A Tribuna - Fevereiro/Março de 2015 - Edição 3.906

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BOLETIM INFORMATIVO A TRIBUNA - ÓRGÃO OFICIAL DA ARQUIDIOCESE DE CAMPINAS ANO 105 - EDIÇÃO 3.906 - FEVEREIRO/MARÇO 2015 Na Cerimônia do Lava-pés de 2013, Papa Francisco lavou os pés de 12 jovens do Instituto Penal para Menores Casal del Marmo. Imagem é cartaz da CF 2015. Fraternidade: Igreja e Sociedade “Eu vim para servir” (cf. Mc 10,45)

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Boletim A Tribuna, Órgão Oficial da Arquidiocese de Campinas.

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BOLETIM INFORMATIVO A TRIBUNA - ÓRGÃO OFICIAL DA ARQUIDIOCESE DE CAMPINAS

ANO 105 - EDIÇÃO 3.906 - FEVEREIRO/MARÇO 2015

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Fraternidade: Igreja e Sociedade

“Eu vim para servir” (cf. Mc 10,45)

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Boletim A TribunaPublicação do Setor Imprensa da Arquidiocese de Campinas – SP

Arcebispo Metropolitano:Dom Airton José dos SantosDireção: Padre Rodrigo Catini Flaibam Editora-chefe: Bárbara Beraquet (MTb 37.454)Jornalista: Wilson Antonio Cassanti (MTb 32.422) Editora-assistente:Carolina Grohmann(MTb 72.958)Apoio: Giovanna LimaJoão do Carmo CostaMarcela RezendeRafaella Cassia

EXPEDIENTE

WWW.ARQUIDIOCESECAMPINAS.COMREDACAO@

ARQUIDIOCESECAMPINAS.COM

RUA LUMEN CHRISTI, 02JARDIM DAS PAINEIRAS

13092-320 CAMPINAS, SP

Composição própriaDistribuição gratuitaImpressão: RIP Editores GráficosTiragem: 10 mil exemplares

Confira a versão digital do Boletim A Tribuna, que também está disponível para download em www.arquidiocesecampinas.com/banca

Equipe Setor Imprensa

Ordenação Diaconal

02 - FEVEREIRO/MARÇO 2015 - BOLETIM A TRIBUNA

Em 27 de dezembro de 2014, a Arquidiocese de Campi-nas testemunhou a ordenação de novos quatro diáco-nos transitórios, na Catedral Metropolitana.

A cerimônia de Ordenação Diaconal dos então seminaristas Luan Flávio de Oliveira, Marcel Fabiano Prado, Marcel Gusta-vo Alvarenga e Maurício Inácio da Silva foi presidida por Dom Airton José dos Santos, Arcebispo Metropolitano de Campi-nas. O Diaconato é o primeiro grau do Sacramento da Ordem; o segundo grau é o presbiterado (padres) e o terceiro é o epis-copado (bispos). Os diáconos, presbíteros e bispos compõem a hierarquia da Igreja. Na Liturgia Eucarística, o diácono tem funções próprias, como servir o altar, proclamar o Evangelho, convidar para o abraço da paz, purificar os vasos sagrados e fazer a despedida. Recebemos com alegria os novos diáconos!

Foto de Maurício Aoki

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Missa dos Enfermos

RAFAELLA CASSIA

“Recebi a água da gruta de Nossa Senhora de Lour-des e a usei com muita fé. Fiz a novena e, então, re-tornei ao médico e ele me disse que eu estava com-pletamente curada. Não vou faltar à missa enquanto eu viver”. A promessa é da fiel Luzia Maria Saratini, sobre a missa dedicada a Nossa Senhora de Lourdes, padroeira dos enfermos. Luzia foi curada de um cân-cer de mama no ano passado.

Ela foi uma das fieis que participaram da missa ce-lebrada na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, em Campinas, dedicada ao dia da padroeira, em 11 de fevereiro, data de sua primeira aparição na gruta de Massabielle, na França, em 1858.

A Missa dos Enfermos foi presidida pelo Arcebis-po Metropolitano de Campinas, Dom Airton José dos Santos, e concelebrada pelos padres Paschoal Brazilino Canôas, Nelson Ferreira de Campos, Nor-berto Tortorelo Bonfim, Marco Antonio Amstalden, Edmilson Euclides Lovatto e Diácono Jamil Cury Sawaya.

O pároco, Padre Canôas, afirmou que a Missa dos Enfermos não é somente para aqueles que estão do-entes, mas sim para que a Virgem de Lourdes venha em auxílio de todos os seus filhos. “Nossa Senhora de Lourdes não faz somente a cura exterior, ela faz também a cura interior, trazendo paz, calma e tran-quilidade para seus devotos”, acrescentou.

Na homilia, Dom Airton falou sobre a fragilidade humana e a necessidade de Deus, que é o vinho que sacia. O Arcebispo destacou que precisamos ser so-lidários com nossos irmãos. “Que nós sejamos o in-centivo e ânimo para as outras pessoas. Precisamos ser a bênção de Deus para elas”.

A devota Vera Lucia Barbosa foi curada há 10 anos de um nódulo no seio e acredita que a sua cura se deu por interseção de Nossa Senhora de Lourdes. Desde

BOLETIM A TRIBUNA - FEVEREIRO/MARÇO 2015 - 03

Agradecimentos por graças alcançadas marcam a Missa de Nossa Senhora de Lourdes

então, é voluntária na comunidade. Da descoberta do nódulo à graça alcançada, dois questionamentos surgiram no coração da fiel: “primeiro, me perguntei porquê eu, e agora me pergunto se sou merecedora de tamanha graça”, refletiu.

Durante a missa, foram distribuídas garrafinhas com água benta e feita a bênção por aspersão. Ao fi-nal, os padres oraram pela saúde dos fieis presentes.

Fotos de Giovanna Lima

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Campanha da Fraternidade 2015

BÁRBARA BERAQUET

04 - FEVEREIRO/MARÇO 2015 - BOLETIM A TRIBUNA

Em procissão, os cristãos recebem na fron-

te um pouco das cinzas feitas de ramos de

oliveiras, bentos no Domingo de Ramos do

ano anterior, para expressar o desejo de assumir o

processo de conversão que se iniciou no Batismo. A

cena se repete nas missas da Quarta-feira de Cinzas,

dia em que, tradicionalmente, também tem início, no

Brasil, a Campanha da Fraternidade (CF), momento

privilegiado de evangelização, que busca despertar

a população para uma problemática específica, ano

após ano, que requer uma resposta dos cristãos e de

pessoas de boa vontade em direção à justiça e à fra-

ternidade.

Neste ano, em sua 52ª edição, a CF tem como tema

“Fraternidade: Igreja e Sociedade” e como lema “Eu

vim para servir” (cf. Mc 10,45). O objetivo geral da CF

2015 é “aprofundar, à luz do Evangelho, o diálogo e

a colaboração entre a Igreja e a sociedade, propostos

pelo Concílio Ecumênico Vaticano II, como serviço ao

povo brasileiro, para a edificação do Reino de Deus”.

Na Arquidiocese de Campinas, o Arcebispo Me-

tropolitano, Dom Airton José dos Santos, celebrou

missa na Catedral Metropolitana para marcar o lan-

çamento da Campanha.

Um dos capítulos do Texto Base da CF deste ano,

subsídio para viver da forma mais integral possível

a proposta, diz respeito à relação entre Igreja e So-

ciedade em suas convergências e divergências. Dom

Airton, pouco antes da celebração na Catedral, ex-

plicou sobre estas últimas, originadas das diferentes

opiniões que existem numa sociedade plural. Como

o arcebispo frisou, a Igreja propõe o diálogo, focada,

sempre, na pessoa humana. “Não podemos negociar

a vida humana, a condição de vida das pessoas. Olha-

mos para a sociedade nessas prováveis e possíveis

divergências que existem e temos que abrir o campo

para o diálogo”, disse, e lembrou que se deve evitar o

confronto. “Nós propomos diálogos nos quais o cen-

tro de convergência, não de divergência, é o ser hu-

mano”.

“Eu vim para servir” (cf. Mc 10,45) é o lema da Campanha, que este ano tratará das relações entre Igreja e Sociedade

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BOLETIM A TRIBUNA - FEVEREIRO/MARÇO 2015 - 05

Campanha deste ano trata das relações entre Igreja e Sociedade.

O encerramento será no Domingo de Ramos.Imagem: Divulgação

Fotos de Bárbara Beraquet

Dom Airton mencionou o Santo Padre, Papa

Francisco, que recentemente propôs trabalho

conjunto pela “globalização da fraternidade”.

“O respeito pelo outro, ajuda mútua: temos

que fazer isso acontecer e não apenas lá nas

instâncias de governo, podemos chegar lá,

mas temos que fazer acontecer aqui, no dia a

dia, nas relações diárias”, convocou.

Vivemos o Tempo Quaresmal, momento litúrgico

que abriga a CF. “A Campanha da Fraternidade en-

contra sua inspiração na Quaresma, tempo propício

para pensarmos como estamos ajudando o mundo

a ser melhor. Esta é a preocupação: como nós, ca-

tólicos, estamos participando da vida da sociedade,

da organização da sociedade? Participamos de modo

efetivo? Até de organismos, instituições que que-

rem um mundo melhor, de justiça, um mundo onde

a pessoa seja respeitada, onde a dignidade humana

seja olhada como algo que vale, e não como algo ne-

gociável; como participamos? São elementos funda-

mentais. No Tempo da Quaresma devemos ‘treinar’

essa vivência em sociedade, de modo a conseguir um

mundo melhor”, foram alguns questionamentos le-

vantados por Dom Airton.

“Não podemos

negociar a vida humana, a condição

de vida das pessoas”

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ARQUIDIOCESE em destaque

Início do ano formativo no Seminário

Com acolhida do Arcebispo Metropolitano de Campinas, Dom Airton José dos Santos, aos oito novos seminaristas, teve início a missa de abertu-ra do ano formativo. O arcebispo ainda lembrou a importância da relação do seminarista com a Igreja. “A relação deve ser fraterna, uma relação de compromisso, de entrega e de honestidade com Deus. O momento de formação é para ser transformador”, concluiu.A missa ocorreu na Comunidade Santa Teresi-nha, pertencente à Paróquia Sant’Ana, de Cam-pinas, na manhã da última quinta-feira, dia 12. Ainda na homilia, Dom Airton destacou a impor-tância da reflexão durante este período de for-mação. Os novos seminaristas ingressaram no Seminário Arquidiocesano Imaculada Conceição – Propedêutico, onde dão os passos iniciais para sua formação para, no futuro, serem ordenados presbíteros.

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Manhã de espiritualidade

Na manhã de 20 de fevereiro, o clero da Arquidio-cese de Campinas (SP), juntamente com Dom Air-ton José dos Santos, se reuniu no Mosteiro de São Bento, em Vinhedo, para um momento de espiri-tualidade, motivados pelo Tempo da Quaresma, tempo de preparação para as solenidades pascais. Dom Prior Paulo S. Panza, O.S.B, em sua prelação, citou as palavras do Abade Dom Douglas Nowicki, O.S.B. que, na conferência de início da Quaresma 2015, refletiu sobre o narcisismo que marca, se-gundo o Abade, a cultura e, consequentemente, a Igreja e cada um de nós. “(O narcisismo) Leva ao individualismo, ao culto do eu, à tirania, muitas vezes ignorante de um modo de sentir, pensar e agir, que se recusa mesmo a perceber o outro”, advertiu.

Foto de Antônio Alves

Foto: Carolina Grohmann

Aniversário de Ordenação Episcopalde Dom Airton José dos Santos

Parabenizamos nosso Arcebispo Metropolitano, Dom Airton José dos Santos, pelo seu 13º ani-versário de Ordenação Episcopal. Em comemora-ção, Dom Airton celebrou Missa na mesma data, dia 2 de março, na Catedral Metropolitana de Campinas.

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Casa de Retiros São João Paulo II

Desde 2014, a Casa de Retiros e Encontros São João Paulo II, situada à Rua Alemanha, 288, Chácaras do Trevo, em Indaiatuba, pode ser locada pelas Paróquias, Comissões, Equipes eMovimentos da Arquidiocese de Campinas.O espaço é amplo, cercado pela natureza, pro-pício para a reflexão e cultivo da espiritualida-de. Os interessados devem procurar a Coorde-nação Arquidiocesana de Pastoral, no Centro Pastoral Pio XII, Rua Irmã Serafina, 88, Bosque, em Campinas.

Casa de Retiros e Encontros São João

Paulo II: convivência com a natureza, ambiente propício ao descanso e

à reflexão

Fotos de Carolina Grohmann

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CAROLINA GROHMANN

Convidado pela Academia de Ciências do Vaticano, o historiador Célio Roberto Turino de Miranda se encontrou com o

Papa Francisco para falar sobre uma política pú-blica que há 11 anos aposta no protagonismo das pessoas: o Ponto de Cultura. O encontro ocor-reu durante o IV Congresso Educativo de Scholas Occurrentes (Escolas para o Encontro), de 02 a 05 de fevereiro, no Vaticano, sob o tema geral “Responsabilidade social e a inclusão” e reuniu experiências educativas de todo o mundo.

Nascido em Indaiatuba (SP), Célio ficou à fren-te da Secretaria da Cidadania Cultural do Minis-

tério da Cultura (2004 a 2010), quando criou o Programa Cultura Viva, que abriga o Ponto de Cultura. Para ele, o Papa não veio para “brin-car em serviço”. “Ele é um líder espiritual que percebeu o papel dele no mundo e não está para brincadeira, nem para perder tempo”, avalia. No encontro pessoal com o Papa, Célio entregou a edição argentina do seu livro, Punto de Cultura - Cultura viva en movimiento, e teve uma bre-ve conversa com o pontífice. “A gente colocou a possibilidade de juntar os diferentes, mas não de uma maneira retórica, e sim de uma maneira sensível e cotidiana”.

Responsabilidade Social e a InclusãoBrasileiro participa de Congresso Educativo no Vaticano

O historiador Célio Turino em recente encontro com o Papa Francisco, durante o IV Congresso Educativo de Scholas Occurrentes, de 02 a 05 de fevereiro, no Vaticano.

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“O Papa não veio para ‘brincar

em serviço’”

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Célio diz ter ficado surpreso com a gestão do Papa. “Eram pensadores de todo o mundo reunidos no Congresso, como israelenses e palestinos que não são vinculados à Igreja Católica, e tinha um interesse real em conhecer e conversar com o que estava sendo produzido de interessante pelo mundo. O Papa que-bra qualquer protocolo”, conta. Foram duas palestras ministradas por Célio. Na primeira, na abertura, o historiador introduziu o conceito de Ponto de Cultura e refletiu sobre o poder da arte para a transformação das pessoas. “Todos nós fazemos arte. Arte é uma ha-bilidade humana e cultura é o quê? O cultivo. Então o que devemos fazer é potencializar as energias criati-vas, ou melhor, potencializar as virtudes das pessoas. Quem disse isso foi um padre jesuíta de Del Salvador, Martín-Baró”, menciona. Na segunda palestra, Célio fez uma fala mais técnica sobre o Programa.

Num momento do Congresso, por videoconferência na web, o Papa conversou com jovens com necessi-dades especiais sobre como eles usavam a tecnologia no dia a dia. Pedro, de São Paulo, não tem parte do braço direito. Amante dos esportes, ele espera que a tecnologia o ajude a andar de bicicleta a partir de uma prótese que está sendo feita. Quando disse que gostava de jogar futebol, Papa Francisco perguntou como ele se sente quando leva um gol. “Eu me sinto feliz por estar com meus amigos praticando esporte”, respondeu. Em seguida, o Papa resumiu: “Isso é uma lição para nós. O que importa não é ganhar - é jogar e estar junto com os amigos”.

Depois, um jovem indiano com deficiência auditi-va contou que usa a tecnologia para aprender o que não entende na escola. “É como ter outro professor”, explica e pergunta ao Papa como o Scholas pode aju-dá-lo. “Criando pontes, facilitando a comunicação. Quando vocês se comunicam, dão o melhor de vocês e recebem o melhor das outras pessoas. Isso é muito importante. Quando não nos comunicamos, ficamos sozinhos com nossas limitações. Isso nos faz mal”, respondeu.

E é este o ponto que, para Célio, os Pontos de Cul-tura têm em sintonia com a proposta das Scholas Oc-currentes: a relação com o outro. “O Ponto de Cultu-ra se concretiza quando um se relaciona com o outro. Ele depende do encontro”, comenta. Para ele, esse encontro proposto não é a partir da caridade, mas sim pelo que se chama de serviço-aprendizagem. “É desenvolver serviços comunitários de forma contí-nua em que você vai aprendendo nesse processo de serviço. Definir a ação em conjunto é a essência da proposta”.

Idealizado pelo Papa Francisco, quando foi Arce-bispo de Buenos Aires, hoje o Scholas Occurrentes une mais de 400 instituições educacionais de todo o mundo, com uma média de 500 alunos em cada uma. A proposta é que elas “analisem juntas os problemas e busquem soluções concretas”, define o Papa. São os cinco continentes unidos pela plataforma. Para Célio, a “liga” entre tantos povos é a cultura, que tem o papel fundamental para a união. “Mas do mes-mo jeito em que a cultura une, ela também desune, quando você acha que a sua cultura é a melhor que a do outro. Então essa é a busca. Agora você imagina, o Papa fez esse encontro!”, exclama.

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Tribunal Eclesiástico Interdiocesano e de Apelação de Campinas

O Tribunal Eclesiástico Interdiocesano de Cam-pinas, então primeira instância, foi elevado, no início do ano, a segunda instância, pas-

sando a se chamar Tribunal Eclesiástico Interdiocesano e de Apelação de Campinas. Para entender um pouco mais sobre esta novidade e sobre o funcionamento do Tribunal Eclesiástico, A Tribuna conversou com Padre Dr. Adriano Broleze, Vigário Judicial do Tribunal.

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BÁRBARA BERAQUET

A Tribuna: Como se deu a elevação do Tribunal Eclesiástico de Campinas a segunda instância?

Padre Adriano: Primeiramente, houve um pedido do Tribunal Eclesiástico de Brasília para uma revisão dos tribunais de segunda instância, visto a sobrecar-ga de trabalhos naquela sede. O Tribunal de Londrina fez, então, o pedido à CNBB, e esta encaminhou ao Su-premo Tribunal da Signatura Apóstolica em Roma. O Supremo Tribunal, que age em nome do Papa, após a devida verificação, reconheceu que o Tribunal Eclesi-ástico de Campinas comporta as qualidades para agir como Tribunal de Apelo. Foi, então, emanado o Decreto favorável elevando nosso tribunal a segunda instância. Assim, agora somos Tribunal Eclesiástico Interdiocesa-no de Primeira e Segunda Instância de Campinas.

A Tribuna: A partir de agora, o que muda na prática e no trabalho do Tribunal?

Padre Adriano: Haverá certamente mais trabalho, pois, do Tribunal Eclesiástico de Londrina, recebere-mos, em média, mais de cem processos por ano, no en-tanto, não será uma sobrecarga ao Tribunal de Campi-nas, visto que, hoje, temos uma equipe disposta e bem capacitada. Continuaremos o empenho em nossa pri-meira instância e realizaremos certamente um efetivo trabalho na segunda instância que agora nos foi confia-da pelo Santo Padre.

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BOLETIM A TRIBUNA - FEVEREIRO/MARÇO 2015 - 11

Padre

Adriano

Broleze

A Tribuna: Conte-nos um pouco sobre como será a atuação do Tribunal em segunda instância nos proces-sos.

Padre Adriano: Os processos de declaração de nu-lidade matrimonial necessitam, ordinariamente, per-passarem por duas instâncias (dois Tribunais) receben-do, desta forma, decisão conforme para sua nulidade. Assim sendo, os processos provenientes do Tribunal de Londrina deverão ser novamente analisados pelo Defensor do Vínculo em Campinas e por três juízes. Se concordes com a primeira instância, o processo é homo-logado e é emitida a declaração de nulidade matrimo-nial. É uma tarefa extremamente responsável e requer o conhecimento da antropologia, psicologia, pastoral e, sem dúvida alguma, do direito canônico.

A Tribuna: O Papa Francisco tem demonstrado, em diversas ocasiões e com o Sínodo sobre as Famílias, sua preocupação com a situação das famílias nos tempos atuais e futuros. O Tribunal Eclesiástico Interdiocesano partilha ou comunga das preocupações levantadas pelo Santo Padre? E como o Tribunal pode atuar frente aos desafios colocados às famílias?

Padre Adriano: Posso dizer que não só comunga-mos, mas estamos realizando na prática, acolhendo a todos que procuram o Tribunal Eclesiástico, não negan-do, por nenhuma razão, o acesso daqueles que desejam a justiça. Conseguimos significativos passos: maior ra-pidez dos processos, aumento dos membros com titu-lação canônica, atendimento ao público de segunda a sexta-feira e a inexistência de acúmulo de processos em espera. É preciso recordar que nem todo casamento é

nulo, e que o processo de declaração de nulidade não é mera formalidade; exige certo tempo, vários profissio-nais e, sobretudo, empenhada análise. A realização da justiça é a oferta pastoral mais preciosa que o Tribunal presta a quem o procura. Existem ainda alguns pontos cruciais que devemos corrigir e Dom Airtom José, Ar-cebispo Metropolitano e Moderador do Tribunal, tem acompanhando e participado de perto, o que tem pos-sibilitado essa melhora e o que estimula a vislumbrar, sempre, tempos melhores. O ideal seria que todos os casamentos fossem verdadeiros e, por assim, válidos, infelizmente isso não acontece e, para acolher os que necessitam, estaremos presentes.

A Tribuna: É um grande passo para o Tribunal ser elevado? Todos estiveram envolvidos para que se tor-nasse Segunda Instância de Londrina?

Padre Adriano: Ninguém faz nada sozinho; o traba-lho é de todos, pois todos se preocupam com os anseios daqueles que buscam a justiça e, ainda mais, a Justiça Eclesiástica. É um orgulho, sem dúvidas, participar ati-vamente desse momento, mas o desejo de melhorar e sanar antigas feridas é constante. Com o apoio de to-dos vamos melhorar cada vez mais no serviço que nos é confiado diante do povo de Deus. É preciso lembrar que o Tribunal é Interdiocesano, ou seja, ele envolve todas as Dioceses da Província de Campinas, sendo assim, de-vemos compartilhar esse passo com todas as Câmaras Eclesiásticas e com todos que se esforçam para realizar o trabalho da Justiça Eclesiástica que, como meta su-prema, busca a salvação das almas.

“A realização da justiça é a oferta

pastoral mais preciosa que o Tribunal presta a

quem o procura”

Arqu

ivo

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12 - FEVEREIRO/MARÇO 2015 - BOLETIM A TRIBUNA

3. Nomeação do Revmo. Pe. Alfiero Ceresoli, SX, Missionário Xaveriano, para o cargo de Vigário Paroquial da Paróquia São Guido Maria Confrorti, em Hortolândia, São Paulo.4. Nomeação do Revmo. Pe. Giovanni Murazzo, SX, Missio-nário Xaveriano, para o cargo de Vigário Paroquial da Paró-quia São Guido Maria Conforti, em Hortolândia, São Paulo.

Em 29 de janeiro de 2015:1. Provisão de Ministro Extraordinário da Distribuição da Co-munhão Eucarística, Paróquia Santos Apóstolos, em Campi-nas;2. Provisão de Ministro Extraordinário da Palavra, Paróquia Santos Apóstolos, em Campinas;3. Provisão de Ministro Extraordinário da Saúde, Paróquia Santos Apóstolos, em Campinas;4. Provisão de Ministro Extraordinário das Exéquias, Paróquia Santos Apóstolos, em Campinas.

Em 31 de janeiro de 2015:1. Nomeação do Revmo. Pe. Matheus da Silva Bernardes, re-ligioso do Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt, para o cargo de Administrador Paroquial da Paróquia Nossa Senho-ra Aparecida, Campos Verdes, em Hortolândia, São Paulo.

Em 02 de fevereiro de 2015:1. Ata da tomada de posse do Revmo. Padre Lucas Marandi, SX, Pároco da Paróquia São Guido Maria Conforti.2. Ata de Ereção Canônica da Paróquia São Guido Maria Conforti, em Hortolândia.

Mantenha-se atualizado pelo portalwww.arquidiocesecampinas.com/chancelaria

(Fechamento desta edição em 27 de fevereiro de 2015)

Atos do Governo ArquidiocesanoDecretos, atos, provisões ou nomeações assinados por Dom Airton José dos Santos, Arcebispo Metropolitano

Chancelaria do Arcebispado

Comunicamos que, no dia 05 de dezembro de 2014, a Chancelaria do Arcebispado de Campinas expediu os do-cumentos:1. Uso de Ordem: Revmo. Pe. Dom Bruno da Silva, O.S.B, do Mosteiro de São Bento, em Vinhedo;2. Provisão de Pároco: Pe. Antônio Marcos Camargo. Paró-quia São Francisco de Assis, em Monte Mor;3. Decreto: Criação da Paróquia de São Francisco de Assis, em Monte Mor.

Em 06 de dezembro de 2014:1. Ata de Ereção Canônica da Paróquia de São Francisco de Assis, em Monte Mor.

Em 09 de dezembro de 2014:1. Provisão de Pároco: Pe. João Batista Silvestre, Paróquia Santa Luzia, no Jardim das Oliveiras, em Campinas.

Em 09 de janeiro de 2015:1. O Revmo. Padre Air José de Mendonça, MSC, nomeado Pároco da Paróquia São José, em Campinas.2. O Revmo. Pe. Tarcísio Pereira Machado, MSC, nomeado Vigário Paroquial da Paróquia São José, em Campinas.3. O Revmo. Pe. Henrique Batista Roberto, MSC, nomeado Vigário Paroquial da Paróquia São José, em Campinas.

Em 16 de janeiro de 2015:1. Criação da Nova Paróquia São Guido Maria Conforti, com sede à Rua Antonio Gonçalves Pires, 41, Jardim Novo Ângulo, CEP. 13185-160, Hortolândia, Estado de São Paulo.2. Nomeação do Rev.\mo. Pe. Lucas Marandi, SX, Missio-nário Xaveriano, para o cargo de Pároco da Paróquia São Guido Maria Conforti, em Hortolândia, São Paulo.

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