A Doutrina Da Eleição Arthur Walkington Pink

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    Algumas Citaes deste Estudo

    Em Apocalipse 19:6 nos dito, o Senhor Deus onipotente reina. No cu e na terra, Ele o

    Controlador e Ordenador de todas as criaturas. Como o Altssimo, Ele governa entre os exrcitos

    dos cus e ningum pode deter a mo ou dizer-lhe: Que fazes? (J 9:12). Ele o Todo-

    Poderoso, que faz todas as coisas segundo o conselho da Sua prpria vontade. Ele o Oleiro

    Celestial, que toma conta de nossa humanidade cada como um pedao de barro, e para fora dela

    forja um como um vaso para honra e outro vaso para desonra. Em suma, ele o Decisivo e

    Determinante do destino de cada homem e o Controlador de cada detalhe na vida de cada

    indivduo, o que apenas outra maneira de dizer que Deus Deus.

    Eleio e Predestinao so apenas o exerccio da Soberania de Deus nos assuntos da

    salvao, e tudo o que sabemos sobre elas o que tem sido revelado a ns nas Escrituras da

    Verdade. A nica razo para que algum acredite na Eleio que ela se acha claramente

    ensinada na Palavra de Deus.

    Eleio significa que Deus escolheu alguns para serem os objetos de Sua Graa salvadora,

    enquanto outros so deixados a sofrer a justa punio de seus pecados. Isso significa que, antes

    da fundao do mundo, Deus escolheu para fora da massa de nossa humanidade cada um

    determinado nmero, e os predestinou para serem conformes imagem de Seu Filho.

    A Doutrina da Eleio claramente ensinada na Palavra de Deus; de capa a capa, a Bblia est

    cheia daquela. Esta uma das grandes Doutrinas fundamentais das Escrituras. O primeiro livro da

    Bblia tem a Soberania de Deus como o seu tema central.

    Assim os derradeiros sero primeiros, e os primeiros derradeiros; porque muitos so chamados,

    mas poucos escolhidos (Mateus 20:16). No me escolhestes vs a mim, mas eu vos escolhi a

    vs (Joo 15:16). Eu rogo por eles; no rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque

    so teus (Joo 17:9). E creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna (Atos

    13:48). Ficou um remanescente, segundo a eleio da graa (Romanos 11:5). Como tambm

    nos elegeu nele antes da fundao do mundo, para que fssemos santos e irrepreensveis diante

    dele (Efsios 1:4).

    Nas Sagradas Escrituras, a questo da nossa salvao traada antes (no propsito de Deus) e

    no ao momento em que cremos isto , quando ela se torna nossa experimentalmente, mas a

    um ponto anterior ao comeo do tempo. Antes da fundao do mundo, Deus nos escolheu em

    Cristo (Efsios 1:4). Com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atra (Jeremias 31:3).

    Isso levanta a questo de nossa salvao do tempo para a eternidade.

    [...] o que eterno deve ser assim em ambas as extremidades. Assim, a Palavra de Deus afirma

    que aos que predestinou [na eternidade passada], a estes tambm chamou: e aos que chamou, a

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    estes tambm justificou; e aos que justificou, a esses tambm glorificou [na eternidade futura]

    (Romanos 8:30).

    Os escribas e doutores so ignorados, e pescadores ignorantes so escolhidos para serem os

    apstolos do Cordeiro. A verdade Divina oculta dos sbios e entendidos, mas revelada aos

    pequeninos (Mateus 11:25). A maioria dos poderosos e nobres so ignorados, enquanto os

    fracos e desprezados so chamados e salvos. Prostitutas e publicanos so docemente

    compelidos a vir para a festa de casamento, enquanto os fariseus orgulhosos so deixados a

    perecer em sua prpria autojustia. Verdadeiramente, Deus no faz acepo de pessoas, ou Ele

    no teria salvado voc, meu amigo.

    [...] em nenhum lugar a Bblia prega o livre-arbtrio do homem natural. O homem por natureza

    sujeito ao Satans e escravo do pecado, e no se torna livre at que o Filho de Deus o liberte

    (Joo 8:36). Ningum pode vir a mim, [mas ele poderia, se ele fosse livre], se o Pai que me

    enviou no o trouxer (Joo 6:44), mas no haveria necessidade de trazer se ele fosse livre. Isto

    inequvoco.

    Zaqueu, desce depressa... E, apressando-se, desceu, e recebeu-o alegremente (Lucas 19:5-6).

    A ovelha foi chamada pelo nome e respondeu voz do Pastor! E as ovelhas o seguem, porque

    conhecem a sua voz (Joo 10:4). Ns temos uma outra bela ilustrao disto registrada em Joo

    20:16: Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe: Rabni Anteriormente ela no O

    conheceu; ela O confundiu com o jardineiro; mas o Bom Pastor chama as Suas ovelhas pelo

    nome, Maria e instantaneamente ela conheceu Sua voz! Aqui, ento, est o primeiro sinal de

    Eleio, como ilustram os casos acima. O Pastor chama, e aqueles que so Suas ovelhas (os

    eleitos) ouvem, reconhecem e respondem.

    Todos no so filhos de Deus. Pelo contrrio, todos so por natureza filhos da ira (Efsios 2:3),

    e somente pela Graa Soberana nos tornamos filhos de Deus. Todos so Suas criaturas, mas

    nem todos so seus filhos. A regenerao a consequncia da eleio. Segundo a sua vontade,

    Ele nos gerou (Tiago 1:18). Os quais no nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem

    da vontade do homem, mas de Deus (Joo 1:13). Eu j nasci de novo? Eu fui feito uma nova

    criatura em Cristo? H evidncias inequvocas em minha vida que eu tenho sido feito um

    participante da natureza Divina? Ento esta uma das marcas da minha eleio.

    O que diferencia um filho do diabo de um filho de Deus, que o primeiro governado por sua

    prpria vontade, ao passo que a vontade deste ltimo est sujeita a Deus. A linguagem do santo

    : Ele o Senhor; faa o que bem parecer aos Seus olhos (1 Samuel 3:18). Se, ento, a sua

    vontade est quebrada, se voc est dizendo com o corao: todavia no se faa a minha

    vontade, mas a tua (Lucas 22:42), ento esta uma das marcas e sinais de sua eleio.

    [...] o Esprito Santo derrama o amor de Deus nos coraes daqueles que creem (Romanos 5:5).

    Para eles, Deus mui excelente, eles dizem: Quem tenho eu no cu seno a ti? e na terra no h

    quem eu deseje alm de ti (Salmo 73:25). Para eles, Cristo o mais formoso entre dez mil, O

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    totalmente desejvel (Cnticos 5:16). Se, ento, o amor de Deus brilha em seu corao, esta

    uma das marcas e evidncias de sua eleio.

    Todo o que o Pai me d vir a mim (Joo 6:37). Quando perdemos toda a confiana na carne;

    quando chegamos inteiramente ao fim de ns mesmos; quando percebemos que na carne no

    habita coisa boa; quando nos tornamos conscientes de que todas as nossas justias como trapo

    da imundcia; quando estamos preparados para gritar: Senhor, salva-me! que pereo (ver Mateus

    8:25); quando voamos para Cristo como o nico refgio da ira vindoura, ento vamos dar o

    primeiro passo para fazer firme a nossa vocao e eleio.

    O Bom Pastor guia Suas ovelhas nas veredas da justia (Salmo 23:03), e se nos encontramos

    no caminho dos pecadores (Salmo 1:1), ento no temos autorizao para chamar-nos Suas

    ovelhas.

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    A Doutrina da Eleio Arthur Walkington Pink

    Como a Doutrina da eleio uma parte do alto tema da soberania de Deus, uma breve

    palavra sobre ela primeiro. Em Apocalipse 19:6 nos dito, o Senhor Deus onipotente

    reina. No cu e na terra, Ele o Controlador e Ordenador de todas as criaturas. Como o

    Altssimo, Ele governa entre os exrcitos dos cus e ningum pode deter a mo ou dizer-

    lhe: Que fazes? (J 9:12). Ele o Todo-Poderoso, que faz todas as coisas segundo o

    conselho da Sua prpria vontade. Ele o Oleiro Celestial, que toma conta de nossa

    humanidade cada como um pedao de barro, e para fora dela forja um como um vaso

    para honra e outro vaso para desonra. Em suma, ele o Decisivo e Determinante do

    destino de cada homem e o Controlador de cada detalhe na vida de cada indivduo, o que

    apenas outra maneira de dizer que Deus Deus.

    Ora, Eleio e Predestinao so apenas o exerccio da Soberania de Deus nos assuntos

    da salvao, e tudo o que sabemos sobre elas o que tem sido revelado a ns nas

    Escrituras da Verdade. A nica razo para que algum acredite na Eleio que ela se

    acha claramente ensinada na Palavra de Deus. Nenhum homem ou grupo de homens,

    nunca originou esta Doutrina. Como o ensino da Punio eterna, entra em conflito com os

    ditames da mente carnal e incompatvel com os sentimentos do corao no

    regenerado. E, como a doutrina da Santssima Trindade e do nascimento milagroso de

    nosso Salvador, a verdade da Eleio deve ser recebida com f simples, inquestionvel.

    Vamos agora definir os nossos termos. O que a palavra Eleio significa? Significa

    destacar, selecionar, escolher, tomar um e deixar o outro. Eleio significa que Deus

    escolheu alguns para serem os objetos de Sua Graa salvadora, enquanto outros so

    deixados a sofrer a justa punio de seus pecados. Isso significa que, antes da fundao

    do mundo, Deus escolheu para fora da massa de nossa humanidade cada um

    determinado nmero, e os predestinou para serem conformes imagem de Seu Filho.

    Simo relatou como primeiramente Deus visitou os gentios, para tomar deles um povo

    para o Seu Nome (Atos 15:14). No podemos fazer melhor aqui do que amplificar a

    nossa definio de Eleio, citando um sermo do falecido C. H. Spurgeon (1834-1892)

    em As coisas Que Acompanham a Salvao [Sermo de N 152, publicado em

    portugus pelo Projeto Spurgeon]:

    Antes da Salvao vir a este mundo, a Eleio marchou na vanguarda, e tinha

    por seu trabalho o aquartelamento da Salvao. A Eleio atravessou o mundo

    e marcou as casas para que a Salvao que deveria ir e os coraes em que o

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    tesouro deveria ser depositado. A Eleio olhou atravs de toda a raa

    humana, desde Ado at o ltimo, e assinalou com selo sagrado aqueles para

    quem a salvao foi designada. E era-lhe necessrio passar por Samaria

    (Joo 4:4) disse a Eleio; e a Salvao deve ir para l. Depois veio a

    Predestinao. A Predestinao no se limitou a marcar a casa, mas mapeou a

    estrada pela qual a Salvao deve viajar para aquela casa. A Predestinao

    ordenou cada passo do grande exrcito de Salvao; esta ordenou o momento

    em que o pecador deve ser levado a Cristo, a maneira como ele deve ser

    salvo, os meios que devem ser empregados; marcou a hora exata e o

    momento em que Deus, o Esprito, dever vivificar os mortos em pecado, e

    quando a paz e o perdo devem ser proclamados atravs do sangue de Jesus.

    A Predestinao marcou o caminho de forma to completa que a salvao

    nunca ultrapassa os limites, e nunca erra o caminho. No decreto eterno de

    Deus soberano, os passos da misericrdia foram, cada um deles, ordenados.

    Por que Deus escolheu esses indivduos em particular, em vez de outros, ns no

    sabemos. Sua escolha soberana, totalmente gratuita e no depende de nada fora de Si

    mesmo. Certamente no foi porque esses indivduos particulares eram, em si, melhores

    do que os outros que ele deixou. A Escritura muito enftica sobre esse ponto: eles

    tambm eram por natureza filhos da ira, como os outros tambm (Efsios 2:3). Eles,

    tambm, no tinham justia inerente. Nem Deus escolheu aqueles que Ele escolheu por

    causa de tudo o que Ele previu que haveria neles, pela simples razo, mas suficiente, que

    Ele previu no nenhuma coisa boa neles, seno o que Ele prprio neles operou. Tudo o

    que podemos dizer que Deus escolheu alguns para serem salvos somente porque Ele

    escolheu escolh-los, pois tal era o beneplcito de Sua vontade soberana (Efsios 1:5).

    1. O Mistrio da Eleio

    Essa eleio um mistrio profundo, ns prontamente admitimos; que est

    completamente alm do poder da mente finita compreender plenamente, ns livremente

    reconhecemos. O nosso sentimento e nossa faculdade de raciocnio no podem nos

    ajudar nesta investigao. No entanto, isso no motivo pelo qual devamos nos recusar a

    acreditar no que no podemos compreender plenamente. Estamos cercados de mistrio

    por todos os lados. No podemos entender por que Deus, que perfeito e Onisciente,

    que no incio previu claramente todas as terrveis consequncias disto, deveria mesmo ter

    permitido o pecado entrar neste mundo. Mas Ele fez! Dizer, como muitos fazem, que se

    Deus criou o homem um agente moral livre, Ele no podia impedi-lo, uma afirmao que

    totalmente desprovido de qualquer fundamento na Palavra de Deus; e no somente

    isso, mas ela contradiz suas declaraes explcitas. Por exemplo: Certamente a clera

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    do homem redundar em teu louvor; o restante da clera tu o restringirs (Salmo 76:10).

    Se Deus pode restaurar a justia queles que so os dispostos escravos do pecado e h

    muito tempo indulgente na comisso dele, sem interferir com a responsabilidade do

    homem, por que ento Ele no poderia ter preservado os seres sem pecado, em um

    estado de pureza? E se estava em Seu poder faz-lo, por que Ele no faz isso? Tudo o

    que podemos dizer : No sabemos. Deus no achou por bem dizer-nos. A permisso

    Divina do pecado um mistrio profundo.

    Tampouco este o nico mistrio relacionado com a histria da nossa raa. As desigual-

    dades gritantes no todo da existncia humana so igualmente insolveis. Um cego de

    nascena, outro abenoado com vista. Um entra no mundo dotado de uma constituio

    forte e goza de sade quase ininterrupta, enquanto outro herda uma doena incurvel e

    afunda em uma morte prematura. Um nasce para a riqueza e todos os seus confortos,

    outra para a pobreza e para suas consequentes misrias. Um nascido de pais crimino-

    sos ou infiis, enquanto a outro filho de verdadeiros crentes e criado no temor do

    Senhor. Um nasce em meio escurido pag, outro goza dos privilgios da luz do

    Evangelho. Agora, essas diferenas no afetam apenas a felicidade nesta vida, mas eles

    esto entre os fatores determinantes de carter e destino, e ainda assim eles no so de

    todo dependente do carter ou conduta dos interessados. Quando nos perguntamos: Por

    que permitido existir essas diferenas? Por que Deus permite essas desigualdades?

    Novamente ns temos que responder: No sabemos. No entanto, acreditamos firme-

    mente que Ele tem alguma razo boa e sbia para todas as Suas procedimentos provi-

    denciais, mas para o homem na sua condio presente, elas so profundamente misteriosas.

    Que esses procedimentos de Deus so misteriosos, Sua prpria Palavra afirma. Porque

    os meus pensamentos no so os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os

    meus caminhos, diz o Senhor. Porque assim como os cus so mais altos do que a terra,

    assim so os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus

    pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos [Isaas 55:8-9]. E mais uma vez

    o Esprito Santo, atravs do apstolo Paulo, declara: profundidade das riquezas, tanto

    da sabedoria, como da cincia de Deus! Quo insondveis so os seus juzos, e quo

    inescrutveis os seus caminhos! (Romanos 11:33). A nossa posio verdadeira, ento,

    na investigao de um assunto como este, que de discpulos alunos sentados aos

    ps do Senhor Jesus para que sejamos ensinados por Ele. Se aceitamos a Bblia como a

    Palavra de Deus, devemos esperar encontrar nela algumas coisas difceis de entender,

    que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua

    prpria perdio (2 Pedro 3:16).

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    2. A Verdade da Eleio

    A Doutrina da Eleio claramente ensinada na Palavra de Deus; de capa a capa, a

    Bblia est cheia daquela. Esta uma das grandes Doutrinas fundamentais das

    Escrituras. O primeiro livro da Bblia tem a Soberania de Deus como o seu tema central.

    Caim, o mais velho deixado, enquanto Abel, o mais novo aceito. Cam e Jaf so

    ignorados, enquanto Sem o mais jovem selecionado para a linhagem a partir da qual o

    Messias havia de vir. A Abro, o menor, e no a Naor, o irmo mais velho, dada a

    herana de Cana. Ismael, o primognito expulso sem bno, enquanto Isaque o filho

    da velhice de seus pais abenoado. A Esa, de corao generoso e tolerante de esprito

    negada a bno, ainda que a buscou diligentemente com lgrimas, enquanto que Jac

    o traioeiro, maquinador dissimulado formado um vaso de honra. Embora sendo o

    dcimo primeiro filho, Jos, aquele que recebe a poro dobrada; quando Jac, guiado

    por Deus, est abenoando os filhos de Jos, Efraim, o mais novo posto na frente de

    Manasss, o mais velho.

    Os limites de nosso espao no nos permite ir adiante por toda a Bblia; s podemos

    agora citar alguns textos como prova, mas eles so suficientes. Assim os derradeiros

    sero primeiros, e os primeiros derradeiros; porque muitos so chamados, mas poucos

    escolhidos (Mateus 20:16). No me escolhestes vs a mim, mas eu vos escolhi a vs

    (Joo 15:16). Eu rogo por eles; no rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste,

    porque so teus (Joo 17:9). E creram todos quantos estavam ordenados para a vida

    eterna (Atos 13:48). Ficou um remanescente, segundo a eleio da graa (Romanos

    11:5). Como tambm nos elegeu nele antes da fundao do mundo, para que fssemos

    santos e irrepreensveis diante dele (Efsios 1:4).

    Durante os tempos do Velho Testamento, o princpio da Eleio Divina foi claramente

    exposto nos tratamentos de Deus com a raa humana. Na Torre de Babel, Deus, por um

    tempo, abandonou o Seu trato direto com a humanidade como um todo, e selecionou um

    homem Abrao de quem descendia a nao de Israel. Esta nao o seu povo

    escolhido. Ele se revelou a eles como a nenhum outro. Israel era o Seu tesouro peculiar.

    Eles gozaram de comunho direta com Jeov, enquanto outras naes foram deixadas

    em seus pecados. Mas por qu? Por que Deus deveria escolher os descendentes de

    Abrao para ser os destinatrios de Seus favores especiais? Eles tinham uma maior

    reivindicao natural do que os outros? Certamente que no. Os egpcios eram uma raa

    muito mais sbia do que os hebreus nmades. Os caldeus eram mais antigos, mais

    numerosos, mais civilizados, e ainda exerceram uma influncia muito maior sobre o resto

    do mundo. Ah! Mas Deus passa pela sbios e cultos e escolhe os fracos e desprezados.

    Por qu? Para demonstrar Sua Soberania e exemplificar Sua graa. Por qu? Para que

    nenhuma carne se glorie perante ele (1 Corntios 1:29).

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    3. A Justia da Eleio

    Em todas as pocas houve aqueles que argumentaram que a Doutrina da Eleio atribui

    injustia a Deus. Eles dizem que no justo que Ele deve escolher certas pessoas para a

    vida eterna e permitir que o resto seja eternamente condenado. Mas tal acusao

    evidencia ignorncia crassa e perverte os princpios fundamentais do Evangelho. A

    salvao no uma questo de justia, mas de Graa. Se o assunto para ser resolvido

    na base de justia nua, em seguida, cada filho de Ado deve perecer, pois: todos

    pecaram e destitudos esto da glria de Deus (Romanos 3:23).

    Dizer que Deus no tem o direito de escolher apenas alguns para serem conformes

    imagem de Seu Filho, para repdio cardial da verdade do Evangelho. A Salvao no

    um salrio que temos de ganhar, nem uma recompensa que devemos merecer. um

    dom gratuito concedido a quem no merece. Mas a partir do momento em que admitimos

    que a salvao um dom de Deus, somos logicamente obrigados a aceitar o princpio da

    Eleio. No tem Deus todo o direito de dispensar o Seu dom como lhe agrada?

    Certamente Ele tem. E esta no somente sua prerrogativa, mas Ele a exerce: Pois diz

    a Moiss: Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericrdia de quem eu

    tiver misericrdia (Romanos 9:15). Deus no est em dvida com ningum. Ele no est

    sob a obrigao de salvar ningum. Se Ele livra algum da ira vindoura, unicamente

    devido Sua Graa. Ele no est sob nenhuma restrio para salvar a todos, se Ele

    quiser salvar quem quer que seja. Se Ele escolher passar por alguns, retendo o dom da

    salvao, ento no h motivo para reclamao. No ltimo Grande Dia cada homem

    receber toda a misericrdia a que tem direito. No dever o Juiz de toda a terra fazer

    justia? Certamente. A sentena pronunciada sobre aqueles que estiverem sua

    esquerda ser perfeitamente justa.

    Quanto a esta prerrogativa [Sua Soberania] pode-se dizer, primeiro, que a

    Deus pertence o direito de exerc-la. Este direito nasce, em primeiro lugar, de

    ser Ele o Criador. Ele diz, todas as almas so minhas (Ezequiel 18:4). Ele tem

    o direito absoluto de fazer conosco o que Lhe agrada, visto que foi ele que nos

    fez, e no ns a ns mesmos (Salmo 100:3). Os homens esquecem o que

    so, e se vangloriam de grandes coisas; embora realmente nada sejam, seno

    barro na roda do oleiro, e Ele pode form-los ou quebr-los como lhe agrada.

    Eles no pensam assim, mas Ele conhece seus pensamentos que so vs. ,

    a dignidade do homem! Que tema para um discurso sarcstico! Como o sapo

    da fbula que se inchou at que explodiu, assim o faz o homem em seu

    orgulho e inveja contra o seu Criador, que, no obstante, est assentado sobre

    o crculo da terra, cujos moradores so para ele como gafanhotos, e atenta

    para naes inteiras delas como o p da balana. A prerrogativa do Senhor

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    sobre a Criao manifestamente ampliada moralmente pela nossa perda de

    qualquer considerao que possa ter surgido por obedincia e retido se os

    tivssemos possudo. Nossa culpa envolveu perda de reivindicaes por parte

    criatura, qualquer que elas pudessem ter sido. Somos todos culpados de alta

    traio, e cada um de ns culpado de rebelio pessoal; portanto, no temos

    os direitos dos cidados, mas jazemos sob sentena de condenao. O que diz

    a voz infalvel de Deus? Maldito todo aquele que no permanecer em todas as

    coisas que esto escritas no livro da lei, para faz-las (Glatas 3:10). Viemos

    sob essa maldio; a Justia pronunciou-nos culpados, e, por natureza, ns

    permanecemos em condenao. Se ento o Senhor ter o prazer de nos livrar

    da morte, isto permanece com ele para faz-lo; mas no temos direito a tal

    libertao, nem podemos usar qualquer argumento que seria proveitoso nos

    tribunais de justia para a reverso da pena ou suspenso da execuo. Antes

    no tribunal de justia nosso caso deve ser difcil estabelecer qualquer alegao

    de direito. Seremos expulsos com o desdm do juiz imparcial, se ns pedimos

    que o nosso processo em cima dessa linha. Nosso procedimento mais sbio

    apelar para a Sua misericrdia e Sua Graa Soberana, pois somente isto a

    nossa esperana. Compreenda-me claramente: Se o Senhor fizer com que

    padeamos a perecer, ns apenas receberemos o que merecemos, e ns no

    temos nenhum de ns sequer uma sombra de reivindicao em Sua

    misericrdia ns estamos, portanto, absolutamente nas mos de Deus, e a

    Ele pertencem as questes da morte. (C.H. Spurgeon, A Prerrogativa Real

    Salmo 68:20-21 [Sermo de N 1523]).

    Finalmente, convm lembrar que Deus nunca recusa misericrdia para com aqueles que

    honestamente a procuram. verdade que os no-eleitos sero perdidos, deixe-os fazer o

    que quiserem. O pecador ordenado: Provai e vede que o Senhor bom (Salmo 34:8).

    Ele livremente convocado a ser um convidado na festa Evangelho. A promessa ampla

    e simples: o que vem a mim de maneira nenhuma o lanarei fora (Joo 6:37). Mas se o

    pecador no vir a Cristo para que ele possa ter vida, ento seu sangue ser sobre a sua

    cabea. Se ele no vai crer, ento a sua prpria vontade que o condena.

    4. Os Corolrios1 de Eleio

    A Doutrina da Eleio magnifica o carter de Deus. Ela exemplifica Sua Graa. A Eleio

    torna conhecido o fato de que a Salvao dom gratuito de Deus, gratuitamente

    _________________

    [1] Corolrio: Lgica. Proposio deduzida a partir de uma outra (anteriormente) demonstrada, fazendo com

    que um conhecimento seja acrescentado a mesma. (Dicio.com.br)

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    concedido a quem Ele quer. Isso deve ser assim, para aqueles que a recebem, eles

    prprios, no sejam diferentes e nem melhores do que aqueles que no recebem. A

    Eleio permite algum ir para o inferno para mostrar que todos mereciam morrer. Mas a

    Graa vem como um arrasto e atrai da humanidade arruinada uma grande multido, que

    nenhum homem pode contar, para ser por toda a eternidade os monumentos da

    Misericrdia Soberana de Deus.

    Ela exibe sua onipotncia. A Eleio torna conhecido o fato de que Deus Todo-

    Poderoso, governando e reinando sobre a terra; e declara que ningum pode resistir com

    xito Sua vontade ou frustrar Seus propsitos secretos. A Eleio revela Deus

    quebrando a oposio do corao humano, subjugando a inimizade da mente carnal, e

    com o poder irresistvel atraindo Seus escolhidos para Cristo. A Eleio confessa Ns o

    amamos a ele porque ele nos amou primeiro (1Joo 4:19), e ns acreditamos, porque

    Ele nos fez dispostos no dia do Seu poder (Salmo 110:3).

    Ele atribui toda a glria a Deus. Ele no permite qualquer crdito para a criatura. Ele nega

    que os no regenerados so capazes de derivar um pensamento reto, gerar uma afeio

    correta, ou originar uma volio correta. Ela insiste em que Deus deve operar em ns

    tanto o querer como o efetuar. Ela declara que o arrependimento e a f so, eles prprios,

    dons de Deus, e no algo que o pecador contribui para o preo da sua salvao. Sua

    linguagem : No a ns, Senhor, no a ns (Salmo 115:1), mas, quele que nos amou,

    e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados (Apocalipse 1:5).

    O Senhor faz distines entre os homens culpados de acordo com a soberania

    de Sua graa. Porque eu no tornarei mais a compadecer-me da casa de

    Israel, mas tudo lhe tirarei (Osias 1:6). No tinha Jud pecado tambm? No

    poderia o Senhor ter desistido de Jud tambm!? Na verdade, ele poderia

    justamente t-lo feito, mas Ele se deleita na benignidade. Muitos pecaram, e

    justamente trouxeram sobre si mesmos o castigo devido ao pecado: eles no

    creem em Cristo, e morrem em seus pecados. Mas Deus tem misericrdia, de

    acordo com a grandeza do Seu corao, sobre multides que no poderiam ser

    salvas em qualquer outro fundamento seno o da misericrdia imerecida.

    Vindicando Seu direito real, Ele diz: Terei misericrdia de quem eu tiver

    misericrdia (Romanos 9:15). A prerrogativa de Misericrdia exercida pela

    Soberania de Deus: Ele exerce esta prerrogativa. Ele d a quem Ele quiser, e

    Ele tem o direito de faz-lo, j que ningum tem qualquer direito Sobre ele.

    (C.H. Spurgeon, Salvao, A Propriedade do Senhor Osias 1:7).

    Finalmente, a doutrina garante preservao eterna de todos os santos de Deus. Nas

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    Sagradas Escrituras, a questo da nossa salvao traada antes (no propsito de Deus)

    e no ao momento em que cremos isto , quando ela se torna nossa experimental-

    mente, mas a um ponto anterior ao comeo do tempo. Antes da fundao do mundo,

    Deus nos escolheu em Cristo (Efsios 1:4). Com amor eterno te amei, por isso com

    benignidade te atra (Jeremias 31:3). Isso levanta a questo de nossa salvao do tempo

    para a eternidade. Se fosse apenas uma coisa de tempo, ela pereceria. Mas, porque

    uma coisa da eternidade, deve durar para sempre. impossvel imaginar uma vara com

    apenas uma extremidade nela; o que eterno deve ser assim em ambas as

    extremidades. Assim, a Palavra de Deus afirma que aos que predestinou [na eternidade

    passada], a estes tambm chamou: e aos que chamou, a estes tambm justificou; e aos

    que justificou, a esses tambm glorificou [na eternidade futura] (Romanos 8:30).

    5. A Certeza da Eleio

    Antes de abordar o que o lado mais experimental do nosso assunto, vamos rever o

    fundamento que j foi abordado. Vimos que a Doutrina da Eleio uma das coisas mais

    profundas de Deus e deve ser recebida com f simples, inquestionvel; que, como o

    assunto da Santssima Trindade, um mistrio profundo que transcende a compreenso

    da mente finita. Ento temos procurado mostrar por uma livre citao das Escrituras que a

    verdade da Eleio claramente ensinada na Palavra de Deus; mais ainda, que uma

    das verdades mais importantes da Revelao Divina. Alm disso, vimos que o princpio

    da Eleio atravessa todas as relaes de Deus com o Seu povo; que, tanto na poca do

    Antigo e Novo Testamento, Deus passa por alguns e chama outros. Em seguida,

    consideramos brevemente a justia da Eleio, e descobriu que em abenoar alguns,

    Deus no mostrou nenhuma injustia para com os outros, porque ningum tem qualquer

    direito sobre Ele. E que, como a salvao o Seu dom gratuito, ele dispensa Seus

    favores de acordo com Sua prpria boa vontade. Finalmente, observamos os corolrios

    desta Doutrina e mostramos como ela atribui toda a glria a Deus, e garante da forma

    mais enftica a segurana eterna de todos os que foram escolhidos em Cristo antes da

    fundao do mundo.

    E agora, com uma humilde vontade de buscar remover algumas das dificuldades que

    naturalmente surgem a partir de uma reflexo sobre este assunto, vamos observar

    algumas das perguntas que normalmente ocorrem a todas as mentes que refletem

    quando esta Doutrina trazida perante eles, pela primeira vez.

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    6. As Dificuldades de Eleio

    1 As Escrituras no declaram que Deus no faz acepo de pessoas?

    Sim, verdade (Atos 10:34), e a Eleio a prova disto. Os sete filhos de Jess, embora

    mais velhos e fisicamente superiores a Davi, so deixados por ela, enquanto o jovem

    pastor exaltado ao trono de Israel. Os escribas e doutores so ignorados, e pescadores

    ignorantes so escolhidos para serem os apstolos do Cordeiro. A verdade Divina

    oculta dos sbios e entendidos, mas revelada aos pequeninos (Mateus 11:25). A

    maioria dos poderosos e nobres so ignorados, enquanto os fracos e desprezados so

    chamados e salvos. Prostitutas e publicanos so docemente compelidos a vir para a festa

    de casamento, enquanto os fariseus orgulhosos so deixados a perecer em sua prpria

    autojustia. Verdadeiramente, Deus no faz acepo de pessoas, ou Ele no teria

    salvado voc, meu amigo.

    2 Mas o homem no um ser responsvel, dotado de livre-arbtrio?

    O homem , sem dvida, um ser responsvel. Ele no uma mera mquina ou autmato.

    A Escritura uniformemente se refere a ele como quem colhe de acordo com o que semeia,

    e como algum que ainda ter de prestar contas pelas coisas feitas no corpo. Mas em

    nenhum lugar a Bblia prega o livre-arbtrio do homem natural. O homem por natureza

    sujeito ao Satans e escravo do pecado, e no se torna livre at que o Filho de Deus o

    liberte (Joo 8:36). Ningum pode vir a mim, [mas ele poderia, se ele fosse livre], se o

    Pai que me enviou no o trouxer (Joo 6:44), mas no haveria necessidade de trazer

    se ele fosse livre. Isto inequvoco.

    Quando a misericrdia vem para abenoar, ele encontra-nos inclinados

    maldio. Ns no receberamos o benefcio proferido; rejeitamos a Misericr-

    dia e a Graa deve superar a nossa vontade. Deve levar-nos cativos em laos

    de seda, ou do mesmo modo no pode nos abenoar. O homem, enquanto sua

    vontade livre, desgraado; somente quando a sua vontade presa pelos

    grilhes da Graa Soberana que ele gracioso em tudo. Se h uma coisa

    como livre-arbtrio, Lutero realmente o definiu quando chamou o livre-arbtrio de

    escravo. apenas a nossa vontade presa que verdadeiramente livre. Nossa

    vontade constrangida, ento alcana a liberdade; quando a graa liga-a, em

    seguida, verdadeiramente, livre, e s ento, quando o Filho a tornou livre.

    (C. H. Spurgeon, A Glria da Graa - Efsios 1:6 [Sermo de N 2763]).

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    3 Mas a Escritura no diz: Todo aquele que quiser, pode vir?

    Ele diz, e Cristo ainda no rejeitou nenhuma alma disposta. Se, na undcima hora, o

    ladro moribundo que se converteu ao Senhor foi assegurado um lugar no paraso, e se

    Saulo, o perseguidor da Igreja o principal dos pecadores (1 Timteo 1:15) encontrou

    misericrdia, em verdade, todo aquele que quiser, pode vir (Atos 2:21; Apocalipse 22:17).

    Mas nem todo esto dispostos. A grande maioria das pessoas no tem o desejo de vir a

    Cristo. Se Deus deixou isto inteiramente vontade do homem, ningum jamais O teria

    aceitado. Consequentemente, Deus tem de operar em ns tanto o querer como o efetuar,

    segundo a sua boa vontade (Filipenses 2:13). Mas Deus no opera assim em todos, e

    isto feito na eleio.

    4 Mas por que pregar o Evangelho a toda a criatura, se apenas uns poucos so

    escolhidos?

    Porque o sacrifcio expiatrio de Cristo suficiente para todos, se todos o aceitassem.

    Porque Deus quis publicar a mui grande e incomparvel Graa e Amor insondvel do seu

    Filho amado. Porque o sacrifcio de Cristo eminentemente adaptado a todos, o que

    serve para um pecador deve atender s necessidades de outro. Porque pela pregao

    do Evangelho que os eleitos so chamados para fora do mundo. Finalmente, porque

    somos ordenados a pregar o Evangelho a todas as naes, e no para que ns enten-

    damos o porqu; no para que repliquemos; isto para ns fazermos e morrermos.

    5 Mas esta doutrina no cortar o nervo do esforo evangelstico?

    Mais uma vez vamos deixar que o Sr. Spurgeon d a resposta.

    Bem, ento, diz um, isso vai fazer as pessoas sentarem e cruzarem os

    braos. Senhor, no vai! Mas se os homens o fizeram, eu no poderei ajud-

    los meu negcio como eu j disse muitas vezes neste lugar, no provar a

    voc a razoabilidade de qualquer verdade, nem defender qualquer verdade das

    suas consequncias. Tudo o que fao aqui e eu quero dizer para mant-lo

    apenas para afirmar a verdade porque est na Bblia! Ento, se voc no

    gosta, voc deve resolver a disputa com meu Mestre e se voc acha que no

    razovel, voc deve discutir com a Bblia. Permita que os outros defendam a

    Escritura e provem que verdade. Eles podem fazer o seu trabalho melhor do

    que eu o meu apenas a simples obra de proclamar. Eu sou o mensageiro.

    Falo a mensagem do meu Mestre. Se voc no gosta da mensagem, discuta

    com a Bblia, no comigo! Enquanto eu tenho a Escritura do meu lado, eu vou

    ousar e desafiar voc a fazer qualquer coisa contra mim! Ao SENHOR

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    pertence a salvao!. O Senhor tem que aplic-la, para fazer o relutante,

    disposto; fazer o mpio, piedoso; e trazer o desprezvel rebelde aos ps de

    Jesus; caso contrrio a Salvao nunca ser cumprida! Deixe esta coisa

    desfeita e voc ter quebrado o elo da cadeia, a prpria ligao que era

    necessria para a sua integridade. Tire o fato de que Deus comea o bom

    trabalho e que Ele nos envia o que os antigos telogos chamam de Graa

    Preservadora tire isso e voc ter estragado toda a Salvao voc tomou a

    pedra angular para fora do arco e abaixo ele cai!. (C. H. Spurgeon, A Salvao

    Pertence ao Senhor Jonas 2:9 [Publicamos este sermo em portugus,

    baixe-a gratuitamente em nosso site]).

    7. Os Sinais de Eleio

    Como podem os crentes saber que esto entre o nmero de eleitos de Deus? verdade

    que eles no tm acesso ao Seu Livro da Vida; que eles no podem ler Seus decretos

    secretos; que eles so ignorantes de Seus eternos conselhos. No entanto, possvel que

    os santos saibam que esto entre os que Deus predestinou para serem conformes

    imagem de Seu Filho. H pelo menos cinco maneiras pelas quais Deus d testemunho de

    que Ele nos escolheu desde toda a eternidade.

    1 Ao chamar-nos para Ele mesmo

    Aos que predestinou, a esses tambm chamou (Romanos 8:30). A predestinao

    aconteceu na eternidade; o chamado acontece no tempo. Esta chamada para os eleitos

    com fora irresistvel: Eles O ouvem e no pode deixar de responder. As ovelhas ouvem

    a sua voz, e chama pelo nome s suas ovelhas, e as traz para fora (Joo 10:3). Temos

    uma ilustrao disto, no caso de Zaqueu. Zaqueu, desce depressa... E, apressando-se,

    desceu, e recebeu-o alegremente (Lucas 19:5-6). A ovelha foi chamada pelo nome e

    respondeu voz do Pastor! E as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz (Joo

    10:4). Ns temos uma outra bela ilustrao disto registrada em Joo 20:16: Disse-lhe

    Jesus: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe: Rabni Anteriormente ela no O conheceu; ela

    O confundiu com o jardineiro; mas o Bom Pastor chama as Suas ovelhas pelo nome,

    Maria e instantaneamente ela conheceu Sua voz! Aqui, ento, est o primeiro sinal de

    Eleio, como ilustram os casos acima. O Pastor chama, e aqueles que so Suas ovelhas

    (os eleitos) ouvem, reconhecem e respondem.

    2 Ao recri-los em Cristo

    Ou, por outras palavras, tornando-os seus filhos. Todos no so filhos de Deus. Pelo

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    contrrio, todos so por natureza filhos da ira (Efsios 2:3), e somente pela Graa

    Soberana nos tornamos filhos de Deus. Todos so Suas criaturas, mas nem todos so

    seus filhos. A regenerao a consequncia da eleio. Segundo a sua vontade, Ele nos

    gerou (Tiago 1:18). Os quais no nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem

    da vontade do homem, mas de Deus (Joo 1:13). Eu j nasci de novo? Eu fui feito uma

    nova criatura em Cristo? H evidncias inequvocas em minha vida que eu tenho sido

    feito um participante da natureza Divina? Ento esta uma das marcas da minha eleio.

    3 Ao nos conformarmos Sua vontade

    Porquanto a inclinao da carne inimizade contra Deus, pois no sujeita lei de

    Deus, nem, em verdade, o pode ser (Romanos 8:7). A vontade no regenerada total-

    mente contrrio a tudo o que verdadeiramente santo. Mas diferente com aqueles a

    quem Deus chama e vivifica. Ele renova as suas vontades. Ele opera neles tanto o querer

    quanto o realizar, segundo a Sua boa vontade. O que diferencia um filho do diabo de um

    filho de Deus, que o primeiro governado por sua prpria vontade, ao passo que a

    vontade deste ltimo est sujeita a Deus. A linguagem do santo : Ele o Senhor; faa o

    que bem parecer aos Seus olhos (1 Samuel 3:18). Se, ento, a sua vontade est

    quebrada, se voc est dizendo com o corao: todavia no se faa a minha vontade,

    mas a tua (Lucas 22:42), ento esta uma das marcas e sinais de sua eleio.

    4 Ao comunicar o Seu amor aos seus coraes

    Os mpios no tm amor a Deus, nenhuma capacidade de apreciar suas perfeies,

    nenhuma preocupao para a Sua glria. Eles no veem nele nenhuma beleza para que

    O desejem, sim, Ele desprezado e rejeitado por eles (Isaas 53:2-3). Mas o Esprito

    Santo derrama o amor de Deus nos coraes daqueles que creem (Romanos 5:5). Para

    eles, Deus mui excelente, eles dizem: Quem tenho eu no cu seno a ti? e na terra no

    h quem eu deseje alm de ti (Salmo 73:25). Para eles, Cristo o mais formoso entre

    dez mil, O totalmente desejvel (Cnticos 5:16). Se, ento, o amor de Deus brilha em

    seu corao, esta uma das marcas e evidncias de sua eleio.

    5 Por cultivar neles o fruto do Esprito

    Na Parbola do Semeador, existem quatro tipos de solo em que a semente cai, mas

    apenas um tem algum fruto. Os trs primeiros representam vrias classes de incrdulos

    que ouvem a Palavra de Deus, e uma coisa comum a eles, todos eles so estreis. Mas

    a quarta classe, o solo dos bons ouvintes, produz fruto em graus variados. Aqui, ento,

    est mais um sinal infalvel, outra caracterstica peculiar dos crentes: eles do fruto. O que

    o fruto , aprendemos com Glatas 5:22-23. Tenho o amor, o amor a Deus, por Sua

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    Palavra, para o seu povo? Tenho alegria, aquela profunda, permanente, maravilhosa

    alegria, que o mundo no sabe nada sobre? Eu tenho paz paz de conscincia que

    vem do conhecimento dos pecados perdoados? Eu tenho longanimidade, para tudo

    suportar por amor dos eleitos (2 Timteo 2:10)? Eu sou benigno, de modo que,

    semelhana de uma verdadeira ovelha, eu nunca me mostro contencioso? Tenho

    bondade, de modo que aqueles que me rodeiam tomam conhecimento que tenho estado

    com Jesus? Tenho f, de modo que eu descansar com inabalvel confiana nas

    promessas de Deus? Tenho mansido, para que eu considere os outros superiores a

    mim mesmo? Tenho temperana, de modo que minha moderao notria a todos os

    homens (Filipenses 4:5)? Ento este o fruto do Esprito. Por esses e outros sinais

    semelhantes, Deus nos indica nossa eleio eterna.

    8. Os Frutos da Eleio

    No somente Deus nos dar estes sinais infalveis pelos quais podemos descobrir sua

    escolha, mas os eleitos fazem firme a sua prpria eleio para si mesmos. Portanto,

    irmos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocao e eleio (2 Pedro 1:10). Na

    mente de Deus, a minha vocao e eleio est firme antes da fundao do mundo;

    mas quanto a minha prpria conscincia e garantia deles, esto em causa; eu devo ser

    diligente para torn-los firmes para mim. Como os eleitos fazem isso?

    1 Ao abandonarem-se a Cristo

    Todo o que o Pai me d vir a mim (Joo 6:37). Quando perdemos toda a confiana na

    carne; quando chegamos inteiramente ao fim de ns mesmos; quando percebemos que

    na carne no habita coisa boa; quando nos tornamos conscientes de que todas as nossas

    justias como trapo da imundcia; quando estamos preparados para gritar: Senhor, salva-

    me! que pereo (ver Mateus 8:25); quando voamos para Cristo como o nico refgio da

    ira vindoura, ento vamos dar o primeiro passo para fazer firme a nossa vocao e eleio.

    2 Por uma caminhada em obedincia

    Pedro se dirige aos estrangeiros como eleitos segundo a prescincia de Deus Pai, em

    santificao do Esprito, para a obedincia (1 Pedro 1:2). Se estamos caminhando

    contrrio aos preceitos de Deus, ento ns no temos nenhuma razo para nos

    considerar como estando entre os eleitos de Deus. O Bom Pastor guia Suas ovelhas nas

    veredas da justia (Salmo 23:03), e se nos encontramos no caminho dos pecadores

    (Salmo 1:1), ento no temos autorizao para chamar-nos Suas ovelhas. Mas, se

    estamos orando por isso e lutando diariamente por uma obedincia mais perfeita do que

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    aquele que ns ainda redemos, ento ns estamos fazendo firme a nossa vocao e

    eleio. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus

    antes ordenado que andssemos nelas (Efsios 2:10).

    3 Por uma santificao progressiva

    Segui a paz com todos, e a santificao, sem a qual ningum ver o Senhor (Hebreus

    12:14). Se estamos crescendo na graa e no conhecimento do Senhor (2Pe 3:18); se

    estamos esquecendo-me das coisas que atrs ficam, e avanando para as que esto

    adiante (Filipenses 3:13); se estamos limpando -nos de toda a imundcia da carne e do

    esprito, e est aperfeioando a santificao no temor de Deus (2 Corntios 7:1), ento

    estamos fazendo a nossa prpria vocao e eleio. Como tambm nos elegeu nele

    antes da fundao do mundo, para que fssemos santos (Efsios 1:4).

    4 Por uma perseverana continua na f

    Nisto os falsos professos so distinguidos dos eleitos de Deus. H aqueles que ouvem a

    Palavra e logo a recebem com alegria, mas no tem raiz em si mesmo, antes de pouca

    durao (Mateus 13:20-21). Mas os eleitos de Deus perseveram at o fim. Eles

    prosseguem em conhecer ao Senhor (Osias 6:3). Eles podem por vezes estarem

    abatidos em si mesmos; eles s vezes podem ser apanhados em falta; eles tm que

    confessar que eles so servos inteis (Lucas 17:10), mas, ao final, cada um deles em

    medida ser capaz de dizer: Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a f (2

    Timteo 4:7). Ao perseverar at o fim, ns fazemos firme a nossa vocao e eleio para

    ns mesmos. Aos que predestinou... a esses tambm glorificou (Romanos 8:30).

    Irmos, se estamos entre os escolhidos de Deus, vamos mostrar por nossa caminhada

    diria que somos de fato os mais escolhidos dos homens. Revesti-vos, pois, como eleitos

    de Deus, santos e amados, de entranhas de misericrdia, de benignidade, humildade,

    mansido, longanimidade; suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos

    outros, se algum tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei

    vs tambm (colossenses 3:12-13).

    Sola Scriptura!

    Sola Gratia!

    Sola Fide!

    Solus Christus!

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    Fonte: ChapelLibrary.org Ttulo Original: The Doctrine of Election

    As citaes bblicas desta traduo so da verso ACRF (Almeida Corrigida Revisada Fiel)

    Traduo e Capa William Teixeira Reviso por Camila Rebeca Almeida

    ***

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    Uma Biografia de Arthur Walkington Pink

    Arthur Walkington Pink (1886 1952) e sua esposa Vera E. Russell (1893 1962)

    Arthur Walkington Pink (01 de abril de 1886 15 de julho de 1952) foi um evangelista e

    telogo ingls, conhecido por sua firme adeso aos ensinamentos calvinistas e puritanos.

    Nasceu em Nottingham, Inglaterra. Seus pais eram cristos piedosos e ele tinha um irmo

    e duas irms. Aos 16 anos A. W. Pink encerrou os seus estudos e entrou para o ramo de

    negcios. Rapidamente obteve sucesso no que havia determinado fazer, mas, para a

    tristeza dos seus pais, ele abriu mo do Evangelho. Foi nesta poca que ele se tornou um

    discpulo da Teosofia e do Espiritismo. Em 1908 ele j era conhecido como um teosofista

    e um esprita praticante. Neste mesmo ano, com 22 anos, ao chegar em casa aps uma

    reunio teosfica, seu pai dirigiu-se a ele e citou este versculo da Bblia:

    H caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele so os caminhos da morte

    (Provrbios 14:12)

    Pink foi para o seu quarto e ficou pensando nas palavras que seu pai lhe dissera. Em

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    seguida resolveu orar e pedir uma orientao a Deus. Foi o suficiente para enxergar o seu

    erro. Esta experincia foi to marcante que A.W. Pink encontrou o que tanto desejava:

    Jesus Cristo, Aquele que Lhe daria a gua Viva para saciar a sua sede, assim como

    prometera mulher samaritana (Jo 4:14).

    Cristo tornara-se real para ele! O mais interessante que, na 6 feira daquela mesma

    semana, Pink faria uma palestra para os adeptos da Teosofia (que ainda no sabiam de

    sua converso). No dia e hora marcados, Pink dirigiu-se ao salo de Convenes da

    Teosofia. Quando subiu para falar, pregou o Evangelho em demonstrao de Poder. A

    reao da turba foi imediata: retiram-lhe fora e lanaram-no rua. Um episdio que

    serviu para abrir os olhos dele para o caminho que o esperava!

    Assim, Arthur Pink no tinha mais dvidas sobre o seu chamado. Mas em qual Igreja?

    Havia tanto liberalismo nos ministrios. Ento, ele foi recebido na Igreja dos Irmos, onde

    ensinavam a Bblia com muito amor. Depois, recomendaram que ele fosse estudar no

    Instituto Dwight L. Moody, em Chigago, Estados Unidos. Ento, em 1910, ele foi para

    Chicago estudar. Mas logo abandou o Instituto, por discordar do que ali era ensinado. Nos

    anos que se seguiram esteve pastoreando Igrejas no Colorado e na Califrnia. Em 1916,

    casou-se em Kentucky, com uma mulher chamada Vera E. Russell. Em 1917 pastoreou

    uma Igreja Batista na Carolina do Sul.

    Foi nesta poca que ele comeou a ter problemas com o seu ensino. Comeou a ler os

    puritanos e descobriu verdades que o perturbaram. Principalmente sobre a grande

    doutrina bblica da Soberania de Deus, porm medida que ele comeou a pregar sobre

    isto, descobriu que no eram coisas populares. Em 1920, ele saiu da Igreja Batista na

    Carolina do Sul e comeou um ministrio itinerante em todos os EUA, para anunciar

    Igreja esta viso da Soberania de Deus. Suas pregaes eram firmes e bblicas, mas, no

    eram populares, seus ouvintes no gostavam do que ele pregava.

    Em 1922, comeou uma revista chamada Studies in the Scriptures (Estudo nas

    Escrituras). Mas poucas pessoas se interessaram pela leitura da Revista. Ele publicou

    1000 revistas e, muitas delas, no foram sequer vendidas. Ainda neste ano, fizeram-lhe

    um convite para visitar a Austrlia. Ele viu neste convite uma grande oportunidade de

    pregar o Evangelho e terminou por estabelecer-se na cidade de Sidney, convite das

    Igrejas Batistas locais. Porm no obteve sucesso em seu ministrio como pregador.

    Depois de 8 anos vivendo na Austrlia, em 1928, Pink retornou Inglaterra. Onde

    aconteceu uma surpreendente obra da Providncia divina durante 8 anos ele procurou um

    lugar para pregar a Palavra e ajudar as pessoas, mas no conseguiu encontrar. Ningum

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    estava interessado em ouvir suas pregaes. A sua f foi duramente provada durante

    este perodo e, apesar de toda a luta, ele continuava a editar a revista Estudo nas

    Escrituras, embora somente uns poucos a liam.

    Em 1936, ele entendeu que Deus, de alguma forma, havia fechado as portas da pregao

    para ele. Ento ele entregou-se totalmente a escrever e expor as Escrituras Sagradas.

    Esta era a sua chamada.

    Quando comeou a 2 Guerra Mundial, A. W. Pink vivia no sul da Inglaterra, regio que

    sofreu fortes ataques areos. Ento, em 1940, ele e a sua esposa, Vera, mudaram-se

    para o norte da Esccia, em uma pequenina ilha chamada Luis. 12 anos depois, em 1952,

    A.W. Pink faleceu vtima de anemia. Ian Murray, seu bigrafo, relata que, alm de sua

    esposa, apenas oito pessoas apareceram em seu enterro.

    Com certeza, A. W. Pink (como assinava em suas cartas e artigos) nunca imaginaria que,

    no final do sculo 20 e ao longo do sculo 21, dificilmente seria necessrio explicar quem

    Pink quando nos dirigindo s pessoas que consideram a Bblia como Palavra de Deus e

    se empenham em compreend-la, entre outras coisas, utilizando bons livros. Vivendo

    quase em completo anonimato, salvo por aqueles poucos que assinavam sua revista

    publicada mensalmente, o valor de Arthur Pink foi descoberto pelo mundo apenas aps

    sua morte, quando seus artigos passaram a ser reunidos e publicados na forma de livros.

    Ian Murray afirma que, mediante a ampla circulao de seus escritos aps a sua morte,

    ele se tornou um dos autores evanglicos mais influentes na segunda metade do sculo

    20. Foi D. Martyn Lloyd-Jones quem disse: No desperdice o seu tempo lendo Barth e

    Brunner. Voc no receber nada deles que o ajude na pregao. Leia Pink!.

    Richard Belcher tem escrito alguns livros sobre a vida e obra do nosso autor, disse o

    seguinte:

    Ns no o idolatramos. Mas o reconhecemos como um homem de Deus mpar, que pode

    nos ensinar por meio da sua caneta. Ele verdadeiramente nasceu para escrever, e todas

    as circunstncias de sua vida, mesmo as negativas que ele no entendeu, levaram-no ao

    cumprimento desse propsito ordenado por Deus.

    John Thornbury, autor de vrios livros, inclusive uma excelente biografia sobre David

    Brainerd, disse o seguinte: Sua influncia abrange o mundo todo e hoje um exrcito

    poderoso de pregadores de vrias denominaes est usando seus materiais e pregando

    congregaes, grandes e pequenas, as verdades que ele extraiu da Palavra de Deus.

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    Eu o honro por sua coragem, discernimento, perspicuidade, equilbrio, e acima de tudo

    por seu amor apaixonado pelo Deus trino.

    As ltimas palavras de Pink antes de morrer, ao lado de sua esposa, foram: As Escrituras

    explicam a si mesmas. Que declarao final apropriada para um homem que dedicou sua

    vida ao entendimento e explicao da Palavra de Deus!

    ______________

    Esta biografia baseada nas seguintes fontes:

    DIDINI, Ronaldo. Um gigante esquecido da f crist: Uma biografia resumida de A. W.

    Pink. Disponvel em: . Acesso em: 01

    de dezembro de 2013.

    SABINO, Felipe A. N. Os dez Mandamentos. 1 edio. Braslia: Editora Monergismo:

    2009. Prefcio.

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    Quem Somos

    O Estandarte de Cristo um projeto cujo objetivo proclamar a Palavra de Deus e o Santo

    Evangelho de Cristo Jesus, para a glria do Deus da Escritura Sagrada, atravs de tradues

    inditas de textos de autores bblicos fiis, para o portugus. A nossa proposta publicar e

    divulgar tradues de escritos de autores como os Puritanos e tambm de autores posteriores

    queles como John Gill, Robert Murray McCheyne, Charles Haddon Spurgeon e Arthur

    Walkington Pink. Nossas tradues esto concentradas nos escritos dos Puritanos e destes

    ltimos quatro autores.

    O Estandarte formado por pecadores salvos unicamente pela Graa do Santo e Soberano,

    nico e Verdadeiro Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo o testemunho das

    Escrituras. Buscamos estudar e viver as Escrituras Sagradas em todas as reas de suas vidas,

    holisticamente; para que assim, e s assim, possamos glorificar nosso Deus e nos deleitar-

    mos nEle desde agora e para sempre.

    Indicaes de Sites onde voc poder

    encontrar materiais edificantes e/ou baixar

    outros e-books bblicos gratuitamente

    Trovian.blogspot.com.br Estudos e

    Mensagens Crists

    JosemarBessa.com Puro Contedo

    Reformado

    FirelandMissions.com

    MinisterioFiel.com.br

    ProjetoSpurgoen.com.br

    Monergismo.com

    VoltemosAoEvangelho.com

    Indicaes de E-books de publicaes prprias.

    Baixe estes e outros gratuitamente no site.

    10 Sermes Robert Murray MCheyne

    Cristo, Totalmente Desejvel John Flavel

    Eleio & Vocao Robert Murray MCheyne

    A Gloriosa Predestinao C. H. Spurgeon

    Justificao, Propiciao e Declarao C. H. Spurgeon

    A Livre Graa C. H. Spurgeon

    A Paixo de Cristo Thomas Adams

    Quem So Os Eleitos? C. H. Spurgeon

    Reforma C. H. Spurgeon

    Salvao Pertence Ao Senhor C. H. Spurgeon

    O Sangue C. H. Spurgeon

    Semper Idem Thomas Adams

    Tratado sobre a Orao, Um John Bunyan

    Sabe traduzir do Ingls? Quer juntar-se a ns nesta Obra? Envie-nos um e-mail: [email protected]

    Livros que Recomendamos:

    A Prtica da Piedade, por Lewis Bayly Editora PES

    Graa Abundante ao Principal dos Pecadores, por

    John Bunyan Editora Fiel

    Um Guia Seguro Para o Cu, por Joseph Alleine

    Editora PES

    O Peregrino, por John Bunyan Editora Fiel

    O Livro dos Mrtires, por John Foxe Editora Mundo

    Cristo

    Os Atributos de Deus, por A. W. Pink Editora PES

    Por Quem Cristo Morreu? Por John Owen (baixe

    gratuitamente no site FirelandMissions.com)

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    2 Corntios 4 1 Por isso, tendo este ministrio, segundo a misericrdia que nos foi feita, no

    desfalecemos; 2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, no andando

    com astcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos

    conscincia de todo o homem, na presena de Deus, pela manifestao da verdade. 3

    Mas, se ainda o nosso evangelho est encoberto, para os que se perdem est encoberto. 4

    Nos quais o deus deste sculo cegou os entendimentos dos incrdulos, para que lhes no

    resplandea a luz do evangelho da glria de Cristo, que a imagem de Deus. 5 Porque

    no nos pregamos a ns mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e ns mesmos somos

    vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus, que disse que das trevas

    resplandecesse a luz, quem resplandeceu em nossos coraes, para iluminao do

    conhecimento da glria de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porm, este tesouro

    em vasos de barro, para que a excelncia do poder seja de Deus, e no de ns. 8 Em tudo

    somos atribulados, mas no angustiados; perplexos, mas no desanimados. 9 Persegui-

    dos, mas no desamparados; abatidos, mas no destrudos; 10

    Trazendo sempre por toda a parte a mortificao do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se

    manifeste tambm nos nossos corpos; 11

    E assim ns, que vivemos, estamos sempre entregues morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste tambm na

    nossa carne mortal. 12

    De maneira que em ns opera a morte, mas em vs a vida. 13

    E temos portanto o mesmo esprito de f, como est escrito: Cri, por isso falei; ns cremos

    tambm, por isso tambm falamos. 14

    Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos

    ressuscitar tambm por Jesus, e nos apresentar convosco. 15

    Porque tudo isto por amor de vs, para que a graa, multiplicada por meio de muitos, faa abundar a ao de

    graas para glria de Deus. 16

    Por isso no desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem

    exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

    Porque a nossa leve e

    momentnea tribulao produz para ns um peso eterno de glria mui excelente; 18

    No atentando ns nas coisas que se veem, mas nas que se no veem; porque as que se veem so temporais, e as que se no veem so eternas.