Graça, Eleição e Glória, Cap. 8 de Um Guia para Oração Fervorosa, por A. W. Pink

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Traduzido do original em Inglês

A Guide to Fervent Prayer

By A. W. Pink

A presente tradução consiste somente no Capítulo 8 da obra supracitada

Via: PBMinistries.org

(Providence Baptist Ministries)

Tradução por Camila Almeida

Revisão e Capa por William Teixeira

1ª Edição: Dezembro de 2014

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida

Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com a devida permissão

do ministério Providence Baptist Ministries, sob a licença Creative Commons Attribution-

NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.

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desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo

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Graça, Eleição e Glória

Por Arthur Walkington Pink

[Capítulo 8 do livro A Guide to Fervent Prayer • Editado]

“E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus nos chamou à sua eterna

glória, depois de havemos padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoe,

confirme, fortifique e estabeleça. A ele seja a glória e o poderio para

todo o sempre. Amém” (1 Pedro 5:10-11)

“E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus nos chamou”. No último capítulo (utilizan-

do a análise de Thomas Goodwin) foi apontado que este título mui abençoado tem relação

com o que Deus é em Si mesmo, o que Ele é em Seu propósito eterno, e o que Ele é em

Suas atuações em relação ao Seu povo. Aqui, nas palavras que acabamos de citar, vemos

as três coisas unidas em uma referência ao chamado eficaz de Deus, pelo que Ele traz uma

alma das trevas da natureza para a Sua própria maravilhosa luz (1 Pedro 2:9). Esta especial

chamada interior do Espírito Santo, que produz imediata e infalivelmente arrependimento e

fé em seu objeto, fornece, assim, a primeira prova evidente ou exterior que o novo crente

recebe de que Deus é, em verdade, para ele “o Deus de toda graça”. Embora esta não

tenha sido a primeira saída do coração de Deus para ele, no entanto, está é a prova de que

o Seu amor fora estabelecido sobre ele desde a eternidade. “E aos que predestinou a estes

também chamou” (Romanos 8:30). Deus tem “elegido desde o princípio [o Seu povo] para

a salvação” (2 Tessalonicenses 2:13-14). No devido tempo, Ele opera a salvação deles

pelas operações invencíveis do Espírito, que capacita e faz com que eles creiam no Evan-

gelho. Eles creem através da graça (Atos 18:27), pois a fé é o dom da graça Divina (Efésios

2:8), e ela é dada a eles, porque eles pertencem à “eleição da graça” (Romanos 11:5). Eles

pertencem a essa eleição favorecida porque o Deus de toda a graça, desde a eternidade

passada, os escolheu para serem os monumentos eternos da Sua graça.

A Regeneração é o Fruto da Eleição, Não a Sua Causa

A graça que havia no coração de Deus, que O levou a chamar-nos é evidente a partir de 2

Timóteo 1:9: “Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas

obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes

dos tempos dos séculos”. A regeneração (ou chamada eficaz) é a consequência e não a

causa, da predestinação Divina. Deus resolveu nos amar com um amor imutável, e este

amor designou que fôssemos participantes de Sua glória eterna. Sua boa vontade por nos

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O moveu de modo infalível a realizar todas as resoluções da Sua livre graça para conosco,

de modo que nada pode impedi-lO, embora no exercício de Sua graça Ele sempre age de

uma maneira que seja consistente com as Suas demais perfeições. Ninguém magnifica a

graça de Deus mais do que Goodwin; no entanto, quando perguntado: “Será que a prerro-

gativa Divina da graça significa que Deus salva os homens, mesmo que eles continuem a

ser o que quiserem?”, ele respondeu:

Deus me livre. Nós negamos tal soberania assim compreendida, como se ela salvasse

qualquer homem sem regra, muito menos contra regra. O próprio versículo que fala

de Deus como “o Deus de toda graça” em relação à nossa salvação acrescenta “que

nos chamou”, e nosso chamado é um chamado santo (2 Timóteo 1:9). Embora o fun-

damento do Senhor permaneça, ainda assim é acrescentado: “e qualquer que profere

o nome de Cristo aparte-se da iniquidade” (2 Timóteo 2:19), ou ele não pode ser salvo.

Ajuda-nos a obter uma melhor compreensão deste título Divino: “o Deus de toda graça”, se

o compararmos com outro encontrado em 2 Coríntios 1:3: “o Deus de toda a consolação”.

A principal distinção entre os dois está em sendo este último mais restrito ao aspecto da

dispensação da graça de Deus, como as palavras que se seguem mostram: “Que nos con-

sola em toda a nossa tribulação” (2 Coríntios 1:4). Como “o Deus de toda a consolação”,

Ele não somente é o Doador de toda a real consolação e o Sustentador em todas as

tribulações, mas também o Doador de todos os confortos temporais ou misericórdias. Pois,

qualquer refrigério natural ou benefício que nós derivamos de Suas criaturas é devido

somente a Sua bênção para nós. Da mesma forma, Ele é o Deus de toda a graça: graça

buscadora, graça vivificante, graça perdoadora, graça purificadora, graça da provisão,

graça da restauração, graça da preservação, graça da glorificação, graça de todo tipo, e

em plena medida. No entanto, embora a expressão “o Deus de toda a consolação” sirva

para ilustrar o título que estamos aqui considerando, no entanto, fica aquém daquele. Pois,

as dispensações da graça de Deus são mais extensas do que as de Seu conforto. Em cer-

tos casos, Deus dá a graça onde Ele não dá conforto. Por exemplo, a Sua graça iluminadora

traz consigo as dores da convicção do pecado, o que às vezes duram uma temporada longa

antes que qualquer alívio seja concedido. Além disso, sob Sua vara de correção, a graça

sustentadora é concedida, onde o conforto é retido.

Deus Dispensa todos os Tipos de Graça Precisamente de Acordo com a Necessidade

Não apenas há em Deus todos os tipos concebíveis de graça disponíveis para nós, mas

Ele sempre a concede justamente na hora de nossa necessidade; pois, nessa ocasião, o

Seu favor concedido gratuitamente obtém a melhor oportunidade em que mostrar-se. So-

mos livremente convidados a chegar com confiança ao trono da graça, para que possamos

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“alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” (He-

breus 4:16), ou como Salomão o expressou, que o Senhor Deus sustentasse a causa de

Seu povo Israel “a cada qual no seu dia” (1 Reis 8:59). Esse é o nosso gracioso Deus, mi-

nistrando a nós em todos os momentos, assim como em todas as questões. O apóstolo

Paulo declara (falando para os crentes): “Não veio sobre vós tentação, senão humana [ou

seja, apenas tal que é comum à natureza humana decaída, pois o pecado contra o Espírito

Santo só é cometido por tais que têm como que uma afinidade incomum com Satanás e

seus maus desígnios para impedir o reinado da graça de Cristo]; mas fiel é Deus, que não

vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para

que a possais suportar” (1 Coríntios 10:13). O Senhor Jesus Cristo declarou: “Todo o peca-

do e blasfêmia [com exceção exatamente da mencionada acima] se perdoará aos homens”

(Mateus 12:31). Pois, o Deus de toda graça opera arrependimento e perdoa todos os tipos

de pecados, aqueles cometidos após a conversão, bem como aqueles antes, como os

casos de Davi e Pedro demonstram. Diz Ele: “Eu sararei a sua infidelidade, eu voluntaria-

mente os amarei” (Oséias 14:4). Plena causa cada um de nós tem para dizer ternamente a

partir da experiência: “a graça de nosso Senhor superabundou” (1 Timóteo 1:14).

A Prova Infalível de Sua Abundante Graça em Direção Àqueles que São Seus

“E o Deus de toda a graça... nos chamou à sua eterna glória”. Aqui está a maior e mais

grandiosa prova de que Ele é realmente o Deus de toda graça para o Seu povo. Nenhuma

evidência mais convincente e bendita é necessária para manifestar a boa vontade que Ele

tem por eles. A graça abundante que há em Seu coração em relação a eles e o propósito

beneficente que Ele tem para eles são feitas claramente evidentes aqui. Eles são “os

[únicos] chamados de acordo com o seu propósito” (Romanos 8:18), a saber, aquele “eterno

propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor” (Efésios 3:11). O chamado eficaz que

traz da morte para a vida é a primeira abertura irrompendo a graça eletiva de Deus, e é a

base de todos os atos de Sua graça por eles, posteriormente. É então que Ele começa

aquela Sua “boa obra” naqueles em que Ele finalmente completará no “dia de Cristo Jesus”

(Filipenses 1:6). Por meio disso, eles são chamados a uma vida de santidade aqui e a uma

vida de glória no porvir. Na cláusula “nos chamou à sua eterna glória”, somos informados

sobre aqueles de nós que uma vez já foram “por natureza filhos da ira” (Efésios 2:3), mas

agora, pela graça de Deus são “participantes da divina natureza” (2 Pedro 1:4), também

serão participantes da glória eterna de Deus. Embora o chamado eficaz de Deus não os

traga para a posse real disso, de uma vez, ainda assim, os qualifica totalmente e capacita-

os a participar de Sua glória para sempre. Assim, o apóstolo Paulo diz aos Colossenses

que está “Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos

na luz” (Colossenses 1:12).

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Mas, olhemos para além do mais delicioso dos fluxos de graça para a sua Fonte comum. É

a infinita graça que há na natureza de Deus, que se compromete a fazer bom o Seu

propósito beneficente e que fornece continuamente estes fluxos. Deve ser bem observado

que quando Deus proferiu essa grande carta da graça “[Eu] me compadecerei de quem eu

me compadecer”, Ele a prefaciou com estas palavras: “Eu farei passar toda a minha bon-

dade por diante de ti, e proclamarei o nome do Senhor diante de ti” (Êxodo 33:19). Toda

esta graça e misericórdia que está no próprio Jeová, e que deve ser feita conhecida de Seu

povo, era para atrair a atenção de Moisés antes que a sua mente se voltasse a considerar

a soma dos Seus decretos ou graça designada. O verdadeiro oceano de bondade que está

em Deus está empenhado em promover o bem de Seu povo. Foi essa bondade que Ele fez

passar diante dos olhos de Seu servo. Moisés foi animado pela contemplação de uma rique-

za tão ilimitada de benevolência, tanto que ele estava completamente certo de que o Deus

de toda graça seria realmente gracioso para aqueles a quem Ele escolheu em Cristo antes

da fundação do mundo. E é esta graça essencial enraizada no próprio ser de Deus que de-

ve ser o primeiro objeto da fé; e quanto mais a nossa fé é direcionada para a mesma, mais

nossas almas serão sustentadas na hora da tribulação, convencidas de que tal Pessoa não

falhará conosco.

O Argumento em que Pedro Baseia Sua Petição

Em quarto lugar, examinemos o fundamento sobre o qual o apóstolo Pedro baseia sua

petição: “E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus nos chamou à sua eterna glória”.

Esta cláusula é, sem dúvida, trazida para engrandecer a Deus e para exemplificar Sua ma-

ravilhosa graça. Ainda assim, considerada separadamente, em relação à oração como um

todo, é o apelo feito pelo apóstolo em apoio à petição que segue. Ele estava fazendo pedido

para que Deus aperfeiçoe, confirme, fortaleça e estabeleça os Seus santos. Isso foi equiva-

lente a dizer: “Desde que Tu já fizeste o maior, conceder-lhes o menor; vendo que eles de-

vem ser participantes da Tua glória eterna em Cristo, dê-lhes o que eles precisam enquanto

permanecerem neste mundo passageiro”. Se nossos corações fossem mais engajados com

quem nos chamou, e com o que Ele nos designou, não só nossas bocas se abririam mais,

mas seríamos mais confiantes, sendo cheias de louvores a Deus. Ele não é outro senão

Jeová, que está sentado no Seu trono resplandecente, cercado pelas adoradoras hostes

celestes, Quem em breve dirá a cada um de nós: “Vinde a Mim e deleita-te em Minhas

perfeições”. Você pensa que Ele reterá qualquer coisa que seja verdadeiramente para o

seu bem? Se Ele me chamou para o céu, há alguma coisa necessária na terra que Ele me

negará?

Que apelo poderosíssimo e predominante é este! Em primeiro lugar, é como se o apóstolo

dissesse: “Tu tens atentado para as obras das Tuas mãos. Tu realmente os chamaste das

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trevas para a luz, mas eles ainda são terrivelmente ignorantes. É Teu gracioso prazer que

eles passem a eternidade em Tua presença imediata no alto, mas eles estão aqui no

deserto, e estão rodeados de fraquezas. Então, tendo em vista tanto um quanto o outro,

continue todas as outras obras da graça em direção a eles e neles, que são necessárias a

fim de trazê-los para a glória”. O que Deus já fez por nós, não somente deve ser um motivo

de confiante expectativa do que Ele ainda fará (2 Coríntios 1:10), mas isso deve ser usado

por nós como um argumento ao fazer nossos pedidos a Deus. “Visto que Tu me regeneras-

te, faça-me agora crescer na graça. Visto que puseste em meu coração um ódio ao pecado

e uma fome de justiça, intensifica os mesmos. Posto que Tu me fizeste um ramo da Videira,

faça-me um ramo mui frutífero. Pois que me uniste ao Teu Filho amado, permita-me mani-

festar os Teus louvores, para honrá-lO em minha vida diária, e, portanto, para recomenda-

lO àqueles que não O conhecem”. Entretanto, estou antecipando um pouco o próximo ponto.

O Nosso Chamado e a Justificação são Motivos de Grande Louvor e Expectativa

Nesta obra única do chamado, Deus Se mostrou ser o Deus de toda graça para você, e is-

so deve grandemente fortalecer e confirmar a sua fé nEle. “Aos que chamou a estes tam-

bém justificou” (Romanos 8:30). A justificação é composta de duas coisas: (1) Deus perdo-

ando-nos e declarando-nos ser “inocentes”, como se nunca tivéssemos pecado; e (2) Deus

nos declarando ser “justos”, exatamente como se tivéssemos obedecido perfeitamente a

todos os Seus mandamentos. Para estimar a plenitude de Sua graça no perdão, você deve

calcular o número e a atrocidade de seus pecados. Eles eram mais do que os cabelos da

sua cabeça; pois você “nasce como a cria do jumento montês” (Jó 11:12), e desde as pri-

meiras auroras da razão, toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má

continuamente (Gênesis 6:5). Quanto à criminalidade, a maioria de seus pecados foram

cometidos contra a voz da consciência, e consistiam em privilégios desprezados e mise-

ricórdias abusadas. No entanto, a Sua Palavra declara que Ele lhe perdoou “todas as ofen-

sas” (Colossenses 2:13). Como isso deve derreter o seu coração e levá-lo a adorar “o Deus

de toda graça”. Como isso deve fazê-lo plenamente convencido de que Ele continuará a li-

dar com você não de acordo com as suas transgressões, mas segundo a Sua própria bon-

dade e benignidade. É verdade, Ele ainda não o livrou da corrupção que habita no seu inte-

rior, mas isso concede nova ocasião para Ele mostrar a Sua paciente graça para com você.

Embora maravilhoso como é tal favor, ainda assim o perdão dos pecados é apenas meta-

de do lado legal da nossa salvação, e a parte negativa e inferior dela. Embora, por um lado,

tudo que estava registrado contra mim no que diz respeito ao débito tenha sido apagado,

contudo, por outro lado, não há um único item em meu crédito. Desde a hora do meu

nascimento até o momento da minha conversão nenhuma boa ação foi registrada na minha

conta, pois nenhuma das minhas ações ocorreu em um princípio puro, não sendo realizada

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para glória de Deus. Fluindo de uma fonte suja, os fluxos de minhas melhores obras eram

poluídos (Isaías 64:6). Como, então, Deus poderia me justificar, ou declarar-me ter alcan-

çado o padrão exigido? Esse padrão é uma conformidade perfeita e perpétua à Lei Divina,

pois nada menos assegura a sua recompensa. Aqui, novamente as riquezas maravilhosas

da graça Divina aparecem. Deus não somente apagou todas as minhas iniquidades, mas

creditou em minha conta uma justiça plena e sem falhas, tendo imputado a mim a perfeita

obediência de Seu Filho encarnado: “Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por

esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em

vida por um só, Jesus Cristo... Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos

foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos [ou seja, legal-

mente constituídos] justos” (Romanos 5:17, 19). Quando Deus efetivamente lhe chamou, o

revestiu “com o manto de justiça [de Cristo]” (Isaías 61:10), e essa veste concede a você

um direito inalienável à herança (Romanos 8:17).

A Glorificação, Desde o Princípio, Era o Objetivo Final de Deus Para Nós

“Que em Cristo Jesus nos chamou à sua eterna glória”. Quando Deus regenera uma alma

Ele lhe dá fé. Ao exercer fé em Cristo, aquilo que a desqualificava para a glória eterna (ou

seja, a sua contaminação, culpa e amor ao pecado) é removida, e um título seguro para o

céu é concedido. O chamado eficaz de Deus é tanto a nossa qualificação quanto um

pagamento inicial pela glória eterna. Nossa glorificação era o grande objetivo que Deus

tinha em vista desde o princípio, e tudo o que Ele faz por nós e opera em nós aqui, são

apenas os meios e os pré-requisitos para esta finalidade. Depois de Sua própria glória

nisso, a nossa glorificação é o propósito supremo de Deus ao eleger-nos e chamar-nos.

“Por vos ter Deus elegido desde o princípio... para alcançardes a glória de nosso Senhor

Jesus Cristo” (2 Tessalonicenses 2:13-14). “E aos que predestinou... também glorificou”

(Romanos 8:30). “Não temais, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o

reino” (Lucas 12:32). “Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está

preparado desde a fundação do mundo” (Mateus 25:34). Cada um desses textos estabelece

o fato de que o povo crente em Cristo deve herdar o reino celestial e eterna glória da parte

do Deus Triuno. Nada menos do que isso foi em que o Deus de toda graça estabeleceu o

Seu coração como a porção de Seus filhos amados. Assim, quando a nossa eleição é feita

manifesta inicialmente por Seu chamado eficaz, Deus é tão decidido quanto a essa glória

que Ele imediatamente nos concede um título a ela.

Goodwin deu um exemplo notável do que acabamos de dizer, a partir do relacionamento

de Deus com Davi. Enquanto Davi era apenas um simples menino pastor, Deus enviou

Samuel para ungi-lo rei abertamente diante de seu pai e irmãos (1 Samuel 16:13). Por esse

ato solene Deus o investiu com um direito visível e irrevogável ao reino de Judá e Israel.

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Deus adiou por muitos anos a sua posse real do trono do reino, no entanto, seu título Divino

ao mesmo foi dado em Sua unção, e Deus Se ocupou em fazer isto firme, jurando não Se

arrepender. Então Deus suportou Saul (uma figura de Satanás), que ordenou todas as for-

ças militares de seu reino e a maioria de seus súditos, para fazer o seu pior. Deus fez isso

para demonstrar que nenhum conselho Seu pode ser frustrado. Embora por um período

Davi esteve exposto como uma perdiz nas montanhas e tinha que fugir de um lugar para

outro, no entanto, ele foi milagrosamente preservado por Deus e, finalmente, trazido ao

trono. Assim, na regeneração, Deus nos unge com o Seu Espírito, nos separa e nos conce-

de um título para a glória eterna. E embora posteriormente, Ele deixe os inimigos ferozes

soltos contra nós, deixando-nos a enfrentar as mais difíceis lutas e contendas com eles,

ainda assim a Sua poderosa mão está sobre nós, nos socorrendo, fortalecendo e restau-

rando quando somos temporariamente vencidos e levados cativos.

Não Há Nada de Transitório em Relação à Glória Para a Qual Somos Chamados

Deus não nos chamou para uma [glória] evanescente, mas para uma glória eterna, dando-

nos um título a ela no novo nascimento. Naquele momento, uma vida espiritual foi comuni-

cada à alma, uma vida que é indestrutível, incorruptível e, portanto, eterna. Além disso,

nessa ocasião recebemos “o Espírito de glória” (1 Pedro 4:14) como “o penhor da nossa

herança” (Efésios 1:13-14). Além disso, a imagem de Cristo está sendo progressivamente

moldada em nossos corações durante esta vida, o que o apóstolo Paulo chama ser “trans-

formados de glória em glória “(2 Coríntios 3:18). Assim, nós não somente somos feitos “idô-

neos para participar da herança dos santos na luz” (Colossenses 1:12), mas é-nos, então,

concedido um direito eterno de glória. Porque pela regeneração ou chamado eficaz, Deus

nos gera para a herança (1 Pedro 1:3-4); um título desta nos é dado nesse momento, o qual

é válido para sempre. Esse título é nosso, tanto pela estipulação do pacto de Deus quanto

pela herança testamentária do Mediador (Hebreus 9:15). “E, se nós somos filhos, somos

logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e coerdeiros de Cristo”, diz Paulo (Romanos

8:17). Thomas Goodwin o resume da seguinte forma:

Coloque essas três coisas juntas: em primeiro lugar, que essa glória a que somos

chamados é em si mesma eterna; segundo, que a pessoa que é chamada tem um

nível de glória que começou nela, a qual nunca morrerá ou perecerá; terceiro, que ela

tem o direito à eternidade, e isso a partir do momento de seu chamado, e o argumento

está completo.

Essa “glória eterna” são “as abundantes riquezas da sua graça” que Ele derramará sobre o

Seu povo nos séculos vindouros (Efésio 2:4-7), e como esses versículos nos dizem, mesmo

agora, nós, jurídica e federalmente, nos assentamos “nos lugares celestiais, em Cristo

Jesus”.

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“Que [em Cristo Jesus] nos chamou à sua eterna glória”. Deus não somente nos chamou

para um estado de graça, “esta graça na qual estamos firmes”, mas a um estado de glória,

glória eterna, Sua glória eterna, de modo que “nos gloriamos na esperança da glória de

Deus” (Romanos 5:2). Essas duas coisas estão inseparavelmente ligadas: “o Senhor dará

graça e glória” (Salmos 84:11). Embora sejamos as pessoas que serão glorificadas por isso,

é a Sua glória que é colocada sobre nós. Obviamente assim, pois somos criaturas total-

mente miseráveis e vazias, as quais Deus encherá com as riquezas da Sua glória. Na

verdade é “o Deus de toda graça” que faz isso por nós. Nem criação nem providência, nem

mesmo o Seu lidar com os eleitos nesta vida, mostram plenamente a abundância de Sua

graça. Somente no céu sua altura máxima será vista e apreciada. É lá que a manifestação

definitiva da glória de Deus será feita, ou seja, a própria honra e glória inefável com o qual

Divindade investe a Si mesmo. Não apenas contemplaremos aquela glória para sempre,

mas ela será comunicada para nós. “Então os justos resplandecerão como o sol, no reino

de seu Pai” (Mateus 13:43). A glória de Deus encherá tão completamente e irradiará nossas

almas que ela irradiará de nossos corpos. Então, o propósito eterno de Deus será plena-

mente cumprido. Nessa ocasião, todas as nossas esperanças mais queridas serão perfeita-

mente realizadas. Então, Deus será “tudo em todos” (1 Coríntios 15:28).

A Glória Eterna é Nossa Por meio de Nossa União com Cristo

“Que em Cristo Jesus nos chamou à sua eterna glória”. A primeira parte desta cláusula é

melhor traduzida “em Cristo Jesus”, o que significa que o nosso chamado para fruir da glória

eterna de Deus existe em virtude de nossa união com Cristo Jesus. A glória pertence a Ele,

que é a nossa Cabeça, e é comunicada a nós somente porque somos Seus membros.

Cristo é o primeiro e grande Proprietário dela, e Ele a compartilha com aqueles a quem o

Pai deu a Ele (João 17:5, 22, 24). Cristo Jesus é o centro de todos os conselhos eternos de

Deus, os quais são “segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor”

(Efésios 3:11). Todas as promessas de Deus “são nele [Cristo] sim, e por ele o Amém” (2

Coríntios 1:20). Deus nos abençoou com todas as bênçãos espirituais em Cristo (Efésios

1:3). Somos herdeiros de Deus, porque somos coerdeiros com Cristo (Romanos 8:17).

Como todos os propósitos da graça Divina foram formados em Cristo, assim, eles são

efetivamente executados e estabelecidos por Ele. Pois, Zacarias, enquanto bendizendo a

Deus por ter “levantado uma salvação”, acrescentou, “Para manifestar misericórdia a nos-

sos pais, e lembrar-se da sua santa aliança” (Lucas 1:68-72). Estamos “conservados por

Cristo Jesus” (Judas 1). Desde que Deus nos chamou “para a comunhão de seu Filho Jesus

Cristo nosso Senhor” (1 Coríntios 1:9), ou seja, para participar (na devida proporção) de

tudo o que Ele é participante em Si mesmo, Cristo nosso Coerdeiro e Representante entrou

em posse dessa herança gloriosa e em nossos nomes está guardando-a para nós (Hebreus

6:20).

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Toda a Nossa Esperança Está Vinculada Somente a Cristo

Parece bom demais para ser verdade que “o Deus de toda graça” é o seu Deus? Há mo-

mentos em que você dúvida se Ele, pessoalmente, te chamou? Será que ultrapassa a sua

fé, leitor Cristão, que Deus, em verdade, chamou você à Sua glória eterna? Então permita-

me deixar este pensamento de encerramento a você. Tudo isso é por e em Cristo Jesus!

Sua graça está estesourada em Cristo (João 1:14-18), o chamado eficaz vem por Cristo

(Romanos 1:6), e a glória eterna é alcançada por meio dEle. O Seu sangue não foi suficiente

para comprar bênçãos eternas para pecadores merecedores do inferno? Então, não olhe

para sua indignidade, mas, para a infinita dignidade e méritos dAquele que é o Amigo de

publicanos e pecadores. Se a nossa fé compreende ou não, infalivelmente segura é que

esta Sua oração será respondida: “Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver,

também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória” (João 17:24). Essa contem-

plação não será transitória, como a que os apóstolos apreciaram no monte da transfigu-

ração, mas eterna. Como muitas vezes tem sido apontado, quando a rainha de Sabá con-

trastou sua breve visita à corte de Salomão com o privilégio daqueles que residiam ali, ela

exclamou: “Bem-aventurados os teus homens, bem-aventurados estes teus servos, que

estão sempre diante de ti” (1 Reis 10:8). Essa será a nossa porção feliz ao longo dos

séculos sem fim.

Sola Scriptura!

Sola Gratia!

Sola Fide!

Solus Christus!

Soli Deo Gloria!

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10 Sermões — R. M. M’Cheyne

Adoração — A. W. Pink

Agonia de Cristo — J. Edwards

Batismo, O — John Gill

Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo

Neotestamentário e Batista — William R. Downing

Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon

Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse

Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

Doutrina da Eleição

Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos

Cessaram — Peter Masters

Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da

Eleição — A. W. Pink

Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer

Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida

pelos Arminianos — J. Owen

Confissão de Fé Batista de 1689

Conversão — John Gill

Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel

Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon

Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards

Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins

Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink

Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne

Eleição Particular — C. H. Spurgeon

Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —

J. Owen

Evangelismo Moderno — A. W. Pink

Excelência de Cristo, A — J. Edwards

Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon

Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink

Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink

In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah

Spurgeon

Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —

Jeremiah Burroughs

Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação

dos Pecadores, A — A. W. Pink

Jesus! – C. H. Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon

Livre Graça, A — C. H. Spurgeon

Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield

Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry

Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill

OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS Baixe estes e outros e-books gratuitamente no site oEstandarteDeCristo.com.

— Sola Fide • Sola Scriptura • Sola Gratia • Solus Christus • Soli Deo Gloria —

Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —

John Flavel

Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston

Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.

Spurgeon

Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.

Pink

Oração — Thomas Watson

Pacto da Graça, O — Mike Renihan

Paixão de Cristo, A — Thomas Adams

Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards

Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —

Thomas Boston

Plenitude do Mediador, A — John Gill

Porção do Ímpios, A — J. Edwards

Pregação Chocante — Paul Washer

Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon

Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado

Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200

Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon

Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon

Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.

M'Cheyne

Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer

Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon

Sangue, O — C. H. Spurgeon

Semper Idem — Thomas Adams

Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

Owen e Charnock

Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de

Deus) — C. H. Spurgeon

Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.

Edwards

Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina

é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen

Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.

Owen

Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink

Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.

Downing

Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan

Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de

Claraval

Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica

no Batismo de Crentes — Fred Malone

Page 14: Graça, Eleição e Glória, Cap. 8 de Um Guia para Oração Fervorosa, por A. W. Pink

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2 Coríntios 4

1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,

na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está

encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os

entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória

de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo

Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,

para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,

este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.

9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 Trazendo sempre

por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

se manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre

entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos

portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,

por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará

também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para

que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de

Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e momentânea tribulação

produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas

que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se

não veem são eternas.