A Obra de Taylor - Princípios Da Administração Científica

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"AOBRADETAYLOR-PRINCÍPIOSDAADMINISTRAÇÃOCIENTÍFICA" Um princípio é uma afirmaçãoválida para uma determinada situação prevista antecipadamente, a respeito do que deverá ser feito quando aquela situação ocorrer. Dentre a profusão de princípios defendidos pelos diversos autores Administração Cientifica, os mais importantes são: 1. PrincípiodePlanejamento: substituir o critério individual do operário, a improvisaçãoe o empirismo por métodos planejados e testados. Este princípio se desdobra em um corolário que propõe estudar o trabalho, decompô-lo em seus movimentos elementares e cronometrá-los para, após um estudo cuidadoso, eliminar ou reduzir os movimentos inúteis e aperfeiçoar ou racionalizar os movimentos úteis. 2. PrincípiodaSeleção: selecionar os trabalhadores de acordo com suas aptidões e prepará-los e treiná-los para produzirem de acordo com o método planejado. 3. PrincípiodoPreparo: especializar e treinar os trabalhadores trabalho, bem como preparar máquinas, ferramentas, equipamentos de produção e o arranjo físico. 4. PrincípiodeControle: controlar o trabalho para se certificar de que o mesmo está sendo executado de acordo com o método estabelecido e segundo o plano de produção. 5. PrincípiodaExecução: distribuir distintamente as atribuições e as responsabilidades, para que a execução do trabalho seja o mais disciplinado possível. 6. PrincípiodeRemuneração: estabelecer prêmios e incentivos para quando forem atingidos os padrões de produção planejados, bem como outros prêmios e incentivos maiores para quando eles forem ultrapassados. Este princípio se desdobra em outro, que contempla todos os envolvidos com o processo industrial: dividir proporcionalmente entre a empresa, os acionistas, os trabalhadores e os consumidores as vantagens que resultarem do aumento da produção proporcionado pela racionalização. 7. PrincípiodaPadronização: padronizar e classificar, de forma prática e simples, utensílios, equipamento, maquinário, materiais, bem como métodos e processos de trabalho a serem utilizados, de forma a tornar fácil o seu trato e o seu uso. 8. PrincípiodaExceção: Taylor adotou um sistema de controle operacional bastante simples e que se baseava não no desempenho médio, mas apenas na verificação das exceções ou desvios dos padrões normais. Em outros termos, tudo o que ocorre dentro dos padrões normais deve ocupar demasiado a atenção do administrador. Este deveria prioritariamente verificar as ocorrências que se afastassem dos padrões, ou seja, as exceções, para corrigi-las adequadamente. Desta forma, tanto os desvios positivos quanto negativos que fugissem dos padrões normais deveriam ser rapidamente identificados e localizados para a devida tomada de providências. Dai o principio da exceção, segundo o qual as decisões mais freqüentes devem reduzir-se h rotina e delegadas aos subordinados, deixando os problemas mais sérios e importantes para os superiores. O principio da exceção é um sistema de informação que apresenta seus dados somente quando os resultados efetivamente verificados na prática divergem ou se distanciam dos resultados previstos em algum programa. O principio da exceção é fundamentado em relatórios condensados e resumidos que acusam apenas os desvios ou afastamentos, omitindo

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A OBRA DE TAYLOR - PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

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  • "A OBRA DE TAYLOR - PRINCPIOS DA ADMINISTRAO CIENTFICA"Um princpio uma afirmao vlida para uma determinada situao prevista

    antecipadamente, a respeito do que dever ser feito quando aquela situao ocorrer.Dentre a profuso de princpios defendidos pelos diversos autores Administrao Cientifica,

    os mais importantes so:1. Princpio de Planejamento: substituir o critrio individual do operrio, a improvisao e

    o empirismo por mtodos planejados e testados.Este princpio se desdobra em um corolrio que prope estudar o trabalho, decomp-lo em

    seus movimentos elementares e cronometr-los para, aps um estudo cuidadoso, eliminar oureduzir os movimentos inteis e aperfeioar ou racionalizar os movimentos teis.

    2. Princpio da Seleo: selecionar os trabalhadores de acordo com suas aptides eprepar-los e trein-los para produzirem de acordo com o mtodo planejado.

    3. Princpio do Preparo: especializar e treinar os trabalhadores trabalho, bem comopreparar mquinas, ferramentas, equipamentos de produo e o arranjo fsico.

    4. Princpio de Controle: controlar o trabalho para se certificar de que o mesmo estsendo executado de acordo com o mtodo estabelecido e segundo o plano de produo.

    5. Princpio da Execuo: distribuir distintamente as atribuies e as responsabilidades,para que a execuo do trabalho seja o mais disciplinado possvel.

    6. Princpio de Remunerao: estabelecer prmios e incentivos para quando forematingidos os padres de produo planejados, bem como outros prmios e incentivos maiores paraquando eles forem ultrapassados.

    Este princpio se desdobra em outro, que contempla todos os envolvidos com o processoindustrial: dividir proporcionalmente entre a empresa, os acionistas, os trabalhadores e osconsumidores as vantagens que resultarem do aumento da produo proporcionado pelaracionalizao.

    7. Princpio da Padronizao: padronizar e classificar, de forma prtica e simples,utenslios, equipamento, maquinrio, materiais, bem como mtodos e processos de trabalho aserem utilizados, de forma a tornar fcil o seu trato e o seu uso.

    8. Princpio da Exceo: Taylor adotou um sistema de controle operacional bastantesimples e que se baseava no no desempenho mdio, mas apenas na verificao das exceesou desvios dos padres normais. Em outros termos, tudo o que ocorre dentro dos padres normaisdeve ocupar demasiado a ateno do administrador. Este deveria prioritariamente verificar asocorrncias que se afastassem dos padres, ou seja, as excees, para corrigi-lasadequadamente. Desta forma, tanto os desvios positivos quanto negativos que fugissem dospadres normais deveriam ser rapidamente identificados e localizados para a devida tomada deprovidncias. Dai o principio da exceo, segundo o qual as decises mais freqentes devemreduzir-se h rotina e delegadas aos subordinados, deixando os problemas mais srios eimportantes para os superiores. O principio da exceo um sistema de informao que apresentaseus dados somente quando os resultados efetivamente verificados na prtica divergem ou sedistanciam dos resultados previstos em algum programa. O principio da exceo fundamentadoem relatrios condensados e resumidos que acusam apenas os desvios ou afastamentos, omitindo

  • as ocorrncias normais, tornando-os comparativos e de fcil utilizao e visualizao. Segundoalguns autores, esta foi forma pela qual Taylor concebeu a delegao, que se tornariaposteriormente um principio de organizao amplamente aceito.

    Mas o estudo das propostas de Taylor no estaria completo sem a incluso das propostasde Henry Ford, seguidor de Taylor e, talvez, o mais conhecido de todos os precursores da modernaAdministrao.

    Henry Ford (1863-1947) iniciou a sua vida como simples mecnico, chegandoposteriormente a engenheiro-chefe de uma fbrica. Nessa poca, idealizou e projetou um modelode carro autopropelido e, em 1899, fundou com alguns colaboradores a sua primeira fbrica deautomveis, que logo depois foi fechada. Continuou seus projetos sem desanimar e conseguiu ofinanciamento com o qual fundou a Ford Motor Co., Fabricando um modelo de carro a preospopulares dentro de um piano de vendas e de assistncia tcnica de grande alcance,revolucionando a estratgia comercial da poca. Em 1913, j fabricava 800 carros por dia. Em1914, repartiu com seus empregados uma parte do controle acionrio da sua empresa.Estabeleceu nessa poca o salrio mnimo de cinco dlares (US$ 5.00) por dia e a jornada diriade oito horas de trabalho, quando, na poca, na maioria dos pases da Europa, a jornada diriavariava entre dez e doze horas. Em 1926, j tinha 88 usinas e empregava 150.000 pessoas,fabricando 2.000.000 de carros por ano. Contudo, teve outros mritos que simplesmente o dehaver construdo o primeiro carro popular em larga escala e ter feito fortuna principalmente porhaver formulado um punhado de idias e de teorias prprias a respeito da Administrao. Utilizouum sistema de concentrao vertical produzindo desde a matria-prima inicial ao produto finalacabado, alm da concentrao horizontal atravs de urna cadeia de distribuio comercial pormeio de agncias prprias.

    Fez uma das maiores fortunas do mundo graas ao constante aperfeioamento de seusmtodos, processes e produtos. Por meio da racionalizao da produo, idealizou a linha demontagem, o que lhe permitiu a produo em srie, mtodo que permite fabricar grandesquantidades de um produto padronizado. Na produo em srie ou em massa, o produto padronizado em seu material, mo-de-obra, desenho e ao mnimo custo a condio precedente,necessria e suficiente para a existncia da produo em massa, a capacidade de consumo emmassa, seja real ou potencial.

    A condio-chave da produo em massa a simplicidade. Trs suportam o sistema:1. a progresso do produto atravs do processo produtivo planejada, ordenada e

    continua;

    2. o trabalho entregue ao trabalhador em vez de deix-lo com a iniciativa de ir busc-lo;3, as operaes so analisadas em seus elementos constituintes.Ford adotou trs princpios bsicos, a saber:1. Principio de intensificao: consiste em diminuir o tempo de durao emprego imediato

    dos equipamentos e da matria-prima e a rpida colocao do produto no mercado.2. Principio de economicidade: consiste em reduzir ao mnimo o volume de estoque da

    matria-prima em transformao. Por meio desse principio, conseguiu fazer com que o trator ou oautomvel fossem pagos sua empresa antes de vencido o prazo de pagamento da matria-primaadquirida, como do pagamento de salrios. A velocidade de produo deve ser Diz Ford, em seulivro: "O minrio sai da mina no sbado e entregue sob a forma de um carro, ao consumidor, natera-feira, tarde"

  • 3. Principio de produtividade: consiste em aumentar a capacidade do homem no mesmoperodo (produtividade) por meio da especializao e da linha de montagem. Assim, no mesmoperodo de tempo, o operrio pode ganhar mais e o empresrio ter maior produo.

    O esquema se caracteriza pela acelerao da produo, por meio de um trabalho ritmado,coordenado e econmico. Ford foi um dos introdutores da produo em srie, em massa, por meioda padronizao do maquinrio e equipamento, da mo-de-obra e das matrias-primas e,conseqentemente, dos produtos. Foi, tambm, um dos primeiros homens de empresa a utilizarincentivos no-salariais para seus empregados. Na rea mercadolgica implantou a assistnciatcnica, o sistema de concessionrios e uma inteligente poltica de preos.