark espere já, já vamos.

-não Theo! Tem que ser agora - Clark gritou e o puxou de novo.

-ok vamos então, mas por que toda essa loucura de uma hora para outra ?

-na estra eu te explico, cadê a Teresa.

-estou ben atrás de vocês - ela respondeu e acelerou o passo.

-ótimo, contar para os dois vai ser bem mais fácil que só para um.

-Clark como assim? Do que você está falando?

-eu disse que conto quando estivermos no carro, mas que droga.

Theo deu ignição no carro e saiu andando pela estrada.

-ótimo agora conte -Teresa quem fez a pergunta tão importante.

- fui eu quem matou aquele cara.

Um silêncio tomou conta de todo o carro, Theo chegou pular uma lombada

pelo impacto do que acabara de ouvir.

-você o que? - Theo não conseguia falar direito, ele parou o carro no

acostamento. 

-bom eu não sei bem, mas e que no meu sonho eu matei um escorpião

gigante com uma flechada no peito, sera que você pode continuar dirigindo.

Theo voltou a dirigir na direção da casa da Aurora.

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Page 65: Caçadores da meia noite (original)

-Clark isso e só um sonho besta, e claro que não foi você - Teresa tentava

acalmar o "amigo"

-e por isso que quero falar com a Aurora, ela deve saber de alguma coisa.

-Clark, antes de continuar a viajem eu quero te contar uma coisa - Theo

falou as palavras com uma voz pesada e com medo - enquanto você estava

em coma, a Lunna começou a nos ajudar a descobrir o que aconteceu com

você.

- ta ok, obrigado por me dizer quando voltarmos digo obrigado para ela.

-tem mais uma coisa, ela nos contou que e uma caçadora da meia noite.

-uma caçadora! Que como assim? Eles eram uma lenda.

-assim como eu era uma lenda também?

-mas você e real, eu to vendo você aqui.

-ela mostrou a marca da familia dela. 

-a marca no pescoço?

-sim, e tem mais, ela disse que a familia dela esta programando em matar

todos os espíritos da cidade, desde os mais fracos aos fortes.

- isso e um grande problema.

- não só grande mas também uma catástrofe.

-ok vamos com calma - Teresa se intrometeu na conversa - vamos primeiro

resolver o problema do Clark depois vamos atrás da Lunna.

- Teresa esta certa, vamos falar com a Aurora sobre você, depois vamos

atrás da Lunna pra ela te explicar melhor o que aconteceu. 

-tem mais alguma coisa que vocês querem me contar, que eu não estou

sabendo?

-na verdade tem sim - Theo ajeitou a posição no banco do carro - mas isso

eu vou te contar depois de resolver seus problemas.

Levou alguns minutos para chegar na casa da Aurora, durante o caminho

Clark contou o sonho para os amigos.

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-ola, a quanto tempo não vejo vocês, entrem- aurora atendeu a porta com

bom humor.

-aurora preciso da sua ajuda- Clark entrou correndo na casa.

-calma, me diga o que aconteceu você parece nervoso e agitado.

-eu matei alguem enquanto dormia.

-hahahahaha, isso foi Ilário.

-eu não estou brincando, aurora eu fiz algo errado na noite passada e acho

que vou voltar a fazer na próxima.

-me conte melhor sobre isso, por que isso tudo e um caso novo pra mim..

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