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Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)Núcleo de Educação à Distância - Universidade de Pernambuco - Recife

xxxx, xxxxxxxxxxxx

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx. – Recife: UPE/NEAD, 2011 40 p.

ISBN -

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

xxxxxxxx

xxxxxx

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REITORProf. Carlos Fernando de Araújo Calado

VICE-REITOR

Prof. Rivaldo Mendes de Albuquerque

PRÓ-REITOR ADMINISTRATIVOProf. José Thomaz Medeiros Correia

PRÓ-REITOR DE PLANEJAMENTOProf. Béda Barkokébas Jr.

PRÓ-REITOR DE GRADUAÇÃOProfa. Izabel Christina de Avelar Silva

PRÓ-REITORA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA Profa. Viviane Colares Soares de Andrade Amorim

PRÓ-REITOR DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL E EXTENSÃOProf. Rivaldo Mendes de Albuquerque

COORDENADOR GERALProf. Renato Medeiros de MoraesCOORDENADOR ADJUNTO

Prof. Walmir Soares da Silva JúniorASSESSORA DA COORDENAÇÃO GERAL

Profa. Waldete ArantesCOORDENAÇÃO DE CURSO

Profa. Giovanna Josefa de Miranda Coelho

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICAProfa. Maria Vitória Ribas de Oliveira Lima

COORDENAÇÃO DE REVISÃO GRAMATICALProfa. Angela Maria Borges Cavalcanti

Profa. Eveline Mendes Costa LopesProfa. Geruza Viana da Silva

GERENTE DE PROJETOSProfa. Patrícia Lídia do Couto Soares Lopes

ADMINISTRAÇÃO DO AMBIENTEIgor Souza Lopes de Almeida

COORDENAÇÃO DE DESIGN E PRODUÇÃOProf. Marcos Leite

EQUIPE DE DESIGNAnita Sousa

Gabriela CastroRafael Efrem

Renata MoraesRodrigo Sotero

COORDENAÇÃO DE SUPORTEAfonso Bione

Prof. Jáuvaro Carneiro Leão

EDIÇÃO 2013Impresso no Brasil - Tiragem 180 exemplares

Av. Agamenon Magalhães, s/n - Santo AmaroRecife / PE - CEP. 50103-010

Fone: (81) 3183.3691 - Fax: (81) 3183.3664

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CONTEÚDOS E MÉTODOS EM CIÊNCIAS DA NATUREZA Prof. Lauro Gonzaga da Silva Carga Horária | 60 horasProf. Diego Pires Rocha

Objetivo geral

Apresentação

EmentaEstudo das diversas relações que o homem mantém com seu meio ambiente, possibilitando um saber científico-teórico, junto com as questões sócio-cul-turais e políticas na relação ciência, sociedade e tec-nologia nas séries iniciais do ensino fundamental.

Dissertar sobre as diferenças entre as varias formas de explicar a natureza e o ramo das ciências natu-rais e suas tecnologias.

A vida se desenvolve na Terra em diversos ambientes, no solo, ar, oceanos, florestas, rios e lagos. Não importa onde vivemos se em uma grande cidade ou no campo, mas sempre haverá algo que necessite conhecer. No entanto, a importância das ciências e o conhecimento cientifico vai além da capacidade de compreender o mundo em que vivemos.

A disciplina conteúdos e métodos em ciências da natureza inicia-se com um questionamento reflexivo, que permite um levantamento de conhecimentos prévios relacionados à realidade do ambiente em que vivemos “A Terra”. Incentivando o raciocínio e o pensamento critico com desta-que para os ambientes e organismos da flora e da fauna brasileira. E a ciência quanto ao estudo do saber cientifico e tecnológico.

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capítulo 1 7

Prof. Lauro Gonzaga da SilvaProf. Diego Pires Rocha

Carga Horária | 15 horas

INTRODUÇÃOA primeira aula da disciplina conteúdos e métodos em ciências da natureza vêm abordar uma viagem pelo mundo cientifico e suas tecnologias, a percepção de um olhar físico, químico e biológico de temas relativos à natureza.

Apesar de o termo “ciência” ser muito abrangente, neste texto iremos, sobretudo centrar a nossa atenção nas ciências da natureza. Uma ciência que estuda o sentido da vida.

Em sentido amplo, ciência do Latim scientia, significando “conhecimento” refere-se a qualquer conhecimento ou prática sistemática. Wikipédia,2011

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Conheceraorigemeoconceitodaciência,a importância das diferentes formas de ex-plicar a natureza.

• Identificar os ramos de estudo das ciên-cias naturais e suas características do saber cientifico.

A CIÊNCIA NO ESPAÇO

E NO TEMPO

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capítulo 18

1. A HISTÓRIA DA CIÊNCIA: A SISTEMATIZAÇÃO DA CIÊNCIA NO ESPAÇO E NO TEMPOAs origens das ciências nos enviam a um am-plo conhecimento histórico sobre Aristóteles (384-322 a.C) que, a partir das obras filosó-ficas de Platão, de quem foi discípulo, propõe um novo olhar para a realidade.

Para Aristóteles, a lógica é um instrumento, uma introdução para as ciências e para o co-nhecimento e baseia-se no silogismo, o racio-cínio formalmente estruturado que supõe cer-tas premissas colocadas previamente para que haja uma conclusão necessária. O silogismo é dedutivo, parte do universal para o particular; a indução, ao contrário, parte do particular para o universal.

A concepção aristotélica de Física parte do mo-vimento, elucidando-o nas análises dos con-ceitos de crescimento, alteração e mudança. A teoria do ato e potência, com implicações metafísicas, é o fundamento do sistema. Ato e potência relacionam-se com o movimento en-quanto que a matéria se forma com a ausência de movimento.

Conceitos de Aristóteles, os objetos caíam para se localizarem corretamente de acordo com a natureza: o éter, acima de tudo; logo abaixo, o fogo; depois o ar; depois a água e, por último, a terra (Disponível em: MOLWICK, 2011).

1.1 O CONHECIMENTO CIENTÍFICO

Uma característica do conhecimento pessoal é a dúvida metodológica, pois é mais saudável compreender as coisas que aprendê-las. Mas, claro, temos que colocar certos limites ao co-nhecimento pessoal, há coisas que não com-preendemos, mas que aceitamos porque são geralmente aceites, neste sentido o nosso co-nhecimento científico pessoal é mais reduzido que o feral.

Os conhecimentos científicos e suas teorias que relatam a evolução por mutações aleatórias de Charles Darwin e a dos genes dominantes e recessivos a que se referem às Leis de Gregor Mendel. Por sorte, pudemos desenvolver de forma estruturada um conjunto de idéias alter-nativas em linha com o nosso conhecimento pessoal as nossas reflexões sobre a vida e sua origem. (Disponível em: MOLWICK, 2011).

Figura 01 - Aristóteles

Figura 02 - Platão

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capítulo 1 9

1.2 O ESTUDO DAS CIÊNCIAS DA PRÉ-HISTÓRIA A ATUALIDADE

A biologia: Uma ciência que estuda a vida.

Bio: Vida; Logia: Estudo Biologia: Estudo das ciências. ”A vida animal

e vegetal”.

Principais ramos de estudo da biologia:

Zoologia (estudo dos animais Vertebrados e Invertebrados). Botânica (estudo das plantas). Micologia (estudo dos fungos). Bacteriologia (estudo das bactérias). Virologia (estudo dos vírus). Biologia Celular (Citologia - estudo da célula). Genética (estudo dos genes e da he-reditariedade). Biologia Molecular (estudo da Biologia em nível molecular). Biologia Evoluti-va (estudo da evolução das espécies). Fisiolo-gia (estudos das funções físicas, bioquímicas mecânicas dos animais e vegetais) Ecologia (estudo dos ecossistemas). Biologia Sistêmica

Figura 03 - Darwin

Figura 04 - Mendel

(estudo das interações entre os sistemas bio-lógicos). Biologia da Conservação (estudo da biodiversidade e da preservação das espécies). Bioética (estudo transdiciplinar entre Biologia, Medicina, Ética e Direito). Biologia do Desen-volvimento (estudo do desenvolvimento dos seres vivos). Etologia (estudo do comporta-mento dos animais). Imunologia (estudo do sistema imunológico). Biotecnologia (estudo da tecnologia baseada na Biologia). Taxonomia (estudo que ordena e classifica os seres vivos). Histologia (estudos dos tecidos biológicos). Biologia Marinha (estudos dos seres vivos que habitam águas salgadas. Microbiologia (estu-do dos microorganismos).

1. Interatividade I: Musica hereditário dos Titãs (www.uol.com.br-radio).

Hereditário (Titãs)

A cada partoA cada lutoA cada perdaA cada lucroO sol que dura, só um diaA cada dia, o sol diárioContra o que for hereditário.Contra o que for hereditário.

Em cada miraEm cada muroEm cada frestaEm cada furoO sol que nasce, a cada diaA cada aniversárioContra o que for hereditárioContra o que for hereditárioContra o que for hereditário

2. Interatividade II: Filme - Gattaka: A expe-riência genética (Documentário Discovery).

3. Interatividade III: Filme - O óleo de Lorenzo

Atividades:

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capítulo 110

1. Interatividade I: Visite: Parque Nacional Serra da Capivara. Museu do Homem Ameri-cano. Piauí - Brasil

2. Interatividdae II: Filme – Planeta dos macacos

3. Com base nos seguimentos abordados refe-rentes às teorias de Aristóteles, Platão, Gre-gor Mendel e Charles Darwin, que conheci-mento cientifico podemos deduzir sobre a origem da ciência e o estudo da vida.

4. A ciência pode ser estudada por diversas áreas de conhecimentos seja cientifico ou multidisciplinar. O exemplo a biotecnologia consiste na aplicação em grande escala dos avanços científicos e tecnológicos, a partir de organismos vivos (células e/ou moléculas). Assim sendo, é possível estudar a ciência como caracterizada ao estudo da vida.

5. A ciência humana estuda nossos ancestrais. Aristóteles as teorias dos quatros elementos: Terra, água, ar e fogo. Na escala evolutiva das espécies que junção cientifica existe en-tre os dois conceitos de estudo da ciência.

Atividades:

1.2.1 A Pré-História das Ciências Humanas

Ramapitheco - Viveu há cerca de 14 milhões de anos e é considerado o mais antigo ancestral do homem, provavelmente vivia em árvores.

Australopitheco - Hominídeo surgido há 3 milhões de anos. Tinha menos da metade do nosso volume cerebral. Andava em pé usava as mãos para colher frutos, atirar pedras e paus para abater pequenos animais.

Homo habilis - Primeira forma humana, sur-gida há 2 milhões de anos. O cérebro era um pouco maior que o do Australopitheco e fa-bricava suas ferramentas quebrando lascas de pedra.Junto a seus fósseis foram encontrados vestígios das cabanas que construía.

Pithecantropo ou Homo erectus - O Homem de Java e de Pequim. Forma humana surgida há 1,6 milhões de anos. Tinha o cérebro maior que o do Australopitheco e o corpo mais evo-luído. Vivia em bandos de 25 a 30 pessoas. Descobriu o fogo, fabricava instrumentos, ca-çava, pescava e coletava raízes e frutos. Saiu da África e se espalhou pela Europa e pela Ásia.

Homem de Neanderthal (Homo sapiens nean-derthalensis) - Surgiu há cerca de 150 mil anos atrás. Enfrentou um período glacial muito in-tenso. Seu cérebro era aproximadamente igual ao nosso. Usava instrumentos bem feitos e já enterrava os mortos. Conviveu com os primei-ros homens modernos.

Homem atual (Homo sapiens sapiens) - O mais antigo fóssil dessa espécie é a do Homem de Cro-magnon, surgido há cerca de 35 mil anos atrás. Fisicamente é igual ao homem atual.

Seu cérebro era bem desenvolvido. Em busca de caça, ocupou todas as partes da Terra, em grupos de caçadores e coletores (Disponível: História, 2011).

Figura 05 - www.fumdham.org.br/parque.asp

Visite: Parque Nacional Serra da Capivara.Museu do Homem Americano. Piauí - Brasil

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capítulo 1 11

2. A TERRA - VISÕES DE UM PLANETA VIVOA Terra ao contrário dos outros planetas é ac-tiva. Graças aos vulcões, e tremores de terra, “regenera” a sua superfície que assim, está em permanente mudança. É o único planeta que possui água no estado líquido. O ar é rico em nitrogênio e oxigênio.

A combinação duma superfície permanente em mudança, os oceanos e a atmosfera protec-tora proporcionam o desenvolvimento de vida. Alguns cientistas prevêem um desequilíbrio da Terra, devido ao aumento da população. A destruição sistemática das florestas assim como a exploração desenfreada de combus-tíveis tem como conseqüência a formação de quantidades enormes de dióxido de carbono na atmosfera. O dióxido de carbono permite a entrada do calor do Sol na atmosfera terrestre, mas impede que este volte a sair logo à tem-peratura poderá aumentar consideravelmente.

Só com o lançamento dos primeiros satélites, nos finais da década de 50, é que o homem pôde observar imagens do seu planeta vistas do es-paço. A abundância de água no estado líquido faz da Terra um planeta único no sistema solar, tendo a aparência de uma esfera azul brilhante. Mais de 2/3 do planeta está coberto de água.

A Terra gira constantemente à volta do seu eixo com um movimento semelhante ao de um pião que dá voltas sobre si mesmo, no sentido contrário ao movimento dos ponteiros do reló-gio. Este movimento chama-se movimento de rotação. A Terra demora 24 horas, ou seja, um dia, a dar uma volta sobre si mesma. Rodando a uma velocidade de 1500 Km/h.

A rotação da Terra origina a sucessão dos dias e das noites. Como a Terra é uma esfera, os raios de Sol não podem iluminar toda a super-fície terrestre ao mesmo tempo. Na parte da Terra que está iluminada, isto é, a aonde chega à luz do Sol é dia e na parte oposta é noite.

A Terra, como todos os planetas do sistema solar, gira em volta do Sol. A este movimento chama-se translação. A Terra demora cerca de 365 dias, ou seja, um ano a dar a volta com-

pleta ao Sol. Durante o movimento de trans-lação da Terra, ao longo do ano, sucedem-se quatro estações: Primavera, Verão, Outono e Inverno (Minerva, 1999).

O SOL é uma estrela como muita outras. Mas, para todos os que vivem na Terra, ela é a estrela mais importante.

O Sol parece-nos muito grande porque é a estrela que está mais próxima da Terra. No entanto, ele é uma das estrelas menores do Universo. Apesar disso, é um milhão de vezes maior que a Terra e encontra-se a cerca de 150 milhões de Km desta.

A sua luz demora cerca de oito minutos a che-gar até nós e é tão intensa que não nos deixa ver os outros astros durante o dia. Pode danificar os olhos se for observada diretamente. O telescópio com que os cientistas estudam o Sol tem um filtro denso para proteger a visão.

A Lua é o mais próximo de todos os mundos, e depois da Terra é para nós o mais familiar de todos os membros do sistema solar.

A Lua é o único satélite da Terra, distanciado des-tas 384.000 km. A seguir ao Sol é o corpo mais brilhante do nosso céu.

Alguns planetas podem ter grandes famílias de luas, mas todas elas são menores do que a com-panheira da Terra.

A Lua tem cerca de ¼ do tamanho da superfície da Terra e não possui nem água nem atmosfera. Devido a isso não se verifica erosão eólica ou hi-dráulica.

http://www.minerva.uevora.pt/itic/1998_1999/ceu/sistemas.html

2.1 BIOSFERA

Terra é o único local onde se sabe que existi vida. O conjunto de sistemas vivos (compostos pelos seres e pelo ambiente) do planeta é por vezes chamado de biosfera. A biosfera pro-vavelmente apareceu há 3,5 bilhões de anos. Divide-se em biomas, habitados por fauna e flora peculiares. Nas áreas continentais os bio-

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capítulo 112

mas são separados primariamente pela latitu-de. Os biomas localizados nas áreas do pólo norte e do pólo sul são pobres em plantas e animais, enquanto que na linha do Equador encontram-se os biomas mais ricos. O estado da biosfera é fundamentalmente o estudo do seres vivos e sua distribuição pela superfície terrestre. A biosfera contém inúmeros ecossis-temas. (Terra, 2011).

2.2 ATMOSFERA

Terra tem uma atmosfera relativamente fina, composta por 78% de nitrogênio, 21% de oxi-gênio e 1% de argônio, mais traços de outros gases incluindo dióxido de carbono e água. A atmosfera age como uma zona intermediária entre o espaço e a Terra. Suas camadas, tro-posfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera, têm dimensões variáveis ao redor do planeta e de acordo com a estação do ano (Terra, 2011).

2.3 HIDROSFERA

Terra é o único planeta do Sistema Solar que contém uma superfície com água. A água co-bre 71% da Terra (sendo que disso 97% é água do mar e 3% é água doce, mas grande par-te destes 3% encontra-se nos calotes polares e nos lençóis freáticos). A água proporciona, através de 5 oceanos, a divisão dos 7 continen-tes. Fatores que se combinaram para fazer da Terra um planeta líquido (Terra, 2011).

A área total da Terra é de aproximadamente 510 milhões de km², dos quais 149 milhões são de terras firmes e 361 milhões são de água.

As linhas costeiras (litorais) da Terra somam cerca de 356 milhões de km.

http://www.achetudoeregiao.com.br/astrono-mia/terra. htmhetudoeregiao

Você Sabia?

3. O PLANETA TERRA E O MEIO AMBIENTEUma questão que ganha cada vez mais espaço em todos os níveis de discussão é o meio am-biente e os problemas do meio ambiente. A filosofia também se interessa pelo tema, prin-cipalmente porque envolve, além de aspectos conceituais, problemas éticos.

Podemos dizer que na atualidade a discussão ecológica ganha espaço por que se faz urgente encontrar uma alternativa para fazer o casa-mento entre progresso e defesa do meio am-biente. Ou, numa linguagem mais atual, po-tencializar um progresso sustentável. Aqui não vamos nos deter na diferenciação conceitual ente Ecologia e Meio Ambiente, antes, pelo contrário, tomaremos os dois conceitos com sentido unívoco. Usaremos indistintamente Ecologia e Meio ambiente para nos referir à mesma realidade eco-ambiental, pois nosso objetivo, aqui é somente levantar o questiona-mento a respeito da problemática.

As inúmeras entidades Ecológicas e de defesa do Meio Ambiente não negam a oportunidade nem os benefícios e necessidade do progresso. A discussão acontece porque, de modo geral, as empresas ocupam-se em explorar sem pre-ocupação de preservar.

Quando se trata de uma empresa que explora recursos naturais (renováveis ou não), faz-se necessário, simultaneamente, um trabalho de preservação e recuperação do ambiente. Uma madeireira, por exemplo, pode fazer extração de madeiras, mas, para que seja ecológica e eticamente correta, deve manter áreas de re-florestamento e fazer a exploração de forma a não agredir a fauna e a flora, com derruba-das desordenadas ou queimadas. Além disso, deveria fazer um trabalho de reaproveitamen-to de todos os resíduos: serragem, restos de madeira. Tudo para evitar o impacto negativo ao meio ambiente. Costuma-se dizer que uma ação ecologicamente correta pode ser mais lucrativa, pois, além do lucro financeiro gera lucro ambiental.

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Mas essa é só uma face do problema ecológi-co. A defesa do meio ambiente não se resume aos critérios que devem ser seguidos pelas em-presas que exploram recursos naturais. Outras empresas também precisam manter o equilí-brio da natureza. Uma fábrica de farinha, um supermercado, um escritório de contabilidade ou mesmo uma escola, podem ocasionar mais danos ao meio ambiente do que uma serraria que esteja fazendo manejo florestal ou reflo-restamento. Um escritório de contabilidade que atira seus resíduos de forma desordenada em um terreno baldio é mais agressivo do que uma eventual mineradora que faz manejo e controle de impacto ambiental.

Muitas pessoas se prendem à idéia de que de-fesa do meio ambiente e da ecologia é coisa para as entidades que com isso trabalham; ou meio ambiente é defesa das florestas e animais em extinção. Ecologia, também, não se resu-me à discussão de grandes temas como: bu-raco na camada de ozônio, derretimento das calotas polares, aquecimento global. Nem a temas regionais como a seca do nordeste ou o impacto da construção de uma hidroelétri-ca. Também ultrapassa os limites da defesa das baleias, das tartarugas, dos jacarés ou de outras espécies tanto animais como vegetais, em risco de extinção. Vai além dos debates ou campanhas em defesa de um determinado ecossistema ameaçado ou da condenação dos vazamentos de petróleo.

Meio ambiente, na realidade são todos os espaços humanos ou naturais. Sendo assim, cada plástico jogado no fundo do quintal é uma ação agressiva ao meio ambiente. Plantar árvores numa determinada área não significa, necessariamente, um trabalho ou uma consci-ência ecológica. As passeatas ecológicas que escolas realizam na semana do meio ambien-te ou no dia da árvore podem ser infrutíferas se não vierem acompanhadas de ações con-cretas no cotidiano ou se ficarem só no ato de plantar a árvore ou fazer a passeata. Cada ação exige um processo de consciência e cons-cientização ecológica anterior e posterior. Um trabalho que deve ser constante.

O que os professores fazem para que os alu-nos mantenham o pátio da escola em ordem? Como é mantida a higiene da sala de aula? Como são trabalhadas questões como pre-servação do patrimônio publico em geral e da escola em particular? Como são tratadas as relações interpessoais? Qual o tratamento dispensado aos portadores de deficiência, ou àqueles que têm a cor da pele diferente da nossa? Como as pessoas reagem diante de um acidente ecológico de grande impacto e diante de um esgoto a céu aberto em sua rua? Como as pessoas se portam diante da notícia da pes-ca predatória realizada por um determinado país distante e diante do desemprego em sua cidade? Qual atitude deverá ser tomada dian-te de um papel de bala sendo jogado na rua ou em sala de aula e diante da caça ou pesca predatória?

Claro que grandes temas e problemas ecológi-cos são mais destacados do que as pequenas ações do cotidiano. Mas isso não implica em dizer que um seja mais importante que o ou-tro. O que realmente importa é fazer com que todos os seres humanos desenvolvam ações que valorizem a vida. E essas ações não come-çam com aquelas que merecem destaque nos meios de comunicação, mas com as ações do e no cotidiano.

O carinho e o respeito ao meio ambiente co-meça, portanto com as pequenas ações. Não são só os outros que precisam respeitar e pre-

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capítulo 114

1. “A Terra e o único planeta que possui água no seu estado liquido, e o ar é rico em oxi-gênio e nitrogênio”. Justifique a afirmativa seguindo o texto descrito: A Terra – Visões de um planeta vivo.

2. Considere a afirmativa: “A Terra e o único local que se sabe que existe vida”. Descreva sucintamente sobre biosfera, atmosfera e hi-drosfera.

3. Conceitue os termos: Ecologia e Meio am-biente.

4. O que se entende por consciência ecológica?

5. Conservar e Preservar são termos distintos; justifique.

6. Cite exemplos de pequenas ações do nosso cotidiano que pode ser uma diferença na pre-servação e conservação do meio ambiente.

Atividades:

A galáxia pode conter entre 100.000 e 3.000 bi-lhões de estrelas

http://www.discoverybrasil.com/guia_espacio/co-metas/index.shtml

Você Sabia?

servar. Essa é uma ação que deve merecer a atenção de todos a partir de nosso quarto, de nossa cozinha, de nosso ambiente cotidiano.

A consciência ecológica só se desenvolve com saúde se receber tratamento carinhoso no dia--a-dia (Carneiro, 2011).

4. A CIÊNCIA NO ESPAÇO E NO TEMPO

4.1 O UNIVERSO

Não sabemos o tamanho do nosso Universo porque ele é muito vasto para ser medido. Ele pode ser infinitamente grande ou conter ou-tros Universos. Se você imaginar que a nossa galáxia é do tamanho dos Estados Unidos, o nosso Sistema Solar seria do tamanho de uma moeda de dez centavos, e o Sol, de uma partí-cula de poeira. Tente imaginar então o tama-nho do Universo!

A teoria do “Big Bang” tenta explicar sua ori-gem. Sabemos que o Universo está em expan-são e tornando-se mais frio, e que já foi um lu-gar quente e hostil. Os astrônomos ponderam que seria lógico assumir que tudo começou com uma grande bola de fogo que se expan-diu para formar o Universo, há aproximada-mente 13 bilhões de anos (Brasil, 2011).

4.2 AS GALÁXIA

A galáxia é uma coleção de massas solares que podem conter entre 100 mil e 3.000 bilhões de estrelas. Elas se reúnem em grupos e su-per grupos e possuem várias formas. Ninguém sabe com precisão quantas galáxias existem no Universo, mas a nossa, a Via Láctea, é apenas uma entre milhares ou talvez milhões. A Via Láctea é uma galáxia em espiral que se estende por 100 mil anos-luz de diâmetro. As galáxias em espiral tendem a possuir estrelas mais jo-vens e brilhantes, enquanto as galáxias elípti-cas, que são as mais comuns, contêm estrelas mais antigas. Andrômeda é muitas vezes des-crita como a nossa galáxia gêmea, porque tem mais ou menos o mesmo tamanho, a mesma forma e idade (Brasil, 2011).

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capítulo 1 15

O cometa Haley tem 16 km de comprimento e passa em frente ao Sol a cada 76 anos. Já o cometa Halebopp, de 40 km de comprimento, só passa a cada 4.026 anos.

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Você Sabia?

1. A teoria do “Bing Bang” tenta explicar a origem do universo, em sua opinião existe outras teorias que po-dem explicar o surgimento do universo. Justifique e exemplifique.

2. “A ciência no espaço e no tempo”. Com base no tema descrito elabore um texto informativo que contenha imagens de embasamento referente ao texto construído.

3. Observe a frase abaixo:

O Sol é o astro mais próximo da Terra, o único visível durante o dia e parece um grande e redondo disco no céu.

a) O sol tem influencia no aquecimento global vivenciado nos dias atuais com temperaturas elevadas e dege-los. Justifique

b) O buraco da camada de Ozônio na crosta terrestre tem influencia direta do astro solar. O Sol. Justifique.

c) O sistema solar e constituído de galáxias? Explique o questionamento.

4. Interatividade:

Filme: 2012. É uma aventura épica sobre um cataclismo global que traz o fim do mundo e conta a heróica luta dos sobreviventes. Um filme de: Roland Emmerich.

Atividades:

4.3 AS ESTRELAS

As estrelas são enormes corpos celestes - enti-dades gasosas com uma variedade de massas, tamanhos e temperaturas. Estima-se que exis-tam 100 bilhões de estrelas no Universo! Há milhares de anos, o homem tem identificado e colocado nomes em constelações estrelares. O Sol é o astro mais próximo da Terra, o úni-co visível durante o dia e parece um grande e redondo disco no céu. As outras estrelas estão tão longe de nós que só cintilam no céu à noite.

Esse brilho é causado pela distância que estão de nós e pelo efeito da atmosfera no nosso planeta (Brasil, 2011)

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capítulo 116

DICIONÁRIOEco - (grego oíkos, - ou, casa, habitação, bens)Pref. 1. Significa casa, domicílio. 2. Significa meio ambiente, ecologia.

Fauna - S. f. Conjunto dos animais próprios de uma região (a fauna brasileira) ou de uma épo-ca geológica (a fauna antediluviana).

Flora (ó) - S. f. 1. Conjunto das plantas de uma região. 2. Tratado descritivo dessas plantas.

Predatório - (latim praedatorius, -a, -um, de ladrão) adj. 1. Relativo a predação ou a preda-dor. 2. Destruidor. 3. Relativo a roubos, a pira-tas ou a corsários.

Preservar - Conjugar V. tr. e pron. Pôr ao abri-go (de algum mal); resguardar.

Renovável - Adj. 2 gén. Que se pode renovar.

Texto descrito por: Neri de Paula Carneiro Mes-tre em Educação, Filósofo, Teólogo, Historia-dor. Disponível em: http://www.webartigos.com/articles/19550/1/ECOLOGIA-E-MEIO-AM-BIENTE/pagina1.html#ixzz1CAW0DKCz

REFERÊNCIAS

CARNEIRO, Neri. Paula. Ecologia e meio am-biente. Web artigos. 2011.

http://www.achetudoeregiao.com.br/astrono-mia/terra. htm. Acesso em: 13 de Janeiro de 2011.

http://www.discoverybrasil.com/guia_espacio/cometas/index.shtml

http://www.discoverybrasil.com/guia_espacio/cometas/index.shtml. Acesso em: 22 de Janei-ro de 2011.

http://www.google.com.br/ imagens. Acesso em: 13/ 14/ 18/ de Janeiro de 2011.

http://www.google.com.br/. Acesso diário.

h t t p : / / w w w . m i n e r v a . u e v o r a . p t /itic/1998_1999/ceu/sistemas. Acesso em: 17 de Janeiro de 2011.

http://www.webartigos.com/articles/19550/1/ECOLOGIA-E-MEIO-AMBIENTE/pagina1.html. Acesso em: 13 de Janeiro de 2011.

www.fumdham.org.br/parque.asp. Acesso em: 26 de Janeiro de 2011.

www.terra.com.br – acesso em: 18 de Janeiro de 2011.

www.uol.com.br-radio. Acesso em: 26 de Ja-neiro de 2011.

www.wikipédia. com.br – Acesso em: 17 de Janeiro de 2011.

PESQUISAS BASES

Ciências hoje: www.ciencia.com.br

Ministério do meio ambiente: http://www.meioambiente.gov.br/sitio/

http://www.scielo.org.br

http://www.periodicos.capes.gov.br

http://www.baixaki.com.br

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capítulo 2 17

OBJETIVOS ESPECÍFICOS• Distinguirdefiniçõesdaorigemeoconcei-

to da ciência, e sua inter relação com os seres vivos.

• Fomentarascaracterísticasdabiodiversi-dade e os ramos de estudo das ciências na-turais e suas características do saber cien-tifico, subsidiando as características dos reinos: Animal e vegetal.

O QUANTA VIDA NA

TERRA! DO ORGANISMO

À BIOSFERA

INTRODUÇÃONeste segundo capitulo, o tema a ser abordado é: “Os seres vivos e suas características”. Inicial-mente, situaremos o nosso planeta e o surgimento da vida da espécie humana na terra, apresen-tando algumas das suas características.

A ciência faz parte da historia e do pensamento humano, que tenta compreender a vida na terra e a vida no ar. Os tópicos seguintes relatam os seres vivos quanto à geração de energia e a geração de vida.

Prof. Lauro Gonzaga da SilvaProf. Diego Pires Rocha

Carga Horária | 15 horas

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capítulo 218

1. QUANDO O HOMEM TORNOU-SE HUMANO?(Texto descrito por: Rodrigo Cavalcante)

Como surgiu o pensamento abstrato e por que ele apareceu milhares de anos depois do surgi-mento da nossa espécie?

Na década de 1970, quando foi encontrado o fóssil de Lucy, nosso ancestral Australopithecus afarensis, que viveu na África há mais de 3,4 milhões de anos, os pesquisadores descobri-ram que o cérebro dela não era muito maior do que uma tangerina. Comparado ao da nossa espécie, que tem 3 vezes esse tamanho, o achado confirmou a importância do cresci-mento do cérebro para o surgimento do pen-samento abstrato, traço que fez do Homo sa-piens. O problema é que, apesar de saber que o cérebro teve, sim, um papel fundamental em fazer o homem humano, resta um enigma na história da evolução. Trata-se do mistério da “Revolução do Paleolítico Superior”, uma ex-plosão criativa ocorrida entre 40.000 e 30.000 anos atrás que trouxe avanços drásticos na qualidade de artefatos como jóias, armas para a caça, ritos de sepultamento e na arte, como mostram as pinturas em cavernas do período. Como do ponto de vista anatômico o Homo sapiens possuía o mesmo tamanho de cérebro havia 100.000 a nos, por que ele passou nada menos que 60.000 anos sem desenvolver essas habilidades, com um estilo de vida não mui-to diferente do dos seus antepassados? Uma das principais hipóteses levantadas é a de que,

nesse momento, alguma mudança sutil (talvez em nosso cérebro) teria feito com que a lin-guagem humana atingisse o nível de sofistica-ção que distanciou o Homo sapiens dos outros animais. “Uma vez desenvolvido o pensamen-to simbólico, nós passamos a viver não apenas no mundo natural, mas também no mundo reconstruído por nossa própria mente”, diz o biólogo evolutivo Ian Tattersall, do Museu Americano de História Natural. Desde então, como naquele corte de cena do filme 2001, uma Odisséia no Espaço, em que a imagem de um hominídeo levantando um osso ao céu dá lugar à cena de uma estação espacial, ninguém mais segurou a nossa espécie (Abril, 2011).

1. Com base na leitura do texto acima: Pesquise as principais hipóteses levantadas da origem da espécie humana.

Para pesquisa online:

http://super.abril.com.br/revista/240a/mate-ria_especial_261572.shtml.

http://www.mundofisico.joinville.udesc.br

http://www.institutoaqualung.com.br/info_origem36.html

Atividades:

2. SERES VIVOS: “NICHO ECOLÓGICO”

2.1 OS SERES VIVOS

Além da característica de que os seres vivos são formados de células, existem outros aspec-tos que devem ser considerados, uma vez que se verificam somente entre eles. Os seres vivos, por exemplo, necessitam de alimento, passam por um ciclo de vida e são capazes de se repro-duzir. Os seres vivos necessitam de alimento.

Uma pedra não precisa de nutrientes para se manter, ao contrário do que ocorre entre os seres vivos. É por meio dos alimentos que os seres vivos adquirem a matéria-prima para o crescimento, a renovação de células e a repro-dução. São os alimentos também que forne-cem a energia necessária para s realização de

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capítulo 2 19

todas as atividades executadas pelo organis-mo. As plantas produzem seu próprio alimen-to. Existem seres que são capazes de produzir seus próprios alimentos. Por isso são chama-dos de seres autotróficos. É o caso das plantas. Toda planta faz fotossíntese, um processo de produção de alimentos que ocorre na natureza em presença da energia solar. Para realizar a fotossíntese é necessário que a planta tenha clorofila, um pigmento verde que absorve a energia solar; a planta necessita também de água e de sais minerais, que normalmente as raízes retiram do solo, e ainda de gás carbô-nico (CO2) do ar atmosférico, que penetra na planta através das folhas.

A glicose é um dos produtos da fotossíntese. Outro produto é o gás oxigênio, que a planta libera para o ambiente. Com a glicose a planta fabrica outras substâncias, como o amido e a sacarose.

O amido é encontrado, por exemplo, na “mas-sinha branca” da batata e do feijão. A sacarose é o açúcar que costumamos usar para adoçar, por exemplo, o café e os sucos; ela é encontra-da naturalmente da cana-de-açúcar. A planta, dessa forma, se alimenta dos nutrientes que ela própria fabrica, a partir de energia lumi-nosa, da água e do gás carbônico, obtido do ambiente em que vive. Os sais minerais são indispensáveis para a ocorrência de inúmeros fenômenos que acontecem nos seres vivos.

Os sais de magnésio, por exemplo, são neces-sários para a produção das clorofilas, uma vez que participam da constituição desses pigmen-tos. E, sem clorofila, a planta fica incapacitada para a realização da fotossíntese (Brasil, 2011).

2.1.1 Os Animais Não Produzem Seus Alimentos

Os animais, ao contrário das plantas, não pro-duzem os seus alimentos. Por isso são chama-dos de seres heterotróficos. Alguns só comem plantas (folhas, sementes); são chamados os animais herbívoros. Outros só comem carne; são os carnívoros. Outros ainda nutrem-se de plantas e de outros animais; são os onívoros (Brasil, 2011).

Luz do SolCaetano Veloso

Luz do solQue a folha traga e traduzEm verde novoEm folha em graça Em vida em força em luz

Céu azul que vem até Onde os pés tocam na terraE a terra inspira e exala seus azuisReza, reza o rio

Córrego para o rio, o rio pro marReza correnteza roça a beira doura a areiaMarcha o homem sobre o chãoLuz do sol

Leva no coração uma ferida acesaDono do sim e do nãoDiante da visão da infinita belezaFinda por ferir com a mão essa delicadezaA coisa mais queridaA glória da vidaQue a folha traga e traduz Em verde novo Em folha em graça Em vida em força em luz

Interatividade

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capítulo 220

Glicose + oxigênioGás carbônico + água

Luz

Clorofila

2.1.2 Fotossíntese

Fotossíntese é um processo realizado pelas plantas para a produção de energia necessária para a sua sobrevivência.

A água e os sais minerais são retirados do solo através da raiz da planta e chega até as folhas pelo caule em forma de seiva, denominada sei-va bruta. A luz do sol, por sua vez também é absorvida pela folha, através da clorofila, subs-tância que dá a coloração verde das folhas. Então a clorofila e a energia solar transformam os outros ingredientes em glicose. Essa subs-tância é conduzida ao longo dos canais exis-tentes na planta para todas as partes do vege-tal. Ela utiliza parte desse alimento para viver e crescer; a outra parte fica armazenada na raiz, caule e sementes, sob a forma de amido.

A fotossíntese também desempenha outro im-portante papel na natureza: a purificação do ar, pois retira o gás carbônico liberado na nos-sa respiração ou na queima de combustíveis, como a gasolina, e ao final, libera oxigênio para a atmosfera (Fiocruz, 2011).

2.1.3 As Plantas como Fonte de Energia

A fotossíntese é uma das principais fontes de energia da natureza, não só para os vegetais, mas para vários outros seres vivos. Sendo as-sim, os vegetais estão na origem da cadeia ali-mentar fornecendo para os animais, entre eles, o homem.

A energia acumulada nas plantas é também aproveitada pelo homem através da queima do petróleo, da lenha e do carvão (Fiocruz, 2011).

2.1.4 Produtores

Os produtores ou autótrofos são organismos capazes de fabricar seu próprio alimento. Na natureza, os principais produtores são as plan-tas e as algas. As substâncias que esses seres vivos produzem por meio da fotossíntese são indispensáveis para sua nutrição e também para a nutrição dos seres vivos que não fazem fotossíntese ou não são produtores (Educação, 2011).

2.1.5 Consumidores heterótrofos

São os organismos incapazes de produzir seu próprio alimento e, por isso, alimentam-se dos produtores ou de outros consumidores. Os consumidores podem ter vários nomes, de acordo com o tipo de alimento que conso-mem. Veja os seguintes exemplos:

Tipos de consumidores

Do que se nutrem

Exemplos

Herbívoros Plantas Gafanhoto, preá, capivara

Carnívoros Carne de outros animais

Onça, leão, gavião

Onívoros Plantas e ani-mais

Homem, lobo-guará

Hematófagos Sangue Pernilongo, carrapato

Insetívoros Insetos Tamanduá, al-gumas espécies

de pássaros

Detritívoros Detritos vegetais e animais

Certos tipos de caramujo

Fonte: Educação, 2011.

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capítulo 2 21

1. Quais as características fundamentais que re-presentam os seres vivos?

2. Leia o trecho abaixo: “Os animais não produzem seu alimento”.

a) Justifique a afirmativa descrita acima.

b) Segundo a descrita do trecho. Defina: Ani-mais herbívoros, carnívoros e onívoros.

3. Fotossíntese é um processo realizado pelas plantas para a produção de energia necessá-ria para a sua sobrevivência. Esquematize o processo de fotossíntese e justifique.

4. Defina:

a) Produtores

b) Consumidores

c) Decompositores

Atividades:

2.1.6 Decompositores

São os organismos que se nutrem de restos de plantas e animais mortos. Compreendem as bactérias e os fungos, que atuam como verda-deiras “usinas processadoras de lixo”: decom-põem organismos mortos, transformando-os em substâncias simples (sais, gases e água). Essas substâncias podem ser reaproveitadas pelos produtores. A ação decompositora per-mite a reciclagem de matéria orgânica e im-pede que o planeta fique recoberto por uma camada orgânica morta – fato que poderia comprometer a existência da vida na Terra. Nas cadeias alimentares que ocorrem nos ecossis-temas aquáticos, o nível trófico dos produtores é ocupado pelo fitoplâncton (algas microscó-picas). Os consumidores primários estão repre-sentados por minúsculos animais, freqüente-mente microscópicos, como microcrustáceos, larvas de insetos, protozoários e outros, que formam o zooplâncton. Os consumidores se-cundários são pequenos peixes que devoram os consumidores primários. No nível dos con-sumidores terciários, está animais maiores – peixe, cetáceos (mamíferos aquáticos), aves predadoras de peixes e, muitas vezes, até o próprio homem (Educação, 2011).

3. BIODIVERSIDADE DOS SERES VIVOS

3.1 BIODIVERSIDADE

O termo biodiversidade ou diversidade bioló-gica inclui a diversidade ecológica e genética. A diversidade ecológica se refere ao número de espécies em determinadas áreas, o papel ecológico que estas espécies desempenham, o modo como a composição de espécies muda conforme muda a região e o agrupamento de espécies que ocorrem em áreas específicas, junto com os processos e interações que ocor-rem dentro destes sistemas.

Os costões rochosos comportam uma rica e complexa comunidade biológica. O substrato duro favorece a fixação de larvas de diversas espécies de invertebrados, sendo comum a ocupação do espaço por faixas densas de es-pécies fixas (sésseis). Nos costões rochosos, a variação das condições ambientais se verifica numa escala espacial incomparavelmente me-nor que nos sistemas terrestres, justificando os bem definidos limites das populações que produzem o aspecto zonado das comunidades aí instaladas. Além disso, a grande diversidade de micro-hábitats certamente contribui para a determinação da diversidade biológica. Di-ferentes grupos apresentam adaptações e for-mas de vida relacionadas ao local que habitam (USP, 2011).

http://www.ib.usp.br/ecosteiros/costao%20web/costao/biodiver/biodiversidade.htm

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capítulo 222

3.2 BIODIVERSIDADE VEGETAL

3.2.1 Chlorophyta (Algas Verdes)

Chlorophyta é uma divisão de algas verdes, composta por cerca de 8000 espécies perten-centes ao reino Plantae, contém clorofila dos tipos A e B e pigmentos acessórios do tipo carotenóides. Tem como material de reserva o amido (polissacarídeo) e é armazenado no pi-renóide e parede celular de celulose, em alguns casos de glicoproteínas, glicocálix, mucilagem ou quitina e celulose. Muitas espécies pos-suem flagelos em alguma fase da vida e de 1-8 isocontos com mastigonemas. O cloroplasto contém duas membranas e se reproduzem por conjugação ou mitose (divisão simples). O talo pode ser protococoidal, tetraspórico, cenobial, cenocítico, filamentoso, parenquimatoso, fitá-ceo ou foliáceo (Wikipédia, 2011).

3.2.2 Rhodophyta (Algas Vermelhas)

Esta divisão pertence às chamadas algas ver-melhas (gr. Rhodon = vermelho), como a coralina. Derivam, provavelmente, das algas verdes, pelo histórico fóssil encontrado. Estas algas são quase todas multicelulares e mari-nhas, principalmente em mares tropicais de águas transparentes, vivendo geralmente fixas a rochas ou a outras algas.

Geralmente apresentam uma morfologia fila-mentosa, embora existam algumas unicelula-res. A sua vida fixa é fundamental, pois neces-sitam do movimento das marés para realizar as trocas gasosas eficientemente.

Além da clorofila a e d, têm os pigmentos acessórios ficocianina (azul), ficoeritrina (ver-melho) e carotenóides (amarelos e laranja). A presença do pigmento vermelho permite-lhes absorver a luz azul, podendo, assim, sobrevi-ver a profundidades muito superiores às das outras algas. Já foram encontradas algas desta divisão a mais de 260 metros de profundida-de, desde que a água seja límpida o suficiente para permitir a passagem de luz.

Estas algas, como outros grupos semelhantes, têm a capacidade de fazer variar a quantida-de relativa de cada tipo de pigmento fotossin-tético, dependendo das condições de luz em que se encontram (podem ser verde brilhante quando vivem perto da superfície e vermelhas escuras quando vivem em profundidade).

A parede celular é mucilaginosa, tendo como base o glicídio galactose e a substância de re-serva é o amido florídeo, um polissacarídeo semelhante ao glicogênio, mas composto por cadeias pequenas e ramificadas com cerca de 15 unidades de glicose (Sapo, 2011).

3.2.3 Phaeophyta (Algas Pardas)

As algas desta divisão também são chamadas de algas pardas ou feófitas (do grego Phaios = pardo, Phyton = planta). Existem cerca de 250 gêneros descritos, sendo a grande maio-ria marinho e de águas frias. São organismos eucariontes, possuem como pigmentos fotos-sintetizantes as clorofilas a, c1, c2, xantofilas e carotenos. Os produtos de reserva são a li-minarina e manitol. Os gametas e/ou esporos apresentam flagelos.

Apresentam apenas formas pluricelulares. Pos-suem os seguintes tipos de talo: filamentoso, pseudoparenquimatoso e parenquimatoso. Quando a maior parte das células tem a capa-cidade de se dividir, o crescimento é chamado de crescimento intercalar difuso. Quando as divisões celulares ocorrem na base do filamen-to, o crescimento é chamado de crescimento tricotálico. O crescimento apical ocorre em cé-lulas da região apical. As células da região me-ristemática promovem o crescimento através do meristema intercalar. A meristoderme pode se dividir, acrescentando células ao córtex, de forma centrípeta (Escola, 2011).

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capítulo 2 23

3.2.4 Cyanophyta (Algas Azuis ou Cianobactérias)

As algas cianofíceas são também chamadas de cianobactérias e algas azuis (do grego Kyanos = azul, Phyton = planta), portanto seus repre-sentantes normalmente possuem coloração azul, podendo apresentam também cores es-verdeadas, avermelhadas ou enegrecidas.

As cianofíceas representam os primeiros orga-nismos fotossintetizantes sem clorofila a e sur-giram na Terra há cerca de 3,5 bilhões de anos. Podem ser responsáveis pelo aparecimento da camada de ozônio e pelo acúmulo de oxigênio na atmosfera primitiva. O aparecimento da ca-mada de ozônio permitiu a evolução de orga-nismos sensíveis à radiação ultravioleta, uma vez que ela retém parte desta radiação. Há estudos de fósseis que datam do período pré--cambriano. Foram encontrados estromatóli-tos onde encontraram evidências destas algas.

A maioria das cianofíceas é aquática de água doce. As formas marinhas conseguem sobre-viver em condições altamente hipertônicas e períodos de dessecamento. Algumas espécies de água doce conseguem sobreviver em con-dições extremas de temperatura, desde lagos antártico até 64°C em fontes termais. As for-mas terrestres vivem sobre rochas ou no solo úmido. Algumas formam liquens, que é a as-sociação de algas com fungos, outras se asso-ciam com vegetais ou com protozoários (Gon-çalves, 2011).

Texto descrito por: Fabiana Santos Gonçalves.Disponível em: http://www.infoescola.com/biologia/divisao-cyanophyta-cianoficeas

1. “O termo biodiversidade ou diversidade bioló-gica inclui a diversidade ecológica e genética”.

a) Conceitue a biodiversidade vegetal, com re-ferencia aos termos em destaque no trecho descrito acima.

b) Classifique exemplificando a biodiversidade

vegetal.

Atividades:

4. TEXTO COMPLEMENTARFatos e mitosTexto descrito por: Maria Vitoria Ferrari Tomé

Fotossíntese e respiração

Durante a noite a planta consome oxigênio? Faz mal dormir com planta no quarto? As plantas respiram, assim como todos os se-res vivos, incluindo a espécie humana, durante todo o tempo de sua vida. O risco de se ter uma planta no quarto é de mesma natureza que se ter outra pessoa, com menor intensidade. Tal-vez as condições de um quarto sejam muito mais prejudiciais à planta, por condições de pouca luminosidade de baixa umidade, princi-palmente em ambientes com ar-condicionado.

Fotossíntese pode ser chamada de respiração das plantas?

Não! Fotossíntese e respiração são processos com reações e objetivos diferentes. A fotos-síntese ocorre nas células clorofiladas, para produzir compostos orgânicos energéticos. A respiração ocorre em todas as células. É um processo de oxidação de compostos orgâni-cos, que libera energia necessária para a reali-zação de todos os processos metabólicos das plantas. Ocorre não só nas plantas, mas em todos os seres vivos, incessantemente, durante toda a vida.

Fotossíntese é transformação de gás carbônico em oxigênio? Pode-se dizer que a fotossíntese é um processo vital na obtenção de alimentos, não só para a própria planta que a realiza, como para toda a vida no planeta Terra. Direta, ou indiretamente, ela produz, praticamente, alimento para quase todos os seres vivos, em todos os ecossistemas.

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capítulo 224

A fotossíntese realizada pelas plantas é um processo complexo, um conjunto de reações bioquímicas, que ocorrem sob luz direta ou difusa, no interior das células vegetais, nos cloroplastos. A finalidade básica desse proces-so é produzir alimento, produzindo também oxigênio.

Existe alguma ligação entre fotossíntese e res-piração?

Sim, metabolicamente falando, elas são rea-ções inversas. A matéria-prima utilizada para reação da fotossíntese (os reagentes = CO2, H2O), são os produtos da reação da respira-ção. O inverso também é verdadeiro, ou seja, a fotossíntese armazena energia em compostos de carbono e a respiração retira a energia des-ses compostos. Para entender melhor, observe as representações simplificadas, abaixo:

REFERÊNCIAShttp://super.abril.com.br/revista/240a/mate-ria_especial_261572.shtml.

http://www.ib.usp.br/ecosteiros/costao%20web/costao/biodiver/biodiversidade.htm

http://www.infoescola.com/biologia/divisao--cyanophyta-cianoficeas

http://www.infoescola.com/biologia/divisao--phaeophyta

http://www.institutoaqualung.com.br/info_origem36.html

http://www.mundofisico.joinville.udesc.br

http://www.webartigos.com/articles/19550/1/ecologia-e-meio-ambiente/pagina1.html

http://www.redeambiente.org.br/Fatos.asp

Pesquisas Bases

Ciências hoje: www.ciencia.com.br

Ministério do meio ambiente: http://www.meioambiente.gov.br/sitio/

http://www.scielo.org.br

http://www.periodicos.capes.gov.br

http://www.baixaki.com.br

1. Filme: ”Uma verdade inconveniente”.A primeira posição é do filme produzido pelo ex-vice-presidente americano Al Gore. Lança-do em 2006, “Uma Verdade Inconveniente” ajudou a colocar o problema do aquecimen-to global na mídia. De quebra, Al Gore ainda levou o Oscar de melhor documentário e o Nobel da Paz (neste caso, junto com os cien-tistas do IPCC).

Interatividade

Fotossíntese

Respiração

2. Filme: A Síndrome da ChinaJane Fonda, no papel de uma repórter de TV, e Michael Douglas, como uma câmera man, lutam para mostrar os perigos por trás de uma usina nuclear. O filme de 1979 ganhou repercussão na época por ter estreado dias antes do vazamento de radioatividade na Three Mile Island, uma central nuclear ame-ricana na Pensilvânia.

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capítulo 3 25

OBJETIVOS ESPECÍFICOS• Conhecer o conceito da biodiversidade e

biosfera do Planeta Terra, as diferentes for-mas de explicar a natureza e os seres vivos.

• Reconhecerasdiferentes formasdeestu-

do da biodiversidade e seus conceitos en-quanto vida.

PLANETA TERRA: BIODIVERSIDADE

A BIOSFERA

INTRODUÇÃORevelar a história do Planeta Terra e suas riquezas requer conhecimento amplo da Biologia à ciên-cia que estuda a vida, quem foi o primeiro biólogo e os esforços que os homens antigos fizeram a fim de saber da onde é que viemos! Viajaremos através de conteúdos inusitados sobre a Biodi-versidade e as degradações causadas a esse imenso Planeta Terra e conhecerá aspectos de fauna e flora dos biomas brasileiros.

RESUMOA Biodiversidade e o Homem; Centralidade da diversidade biológica; Biodiversidade e bem estar Humano; O Homem, a perda de biodiversidade e a sua conservação; A importância de vida hu-mana e da natureza. Compreender o nível de sobrevivência dos seres vivos e seu habitat natural. Neste capitulo abordaremos os instrumentos biológicos e geográficos para a conservação da biodiversidade

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capítulo 326

1. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA

Biodiversidade: Diversidade biológica.

A Biodiversidade é uma das propriedades fun-damentais da natureza, responsável pelo equi-líbrio e estabilidade dos ecossistemas, e fonte de imenso potencial de uso econômico. A bio-diversidade é à base das atividades agrícolas, pecuárias, pesqueiras e florestais e, também, a base para a estratégica indústria da biotecno-logia. As funções ecológicas desempenhadas pela biodiversidade são ainda pouco compre-endidas, muito embora se considere que ela seja responsável pelos processos naturais e produtos fornecidos pelos ecossistemas e es-pécies que sustentam outras formas de vida e modificam a biosfera, tornando-a apropriada e segura para a vida. A diversidade biológica possui, além de seu valor intrínseco, valor eco-lógico, genético, social, econômico, científico, educacional, cultural, recreativo e estético. Com tamanha importância, é preciso evitar a perda da biodiversidade (Água, 2011).

1.2 Impactos sobre a biodiversidade Tanto a comunidade científica internacional quanto governos e entidades não-governa-mentais ambientalistas vêm alertando para a perda da diversidade biológica em todo o mundo, e, particularmente nas regiões tropi-cais. A degradação biótica que está afetando o planeta encontra raízes na condição humana contemporânea, agravada pelo crescimento explosivo da população humana e pela distri-buição desigual da riqueza. A perda da diver-sidade biológica envolve aspectos sociais, eco-nômicos, culturais e científicos (Água, 2011).

Em anos recentes, a intervenção huma-na em hábitats que eram estáveis au-mentou significati-vamente, gerando perdas maiores de biodiversidade. Bio-mas estão sendo ocupados, em dife-rentes escalas e velocidades. Áreas muito ex-tensas de vegetação nativa foram devastadas no Cerrado do Brasil Central, na Caatinga e na Mata Atlântica. É necessário que sejam conhe-cidos os estoques dos vários hábitats naturais e dos modificados existentes no Brasil, de for-ma a desenvolver uma abordagem equilibrada entre conservação e utilização sustentável da diversidade biológica, considerando o modo de vida das populações locais (Água, 2011).

Como resultado das pressões da ocupação hu-mana na zona costeira, a Mata Atlântica, por exemplo, ficou reduzida a aproximadamente 10% de sua vegetação original. Na periferia da cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, são en-contradas áreas com mais de 500 espécies de plantas por hectare, muitas dessas são árvores de grande porte, ainda não descritas pela ciên-cia (Água, 2011).

1.3 A riqueza da biodiversidade brasileira

Há um consenso geral de que o Brasil é o páis que tem o maior número de vertebrados e invertebrados terrestres do mundo. Esta alta diversidade de fauna pode ser explicada em parte pelo tamanho do Brasil e pela grande va-riação de ecossistemas como Amazônia, Mata Atlântico e Cerrado. Os números publicados no Brasil sobre a diversidade de sua fauna va-riam de fonte para fonte, porque os taxono-mistas, às vezes, discordam sobre a classifica-ção das espécies as informações podem ficar incompletas.

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Além disso, novas espécies continuam a serem descobertos e algumas espécies estão extintas na natureza. O Brasil tem a maior diversidade de primatas 77 espécies e de peixes de água doce mais de 3000 espécies no mundo. Cogi-ta-se ainda ter o maior número dos mamíferos com 524 espécies, o segundo maior número de anfíbios com 517 espécies e borboletas com 3.150 espécies, o terceiro maior número de aves com 1.622 espécies e a quinta maior população de répteis com 468 espécies. Existe um elevado número de espécies ameaçadas, muitas das quais vivem em habitats ameaça-dos, como a Mata Atlântica e a Amazônia. Os cientistas descreveram entre 96.660 e 128.843 espécies de invertebrados no Brasil. De acor-do com uma estimativa de 2005 por Thomas M. Lewinsohn e Paulo I. Prado, o Brasil abriga cerca de 9,5 % de todas as espécies e 13,1% dos biotas encontrados no mundo. Com uma espécie de ecossistema rico para fauna e flora, o Brasil abriga milhares de espécies, com mui-tas, se não a maioria delas, ainda por descobrir (Planeta, 2011).

1. Filme: ”TerraDireção: Alastair Fothergill, Mark LinfieldSinopse: Documentário em que parte dele foi retirado da série “Planeta Terra”, produzi-da em parceria entre a Disney e BBC (exibida no Brasil em episódios curtos, pelo progra-ma “Fantástico”. O filme mostra os diretores Alastair Fothergill e Mark Linfield, que per-seguem os caminhos migratórios de quatro famílias de animais.

Interatividade

1.4 Biodiversidade da Caatinga

A biodiversidade da caatinga vem sofrendo uma autêntica erosão na quantidade e qua-lidade da vida vegetal e animal, com muitos reflexos na socioeconômica. Recentes estudos começam a destacar a singularidade da biodi-versidade do bioma e uma política de preser-vação e uso sustentável deve ser implementa-da com a perspectiva de restauração geral de todo o espaço geográfico do bioma (Caatinga, 2011).

1.3.1 Flora

De uma forma mais ampla, o conhecimento sobre a biodiversidade da flora do bioma Caa-tinga tem sido sintetizado no quadro do proje-to Avaliação e Ações Prioritárias para a Conser-vação da Biodiversidade da Caatinga, do MMA, em 2000. Este trabalho ficou a cargo da APNE. Não é possível se ter hoje uma lista completa da flora existente no bioma Caatinga.

Pesquise:http://www.biosferadacaatinga

O Centro Nordestino de Informação sobre Plantas - CNIP - (Centro ligado à APNE, UFPE e ao Jardim Real Botânico de Kew) apresenta na sua relação (checklist) do NE, 8.760 espécies. Apesar dessa relação ainda se encontrar em fase de qualificação por taxonomistas, mais de 2/3 desta lista se encontra revisado. Contudo, apenas uma parte ainda não identificada, per-tence ao bioma Caatinga. Ao todo são apre-sentadas 318 espécies endêmicas em 42 fa-mílias. Destas, as famílias de Leguminosae (80 espécies), Cactaceae (41 espécies), Euphorbia-ceae (17 espécies), Malvaceae (15 espécies) e Bromeliaceae (14 espécies) se destacam como mais importantes. Na mesma obra ainda estão relacionadas 451 espécies de fungos, corres-pondentes a 203 gêneros referenciados para o Semiárido do Nordeste (Caatinga, 2011).

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1.3.2 Fauna

O projeto Avaliação e Ações Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade da Caatinga, do MMA, em 2000, realizaram uma sistema-tização de diagnósticos e conhecimentos exis-tentes relativos à fauna da caatinga. Contudo, concluiu-se de uma forma generalizada, a ne-cessidade de aumentar o conhecimento e os estudos dos recursos biológicos da caatinga. A seguir apresenta-se uma síntese dos dados sobre os principais grupos de fauna do bioma. A lista de espécies de aves por estado (para Bahia, por região específica) está indicada em trabalho de adaptação do levantamento do PROBIO (2000). A lista original apresenta a referência bibliográfica para cada espécie ci-tando as respectivas ocorrências. A tabela 43 apresenta o número de espécies com represen-tação em um ou mais estados/regiões (Caatin-ga, 2011).

Tabela1. Número de espécies de aves da caa-tinga por número de estados em que ocorrem:

Nº de espécies Nº de estados Nº de espécies Nº de estados

49 11 31 5

41 10 21 4

48 9 21 3

33 8 27 2

35 7 15 1

33 6

Ao todo são registradas 348 espécies das quais 15 espécies e 45 subespécies foram identifica-das como endêmicas. Quanto à fauna aquáti-ca (ictiofauna) foi possível referenciar 191 es-pécies no bioma pertencentes a cem gêneros. Dessas, 57% são endêmicas, destacando-se ainda, a família Rivulidae do médio São Fran-cisco com grande número de espécies endêmi-cas anuais.

Considerando al-gumas famílias das quatro ordens mais importantes (Characiformes, Siluriformes, Cypri-nodontiformes e Perciformes), que representam 54% do total, apresen-ta uma lista de 62 espécies endêmi-cas (48% das fa-mílias específicas). No que se refere a répteis e anfíbios (Herpetofauna) , ao todo ter-se-ia 154 espécies, das quais Squama-ta cem, Chelonia quatro, Crocodylia três e Anfíbios 47. O trabalho estima que aproximadamente 15% dessas espécies são endêmicas do bioma. Alguns ajustes em termos de número de espécies e nomenclatu-ra são feitos por Rodrigues103, que apresenta 167 espécies, das quais 47 de lagartos, dez de anfisbenídeos, 52 de serpentes, quatro de que-lônios, três de Crocodylia, 48 de anfíbios e três

Ararinha Azul Espécie extinta na naturezaNome científico: Cya-nopsitta spixii

Mede: de 27 a 56 cmOnde vive: vivia no ex-tremo norte da Bahia ao sul do Rio São Fran-cisco, na Caatinga.

http://www.curiosida-deanimal.com/aves_ararinha_azul.shtml

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de Gymnophiona. Nesta lista, 24 espécies estão indicadas como endêmicas (todas Squamata) 14,4% (Caatinga, 2011).

A partir do trabalho do PROBIO 2000, chegou--se à conclusão que o conhecimento sobre os invertebrados do bioma Caatinga ainda é mui-to insipiente. Os grupos mais conhecidos são: as abelhas, as formigas e os cupins. A seguir apresenta-se apenas o grupo das abelhas para o qual se encontrou informação sistematizada sobre a sua diversidade no bioma (Caatinga, 2011).

Em relação às abelhas Zanella relacionou uma lista de 187 espécies de abelhas pertencentes a 77 gêneros (em comparação com o Brasil que tem um número estimado de 3.000 espécies). Concluiu que a riqueza de espécies de abelhas é baixa comparada a outros ecossistemas bra-sileiros. A partir de uma análise da distribui-ção geográfica de 94 espécies de abelhas no bioma, o mesmo autor encontrou 30 espécies endêmicas 32% (Caatinga, 2011).

Tabela 2. Resumo da biodiversidade encontra-da a partir de diversas fontes do bioma:

Grupo Biológico (nº)

Número de Espécies

(% do total)Número de Espécies Endêmicas

Flora

Nordeste

Caatinga

8.760 - -

1.981 318 16,1

Fauna

Aves 348 15 4,3

510 - -

Peixes 191 109 57,0

Répteis e Anfíb.

Mamíferos

Invertebrados

Abelhas

239 135 58.7

167 24 14,4

143 12 8,4

187 30* 16,0*

Fonte: Estimativa (Caatinga, 2011).

3.1.3 Espécies ameaçadas de extinção

Existem poucas informações e raros estudos sobre espécies vegetais e animais ameaçados no bioma Caatinga. Apesar de existir no MMA/IBAMA listas oficiais de flora e fauna ameaça-da, vários especialistas consideram que elas são limitadas e que há um número bem maior de espécies correndo risco de extinção.

Flora: a lista oficial da flora ameaçada de extinção apre-senta 39 espécies para os estados do Nordeste e Minas Gerais. Contudo, nesta lista, ape-nas duas espécies são do bioma Ca-atinga: Schinopsis brasiliensis e As-tronium urundeu-va (Anacardiaceae) (Caatinga, 2011).

Fauna: a lista das espécies ameaçadas de ex-tinção na fauna brasileira publicada pelo MMA apresenta ao todo 395 espécies. Dessas, 234 ocorrem em estados do NE e/ou MG. Contudo, fica difícil identificar, a partir desta lista, quais espécies ameaçadas efetivamente são da Caa-tinga. A partir do cruzamento das listas apre-sentadas anteriormente e da lista de espécies ameaçadas obtém-se o seguinte panorama: mamíferos (sete espécies); aves (27-31 espé-cies) (Caatinga, 2011).

Outras quatro espécies do bioma Caatinga foram listadas como ameaçadas no trabalho do PROBIO 2000: Ara maracana (Psittacidae); Picumnus fulvescens (Picidae); Megaxenops parnaguae (Furnariidae) ; Formicivora iheringi (Thamnophilidae). Como outras duas espécies não foram encontradas na lista das espécies da Caatinga: Aratinga auricapilla e Gyalophylax hellmayri. Os répteis e anfíbios não foram en-contradas espécies na lista de ameaçadas e dos demais grupos não se dispunha de informação suficiente. Conclui-se que, no mínimo, há 34 espécies de fauna ameaçadas de extinção no bioma Caatinga (Caatinga, 2011).

JandaiaNome científico: Aratinga solstitialis jandaya

Quanto mede: 30 cmOnde vive: vive na orla da mata, mata secun-dária, regiões cultiva-das, carnaubais.Filhotes: 3 ovos - incu-bação 26 diasBico negro, intensa cor laranja, apenas com as asas e cauda verde--azuladas. Vivem rigo-rosamente em casais.

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1.4. Biomas Brasileiros

bioma (ô) (bio- + -oma)s. m.Cada um dos grandes meios do planeta: oceano, floresta, pradaria, conjunto de águas doces.

Priberam, 2011

1.4.1 Caatinga

O Nordeste brasileiro tem a maior parte de seu território ocupado por uma vegetação adap-tada às condições de aridez (xerófila), de fisio-nomia variada, denominada “Caatinga”. Geo-graficamente, a Caatinga ocupa cerca de 11% do território nacional, abrangendo os estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Pa-raíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Mi-nas Gerais. Na cobertura vegetal das áreas da região Nordeste, a Caatinga representa cerca de 800.000 km2, o que corresponde a 70% da região. Este ecossistema é extremamente importante do ponto de vista biológico, pois é um dos poucos que tem sua distribuição total-mente restrita ao Brasil (Agronline, 2011)

De modo geral, a Caatinga tem sido descrita na literatura como pobre e de pouca impor-tância biológica. Porém, levantamentos recen-tes mostram que este ecossistema possui um considerável número de espécies endêmicas, ou seja, que ocorrem somente nesta região, e que devem ser consideradas como um patri-mônio biológico de valor incalculável (Agron-line, 2011).

Quanto à flora, foram registradas até o mo-mento cerca de 1000 espécies, estimando-se que haja um total de 2000 a 3000 plantas.

Com relação à fauna, esta é depauperada, com baixas densidades de indivíduos e poucas espécies endêmicas. Apesar da pequena den-sidade e do pouco endemismo, já foram iden-tificadas 17 espécies de anfíbios, 44 de rép-teis, 695 de aves e 120 de mamíferos, pouco se conhecendo em relação aos invertebrados. Descrições de novas espécies vêm sendo regis-tradas, indicando um conhecimento botânico e zoológico bastante precário deste ecossiste-ma, que segundo os pesquisadores é conside-rado o menos conhecido e estudado dos ecos-sistemas brasileiros (Agronline, 2011).

Além da importância biológica, a Caatin-ga apresenta um potencial econômico ain-da pouco valorizado. Em termos forrageiros, apresenta espécies como o pau-ferro, a catin-gueira verdadeira, a catingueira rasteira, a ca-nafistula, o mororó e o juazeiro que poderiam ser utilizadas como opção alimentar para ca-prinos, ovinos, bovinos e muares. Entre as de potencialidade frutífera, destaca-se o umbu, o araticum, o jatobá, o murici e o licuri e, entre as espécies medicinais, encontra-se a aroeira, a braúna, o quatro - patacas, o pinhão, o ve-lame, o marmeleiro, o angico, o sabiá, o Jericó (Agronline, 2011).

1.4.2 Mata Atlântica

A Mata Atlântica é considerada atualmente um dos mais importantes e ameaçados conjuntos de ecossistemas do planeta. Caracteriza-se por ser uma floresta densa, com árvores fron-dosas que podem atingir de 25 a 35 metros, reunindo formações vegetais diversificadas e heterogêneas, com, com uma grande quanti-dade de plantas herbáceas e inúmeras epífitas. Além disto, a variedade e colorido dos insetos, anfíbios, aves, mamíferos, entre outros, é fa-tor marcante deste ambiente. Essa formação florestal distribuída ao longo da costa brasi-leira formava, originalmente, uma faixa de mata contínua desde o estado do Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, abrangen-do16 estados brasileiros. Hoje a Mata Atlân-tica é um dos ecossistemas mais ameaçados do planeta, restando aproximadamente 5% de sua extensão original que cobria, até o iní-cio deste século, 12% do território brasileiro. Rios importantes para a economia regional e o meio ambiente, como o Paraíba do Sul, São

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Francisco, Doce e Jaquitinhonha encontram-se poluídos ou assoreados pela erosão do solo desprotegido de vegetação (Biomas, 2011).

Um dos motivos para preservar o que restou da Mata Atlântica é sua rica biodiversidade, variedade de plantas e animais. Calcula-se que nela existam mais de 800 espécies de aves, 180 anfíbios e 131 mamíferos, inclusive as poucas espécies de mico-leão que são exclusivos da-quele ecossistema. A Mata Atlântica teve 93% da cobertura original de florestas destruídas. Esse importante bioma, que tem 80% de seus remanescentes sob a forma de propriedade privada, está em situação dramática: só 0,5% de sua área original encontram-se resguarda-da por unidades de proteção integral. Área to-tal: Aproximadamente: 1.000.000 km². Área total atual: Aproximadamente: 120.000 km² (Biomas, 2011)

1.4.3 Cerrado

Pequenas árvores de troncos torcidos e recur-vados e de folhas grossas, esparsas em meio a uma vegetação rala e rasteira, misturando-se, às vezes, com campos limpos ou matas de ár-vores não muito altas - esses são os Cerrados, uma extensa área de cerca de 200 milhões de hectares, equivalente, em tamanho, a toda a Europa Ocidental. A paisagem é agressiva, e por isso, durante muito tempo, foi considera-da uma área perdida para a economia do país. Entre as espécies vegetais que caracterizam o Cerrado estão o barbatimão, o pau-santo, a gabiroba, o pequizeiro, o araçá, a sucupira, o pau-terra, a catuaba e o indaiá. Debaixo des-sas árvores crescem diferentes tipos de capim--flecha, que pode atingir uma altura de 2,5m. Onde corre um rio ou córrego, encontram-se as matas ciliares, ou matas de galeria, que são densas florestas estreitas, de árvores maiores, que margeiam os cursos de água. Nos brejos, próximos às nascentes de água, o buriti do-mina a paisagem e forma as veredas de bu-riti. Os Cerrados apresentam relevos variados, embora predominem os amplos planaltos. Em pelo menos 2/3 da região o inverno é demar-cado por um período de seca que se prolon-ga por cinco a seis meses. Seu solo esconde um grande manancial de água, que alimenta seus rios. A presença humana na região deu-se com o aparecimento de grupos de caçadores

e coletores de frutos e outros alimentos natu-rais. Só recentemente, há cerca de 45 anos, é que começou a ser mais densamente povoada. Estima-se que 61% do Cerrado ainda não te-nham sido ocupados, mas essa realidade está mudando rapidamente. Cerca de 3 milhões de hectares são convertidos anualmente para ati-vidades agropecuárias.A proteção integral do Cerrado atinge apenas 1,5% do ecossistema. Área total: Aproximadamente: 2.100.000 km² Com ação antrópica: 700.000 km² (Biomas, 2011).

1.4.4 Pantanal

A vegetação do Pantanal é um mosaico de matas, cerradões, savanas com espécies como cambará, lixeira, canjiqueira, carandá, etc., campos inundáveis de diversos tipos, brejos e lagoas com plantas típicas como camalotes. A flora pantaneira tem alto potencial econômico - pastagens nativas, plantas apícolas, comestí-veis, taníferas e medicinais. A fauna é bastante rica e diversificada. Muitas espécies ameaçadas de extinção em outras regiões do País ainda apresentam populações vigorosas como é o caso da Capivara, Tamanduá-bandeira, Taman-duá-mirim, Lobo-Guará, Veado-mateiro, entre outros; são cerca de 80 espécies de mamíferos; cerca de 230 espécies de peixes, destacando--se a piranha, o pintado, o pacu, o curimbatá e o dourado; 50 espécies de répteis, dos quais os mais famosos são as cobras, como sucuri, jararaca, boca-de-sapo. Cerca de 650 espé-cies de aves povoam o Pantanal, que é a mais rica região em aves paludícolas do continente, com destaque para as de grande porte como jaburus, biguás, carão, entre outras. Pouco se conhece dessa exuberante fauna que está ameaçada de extinção pelas modificações in-

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troduzidas pelo homem em seu ambiente. Com as cheias, as águas dos 4.000km de rios que alimentam o Pantanal transbordam para a imensa planície à sua volta e forma-se, en-tão, uma das mais extensas planícies alagadas existentes com mais de 100.000 km². Área to-tal: Aproximadamente: 150.000 km² (Biomas, 2011).

1.4.5 Floresta Amazônica

A Floresta Amazônica ocupa a Região Norte do Brasil, abrangendo cerca de 47% do ter-ritório nacional. É a maior formação florestal do planeta, condicionada pelo clima equato-rial úmido. Esta possui uma grande varieda-de de fisionomias vegetais, desde as florestas densas até os campos. Florestas densas são representadas pelas florestas de terra firme, as florestas de várzea e as florestas de igapó. A Amazônia possui a maior biodiversidade por m² do mundo. A bacia Amazônica espalha-se por 7.000.000 Km2 e alcança sete países. 58% dela situa-se no Brasil. Esta é a maior bacia hidrográfica do planeta de onde sai 20% da água doce que chega aos oceanos. Como a re-gião tem um clima permanentemente quente e úmido com uma alta taxa de precipitação, as chuvas ainda contribuem para a formação de centenas de pequenos rios e igarapés. A fau-na da região amazônica é diversa e complexa. E cada expedição zoológica pode significar a descoberta de uma nova espécie animal. Atu-almente conhece-se aproximadamente 800 es-

pécies de mamíferos e de 2.500 a 3.000 espé-cies de peixes sem contar os répteis, quelônios, anfíbios e aves (Biomas, 2011).

A diversidade biológica é a principal riqueza da região amazônica. Afinal, é na Floresta Tropical que estão mais de 50% das espécies de flora do planeta. Para se ter uma idéia, basta analisar um espaço de 20 centímetros quadrados onde poderemos encontrar até 1,5 mil espécies ve-getais. Muitas delas comestíveis, oleaginosas, corantes e até medicinais. De todas as essên-cias farmacêuticas utilizadas atualmente pela medicina, 25% foram extraídas das matas tro-picais. A Floresta amazônica parece, à primeira vista, apenas um imenso e monótono tapete verde, mas a imagem real está bem longe dis-so. Noventa por cento da região é recoberta por matas de terra firme, onde predominam as grandes árvores com uma enorme diversidade de produtos como gomas, resinas, látex e ma-deira. As florestas inundadas, várzeas e igapós ocupam 5 a 10% da região e, em menor ex-pressão, aparecem cerrados e campos abertos, onde o fogo é comum e as árvores são restritas às margens dos rios e igarapés. Caatingas do Rio Negro ou Capinarana são formações es-tranhas à flora amazônica, de folhagem dura, situada sobre areias brancas, lavadas e pobres do Rio Negro e em alguns trechos da região hileana. O cerrado é um ecossistema comum na região centro-oeste do país. Ele só se apre-senta na região amazônica em pequenos tre-chos, na qual a riqueza biológica se expressa nas muitas espécies vegetais e, principalmen-te, na variada fauna ictiológica. A floresta de terra firme cobre cerca de 90% da Amazônia. Na mesma área pode ser encontrada grande variedade de espécies vegetais, sem a predo-minância de uma sobre a outra. As florestas de várzea ficam em planícies e sofrem a influ-ência das cheias e vazantes dos rios. Não tem um porte tão grandioso como o da floresta de terra firme, mas valoriza-se pela existência de diversas espécies vegetais. Igarapé significa, na linguagem dos índios Tupi, caminho da canoa. Assim, eles definem um canal estreito entre as ilhas e a terra firme ou um pequeno rio. Igapó são uma mata cheia de água e uma fonte rica de alimentos para a fauna aquática. Depois da enchente, a água nestes trechos fica estagna-da por algum tempo (Biomas, 2011).

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TEXTO COMPLEMENTARA Caatinga é um ecossistema único com ocor-rência de rica vegetação em região semi-árida

O bioma Caatinga é o principal ecossistema existente na Região Nordeste, estendendo--se pelo domínio de climas semi-áridos, numa área de 73.683.649 ha, 6,83% do território nacional; ocupam os estados da BA, CE, PI, PE, RN, PB, SE, AL, MA e MG. O termo Caatinga é originário do tupi-guarani e significa mata branca. É um bioma único, pois, apesar de estar localizado em área de clima semi-árido, apresenta grande variedade de paisagens, re-lativa riqueza biológica e endemismo. A ocor-rência de secas estacionais e periódicas esta-belece regimes intermitentes aos rios e deixa a vegetação sem folhas. A folhagem das plantas volta a brotar e fica verde nos curtos períodos de chuvas.

A Caatinga é dominada por tipos de vegetação com características xerofíticas – formações ve-getais secas, que compõem uma paisagem cá-lida e espinhosa – com estratos compostos por gramíneas, arbustos e árvores de porte baixo ou médio (3 a 7 metros de altura), caducifólias (folhas que caem), com grande quantidade de plantas espinhosas (exemplo: leguminosas), entremeadas de outras espécies como as cac-táceas e as bromeliáceas.

Levantamentos sobre a fauna do domínio da Caatinga revelam a existência de 40 espécies de lagartos, sete espécies de anfibenídeos (es-pécies de lagartos sem pés), 45 espécies de serpentes, quatro de quelônios, uma de Cro-codylia, 44 anfíbios anuros e uma de Gymno-phiona.

A Caatinga tem sido ocupada desde os tempos do Brasil - Colônia com o regime de sesmarias e sistema de capitanias hereditárias, por meio de doações de terras, criando-se condições para a concentração fundiária. De acordo com o IBGE, 27 milhões de pessoas vivem atualmente no po-lígono das secas. A extração de madeira, a mo-nocultura da cana-de-açúcar e a pecuária nas grandes propriedades (latifúndios) deram origem à exploração econômica. Na região da Caatinga, ainda é praticada a agricultura de sequeiro.

Os ecossistemas do bioma Caatinga encon-tram-se bastante alterados, com a substitui-ção de espécies vegetais nativas por cultivos e pastagens. O desmatamento e as queima-das são ainda práticas comuns no preparo da terra para a agropecuária que, além de destruir a cobertura vegetal, prejudica a ma-nutenção de populações da fauna silvestre, a qualidade da água, e o equilíbrio do clima e do solo. Aproximadamente 80% dos ecos-sistemas originais já foram antropizados.

Fonte: IBAMA, 2008

1. Com embasamento no texto complementar, disserte sua opinião referente à rica biodiver-sidade da Caatinga.

2. Texto descrito como fonte de pesquisa o IBA-MA ano de 2008, em endereços eletrônicos ou sites de buscas, pesquise textos atualiza-dos com dados que referenciem as fontes de pesquisas entre os anos de 2009 á 2010, abordando o Bioma Caatinga.

3. Disserte sobre diversidade, riqueza biológica da Caatinga e endemismo.

Atividades:

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REFERÊNCIAS1. IBAMA, 2008.

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Pesquisas Bases:

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14. http://www.periodicos.capes.gov.br

15. http://www.baixaki.com.br

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS• Enfatizaraéticanadocência,eoprocesso

de ensino aprendizagem, ensina com arte. • Reconhecerasdiferentesformasdeestudo

da ciência da natureza, e seus conceitos enquanto educação na formação do ser.

CIÊNCIAS DA NATUREZA.

ÉTICA E REFLEXÃO NA DOCÊNCIA:

CONVICÇÃO NA ARTE DE ENSINAR PARA POSSÍVEIS

MUDANÇAS

INTRODUÇÃOA experiência que envolve ensinar e aprender integra dois sujeitos que assumem simultaneamente os papéis de mestre e aprendiz, sendo assim, por excelência, rica e desafiante (Maria, 2010).

Quando o professor se dispõe a pôr em pratica seus saberes, pressupõe-se ele deverá ao cenário da aula a sua “arte”, o seu viver o seu conhecer.

RESUMOCada vez mais, somos convocados a pensar sobre nosso papel no mundo, sobre nossa humana condição, a arte de ensinar a ciência no cotidiano escolar requer resgate da Arte e da Ciência como recursos didáticos, a partir do movimento de busca para sistematizar o vivido na sociedade e na natureza.

Prof. Lauro Gonzaga da SilvaProf. Diego Pires Rocha

Carga Horária | 15 horas

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I. ÉTICA E REFLEXÃO NA DOCÊNCIA: Convicção na arte de ensinar para possíveis mudanças.

“Quem ensina, ensina alguma coisa a alguém”.(Paulo Freire)

Não existe nenhuma natureza, seja ela sabe-res, de raça, de cor, de credo ou de experiên-cias de vida, que substitua e educador na arte de resignificar o seu saber de ensinar com arte. Quando o professor se dispõe a pôr em pra-tica seus saberes, pressupõe-se ele deverá ao cenário da aula a sua “arte”, o seu viver o seu conhecer.

Conhecer da dimensão da palavra é viver a dimensão do saber e não, apenas mencionar palavras livrescas, desconexas, utópicas e des-contextualizadas do interesse do educando.

Ao transmitir conhecimento, todo educador deve, antes de qualquer coisa, alinhar e discu-tir saberes, embora que nem todos, mas sabe-res tijolinhos que sejam fundamentais a prática educativa critica que levem o educando uma compreensão clara, atual e útil na formação à cidadania. Assim, constata-se e chega à con-clusão de que ensinar não é apenas transmitir conhecimentos, mas, criar as possibilidades para a produção ou sua construção.

Em uma pratica em sala de aula, o professor expõe que asas são órgãos de vôo das aves. A expressão é tudo, pois ela leva ao aluno questionar: “e aves que têm asas e não voam? E aves que não tem asas desenvolvidas, mas modificadas ao vôo?” Neste caso, o profes-

sor abordou com conhecimento indutivo, e o aluno, com conhecimento dedutivo, o que se percebe que o saber foi construído pelo aluno, buscando respostas as suas indagações e não a tudo que o professor poderia dizer, tornando como acabado ou impendido o aluno de pen-sar. Se o relato da aula de um tema de estudo fosse feito pelo professor em todo espaço de aula, o aluno estaria sendo tolinho em relação a construção do seu saber.

Segundo Paulo Freire (2004), ensinar não é transmitir conhecimentos, conteúdos nem for-mar, é a ação pelo qual um sujeito dá formas, estilo ou alma a um corpo indeciso e acaba-do. Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos apesar das diferenças que os conota, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Existe, pois, uma parceria entre aquele que ensina e aquele que apren-de. Onde o sujeito da aprendizagem tem que aprender com o sujeito da informação, sem que este último se faça o único que denota o saber.

Ainda citado por Paulo Freire (2004), num mo-mento de aviamento e de desvalorização do trabalho do professor em todos os níveis, a pe-dagogia da autonomia nos apresenta elemen-tos construtivos da compreensão da prática docente enquanto dimensão social da forma-ção humana.

I.I- Saberes necessários ao conhecimento e a aprendizagem.

Segundo alguns estudiosos, a aprendizagem é o processo de alteração de conduta de um individuo, sejam por condicionamento ope-rante, experiências ou de outras formas e que resultem em apropriação permanente do que aprendeu. As informações repassadas podem ser absorvidas por aquisição de hábito e, de-pendendo do processo desenvolvido poderão ser transformadas em conhecimento por aqui-sição de hábitos.

Quando se ensina a uma criança, não estamos ensinando a um ser qualquer, ou como pode-mos dizer a aprendizagem humana muito dife-re do adestramento dos demais animais. Existe no ser humano o ato ou vontade de aprender que está inerente à sua percepção interior, pois

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esta vontade é intencional.A aprendizagem é um ato dinâmico por estar sempre em mutação, ou mesmo, em evolução à procura de novos saberes para o aprimora-mento da aprendizagem. Ao mesmo tempo, é criador, na busca de novos métodos na cons-tante ação de errando e aprendendo, do ten-tando e errando (tentativa erro).

Ainda de pode dizer que a aprendizagem é uma mudança relativamente durável de com-portamento, de uma forma mais ou menos sis-temática, ou não, adquirida pela observação e pela pratica motivada. Na verdade, a moti-vação tem um papel fundamental na apren-dizagem.

Ninguém aprende se não estiver motivado, se não desejar aprender.

Paulo Freire (2004) cita que: quem ensina aprende ao ensinar, e quem aprende ensina ao aprender. Por isto o professor deve deixar bem claro aos educandos que a inserção no mun-do é uma das coisas que leva a aprendizagem pelo ato da observação em que devemos fazer parte desta maneira de estar no mundo, inter-vindo no mundo conhecendo o mundo.

O ensino assim não se restringe ás salas de au-las, mas a participação ativa na ação concreta de ver o mundo, como parte de nossa histo-ria com a nossa historicidade. É fundamental conhecer o conhecimento já existente e estar aberta a construção de conhecimentos ainda não existentes.

TEXTO COMPLEMENTAR

O Sonho de Maria(Sérgio Simka)

O sonho de Maria sempre foi ser professora. De Português. Não via a hora de pôr em práti-ca algumas idéias que tinha sobre o idioma e a maneira de transmiti-lo, diferentemente do que havia visto em seus anos de escola. Pre-tendia transformar um erro de concordância num momento de aprendizagem, não de cul-pa, pois não queria ser igual a alguns profes-sores... - lembrou-se de um trecho de um livro de Pedro Bandeira, A Marca de uma Lágrima

- para quem um erro de concordância era tão grave quanto “empurrar escada abaixo a ca-deira de rodas de uma velhinha paralítica. Com a velhinha em cima.” Pretendia transformar o ensino de ortografia não no infindável e cha-to exercício de memorização e cópia, mas na oportunidade de levar os alunos a refletir so-bre a norma ortográfica, mostrando-lhes que nas regularidades e irregularidades do sistema há muito mais a ser estudado e pesquisado. Pretendia transformar a aula de português numa fonte permanente de pesquisa, em que os alunos, em vez de copiadores de lição, fos-sem os formuladores de questões. Usaria o li-vro didático apenas como objeto de reflexão, fazendo dele uma oportunidade de os alunos discutirem, preferencialmente em grupo, os tópicos abordados. Proporia aos alunos que se tornassem autores de livros didáticos, para que fugissem do tradicional, para que inventasse exercícios cujo carro-chefe fosse à reflexão, o questionamento, a dúvida. Proporia a eles que transportassem as idéias para o reino da inovação no qual o binômio gramática/ criati-vidade não fosse paradoxal e não assustasse. Pretendia converter a gramática numa ilha de estudo, não numa lista vulgar de regras; que dela os alunos saíssem aptos para a vida, e não simplesmente para a prova. Pretendia encon-trar escritores, porque ela mesma gostava de escrever. Por isso suas aulas de redação não se-riam momentos para que os alunos alimentas-sem seu medo perante a escrita; ao contrário, tornar-se-iam ocasiões especiais para que ex-pressassem o que eram, sem medo, pois a téc-nica viria depois que os alunos conseguissem pôr no papel o que antes nunca existiu. Lem-brou-se novamente de Pedro Bandeira: “Escre-ver também é um ato de amor. Quem escreve ama aquele que vai ler quer conquistar o amor

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daquele que vai ler.” A ética, para ela, seria um substantivo concreto, pois a poria em prática nas relações com seus alunos e professores. A julgar pelo que via, os professores deveriam ter cursos intensivos sobre esse assunto. Teria como meta encontrar, identificar e incentivar os pontos fortes dos alunos. Ela seria uma ga-rimpeira à procura de ouro - lembrou-se de uma passagem de Auto-Estima e os Seus Seis Pilares, de Nathaniel Branden: “Tente imaginar como teria sido estar em uma classe em que, para o professor, nada fosse mais importante que descobrir o que você tem de melhor - seus pontos fortes e suas virtudes - e ajudá-lo a ter consciência disso. Ele assim teria inspirado o que há de melhor em você? Esse ambiente o teria motivado a crescer e aprender.” Maria ti-nha o nobre sonho de mudar uma realidade que a deixava intranqüila. Ela foi à luta. Resol-veu cursar Letras.

1. Baseando no trecho onde se lê a parte final em negrito, procure responder o que nele in-terroga.

a. Ele (professor) teria inspirado o que há de melhor em você?

b. Esse ambiente o teria motivado a crescer e aprender?

2. Ainda com referencia a historia. O Sonho de Maria, responda.

a. Nós professores, partilhamos os mesmos princípios de Maria?

b. Ou, em nossa prática, sufocamos as Marias que existem em nossas salas de aulas?

Atividades:

Filme indicado: Cartas para Deus

Uma história inspiradora de esperança e reden-ção, Cartas Para Deus mostra o que acontece quando a caminhada de fé de um menino vai ao encontro de um homem que busca um propósito – a jornada transformadora resultante desse en-contro toca as vidas de todos ao redor deles dois.

Tyler Doherty (TANNER MAGUIRE) é um garoto extraordinário de oito anos. Cercado por uma família e por uma comunidade cheias de amor e munido pela motivação de sua fé, ele encara uma batalha diária contra o câncer com coragem e graça. Para Tyler, Deus é um companheiro, um professor e um grande amigo por correspondên-cia – as orações de Tyler são feitas em forma de cartas que ele escreve e envia diariamente.

2. A APRENDIZAGEM DESENVOLVENDO COMPETÊNCIASDa historia de autoria de Celso Antunes, ci-tando Manoel Bandeira, extraem-se fatos de como se desenvolvem as aprendizagens e competências em sala de aula.

“-Bom dia, São Pedro. O senhor me dá licença?

- Pois não, minha filha! O que você deseja?

- É que morri lá na Terra, meu Santo, e aqui estou me candidatando a um lugarzinho no céu. Queria ver se posso entrar?

- Vamos ver meu bem! Você foi uma boa me-nina, crédula e piedosa, não cometeu pecado capital algum?

Foi moderada nos pecados veniais? Doou par-te de seus ganhos a outros, dividiu seu pão com irmãos famintos, acolheu eu sua casa velhos e doentes? Sempre ofereceu ao outro tudo quanto a si mesma desejou? Foi carido-sa em todos os instantes? Não se dobrou pela cobiça, não esmoreceu nas esperanças, jamais praguejou?

- Desculpe meu Santo. Minha vida na Terra

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não foi como minha mãe ensinou. Pensando melhor, até acho mesmo grande pretensão em procurá-lo. O Senhor me desculpe, penso que não mereço o céu. Afinal, lá na Terra fui ape-nas uma professora...

- Bem, São Pedro, lá na Terra eu procurava ensinar a meus alunos a olhar em ver, eu re-fletia constante sobre meu trabalho, buscava inová-lo sempre, derramava toda a ternura em minhas aulas. Aprendi a aprender com os outros, com meus alunos, com suas experiên-cias. Busquei ensiná-los a decifrar símbolos, a resolver problemas, a se relacionar com outras pessoas, a trabalhar juntos. Creio meu Santo que fui uma pequena artesã que construía e reconstruía permanentemente meu saber pro-fissional. Enfim, procurei ser uma fazedora de perguntas e uma construtora de sentidos... Acho que foi só isso, meu bom São Pedro. Peço desculpas, foi uma alegria descobri-lo, assim tão manso, tão branco...

- Calma, minha filha, não se vá. Entre. O Céu é todo seu...

Mas, São Pedro??? O Senhor me dá, mesmo, licença para entar?

- Entre, minha filha. Para entrar no céu um ver-dadeiro professor jamais precisa pedir licença.

Parece que o relato enfatiza a angustia de edu-cadores de toda a Terra. O professor deve em sua ação construtiva educar, informar os sabe-res que a humanidade acumula e transmitir, de for ma eficaz os saberes que levarão o educan-do a refletir sobre o seu papel, enquanto ser em transformação.

Segundo Plilippe Perrenoud, citado por Celso Antunes (2001), competência em educação é a faculdade de mobilizar diversos recursos cognitivos, que inclui saberes, informações, habilidades operatórias e, principalmente, as inteligências, para com eficácia e pertinência, enfrentar e solucionar uma serie de situações ou de problemas.

Quando se trabalha qualquer conteúdo em sala de aula, devemos ter em mente que so-mos agentes de informações que devem che-gar ao aluno de forma clara e precisa. Entre-

tanto, não devemos ser um agente falante que só age como se fosse centro de todo o saber na sala de aula. É preciso transmitir com com-petência fazendo valer aquilo que se ensina, de tal forma que o aluno seja capaz de construir o pensamento lógico e formular idéias precisas.Nada pode ser ensinado, desvinculando-se de certo conhecimento que se estrutura no que chamamos de “conteúdo”. Por isto o conteú-do que se ensina deve ser o vetor que direciona as comparações, os significados, as idéias e as formulações de novos conceitos.

3. TEORIA DE APRENDIZAGEMO poder que o progresso da ciência e da tec-nologia e das necessidades Latino-Americana exige que o processo Ensino e Aprendizagem sejam continuamente atualizados, principal-mente em função de alguns fatores: a cons-trução do conhecimento, as metodologias, as técnicas de ensino, a atualização de conteúdos (prioridade aos conteúdos de importância loco - regional) e a relação professor, alunos e os demais componentes da comunidade educa-tiva. È o descobrir da função social da escola, construindo uma permanente interação com o meio e com o ambiente.

Para o logro destes objetivos è fundamental o conhecimento das Teorias da Aprendizagem que brindam o sustento teórico para uma prá-tica educativa eficaz.

Teoria

Conjunto de regras e conhecimentos que guiam diversas atividades fundamentando o fazer teórico. Uma interpretação sistemática de uma área de conhecimento, uma maneira particular de ver as coisas, de explicar, observar e resolver problemas.

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Aprendizagem

Aprendizagem è aquisição de conhecimentos e habilidades. Troca relativamente permanente do comportamento devido da experiência.

Teoria da aprendizagem

È a justificação teórica das atividades práticas e processos educativos. Tentativas reinterpre-tar sistematicamente e de organizar os conhe-cimentos necessários sobre a aprendizagem. È um ponto de vista de um ou vários autores sobre a aprendizagem. Uma teoria se funda-menta em pressupostos filosóficos e aproveita as investigações da Psicologia, da biologia e da Sociologia aplicáveis aos temas educacionais.

Principais correntes

A Psicologia da Aprendizagem se vale das teo-rias que procuram explicar, através de diferen-tes enfoques, como os indivíduos aprendem como se expressam o desenvolvimento mental de uma pessoa e como se estruturam os mo-delos institucionais.

È importante que o educador detenha o co-nhecimento sobre essas abordagens teóricas para a melhoria da qualidade do ensino bem como sobre a utilização de métodos, técni-cas e recursos de instrução. Cada uma dessas abordagens apresenta uma visão do processo ensino e aprendizagem.

Pesquisas Bases:

1. Ciências hoje: www.ciencia.com.br

2. Ministério do meio ambiente: http://www.meioambiente.gov.br/sitio/

3. http://www.scielo.org.br

4. http://www.periodicos.capes.gov.br

5. http://www.baixaki.com.br