Abordagem do paciente com Dispepsia
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Abordagem do paciente com Dispepsia
ISCTEMMedicina Geral
Patologia Médica II
Amir Omar
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IntroduçãoÉ uma das doenças gastrointestinais mais comuns,
afetando pelo menos 25% da população mundial.
Sua prevalência varía em diferentes países, dependendo da presença de H. pylori, obesidade, consumo de drogas, álcool, tabaco e temperos na dieta
Custos econômicos
Comprometimento da qualidade de vida
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DefiniçãoDispepsia Do grego “Dys” = má ou dificuldade; e “Pepse” =
digestão É o termo médico que designa dificuldade
de digestãoPopularmente conhecida como "indigestão“Inclui um grupo de sintomas não-especificos
provenientes do trato gastrointestinal superior
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SintomasDor crônica ou recorrente no abdomen superiorPiroseDiscomforto pós-prandial Saciedade precoceMeteorismoNáuseasFlatulênciaEructação Perda de apetiteIntolerância a alimentos com gordura
Tipo refluxo
Tipo ulcera
Tipo dismotilidade
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Dispepsia tipo RefluxoAs dispepsias do tipo refluxo se associam a queixas de
regurgitação, azia, pirose ou queimação retroesternal, e sialorréia. Quando estes sintomas são claramente predominantes ou mesmo exclusivos, o diagnóstico clinico é de doença do refluxo gastro-esofágico, confirmada a EDA pela presença de esofagite de refluxo.
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Dispepsia tipo ÚlceraNas dispepsias ulcerosas o sintoma principal é dor
epigástrica, que pode acordar o paciente a noite, piora com estômago vazio, melhora com as refeições e apresenta ritmicidade e periodicidade. Estes pacientes também podem apresentar queimação epigástrica
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Dispepsia tipo DismotilidadeNas dispepsias tipo desmotilidade predominam
manifestações como empachamento ou sensação de plenitude pós-prandial, distensão epigástrica, saciedade precoce, e náuseas e as vezes vômitos.
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Exame ObjetivoInspecção: Distensão abdominal Palpação: Dor epigástricaPercussão: Timpanismo devido a meteorismo
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Causas de DispepsiaDispepsia orgânicaDispepsia funcional ou não-ulcerosaFármaco relacionadoDoenças sistêmicas extra-intestinais
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Dispepsia orgânicaEsofagiteDRGEGastrite aguda ou crónicaÚlcera gástricaÚlcera duodenalDuodeniteParasitoses intestinaisDoença maligna (carcinoma, linfoma)
Evidência de uma doença orgânica é observada em EDA (e biópsia gástrica)
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Dispepsia funcional ou não-ulcerosa
AnsiedadeDepressãoSem lesão orgânica detectado nas investigações.
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Fármaco relacionadoAINEsEsteróidesEstrogéniosCloroquinaAntibióticosDigoxinaSuplementos de potássio
Inibe PG
++ Hcl
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Doenças sistêmicas extra-intestinaisDiabetes mellitus (Gastroparésia)
Urémia (↑Mg = Nausea, ↓Muco = hipercloridria, ↑Prostaciclina(AAP)= Hemorragia)
Doença de Addison (↓ou X cortisol = ↓enzimas digestivas = indigestão )
Hiperparatireoidismo (Hipercalcémia =↑Hcl)
Hipotireoidismo (Acloridria, Colon adinâmico, mega colon)
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Sinais de AlarmePerda de pesoVômitos persistentesDisfagia e odinofagia progressivasAnemia ferropênicaHematêmese ou melenasMassa abdominal palpávelHistória familiar de cancro do TGIHistória prévia de cancro gástricoIcterícia
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TratamentoTratar causa de baseEmpírico – Redução de Acidez gástrica e proteção da
mucosa gástrica
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TratamentoPacientes jovens (<40 anos) com dispepsia sem nenhum
sintoma de alarme podem ser tratadas empiricamente com IBP, com ou sem Pro-cinéticos, durante 2-4 semanas.
EDA não é considerado necessário por que a incidência de malignidade é muito baixa neste grupo.
Pro-cinéticos são os preferidos para sintomatologia de dispepsia tipo dismotilidade.
Dispepsia Funcional: Empírico + Antidepressivo ou Ansiolíticos
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Investigar patologias do:
esôfago, coração, fígado, vesícula biliar, pâncreas,
intestino, AINEs, ansiédade/depressão
“Indigestao”
Dispepsia
++ Pirose
Tratar como DRGE
Dispepsia não complicada
Tratar com:• IBP + ARH2• Estilo de vida
Sinais de AlarmeEspecialista
Estilo de vida:
•Ritmicidade das refeições•Não deitar logo após refeição•Controlar Obesidade•Parar Fumar•Restrição alcoolica
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Sintomatologia persistente
Testes Hp
Erradicar Hp
Hp + Hp -
Sintomas persistentes apesar erradicação Hp
Hp resistente – segunda linha
Especialista
Cura
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Exames para Investigação 1. Hemograma2. Bioquimica3. Parasitológico4. RX torax5. Ultrassonografia abdominal6. Endoscopia digestiva alta
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Indicação para EDAA EDA está indicada na abordagem inicial de pacientes
com dispepsia não-investigada na presença de um ou mais dos sintomas de alarme citados anteriormente
A EDA também está indicada em pacientes com dispepsia de início recente e idade > 55 anos pelo risco aumentado de cancro gástrico.
Pacientes encaminhados à EDA devem ficar 2 semanas sem receber inibidores IBP e/ou ARH2 previamente ao exame para evitar dificuldades na identificação de cancro de esôfago e/ou estômago
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ConclusãoA dispepsia é um síndrome que consiste de um grupo de
sintomas não especificos
É um sindrome presente em várias doenças
Tipo de dispepsia e de grupo de sintomas
Diagnóstico diferencial nos permitirá realização de procedimentos corretos
Abordagem passo-a-passo
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BibliografiaRome III Diagnostic Criteria for Functional Gastrointestinal Disorders,
2006, Douglas A. Drossman, MD OXFORD AMERICAN HANDBOOK OF CLINICAL MEDICINE, Second Edition,
J. Flynn, M. Choi, Oxford University Press, 2013, pagina 208-210Moayyedi P. Dyspesia: ulcer and nonulcer In: Weinstein W.M.; Hawkey
C.J.; Bosch J., Clinical Gastroenteroly and Hepatology 1aEd 2005Mesquita M.A., Magalhães, A.F.N. Dispepsia In: Galvão-Alves J. ; Dani R
Terapêutica em Gastroenterologia, 2005Chehter L. Dispepsia Funcional In: Forones N.M., Miszputen S.J. Manual
de Gastroenterolgia, Disciplina de Gastroenterologia da Escola Paulista de Medicina/UNIFESP, 2000.
Harrison’s Principles of Internal Medicine, 18th Edition, 2012, McGraw-Hill, PART 14 Disorders of the Gastrointestinal System, pagina 2402-2459