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1 A PATRIMONIALIZAÇÃO DA INFORMACAO INDIGENA NO CIBERESPAÇO ATRAVES DOS MUSEUS VIRTUAIS. Alejandra Aguilar Pinto. IBICT CNPq, alejandra@ibict,br 1. INTRODUÇÃO. As instituições de memória, como são os museus, bibliotecas e arquivos têm muitas atividades e funções em comum, mas apesar dos parecidos, os Museus são as instituições que mais assumiram o papel de resgatar, proteger, e recuperar os objetos materiais (patrimônio material) das culturas indígenas extintas e sobreviventes, sendo a biblioteca e arquivo a que tem assumido a guarda dos registros impressos, em geral estudos de pesquisadores interessados no tema indígena. ALMEIDA, M. (2006, p.141) indica que os grandes museus foram ideados com três grandes missões: educacional, voltada para o público em geral; a pesquisa cientifica e disseminação da informação (a respeito dos objetos sob sua guarda). A atividade de documentação museologica surgiu em decorrência do desenvolvimento dos museus modernos, já que uma informação mais detalhada passou a ser necessária para administrar as coleções e reunir objetos para exposições especiais. À novidade da documentação museológica se tem que acrescentar o impacto das TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação), refletida, sobretudo na etapa histórica denominada de Sociedade de Informação, que se manifestou na integração, confluência e convergência de diversas tecnologias eletrônicas, que possibilitou uma maior capacidade de estocagem, velocidade de transmissão e disseminação de informação. Os museus principais entidades responsáveis, pela memória/pensamento indígena não ficaram à margem disso. Segundo CARVALHO (2006, p.128-129) as redes eletrônicas “têm transformado a relação museu e público, já que os museus vêm utilizando (...) os websites para sua divulgação institucional e processos de comunicação e informação eletrônica” O presente trabalho constitui uma atualização de um dos capítulos principais da dissertação de mestrado A Informação indígena Na America Latina e no Caribe (2000), principalmente dos dados obtidos na Internet. III Encontro Nacional de Estudos da Imagem 03 a 06 de maio de 2011 - Londrina - PR 48

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A PATRIMONIALIZAÇÃO DA INFORMACAO INDIGENA NO CIBERESPAÇO ATRAVES DOS MUSEUS VIRTUAIS.

Alejandra Aguilar Pinto. IBICT

CNPq, alejandra@ibict,br

1. INTRODUÇÃO.

As instituições de memória, como são os museus, bibliotecas e arquivos têm muitas

atividades e funções em comum, mas apesar dos parecidos, os Museus são as instituições que

mais assumiram o papel de resgatar, proteger, e recuperar os objetos materiais (patrimônio

material) das culturas indígenas extintas e sobreviventes, sendo a biblioteca e arquivo a que tem

assumido a guarda dos registros impressos, em geral estudos de pesquisadores interessados no

tema indígena.

ALMEIDA, M. (2006, p.141) indica que os grandes museus foram ideados com três grandes

missões: educacional, voltada para o público em geral; a pesquisa cientifica e disseminação da

informação (a respeito dos objetos sob sua guarda). A atividade de documentação museologica

surgiu em decorrência do desenvolvimento dos museus modernos, já que uma informação mais

detalhada passou a ser necessária para administrar as coleções e reunir objetos para exposições

especiais.

À novidade da documentação museológica se tem que acrescentar o impacto das TICs

(Tecnologias de Informação e Comunicação), refletida, sobretudo na etapa histórica denominada

de Sociedade de Informação, que se manifestou na integração, confluência e convergência de

diversas tecnologias eletrônicas, que possibilitou uma maior capacidade de estocagem,

velocidade de transmissão e disseminação de informação. Os museus principais entidades

responsáveis, pela memória/pensamento indígena não ficaram à margem disso.

Segundo CARVALHO (2006, p.128-129) as redes eletrônicas “têm transformado a relação

museu e público, já que os museus vêm utilizando (...) os websites para sua divulgação

institucional e processos de comunicação e informação eletrônica”

O presente trabalho constitui uma atualização de um dos capítulos principais da dissertação de mestrado A Informação indígena Na America Latina e no Caribe (2000), principalmente dos dados obtidos na Internet.

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“Os museus utilizam os recursos eletrônicos de comunicação e informação de forma variada,

apresentando sua programação de exposições, de serviços, além de se comunicar com o seu

público (...) por email, interessado em receber a divulgação de sua programação cultural.”

Contudo, respeito ao uso “total” das tecnologias eletrônicas, são poucos os Museus virtuais, isto

é, “sítios construídos e mantidos exclusivamente na web” (LOUREIRO, M. Luisa apud

CARVALHO, R. (2006, p.131), assim são escassas as experiências nacionais e internacionais.

A museóloga Tereza Scheiner (2004) discute o conceito de patrimônio intangível (ou imaterial),

citando experiências de museus tradicionais que disponibilizam na Rede, produtos virtuais,

possibilitando a convergência de criação e da informação. No Brasil destaca segundo a autora a

experiência de recriação virtual o Museu do Índio, no Rio de Janeiro.

Como museu verdadeiramente virtual Tereza Scheiner destaca o Museu Virtual de Cultura

Indígena (Indigenous Tribal Culture Virtual Museum) apoiado pela UNESCO, que trata sobre as

Tribos de Tailândia. Analisando o dito por Tereza Scheiner, se pode indicar que a maioria dos

museus etnográficos são do tipo museus físico existentes no ciberespaço, sem constituir o que se

denomina como museu virtual. Segundo SCHEINER (...) aqui os recursos de documentação,

interpretação e conservação são transformados em representação icônica, sinalética, dos acervos

preservados. “O meio virtual garante um potencial infinito de acessibilidade” (2004, p.262-263)

Logo este paper procura identificar, caracterizar e comparar as entidades públicas e privadas

(Museus (principalmente) Universidades, Fundações, entre outros) que apresentem a informação

indígena no ambiente eletrônico online (ciberespaço) no Brasil e demais países da América

Latina.

1.1. TIPOLOGIA DAS INFORMAÇÕES INDÍGENAS NA INTERNET.

A informação indígena que está na Internet deve-se principalmente a organizações como Museus

Antropológicos e Etnológicos do governo ou privados, ou ligados a universidades, Organizações não

Governamentais (ONGs), e Universidades com os seus Departamentos de Antropologia, os quais dão a

conhecer diversos aspectos da cultura material, espiritual, vida social, política e arte dos povos autóctones.

Uma pesquisa na Internet sobre o que estas organizações oferecem na Rede permitiu identificar diversos

tipos de informações.

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O estudo concentro-se, principalmente em Museus, devido ao fato que estes órgãos são os que mais têm

se dedicado à pesquisa, controle, resgate e registro desta informação, fazendo emprego ademais da

Internet para difundi-la.

As Organizações não governamentais, organizações de apoio à causa indígena, também fazem um resgate

e difusão deste tipo de informação na Rede, mas seu principal objetivo o constitui a defesa dos direitos

indígenas, as reivindicações deles, desenvolvimento de pesquisas, entre outros.

Os Departamentos de Antropologia das Universidades a informação que fazem difusão enfoca-se,

sobretudo na área de pesquisas e estudos que estas unidades realizam sobre as populações nativas.

Não pode deixar de mencionar-se o papel que neste último tempo vêm tendo as organizações indígenas e

Redes Indígenas que têm empregado a Internet para difundir suas atividades.Assim desta forma,

identificaram-se os seguintes tipos de informações:

*Informação Institucional: o constitui o perfil da organização, sua história, objetivos, funções inclui

também a Informação organizacional ou administrativa com o organograma, os diversos departamentos ou

seções que conformam a organização.*Informação Iconográfica: informação que disponibiliza arquivos

de fotografias, imagens fotográficas de diversos aspectos das culturas indígenas ou do mesmo

museu.*Informação referencial: informação sobre as culturas nativas, isto é, sua história, estágios de

desenvolvimento, etc. assim como informação biográfica com informações de personalidades destacadas

na área.*Informação de extensão: é a difusão por parte da instituição de atividades abertas ao público

geral, como Cursos, Palestras, Concertos, em geral informação de difusão cultural.*Informação

Comercial: refere-se à venda ou comercialização de produtos indígenas como artesanato, publicações,

indicando-se o preço ou endereço de venda.*Bases de dados: que permitem o acesso aos acervos

bibliográficos ou da biblioteca, arquivo textual, fotográficos, registros audiovisuais, fonoteca, cinemateca,

iconografia, etnográfico e arqueológico, em geral a coleção, podem ser simples referências bibliográficas.

*textos on-line já sea de artigos de revistas, livros, entre outros, inclui também Informação de

publicações, através do acesso às capas a diversa publicações, e seu sumários.*Informação educativa:

são os serviços educativos da instituição e campanhas através de Programas dirigidos a diversos setores da

população como meninos ou terceira idade.*Informação de Noticias e Agenda: informações das

atividades feitas pela instituição e que pronto acontecerão.*Informações de Pesquisa: são as atividades

cientificas desenvolvidas pela organização inclui também Informações de Projetos, isto é, acesso a sites

criados pela própria instituição ou projetos em áreas especializadas.*Informação acadêmica ou de

docência: oferecimentos de cursos superiores, orientação aos alunos, políticas de ensino da organização,

Convênios ou Acordos com outras instituições.* Exposições: possibilidade de informar-se das exposições

de longa duração ou permanentes, temporais e próximas.

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Estas últimas informações serão consideradas como serviços que algumas organizações oferecem aos

usuários:

* Galeria virtual: são imagens digitais de exposições.* Visita virtual: acesso virtual às salas do Museu.

*Links: conexões ou enlaces a outros sites de interesse relacionados com a área. *Email: podendo ser

institucional ou pessoal como de pesquisadores.* Participação dos usuários: a oportunidade de manifestar

opiniões, queixas e sugestões . (Fóruns, Bate papo, Blogs, etc.) * Versão em outros idiomas.*Mapa do

site

QUADRO COMPARATIVO DA TIPOLOGIA DAS INFORMAÇÕES INDÍGENAS NA INTERNET.

PAÍSES DA AMÉRICA DO SUL.

ASSOCIAÇÕES

BRASIL Inf Institucional

Inf. Iconogra-

fica

Inf. referen-

cial

Inf. exten-

são

Inf. Comer-

cial.

Bases de dados

Textos on-line

Inf. educativa

Inf. de Pesquisa e Projetos

Exposi-ções

Inf. acadêmi-

ca

Inf. Noticias e Agenda

ABA X X X X X X X

http://www.abant.org.br/

ONGs

BRASIL Inf. Institucional

Inf. Iconogra-

fica

Inf. referen-

cial

Inf. Exten-

são

Inf. Comer-

cial.

Bases de dados

Textos on-line

Inf. educativa

Inf. de Pesquise Projetos

Exposi-ções

Inf. acadêmi-

ca

Inf. Noticias e Agenda

CIMI X X X X X X X X ISA X X X X X X X X X X

http://www.cimi.org.br/ ; http://www.socioambiental.org/

FUNDAÇÕES

BRASIL Inf. Institucional

Inf. Iconográ-

fica

Inf. referen-

cial

Inf. Exten-

são

Inf. Comer-

cial.

Bases de dados

Textos on-line

Inf. educativa

Inf. de Pesquisa e Projetos

Exposi-ções

Inf. acadêmi-

ca

Inf. Noticias e Agenda

FUNAI X X X X X X X X

http://www.funai.org.br/

UNIVERSIDADES

BRASIL Inf. Institu-cional

Inf. Iconográfi

-ca.

Inf. referen-

cial

Inf. Exten-

são

Inf. Comer-

cial

Bases de dados

Textos on-line

Inf. educativa

Inf. de Pesquisa e Projetos

Exposi-ções

Inf. acadêmi-

ca

Inf. Noticias e Agenda

Uni. F. St.Cata.Pro.Pos

X X X X X

Uni. Fed. Rio Jan. Ant..Sem

link

X X X X

Uni.Fed.Pernam.Dp. Ant.

X X X

Uni. Fed. Minas G. D. Ant.

X X X X X X

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5

http://www.antropologia.ufsc.br/ppgas/ http://www.ppga.ufpe.br/

http://www.ifcs.ufrj.br/~antropologia/ http://www.fafich.ufmg.br/antro-pos/

MUSEUS

BRASIL Inf.

Institu-cional

Inf. Iconográ-

fica

Inf. referen-

cial

Acervos Inf. Exten-

são

Inf. Comer-

cial.

Bases de dados

Textos on-line

Inf. educati-

va

Inf. de Pesquisa e Projetos

Exposi-ções

Inf. acadê-mica

Inf. Notici-

as e Agenda

Museu do Homem do Norte Fund, Joaquim Nabuco, AM

X X X X X X

Museu de Arq. e Etn UFBA

X X X X X X X X X

Museu Ant. UFG X X X

X X X X

Museu Goeldi PA

X X X X X X X X X X X X X

Museu do Índio RJ

X X X X X X X X X X X

Museu Ant. Dir. Pestana RS(privado)

X X X X X X X X X

Museu Arq. e Etn. USP

X X X X X X X X X X X

http://www.fundaj.gov.br/docs/iesam/mhn/mhn.html http://www.mae.ufba.br/ http://www.museu.ufg.br/

http://www.museu-goeldi.br/ http://www.museudoindio.org.br/

http://www.unijui.edu.br/content/category/36/358/3277/lang,iso-8859-1/ http://www.mae.usp.br/

MUSEUS

CHILE Inf.

Institu-cional

Inf. Iconográ-

fica

Inf. referen-

cial

Acer-vos

Inf. Exten-

são

Inf. Comer-

cial.

Bases de dados

Textos on-line

Inf. educati-

va

Inf. de Pesquisa e Projetos

Exposi-ções

Inf. acadê-mica

Inf. Noti-cias e

Agenda Museo de Arte Pop. Americano U, de Chile

X X X X X

Museo Arq. de Stgo.

X X X X X

Museo Arq. San Miguel de

Azapa. Uni. de Tarapaca.

X X X X X X X X

Museo Chil. Arte Precolom.

X X X X X X X X X X X X

Museo Martin Gusinde , Puerto Williams .DIBAM

X X X

http://www.mapa.uchile.cl/ ; http://www.mavi.cl/mas/chile.html

http://www.uta.cl/masma/ http://www2.precolombino.cl/es/index.php

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http://www.dibam.cl/sdm_mm_gusinde/

UNIVERSIDADES

CHILE Inf. Institu-cional

Inf. Iconográ-

fica

Inf. referen-

cial

Inf. Exten-

são

Inf. Comer-

cial.

Bases de dados

Textos on-line

Inf. educati-

va

Inf. de Pesquisa e Projetos

Exposi-ções

Inf. acadê-mica

Inf. Noticias e Agenda

Uni. de Chile Dpto. Antrop.

X X X X X

X X

Uni. de la Frontera.Inst. de Est. Indígenas.

X X X X

http://www.facso.uchile.cl/?_nfpb=true&_pageLabel=conUrlFacso&url=55378 http://www.estudiosindigenas.cl/

MUSEUS

ARGENTINA Inf.

Institu-cional

Inf. Iconográ-

fica

Inf. referen-

cial

Acer-vos

Inf. Exten-

são

Inf. Comer-

cial.

Bases de dados

Textos on-line

Inf. educa-

tiva

Inf. de Pesquisa e Projetos

Exposi-ções

Inf. acadê-mica

Inf. Noticias e Agenda

Museo Arq. “Dr. Eduardo Casanova”

X

Museo de Ant. Univ. de Cordoba.

X X X X X X X

Museo Etn. Juan B. Ambrosetti, Univ. de Buenos Aires.

X X X X X X X X X X X

http://www.licjujuy.gov.ar/joomla/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=21&Itemid=37&detail=38

http://www.ffyh.unc.edu.ar/museo-de-antropologia http://museoetnografico.filo.uba.ar/index.html

FUNDAÇÕES

BOLÍVIA Inf.

Instituci-onal

Inf. Iconográ-

fica

Inf. referencial

Inf. Exten-

são

Inf. Comer-

cial.

Bases de dados

Textos on-line

Inf. educativa

Inf. de Pesquisa e Projetos

Exposi-ções

Inf. acadêmi-

ca

Inf. Noticias e Agenda

Fund. “Antropologos del Surandino”

X X X X X X X

http://www.asur.org.bo/

MUSEUS

BOLÍVIA Inf. Institu-cional

Inf. Iconográ-

fica

Inf. referencial

Acer-vos

Inf. Exten-

são

Inf. Comer-

cial.

Bases de dados

Textos on-line

Inf. educati-

va

Inf. de Pesquisa e Projetos

Exposi-ções

Inf. acadê-mica

Inf. Noti-cias e

Agenda Museo Nacional de Arqueologia. Inn. Nacional de Arq.

X X X X X

Museo Nacional de Etnografia y Folklore.

X X X X X X X X X X X

http://www.bolivian.com/arqueologia/

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http://www.musef.org.bo/ MUSEUS

COLÔMBIA Inf.

Institu-cional

Inf. Iconográ-

fica

Inf. referen-

cial

Acer-vos

Inf. Exten-

são

Inf. Comer-

cial.

Bases de dados

Textos on-line

Inf. educati-

va

Inf. de Pesquisa e Projetos

Exposi-ções

Inf. acadê-mica

Inf. Noti-cias e

Agenda Museo Arq. de la Merced Cali

X X X X X X X

Museo del Oro OrfebrPrehispánica.Bogta

X X X X X X X X X

Museo Etnoarque Lili Cali

X X X

http://www.museoarqueologicolamerced.org/Bienvenido.html http://www.banrep.gov.co/museo/esp/s_calima01.htm

http://museolili.cuao.edu.co/(no deja entrar)

MUSEUS

EQUADOR Inf. Institu-cional

Inf. Iconográ-

fica

Inf. referen-

cial

Acer-vos

Inf. Exten-

são

Inf. Comer-

cial.

Bases de dados

Textos on-line

Inf. educati-

va

Inf. de Pesquisa e Projetos

Exposi-ções

Inf. acadê-mica.

Inf. Noti-cias e

Agenda Museo Ant. e Btca. del Banco Central.

X X X X X X X X X

http://museos-ecuador.bce.ec/bce/html/default.htm

INSTITUTOS

PERU Inf Institu-cional

Inf. Iconográ-

fica

Inf. referen-

cial

Inf. Exten-

são

Inf. Comer-

cial.

Bases de dados

Textos on-line

Inf. educativa

Inf. de Pesqui-sa e Projetos

Exposi-ções

Inf. acadê-mica

Inf. Noticias e Agenda

Instituto de Arq. Amazonica

X X X X X

http://www.iaaperu.org/

MUSEUS

PERU Inf. Institu-cional

Inf. Iconográ-

fica

Inf. referen-

cial

Acer-vos

Inf. Exten-

são

Inf. Comer-

cial.

Bases de dados

Textos on-line

Inf. educati-

va

Inf. de Pesqui-

sa e Proje-

tos

Exposi-ções

Inf. aca-dêmica

Inf. Noti-cias e

Agenda

Museo Nacional de Arq., Ant. e História.

X X X X X X X X X X X

Museo del Sitio zona arq. Pachacamac

X X X X X X

Museo Arq. “Rafael Larco Herrera”

X X X X X X X

http://museonacional.perucultural.org.pe/ http://pachacamac.perucultural.org.pe/museo.htm

http://www.museolarco.org/

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PAÍSES DA AMÉRICA CENTRAL, NORTE E O CARIBE.

MUSEUS

COSTA RICA Inf. Instituci

-onal

Inf. Iconográ-

fica

Inf. referencial

Acer-vos

Inf. Exten-

são

Inf. Comer-

cial.

Bases de dados

Textos on-line

Inf. educati-

va

Inf. de Pesquisa e Projetos

Exposi-ções

Inf. acadê-mica

Inf. Noti-cias e

Agenda Museo Nacional del Jade “Fidel Tristan”

X X X X X X X X

Museo del Oro Precolombino

X X X X X X X X X

http://portal.ins-cr.com/Social/MuseoJade/ http://www.museosdelbancocentral.org/contenido/articles/5/1/Informacion-General/Paacuteginas1.html

MUSEUS

GUATEMALA Inf.

Institu-cional

Inf. Iconográ-

fica

Inf. referenci

-al

Acer-vos

Inf. Exten-

são

Inf. Comer-

cial.

Bases de dados

Textos on-line

Inf. educati-

va

Inf. de Pesquisa e Projetos

Expo-sições

Inf. acadê-mica

Inf. Noti-cias e

Agenda Museo Popol Vuh. Univ. Fco. Marroquin

X X X X X X X X X X X X

Museo Nacional de Arq. y Etn.

X X X X

Museo Ixchel del traje indígena.

X X X X X X X X X X

http://www.popolvuh.ufm.edu.gt/ http://www.munae.gob.gt/

www.museoixchel.org (sem link)

MUSEUS

HONDURAS Inf. Institu-cional

Inf. Iconográ-

fica

Inf. referen-

cial

Acer-vos

Inf. Exten-

são

Inf. Comer-

cial

Bases de dados

Textos on-line

Inf. educati-

va

Inf. de Pesquisa e Projetos

Expo-sições

Inf. acadê-mica

Inf. Noti-cias e

Agenda Museo Arq., La Entrada. Copan

X X

Museo de Ant. e Hist. de San Pedro Sula.

X

X

http://www.museoscentroamericanos.net/museos_honduras/las_ruinas_copan/copan.htm http://www.slideshare.net/jossira/museo-de-antropologia-e-historia-en-san-pedro-sula

INSTITUTOS E CENTROS DE PESQUISA

MÉXICO Inf.

Institu-cional

Inf. Iconográ-

fica

Inf. referen-

cial

Inf. Exten-

são

Inf. Comer-

cial.

Bases de dados

Textos on-line

Inf. educativa

Inf. de Pesquisa e Projetos

Exposi-ções

Inf. acadê-mica

Inf. Noticias e Agenda

Centro de Inv. y Est. Sup. en Antrop. Soc.

CIESAS

X X X X X X X X

Ins. De Investigaciones Antropológicas

UNAM

X X X X X X

http://www.ciesas.edu.mx/ http://swadesh.iia.unam.mx/

III Encontro Nacional de Estudos da Imagem 03 a 06 de maio de 2011 - Londrina - PR

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MUSEUS

MÉXICO Inf. Institu-cional

Inf. Iconográ-

fica

Inf. referen-

cial

Acer-vos

Inf. exten-

são

Inf. Comer-

cial.

Bases de dados

Textos on-line

Inf. edu-

cativa

Inf. de Pesquisa e Projetos

Exposi-ções

Inf. acadê-mica

Inf. Noticias e Agenda

Museo del Templo Mayor.

INAH

X X X X X X X X

Museo Nacional de Antropologia.

X X X X X X X X

Museo de las Culturas Prehispánicas Jalisco

X X

http://www.gobiernodigital.inah.gob.mx/mener/index.php?contentPagina=32 http://www.gobiernodigital.inah.gob.mx/mener/index.php?contentPagina=33

1.2. ANÁLISE DOS DADOS

Uma análise dos diferentes tipos de informações oferecidas na Internet pelos Museus, ONGs,

Institutos de pesquisa e Fundações permitiu determinar quais são as finalidades que perseguem estas

organizações ao fazer uso desta mídia.

A maioria oferece informações de tipo histórico e institucional, englobando desde a sua missão,

objetivos e evolução através do tempo - estão nesta situação, por exemplo, o Museu de Arqueologia e

Etnologia da Universidade Federal da Bahia, com seu perfil, informação administrativa ( organograma e

espaço físico) e o Museu da UFG do Brasil.No Chile,o Museu Arqueológico de Santiago fornece sua

história.O Museu Nacional de Antropologia no México inclui entre seus ítens : sua história, seus objetivos

e funções.

A informação iconográfica encontra-se basicamente nos Museus, os quais divulgam fotos de suas

coleções ou acervos em parte, com suas principais características (medidas, matérias, estado); os objetos

que foram restaurados, apresentação em três dimensões, ou simplesmente alguns aspectos da instituição

como a fachada dela.Por exemplo, o Museu Nacional de Antropologia do México oferece um plano dele

com suas diferentes salas onde tem-se acesso a fotos das diferentes culturas (Oaxaca, Teotihuacan,

Preclassico) e o Museu Nacional de Arqueologia acesso a galerias com imagens de cerâmica. Na Costa

Rica o Museu Nacional del Jade nos oferece as imagens digitalizadas de peças de jade.

Informação referencial encontra-se em algumas organizações as quais dão a conhecer aspectos das

culturas que resgatam, esse é o caso, por exemplo, das ONGs ISA e o CIMI com informações de

legislação indígena, movimento indígena, línguas, organizações indígenas e de apoio; o Museu del Oro da

Colômbia, com a explicação das culturas do oro; do Museu Etnográfico Nacional del Banco Central del

Equador com o panorama dos grupos étnicos; o Museu del Templo Mayor do México oferece enlace ao

site da Cultura Teotihuacán, links a diferentes salas onde se explica o que elas têm . Na Colômbia, o

Museu Etnoarqueológico Lili com diferentes explicações sobre Antropologia, mitos e lendas.

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A informação de extensão é uma função existente principalmente em aquelas entidades não ligada às

Universidades, as quais dão mais ênfase à pesquisa e docência. Dentre as organizações que divulgam esta

informação está ISA e FUNAI do Brasil, o Museu do Homem do Norte na Amazônia, Museu de

Arqueologia e Etnologia da USP e o Museu de Arqueologia na Bahia, o Museu da Antropologia com

atividades ligadas ao atendimento ao público (minicursos, palestras e seminários) estes últimos

excepcionalmente estão vinculados a uma universidade. No Chile podem citar-se o Museu Chileno de

Arte Precolombino, Museu Arqueológico de Santiago e o Museu de Arte Popular Americano.Na

Guatemala o Museu Ixchel del traje indígena e Museu Popol Vuh (Conferências)No México estão o

Centro de Investigación e Estudios Superiores en Antropologia Social e Museu Nacional de Antropologia

com cursos de verão e oficinas para maestros.

Os acervos ou coleções são descritas desde uma forma simples sem muitos detalhes até descrições

exaustivas. No primeiro caso podem indicar-se no Brasil o Museu do Homem do Norte. No Chile, o

Museu de Arte Popular Americano, o Museu Arqueológico de Santiago e o Museu Chileno de Arte

Precolombino.Outros países que apresentam esta informação são Bolívia com seu Museo Nacional de

Arqueologia, o Museo Nacional de Etnografia y Folclore. Informações bastante detalhadas de seus

acervos são entregues pelo Museu Nacional dependente da Universidade do Rio de Janeiro, o Museu de

Antropologia da Universidade Federal de Goiás com a descrição de seus acervos arqueológicos,

fotográficos, etnográfico e catálogo de vídeos.

A Informação comercial é escassa, mas é um aspecto que dá a conhecer-se através da Internet. No Brasil

estão duas ONGs o ISA e CIMI, as quais fazem difusão de produtos à venda como publicações em geral e

há dois entidades publicas a FUNAI que dispõe de uma Loja ArtIndia e o Museu Goeldi que também

possui uma Loja com venda de suas publicações.

Bases de Dados são poucas as organizações que dispõem deste serviço. No Brasil está a ABA com uma

biblioteca virtual, tendo-se acesso ao cadastro de teses, livros e periódicos assim como sua consulta, o ISA

com o acesso a fontes de informação, o Museu do Índio que informa sobre seu arquivo textual, a

biblioteca, registros audiovisuais e o Museu Goeldi que permite o acesso a diversos tipos de acervos

bibliográficos através de busca.No Chile está o Museu Arqueológico San Miguel de Azapa e o Museu

Chileno de Arte Precolombino, este último permite consultar bases de dados de investigação e há uma

mostra de som do Arquivo de Música Indígena.

Textos on-line vão desde bibliografias até documentos na integra.No Brasil, instituições que oferecem

esta informação são a ABA com o acesso a seus boletins, dissertações e teses em antropologia, livros e

periódicos, resumos e relação de títulos, o CIMI e o ISA . Este último tem documentos na íntegra para

consultar e o CIMI oferece acesso a publicações.Dentre as Universidades estão a Universidade Federal

Santa Catarina com suas publicações (Dissertações de mestrado defendidas, Revista de Antropologia da

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UFSC e um Boletim) , a Universidade Federal de Pernambuco com acesso a títulos de dissertações e a

Universidade Federal de Minas Gerais com suas publicações.Só o Museu Goeldi dispõe deste serviço

eletrônico.No Chile, está o Departamento de Antropologia da Universidade de Chile com o acesso à uma

revista e seus artigos , teses de grado, publicações dos cursos online , o Museu Chileno de Arte

Precolombino com acesso a dados sobre edições e publicações do museu e o Museu Arqueológico San

Miguel de Azapa com acesso em rede a sua revista com resumos e artigos completos.Colômbia conta com

o Museu del Oro Orfebreria Prehispánica com seu Boletim e publicações (livros e artigos sobre

arqueologia e antropologia em Colômbia)No Peru o Museu Nacional de Antropologia, Arqueologia e

Historia com acesso a publicações e boletins e o Museu del Sitio y Zona Arqueologica Pachacamac com o

acesso a revista seus artigos .Guatemala através do Museo Popol Vuh (publicações) , Mexico com o

CIESAS o qual oferece acesso a uma de suas revistas com artigos completos , e Museo del Templo

Mayor com links a bibliografia básica (trabalhos de investigação do Projeto do Templo Mayor ) livros

básicos, revistas especializadas, acesso a documentação como teses, publicações em prensa e recentes.

A Informação educativa representada por programas dirigidos a crianças, estudantes encontra-se

principalmente em entidades fora do âmbito das universidades.O Brasil oferece esta com o CIMI

(educação escolar indígena, formação do professor indígena, publicações sobre educação escolar indígena)

e o Museu Goeldi através do Clube do Pesquisador Mirim, Didáticos & Jogos e o Museu do Índio

(pesquisa escolar).A Colômbia , através do Museu del Oro Orfebreria Prehispánica (Serviços

educativos).O Equador tem o Museu Arqueológico del Banco del Pacífico com o Programa amiguitos del

museoA Guatemala dispõe de um Museu vinculado a uma Universidade o Museu Popol Vuh (taller para

crianças) e o Museu Ixchel (serviço de educação).O México conta com o CIESAS , o Museo del Templo

Mayor (serviço para crianças) e o Museo Nacional de Antropologia com um Departamento de Serviços

Educativos( atenção a grupos especiais, assessorias nas aulas).

Pesquisas e Projetos estão, sobretudo em organizações vinculadas às Universidades ou centros

independentes como ONGs e Fundações. O Brasil conta com o ISA e a FUNAI. As Universidades são a

Universidade Federal Santa Catarina, com indicação de suas linhas de pesquisa e a Universidade Federal

de Minas Gerais (linhas de pesquisa).

Dentre os Museus Universitários destacam-se o Museu de Arqueologia e Etnologia da Bahia com projetos

museológicos, o Museu de Antropologia da Universidade de Goiás e o Museu de Arqueologia e Etnologia

de São Paulo.O Museu do Indio do Rio de Janeiro e o Museu Goeldi, como instituições fora do âmbito

universitário. Este último executa atividades científicas em várias áreas como a Botânica, Antropologia e

Lingüística.No México, o Museu del Templo Mayor dá a conhecer os seus Projetos, prêmios e

reconhecimentos, os investigadores e a investigação sendo feita e na Guatemala, com o Museu Popol Vuh

(Pesquisas)No Chile estão o Museu universitário San Miguel de Azapa e o Museo Chileno de Arte

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Precolombino.Na Colômbia, só o Museu del Oro Orfebreria Prehispánica. O Peru tem o Instituto de

Arqueologia Amazônica, o qual desenvolve projetos e o Museu Nacional de Arqueologia, Antropologia e

História (Projetos de investigação)A Guatemala tem o Museu Universitário Popol Vuh e o Museu Ixchel.

O México conta com o CIESASe o Museu del templo Mayor.

Exposições estão basicamente nos sites dos Museus, informando-se desde as Exposições permanentes e

próximas incluindo-se às vezes fotografias digitais das obras expostas.O Brasil oferece este serviço nos

Museus do Homem, o Museu de Arqueologia e Etnologia da Bahia, o Museu Goeldi, o Museu de

Antropologia da UFG, o Museu do Índio e o Museu de Arqueologia e Etnologia da USP.O Chile dispõe

do Museu Arqueológico San Miguel de Azapa e o Museu Chileno de Arte Precolombino.Colômbia conta

com o Museo del Oro Orfebreria Prehispánica; o Equador tem o Museu Arqueologico del Banco del

Pacífico.O Peru tem o Museu Nacional de arqueologia, Antropologia e historia e o Museo Arqueologico

“Rafael Larco”.Costa Rica conta com o Museu Nacional del jade “Fidel Tristan” e a Guatemala o Museo

Popol Vuh.

Informação de docência ou académica está em instituições que se dedicam à instrução na área

antropológica, em nível universitário ou centros como ONGS e centros de investigação avançado.

Assim, no Brasil, está a ABA com os programas de antropologia e universidades , o ISA (lista dos

pesquisadores) , as Universidades de Santa Catarina com informações de pós-graduação, seu corpo

docente, do Rio com endereços eletrônicos dos pesquisadores e suas áreas e Minas gerais com

informações dos cursos de graduação e pós-graduação relacionados ao Departamento.Dentre os Museus

está o Museu Universitário de Arqueologia e Etnologia da USP e o Museu de Arqueologia da Bahia com

informações dos pesquisadores seus temas de interesse e endereços eletrônicos. Chile tem só a

Universidade de Chile com seu Departamento de antropologia.

Noticias e Agenda de futuras atividades estão em poucas entidades.No Brasil esta a ABA com

informações das próximas Reuniões, como se tornar sócio, concursos e prêmios e o ISA (últimas noticias)

, Museus do Índio ( noticias do museu e suas parcerias)e Museu de Arqueologia e Etnologia da USP.

Chile por sua vez oferece esta informação com o Museu Arqueologico San Miguel de Azapa e o

Departamento de Antropologia da Universidade de Chile. A Colômbia só tem o Museu del Oro

(programação de cada mês) , o Peru com o Museu Nacional de Arqueologia , Antropologia e História

(informações das atividades futuras)O México com o CIESAS tendo a Agenda Acadêmica de cada mês.

Com respeito a estes últimos ítens, algumas instituições contam com estes serviços alternativos:

* Visita virtual: acesso virtual às salas do Museu. (no México está o Museu del Templo Mayor e o

Museu Nacional de Antropologia) ; * Links e Email, estão em todas as organizações ;* Participação dos

usuários: acontece no Museu Popol Vuh (colaborar com o Museu) ; * Versão em outros idiomas:

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acontece em algumas instituições, como o Museu del Oro, de Santa Fe de Bogotá na Colômbia (francês) e

o Museu Nacional de Arqueologia y Etnologia da Guatemala(Inglês).

2. CONCLUSÕES.

A informação indígena difundida através da Internet vai desde simples dados institucionais até a

possibilidade de efetuar visitas virtuais às diferentes salas dos Museus. Esta situação pode dever-se a

vários fatores, entre eles uma falta de recursos tecnológicos e financeiros, a uma política da instituição que

dá prioridade a outras áreas ou simplesmente não valorizar o que significa dar acesso a seu patrimônio

através da Rede.

Os Museus como entidades que acolhem, protegem e difundem a mais variada coleção de

informações em diferentes tipos de suporte e dimensões têm visto na Internet um novo espaço para a

difusão, em grande escala do patrimônio que custodiam e seus serviços em geral.

As maiorias dos Museus põem como primeiras informações nos sites os dados institucionais

(história, endereço, horário de atendimento) e de seus acervos (tipo, quantidade, distribuição).

Uma situação que chamou a atenção foi o fato de que quase todos não indicam as causas que levaram a

utilizar a Rede para dar-se a conhecer ao usuário do ciberespaço, deste modo, tem-se que deduzir o porquê

daquilo.

As Universidades, com seus Departamentos de Antropologia, basicamente difundem informações

de tipo acadêmico (programas de estudo, relação de professores) e institucional. Algumas põem a

disposição documentos na íntegra, sobretudo, artigos de revista e permitem o acesso a bases de dados.

Existe uma grande quantidade de Museus vinculados às Universidades o que os leva a ter uma atividade

bastante variada no referente à informação difundida na Rede.

A informação comercial está preferencialmente em instituições com uma longa trajetória ou ONGs,

significando isto uma melhor “propaganda” dos diferentes produtos que se vendem, como artesanatos e

publicações.

Assim a Internet veio a potenciar a função social, cultural e pedagógica dos Museus, ampliando

seus horizontes, e permitindo a um maior número de pessoas “visitarem” suas instalações.

A Civilização Pré-colombiana ganhou uma vigência e atualidade que em certa forma tinha com os Museus

tradicionais, sendo inserida na nova Civilização Global interconectada, tendo-se assim uma fusão entre

estas duas realidades, a passada e atual.

As TICs sendo a Internet a principal representante nos dão essa possibilidade de aceder, de novas

formas a diferentes sítios, entre esses os Museus, aos quais muitas vezes não se podia por uma serie de

causas como a distância, a ignorância de seu valor informativo, pouco atrativo que podia apresentar, entre

outros.

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Agora a Rede tem dado um charme e um atrativo que vem estimulado o conhecimento dos Museus, tanto

quanto de suas coleções em permanente exibição e as novas, como de suas outras seções como a

Biblioteca (acervo bibliográfico), Restauração e demais atividade de extensão que costumam oferecer.

Outras instituições que estão no espaço da Internet são as Fundações, ONGs, Associações de

Profissionais e Centros de Pesquisa os quais já não tanto fazem emprego do elemento imagem visual

(fotografias, imagens em três dimensões, visitas virtuais), mas sim dando a conhecer suas atividades e

projetos/pesquisas que estejam desenvolvendo.

A quebra de “fronteiras” físicas e geográficas está representada pela oportunidade de comunicação

e saber o que estão fazendo os colegas da área é a principal vantagem obtida com a Internet. Espera-se que

isto não fique só nestes exemplos que possam ser vistos se navega na Rede, e comece a ser uma realidade

majoritária para todas aquelas organizações que trabalham com informações antropológicas e

arqueológicas (Museus), incluindo-se todo o arcabouço de entidades. Outro fato que deveria acontecer

seria aproveitar o tipo de conexão eletrônica, para uma maior vinculação entre todas elas, superando os

simples recursos eletrônicos que a Internet nos oferece como Diretórios.

O que se pode perceber na Internet é que os Museus tradicionais vêm alcançando êxito,

pois a Rede veio oferecer um novo espaço, neste caso virtual e eletrônico, ampliando as possibilidades de

difusão dos seus acervos. O público atingido agora é muito mais amplo e heterogêneo, já não precisa

deslocar-se de seus locais para visitar as salas ou serviços oferecidos.

A informação iconográfica (imagética) é a que mais tem saído ganhando, sendo atrativo ver

esculturas, jóias, pinturas, ou qualquer outra expressão cultural, que estar mesmo no próprio museu.

Existe um novo “foco” de atração para os Museus, os quais antes de colocar suas informações na Rede,

não estimulavam adequadamente sua visitação pelo público, estando seu objetivo pedagógico-aprendizado

rebaixado. A situação está mudando e os novos “Museus Virtuais” estão transformando a cara dos

Museus “antigos”, incentivando não só a visita virtual como também a visita diretamente a seus acervos.

Desde as primeiras páginas dos sites obtêm-se os dados básicos, que guiam no roteiro, indicando-

se para onde nos vão a levar os links, poder-se-ia dizer que temos uma nova forma de aprender, dinâmica

e divertida, onde as pessoas decidem que caminhos seguir, que coleções visitar, por quanto tempo, o que

às vezes não podia ser feito no museu tradicional.

Sem dúvida, a informação iconográfica através da Rede tem tirado do esquecimento valiosíssimas

coleções, tendo-se uma nova visão do que estes significam para a compreensão das culturas indígenas.

Informações históricas, de referência, educativa, bases de dados, vêm complementar a parte visual, tendo-

se acesso a outros serviços.

Outras organizações também fazem uso da Internet (Centros de Pesquisa, Fundações,

Universidades), mas sem chegar a um emprego tão variado como o fazem os Museus, os quais vêm

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aproveitando as vantagens da computação eletrônica. Assim existem diversos “níveis” de consulta nas

organizações que estão na Rede, algumas só pondo dados básicos e outras chegando a fazer uso de recurso

tridimensional.

As causas disso estão associadas à realidade de cada país, vinculadas às políticas culturais e

educacionais em nível de governo ou da mesma instituição, o primeiro pode limitar recursos e a segunda

ver-se afetada por isso, impedindo o bom desenvolvimento de um site, não fazendo um uso adequado da

Rede para a difusão.

Desta forma é difícil determinar a qualidade, pois existem fatores intra e extra-institucionais que

podem ter influído na elaboração de uma página mais “pobre” ou simples em informações em relação com

outras que têm recursos mais sofisticados e elaborados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

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