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A fabricao do indivduo

Indivduo e psicologia: gnese e desenvolvimento atuaisA fabricao do indivduo I

Novas abordagens da psicologia social: de qual perspectiva falamosAps a euforia dos anos que se seguiram II Guerra, as crticas se acumularam na Amrica Latina em relao Psicologia Social norte-americana. Critica-se o mecanicismo e a falta de relevncia social das formulaes hegemnicas no campo da psicologia social. Estes primeiros posicionamentos, calcados na formulao terica do materialismo dialtico trazem repercursses para a organizao da comunidade acadmica no Brasil.Rompe-se com a Alapso e funda-se a AbrapsoExerccio crtico ao positivismo e afirmao do carter histrico dos fenmenos psicossociais. Considera-se que a formao da subjetividade no pode ser compreendida desligada da formao social da qual se constituem.Desse modo, tanto os fenomenos normais quanto os patalgicos, bem como a determinao das fronteiras entre um e outro, dizem respeito a uma dada formao social e s podem ser compreendidos em relao a ela.

Questo muito imortante que ganha relevncia nesses ltimos estudos a partir da dcada de 70 a questo da NEUTRALIDADE. Ou seja, no existe neutralidade na produo do conhecimento: somos parte do fenmeno e ele de ns mesmos. A realidade uma construo coletiva cotidiana, na qual individuos e sociedade se transformam mutuamente no curso de uma inevitvel interao.Assume-se a impossibilidade na objetividade cientfica.A investigao psicossocial ao mesmo tempo que surge e se desenvolve em determinadas condies tempo-espaciais constri essas realidades, no raramente normatizando sujeitos e controlando suas situaes de vida

O conceito de indivduo: uma construo da modernidadeO indivduo apenas um dos modos de subjetivao possveis, cada poca, cada sociedade pe em funcionamento alguns desses modos, sendo a categoria indivduoo modo hegemnico de organizao da subjetividade na modernidade.

Segundo Foucault, o individuo constitui-se num produto manufaturado pelos saberes-poderes das disciplinas. com base nessas ideias que Foucault se recusa a atribuir ao Estado um lugar central no processo de dominao moderna.

De qualquer forma, a partir da metade do sculo XIX assiste-se ao aprofundamento e expanso das praticas disciplinares, medida que se foi configurando o que alguns autores denominam de sociedade administrada ou capitalismo tardio.

ANOS 70- rearranjo capitalista neoliberalMERCADOAutonomia liberdadeIniciativa privadaConcorrncia mritolucroIndivduo produzido pelo principio do mercado com forte regulao disciplinar mantidas graas a um processo de forte dessocialiao, privatismo e narcisismo. Foucault identifica, assim, no mundo contemporneo, a transformao do espao pblico em lugar de sequestro e esquadrinhamento do individuo. Esquadrinhamento que possibilitado no apenas pelas tecnologias de poder, a exemplo das que se manifestam nas arquiteturas das cidades, na localizao das praas e nos locais de diverso ou na organizao interna das fbricas, escolas, prises, etc. Os saberes mdicos, jurdicos, sociolgicos, antropolgicos, policiais e psicolgicos, tambm cresceram visivelmente no sculo passado na nsia de organizar as multides e canalizar positivamente os problemas oriundos da industrializao e da urbanizao em larga escala, tambm se constituram em dispositivos centrais de codificao e normatizao das condutas humanas.O desenvolvimento destes saberes, dentre eles o psicolgico, nos apresentado por Foucault na forma de: processos de controle social, formas de sujeio/subjetivao, mobilizadas pela sociedade urbano-industrial, que classificam os sujeitos em conceitos identitrios e os alocam em campos partilhados entre o normal e o patolgico.Assim, para o autor, o indivduo foi construdo na e pela complexa intrincao das relaes de saber e poder, nasceu com elas e com elas se constituiu. Do mesmo modo, a emergencia e conhecimento das ciencias humanas, enquanto saber prprio do homem, o resultado mais premente dos mltiplos dispositivos disciplinares.