A UTILIZAÇÃO DA LASERTERAPIA NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDA EM … utilização da... · Mestre em...

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC ELLEN LÔYSE RODRIGUES DA SILVA A UTILIZAÇÃO DA LASERTERAPIA NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDA EM CÃO: relato de caso MACEIÓ ALAGOAS 2019/01

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

ELLEN LÔYSE RODRIGUES DA SILVA

A UTILIZAÇÃO DA LASERTERAPIA NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDA EM CÃO: relato de caso

MACEIÓ – ALAGOAS 2019/01

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ELLEN LÔYSE RODRIGUES DA SILVA

A UTILIZAÇÃO DA LASERTERAPIA NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDA EM CÃO: relato de caso

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito final, para conclusão do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Cesmac, sob a orientação da professora Ma. Giovana Patrícia de O. e Souza Anderlini.

MACEIÓ – ALAGOAS 2019/01

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S237a Silva, Ellen Lôyse Rodrigues da

A utilização da laserterapia na cicatrização de ferida em cão:

relato de caso / Ellen Lôyse Rodrigues da Silva

.— Marechal Deodoro:2019.

21 f.: il.

TCC (Graduação em Medicina Veterinária)- Centro Universitário

CESMAC, Marechal Deodoro - AL. 2019

Orientadora: Giovana Patrícia de O. e Souza Anderlini

1. Cicatrização. 2. Fisioterapia veterinária.

3. Laser de baixa intensidade. 4. Reparo tecidual.

I. Anderlini, Giovana Patrícia de O. e Souza.(Orientadora) II.Título.

CDU:636.09:616-003.9

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ELLEN LÔYSE RODRIGUES DA SILVA

A UTILIZAÇÃO DA LASERTERAPIA NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDA EM CÃO: relato de caso

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito final, para conclusão do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Cesmac, sob a orientação da professora Ma. Giovana Patrícia de O. e Souza Anderlini.

APROVADO EM: ___/____/_____

___________________________________________________ GIOVANA PATRICIA DE OLIVEIRA E SOUZA ANDERLINI

BANCA EXAMINADORA

Me. Roberto Rômulo Ferreira da Silva

M.V esp. Karyna Alves Cunha de Paiva Lima

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AGRADECIMENTOS

A Deus, que permitiu que tudo isso acontecesse, que a todo momento

sussurrava em meu ouvido: prossiga eu te fiz pra ser uma vencedora. Eu guardei no

coração as suas palavras e assim descobrir que os planos dele para mim, foram

muito maiores que os meus. É o maior mestre qυе alguém pode conhecer.

Aos meus pais, Elivonete e Erisvaldo, aos quais devo minha vida, minha

história e tudo que sou hoje. Sou grata pelo incentivo nas horas difíceis, de

desânimo е cansaço e apesar dе todas аs dificuldades, sеυs cuidados е conselhos

fоram, еm alguns momentos, а esperança pаrа seguir. Desculpe оs momentos dе

ausência, eles foram dedicados ао estudo, vocês sеmprе me fizeram entender qυе о

futuro é feito а partir dа constante dedicação nо presente. Mãe, pai, a presença de

vocês em minha vida significou segurança е certeza dе qυе não estou sozinha

nessa caminhada.

A minha família, pelo amor, incentivo е apoio incondicional.

Aos meus professores, por todo ensinamento.

Аоs meus amigos, por tantos momentos compartilhados. Vocês fizeram essa

caminhada ser menos árdua, serão sempre meus “Melhores da vet”.

A minha orientadora, Ma. Giovana Patrícia de O. e S. Anderlini, pela

paciência, orientação, apoio е confiança. Minha formação, inclusive pessoal, não

teria sido а mesma sеm а sυа pessoa.

A Lili, Tom, Dani, Meg e Tarti.

A todos que de forma direta e indireta contribuíram para minha formação

pessoal e profissional, meu muito obrigada.

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A UTILIZAÇÃO DA LASERTERAPIA NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDA EM CÃO: relato de caso

USING THE LASER THERAPY IN WOUND HEALING IN DOG: case report

Ellen Lôyse Rodrigues da Silva Graduanda do curso de Medicina Veterinária

[email protected] Giovana Patrícia de Oliveira e Souza Anderlini

Mestre em Biociência Animal [email protected]

RESUMO

Em meio a feridas de diferentes etiologias, cuja terapêutica instituída geralmente se dá através do uso de fármaco, um método alternativo é a utilização do Laser de baixa potência, que tem se mostrado bastante eficaz, pelos efeitos que possui. Este relato cita um canino macho, com 3 anos e 8 meses de idade, sem raça definida, pesando 5,2kg com histórico de acidente automobilístico o qual foi tratado com este recurso fisioterápico. Ao exame físico apresentava prostração, diversas escoriações pelo corpo, fratura medial exposta e completa de tíbia e fíbula do membro direito, com aspecto sugestivo de necrose em tecidos moles e infecção local. Após exame pré-operatório o paciente foi encaminhado para amputação proximal de membro posterior direito e dermorrafia parcial da região lateral abdominal e perianal direita, visto que houve intensa perda de tecido. Durante dois dias após a cirurgia percebeu-se ainda presença de secreção purulenta e necrose de pele em rápida evolução, Com o objetivo de promover a cicatrização da lesão prosseguiu-se com a sessão do Laser bioestimulador. Diante da velocidade de cicatrização, houve retração do prepúcio provocando a exposição peniana, optou-se pela orquiectomia e plástica reparadora para regressão do priapismo. Após 10 sessões do laser observou-se remissão total da ferida. Objetivou-se com este relato de caso descrever a aplicabilidade e exaltar o benefício da laserterapia na cicatrização da ferida em um cão, tornando-o um trabalho de grande relevância para a comunidade acadêmica e profissional veterinária.

PALAVRAS-CHAVE: Cicatrização. Fisioterapia veterinária. Laser de baixa intensidade. Reparo tecidual

ABSTRACT

Among the wounds of different etiologies, which generally established therapeutic is via use of the drug, an alternative method is the use of low-power laser, which has proven very effective, the effects they have. This report cites a male canine, with 3 years and 8 months old mongrel, weighing 5,2kg with car accident history which was treated with physiotherapy this feature. On physical examination, prostration, several bruises throughout the body, exposed and complete medial fracture of the tibia and fibula of the right member, with suggestive of necrosis of soft tissues and local infection. After preoperative examination, the patient was referred to the proximal right hind limb amputation and partial dermorrafia the abdominal region and perianal right side, since there was intense tissue loss. For two days after surgery he was noticed even the presence of pus and skin necrosis rapidly evolving,Aiming to promote wound healing He continued withLaser session biostimulator. Before the healing rate, there was a retraction of the foreskin causing penile exposure, opted for reconstructive and plastic orchiectomy for regression of priapism. After 10 laser sessions there was complete remission of the wound. The objective of this case report describing the applicability and extolling the benefits of laser therapy on wound healing in a dog, making it a job of great relevance to the academic community and veterinary professional.

KEYWORDS: Healing. veterinary physiotherapy. Low level laser therapy. tissue repair

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 5 2 RELATO DE CASO......................................................................................... 6 3 DISCUSSÃO.................................................................................................... 8 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 11 REFERÊNCIAS ................................................................................................... 12 ANEXOS .............................................................................................................. 15

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1 INTRODUÇÃO

A sigla LASER é uma abreviatura em inglês de Light Amplification the

Slimulated Emission of Radition, e trata-se de uma fonte de luz e energia, que é

transformada em energia monocromática, visível ou não, produzindo um tipo de

radiação (GENOVESE, 2000). Esta forma de terapia é comumente utilizada para o

tratamento de diversas enfermidades, incluindo cicatrização de feridas, redução de

edema e dor, preservando tecidos e nervos adjacentes (FAROUK; ANDRES, 2001).

Durante um atendimento clínico, o médico veterinário se depara com feridas

de diferentes etiologias, cuja terapêutica instituída na maioria das vezes se dá com

uso de fármacos (NUTALL; HARVEY; McKEEVER, 2011). Contudo, como método

alternativo pode-se fazer o uso do Laser de baixa potência, que tem se mostrado

bastante eficaz, pelos efeitos que possui (DETERLING et al., 2010).

Os lasers são classificados em alta, média e baixa intensidade. O primeiro é

utilizado para remoções cirúrgicas, como cortes de tecido, são encontrados nesta

classe o laser de excimer, argônio, dripton, dye, rubi e CO2; o segundo, chamado de

mid laser, emite radiação sem poder destrutivo e os mais usados são os lasers de

HeNe e ASGA; e o terceiro é o mais utilizado em processos de reparação tecidual,

como lesões nervosas, musculares, articulares, ósseas e cutâneas, são eles He-Ne

(Hélio-Neônio) e diodo (Arseniato de gálio) (BRUGNERA, 1991; GENOVESE, 2000).

A definição de ferida é tida como a perda da continuidade do tegumento,

como por exemplo, pele e tecido celular subcutâneo, incluindo também músculos,

tendões e ossos. Em relação a classificação, difere-se quanto à etiologia,

complexidade e tempo de existência (SMANIOTTO et al, 2010). A descontinuidade

do tecido epitelial, de mucosas ou órgãos compromete as funções básicas de

proteção da pele. A ferida decorrente dessa descontinuidade do tecido pode ser

causada por fatores extrínsecos, como incisão cirúrgica, trauma físico, químico e

mecânico ou por fatores intrínsecos, como no caso das produzidas por infecção

(SANTOS et al., 2011; FERNANDES e MELO, 2011).

Segundo Rubin; Farber (2002), para que se dê início ao processo de

cicatrização, são necessárias três medidas: contração, reparação e regeneração. Na

contração os macrófagos desempenham um importante papel na formação do tecido

de granulação, alinhando as fibras e fazendo com que haja proliferação e migração

de fibroblastos, células endoteliais e células musculares lisas para a área da ferida.

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Após esse processo, ocorre a reparação, onde os fibroblastos são

responsáveis pela produção de uma nova matriz extracelular de colágeno (MARTIN,

1997; AUKHIL, 2000). Todo esse processo é subsequente a reação inflamatória e

contribui para a regeneração, os fibroblastos do tecido de granulação transformam-

se em miofibroblastos (GABBIANI et al, 1972). Com o decorrer do processo, os

vasos, fibroblastos e células decorrentes das fases sofrem apoptose, levando à

formação de cicatriz com reduzido número de células (ARNOLD; WEST, 1991).

Os efeitos resultantes da utilização do laser de baixa potência podem ser

observados no aumento de linfócitos e em sua proliferação e ativação; aumento na

fagocitose desempenhada pelos macrófagos, elevando a secreção de fatores de

crescimento de fibroblasto e fortalecendo a reabsorção de fibrina e colágeno

(BOURGUIGNON et al, 2005). Desta forma, é importante a utilização correta dos

protocolos desenvolvidos para terapia a laser, que incluem a dose, densidade de

potência, tempo de irradiação, bem como a frequência e número de sessões para

que os resultados do tratamento não sejam controversos e empíricos.

Relatos abordando este tema são pertinentes e auxiliam as comunidades

acadêmicas e profissionais da medicina veterinária no enriquecimento desta recente

fisioterapia utilizada em cães.

2 RELATO DE CASO

Foi atendido em uma clínica veterinária, um canino macho, com 3 anos e 8

meses de idade, sem raça definida, pesando 5,2kg com histórico de acidente

automobilístico há cerca de 3 dias. O animal era semidomiciliado e foi resgatado por

uma das veterinárias da mesma clínica, seus tutores não tinham possibilidade de

custear o tratamento por isso não foi encaminhado ao atendimento imediatamente

depois do acidente.

Inicialmente o paciente foi submetido ao exame físico, onde apresentava

prostração, diversas escoriações pelo corpo, fratura medial exposta e completa de

tíbia e fíbula do membro direito, com aspecto sugestivo de necrose em tecidos

moles e infecção local, além de extrema dor. Após o exame físico, o paciente foi

acolhido na clínica para internação. Inicialmente foi feita a aplicação de penicilina

(4.000 UI/kg/bid) e tramadol (2mg/kg) por via intramuscular e meloxican (0,2mg/kg)

por via subcutânea. A área necrosada estendia-se desde o membro à região

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perianal e abdominal a qual foi debridada e a ferida lavada com solução antisséptica

degermante de iodopovidona.

Após cuidados de enfermagem por 48 horas, bem como manutenção de

antibiótico, antinflamatório e analgésico, foi realizado um hemograma e contagem de

plaquetas (Anexo 1) o qual evidenciou importante anemia normocítica

normocrômica, moderada leucocitose predominantemente neutrofílica com discreto

desvio a esquerda e ainda presença de monócitos ativados. Na contagem

plaquetária foi evidenciada trombocitopenia. Minimizando os riscos de osteomielite o

paciente foi encaminhado para amputação proximal de membro posterior direito e

dermorrafia parcial da região lateral abdominal e perianal direita.

Neste procedimento foi implantado um dreno com o objetivo de minimizar o

risco de seroma. Durante dois dias após a cirurgia percebeu-se ainda presença de

secreção purulenta e necrose de pele em rápida evolução, ressalta-se que não

houve tração da pele para sutura, apenas aproximação (Figura 1), o que se

suspeitou de ação bacteriana anaeróbica. Atrelada a essa suspeita e a possibilidade

de hipoplasia medular por toxinas bacterianas foi coletado material para cultura e

antibiograma da secreção, substituiu-se o antibiótico por gentamicina associada ao

metronidazol e prosseguiu-se com o debridamento e limpeza da ferida com solução

de iodopovidona. A bactéria isolada foi Enterococcus sp (Anexo 2), optou-se então

por inserir a enrofloxacina por apresentar sensibilidade ao agente e após uma

semana de cuidados de enfermagem, nutricional e novo antibiótico houve remissão

da infecção e melhora do estado clínico geral.

Prosseguiu-se então com a sessão do Laser bioestimulador de uso

veterinário, Photon Vet, com comprimento de onda entre 630 e 690 nm como

recurso fisioterápico, com objetivo de promover a cicatrização da lesão. A primeira

sessão teve duração de 30 minutos e foi aplicada em toda área resultante do

debridamento. Associou-se à utilização de pomada a base de neomicina e

bacitracina apenas para impedir qualquer ação bacteriana oportunista. Durante a

aplicação da segunda sessão, sete dias após a primeira, verificou-se tecido de

granulação exuberante e ausência de necrose. Na terceira sessão, após mais sete

dias, notava-se excelente cicatrização, porém foi observado que tamanha velocidade

de cicatrização proporcionou a retração do prepúcio provocando a exposição

peniana (Figura 2).

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Optou-se pela orquiectomia e plástica reparadora para regressão do

priapismo (Figura 3) e imediatamente após a cirurgia aplicou-se nova sessão de

laser, que se fez necessária repetir diariamente durante 5 dias e a última após 15

dias onde houve remissão da ferida (Figura 4). Foi também realizado hemograma

com contagem de plaquetas e verificou-se evolução satisfatória dos componentes

hematológicos (Anexo 3). O animal é acompanhado até os dias atuais apresentando

ótimo estado geral.

3 DISCUSSÃO

Acidentes automobilístico são causas frequentes de traumatismos. Em geral,

as lesões resultantes de atropelamentos são torácicas, ortopédicas, neurológicas,

dermatológicas e abdominais (CULP; SILVERSTEIN, 2015), no paciente relatado

houve comprometimento ortopédico e dermatológico, com evolução sistêmica

trazendo prostração em decorrência do não atendimento imediato.

Durante a avaliação física, Correia (2015) relata que deve-se observar

possíveis feridas superficiais e/ou penetrantes na pele, bem como a avaliação dos

músculos, tendões, articulações e ossos, e possíveis fraturas fechadas ou abertas.

Mazzaferro; Ford (2012) complementa que nas fraturas abertas, deve-se fazer a

prevenção para que não haja contaminação bacteriana na mesma, de forma que

manipulação e limpeza sejam cuidadosamente realizadas, no paciente relatado

houve debridamento e limpeza cautelosa da ferida com o objetivo de diminuir a

infecção evidente antes da amputação do membro comprometido.

De acordo Carvalho (2002), a amputação é a remoção cirúrgica ou

traumática, parcial ou total, de um fragmento do corpo. Suas indicações podem esta

relacionadas a traumas, necrose, paralisia, deformidade congênita e neoplasias

(JOHNSON; HULSE, 2008). Weigel (2007) orienta que além das indicações clínicas

para amputação, deve-se ser levado em consideração à adaptação do animal, bem

como o consentimento do proprietário que irá ter um animal deficiente. Neste

paciente existiu uma grande preocupação com o risco de osteomielite em virtude do

aspecto e condição da fratura após os três dias de trauma, presença de necrose,

sinais de infecção no sítio da ferida e condições gerais do canino, em detrimento a

este fato optou-se pela amputação.

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A infecção do sítio cirúrgico, é quando ocorre o crescimento de

microrganismos penetrantes que se multiplicam na ferida cirúrgica (GELAPE, 2007),

e é uma das causas mais importantes de complicações pós-operatórias no paciente

(DUNNING, 2007). Ainda segundo Gelape (2007), se houver presença de

exsudação, se faz necessário a drenagem das secreções, fato previsto pela equipe

cirúrgica desse paciente, a qual fez-se a opção da colocação de um dreno.

A utilização do recurso fisioterápico teve como objetivo acelerar o processo de

cicatrização em virtude da extensa área de necrose provocada pela perda de tecido

no acidente, além da infecção pela bactéria Enterococcus sp. No relato apresentado

o paciente obteve cicatrização completa da lesão após dez sessões de laserterapia,

condizendo com o estudo feito por Carrinho et al. (2006) onde foi avaliado o efeito

do laser de 685nm e 830nm no processo de recuperação do tendão calcâneo em

ratos, após a sua secção. Embora o comprimento da onda do laser supracitado seja

maior, é interessante observar que a terapia com laser de baixa intensidade foi

capaz de acelerar, em ambos os relatos, o processo de recuperação, aumentando a

proliferação fibroblástica e a síntese de colágeno.

Estudos já realizados não mostraram correlação significativa entre densidade

e efeitos terapêuticos. Todavia também não indicaram relação com a dose,

entretanto doses mais altas acarretam irritação ao invés de remissão. Em relação ao

intervalo de tratamento, os mesmos dados insinuaram que o intervalo de 5 e 6

semanas obtiveram melhores resultados, sendo condizente com os resultados de

Alster (2003) e Chan et al (2004). Dosagens e intervalos se diferem na literatura,

pelos diferentes tipos de equipamentos, com diferentes especificações, como

comprimento de onda em nanômetros (nm), potência em miliwatts (mW), frequência,

tempo que o animal está exposto, bem também o tipo de tecido estudado e a

espécie (LINS et al., 2011).

Entende-se que a produção de colágeno se desenvolve a partir da

fotoestimulação, podendo haver atuação de algumas frequências e doses, que

interferem no resultado final, repercutindo na proliferação celular, bem como no

crescimento de fibroblastos. As mitocôndrias possuem melhor absorção desse tipo

de energia e como consequência, produzem mais Adenosina trifosfato (ATP) e ácido

nucleico, acelerando o reparo epitelial resultando numa boa produção colágeno

(GIULIANI et al, 2009) e um aumento vasos sanguíneos neoformados (COLOMBO

et al., 2013).

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Estudos in vitru realizados por Haas et al (1990) sugerem que a Terapia a

laser de baixa intensidade (TLBI), contribui com essa síntese de colágeno. Jesus et

al (2010) indica benefícios da TLBI na cicatrização de tecidos, apesar de Leal e

Bezerra (2012) e Cury et al, (2009) relatarem a ausência desses efeitos em alguns

tipos de lesões contrapondo este relato o qual evidenciou que o protocolo utilizado

foi satisfatório trazendo excelente reparação tecidual. Uma justificativa para tal

discussão pode ser a pouca padronização nos estudos realizados (FUKUDA;

MALFATTI, 2008). Além disso, essa divergência entre os autores pode se dá devido

aos diferentes tipos de equipamentos, tempo de exposição, frequência, comprimento

de onda, potência, aplicação com ou sem contato com a pele (distância em cm),

bem como a espécie (LINS et al., 2011; WALT, 2004).

Assim como qualquer tipo de tratamento, a terapia a laser possui

contraindicações. Uma das principais ações do laser é estimular a proliferação

celular, mediante a esse fato, não se indica o tratamento em casos de neoplasias,

tratamento direto sobre o olho, tratamento sobre o útero gravídico, infecções,

gônodas (ovários e testículos), áreas fotossensíveis ou fotossensibilizadas da pele,

hemorrágicas, áreas com aplicação de toxina butolínica (OLIVEIRA, PEREZ,

SOUZA, E VASCONCELOS, 2014).

Além das contraindicações na utilização do laser, é de fundamental

importância a anamnese, para que posteriormente possa se tomar as devidas

precauções. Quando se trata da utilização dos aparelhos de laserterapia, se faz

necessário realizar treinamento especifico para operar o aparelho, seguir

atentamente as recomendações de uso, operação e manutenção do equipamento,

não devendo esquecer que a proteção dos olhos é fundamental tanto para o

paciente quanto para outras pessoas que estiverem no local no momento da

aplicação (OLIVEIRA, PEREZ, SOUZA, & VASCONCELOS, 2014).

Durante este estudo, foi observado que a lesão submetida ao tratamento com

laser de baixa intensidade, obteve uma excelente velocidade de evolução no

processo de reparação tecidual, sendo uma alternativa em amplas perdas de tecido

nas lesões dermatológicas.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerou-se satisfatório o protocolo de laserterapia de baixa potência

utilizada nesse caso, estimulando o processo de cicatrização da ferida, bem como o

controle da infecção local, a síntese e deposição de colágeno, revascularização e

contração da ferida até a sua completa remissão. Este relato é relevante por

oferecer um protocolo eficaz para este tipo de cicatrização fomentando estudos para

a comunidade acadêmica e profissional veterinário.

Desta forma, preconiza-se a realização de novas pesquisas e a utilização

desta ferramenta, devido aos bons resultados já obtidos.

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REFERÊNCIAS

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wound healing: a immunohistochemical study in a rodent model. Brazilian Dental

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CORREIA, F. Estudo das lesões decorrentes de atropelamento em cães. 2015. 67f. Trabalho de Conclusão de Curso (Mestrado). Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa, 2015. CULP, W.; SILVERSTEIN, D. Thoracic and abdominal trauma. 2015. In: D., SILVERSTEIN; K., HOPPER (Eds.). Small Animal Critical Care Medicine. St. Louis: W.B. Saunders. 2015. p.728-733. CURY, V. et al. The effects of the 660 nm and 780 nm laser irradiation on viability of random skin flap in rats. Photomedicine and Laser Surgery, v.27, p.721-724, 2009. DETERLING, L. et al. Benefícios do laser de baixa potência no pós cirúrgico de cirurgia plástica. Rio de Janeiro: Augustus, v. 4, n. 29, 2010. DUNNING, D. Infecção da ferida cirúrgica e uso de antimicrobianos. In: SLATTER, Douglas (Org.). Manual de Cirurgia de Pequenos Animais. 3 ed. São Paulo: Manole, 2007.

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ANEXOS

Figura 1 - Tração da pele para sutura, apenas por aproximação. Fonte: Acervo do autor.

Figura 2 - Retração do prepúcio, provocando exposição peniana. Fonte: Acervo do autor.

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Figura 3 – Pós cirúrgico da orquiectomia. Fonte: Acervo do autor.

Figura 15 – Pós cirúrgico da orquiectomia. Fonte: Acervo do autor.

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Material: SANGUE COM E.D.T.A.

Equipamento: ProCyte Dx* Hematology Analyzer Vlr Ref. Relativo

Eritrograma

Eritrócitos.................. 2,27 milhões/mm³ 5,5 A 8,5 milhões/mm³

Hemoglobina............. 4,8 g/dl. 12,0 A 18,0 g/dl

Hematócrito...............14 %. 37 A 55 %

V.c.m......................... 61,67 u³ 60 A 77 u³

H.c.m......................... 21,15 pg. 19,5 A 24,5 pg

C.h.c.m.......................34,29 g/dl 30 A 36 g/dl

Observações série vermelha... Anemia normocítica normocrômica.

Anisocitose e policromasia.

Leucograma

Leucócitos.................. 65,50 mil/mm³. 6,0 A 17,0 mil/mm³

Mielócitos.................. 0,00 % 0 /mm³ 0 %

Metamielócitos............0,00 % 0 /mm³. 0 %

Bastonetes................. 4,00 % 2620 /mm³ 0 A 3 % - 0-510

Segmentados..............72,00 % - 47160 /mm³. 60 A 77 % 3.600 - 13.090

Eosinófilos................. 0,00 % 0 /mm³. 2 A 10 % 120 - 1.700

Basófilos................... 0,00 % 0 /mm³. 0 A 1 % 0 - 170

Linfócitos típicos..........15,00 % - 9825 /mm³ 12 A 30 % 720 - 5100

Linfócitos atípicos........0,00 % 0 /mm³ 0 %

Monócitos................... 9,00 % - 5895 /mm³. 3 A 10 % 180 - 1.700

Outros (*) .....................0,00 % 0 /mm³

Observações série branca…. Moderada leucocitose predominantemente neutrofílica.

Discreto desvio a esquerda e monócitos ativados

Contagem plaquetária............132 mil/mm³ 200 a 500 mil/mm³

Avaliação plaquetária............. Algumas plaquetas ativadas.

Pesquisa de hematozoários…Ausência de hemoparasitas nesta amostra.

Anexo 1 – Hemograma + contagem de plaquetas e pesquisa de hemoparasita.

Fonte: Dados da pesquisa.

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Material: SECREÇÕES E FLUIDOS CORPÓREOS

Antibiograma

Bactéria isolada.............ENTEROCOCCUS SP

Amoxicilina + ácido clavulanato .........Sensível

Ampicilina................... Sensível

Cefalexina................... Resistente

Ceftiofur.......................Resistente

Cefovexin.................... Resistente

Ciprofloxacin................Sensível

lCloranfenicol...............Sensível

Doxiciclina................... Sensível

Enrofloxacin.................Sensível

Gentamicina.................Resistente

Neomicina....................Resistente

Oxacilina......................Resistente

Polimixina B.................Resistente

Observação: Mupirocina ............. Resistente

Anexo 2 - Cultura + antibiograma.

Fonte: Dados da pesquisa.

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Material: SANGUE COM E.D.T.A.

Equipamento: ProCyte Dx* Hematology Analyzer Vlr Ref. Relativo

Eritrograma

Eritrócitos.....................3,21 milhões/mm³ 5,5 A 8,5 milhões/mm³

Hemoglobina................7 g/dl 12,0 A 18,0 g/dl

Hematócrito..................24 % 37 A 55 %

V.c.m............................74,77 u³ 60 A 77 u³

H.c.m........................... 21,81 pg 19,5 A 24,5 pg

C.h.c.m....................... 29,17 g/dl 30 A 36 g/dl

Eritroblastos............... 36,00 0 %

Observações série vermelha.... Anemia normocítica hipocrômica.

Anisocitose e policromasia.

Leucograma

Leucócitos...................29,49 mil/mm³ 6,0 A 17,0 mil/mm³

Mielócitos................... 0,00 % 0 /mm³ 0 %

Metamielócitos............0,00 % 0 /mm³ 0 %

Bastonetes..................3,00 % - 884,55 /mm³ 0 A 3 % - 0-510

Segmentados...............64,00 % - 18870,4 /mm³ 60 A 77 % 3.600 - 13.090

Eosinófilos...................0,00 % - 0 /mm³. 2 A 10 % 120 - 1.700

Basófilos..................... 0,00 % - 0 /mm³ 0 A 1 % 0 - 170

Linfócitos típicos..........23,00 % - 6781,55 /mm³ 12 A 30 % 720 - 5100

Linfócitos atípicos........0,00 % - 0 /mm³ 0 %

Monócitos....................10,00 % - 2948,5 /mm³ 3 A 10 % 180 - 1.700

Outros (*) .....................0,00 % 0 /mm³

Observações série branca .....Leucocitose.

Discreto desvio a esquerda.

Neutrofilia.

Linfocitose.

Monocitose.

Contagem plaquetária......... 344 mil/mm³ 200 a 500 mil/mm³

Alguns agregados plaquetários.

Anexo 3 – Hemograma + contagem de plaquetas.

Fonte: Dados da pesquisa.